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I.

Introdução
O presente trabalho enquadra-se na cadeira de Estatística Básica, onde detalhadamente
falaremos de Estatística Descritiva.
A Estatística é uma ciência cujo campo de aplicação estende-se a muitas áreas do conhecimento
humano. Esta vem para ajudar analisar e a tomada de decisão em vaias áreas do dia-a-dia.

II. Objectivos
Geral
 Entender Estatística Descritiva

Específicos
 Descrever Estatística Descritiva
 Analisar dados com base a Estatística Descritiva
III.Estatística

Estatística é uma parte da Matemática Aplicada que fornece métodos para a coleta, organização,
descrição, análise e interpretação de dados e para a utilização dos mesmos na tomada de decisões
a coleta, a organização e a descrição dos dados estão a cargo da Estatística Descritiva, enquanto a
análise e a interpretação desses dados ficam a cargo da Estatística Indutiva ou Inferencial
(Crespo, 2004).
O estudo de estatística subdivide-se em dois ramos principais: estatística descritiva (dedutiva) e
estatística inferencial (indutiva).

III.1. Estatística Descritiva (ou dedutivo)


É a parte da estatística que se preocupa com a recolha, classificação, apresentação, análise e
interpretação de dados estatística de fenómenos da mesma natureza, sem tirar conclusões sobre
um grupo maior(população).

III.2. Estatística Inferencial (ou indutiva)


É a parte da estatística que se ocupa com a extrapolação ou inferência, em relação a um dado
universo (uma população), examinando uma pequena parte, chamada amostra (parte
representativa do universo).
Importa mais desta vez, trabalhar com a estatística descritiva.
Estatística assume uma importância decisiva a diversos níveis, para o Estado na tomada de
decisões; na Ciência é responsável pelo desenvolvimento científico em geral;
Para além da sua aplicabilidade nas Ciências Naturais, na Medicina, na Agronomia e na
Economia, a Estatística constitui um suporte de cientificidade para as ciências humanas e sociais.
A informação estatística deve obedecer as seguintes características: qualidade, atualidade,
utilidade e quanto ao circuito de informação tem como intervenientes: produtores, fornecedores e
utilizadores.
Para trabalhar com segurança nos dados estatísticos, é preciso saber se está perante dados de uma
amostra ou de uma população inteira. Afinal o que é a população?
IV. População (ou Universo)
População é a conjunto de todas as unidades que possuem pelo menos uma característica em
comum que desejamos medir ou que é de interesse do seu estudo.
Estas unidades podem ser pessoas, domicílios, bancos, universidades, etc. Em muitas ocasiões o
termo Universo é utilizado no lugar de População.
Para nosso estudo temos, estudantes da ESNEC, como nossa população.
V. Variável
É uma característica que observamos numa pesquisa e que pode assumir diferentes valores.
Importa referir que a nossa variável é tempo em minutos necessário que os estudantes levam para
chegar na ESNEC. E esta variável é quantitativa discreta.
VI. Amostra
Considera-se amostra um conjunto finito de uma população. Assim sendo, a nossa amostra neste
estudo são estudantes da ESNEC do regime pós-laboral.
Ex: fez-se uma entrevista aos 49 estudantes da ESNEC do regime pós-laboral, para saber do
tempo em minutos que estes levam de casa para escola, e coletou-se os seguintes dados:
4 5 5 5 5 5 6
6 7 7 7 7 8 9
10 10 10 10 10 10 15
15 15 15 15 15 15 15
15 15 17 20 20 20 20
20 20 20 20 20 21 25
30 30 43 45 45 45 60

VII. Tabelas de frequências


Frequência Absoluta (Simples) (fi) é o número de repetições de um determinado valor
observado da variável. No caso de distribuição de frequência por classes é o número de
observações dentro de um mesmo intervalo de classe. A soma das frequências simples é igual ao
número total de observações n.
Frequência Relativa (Simples) (fr) é a proporção entre o número de observações de um valor
individual ou de uma classe de valores e o número total de observações.
Frequência Absoluta Acumulada é a soma da frequência (simples) absoluta dessa classe (ou
ordem) com as frequências (simples) absolutas das classes anteriores partindo de cima para
baixo.
Frequência Absoluta Acumulada é a soma da frequência (simples) absoluta dessa classe (ou
ordem) com as frequências (simples) absolutas das classes anteriores partindo de baixo para
cima.

Frequência Relativa Acumulada pode ser calculada a partir da definição das frequências
absolutas acumuladas “abaixo de” e “acima de”.
VIII. Gráficos de Distribuição de Frequências
Os gráficos constituem uma forma complementar de apresentação de dados em forma de tabelas,
uma vez que permitem uma visualização instantânea dos factos estudados para além de serem
mais atrativo. Para nosso estudo podemos recorrer a histograma para representação dos dados de
frequências.
VIII.1. Histograma
É a representação gráfica em colunas ou em barras (retângulos) de um conjunto de dados
previamente tabulado e dividido em classes uniformes ou não uniformes. A base de cada
retângulo representa uma classe. A altura de cada retângulo representa a quantidade ou a
frequência absoluta com que o valor da classe ocorre no conjunto de dados para classes
uniformes ou a densidade de frequência para classes não uniformes.

IX. Medidas de posição


IX.1. Medidas de Tendência Central
IX.1.1. Média Aritmética (x)
A média aritmética ou média, é nada mais que a soma dos resultados obtidos dividido pela
quantidade dos resultados.
IX.1.2. Média Aritmética para dados agrupados em classes
A média aritmética para dados agrupados em classes (Ponderada) é definido como sendo o
quociente entre a soma dos produtos das frequências, pelos pontos médios de cada classe, e a
soma de todas as frequências.

IX.2. Mediana para Dados Agrupados em Intervalos de Classe

Uma segunda medida do meio de um conjunto de números é a mediana. Sua principal


característica
é dividir um conjunto ordenado (crescente ou decrescente) de dados em dois grupos iguais; uma

metade terá valores inferiores à mediana, a outra metade terá valores superiores à mediana em
duas

partes iguais. E representa-se por: Md

IX.3. Moda Aritmética

Na estatística diz-se moda (Mo) ao valor mais comum observado em um conjunto de dados, ou
seja, o valor que ocorre com maior frequência em uma distribuição.

IX.3.1. Dados agrupados em intervalo de classes

Para dados agrupados em intervalos de classes, você pode calcular a moda por meio do método
de Czuber, que se baseia na influência das classes adjacentes na moda, deslocando-se no sentido
da classe de maior frequência.

X. Medidas separatriz (quartis, decis e Percentis)

Outras medidas de posição denominadas separatrizes, como o próprio nome sugere são aquelas
medidas que “separam” ou que dividem o conjunto em um certo número de partes iguais. A
principal característica das medidas separatrizes consiste na separação da série em partes iguais
que apresentam o mesmo número de valores e as principais são os quartis, decis e percentis.

X.1. Quartil (Qi)

Quartis: são valores de um conjunto de dados ordenados, que os dividem em quatro partes
iguais.
É necessário, portanto, três quartis (Q1, Q2 e Q3) para dividir um conjunto de dados ordenados
em quatro partes iguais.
 Q1(1ºquartil): deixa 25% dos elementos abaixo dele.
 Q2 (2ºquartil): deixa 50% dos elementos abaixo dele e coincide com a mediana.
 Q3 (3ºquartil): deixa 75% dos elementos abaixo dele.

Atenção que os quartis nos proporcionam informações acerca da distribuição interna dos dados.
X.2. Percentil ou Centil(Ci)
Percentis: os percentis são separatrizes que dividem o conjunto dos dados em 100 partes iguais.

X.3. Decil(Di)
Decis: os decis são separatrizes que dividem o conjunto dos dados em 10 partes iguais.

XI. Medidas de dispersão


Dispersão é contrastada com posição ou tendência central e, juntas, elas são as propriedades de
distribuições mais usadas.
São necessários dois tipos de medidas para descrever adequadamente um conjunto de dados.
Além da informação quanto ao “meio” de um conjunto de números, é conveniente ter também de
um método que permita exprimir a dispersão.

XII. Medidas de dispersão


Indicam se os valores estão relativamente próximos uns dos outros, ou separados. Servem para
verificar a representatividade das medidas de posição, pois é muito comum encontrar séries que,
apesar de terem a mesma média, são compostas de maneira distinta.
Amplitude total: é a diferença entre o maior e o menor dos valores da série;
Variância: é a quadrada desvio padrão;
Desvio-padrão: é a raiz quadrada positiva da variância;

XIII. Coeficiente de Variação:


É dado pela razão entre o desvio-padrão e a média referentes aos dados de uma mesma série.

XIII.1. Coeficiente de Variação de Pearson (CVp)


Esse coeficiente é dado pela razão entre o desvio-padrão e a média referentes aos dados de uma
mesma série.
É mais utilizado quando desejamos comparar diversas grandezas com unidades de medidas que
podem ser iguais ou diferentes. Ou ainda, quando apresentam médias diferentes, embora suas
unidades de medidas sejam iguais.
Como o coeficiente de variação analisa a dispersão em termos relativos, ele será dado em
percentagem (%). Quanto menor for o valor do coeficiente de variação, mais homogêneos serão
os dados, ou seja, menor será a dispersão em torno da média.
De uma forma geral, o coeficiente de variação permite classificar, se o:
CVp < 15%: baixa dispersão → dados homogêneos
15% ≤ CVp ≤ 30%: média dispersão
CVp > 30 %: alta dispersão → dados não homogêneos
Bibliografia
Crespo, A. A. (2004). Estatística fácil (18 ed.). Sao Paiulo: Saraiva Editora.

REIS, Elizabeth. (1998) Estatística descritiva( ed. 4). Lisboa: Silabo.

https://www.ime.usp.br/~rvicente/Guedes_etal_Estatistica_Descritiva.pdf

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