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Enem
Professor Marçal
Professor Marçal
Enem
Sumário
Introdução ................................................................................................................................ 3
1. Estatística............................................................................................................................. 4
2. População e amostra ......................................................................................................... 4
3. Rol e Amplitude .................................................................................................................. 5
4. Frequências.......................................................................................................................... 5
5. Medidas de tendência central .......................................................................................... 8
5.1. Média aritmética simples........................................................................................................ 8
5.2. Média aritmética ponderada ................................................................................................. 9
5.3. Mediana .................................................................................................................................. 11
5.4. Moda........................................................................................................................................ 16
6. Medidas de dispersão ...................................................................................................... 17
7. Variância ............................................................................................................................ 18
8. Desvio Padrão ................................................................................................................... 20
9. Dados agrupados.............................................................................................................. 22
10. A Matemática Financeira.............................................................................................. 24
10.1. Diagrama de Fluxo de caixa ............................................................................................... 24
11. Conceitos gerais.............................................................................................................. 26
12. Regimes............................................................................................................................ 26
12.1. Juros simples ......................................................................................................................... 26
12.2. Juros compostos ................................................................................................................... 30
13. Depósitos sucessivos ...................................................................................................... 34
14. Questões de vestibulares anteriores ........................................................................... 37
15. Gabarito ........................................................................................................................... 44
16. Questões de vestibulares anteriores resolvidas e comentadas .............................. 45
17. Considerações finais ...................................................................................................... 67
INTRODUÇÃO
E, enfim, chegamos à última aula de nosso curso.
Aqui, veremos dois assuntos negligenciados pelos exames vestibulares, a Estatística e a
Matemática Financeira. Mas não nos custa aprender mais um pouco, não é?
Além de caírem pouquíssimo, a parte que cabe ao vestibular é extremamente reduzida. Até
aí, ainda bem, pois você não terá que memorizar muita coisa...
Somando o conteúdo reduzido abrangido pelos editais à base que você adquiriu em nosso
curso até aqui, você verá que terá pouco ou nenhum trabalho para absorver as ideias apresentadas.
Sobre a Matemática Financeira, muito do que precisamos você já estudou quando vimos as
progressões.
Progressões?
Sim, você verá já já, aguenta aí.
Ressalto que vale a pena acrescentar mais essas ferramentas ao seu rol de preparação, pois,
apesar de improvável, não é impossível de ser cobrada no seu vestibular. E, se cair, será mais um de
seus diferenciais...
Então, vamos lá!
Como falamos anteriormente, o conteúdo é extremamente enxuto, mas muito útil.
Claro que não esgotaremos esses dois temas, mas veremos o suficiente para resolver as
questões do seu vestibular.
Caso você tenha, em sua carreira na faculdade, disciplinas como Economia, Administração
financeira ou a própria Matemática Financeira e Comercial, verá muitas outras temáticas
interessantes, mas estas escapam ao nosso escopo para o vestibular e você deve permanecer, pelo
menos por enquanto, focado no contexto das provas.
Se surgir alguma dúvida, lembre-se de que estou à disposição por meio do fórum de dúvidas.
Grande abraço e bons estudos.
1. ESTATÍSTICA
É muito comum vermos nas mídias dados sobre a vida cotidiana na forma estatística. Dados
sobre saúde, política, violência, economia, índice de desenvolvimento humano e educação são
somente alguns dos exemplos.
Dentro desse universo, temos três etapas:
Técnicas de Amostragem
Estatística Descritiva
Inferência Estatística
As Técnicas de Amostragem são as técnicas para que consigamos dados confiáveis sem
analisar toda a população disponível. Para que uma pesquisa não seja enviesada, são levados em
conta aspectos como o tempo de duração da pesquisa, investimento disponível, geografia, camada
social, entre tantos outros.
Já a Estatística Descritiva nos permite organizar os dados obtidos na primeira etapa por meio
de gráficos e tabelas. Esses dados são, então, associados por meio de medidas de tendência central
(média, mediana, moda...) e de medidas de dispersão (variância, desvio padrão...). Além de ter
aplicação aos dados de uma amostra, as técnicas da Estatística Descritiva também podem ser usadas
em populações inteiras.
A Inferência Estatística é a etapa onde os dados são analisados, a margem de erro é verificada
e, enfim, a conclusão sobre a variável estudada é emitida.
Como dito na introdução, a Estatística é “galho fraco” nos vestibulares e, além disso,
podemos perceber que as bancas costumam cobrar apenas a parte da Estatística Descritiva,
deixando de lado as Técnicas de Amostragem e a Inferência Estatística.
Sendo assim, nosso curso terá como linha central a Estatística Descritiva.
2. POPULAÇÃO E AMOSTRA
População e Amostra são conceitos muito importantes quando estamos falando em
Estatística Descritiva. Sendo assim, vamos entender essas definições.
Quando falamos em população, estamos falando em dados de cada um dos elementos de um
conjunto. Se o conjunto for formado pelas pessoas de uma cidade, ao falarmos em dados
populacionais, estamos deixando claro que cada pessoa teve seu dado computado.
Já na amostra, não são todos os elementos que são “consultados”, apenas uma fração deles.
Há técnicas específicas para definir qual o tamanho da amostra ideal e como definir seus elementos
para que se possa extrair dados confiáveis. No entanto, essas técnicas não são objeto de estudo em
nossa aula, pois não estão no escopo do vestibular.
Nessa aula, quando não houver instrução contrária, considere os dados como populacionais.
3. ROL E AMPLITUDE
Quando temos uma distribuição de elementos, temos duas definições muito frequentes no
estudo da matemática estatística. Vamos, então, defini-los de início.
Rol: conjunto dos elementos de uma distribuição ordenados de forma não decrescente.
Amplitude: diferença entre o maior e o menor elemento da distribuição, ou, de maneira
equivalente, entre o último e o primeiro elemento do Rol.
Apesar de serem conceitos muito simples, eles estão presentes nos vestibulares, veja:
1. (Eear/2019)
Na tabela de dados brutos tem-se as massas, em quilogramas, de 15 clientes de uma clínica
médica. Organizando os dados desta tabela pode-se verificar que a amplitude do rol, em kg é
a) 36 b) 42 c) 51 d) 55
Comentários:
Explicitando o Rol, vamos ordenar os elementos de forma não decrescente.
49, 55, 57, 59, 65, 72, 73, 74, 74, 81, 82, 83, 88, 91
A amplitude é dada pela diferença entre o maior elemento e o menor:
91 − 49 = 42
Gabarito: b)
4. FREQUÊNCIAS
Você está lembrado da aula de probabilidades, onde definimos o que é a frequência natural
de um evento em uma experiência?
Pois é, aqui é exatamente a mesma coisa.
No entanto, vamos ampliar um pouco essa ideia, definindo alguns tipos de frequência.
Absoluta
Frequência Relativa
Acima
Acumulada
Abaixo
Antes de analisarmos um exemplo prático, vamos entender do que se tratam esses nomes.
Frequência Absoluta é a contagem simples da ocorrência de um evento dentro de uma
experiência. Esse conceito é exatamente o mesmo que vimos quando estudamos probabilidades.
Frequência Relativa é a razão entre a Frequência Absoluta de um evento e o número total de
eventos. É, comumente, apresentada na forma de porcentagem. Também coincide com o que
estudamos em probabilidades.
Frequências Acumuladas são baseadas nas Frequências Absoluta e Relativa. A apresentação
segue uma ligeira mudança, explicitando dados somados, de forma crescente ou decrescente, até o
evento em questão.
Calma, não é complicado. Vamos analisar um caso prático para que fique mais claro.
Em uma ceia de natal, vinte pessoas de uma família comentam sobre quantos livros leram
durante todo o ano anterior.
Juliano, que estudava matemática, decidiu pegar esses dados e construir uma tabela. Veja o
resultado:
0 7
1 6
2 4
3 2
4 1
Total de pessoas 20
Podemos fazer gráficos com os dados tabelados e, em alguns casos, até encontrar uma
função que os descreva algebricamente. No entanto, não é nosso objetivo analisar essas
ferramentas, pelo menos, não por enquanto.
Os dados referentes à coluna “Número de pessoas leitoras” representam a Frequência
Absoluta, ou seja, quantas ocorrências há de pessoas que leram o número de livros constante na
coluna “Número de livros lidos”.
Para construirmos a coluna de Frequência Relativa, basta fazermos a porcentagem de cada
dado presente na coluna Frequência Absoluta com relação ao total de pessoas, veja.
7
0 7 = 0,35 = 35%
20
6
1 6 = 0,3 = 30%
20
4
2 4 = 0,2 = 20%
20
2
3 2 = 0,1 = 10%
20
1
4 1 = 0,05 = 5%
20
Podemos pensar na Frequência Acumulada Acima como a resposta para a pergunta: quem
leu até x livros? Dessa forma, na linha onde anotamos o número que leu exatamente dois livros,
agora anotaremos quem leu 0 livros, quem leu 1 livro e quem leu 2 livros. Veja como fica a tabela
com esses dados.
%
Número de livros Frequência Frequência Acumulada
lidos Absoluta Frequência Acima
Relativa
0 7 35% 7
1 6 30% 13
2 4 20% 17
3 2 10% 19
4 1 5% 20
Assim, podemos olhar para nossa tabela e, rapidamente, dizer que 19 pessoas leram 3 livros
ou mais.
Do mesmo modo, podemos construir uma coluna para responder a pergunta: quantas
pessoas leram pelo menos 𝑥 livros?
Assim, na linha referente a ler 4 livros, há somente a indicação de 1 pessoa. Na linha referente
a 3 livros, teremos a indicação de 3 pessoas que leram pelo menos 3 livros. Na linha referente a 2
livros, teremos a indicação de que 7 pessoas leram pelo menos 2 livros e assim por diante.
%
Número de Frequência Frequência Frequência
livros lidos Absoluta Frequência Acumulada Acima Acumulada Abaixo
Relativa
0 7 35% 7 20
1 6 30% 13 13
2 4 20% 17 7
3 2 10% 19 3
4 1 5% 20 1
Total de
𝟐𝟎 𝟏𝟎𝟎% 𝟐𝟎 𝟐𝟎
pessoas
Perceba que os dados referentes à coluna “Número de livros lidos” foram colocados de forma
crescente. Isso nos possibilitou escrever, de forma coerente, os dados das Frequências Acumuladas.
Praticidade.
Em vez de dizer a nota de cada aluno de uma determinada sala na segunda prova de Língua
portuguesa, é possível, de modo simplificado, dizer que a média da sala foi de 3,5 e, mesmo não
sabendo a nota individual de cada aluno, conseguir entender que esses alunos não estão indo muito
bem nos estudos.
Apesar de a média ser um valor, de certo modo, incompleto, pois não é possível por meio
dela encontrar os valores que lhe deram origem, conserva certa utilidade de comunicação.
Para encontrar a média aritmética simples entre os elementos de um conjunto, basta dividir
a soma destes pelo número de elementos.
No caso da prova, o mais comum é somar duas notas e dividir por dois. No entanto, a média
não está limitada a dois elementos. Podemos calcular a média entre tantos elementos quanto
quisermos.
Para calcularmos a média de livros lidos pela família leitora, analisada no tópico anterior,
precisamos computar cada uma das 20 pessoas envolvidas. Dessa forma, a média de livros lidos por
pessoa na família é dada por:
0+0+0+0+0+0+0+1+1+1+1+1+1+2+2+2+2+3+3+4
𝑥̅ =
20
24
𝑥̅ =
20
𝑥̅ = 1,2
Dessa forma, podemos dizer que a média de leitura dessa família é de 1,2 livros por pessoa.
Sobre nomenclatura, a barra logo acima de 𝑥 significa que o valor exibido é a média, ou ainda,
o 𝑥 médio.
Podemos, de modo simplificado, utilizar a notação de somatório:
∑ 𝑥𝑖
𝑥̅ =
𝑛
onde 𝑥𝑖 representa o 𝑖-ésimo valor em nossa tabela de distribuição.
0+6+8+6+4
𝑥̅ =
20
24
𝑥̅ =
20
𝑥̅ = 1,2
Perceba que chegamos ao mesmo valor, pois, no fundo, essas duas medias fazem referência
à mesma coisa: média aritmética dos valores.
No entanto, para muitos dados, essa notação acaba sendo vantajosa pela praticidade.
A notação simplificada da média aritmética ponderada, também simplificada, tem o seguinte
aspecto:
∑ 𝑥𝑖 ⋅ 𝑓𝑖
𝑥̅ =
∑ 𝑓𝑖
onde 𝑥𝑖 representa o 𝑖-ésimo valor e 𝑓𝑖 , a frequência do 𝑖-ésimo valor.
Note que é exatamente o mesmo cálculo que fizemos na média aritmética simples, porém
com o diferencial de ter usado o produto em vez de a soma simples.
3. Qual o valor de 𝑘 para que a média de {𝑘, 7,12,23} seja igual à média de
{−2,15, 𝑘², 25,13}?
Comentários:
Para que ambas as médias sejam iguais, devemos ter:
𝑘 + 7 + 12 + 23 −2 + 15 + 𝑘 2 + 25 + 13
=
4 5
𝑘 + 42 𝑘 2 + 51
=
4 5
5 ⋅ (𝑘 + 42) = 4 ⋅ (𝑘 2 + 51)
5𝑘 + 210 = 4𝑘 2 + 204
0 = 4𝑘 2 − 5𝑘 + 204 − 210
0 = 4𝑘 2 − 5𝑘 − 6
Como temos uma equação do segundo grau, podemos utilizar a fórmula de Bhaskara para
encontrar as raízes.
∆= 𝑏2 − 4 ∙ 𝑎 ∙ 𝑐 = (−5)2 − 4 ∙ 4 ∙ (−6) = 25 + 96 = 121
5 + 11
𝑘′ = =2
−𝑏 ± √∆ −(−5) ± √121 8
𝑘= = =
2⋅𝑎 2⋅4 5 − 11 6 3
𝑘 ′′ = =− =−
{ 8 8 4
Dessa forma, há dois valores de 𝑘 para que as médias dos dois conjuntos sejam iguais:
𝑘′ = 2
{ 3
𝑘 ′′ = −
4
5.3. MEDIANA
Mediana é, também, um tipo de medida central, mas um pouco diferente do conceito de
média.
Para entender a necessidade de outro tipo de medida de tendência central, vamos analisar o
caso das notas de 9 alunos de um grupo de estudos de matemática.
Tome as notas do grupo, em uma prova com valor mínimo de zero e máximo de dez, como
{1,6,0,1,4,3,10,10,10} .
Se eu te perguntar a nota média do grupo, provavelmente você fará o seguinte cálculo:
1 + 6 + 0 + 1 + 4 + 3 + 10 + 10 + 10 45
̅=
𝑀 = =5
9 9
Ao informar a média dessa sala, 𝑀 ̅ = 5, podemos ter a falsa impressão de que a sala
apresentou rendimento perto de 50% na prova. No entanto, esse valor foi muito afetado pelas altas
notas de três elementos que tiraram nota máxima. Analisando as notas mais baixas, podemos ver,
claramente, que o grupo de alunos, como conjunto, está bem longe dos 50% de acerto na prova.
Nesse caso, a média acaba sendo uma medida de tendência central com pouca
representatividade contextual, visto que é muito afetada por altos valores isolados na distribuição.
Para termos valores um pouco mais fiéis, poderíamos excluir os valores mais altos e, então,
fazer a nova média. No entanto, esse método tem, também, seus inconvenientes.
Nesse contexto, a mediana pode fornecer valores interessantes para análise.
A mediana, representada nos cálculos por 𝑀𝑒, traz a ideia de valor central para o elemento
que teria metade (ou quase) dos outros elementos com valores superiores e outra metade (ou
quase), com valores inferiores.
Para o cálculo da mediana, vamos escrever as notas dos alunos em ordem não decrescente,
ou seja, vamos escrever o Rol.
0 − 1 − 1 − 3 − 4 − 6 − 10 − 10 − 10
Como temos um número ímpar de elementos, vamos escolher o elemento central como
representante. O valor desse elemento representa a mediana. Um valor que está situado de forma
a ter um número igual de elementos à sua direita (portanto maiores) e à sua esquerda (portanto,
menores).
0 − 1 − 1 − 3 − 4 − 6 − 10 − 10 − 10
Como 4 é o elemento central, podemos dizer, diretamente, que 𝑀𝑒 = 4.
Note que esse valor é um pouco mais representativo do que a média 𝑀̅ = 5 no contexto de
notas de uma prova e denota de forma mais fiel a necessidade de correção de rota nos estudos da
turma.
Como nossa distribuição era pequena, foi fácil reconhecer o termo central visualmente. No
entanto, essa tarefa pode ser um pouco mais chatinha quando temos uma distribuição muito
grande.
Para isso, podemos utilizar uma fórmula para encontrar a posição desse elemento facilmente.
Se uma distribuição tem 𝑛 elementos, com 𝑛 sendo um número ímpar, a posição do termo
central é dada por:
𝑛+1
𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑙 =
2
Dessa forma, nossa mediana é o valor do termo central. Simples assim.
Mas, professor, e quando uma distribuição tiver um número par de elementos? Aí não tem
termo central!
Pois é, não tem mesmo.
Para contornar esse problema, nós vamos considerar a média entre os dois termos centrais!
Imagine que estejamos interessados na mediana da distribuição {1,2,5,7,8,9}.
𝑥(𝑛+1) 𝑠𝑒 𝑛 é í𝑚𝑝𝑎𝑟
2
𝑀𝑒 = {𝑥 𝑛 + 𝑥 𝑛
( ) ( +1)
2 2
𝑠𝑒 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟
2
Já que temos 9 termos (ímpar), podemos dizer que
𝑀𝑒 = 𝑥(𝑛+1) 𝑠𝑒 𝑛 é í𝑚𝑝𝑎𝑟
2
𝑀𝑒 = 𝑥(9+1)
2
𝑀𝑒 = 𝑥5
O que representa o quinto elemento da distribuição {1,2,5,6,7,9,12,14,15}
𝑀𝑒 = 7
b) {5,19}
Essa é uma pergunta interessante pelo número reduzido de termos. Ainda assim, é aplicável
o mesmo conceito de mediana (mesmo que fosse um termo apenas).
𝑥(𝑛+1) 𝑠𝑒 𝑛 é í𝑚𝑝𝑎𝑟
2
𝑀𝑒 = {𝑥 𝑛 + 𝑥 𝑛
( ) ( +1)
2 2
𝑠𝑒 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟
2
São dois termos, portanto, 𝑛 é par.
𝑥(𝑛) + 𝑥(𝑛+1)
𝑀𝑒 = 2 2
𝑠𝑒 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟
2
𝑥(2) + 𝑥(2+1)
𝑀𝑒 = 2 2
2
𝑥1 + 𝑥2
𝑀𝑒 =
2
5 + 19
𝑀𝑒 =
2
𝑀𝑒 = 12
Perceba que, para distribuição de apenas dois elementos, a mediana será sempre igual à
média.
c) {−4, −2,18, −9,7}
Aqui já não temos a distribuição em ordem crescente. Então, vamos reescrevê-la na forma
necessária ao cálculo da mediana.
{−9, −4, −2,7,18}
Ao perceber que são 5 termos (ímpar), podemos definir a mediana como:
𝑥(𝑛+1) 𝑠𝑒 𝑛 é í𝑚𝑝𝑎𝑟
2
𝑀𝑒 = {𝑥 𝑛 + 𝑥 𝑛
( ) ( +1)
2 2
𝑠𝑒 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟
2
𝑀𝑒 = 𝑥(𝑛+1) 𝑠𝑒 𝑛 é í𝑚𝑝𝑎𝑟
2
𝑀𝑒 = 𝑥(5+1)
2
𝑀𝑒 = 𝑥3
𝑀𝑒 = −2
Claro que, com pequenas distribuições, você não precisaria fazer as contas manualmente. É
possível verificar a mediana visualmente.
{−9, −4, −2,7,18}
Para grandes distribuições, a fórmula acaba sendo viável. Por isso, enquanto estuda,
pratique-a sempre que puder, mesmo já sabendo de antemão qual é a resposta, ok?
5. O Brasil vem participando dos jogos olímpicos desde 1896 e, desde 1984, conquistou
diversas medalhas. A distribuição de medalhas brasileiras, por tipo, está representada na tabela a
seguir.
Comentários:
Como as distribuições referentes ao número de cada medalha não estão em ordem
crescente, vamos ordená-las.
Ouro: {0,1,1,2,3,3,3,5,7} Prata: {1,2,2,3,4,5,5,6,6} Bronze: {0,2,3,3,6,6,9,9,10}
Todas as três distribuições apresentam 9 elementos, portanto, número ímpar de elementos.
Utilizemos, então, a fórmula da mediana correspondente.
𝑀𝑒 = 𝑥(𝑛+1) 𝑠𝑒 𝑛 é í𝑚𝑝𝑎𝑟
2
𝑀𝑒 = 𝑥(9+1)
2
𝑀𝑒 = 𝑥5
Dessa forma, temos as três medianas dadas por:
Ouro: {0,1,1,2,3,3,3,5,7} Prata: {1,2,2,3,4,5,5,6,6} Bronze: {0,2,3,3,6,6,9,9,10}
𝑀𝑒 = 𝑥5 = 3 𝑀𝑒 = 𝑥5 = 4 𝑀𝑒 = 𝑥5 = 6
5.4. MODA
A moda é a última e, em minha opinião, a mais simples das medidas de tendência central que
veremos no curso.
Entendemos a palavra moda como algo ligado mais ao comportamento ou uso de algo muito
comum, que todo mundo faz. Essa ideia pode ser transportada para o universo da estatística
descritiva sem muito prejuízo, pois, moda (𝑀𝑜) é o número de maior frequência dentro de uma
distribuição.
Só isso, sem fórmulas, sem complicações.
Apenas o número – ou os números – de maior frequência.
Assim, uma distribuição pode ter uma moda, mais de uma ou até mesmo, nenhuma.
Vamos ver como aplicar esse conceito por meio de alguns exemplos.
6. Determine a moda das seguintes distribuições.
a) {1,3,5,9,3,4,4,5,6,9,9,4,7,1,9,2,3}
b) {1,2,3}
c) {2, 𝜋, 5, 𝑒, 9,4,2}
Comentários:
a) {1,3,5,9,3,4,4,5,6,9,9,4,7,1,9,2,3}
Apesar de não ser absolutamente necessário, vamos ordenar os elementos da sequência para
evidenciar os elementos porventura repetidos.
{1,1,2,3,3,3,4,4,4,5,5,6,7,9,9,9,9}
O número de maior frequência é o 9, com 4 ocorrências. Portanto, 𝑀𝑜 = 9.
b) {1,2,3}
Como não há repetição de termo algum, essa distribuição não apresenta moda. É uma
distribuição amodal.
c) {2, 𝜋, 5, 𝑒, 9,4,2,5}
Novamente, mesmo não sendo obrigatório, vamos ordenar esses elementos.
{2,2, 𝑒, 𝜋, 4,5,5,9}
Dois números aparecem com maior frequência, o número 2 e o número 5, ambos com
frequência igual a 2.
Dessa forma, nossa frequência tem duas modas, 2 e 5. Alguns autores denominam as
distribuições que, como essa, possuem duas modas de distribuições bimodais.
6. MEDIDAS DE DISPERSÃO
As medidas de dispersão têm uma função diferente do que vimos nas medidas de tendência
central.
Enquanto as medidas de tendência central têm a função de reduzir os elementos de uma lista
a apenas um número, de modo a passar a informação de maneira mais eficiente (mesmo que
perdendo parte da informação), as medidas de dispersão têm a função de informar o quanto uma
distribuição é homogênea ou heterogênea, mais uniforme ou mais espalhada com relação a uma
das medidas de tendência central.
Vejamos o exemplo alturas dos três filhos de Renata e Cláudio: 1,75 m; 1,73 m; 1,77 m.
̅̅̅1 ) desses filhos é dada por:
A média das alturas (ℎ
1,73 + 1,75 + 1,77 5,25
ℎ̅ = = = 1,75 𝑚
3 3
Comparemos essas alturas com as alturas dos três filhos de outro casal, Ana e Rogério:
1,65;1,71 m; 1,89.
̅̅̅2 ) desses filhos é dada por:
A média das alturas (ℎ
1,65 + 1,71 + 1,89 5,25
ℎ̅ = = = 1,75 𝑚
3 3
Perceba que, apesar de as médias serem iguais, os filhos de Renata e Cláudio têm alturas
muito próximas à média; enquanto os filhos de Ana e Rogério, bem mais distantes.
Justamente para explicitar essa “distância” da média temos as medidas de dispersão, para
saber o quão dispersos são os elementos de uma distribuição quando comparados à média.
As medidas de dispersão que estudaremos são: variância e desvio padrão.
7. VARIÂNCIA
Para saber o quanto os elementos de uma distribuição estão distantes da média, podemos
fazer a diferença entre eles, elemento a elemento.
Como exemplo, vamos acompanhar os filhos dos casais que vimos no tópico anterior.
Note que, em ambas as famílias, ao tentar estudar a diferença entre cada elemento e a média,
esbarramos em uma somatória igual a zero. Isso acontece porque o que alguns elementos estão
acima da média, outros estão abaixo; fato explicitado pelo sinal de negativo, presente em algumas
diferenças.
Para contornar esse problema da somatória igual a zero, precisamos desconsiderar o sinal de
negativo. E qual é a ferramenta que faz exatamente isso? O módulo!
Muito bem.
Você deve estar lembrado que o módulo de um número é o mesmo que elevar esse número
ao quadrado e, depois, extrair a raiz quadrada, não é?
|𝑥| = √𝑥 2
Sigamos, então, exatamente esse caminho. Vamos elevar essas diferenças ao quadrado.
Estamos caminhando. Mas ainda precisamos individualizar esse valor. Como temos três
elementos, vamos dividir essas somatórias por três, uma espécie de média para o quadrado das
diferenças.
𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟖
Variância ̅
= 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟐𝟔
𝟑
𝟎, 𝟎𝟑𝟏𝟐
Variância = 𝟎, 𝟎𝟏𝟎𝟒
𝟑
Esse quadrado presente na notação da variância está como um lembrete de que elevamos as
diferenças ao quadrado, mas ainda não extraímos a raiz quadrada como havíamos planejado, está
lembrado?
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝑉𝑎𝑟(𝑥) = 𝜎²
Em termos gerais, variância é a média dos quadrados das diferenças entre o valor de cada
elemento e a média da distribuição. Vamos escrever isso matematicamente?
∑(𝑥𝑖 − 𝑥̅ )2 (𝑥1 − 𝑥̅ )2 + (𝑥2 − 𝑥̅ )2 + (𝑥3 − 𝑥̅ )2 + ⋯ (𝑥𝑛 − 𝑥̅ )2
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝑉𝑎𝑟(𝑥) = 𝜎 2 = =
𝑛 𝑛
Ok, professor. Mas como fica a raiz quadrada que deixamos no planejamento?
Ela vem exatamente no próximo tópico, o desvio padrão.
8. DESVIO PADRÃO
Essa é a parte mais tranquila da aula.
O desvio padrão é a raiz quadrada da variância.
Não ficamos de elevar as diferenças ao quadrado e, depois, extrair a raiz quadrada?
Então, se só elevarmos cada diferença ao quadrado, a média desses valores é chamada de
variância.
Se, ao final, extrairmos a raiz quadrada da variância, temos o desvio padrão, simples assim.
Eis a fórmula para o desvio padrão:
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 = √𝑉𝑎𝑟(𝑥) = √𝜎 2 = |𝜎 2 | = 𝜎
Pois é, a letra grega Sigma (𝜎) é o símbolo que usamos para o desvio padrão. Já a utilizamos
na escrita da variância e explicita uma relação próxima entre variância e desvio padrão.
Vamos reanalisar a situação das alturas dos filhos à luz do desvio padrão?
Perceba que quanto maior o desvio padrão de uma amostra, mais heterogênea é a
distribuição, ou seja, mais esparsos são os elementos se comparados à média.
E o contrário também é verdade, quanto menor o desvio padrão, mais homogênea é a
distribuição, mais agrupados são os elementos quando comparados à média.
9. DADOS AGRUPADOS
Em algumas tabelas, o volume de dados se torna muito grande para ser informado por valor,
mesmo utilizando a coluna de frequência.
Normalmente, isso acontece em grandezas contínuas, como altura, idade, entre outros. Veja
que, nessas condições, se medidas com acurácia, teremos muitos e muitos valores diferentes.
Para contornar esse problema, surgiu o agrupamento de dados.
Nesse tipo de apresentação, os elementos passam a ser apresentados em intervalos de
valores, e não em valores individuais.
Veja o exemplo abaixo, uma tabela com as alturas de pessoas com mais de 18 anos, em uma
cidade com 5.000 habitantes.
[1,5; 1,6[ 12
[1,6; 1,7[ 19
[1,7; 1,8[ 47
[1,8; 1,9[ 11
[1,9;2,0[ 7
[2,0; 2,1[ 4
Total 𝟏𝟎𝟎
1,5 + 1,6
[1,5; 1,6[ 12 = 1,55
2
1,6 + 1,7
[1,6; 1,7[ 19 = 1,65
2
1,7 + 1,8
[1,7; 1,8[ 47 = 1,75
2
1,8 + 1,9
[1,8; 1,9[ 11 = 1,85
2
1,9 + 2,0
[1,9;2,0[ 7 = 1,95
2
2,0 + 2,1
[2,0; 2,1[ 4 = 2,05
2
Total 𝟏𝟎𝟎 −
Veja como fica o fluxo de caixa para um empréstimo de 𝑅$100,00 que deve ser pago em
parcela única ao final de seis meses com 25% de juros. Atenção, aqui você está pegando o
empréstimo, ou seja, no início, os 𝑅$100,00 entram no seu bolso. Ao final dos seis meses, devem
sair os 𝑅$100,00 de capital que você pegou emprestado somados aos 25% de juros, ou seja,
𝑅$25,00. Desse modo, após 6 meses, você pagará 𝑅$125,00.
Agora, veja o fluxo de caixa para a mesma operação, mas do ponto de vista de quem
emprestou o dinheiro para você.
Em nossos exemplos durante a aula, caso não seja explicitamente dito o contrário, veremos os
empréstimos sempre pelo ponto de vista de quem pega o valor emprestado, ok?
12. REGIMES
Podemos entender a incorporação sucessiva de juros ao capital de duas formas distintas,
chamadas Regimes.
No Regime de Juros Simples, somente o Capital gera juros; enquanto no Regime de Juros
Compostos, a cada período, acrescentamos juros ao saldo devedor, ou seja, há a incidência de juros
sobre juros.
Vejamos em detalhes cada um desses regimes.
Assim, quem pegou o empréstimo deverá pagar, ao final dos cinco meses, um Montante no
valor de R$1.250,00.
Perceba que, apesar de nossa tabela apresentar um valor de Montante para cada mês, o
pagamento foi único e ao final. Os valores intermediários servem para marcar o valor da dívida no
tempo. Não significa que foram feitos pagamentos todos os meses, ok? O fluxo de caixa deixa claro
que houve uma entrada no bolso de quem pediu o empréstimo, no valor de 𝑅$1.000,00, e uma
saída, 5 meses após, no valor de 𝑅$1.250,00, quitando a dívida.
Um fato muito interessante é a correspondência entre esses valores. Dada a condição de taxa
de juros, nesse caso de 5%, dizemos que esses dois valores são equivalentes, ou seja, ter
𝑅$1.000,00 hoje equivale a ter 𝑅$1.250,00 em cinco meses.
Agora, voltemos nossa atenção para a progressão do valor do Montante ao longo desses
cinco meses:
Mês Montante
1 𝑅$1.050,00
2 𝑅$1.100,00
3 𝑅$1.150,00
4 𝑅$1.200,00
5 𝑅$1.250,00
Você consegue perceber uma relação entre os valores do Montante a cada mês e uma
Progressão Aritmética?
Para essa sequência de valores, podemos considerar 𝑎1 = 𝐶 + 𝑖 ⋅ 𝐶 = 1.050 e 𝑟 = 𝑖 ⋅ 𝐶 =
50.
Considerar essa progressão de valores como uma Progressão Aritmética tem lá suas
vantagens. Por exemplo, podemos descobrir, por meio da fórmula do termo geral da PA, o valor
devido para um mês específico sem ter que passar por todos os meses até lá, acompanhe:
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1) ⋅ 𝑟
Exercício de fixação
07. (Unicamp/2015)
Uma compra no valor de 1.000 reais será paga com uma entrada de 600 reais e uma
mensalidade de 420 reais. A taxa de juros aplicada na mensalidade é igual a
a) 2%. b) 5%. c) 8%. d) 10%.
Comentários:
Se o valor da compra foi de 1.000 reais e o cliente pagou 600 reais de entrada, ficou devendo
apenas 400 reais.
Por esses 400 reais, ele pagou 420, ou seja, nosso Montante é de 420 e o nosso Capital é de
400.
O enunciado não deixa claro qual o período da prestação, se após 1 mês da compra, 5 meses,
2 dias, 10 anos...
50
𝑀1 = 1.000 ⋅ (1 + )
100
𝑀1 = 1.000 ⋅ 1,05
𝑀1 = 1.050
Já para o segundo mês, os cinquenta reais, que foram a remuneração do Capital Inicial de
𝑅$1.000,00, sofrerão, também, incidência de juros. Assim, o Montante do período anterior passa a
ser considerado Capital do próximo.
𝑀2 = 𝑀1 + 𝑀1 ⋅ 𝑖
𝑀2 = 𝑀1 ⋅ (1 + 𝑖)
50
𝑀2 = 1.050 ⋅ (1 + )
100
𝑀2 = 1.050 ⋅ 1,05
𝑀2 = 1.102,50
Para o montante do terceiro mês, exatamente o mesmo processo.
𝑀3 = 𝑀2 + 𝑀2 ⋅ 𝑖
𝑀3 = 𝑀2 ⋅ (1 + 𝑖)
50
𝑀3 = 1.102,50 ⋅ (1 + )
100
𝑀3 = 1.102,50 ⋅ 1,05
𝑀3 = 1.157,625
Continuando para os montantes subsequentes...
𝑀4 = 𝑀3 + 𝑀3 ⋅ 𝑖
𝑀4 = 𝑀3 ⋅ (1 + 𝑖)
50
𝑀4 = 1.157,625 ⋅ (1 + )
100
𝑀4 = 1.157,625 ⋅ 1,05
𝑀4 = 1.215,50625
𝑀5 = 𝑀4 + 𝑀4 ⋅ 𝑖
𝑀5 = 𝑀4 ⋅ (1 + 𝑖)
50
𝑀5 = 1.215,50625 ⋅ (1 + )
100
𝑀5 = 1.215,50625 ⋅ 1,05
𝑀5 = 1.276,2815625
Note que, dessa forma, os juros gerados no período anterior são incluídos no processo e
contribuem para gerar os juros do próximo período. Essa é, justamente, o que diferencia o regime
de Juros Compostos.
Acompanhe a progressão dos Montantes na tabela a seguir.
Você deve estar estranhando tantas casas decimais em um sistema monetário. Podemos,
para reduzir esse desconforto, aproximar nossos resultados para duas casas decimais. Perceba que,
aqui, vamos fazer os cálculos com todas as casas decimais até o final do processo para, somente
depois, aproximá-los. Alguns operadores financeiros adotam esse procedimento, enquanto outros,
não. Não se apegue ao procedimento de aproximação em si, o importante aqui é que você entenda
o processo de formação do Montante.
1 𝑅$1.050,00 𝑅$1.050,00
2 𝑅$1.100,00 𝑅$1.102,50
3 𝑅$1.150,00 𝑅$1.157,63
4 𝑅$1.200,00 𝑅$1.215,51
5 𝑅$1.250,00 𝑅$1.276,28
Foquemos nossa atenção agora em conseguir uma maneira de generalizar essa sequência de
Montantes.
(𝑀1 ; 𝑀2 ; 𝑀3 ; 𝑀4 ; 𝑀5 ; … )
Revisitando os cálculos que acabamos de fazer, podemos fazer as seguintes substituições.
𝑀1 = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)
𝑀2 = 𝑀1 ⋅ (1 + 𝑖) = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖) ⋅ (1 + 𝑖) = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)²
𝑀3 = 𝑀2 ⋅ (1 + 𝑖) = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)2 ⋅ (1 + 𝑖) = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)³
𝑀4 = 𝑀3 ⋅ (1 + 𝑖) = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)3 ⋅ (1 + 𝑖) = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)4
𝑀5 = 𝑀4 ⋅ (1 + 𝑖) = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)4 ⋅ (1 + 𝑖) = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)5
Desse modo, podemos escrever nossa sequência de montantes da seguinte maneira:
(𝑀1 ; 𝑀2 ; 𝑀3 ; 𝑀4 ; 𝑀5 ; … )
(𝐶 ⋅ (1 + 𝑖 ) ; 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖 )² ; 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖 ) ³ ; 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖 ) 4 ; 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖 )5 ; … )
Você notou que acabamos montando uma Progressão Geométrica?
Note que temos, nessa progressão,
𝑎1 = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)
𝑞 = (1 + 𝑖 )
Desse modo, se quisermos calcular um Montante arbitrário passados 𝑡 períodos do início da
operação, sabendo as condições iniciais de Capital e de taxa de juros, podemos fazer:
𝑎𝑛 = 𝑎1 ⋅ 𝑞𝑛−1
𝑀𝑡 = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖) ⋅ (1 + 𝑖)𝑡−1
𝑀𝑡 = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)𝑡
Exercício de fixação
08. (Unicamp/2015/modificada)
Júlio dispõe de uma quantia 𝑄, em reais, e pretende aplicá-la, no sistema de juros compostos,
à taxa de 4% ao mês.
Considerando 𝑙𝑜𝑔2 = 0,3010 e 𝑙𝑜𝑔1,04 = 0,0086, qual o tempo mínimo de aplicação para
que essa quantia seja quadruplicada?
a) 4 anos e meio.
b) 5 anos e 8 meses.
c) 5 anos e 10 meses.
d) Mais de 6 anos.
Comentários:
Para que a quantia 𝑄 seja quadruplicada, com uma taxa 𝑖 = 4% a.m., consideraremos nosso
Montante igual a 4𝑄.
𝑀𝑡 = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)𝑡
4 𝑡
4𝑄 = 𝑄 ⋅ (1 + )
100
4 𝑄 = 𝑄 ⋅ (1 + 0,04)𝑡
4 = (1,04)𝑡
Por acaso, vossa senhoria está lembrado dos logaritmos? Sempre que temos uma incógnita
em uma potência, o logaritmo tem potencial para ajudar, visto que uma de suas características é
podermos transpor a potência do logaritmandos para um produto...
Sendo assim, vamos aplicar o logaritmo em ambos os membros de nossa equação.
4 = 1,04𝑡
𝑙𝑜𝑔 2² = 𝑙𝑜𝑔1,04𝑡
2 ⋅ 𝑙𝑜𝑔 2 = 𝑡 ⋅ 𝑙𝑜𝑔1,04
Como o exercício forneceu 𝑙𝑜𝑔2 = 0,3010 e 𝑙𝑜𝑔1,04 = 0,0086, façamos a substituição.
2 ⋅ 𝑙𝑜𝑔 2 = 𝑡 ⋅ 𝑙𝑜𝑔1,04
2 ⋅ 0,3010 = 𝑡 ⋅ 0,0086
0,6020 = 𝑡 ⋅ 0,0086
0,6020 𝑡 ⋅ 0,0086
=
0,0086 0,0086
70 = 𝑡
Como nossa taxa foi expressa em porcentagem por mês, temos 𝑡 = 70 meses, ou seja, 5 anos
e 10 meses.
Gabarito: c)
Bem, vamos levar nosso caso adiante com valores genéricos. Ao final, podemos particularizar,
ok?
Vamos dizer que queremos acumular um valor 𝑉 até uma certa data a 𝑡 meses a partir de
agora. Podemos, para isso, investir na forma de pagamentos 𝑃 mensais, iguais e sucessivos em uma
aplicação com taxa de rendimento igual a 𝑖% a.m..
Dessa forma, faremos um pagamento inicial no valor de 𝑃 em após decorrido o prazo de 1
mês, começamos a computar algum rendimento.
Após um mês de investimento, temos como saldo da aplicação o valor de 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖), como
já vimos tanto no regime de Juros Simples quanto no regime de Juros Compostos.
Nesse ponto, fazemos mais um depósito de 𝑃 reais, mas ele não pode render juro agora,
somente após decorrido o prazo, está lembrado?
Se continuarmos com essa sequência, sempre escrevendo nosso saldo após decorrido o prazo
e computados os juros, momentos antes de fazer nosso novo depósito 𝑃, temos a seguinte sucessão
de saldos:
1° 𝑚ê𝑠: 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖 )
2° 𝑚ê𝑠: 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖 ) 2 + 𝑃 (1 + 𝑖 )
3° 𝑚ê𝑠: 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖 ) 3 + 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖 ) 2 + 𝑃 (1 + 𝑖 )
4° 𝑚ê𝑠: 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖 ) 4 + 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖 ) 3 + 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖 )2 + 𝑃 (1 + 𝑖 )
5° 𝑚ê𝑠: 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖 ) 5 + 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖 ) 4 + 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖 )3 + 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖 ) 2 + 𝑃 (1 + 𝑖 )
⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋮
Dessa forma, no 𝑛-ésimo mês, teremos um saldo de:
𝑡° 𝑚ê𝑠: 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖)𝑡 + 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖)𝑡−1 + 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖)𝑡−2 + ⋯ + 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖)2 + 𝑃(1 + 𝑖)
Agora, vamos descontextualizar a soma que temos da situação financeira. Analise apenas
algebricamente a série e perceba que estamos somando, na verdade, os elementos de uma
Progressão geométrica, mas na ordem decrescente de potências de (1 + 𝑖).
Para evidenciar esse fato, vamos reescrever nossa soma em ordem crescente dessas
potências.
𝑛° 𝑚ê𝑠: 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖) + 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖)2 + ⋯ + 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖)𝑡−2 + 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖)𝑡−1 + 𝑃(1 + 𝑖)𝑡
Nessa progressão, temos:
𝑎1 = 𝑃 ⋅ (1 + 𝑖)
𝑞 = (1 + 𝑖 )
Você está lembrado da fórmula da soma de 𝑛 termos de uma PG? Não confunda com a
fórmula de infinitos termos, estamos falando apenas de 𝑛 termos, 𝑛 meses poupando nosso
dinheirinho...
𝑎1 ⋅ (𝑞𝑛 − 1)
𝑆𝑛 =
𝑞−1
Vamos, agora, reescrever nossa soma, com os termos e contexto do nosso investimento.
𝑃 ⋅ (1 + 𝑖) ⋅ [(1 + 𝑖)𝑡 − 1]
𝑉=
1 +𝑖− 1
𝑃 ⋅ (1 + 𝑖) ⋅ [(1 + 𝑖)𝑡 − 1]
𝑉=
𝑖
Muito bem, vamos voltar ao contexto de nossa viagem e particularizar o problema?
Você disse que quer, para viajar, quer ter, para todas as despesas, digamos, 𝑅$10.000,00. A
aplicação financeira a que você tem acesso oferece uma taxa de capitalização de 𝑖 = 1% a.m. e você
tem apenas 12 meses para levantar esse capital.
Dessa forma, pergunto a você: quanto você precisa poupar por mês para conseguir os
𝑅$10.000,00 de que precisa?
Vamos aplicar nossa fórmula.
𝑃 ⋅ (1 + 𝑖) ⋅ [(1 + 𝑖)𝑡 − 1]
𝑉=
𝑖
1 1 12
𝑃 ⋅ (1 + ) ⋅ [(1 + ) − 1]
100 100
10.000 =
1
100
𝑃 ⋅ 1,01 ⋅ [1,0112 − 1]
10.000 =
0,01
10.000 ⋅ 0,01 = 𝑃 ⋅ 1,01 ⋅ [1,126825 − 1]
100 = 𝑃 ⋅ 1,01 ⋅ 0,126825
100 = 𝑃 ⋅ 0,12809325
100 𝑃 ⋅ 0,128093257
=
0,12809325 0,12809325
780,68 = 𝑃
Dessa forma, precisamos fazer 12 depósitos iguais e sucessivos para acumular, ao final,
nossos 𝑅$10.000,00 para a viagem.
Não há necessidade de decorar a fórmula que desenvolvemos. No caso de um exercício, você
pode pensar na PG e utilizar a fórmula da soma.
No entanto, caso você a tenha em mente, ganhará algum tempinho na resolução.
Com base no quadro, qual é a moda do número de pessoas no elevador durante a subida
do térreo ao quinto andar?
a) 2
b) 3
c) 4
d) 5
e) 6
3. (Eear/2019)
A tabela apresenta as frequências acumuladas das notas de 70 alunos, obtidas em uma
avaliação. A frequência absoluta da 2a classe é
a) 14 b) 15 c) 16 d) 17
4. (Unesp/2018)
O gráfico indica o número de vítimas fatais no trânsito de uma grande cidade em 2017.
Os dados estão distribuídos por quatro faixas etárias e por três categorias de locomoção dessas
vítimas: pedestres, ciclistas e motociclistas.
a) 7. b) 3. c) 4. d) 6. e) 5.
7. (Fuvest/2015)
Examine o gráfico.
Com base nos dados do gráfico, pode-se afirmar corretamente que a idade
a) mediana das mães das crianças nascidas em 2009 foi maior que 27 anos.
b) mediana das mães das crianças nascidas em 2009 foi menor que 23 anos.
c) mediana das mães das crianças nascidas em 1999 foi maior que 25 anos.
d) média das mães das crianças nascidas em 2004 foi maior que 22 anos.
e) média das mães das crianças nascidas em 1999 foi menor que 21 anos.
8. (Fuvest/2014)
Cada uma das cinco listas dadas é a relação de notas obtidas por seis alunos de uma
turma em uma certa prova.
Assinale a única lista na qual a média das notas é maior do que a mediana.
a) 5,5,7,8,9,10
b) 4,5,6,7,8, 8
c) 4,5,6,7,8,9
d) 5,5,5,7,7,9
e) 5,5,10,10,10,10
9. (Fuvest/2009)
Há um ano, Bruno comprou uma casa por R$50.000,00. Para isso, tomou emprestados
R$10.000,00 de Edson e R$10.000,00 de Carlos, prometendo devolver-lhes o dinheiro, após
um ano, acrescido de 5% e 4% de juros, respectivamente. A casa valorizou 3% durante este
período de um ano. Sabendo-se que Bruno vendeu a casa hoje e pagou o combinado a Edson
e Carlos, o seu lucro foi de:
a) 𝑅$400,00
b) 𝑅$500,00
c) 𝑅$600,00
d) 𝑅$700,00
e) 𝑅$800,00
10. (Fuvest/2008)
No próximo dia 08/12, Maria, que vive em Portugal, terá um saldo de 2.300 euros em
sua conta corrente, e uma prestação a pagar no valor de 3.500 euros. com vencimento nesse
dia. O salário dela é suficiente para saldar tal prestação, mas será depositado nessa conta
corrente apenas no dia 10/12.
Maria está considerando duas opções para pagar a prestação:
1. Pagar no dia 8. Nesse caso, o banco cobrará juros de 2% ao dia sobre o saldo negativo
diário em sua conta corrente, por dois dias;
2. Pagar no dia 10. Nesse caso, ela deverá pagar uma multa de 2% sobre o valor total
da prestação.
Suponha que não haja outras movimentações em sua conta corrente. Se Maria escolher
a opção 2, ela terá, em relação à opção 1,
b) 𝑅$18.150,00.
c) 𝑅$17.250,00.
d) 𝑅$17.150,00.
e) 𝑅$16.500,00.
14. (Unesp/2005)
Mário tomou um empréstimo de RS 8.000,00 a juros de 5% ao mês. Dois meses depois,
Mário pagou 𝑅$ 5.000,00 do empréstimo e, um mês após esse pagamento, liquidou todo o
seu débito. O valor do último pagamento foi de:
a) R$3.015,00.
b) R$3.820,00.
c) R$4.011,00.
d) R$5.011,00.
e) R$ 5.250,00.
15. (UPE/2018)
Diante da crise que o país atravessa, uma financeira oferece empréstimos a servidores
públicos cobrando apenas juro simples. Se uma pessoa retirar RS 8.000,00 nessa financeira, à
taxa de juro de 16% ao ano, quanto tempo levará para pagar um montante de RS 8.320?
a) 2 meses
b) 3 meses
c) 4 meses
d) 5 meses
e) 6 meses
16. (Fac. Albert Einstein – Medicina)
Um produto foi comprado em 2 parcelas, a primeira à vista e a segunda apôs 3 meses,
de maneira que, sobre o saldo devedor, incidiram juros simples de 2% ao mês. Se o valor das
2 parcelas foi o mesmo, em relação ao preço do produto à vista, cada parcela corresponde a
51 53 55 57
𝑎) 𝑏) 𝑐) 𝑑)
101 103 105 107
17. (UFU/2018)
Um comerciante está negociando o valor 𝑉 da venda à vista de uma mercadoria que foi
adquirida com seu fornecedor um mês antes por 𝑅$ 1.000,00 com 4 meses de prazo para
pagamento (sem pagar juros). Sabe-se que o comerciante aplica esse valor 𝑉 à taxa de 2% de
juros (compostos) ao mês para viabilizar o pagamento futuro da mercadoria.
Para que a atualização do valor associado à venda dessa mercadoria forneça, na data
do pagamento do fornecedor, um lucro líquido de 𝑅𝑆 200,00, a venda à vista deve ser de
15. GABARITO
1. C
2. D
3. A
4. A
5. C
6. C
7. D
8. D
9. C
10. C
11. E
12. B
13. B
14. C
15. B
16. B
17. B
18. E
2. (Enem/2016)
Ao iniciar suas atividades, em ascensorista registra tanto o número de pessoas que
entram quanto o número de pessoas que saem do elevador em cada um dos andares do
edifício onde ele trabalha. O quadro apresenta os registros do ascensorista durante a primeira
subida ao térreo, de onde partem ele e mais três pessoas, ao quinto andar do edifício.
Com base no quadro, qual é a moda do número de pessoas no elevador durante a subida
do térreo ao quinto andar?
a) 2
b) 3
c) 4
d) 5
e) 6
Comentários
Contabilizando as entradas e as saídas das pessoas do elevador temos:
4,5,5,5,7,3
A moda será 5.
Gabarito: d)
3. (Eear/2019)
A tabela apresenta as frequências acumuladas das notas de 70 alunos, obtidas em uma
avaliação. A frequência absoluta da 2a classe é
a) 14 b) 15 c) 16 d) 17
Comentários:
A frequência acumulada é conseguida somando, de cima para baixo, as frequências de cada
elemento ou classe da distribuição.
Desse modo, para conseguir a frequência absoluta da segunda classe, precisamos retirar da
frequência acumulada até ela, a frequência acumulada anterior.
Desse modo, a frequência acumulada da segunda classe é dada por:
26 − 12 = 14
Gabarito: a)
4. (Unesp/2018)
O gráfico indica o número de vítimas fatais no trânsito de uma grande cidade em 2017.
Os dados estão distribuídos por quatro faixas etárias e por três categorias de locomoção dessas
vítimas: pedestres, ciclistas e motociclistas.
5. (PUC-RJ/2018)
Em uma pesquisa, realizada em janeiro de 2015, perguntava-se aos internautas se eles
acreditavam que a reciclagem de lixo era importante para o meio ambiente. Eram 3
alternativas possíveis, e 4.600 internautas responderam, como mostra o gráfico abaixo.
6. (Famerp/2018)
Sendo 𝑥 um número inteiro, a mediana do conjunto {3, 7, 2, −3, 13, 9, −1, 𝑥} de oito
7
números é igual a . Dessa forma, 𝑥 é igual a
2
a) 7. b) 3. c) 4. d) 6. e) 5.
Comentários:
Escrevendo o Rol para o conjunto, excetuando o valor de 𝑥, temos:
𝑥 − 3 − 1 2 3 7 9 13
Temos, aqui, três opções para a posição do valor de 𝑥: à esquerda dos termos centrais, sendo
um dos termos centrais, à direita dos termos centrais.
Estamos fazendo referência aos termos centrais, pois a distribuição tem um número par de
elementos, assim, a mediana é calculada como a média dos dois termos centrais.
Se 𝑥 estiver em qualquer posição à esquerda dos termos centrais, a mediana seria dada por
𝑥 − 3 − 1 2 3 7 9 13
𝑥(𝑛) + 𝑥(𝑛+1)
𝑀𝑒 = 2 2
𝑠𝑒 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟
2
𝑥(8) + 𝑥(8+1)
𝑀𝑒 = 2 2
2
𝑥4 + 𝑥5
𝑀𝑒 =
2
2+3
𝑀𝑒 =
2
5 7
𝑀𝑒 = ≠
2 2
Como a mediana, nessa situação, não bate com a mediana fornecida no texto, sabemos que
não é esse o caso da posição de 𝑥.
Se 𝑥 estiver em qualquer posição à direita dos termos centrais, a mediana seria dada por
−3 − 1 2 3 7 9 13 𝑥
𝑥(𝑛) + 𝑥(𝑛+1)
𝑀𝑒 = 2 2
𝑠𝑒 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟
2
𝑥(8) + 𝑥(8+1)
𝑀𝑒 = 2 2
2
𝑥4 + 𝑥5
𝑀𝑒 =
2
3+7
𝑀𝑒 =
2
10
𝑀𝑒 =
2
7
𝑀𝑒 = 5 ≠
2
Como a mediana, nessa situação, também não bate com a mediana fornecida no texto,
sabemos que não é esse o caso da posição de 𝑥.
Sobra, então, a opção de 𝑥 ser um dos elementos centrais:
−3 − 1 2 𝑥 3 7 9 13
−3 − 1 2 3 𝑥 7 9 13
Em todo caso, a mediana é dada por:
𝑥(𝑛) + 𝑥(𝑛+1)
𝑀𝑒 = 2 2
𝑠𝑒 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟
2
𝑥(8) + 𝑥(8+1)
2 2
𝑀𝑒 =
2
𝑥4 + 𝑥5
𝑀𝑒 =
2
3+𝑥 7
𝑀𝑒 = =
2 2
Bom, há uma possibilidade de igualdade, o que não havia nos casos anteriores. Vamos, então,
encontrar o valor de 𝑥.
3+𝑥 7
=
2 2
3+𝑥 =7
𝑥 =7−3
𝑥=4
7
Assim, se 𝑥 = 4, temos a mediana da distribuição igual a , como informado no enunciado.
2
Gabarito: c)
7. (Fuvest/2015)
Examine o gráfico.
Com base nos dados do gráfico, pode-se afirmar corretamente que a idade
a) mediana das mães das crianças nascidas em 2009 foi maior que 27 anos.
b) mediana das mães das crianças nascidas em 2009 foi menor que 23 anos.
c) mediana das mães das crianças nascidas em 1999 foi maior que 25 anos.
d) média das mães das crianças nascidas em 2004 foi maior que 22 anos.
e) média das mães das crianças nascidas em 1999 foi menor que 21 anos.
Comentários:
Perceba que há a presença de vários anos diferentes nas alternativas.
Desse modo, precisaremos julgar cada uma delas para encontrar nosso gabarito.
Vamos lá.
a) mediana das mães das crianças nascidas em 2009 foi maior que 27 anos.
A mediana é um valor central no rol (ou a média dos dois centrais se o número de elementos
for par).
Dessa forma, vejamos em qual classe (intervalo de valores) está a mediana.
A técnica para encontrar a mediana em dados distribuídos em classes é ir somando a
porcentagem de elementos apresentada em cada classe e perceber em qual classe está, em tese,
50% da distribuição. Vimos essa ferramenta quando estudamos a frequência acumulada acima, está
lembrado?
Frequência
Classe Frequência 2009
acumulada (%)
Como a primeira faixa a superar os 50% na frequência acumulada foi a faixa dos [25;29[ anos,
temos que a mediana está entre 25 e 29. Asso, essa alternativa está errada, pois diz que mediana
das mães das crianças nascidas em 2009 foi maior que 27 anos.
b) mediana das mães das crianças nascidas em 2009 foi menor que 23 anos.
Na tabela feita no estudo da alternativa a), vimos que a mediana está entre 25 e 29 anos, ou
seja, essa alternativa também está incorreta.
c) mediana das mães das crianças nascidas em 1999 foi maior que 25 anos.
Novamente um cálculo de mediana, mas de um ano diferente. Vamos repetir o processo que
fizemos na alternativa a), mas para o ano de 1999.
Frequência
Classe Frequência 1999 (%)
acumulada (%)
Como a primeira faixa a superar os 50% na frequência acumulada foi a faixa dos [20;24[ anos,
temos que a mediana está entre 20 e 24. Asso, essa alternativa está errada, pois diz que mediana
das mães das crianças nascidas em 1999 foi maior que 25 anos.
d) média das mães das crianças nascidas em 2004 foi maior que 22 anos.
Para calcular a média, vamos utilizar a média aritmética ponderada, onde a porcentagem faz
o papel de “peso” do valor.
Além disso, utilizaremos o valor médio de cada intervalo para servir de parâmetro para a faixa
de idade.
0 + 15
[0; 15[ = 7,5 0,8% 0,7% 7,5 ⋅ 0,8% = 0,06
2
15 + 19
[15; 19[ = 17 18,2% 21,5% 17 ⋅ 18,2% = 3,094
2
20 + 24
[20; 24[ = 22 28,3% 52,3% 22 ⋅ 28,3% = 6,226
2
25 + 29
[25; 29[ = 27 25,2% 75,6% 27 ⋅ 25,2% = 6,804
2
30 + 34
[30; 34[ = 32 16,8% 90% 32 ⋅ 16,8% = 5,376
2
35 + 39
[35; 39[ = 37 8,0% 96,7% 37 ⋅ 8,0% = 2,96
2
Perceba que não podemos utilizar, em nosso cálculo, a faixa de quarenta anos ou mais, nem
a faixa das idades ignoradas.
A faixa de quarenta anos ou mais elevaria nossa média, que já é igual a 24,52 anos. A faixa
ignorada não fornece dados suficientes para inserção, então somos forçados a deixá-la de fora de
nossos cálculos.
Dessa forma, não há motivos para declararmos a média de idades de 2009 como inferior a 22
anos, o que torna nossa alternativa verdadeira e, portanto, nosso gabarito.
Mesmo já de posse da resposta, vamos analisar a última alternativa para encontrar o motivo
de ela estar incorreta.
e) média das mães das crianças nascidas em 1999 foi menor que 21 anos.
Vamos repetir o processo que aplicamos na alternativa d), porém, com os dados do ano de
1999.
0 + 15
[0; 15[ = 7,5 0,7% 0,7% 7,5 ⋅ 0,7% = 0,0525
2
15 + 19
[15; 19[ = 17 20,8% 21,5% 17 ⋅ 20,8% = 3,536
2
20 + 24
[20; 24[ = 22 30,8% 52,3% 22 ⋅ 30,8% = 6,776
2
25 + 29
[25; 29[ = 27 23,3% 75,6% 27 ⋅ 23,3% = 6,291
2
30 + 34
[30; 34[ = 32 14,4% 90% 32 ⋅ 14,4% = 4,608
2
35 + 39
[35; 39[ = 37 6,7% 96,7% 37 ⋅ 6,7% = 2,479
2
Pelas mesmas considerações que fizemos na alternativa d), a média das idades das mães das
crianças que nasceram no ano de 1999 não são menores que 22, portanto, alternativa falsa.
Gabarito: d)
8. (Fuvest/2014)
Cada uma das cinco listas dadas é a relação de notas obtidas por seis alunos de uma
turma em uma certa prova.
Assinale a única lista na qual a média das notas é maior do que a mediana.
a) 5,5,7,8,9,10
b) 4,5,6,7,8, 8
c) 4,5,6,7,8,9
d) 5,5,5,7,7,9
e) 5,5,10,10,10,10
Comentários:
A questão pede a distribuição na qual a média é maior do que a mediana, ou seja, 𝑥̅ < 𝑀𝑒.
Vamos, então, calcular a média e a mediana de cada uma das distribuições fornecidas.
a) 5,5,7,8,9,10
5 + 5 + 7 + 8 + 9 + 10
𝑥̅ = = 7, 3̅
6
𝑥(𝑛) + 𝑥(𝑛+1) 𝑥(6) + 𝑥(6+1)
2 2 𝑥3 + 𝑥4 7 + 8
𝑀𝑒 = 𝑠𝑒 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟 = 2 2
= = = 7,5
2 2 2 2
𝑥̅ < 𝑀𝑒 ∴ 𝑎𝑙𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑓𝑎𝑙𝑠𝑎
b) 4,5,6,7,8, 8
4+5+6+7+8+8
𝑥̅ = = 6, 3̅
6
𝑥(𝑛) + 𝑥(𝑛+1) 𝑥(6) + 𝑥(6+1)
2 2 𝑥3 + 𝑥4 6 + 7
𝑀𝑒 = 𝑠𝑒 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟 = 2 2
= = = 6,5
2 2 2 2
𝑥̅ < 𝑀𝑒 ∴ 𝑎𝑙𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑓𝑎𝑙𝑠𝑎
c) 4,5,6,7,8,9
4+5+6+7+8+9
𝑥̅ = = 6,5
6
𝑥(𝑛) + 𝑥(𝑛+1) 𝑥(6) + 𝑥(6+1)
2 2 𝑥3 + 𝑥4 6 + 7
𝑀𝑒 = 𝑠𝑒 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟 = 2 2
= = = 6,5
2 2 2 2
𝑥̅ = 𝑀𝑒 ∴ 𝑎𝑙𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑓𝑎𝑙𝑠𝑎
d) 5,5,5,7,7,9
5+5+5+7+7+9
𝑥̅ = = 6, 3̅
6
𝑥(𝑛) + 𝑥(𝑛+1) 𝑥(6) + 𝑥(6+1)
2 2 𝑥3 + 𝑥4 5 + 7
𝑀𝑒 = 𝑠𝑒 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟 = 2 2
= = =6
2 2 2 2
𝑥̅ > 𝑀𝑒 ∴ 𝑎𝑙𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
e) 5,5,10,10,10,10
5 + 5 + 10 + 10 + 10 + 10
𝑥̅ = = 8, 3̅
6
𝑥(𝑛) + 𝑥(𝑛+1) 𝑥(6) + 𝑥(6+1)
2 2 𝑥3 + 𝑥4 10 + 10
𝑀𝑒 = 𝑠𝑒 𝑛 é 𝑝𝑎𝑟 = 2 2
= = = 10
2 2 2 2
𝑥̅ < 𝑀𝑒 ∴ 𝑎𝑙𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑓𝑎𝑙𝑠𝑎
Gabarito: d)
9. (Fuvest/2009)
Há um ano, Bruno comprou uma casa por R$50.000,00. Para isso, tomou emprestados
R$10.000,00 de Edson e R$10.000,00 de Carlos, prometendo devolver-lhes o dinheiro, após
um ano, acrescido de 5% e 4% de juros, respectivamente. A casa valorizou 3% durante este
período de um ano. Sabendo-se que Bruno vendeu a casa hoje e pagou o combinado a Edson
e Carlos, o seu lucro foi de:
a) 𝑅$400,00
b) 𝑅$500,00
c) 𝑅$600,00
d) 𝑅$700,00
e) 𝑅$800,00
Comentários:
Temos, aqui, três situações monetárias diferentes: a casa, o empréstimo de Bruno e o
empréstimo de Carlos.
Vamos calcular esses três montantes, com um ano de prazo, com as taxas fornecidas
consideradas anuais também.
Como há apenas um período de consideração, torna-se indiferente utilizarmos o regime de
Juros Compostos ou o regime de Juros Simples. Utilizaremos, então, as fórmulas do regime de Juros
Simples.
Para o montante da casa:
𝑀𝑡 = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖 ⋅ 𝑡 )
3
𝑀𝑐 = 50.000 ⋅ (1 + ⋅ 1)
100
𝑀𝑐 = 50.000 ⋅ 1,03
𝑀𝑐 = 51.500
Para o montante a ser devolvido para Edson.
𝑀𝑡 = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖 ⋅ 𝑡 )
5
𝑀𝐸 = 10.000 ⋅ (1 + ⋅ 1)
100
𝑀𝐸 = 10.000 ⋅ 1,05
𝑀𝐸 = 10.500
Para o montante a ser devolvido para Carlos.
𝑀𝑡 = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖 ⋅ 𝑡 )
4
𝑀𝐶 = 10.000 ⋅ (1 + ⋅ 1)
100
𝑀𝐶 = 10.000 ⋅ 1,04
𝑀𝐶 = 10.400
Se houve algum lucro para Bruno, este foi decorrente da venda da casa, ressalvados os
capitais de Edson, de Carlos e o próprio capital inicial de Bruno.
Dessa forma, temos:
10. (Fuvest/2008)
No próximo dia 08/12, Maria, que vive em Portugal, terá um saldo de 2.300 euros em
sua conta corrente, e uma prestação a pagar no valor de 3.500 euros, com vencimento nesse
dia. O salário dela é suficiente para saldar tal prestação, mas será depositado nessa conta
corrente apenas no dia 10/12.
Maria está considerando duas opções para pagar a prestação:
1. Pagar no dia 8. Nesse caso, o banco cobrará juros de 2% ao dia sobre o saldo negativo
diário em sua conta corrente, por dois dias;
2. Pagar no dia 10. Nesse caso, ela deverá pagar uma multa de 2% sobre o valor total
da prestação.
Suponha que não haja outras movimentações em sua conta corrente. Se Maria escolher
a opção 2, ela terá, em relação à opção 1,
a) desvantagem de 22,50 euros.
b) vantagem de 22,50 euros.
c) desvantagem de 21,52 euros.
d) vantagem de 21,52 euros.
e) vantagem de 20,48 euros.
Comentários:
Como o enunciado nos pediu para comparar as duas opções, não temos escolha, temos que
passar pelos cálculos de ambas.
Sendo assim, mãos à obra.
1. Pagar no dia 8. Nesse caso, o banco cobrará juros de 2% ao dia sobre o saldo negativo
diário em sua conta corrente, por dois dias;
Se Maria tem 2.300 euros e a conta é de 3.500 euros, seu saldo negativo na conta corrente
será de 3.500 − 2.300 = 1.200.
Sobre esses 1.200, incidirão juros de 2% ao dia, do dia 8 ao dia 10, ou seja, por 2 dias.
Sabendo que o sistema bancário trabalha no regime de Juros Compostos, podemos calcular
o montante devido no dia 12 por Maria.
𝑀𝑡 = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)𝑡
2 2
𝑀2 = 1.200 ⋅ (1 + )
100
𝑀2 = 1.200 ⋅ 1,022
𝑀2 = 1.200 ⋅ 1,0404
𝑀2 = 1.248,48
Nessa modalidade, Maria pagará juros de 48,48 euros, uma vez que a conta é de 1.200 euros.
2. Pagar no dia 10. Nesse caso, ela deverá pagar uma multa de 2% sobre o valor total
da prestação.
Aqui não há incidência de juros compostos, apenas uma multa de 2% sobre o valor total de
3.500 euros.
Assim, o montante a ser pago será dado por:
2
𝑀 = 3.500 ⋅ (1 + )
100
𝑀 = 3.500 ⋅ 1,02
𝑀 = 3.570
Aqui, Maria pagará juros de 70 euros, uma vez que a conta é de 3.500 euros.
Comparando a opção 1, com 48,48 euros de juros, com a opção 2, com 70 euros de juros,
temos que a segunda opção é mais onerosa em
70 − 48,48 = 21,52
Desse modo, se Maria escolher a opção 2, terá desvantagem de 21,52 euros.
Gabarito: c)
11. (Fuvest/1990)
Um país contraiu em 1829 um empréstimo de 1 milhão de dólares, para pagar em cem
anos, à taxa de juros de 9% ao ano.
Por problemas de balança comercial, nada foi pago até hoje, e a dívida foi sendo
"rolada", com capitalização anual dos juros.
Qual dos valores a seguir está mais próximo do valor da dívida em 1989?
Para os cálculos adote (1,09)8 ≈ 2.
a) 14 milhões de dólares.
b) 500 milhões de dólares.
c) 1 bilhão de dólares.
d) 80 bilhões de dólares.
e) 1 trilhão de dólares.
Comentários:
Do enunciado, tiramos que o Capital a ser considerado é de 1 milhão de dólares e a taxa 𝑖 =
9% a.a..
Sobre o tempo decorrido, nossa questão é temporal, pois fala em termos de “nada foi pago
até hoje”. Dessa forma, consideraremos a data de 1989, uma vez que o vestibular para os cursos
ofertados em 1990 foi executado no ano anterior. Dessa forma, para encontrarmos uma resposta
plausível, precisamos levar a temporalidade em conta e considerar 𝑡 = 1989 − 1829 = 160 anos.
Como temos o tempo em anos e a taxa também em anos, não precisamos reescrevê-las. Além
disso, Apesar de o exercício não deixar claro, utilizaremos o regime de Juros Compostos por ser de
maior incidência em operações bancárias.
Assim, podemos calcular o valor do Montante por meio da fórmula do regime de Juros
Compostos.
𝑀𝑡 = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)𝑡
9 160
𝑀160 = 1.000.000 ⋅ (1 + )
100
𝑀160 = 1.000.000 ⋅ 1,09160
Como o exercício nos autorizou a utilizar a aproximação (1,09)8 ≈ 2, vamos reescrever
1,09160 de modo que apareça a potência (1,09)8 .
𝑀160 = 1.000.000 ⋅ (1,098 )20
𝑀160 = 1.000.000 ⋅ 220
A potência 220 é muito grande para calcularmos termo a termo. Em vez disso, vamos
reescrever essa potência de modo mais prático.
𝑀160 = 1.000.000 ⋅ (210 )2
𝑀160 = 1.000.000 ⋅ (1.024)2
𝑀160 = 1.000.000 ⋅ 1.048.576
𝑀160 = 1.048.576.000.000
Gabarito: e)
12. (Unesp/2010)
Desejo ter, para minha aposentadoria, 1 milhão de reais. Para isso, faço uma aplicação
financeira, que rende 1% de juros ao mês, já descontados o imposto de renda e as taxas
bancárias recorrentes.
Se desejo me aposentar após 30 anos com aplicações mensais fixas e ininterruptas
nesse investimento, o valor aproximado, em reais, que devo disponibilizar mensalmente é:
Dado: 1,01361 ≈ 36
a) 290,00. b) 286,00. c) 282,00. d) 278,00. e) 274,00.
Comentários:
Perceba que, aqui, não temos um depósito único para calcular o montante ao final do período
e sim uma sucessão de depósitos.
Vamos utilizar a fórmula que desenvolvemos durante a aula para pagamentos sucessivos.
𝑃 ⋅ (1 + 𝑖) ⋅ [(1 + 𝑖)𝑡 − 1]
𝑉=
𝑖
Substituindo os valores do enunciado, temos:
1 1 30⋅12
𝑃 ⋅ (1 + ) ⋅ [(1 + ) − 1]
100 100
1.000.000 =
1
100
𝑃 ⋅ (1,01) ⋅ [(1,01)360 − 1]
1.000.000 =
0,01
1.000.000 ⋅ 0,01 = 𝑃 ⋅ (1,01) ⋅ [(1,01)360 − 1]
Como só temos a opção de potência 1,01361 ≈ 36, fornecida no enunciado, vamos aplicar a
distributiva para poder utilizar esse dado.
10.000 = 𝑃 ⋅ [(1,01)361 − 1,01]
10.000 = 𝑃 ⋅ [36 − 1,01]
10.000 = 𝑃 ⋅ 34,99
10.000 𝑃 ⋅ 34,99
=
34,99 34,99
285,80 ≅ 𝑃
Gabarito: b)
13. (Unesp/2008)
Cássia aplicou o capital de 𝑅$ 15.000,00 a juros compostos, pelo período de 10 meses
e à taxa de 2% a.m. (ao mês).
Considerando a aproximação (1,02)5 = 1,1, Cássia computou o valor aproximado do
montante a ser recebido ao final da aplicação. Esse valor é:
a) 𝑅𝑆18.750,00.
b) 𝑅$18.150,00.
c) 𝑅$17.250,00.
d) 𝑅$17.150,00.
e) 𝑅$16.500,00.
Comentários:
Para o cálculo do Montante, podemos utilizar nossa fórmula do regime de Juros Compostos.
𝑀 = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖 ) 𝑡
2 10
𝑀10 = 15.000 ⋅ (1 + )
100
𝑀10 = 15.000 ⋅ 1,0210
Como o enunciado nos deu apenas (1,02)5 = 1,1, vamos reescrever nossa potência para
poder utilizar o resultado fornecido.
𝑀10 = 15.000 ⋅ (1,025 )2
𝑀10 = 15.000 ⋅ (1,1)2
𝑀10 = 15.000 ⋅ 1,21
𝑀10 = 18.150
Gabarito: b)
14. (Unesp/2005)
Mário tomou um empréstimo de RS 8.000,00 a juros de 5% ao mês. Dois meses depois,
Mário pagou 𝑅$ 5.000,00 do empréstimo e, um mês após esse pagamento, liquidou todo o
seu débito. O valor do último pagamento foi de:
a) R$3.015,00.
b) R$3.820,00.
c) R$4.011,00.
d) R$5.011,00.
e) R$ 5.250,00.
Comentários:
Vamos resolver o problema em duas partes: uma até o primeiro pagamento, de 𝑅$5.000,00;
e outra até o final.
Para o primeiro montante, podemos escrever:
𝑀2 = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)𝑡
5 2
𝑀2 = 8.000 ⋅ (1 + )
100
𝑀2 = 8.000 ⋅ 1,052
𝑀2 = 8.000 ⋅ 1,1025
𝑀2 = 8.820
Nesse ponto, Manoel faz um pagamento de 𝑅$5.000,00, ou seja, ainda fica devendo
𝑅$8.820,00 − 𝑅$5.000,00 = 𝑅$3.820,00.
Como esse valor só é pago após um mês, vamos calcular um novo montante para ele.
𝑀𝑡 = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖)𝑡
5 1
𝑀1 = 3.820 ⋅ (1 + )
100
𝑀1 = 3.820 ⋅ 1,05
𝑀1 = 4.011
Gabarito: c)
15. (UPE/2018)
Diante da crise que o país atravessa, uma financeira oferece empréstimos a servidores
públicos cobrando apenas juro simples. Se uma pessoa retirar RS 8.000,00 nessa financeira, à
taxa de juro de 16% ao ano, quanto tempo levará para pagar um montante de RS 8.320?
a) 2 meses
b) 3 meses
c) 4 meses
d) 5 meses
e) 6 meses
Comentários:
Para calcular esse montante, podemos considerar nossa fórmula do regime de Juros Simples,
como manda o enunciado.
𝑀 = 𝐶 ⋅ (1 + 𝑖 ⋅ 𝑡 )
16
8.320 = 8.000 ⋅ (1 + ⋅ 𝑡)
100
8.320 8.000 16
= ⋅ (1 + ⋅ 𝑡)
8000 8000 100
26 16
=1+ ⋅𝑡
25 100
26 16
−1= ⋅𝑡
25 100
26 − 25 16
= ⋅𝑡
25 100
1 16
= ⋅𝑡
25 100
4
1 100 16 100
⋅ = ⋅𝑡⋅
25 16 100 16
4
4 =𝑡
16
1
=𝑡
4
Lembrando que 𝑡 está fornecido em anos, temos um quarto de ano, ou seja, um quarto de
doze meses, retornando 3 meses.
Gabarito: b)
17. (UFU/2018)
Um comerciante está negociando o valor 𝑉 da venda à vista de uma mercadoria que foi
adquirida com seu fornecedor um mês antes por 𝑅$ 1.000,00 com 4 meses de prazo para
pagamento (sem pagar juros). Sabe-se que o comerciante aplica esse valor 𝑉 à taxa de 2% de
juros (compostos) ao mês para viabilizar o pagamento futuro da mercadoria.
Para que a atualização do valor associado à venda dessa mercadoria forneça, na data
do pagamento do fornecedor, um lucro líquido de 𝑅𝑆 200,00, a venda à vista deve ser de
Observação: use a aproximação 1,0612 para (1,02)3 e, ao expressar um valor
monetário, faça o arredondamento na segunda casa decimal, considerando unidades inteiras
de centavos.
18. (FGV/2017)
Certo capital foi aplicado em regime de juros compostos. Nos quatro primeiros meses,
a taxa foi de 1% ao mês e, nos quatro meses seguintes, a taxa foi de 2% ao mês. Sabendo-se
que, após os oito meses de aplicação, o montante resgatado foi de 𝑅$ 65.536,00, então o
capital aplicado, em reais, foi aproximadamente igual a
Dado: 65.536 = 216
a) 3,668 . b) 3,728 . c) 3,788 . d) 3,888 . e) 3,968 .
Comentários:
Podemos entender esse exercício em duas partes distintas. A primeira aplicação a 1% ao mês
por quatro meses e a segunda aplicação, a 2% ao mês, por outros quatro meses.
Dessa forma, calculemos o primeiro montante:
1 4
𝑀𝐴 = 𝐶 ⋅ (1 + )
100
𝑀𝐴 = 𝐶 ⋅ 1,014
E o segundo montante, cujo capital deve ser considerado como o montante anterior, visto
que são duas aplicações sucessivas para o mesmo capital original:
2 4
𝑀𝐵 = 𝑀𝐴 ⋅ (1 + )
100
𝑀𝐵 = 𝐶 ⋅ 1,014 ⋅ 1,024