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Estatística

Estatística é uma ciência exacta que estuda a colecta, a organização, a análise e registo de
dados de uma pesquisa por meio de uma amostra ou população, definida como:

População: conjunto de elementos que tem pelo menos uma característica em comum. Esta
característica deve delimitar correctamente quais são os elementos da população que podem
ser animados ou inanimados.

Amostra: subconjunto de elementos de uma população. Este subconjunto deve ter dimensão
menor que o da população e seus elementos devem ser representativos da população. A
selecção dos elementos que irão compor a amostra pode ser feita de várias maneiras e irá
depender do conhecimento que se tem da população e da quantidade de recursos disponíveis.

A Estatística subdivide-se em três áreas: descritiva, probabilística e inferencial. A estatística


descritiva, como o próprio nome já diz, se preocupa em descrever os dados. A estatística
inferencial, fundamentada na teoria das probabilidades, se preocupa com a análise destes
dados e sua interpretação.

A estatística é utilizada desde a Antiguidade, quando se registavam os nascimentos e as


mortes das pessoas, é um método de pesquisa fundamental para tomar decisões. Isso porque
fundamenta suas conclusões nos estudos realizados.

Fases do método estatístico

 Definição do problema: determinar como a recolha de dados pode solucionar um


problema
 Planeamento: elaborar como fazer o levantamento dos dados
 Colecta de dados: reunir dados após o planeamento do trabalho pretendido, bem
como definição da periodicidade da colecta (contínua, periódica, ocasional ou
indirecta)
 Correcção dos dados colectados: conferir dados para afastar algum erro por parte da
pessoa que os colectou
 Apurarão dos dados: organização e contagem dos dados
 Apresentação dos dados: montagem de suportes que demonstrem o resultado da
colecta dos dados (gráficos e tabelas)
 Análise dos dados: exame detalhado e interpretação dos dados
Aliada à probabilidade, pode ser aplicada nas mais diversas áreas. São exemplos a análise dos
dados sociais, económicos e demográficos.

Variável

Em estatística, as variáveis são valores que representam determinadas características dentro


de uma pesquisa. Esses valores variam de elemento da amostra ou população. Essas variáveis
podem ter valores numéricos ou não numéricos e são classificadas assim:

 Quantitativas discretas: quando o conjunto de resultados possíveis é finito ou


enumerável. Exemplo: número de filhos, alunos numa escola etc.
 Quantitativas contínuas: quando os valores são expressos como intervalo ou união
de números reais. Exemplo: peso, massa, altura, pressão sistólica, idade, nível de
açúcar no sangue.
 Qualitativas nominais: não existe ordenação dentre as categorias. Exemplos: sexo,
cor dos olhos, fumante/não fumante, doente/sadio.
 Qualitativas ordinais: existe uma ordenação entre as categorias. Exemplos:
escolaridade (1o, 2o, 3o graus), estágio da doença (inicial, intermediário, terminal),
mês de observação (Janeiro, Fevereiro, Dezembro).

São aquelas que são numericamente mensuráveis, ou seja, seus possíveis valores são
numéricos ou resultantes de contagem.
Organização dos dados

Depois de feita uma pesquisa sobre uma determinada variável, o primeiro a se fazer é deixar
os dados mais organizados em forma de rol que nada mais é do que arranjar os dados em
ordem crescente. Isto porque geralmente quando se faz uma pesquisa numa primeira fase os
dados obtidos não estão organizados estão em bruto e não fornecem muita informação sobre
o objecto de estudo. Em seguida são organizados numa base de dados. A base de dados é uma
tabela de dupla entrada em que habitualmente as colunas são usadas para colocar os dados
referentes às variáveis e as linhas para identificar os sujeitos. Se, por exemplo, estivermos a
organizar dados referentes às notas de alunos, a base de dados teria duas colunas – uma para
o nome do aluno e outra para a nossa variável (Nota). A partir da informação organizada na
nossa base de dados, podemos construir uma tabela de distribuição de frequências.

Nota: Toda tabela deve ser simples, clara, objectiva e auto-explicativa.

Distribuição de frequências

Distribuição de frequências é um agrupamento de dados em classes, de tal forma que


contabilizamos o número de ocorrências em cada classe. O número de ocorrências de uma
determinada classe recebe o nome de frequência absoluta. O objectivo é apresentar os dados
de uma maneira mais concisa e que nos permita extrair informação sobre seu comportamento.

Frequência absoluta (ƒi): É o número de observações correspondente a cada classe. A


frequência absoluta é, geralmente, chamada apenas de frequência.

Frequência relativa (ƒri): É o quociente entre a frequência absoluta da classe


correspondente e a soma das frequências (total observado).

Frequência acumulada: É o total acumulado (soma) de todas as classes anteriores até a


classe actual. Pode ser: frequência acumulada absoluta (Fi), frequência acumulada relativa
(Fri).

Distribuição de frequência em classes – com perda de informação

“A distribuição de frequências em classes é apropriada para apresentar dados quantitativos


contínuos ou discretos com um número elevado de possíveis valores” (Medronho,2003,
p231). É necessário dividir os dados em intervalos ou faixas de valores que são denominadas
classes. Uma classe é uma linha da distribuição de frequências. O menor valor da classe é
denominado limite inferior (li) e o maior valor da classe é denominado limite superior (Li). O
intervalo ou classe pode ser representado das seguintes maneiras:

 li |------- Li, onde o limite inferior da classe é incluído na contagem da frequência


absoluta mas o superior não;
 li -------| Li, onde o limite superior da classe é incluído na contagem mas o inferior
não;
 li |------| Li, onde tanto o limite inferior quanto o superior são incluídos na contagem;
 li ------- Li, onde os limites não fazem parte da contagem.

Pode-se escolher qualquer uma destas opções sendo o importante tornar claro no texto ou na
tabela qual está sendo usada.

“Se houver muitos intervalos, o resumo não constituirá grande melhoria com relação aos
dados brutos. Se houver muito poucos, um grande volume de informação se perderá. Embora
não seja necessário, os intervalos são frequentemente construídos de modo que todos tenham
larguras iguais, o que facilita as comparações entre as classes”. (Pagano, 2004, p.11).

Segundo Montgomery (2003), ao passar dos dados brutos, que é o mesmo que os dados
apresentados numa distribuição de frequências pontual, para uma distribuição de frequência
em classes, algumas informações são perdidas, Por outro lado, essa perda é pequena quando
comparada ao ganho de concisão e de facilidade de interpretação da distribuição de
frequência.

Assim temos:

AT = Xmax – Xmin

K = √n número de classes;

AT
h = intervalo de cada classe.
K

Gráficos

Em estatística os gráficos são representações que facilitam a análise de dados, os quais


costumam ser dispostos em tabelas quando se realiza pesquisas estatísticas. Eles trazem
muito mais praticidade, principalmente quando os dados não são discretos, ou seja, quando
são números consideravelmente grandes. Além disso, os gráficos também apresentam de
maneira evidente os dados em seu aspecto temporal.

Elementos do gráfico

Ao construirmos um gráfico em estatística, devemos levar em consideração alguns elementos


que são essenciais para sua melhor compreensão. Um gráfico deve ser simples devido à
necessidade de passar uma informação de maneira mais rápida e coesa, ou seja, em um
gráfico estatístico, não deve haver muitas informações, devemos colocar nele somente o
necessário.

As informações em um gráfico devem estar dispostas de maneira clara e verídica para que os
resultados finais sejam dados de modo coeso com a finalidade da pesquisa.

Tipos de gráficos

Em estatística é muito comum a utilização de diagramas para representar dados, diagramas


são gráficos construídos em duas dimensões, isto é, no plano. Existem vários modos de
representá-los, as principais são: gráfico de pontos, gráfico de linha, gráfico de barra, gráfico
de coluna e gráfico de sector.

No seguinte trabalho vamos abortar somente de dois gráficos em particular: gráfico de barras
e o gráfico de sector:

Gráfico de barras

Tem como objectivo comparar os dados de determinada amostra utilizando rectângulos de


mesma largura e altura. Altura essa que deve ser proporcional ao dado envolvido, isto é,
quanto maior a frequência do dado, maior deve ser a altura do rectângulo.

Exemplo

Imagine que determinada pesquisa tem por objectivo analisar o percentual de determinada
população que acesse ou tenha: internet, energia eléctrica, rede celular, aparelho celular ou
tablet. Os resultados dessa pesquisa podem ser dispostos em um gráfico como este:
Gráfico de sector

É utilizado para representar dados estatísticos com um círculo dividido em sectores, as áreas
dos sectores são proporcionais às frequências dos dados, ou seja, quanto maior a frequência,
maior a área do sector circular.

Exemplo

Este exemplo, de forma genérica, está apresentando diferentes variáveis com frequências
diversas para determinada grandeza, a qual pode ser, por exemplo, a percentagem de votação
em candidatos em uma eleição.

Medidas de tendência central

As medidas de tendência central são


assim denominadas por
indicarem um ponto em torno do
qual se concentram os dados.
Este ponto tende a ser o centro da
distribuição dos dados. Tem por objectivo representar os dados de uma forma mais
condessada que uma tabela. Localizando a maior concentração de valores em torno de uma
distribuição.

Principais medidas de tendência central

Media
A média aritmética é a soma de todos os valores observados da variável dividida pelo número
total de observações. É a medida de tendência central mais utilizada para representar a massa
de dados.

Representada pela letra grega µ, quando o seu calculo é feito por todos valores de uma
população;

Representada pela letra X, quando o seu calculo é feito por todos valores de uma amostra.

Representada por:

Pode ser simples, onde todos os valores possuem a mesma importância, ou ponderada, quando
considera pesos diferentes aos dados.

Média Aritmética Simples

Esse tipo de média funciona de forma mais adequada quando os valores são relativamente
uniformes. Por ser sensível aos dados, nem sempre fornece os resultados mais adequados. Isso
porque todos os dados possuem a mesma importância (peso).

Fórmula:

Onde

Ms: média aritmética simples


x1, x2, x3,...,xn: valores dos dados
n: número de dados

Média Aritmética Ponderada

A média aritmética ponderada é calculada multiplicando cada valor do conjunto de dados


pelo seu peso. Depois, encontra-se a soma desses valores que será dividida pela soma dos
pesos.

Fórmula:
Onde:

Mp: Média aritmética ponderada

p1, p2,..., pn: pesos

x1, x2,...,xn: valores dos dados

Média geométrica

A média geométrica é definida, para números positivos, como a raiz n-ésima do produto de n
elementos de um conjunto de dados. Assim como a média aritmética, a média geométrica também é
uma medida de tendência central.

É usada com mais frequência em dados que apresentam valores que aumentam de forma sucessiva.

Formula:

MG = N√ X 1. X 2. X 3 … Xn

Aplicações

Como o próprio nome indica, a média geométrica sugere interpretações geométricas.


Podemos calcular o lado de um quadrado que possui a mesma área de um rectângulo,
acusando a definição de média geométrica.

Moda

A moda (Mo) é o valor que apresenta a maior frequência da variável entre os valores
observados. Para o caso de valores individuais, a moda pode ser determinada imediatamente
observando-se o rol ou a frequência absoluta dos dados. Por outro lado, em se tratando de
uma distribuição de frequência de valores agrupados em classes, primeiramente é necessário
identificar a classe modal, aquela que apresenta a maior frequência, e a seguir a moda é
calculada aplicando-se a fórmula:
Mo = linf + ( D1
)
D1+ D 2
xh

É relevante salientar que um conjunto de dados pode apresentar todos seus elementos com a
mesma frequência absoluta, e neste caso não existirá um valor modal, o que significa que a
distribuição será classificada como amodal. Pode ocorrer, também, casos em que a sequência
de observações apresente vários elementos com frequência iguais, implicando numa
distribuição plurimodal.

O uso da moda é mais indicado quando se deseja obter, rapidamente, uma medida de
tendência central. Um outro aspecto que favorece a utilização da moda é que seu valor não é
afectado pelos valores extremos do conjunto de dados analisado.

Mediana

A Mediana (Md) representa o valor central de um conjunto de dados. Para encontrar o valor
da mediana é necessário colocar os valores em ordem crescente ou decrescente.

Quando o número elementos de um conjunto é par, a mediana é encontrada pela média dos
dois valores centrais. Assim, esses valores são somados e divididos por dois.

Para dados agrupado em intervalos de classe, determina-se as frequências acumuladas e

calcula-se
∑ fi ;
2

Identificar a classe mediana correspondente a frequência acumulada imediatamente superior


ao calculo acima indicado;

E por fim usar a formula: md = linf + [∑


2
fi
−Fant ] xh
fi

 Linf – limite inferior;


 Fant – frequência acumulada simples anterior;
 fi - frequência simples da classe;
 H - amplitude;

Media harmónica
A média harmónica é uma das três médias pitagóricas, sendo as outras as médias aritmética e
a media geométrica. Embora seja muito útil nos dias de hoje, a origem dela está no período
de antiguidade clássica Europeia, na Grécia Antiga. Durante o reinado de diocleciano (284 –
305), na região conhecida como Alexandria, surgiu na escola que foi responsável por estudos
inovadores e extremamente importantes para o desenvolvimento da ciência. Entre esses
estudos estão as três médias. Seu mentor foi o matemático Pitágoras, um estudante dedicado
de Eudoxo e Arquimedes

Utilização da Média Harmónica

A média harmónica é usada quando duas grandezas inversamente proporcionais precisam ser
calculadas com o objectivo de descobrir sua média. Um exemplo clássico dessa situação é
quando precisamos trabalhar com conceitos de espaço e tempo.

Se um elemento viaja em uma determinada velocidade, seu tempo será x. Quando


aumentamos a sua velocidade, o tempo de percurso (x) irá alterar proporcionalmente.

Formula:

n
MH = 1 1 1
+ +…
X 1 X2 Xn

 Para dados não agrupados n = 1;


 Para dados agrupados sem intervalo de classe Xi é o valor da variável;
 Para dados agrupados com intervalo de classe Xi é o ponto médio da classe.

Medidas de dispersão

Medidas de dispersão são parâmetros estatísticos usados para determinar o grau de


variabilidade dos dados de um conjunto de valores.

A utilização desses parâmetros torna a análise de uma amostra mais confiável, visto que as
variáveis de tendência central (média, mediana, moda) muitas vezes escondem a
homogeneidade ou não dos dados.

Amplitude Total
A amplitude total de um conjunto de dados é a diferença entre o maior e o menor valor
observado. A medida de dispersão não levar em consideração os valores intermediários
perdendo a informação de como os dados estão distribuídos e/ou concentrados.

AT = Xmax − Xmin

Desvio-médio

A diferença entre cada valor observado e a média é denominado desvio e é dado por (xi −μ)
se o conjunto de dados é populacional, ou por (xi − x) se os dados são amostrais.

Ao somar todos os desvios, ou seja, ao somar todas as diferenças de cada valor observado em
relação a média, o resultado é igual a zero (propriedade 5 da média). Isto significa que esta
medida não mede a variabilidade dos dados. Para resolver este problema, pode-se
desconsiderar o sinal da diferença, considerando-as em módulo e a média destas diferenças
em módulo é denominada desvio médio:

Dm =
∑ |Xi−MA|x fi calculo pela media para dados agrupados sem intervalos de
∑ fi
classe;

Dm =
∑ |Xi−Xmd|x fi calculo pela mediana para dados agrupados sem intervalos de
∑ fi
classe.

Variância

A variância é determinada pela média dos quadrados das diferenças entre cada uma das
observações e a média aritmética da amostra. O cálculo é feito com base na seguinte fórmula:

S2 =
∑ ( Xi−MA ) 2 variância de uma população;
n

S2 =
∑ ( Xi−MA ) 2 variância de uma amostra
n−1
Desvio Padrão

O desvio padrão é definido como a raiz quadrada da variância. Desta forma, a unidade de
medida do desvio padrão será a mesma da unidade de medida dos dados, o que não acontece
com a variância.

Assim, o desvio padrão é encontrado fazendo-se:

S=
√ ∑ ( Xi−MA ) 2
n

Quando todos os valores de uma amostra são iguais, o desvio padrão é igual a 0. Sendo que,
quanto mais próximo de 0, menor é a dispersão dos dados.

Coeficiente de Variação

O coeficiente de variação é uma medida de dispersão relativa definida como a razão entre o

desvio padrão e a média:

 Quando os dados são populacionais:

 Quando os dados são amostrais:

A partir do coeficiente de variação pode-se avaliar a homogeneidade do conjunto de dados e,


consequentemente, se a média é uma boa medida para representar estes dados. É utilizado,
também, para comparar conjuntos com unidades de medidas distintas.

Uma desvantagem do coeficiente de variação é que ele deixa de ser útil quando a média está
próxima de zero. Uma média muito próxima de zero pode inflacionar o CV. Um coeficiente
de variação superior a 50% sugere alta dispersão o que indica heterogeneidade dos dados.
Quanto maior for este valor, menos representativa será a média. Neste caso, opta-se pela
mediana ou moda, não existindo uma regra prática para a escolha de uma destas medidas. O
pesquisador, com sua experiência, é que deverá decidir por uma ou outra. Por outro lado,
quanto mais próximo de zero, mais homogéneo é o conjunto de dados e mais representativa
será sua média.

Tensão
A tensão eléctrica é quantidade de energia gerada para movimentar uma carga, portanto, o
gerador necessita liberar energia eléctrica para movimentar uma carga electrizada. É dada
por:

U = I.R

U = tensão electrica

I= corrente electrica

R = resistência electrica

U = P.I

U = tensão electrica

P = potencia electrica

I = corrente electrica

A sua unidade de medida é volt em homenagem a Alessandro volta, que desenvolveu a pilha
voltaica, percursora da bactéria electrica.

Variação de tensão

A variação de tensão é a alteração dos valores da amplitude da tensão em relação a um valor


médio definido como parâmetro, ou seja, se uma tensão eficaz é 220 volts, a variação de
tensão se dá quando este valor é alterado para mais ou para menos, como, por exemplo, 225
volts. Esta variação é normalmente expressa em p.u., e naturalmente se transforma em uma
percentagem do valor de referência.

Outro parâmetro que define o tipo de variação de tensão é o tempo que persiste, sendo
classificado por momentâneo quando esta duração é menor que três segundos; ou temporário,
quando acontece entre 3 segundos e 3 minutos, e pode ser classificado também como
variação de tensão de longa duração, quando o tempo ultrapassa 3 minutos.
Outra classificação deste distúrbio da energia eléctrica é com relação ao seu valor. Pode ser
classificada em elevação de tensão quando este valor ultrapassa 1,1 p.u., portanto qualquer
valor que ultrapassar 10% do valor nominal de referência será considerado elevação de
tensão. Se o valor for reduzido entre 0,9 e 0,1 p.u., este fenómeno será conhecido como
afundamento de tensão e se o valor reduzir para menos de 0,1 p.u., o fenómeno muda de
nome e passa se chamar interrupção.

Causas para variações e quedas de tensão.

As quedas e variações na tensão eléctrica podem ocorrer por diversos factores, inclusive por
consumos durante o dia, alguns factores são:

Durante toda extensão de uma rede de distribuição não é possível manter a mesma tensão em
todas as instalações, pois sobre todas elas haverá uma queda de tensão, por mínima que seja,
dessa forma no final da rede será uma diferença considerável em relação ao início.

Outro factor que pode ocasionar a queda de tensão na rede é a distância, devido a própria
resistência dos cabos, fazendo com que a tensão caia progressivamente a partir da fonte
geradora, que no caso da distribuição eléctrica é o transformador. O mesmo pode ocorrer
dentro da instalação, caso as distâncias entre o quadro de distribuição de cargas (QDC) e as
cargas sejam grandes.

Exercícios

Alguns moradores do bairro chelengo no distrito de Inharrime têm se queixado da baixa


qualidade de energia electrica no período nocturno. Tendo se deslocado uma equipe da EDM
ao bairro para fazer uma assistência ao cliente que depois de fazer umas medições da tensão
com multímetro em alguns pontos da rede de distribuição electrica do bairro obtiveram os
seguintes valores de tensão:

1. Faca uma distribuição de frequências com intervalo de classes


a) Determine as fr, FA, FR
b) Faca uma representação gráfica da frequência relativa

Resolução:
a) Rol:

Tensão Contage Fi
m
185 |||| 4
187 |||| 5
Distribuicao de dados em interval de classes
190 |||| ||| 8
195 |||| ||| 8 AT = Xmax – Xmin

200 |||| || 7 AT = 230 – 185 = 45


205 |||| |||| 10
K= K= =9 numero de
208 |||| || 7
210 |||| 5
211 |||| | 6
215 |||| 5
217 |||| || 7
√n √ 81
220 ||| 3
223 ||| 3
229 ||| 3
∑ 81

classes

AT 45
h= h= =5 intervalo das classes
K 9

Tensão fi Fr FA FR
185 |---190 9 9/81 = 0,111 x100% = 11,1% 9 11,1
190 |---195 8 8/81 = 0,098 x 100% = 10% 17 21,1%
195 |--- 200 8 8/81 = 0,98 x 100% = 10% 25 31,1%
200 |--- 205 7 7/81 = 0,086 x 100% = 8,6% 32 39,7%
205 |--- 210 17 17/81 = 0,209 x 100% = 20,9% 49 60,6%
210 |--- 215 11 11/81 = 0,135 x 100% = 13,5% 60 74,1%
215 |--- 220 12 12/81 = 0,148 x 100% = 14,8% 72 88,9%
220 |--- 225 6 6/81 = 0,074 x 100% = 7,4% 78 96,3%
225 |--- 230 3 3/81 = 0,037 x 100% = 3,7% 81 100%
∑ 81 100%

lim sup +lim inf ¿


Ponto médio: Xi = ¿
2

190+185 195+190 200+195


Xi = = 187,5 Xi = = 192,5 Xi = 197,5
2 2 2

205+200 210+205 215+210


Xi = = 202,5 Xi = = 207,5 Xi = = 212,5
2 2 2

220+215 225+220 230+225


Xi = = 217,5 Xi = = 222,5 Xi = = 227,5
2 2 2

Tensão fi xi fr FA FR
185 |---190 9 187,5 9/81 = 0,111 x100% = 11,1% 9 11,1
190 |---195 8 192,5 8/81 = 0,098 x 100% = 10% 17 21,1%
195 |--- 200 8 197,5 8/81 = 0,98 x 100% = 10% 25 31,1%
200 |--- 205 7 202,5 7/81 = 0,086 x 100% = 8,6% 32 39,7%
205 |--- 210 17 207,5 17/81 = 0,209 x 100% = 20,9% 49 60,6%
210 |--- 215 11 212,5 11/81 = 0,135 x 100% = 13,5% 60 74,1%
215 |--- 220 12 217,5 12/81 = 0,148 x 100% = 14,8% 72 88,9%
220 |--- 225 6 222,5 6/81 = 0,074 x 100% = 7,4% 78 96,3%
225 |--- 230 3 227,5 3/81 = 0,037 x 100% = 3,7% 81 100%
∑ 81 100%

Tensão fi Xi Xi.fi Media atimetrica ponderada


185 |---190 9 187,5 1687,5
190 |---195 8 192,5 1540
195 |--- 200 8 197,5 1580
200 |--- 205 7 202,5 1417,5
205 |--- 210 17 207,5 3527,5
Mp =
∑ Xi . fi
210 |--- 215 11 212,5 2337,5 ∑ fi
215 |--- 220 12 217,5 2610
220 |--- 225 6 222,5 1335
225 |----230 3 227,5 682,5
∑ 81 16717
16717
Mp =
81

Mp = 206,3

Mediana

Tensão fi FA
Md = = = 40,5 49
185 |---190 9 9
190 |---195 8 17
195 |--- 200 8 25
200 |--- 205 7 32
205 |--- 210 17 49 ∑ fi 81

210 |--- 215 11 60 2 2
215 |--- 220 12 72
220 |--- 225 6 78
225| --- 230 3 81
∑ 81

Md = lim inf + [∑2


fi
−f ( ant ) ] xh
f

[ 40,5−32 ]
Md = 205 + x5
17

8,5
Md = 205 + x5
17
42,5 3485+42,5 3527,5
Md = 205 + = =
17 17 17

Md = 207,5

Desvio medio

Media: X =
∑ Xi . fi = 16717 = 206,3
∑ fi 81

Mediana: Md = lim inf + [∑2


fi
−f ( ant ) ] xh
f

[ 40,5−32 ] 8,5 3527,5


Md = 205 + x 5 = 205 + x5= = 207,5
17 17 17

FA
| Xi – X |. fi
Tensão fi Xi Xi.fi |Xi – Xmd |. f
185 |---190 9 187, 1687,5 18,8 x 9 =169,2 20 x 9 = 180 9
5
190 |---195 8 192, 1540 13,8 x 8 = 110,4 15 x 8 = 120 17
5
195 |--- 200 8 197, 1580 8,8 x 8 = 70,4 10 x 8 = 80 25
5
200 |--- 205 7 202, 1417,5 3,8 x 7 = 26,6 5 x 7 = 35 32
5
205 |--- 210 17 207, 3527,5 1,2 x 17 20,4 O x 17 = 0 49
5
210 |--- 215 11 212, 2337,5 6,2 x 11 = 68,2 5 x 11 = 55 60
5
215 |--- 220 12 217, 2610 11,2 x 12 = 134,4 10 x12 =120 72
5
220 |--- 225 6 222, 1335 16,5 x 6 = 99 15 x 6 = 90 78
5
225 |--- 230 3 227, 682,5 21,2 x 3 = 63,6 20 x 3 = 60 81
5
∑ 81 16717 762,2 740
Calculo pela media:

Dm =
∑ |Xi−206,3|fi = 762,2 = 9,43
∑ fi 81

Calculo pela mediana:

Dm =
∑ |Xi−207,5|fi = 740 = 9,13
∑ fi 81

Variança

S2 = ∑ ( Xi− X )2 = 762,22 = 580948,84 =


n−1 81−1 80

S = √ 7261,8 = 85,24

Desvio padrao

| Xi – X |
Tensão fi Xi Xi.fi |Xi – X|2 |Xi – X|2.fi
185 |---190 9 187, 1687,5 -18,8 353,44 3180,96
5
190 |---195 8 192, 1540 -13,8 190,44 1523,52
5
195 |--- 200 8 197, 1580 -8,8 77,44 619,52
5
200 |--- 205 7 202, 1417,5 -3,8 14,44 101,08
5
205 |--- 210 17 207, 3527,5 1,2 1,44 24,48
5
210 |--- 215 11 212, 2337,5 6,2 38,44 422,84
5
215 |--- 220 12 217, 2610 11,2 125,44 1505,28
5
220 |--- 225 6 222, 1335 16,5 262,44 1574,64
5
225 |--- 230 3 227, 682,5 21,2 449,44 1348,32
5
∑ 81 16717 762,2 10300,64

√ √
2
10300,64
S = ∑ ( xi −x ) . fi =
n 81−1
S = √ 128,758
S = 11,3

Série 1
21,87% 18,75% 18,75% 12,5% 9,37% 9,37% 6,25% 3,12%
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
187,5 192,5 197,5 202,5 207,5 212,5 217,5 222,5
Moda

Tensão
185 |---190
fi
9
Mo = liminf + ( f −fantf −fant
+ f −fpost )
xh

190 |---195
195 |--- 200
8
8
Mo = 185 + ( 7+7−6
7
)x5
200 |--- 205 7
Mo = 185 + x5
205 |--- 210 17
210 |--- 215 11
215 |--- 220 12
220 |--- 225 6
( 7+17 )
225 |--- 230 3
∑ 81

7 35
Mo = 185 + x 5 = 185 +
8 8

1480+35 1515
Mo = =
8 8

Mo = 189,375
I.
INTRODUÇÃO

Sabemos que a escola possui um papel importante na educação dos sujeitos, e que a família é
fundamental na sua formação. Os pais ou encarregados de educação possuem um papel
fundamental junto da instituição escolar, buscando elo e parcerias para desenvolver um
ensino de qualidade. Onde a escola e sua equipe devem estar preparadas com o fim de
garantir a participaçãodos pais ou encarregados de educação, com vista manterem-se sempre
informados sobre processo de aprendizagem dos seus filhos.

Contudo, o presente projecto visa estudar a Participação dos Pais ou Encarregados de


Educação no PEA: caso de estudo EP1/2 de Mavume com objectivo de compreender a
participação dos pais ou encarregados de educação e seu impacto no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos.

A definição deste tema pode surgiu com base na observação do cotidiano da vida
profissional, em programas de pesquisa, em contacto e relacionamento com os intervenientes
da escola, no feedback de pesquisas já realizadas e em estudo da literatura especializada.

1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
 Compreender a participação dos pais ou encarregados de educação no processo de
ensino e aprendizagem.
1.1.2 Específicos
 Descrever a Escola Primária do 1º e 2º Graus de Mavume.
 Identificar as formas de envolvimento dos pais ou encarregados na vida escolar dos
seus educandos;
 Analisar o impacto da participação dos pais ou encarregados de educação com o PEA
dos alunos.
METODOLOGIA

Segundo ANDRADE (2003), “metodologia é o conjunto de métodos ou caminhos que são


percorridos na busca do conhecimento”. Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada,
rigorosa e exacta de toda a acção desenvolvida no método do trabalho de pesquisa.

Acrescentam LACATOS & MARCONI (1993:65) que Metodologia é um conjunto das


actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o
objectivo - conhecimentovalidos e verdadeiros – traçando caminho a ser seguido, detectandos
erros e auxiliando decisões do cientista.

Para esta pesquisa far-se-ão entrevistasestruturadas e semi-estruturadas com base num guião
previamente elaborado; será feita a selecção dos tópicos; a elaboração de questões; a
consideração do tipo de análise e preparação de um plano de entrevista tal como recomenda
BELL,1997:119. Sobre o uso desta técnica de recolha de dados, LUDKE & ANDRÉ
(2003:34), mostram que tem grande vantagem sobre outras técnicas e que ela permite a
captação imediata e corrente da informação desejada, praticamente com qualquer tipo de
informante e sobre os mais variados tópicos. A presente pesquisa vai materializar em estudo
de todos os intervenientes da escola de Mavume, mas com mais enfoque a um grupo
específico que servirá de amostra para validação das entrevistas cujo grupo alvo são pais ou
encarregados de educação, alunos e professores. Para amostra serão evolvidos em termos de
quantidades: 10 pais ou encarregados de educação, 10 alunos e 5 professores, portanto serão
entrevistados pelo menos 25 elementos.

Para além das entrevistas será aplicado o questionário. O questionário, para RICHARDSON
(1999), esta técnica é vantajosa na pesquisa porque apresenta uniformidade, devido ao
vocabulário, à ordem das perguntas e às instruções iguais para os entrevistados, ainda o
questionário poderá ser anônimo para que as pessoas se sintam com maior liberdade de
expressar suas opiniões. Entretanto, com o questionário, a resposta idealmente procurada
seria a que exprime, direta ou indiretamente, através da subjetividade do indivíduo, o
fenômeno social a ser compreendido. Ainda nesta pesquisa usar-se-á o levantamento
bibliográfico que possibilitará a confrontação de ideias dos autores e realidade do campo, a
consulta de sites da Internet bem como a análise de documentos normativos da escola.
III: FUNDAMENTACAO TEÓRICA

3.1 Contextualização dos conceitos básicos

Para uma melhor abordagem do problema do tema em estudo, surge a necessidade de


esclarecer alguns conceitos básicos que serão de forma sistemática tratados ao longo da
redacção.

3.1.1 Família

A palavra “família” é derivada do latim famulas que significa “escravo doméstico”. Este
termo foi criado para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas, ao
serem introduzidas à agricultura e também a escravidão legalizada.Para FENHANE &
CAPECE (2003), família é um conjunto de pessoas unidas por laço de parentesco, pelo
sangue ou por alianças. A família é vista como um sistema social responsável pela
transmissão de valores, crenças, ideias que estão presentes na sociedade. Porém, ela tem uma
forte influência no comportamento dos indivíduos, principalmente nas crianças, que
aprendem as diferentes formas de existir, de ver o mundo e de construir as suas próprias
relações sociais.

DIOGO (1998) entendea família como a primeira etapa de socialização da criança e como tal
ela constitui a primeira escola para ela que lhe fornece as bases sólidas para a construção da
sua vida académica, social e cultural. Nesta linha de pensamento entende-se que a família é a
primeira escola da criança, por isso, quando o meio familiar falha ou é deficiente incumbe à
escola manter vivas ou mesmos fornecer, as potencialidades de aprendizagem. Pois, a relação
entre a escola e a família encontra-se ligada às mudanças sociais, à vida em sociedade e à
formação do cidadão, na óptica de que a educação da criança compete aos professores e a
todos aqueles que apresentam modelos da vida social aceitáveis, daí que, a família tem de
estar envolvida nos processos educativos e deve ter como função complementar a escola.
1 Bibliografia

SILVA, E. L.. e MENEZES, E. M. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação.


[online] Disponível na Internet. Acesso: 22 de Abril de 2019

LAKATOS, E. M. &MARCONI, M. de A.. Fundamentos de Metodologia Científica. São


Paulo, Editora Atlas, 2003.

ANDRADE, M. de.. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de


trabalhos na graduação. 6ª Edição. Atlas. Paulo, 2003.

MARQUES at al.. Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Cientifico.1ª ed. Brazil, UCDB


Editora, 2006.

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