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ESCOLA DE QUALIFICAÇÃO

TÉCNICA DE ENFERMAGEM
DE IMPERATRIZ
BIOESTATÍSTICA
PROF. TONI SILVA

TURMA: TÉC EM ENFERMAGEM U1 SÁBADO


AULA: 02/05
DATA: 25/11/2023
CONTEÚDO: ESTATÍSTICA DESCRITIVA:
TABULAÇÃO DE DADOS, GRÁFICOS, MEDIDAS DE
TENDÊNCIA CENTRAL E VARIABILIDADE
Objetivo Geral
Conhecer e aplicar tabelas e gráficos na apresentação de resultados de
pesquisas de bioestatística. Assim como compreender como calcular e
utilizar medidas tendência central e variabilidade .
Objetivo Específico
Compreender o conceito de tabela;
Conhecer os elementos que constituem uma tabela;
Identificar e aplicar as diferentes séries estatísticas;
Representar dados estatísticos através de gráficos.
Adquirir a habilidade de calcular: amplitude total, variância e desvio
padrão.
Conteúdos Programáticos
Tabela;
Elementos de uma tabela;
Séries Estatísticas;
Gráficos;
Dispersão ou Variabilidade;
Amplitude Total;
Variância;
Desvio padrão.
Tabela
Conceito:
A tabela é uma estrutura que utilizamos para organizar dados, que
são informações sobre determinado assunto. Esses dados são
dispostos de forma matricial, em linhas e colunas, tantas quantas
forem necessárias.
Dentro do contexto da bioestatística, tabelas e gráficos são utilizados para
expor os resultados de uma pesquisa estatística.
Tabela
Elementos de uma tabela:
título – conjunto de informações, as mais completas possíveis, respondendo às
perguntas: O quê?, Quando?, Onde?, localizada no topo da tabela.
cabeçalho – parte superior da tabela que especifica o conteúdo das colunas;
corpo – conjunto de linhas e colunas que contém informações sobre a variável
em estudo;
coluna indicadora – parte da tabela que especifica o conteúdo das linhas;
linhas – retas imaginárias que facilitam a leitura, no sentido horizontal, de dados
que se inscrevem nos seus cruzamentos com as colunas;
casa ou célula – espaço destinado a um só número;

Há ainda a considerar os elementos complementares da tabela, que são a


fonte e as notas, colocadas, de preferência, no seu rodapé.
Tabela
Elementos de uma tabela:
Séries Estatísticas
Conceito
Denominamos série estatísticas toda tabela que apresenta a distribuição
de um conjunto de dados estatísticos em função da época, do local ou
da espécie.

Classificação
Séries históricas, cronológicas, temporais ou marchas;
Séries geográficas, espaciais, territoriais ou de localização;
Séries específicas ou categóricas.
Séries Estatísticas
Séries históricas, cronológicas, temporais ou marchas
Descrevem os valores da variável, em determinado local, discriminados
segundo intervalos de tempo variáveis.
Séries Estatísticas
Séries geográficas, espaciais, territoriais ou de localização
Descrevem os valores da variável, em determinado instante,
discriminados segundo regiões.
Séries Estatísticas
Séries específicas ou categóricas
Descrevem os valores da variável, em determinado tempo e local,
discriminados segundo especificações ou categorias.
Vamos praticar:
Façamos uma tabela que relacione: peso, altura e IMC.
Gráfico
Definição:
Gráficos estatístico é uma forma de apresentação dos dados estatísticos,
cujo objetivo é o de produzir, no investigador ou no público em geral,
uma impressão mais rápida e viva do fenômeno em estudo, já que os
gráficos falam mais rápido à compreensão que as séries.
Gráfico
Requisitos fundamentais:
Simplicidade - gráfico deve ser destituído de importância secundária, assim
como traços desnecessários que possam levar o observador a uma análise
morosa com erros.
Clareza - o gráfico deve possibilitar uma correta interpretação dos valores
representativos do fenômeno em estudo.
Veracidade - o gráfico de expressar a verdade sobre o fenômeno em estudo.
Os principais tipos de gráficos são os diagramas, os cartogramas e os
pictogramas.
Gráfico
Diagramas
São gráficos geométricos de, no máximo, duas dimensões; para a sua
contrução, em geral, fazemos uso do sistema cartesiano.

Principais diagramas:
Gráfico em linha ou em curva;
Gráfico em colunas ou em barras;
Gráfico em colunas ou em barras multiplas.
Gráfico em setores.
Gráfico
Diagramas: Gráfico em linha ou em curva
Este tipo de gráfico se utiliza de linha poligonal para representar a série
estatística. O gráfico de linha constitui uma aplicação do processo de
representação das funções num sistema de coordenadas cartesianas.
Gráfico
Diagramas: Gráfico em colunas ou em barras
É a representação de uma série por meio de retângulos, dispostos
verticalmente (em colunas) ou horizontalmente (em barras).
Gráfico
Diagramas: Gráfico em colunas ou em barras
É a representação de uma série por meio de retângulos, dispostos
verticalmente (em colunas) ou horizontalmente (em barras).
Gráfico
Diagramas: Gráfico em colunas ou em barras
Sempre que os dizeres a serem inscritos são extensos, devemos dar
preferência a gráfico de barras (séries geográficas e especificas). Se,
porém, ainda assim preferirmos o gráfico em colunas, os dizeres deverão
ser dispostos de baixo para cima, nunca ao contrário.
A ordem a ser observada é a cronológica, se a série for histórica, e a
descrescente, se for geográfica ou categórica.
A distância entre as colunas (ou barras), por questões estéticas, não
deverá ser menor que a metade nem maior que os dois terços da largura
(ou da altura) dos retângulos.
Gráfico
Diagramas: Gráfico em colunas ou em barras múltiplas
Este tipo de gráfico é geralmente empregago quando queremos
representar, simutaneamente, dois ou mais fenômenos estudados com
propósito de comparação.
Gráfico
Diagramas: Gráfico em colunas ou em barras múltiplas
Gráfico
Diagramas: Gráfico em setores
Este gráfico é construído com base em um círculo, e é empregado sempre
que desejamos ressaltar a participação do dado no total.
Obtemos cada setor por meio de uma regra de três simples e direta,
lembrando que o total da série corresponde a 360º.
Gráfico
Diagramas: Gráfico em setores
Gráfico
Diagramas: Gráfico em setores
O gráfico em setores só deve ser empregado quando há, no máximo, sete
dados.
Se a série já apresenta os dados percentuais, obtemos os respectivos
valores em graus multiplicando o valor percentual por 3,6.
Medidas de Tendência Central
As medidas de posição mais importantes são as medidas de tendência
central, que recebem tal denominação pelo fato de os dados observados
tenderem, em geral, a se agrupar em torno dos valores centrais. Dentre as
medidas de tendência central, destacamos:
média aritmética;
mediana;
moda.
Medidas de Tendência Central
Média aritmética é o quociente da divisão da soma dos valores da variável
pelo número deles:
Medidas de Tendência Central
Média aritmética: Dados não agrupados
Exemplo: Sabendo-se que a produção leiteira diária da vaca A, durante uma
semana, foi de 10, 14, 13, 15, 16, 18 e 12litros, temos, para produção média da
semana:
Medidas de Tendência Central
Moda (Mo) Denominamos moda o valor que ocorre com maior frequência
em uma série de valores.
Medidas de Tendência Central
Moda (Mo): Dados não agrupados
Quando lidamos com valores não agrupados, a moda é facilmente
reconhecida: basta, de acordo com a definição, procurar o valor que mais se
repete.
A série de dados: 7, 8, 9, 10, 10, 10, 11, 12, 13, 15
tem moda igual a 10.
Notas:
amodal: não apresenta moda;
bimodal: apresenta duas modas.
Medidas de Tendência Central
Mediana (Md)
A mediana é outra medida de posição definida como o número que se
encontra no centro de uma série de números, estando estes dispostos
segundo uma ordem. Em outras palavras, a mediana de um conjunto de
valores, ordenados segundo uma ordem de grandeza, é o valor situado de tal
forma no conjunto que o separa em dois subconjuntos de mesmo número
de elementos.
Medidas de Tendência Central
Mediana (Md): Dados não agrupados
Dada uma série de valores, como, por exemplo:
5, 13, 10, 2, 18, 15, 6, 16, 9
Primeiro passo: ordena-se as amostras (crescente ou decrescente);
Segundo passo: tomamos aquele valor central que apresenta o mesmo
número de elementos à direita e à esquerda.
Md= 10

Nota: Se, porém, a série dada tiver um número par, faremos a média
aritmética entre as duas amostras centrais.
Dispersão ou Variabilidade
A variabilidade (também chamada de dispersão) refere-se à distribuição de
um conjunto de dados. A variabilidade oferece uma maneira de descrever a
quantidade de conjuntos de dados diferentes e permite que você use
estatísticas para comparar seus dados com outros conjuntos de dados.
Dispersão ou Variabilidade
Exemplo 01:
Amplitude Total
Dados não agrupados
A amplitude total é a diferença entre o maior e o menor valor observado:

Exemplo 02:
Para os valores:
40, 45, 48, 52, 54, 62 e 70
AT = 70 - 40 = 30
Variância e Desvio Padrão
A variância e o desvio padrão são medidas que levam em consideração a
totalidade dos valores da variável em estudo, o que faz delas índices de
variabilidade bastante estáveis e, por isso mesmo, os mais geralmente
empregados.
Variância
A variância baseia-se nos desvios em torno da média aritmética, porém
determinando a média aritmética dos quadrados dos desvios . Assim,
representando a variância por s², temos:

Quanto menor a variância, mais homogêneo é o conjunto, ou seja, seus


elementos têm valores próximos da média. Por outro lado, quanto maior a
variância, mais heterogêneos são os elementos de um conjunto, ou seja,
alguns elementos têm valores bem diferentes da média.
Variância
Variância
Exemplo 02: Em uma produção de peças de metal para certo equipamento,
o controle de qualidade precisa verificar o comprimento, em milímetro,
dessas peças. Para isso, foram selecionadas, em dois dias, nove dessas peças,
conforme indicado a seguir. Calcule a variância do 1º e 2º dia.
Variância
Variância
Exemplo 02:
Desvio Padrão
Desvio padrão: indica quanto os pontos estão dispersos em relação à média.
Quanto mais próximo de zero o desvio padrão estiver, mais regular será o
conjunto (elementos com valores muito próximos um do outro); por outro
lado, quanto maior o desvio padrão, mais disperso será o conjunto (alguns
elementos têm valores muito diferentes dos demais).
Desvio Padrão
Desvio padrão
Exemplo 03: Vamos calcular o desvio padrão, em mm, das medidas das
peças selecionadas nos dois dias:

Observe que tanto a variância quanto o desvio padrão indicam o quanto os


pontos estão dispersos em relação à média, no entanto, o desvio padrão o faz
utilizando a mesma unidade de medida dos valores analisados, o que
facilita a interpretação dos dados.
Desvio Padrão
Desvio padrão, dados não agrupados
Exemplo 04: Tomemos, como exemplo, o conjunto de valores da variável x:
40, 45, 48, 52, 54, 62, 70. Calcule o desvio padrão.
Desvio Padrão
Desvio padrão, dados não agrupados
Exemplo 05:
Resumo
Amplitude Total Desvio Padrão

Variância

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