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SUMARIO

01. Alguns conceitos básicos de Matemática e Estatística 4


“Sempre há um motivo...”
Glossário de Termos Estatísticos

02. Manipular Tabelas 6


Tabela exemplo.

03. Medidas de Tendência Central de dados seriados 8


Média Aritmética
Mediana
Moda
Quartis

04. Tabela de Distribuição de Frequências 14


Como organizar dados brutos em uma tabela de distribuição de
frequências.
Classes
Frequência de classe (fi)
Frequência Acumulada (f.ac.)
Frequência Relativa (f.rel.)
Frequência Relativa Acumulada (f.rel.ac.)
Ponto Médio de classe (xi)

05. Leitura e Interpretação de uma Tabela de Distribuição de Frequências 14


Como chegar a conclusões a partir dos dados trabalhados.

Construção de Tabelas de Distribuição de Frequência

Cálculo do número de intervalos (k)


Cálculo da Amplitude Total (A) e da Amplitude de classes (h)
Construindo as Tabelas de Distribuição de Frequências

06. Medidas de Tendência Central de uma Tabela de Distribuição de Frequências:


Média Aritmética, Mediana e Moda
Média Aritmética
Mediana
Moda
Quartis

Referencias
03
INTRODUÇÃO

Há um motivo para que esta disciplina faça parte da Matriz


Curricular deste curso. Adquirir competências para sua formação
profissional.

A habilidade em lidar com números é indispensável na maioria das


profissões. Preparar orçamento de projetos, planejar e controlar pesquisas,
resolver questões que envolvam cálculos, são apenas alguns exemplos de
aplicação da matemática. Por esta razão a modelagem matemática (criação
de modelos matemáticos para solucionar problemas das mais variadas áreas
do conhecimento humano) sempre estará presente no cotidiano das mais
variadas áreas de atuação humana. Confirmando essa ideia há a Estatística,
parte da matemática indispensável na pesquisa científica e útil, por
excelência, em todas as profissões que primam pela tomada de decisões.

Embora possamos encontrar inúmeros gráficos e tabelas em


incontáveis jornais e revistas, por exemplo, tratando dos mais
variados assuntos, tais quais: esporte, economia, política... A
Estatística não se limita a organizar tabelas de dados e ilustrá-las
graficamente. Estatística é uma ciência que ajuda a planejar a
obtenção de dados, coletá-los, interpretar e analisar estes dados e
apresentar resultados, com intenção de facilitar a tomada de
decisões o mais assertivas possíveis. Adentremos aos conceitos
estatísticos necessários, portanto. Logo estarão dominando as
técnicas. Força, foco e determinação! E se, além de tudo, tivermos fé,
não há lutas impossíveis de serem vencidas nem objetivos que não
possam ser alcançados.

Prof. Me. Olair R. Garcia Jr


UNIDADE 1 04
ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS DE MATEMÁTICA E
ESTATÍSTICA

Existem muitos detalhes e conceitos matemáticos que foram deixados de


lado, perdidos ao longo do tempo. Até porque não fazia muito sentido, para nós,
quando alguém falou sobre isso. Mas, certamente alguém falou sobre isto...

Pode ser que, agora, depois de uma explicação, você tenha entendido
melhor. Mas isto não é mérito meu, acontece porque, ao longo da sua vida,
mesmos em perceber, alguns conceitos que você não mais utilizou ainda
permaneceram.

Neste momento, a Matemática terá uma importância prática na sua vida


profissional. Há, portanto, um significado que é real e imediato. Utilizaremos
velhos conceitos, aprendidos por vocês no passado, para que possamos
entender novos conceitos. É assim que aprendemos, baseados em algo que já
sabemos.

“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho
original”.(Albert Einstein)
05
Importante

Não deixem de assistir


ao meu vídeo sobre os conceitos acima.

https://bit.ly/3vRNnhe

Glossário de Termos Estatísticos

Amplitude Total - corresponde à diferença entre o maior e o menor valor observado em um


conjunto de dados. Notaremos por A .

Classes: - Intervalos nos quais os valores da variável analisada são agrupados.

Dados Brutos - dados na forma em que foram coletados, sem nenhum tratamento.

Espaço amostral - conjunto de possibilidades, ou seja, os possíveis resultados associados a


um experimento aleatório.

Estimador - é uma função (fórmula) que permite estimar o valor de um parâmetro


(estimativa), baseando-se nas observações de uma amostra.

Evento - qualquer subconjunto de um espaço amostral.

Experimento aleatório - qualquer processo que venha a gerar um resultado incerto ou casual.

Frequência Acumulada - corresponde à soma da frequência daquela classe às frequências de


todas as classes abaixo dela.

Histogramas - são gráficos constituídos por um conjunto de retângulos, com as bases


assentadas sobre um eixo horizontal, tendo o centro da mesma no ponto médio da classe
que representa, e cuja altura é proporcional à frequência da classe.

Intervalos abertos - os limites da classe (inferior e superior) não pertencem a ela.

Intervalos fechados - os limites de classe (superior e inferior) pertencem à classe em questão.


Intervalos mistos - um dos limites pertence à classe, e o outro, não.

Parâmetro - é um valor desconhecido associado a uma característica da população.

Polígono de frequências - é um gráfico de análise no qual as frequências das classes são


localizadas sobre perpendiculares levantadas nos pontos médios das classes.

População - é o conjunto de elementos que apresentam uma ou mais características em


comum.

Rol - é a mais simples organização numérica. É a ordenação dos dados em ordem crescente
ou decrescente.
06
Curiosidades
Modelo estatístico avalia quais cidades
podem ser “super espalhadoras” de
doenças... leia mais em:
https://bit.ly/3CpYqiC

Manipular tabelas

Inicialmente, começaremos com uma pequena tabela/exemplo. Devemos


organizar suas informações para que possamos melhor entendê-la e, se for o caso,
também com a finalidade de efetuarmos alguns cálculos futuros. É preciso separar
informações de forma coerente para que nenhuma informação seja perdida.

EXEMPLO

Tabela de times de futebol com o respectivo país. Devemos


organizar a tabela agrupando todos os times com seu respectivo país.

Tabela I
07

Fonte: Acervo próprio

É uma tabela pequena e, portanto, de fácil manutenção.

Poderíamos escrever o país e localizar todos os times do mesmo países,


depois faríamos isso com os demais países. A tabela estaria organizada.

Porém, se conseguirmos copiar essa tabela e inseri-la em um editor de texto


ou planilha eletrônica, podemos organizar os países em ordem alfabética e
instantaneamente teríamos a tabela organizada.

A
z
Selecionar a coluna dos países Classificar
Ferramentas de Tabela Layout
07
Tabela2

Fonte: Acervo próprio


08
ASSISTA

Não deixem de assistir ao meu vídeo sobre manipulação de


tabelas.

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL DE DADOS SERIADOS: MÉDIA


ARITMÉTICA, MEDIANA E MODA

Por intermédio de exemplos vou demonstrar como se determina as


Medidas de Tendência Central de uma série numérica.
A primeira a ser demonstrada será a Média Aritmética.

Exemplo 1: S 1 = 3; 8 ; 3; 12; 1

Para calcular a Média Aritmética, basta somarmos todos os


números e dividirmos, o total, pela quantidade dos mesmos.
Temos 5 números, então somaremos 3 + 8 + 3 + 12+ 1 e
dividiremos o resultado por 5.
08
Mediana
Exemplo 1: S­1 = 3; 8 ; 3; 12; 1.
A Mediana é o termo central de uma série, após termos organizado os
números em ordem crescente ou decrescente. Caso haja um número
ímpar de elementos (números), ou, no caso de uma quantidade par,
calculamos a média aritmética dos dois termos centrais.

Exemplo

Exemplo 1: S­1 = 3; 8 ; 3; 12; 1 → 1; 3; 3; 8; 12Md = 3


Exemplo 2: S­2 = 4; 1; 13 → 1; 4; 13 Md = 4

Exemplo 3: S­3 = 80; 10; 40; 10 → 10; 10; 40; 80 → Md = 1+40= 25


2
Exemplo 4: S­ = 2; 2; 2; 2; 2; 2; 2; 2; 2; 2 → Md = 2
4

Exemplo 5: S­ = 3; 6; 3; 6;3; 6 → 3; 3; 3; 6; 6; 6 Md = 3+6= 45


5

Exemplo

Moda
Exemplo 1: 1S­ = 3; 8 ; 3; 12; 1

Organizamos a série em ordem crescente ou decrescente e basta verificar o


termo (número) que mais se repete. No caso de nenhum número se repetir,
não há moda (Espaço amodal). Se acontecer de números se repetirem da
mesma maneira (quantidade de um número igual a quantidade de outro, na
série), então calculamos a média aritmética desses números repetidos
(somamos um dos números que se repetem).

S­ = 3; 8 ; 3; 12; 1 →
1; 3; 3; 8; 12 Mo = 3

1

Exemplo 2: S­2 = 4; 1; 13 1; 4; 13 Mo = 0 (Espaço Amodal)


Exemplo 3: S­3 = 80; 10; 40; 10 →
10; 10; 40; 80 Mo = 10
Exemplo 4: S­4 = 2; 2; 2; 2; 2; 2; 2; 2; 2; 2 →
Mo = 2
Exemplo 5: S­5 = 3; 6; 3; 6;3; 6 →
3; 3; 3; 6; 6; 6 →
Mo =3+6=4,5
45
10
Observe como trabalharíamos para determinar estas medidas
de tendência central, tendo como exemplo uma tabela de cargos e
salários:

Importante

sempre organizaremos a tabela na ordem crescente dos


salários, antes de determinar as medidas de tendência central.

Exemplo

Tabela2

Fonte: Acervo próprio

Quartis
12
Tabela3

Fonte: Acervo próprio

Exemplo 11
Figura 1 - Fonte: Estatística Aplicada à Administração – Prof.
Marcelo Tavares - Sistema Universidade Aberta do Brasil - 2007.

Tabela4

Fonte: Acervo próprio


13
Exemplo

TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS


Temos um conjunto de dados brutos , que são 3,0 8,0 2,7 5,4 6,2
notas de uma prova de Estatística, de uma turma 0,7 4,2 2,7 3,8 4,2
de 50 alunos. O professor que corrigiu a prova 4,9 2,5 1,3 0,9 1,5
tem uma lista, em ordem alfabética, com as
7,5 2,8 4,9 4,8 0,0
seguintes notas:
3,6 5,7 6,1 4,9 8,5
10,0 7,2 0,0 2,6 5,3
10,0 3,7 3,2 7,8 8,1
9,4 2,3 1,9 4,6 5,2
5,5 6,5 6,2 4,1 5,8
1,6 3,4 7,7 8,1 3,5

Não há como concluir muita coisa, apenas olhando para essa tabela, porém,
podemos transformá-la numa série estatística mais compreensível.

Então, seguiremos o seguinte procedimento:

1º) Ter todos os dados brutos. No caso, a lista;

2°) Determinar a amplitude total dos dados brutos


(diferença entre o maior e o menor valor das notas) *;

3°) Subdividir a amplitude total em “pedaços” menores, de igual tamanho


(intervalo) – cada um desses pedaços chamamos de classe

(Para os itens 2º e 3º haverá uma explicação mais detalhada em


“CONSTRUÇÃO DE TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS”,
subtítulo mais abaixo).

Intui-se que o mais natural, nesse caso, é dividir em 10 classes de


intervalo 1.

Assim, na classe representada por 2,0 |------ 3,0 incluímos as notas


de 2,0, mas a nota 3,0 não estará incluída.

A última nota, 10,0, fica na classe 9,0 |------| 10,0 (não vale a pena
criar uma classe para o último valor de uma série);
14
4°) Contar, para cada classe, o número de ocorrências de notas
(frequência);

5°) Apresentar os dados, assim trabalhados, numa tabela, chamada de


Tabela de Distribuição de Frequências.

Exemplo

Tabela 5

Fonte: Acervo próprio

Exemplo

A utilização de dados percentuais pode melhorar nossa apreciação dos dados,


a chamada distribuição de frequências relativas.

Tabela 7

Fonte: Acervo próprio

A Frequência Relativa Acumulada (F.Rel.ac.) (última coluna) é obtida, como o


próprio nome indica, acumulando a porcentagem de cada linha da
Frequência Relativa (F.Rel) (coluna anterior).
15
Para que a tabela fique mais completa, há de se incluir mais
dois conceitos (para que possamos extrair outras conclusões).
A coluna de Frequência Acumulada (F.ac.) e a coluna de Ponto
Médio das classes (xi).

Para a obtenção dos valores da coluna de Frequência Acumulada (F.ac.),


o procedimento é exatamente igual à obtenção da coluna de Frequência
Relativa Acumulada (F.Rel.ac.). Obviamente, agora, a referência será a coluna
de Frequência (fi).

Para obtenção dos valores da coluna de Ponto Médio das classes (xi),
devemos somar os valores extremos (maior e menor) de cada classe e, em
seguida, dividir o resultado obtido por 2.
Tabela 8

Fonte: Acervo próprio


16
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE UMA TABELA DE DISTRIBUIÇÃO
DE FREQUÊNCIAS

Conforme comentado anteriormente, a organização dos dados


brutos em uma Tabela de Distribuição de Frequências tem por
finalidade facilitar a compreensão do comportamento dos dados
estudados, além de propiciar conclusões a respeito destes dados.
No exemplo a seguir, serão respondidas (com as devidas
explicações) algumas questões relacionadas às notas que foram
organizadas na tabela de distribuição de frequências
anteriormente vista.

Exemplo

EM RELAÇÃO A TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS ABAIXO, RESPONDA:

Tabela 9

Fonte: Acervo próprio

Exemplo

a) Quantos alunos obtiveram nota menor que 7,0 ?


39 alunos.

(Explicação da resposta:
Sabemos que na classe 6,0|---7,0 a nota 6,0 está incluída, mas não a
nota 7,0, logo, nesta classe todas as notas são menores
que 7,0, assim como nas classes anteriores. Somaríamos todos os valores
das frequências da classe 0,0|---1,0 à 0,6|---7,0 (4 + 4 + 6 + 7 + 8 + 6 + 4 = 39), mas,
lembrando que a coluna ao lado (F.ac.) acumula estes valores, basta observar o
valor da Frequência Acumulada da classe 0,6|---7,0).
17
b) Qual a porcentagem de alunos com nota inferior a 6,0 ?
70%

(Explicação da resposta: Sabemos que na classe 5,0|---6,0 a nota 5,0 está


incluída, mas não a nota 6,0, logo, nesta classe todas as notas são menores
que 6,0, assim como nas classes anteriores. Somaríamos todas as
porcentagens das frequências relativa da classe 0,0|---1,0 à 0,5|---6,0 (8% +
8% + 12% + 14% + 16% + 12% = 70%), mas, lembrando que a coluna ao lado
(F.Rel.ac.) acumula estes valores, basta observar o valor da Frequência
Relativa Acumulada da classe 0,5|---6,0).

c) Quantos alunos obtiveram nota maior que 5,0 ?


Apenas observando esta tabela, sem acesso aos dados brutos, não há como
respondê-la.

(Explicação da resposta: Sabemos que na classe 5,0|---6,0 a nota 5,0 está


incluída, mas não a nota 6,0. Então, não podemos esquecer que nesta
classe, cuja frequência (fi) é 6, é possível encontrarmos notas iguais a 5,0. Se
não tivermos acesso aos dados brutos, nunca saberemos se há alguma
nota 5,0, por esta razão não saberemos quantas notas, nesta classe, seriam
maiores que 5,0 o que compromete a resposta. Se a pergunta fosse:
“Quantos alunos obtiveram nota maior ou igual a 5,0 ?”, aí poderíamos
efetuar a soma e chegar a um resultado exato.)

d) Qual o percentual de alunos que obtiveram nota maior que 6,0 ?


Apenas observando esta tabela, sem acesso aos dados brutos, não há como
respondê-la.
(Explicação da resposta: Se você entendeu a explicação da resposta da
questão anterior, está explicado. Caso não tenha entendido, assista à
videoaula referente a esse assunto ou acesse o Fórum e deixe a sua dúvida
para que possamos tentar saná-la ou, ainda, esteja no momento presencial
para me questionar pessoalmente).

e) Qual a porcentagem de alunos que obteve nota superior ou igual


a 8,0 ?
14%
(Explicação da resposta: Sabemos que na classe 8,0|--- 9,0 a nota 8,0 está
incluída, portanto, basta somarmos as porcentagens das classes 8,0|---9,0 e
as classes abaixo, no caso apenas mais uma classe, 9,0|---|10,0 (8% + 6% =
14%).
18
f) Quantos alunos obtiveram nota maior ou igual a 5,0 ?
21 alunos.

(Explicação da resposta: Sabemos que na classe 5,0|--- 6,0 a nota 5,0 está
incluída, portanto, basta somarmos os valores das frequências das classes 5,0|-
--6,0 e o valor das frequências das classes abaixo (6 + 4 + 4 + 4 + 3 = 21).

CONSTRUÇÃO DE TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS

Foram citados os procedimentos, no subtítulo anterior:

1º) Ter todos os dados brutos. No caso, a lista;


2°) Determinar a amplitude total dos dados brutos (diferença entre o
maior e o menor valor das notas);
3°) Subdividir a amplitude total em “pedaços” menores, de igual
tamanho (intervalo) – cada um desses pedaços chamamos de classe.

Porém, por ser uma tabela de notas (informação familiar, cujas


características são muito conhecidas), intuímos por dividir a tabela em 10
linhas, utilizando classes de amplitude 1 (tamanho da classe).
Assim, na classe representada por 2,0 |------ 3,0 incluímos as notas de 2,0, mas a
nota 3,0 não estará incluída.
A última nota, 10,0, fica na classe 9,0 |------| 10,0 (porque não vale a pena
criar uma classe para o último valor de uma série).

Cálculo do número de linhas da tabela (número de intervalos – k)

Agora, pensando em tabelas com as mais variadas possibilidades de


valores a serem utilizados, tais quais: valores monetários, unidades de medida
de massa, alturas, etc., nem sempre haverá um consenso ou praticidade na
utilização do número ideal de linhas da tabela de distribuição de frequências.

Há duas maneiras de se obter o número de linha (número de intervalos


que chamaremos de k), recomendado, para uma tabela de distribuição
qualquer.
19
O primeiro é o Método Prático, onde o número de linhas (número de
intervalos que chamaremos de k) será dimensionado da seguinte maneira: Se
o total de dados que temos (chamaremos de N) for menor que 25, utilizaremos
5 linhas (número de intervalos que chamaremos de k) na nossa tabela. Se o
número de linhas for maior ou igual a 25, então o número de linhas será a raiz
quadrada deste número.

Exemplo

Exemplo 1: Dado Rol: Salários

Há 20 salários na tabela, portanto, um número de dados inferior a 25,


Então utilizaríamos 5 linhas (número de intervalos que chamaremos de k) para
a construção da tabela.

Exemplo

Há 32 valores na tabela, portanto, um número de dados superior a 25.


Então, calcularemos a raiz quadrada de 32 para chegarmos ao número de
linhas (número de intervalos que chamaremos de k) desta tabela.

Arredondaremos este número para 6, portanto, 6 linhas.


20
O segundo Método, seria a Regra de Sturges.

O numero de linhas (número de intervalos que chamaremos de k)


será calculado pela fórmula: Onde N é a quantidade de dados que temos.

Exemplo

Exemplo 1: Dado Rol: Salários

São vinte salários, então N = 20. Independente de termos um número de dados


(N) inferior a 25, utilizaremos a Regra de Sturges.
Então

Por fim, arredondamos o valor encontrado, de maneira normal. O número


5,2933989... é mais próximo de 5 ou de 6 ?

Obviamente, mais próximo de 5, portanto utilizaremos 5 linhas. (k = 5)


Exemplo

São 32 valores na tabela, portanto, N = 32Utilizando a Regra de Sturges:


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1º) calculamos o log32 na calculadora
ou smartphone;
2º) multiplicamos o valor encontrado
por 3,3;
3º) somamos 1 ao valor encontrado.

Por fim, arredondamos o valor encontrado, de maneira normal.

O número 5,9669949284... é mais próximo de 5 ou de 6 ?


Obviamente, mais próximo de 6, portanto utilizaremos 6 linhas. (k = 6)

SUGESTÃO DE LEITURA

https://bit.ly/3vW6KWp

Cálculo da Amplitude Total (A) e da Amplitude das classes (h) de uma


Tabela de Distribuição de Frequências

Utilizando os mesmos exemplos anteriores:

Há 20 salários na tabela, portanto, N = 25


Tanto no Método Prático, quanto utilizando a Regra de Sturges o k = 5.
Para calcularmos a Amplitude Total, basta subtrairmos o maior valor
da tabela pelo menor valor
(A é a diferença do maior valor pelo menor valor A = V max – V min).
Neste caso: A = 7590 – 2300 A 5290 A = R$ 5.290,00.
Para calcularmos a amplitude das classes (h), basta dividirmos a Amplitude
Total (A) pelo número de intervalos (k).

Ou seja:

Neste caso: h = R$ 1.058,00


22
Exemplo
Dado o Rol: Alturas (m)

Há 32 valores (alturas) na tabela, portanto, N = 32


Tanto no Método Prático, quanto utilizando a Regra de Sturges o k = 6.

Para calcularmos a Amplitude Total, basta subtrairmos o maior valor da tabela


pelo menor valor
(A é a diferença do maior valor pelo menor valor A = V max – V min).
Neste caso: A = 1,92 – 1,50 A = 0,42 A = 0,42 m
Para calcularmos a amplitude das classes (h),
basta dividirmos a Amplitude Total (A) pelo número de intervalos (k).

ou seja: = h = 0,07 m

Exemplo
Dado o Rol Salários:

Já calculamos anteriormente:

N = 20 (20 valores) k = 5 (5 linhas)


A = 5290,00 (Amplitude Total) h = 1.058 (amplitude das classes)
23
Cálculo de cada coluna:

fi (coluna das frequências) = verificamos quantos salários estão dentro do


intervalo 2300|---3358 (estão coloridos para facilitar a contagem), verificamos
que existem 2 salários amarelos, 4 azuis, 4 verdes, 10 cinzas e que no intervalo
3358|---4416 não há salário algum, então, 0.

f.ac. (coluna das frequências acumuladas) = conforme explicado


anteriormente, nesta coluna ‘acumulamos’ os valores da coluna das
frequências (fi).

f.rel. (coluna das frequências relativas) = para calcular cada valor, desta coluna,
pegamos cada frequência, dividimos pelo total de valores (N) e multiplicamos
por 100 (por se tratar de uma porcentagem).

Observação: A frequência relativa pode estar em porcentagem ou em decimal.


No caso, estamos utilizando a porcentagem, motivo pelo qual multiplicamos
por 100.

f.rel.ac. (coluna das frequências relativas acumuladas) = conforme explicado


anteriormente, nesta coluna ‘acumulamos’ os valores da coluna das
frequências relativas (f.rel.).

xi (coluna dos pontos médios das classes) = somamos o valor máximo e


mínimo de cada classe e, em seguida, dividimos por 2.

A última coluna (fi . xi) = é exatamente o resultado da multiplicação da coluna


das frequências (fi) pela coluna dos pontos médios das classes (xi).

Exemplo

Já calculamos anteriormente:
N = 32 (32 valores)
k=6 (6 linhas)
A = 0,42 m (Amplitude Total)
h = 0,07 m (amplitude das classes)
24

ASSISTA

https://youtu.be/gLt6mAAXUI4 https://youtu.be/To1j54ZMC4k

Prof. Murakami

MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL DE UMA TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DE


FREQUÊNCIAS: MÉDIA ARITMÉTICA, MEDIANA E MODA

Exemplo

Medidas de Tendência Central buscam dar a ideia quantitativa sobre um


fenômeno aleatório. Exemplos: A idade média dos alunos do Unidon é 26
anos. A renda média de uma pessoa que concluiu o Ensino
Superior é de R$ 5.522,00, segundo pesquisa divulgada no jornal
O Estado de São Paulo.
25
Tomemos como exemplo a Tabela de Distribuição de Frequências vista
anteriormente:

No caso citados anteriormente (relativo às notas de uma prova de


Estatística em uma classe de 50 alunos), de acordo com as tabelas já
construídas, é possível obter o valor da Média Aritmética, simplesmente
dividindo os somatórios ( ) de (fi.mi)pelo somatório ( ) das frequências
(fi).
Ou seja:
A Média Aritmética das notas da prova de
Estatística naquela classe foi 4,7

Mediana (Md):

No caso citado anteriormente (relativo às notas de uma prova de


Estatística em uma classe de 50 alunos), de acordo com as tabela já
construída, é possível obter o valor da Mediana, para tanto, será necessário
encontrar a classe mediana.

Encontrando a classe mediana: Dividimos o número total de termos (no caso do exemplo será
50) por dois e verificamos, na coluna da frequência acumulada, onde o valor (25) se encontra.
26

● Li – Limite inferior da classe mediana.


● n – é o número de termos da série (total de valores).
● – é a soma das frequências das classes anteriores a da classe mediana.
● fm – é a frequência da classe mediana.
● c – é a amplitude do intervalo da classe mediana.

Substituindo os respectivos valores do exemplo, para o cálculo da Mediana:


27
24

Acesse:

https://bit.ly/3CDmUVG

Quartis na Tabela de Distribuição de Frequências

Portanto, calcularemos o 1º e o 3º Quartil, já que o 2º é a Mediana, já


calculada.
28
Utilizaremos, mais uma vez, como exemplo, a Tabela de
Distribuição de Frequências vista anteriormente:

Na referida fórmula, como pode ser notado, o n é dividido por 2, obviamente


por se tratar da metade: 50% (2º Quartil coincide com a Mediana).

Para o cálculo do 1º Quartil, então, o n será dividido por 4 (25%);


29
30
REFERÊNCIA
BASSANEZI, Rodney Carlos. Modelagem matemática: teoria e
prática. São Paulo: Contexto, 2015.

https://bit.ly/3J59u6I

BONAFINI, Fernanda Cesar. Estatística. São Paulo: Pearson, 2012.

https://bit.ly/3DFEs4l

LARSON, Ron. Estatística aplicada. São Paulo: Prentice Hall, 2004.

https://bit.ly/3r5ePVf

LARSON, Ron; FARBER, Betsy. Estatística aplicada. São Paulo:


Prentice Hall, 2010.

https://bit.ly/3J9u2uL

LEVIN, Jack; FOX, James Alan; FORDE, David R. Estatística para


ciências humanas. 11 ed. São Paulo: Pearson, 2012.

https://bit.ly/3r6Gk0V

Localização: 519.223/L665e (2 exemplares)

McCLAVE, James, T. Et al. Estatística para administração e


economia. São Paulo: Pearson, 2009.

https://bit.ly/3j9eFIg

MORETTIN, Luiz Gonzaga. Estatística básica: probabilidade e


inferência. São Paulo: Pearson, 2010.

https://bit.ly/3jcFfju

Localização: 519.223/M845e (2 exemplares)


ROCHA, Alex. Tópicos de matemática aplicada. Curitiba:
InterSaberes, 2013.

https://bit.ly/37lgPSc

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