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Fundamentação Teórica

Entende-se por estatística a ciência de recolher e tratar diferentes valores e


informações. Após isso, esses dados serão organizados de diferentes formas para uma
futura interpretação e de onde se podem retirar as conclusões necessárias para a
finalização do projeto (Martins e Ponte, 2010, p. 10).
Segundo Correa (2003, pp. 13-14), existem várias fases que se deve seguir para
que um estudo estatístico esteja devidamente desenvolvido, sendo estas:
1. Definição do problema em estudo: consiste em fazer uma definição correta do
problema em estudo e analisar o problema.
2. Planificação do processo de resolução: nesta fase, o objetivo centra-se em
planificar o modo como será abordado o problema e, além disso, como serão
obtidos os dados necessários para o estudo do problema;
3. Recolha de dados: este terceiro passo do estudo é essencialmente usado para

colocar em prática tudo o que já foi anteriormente definido e planeado, quer


através de questionários, observações diretas ou entrevistas, entre outros;
4. Organização dos dados: nesta fase, contam-se, agrupa-se e selecionam-se os
dados de acordo com o fenómeno em estudo;
5. Apresentação dos dados e análise: por sua vez, todos esses dados serão
colocados e organizados em tabelas e/ou gráficos que melhor se adequam;
6. Interpretação dos dados: nesta última fase, é onde se interpretam e se tiram
as conclusões de todo o processo do estudo estatístico e, deste modo, fazer
uma descrição do fenómeno em estudo evidenciando algumas características
associadas.
Para uma boa planificação dos dados é importante saber qual é a dimensão do
estudo estatístico, assim, é importante saber escolher a sua abrangência, escolhendo
assim entre população ou amostra. Para Alves (2006, p. 1), a população caracteriza-se
como um conjunto finito ou infinito de seres com qualquer característica em comum e
com interesse para o estudo. Por sua vez, unidade estatística ou indivíduo é cada um
dos elementos da população. Para a escolha de uma amostra (parte de uma
população) é utilizada a amostragem que pode ser aleatória simples, sistemática,
estratificada, ou proporcional, de grupos.
Para a interpretação dos dados podem-se utilizar tabelas e/ou gráficos como

por exemplo, gráficos de barras, de pontos, circulares, de linha, pictogramas,


diagramas de extremos e quartis, histogramas, entre outros. Através destes, é possível
calcular as medidas de localização, sendo estas, a média, a moda, a mediana, tal como
os 1º e 3º quartis. De acordo com Correa (2003, pp. 48-53), a média é onde se
encontra o centro do conjunto de dados, ou seja, o ponto de equilíbrio. A moda é o
valor predominante existente nos dados. Por sua vez, o 1º quartil corresponde a 25%
do conjunto de dados, a mediana ou 2º quartil corresponde ao valor que se encontra
no centro da amostra, ou seja 50%, enquanto que o 3º quartil corresponde aos 75%. É
fundamental frisar que para se encontrar o valor corresponde às percentagens dos
quartis é importante uma amostra previamente ordenada.
Seguindo as palavras de Gouveia (n.d.), as “medidas de dispersão são
parâmetros estatísticos usados para determinar o grau de variabilidade dos dados de
um conjunto de valores” e ajudam-nos a perceber e conhecer melhor os dados da
distribuição. As mais usadas são:
 Amplitude: é a diferença entre o valor máximo e o valor mínimo do conjunto
dos dados (Amplitude = XMáximo – XMínimo).
 Amplitude interquartil: é o resultado da diferença entre o 3º e o 1º quartil
(Amplitude interquartis = Q3 – Q1);
 Variância: é a medida que se obtém “pela média dos quadrados das diferenças
entre cada uma das observações e a média aritmética da amostra”.

Quando a mesma não está nas mesmas unidades dos dados originais, utilizamos
então a sua raiz quadrada, mais concretamente, o desvio-padrão.
 Desvio-padrão: é a raíz quadrada da variância. Quanto maior for o desvio-
padrão, mais elevada é a dispersão e/ou a variabilidade dos dados. Este é
representado por Sx:
Alves, C. (2006). Estatística 1. http://www.ipb.pt/~cmca/estatistica1

Correa, S. (2003). Probabilidade e estatística. (2ª ed.). PUC Minas Virtual.


http://estpoli.pbworks.com/f/livro_probabilidade_estatistica_2a_ed.pdf

Gouveia, R. (n.d.). Medidas de dispersão. Toda Matéria.


https://www.todamateria.com.br/medidas-de-dispersao/

Martins, M. & Ponte, J. (2010). Organização e tratamento de dados. Ministério da Educação.


https://www.esev.ipv.pt/docs/ServicosAC/otd.pdf

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