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PÓLO DE ASSOMADA-EXTENSÃO DO TARRAFAL

Curso de complemento de licenciatura em:


Ciências Naturais
Trabalho de conclusão de curso

RELAÇÃO ESCOLA/FAMÍLIA: IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO


DOS PAIS NA VIDA ESCOLAR DOS FILHOS

Tarrafal de Santiago, Junho de 2017

INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DA EDUCAÇÃO


PÓLO DE ASSOMADA - EXTENSÃO TARRAFAL

TEMA: RELAÇÃO ESCOLA/FAMÍLIA:

IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA VIDA


ESCOLAR DOS FILHOS

Discentes:
Adilson Fortes Costa
Anilda Gonçalves Cardoso Léger
Edna Marisa Gomes Monteiro Sanches
Natalino Soares Rosa Andrade
Rosa Cármen Lopes da Costa

CIDADE DO TARRAFAL, JUNHO DE 2017

Orientadora
Professora Catarina Furtado

/________________________________________/

O júri:

________________________________

________________________________

________________________________

Tarrafal de Santiago ____/____/_______

RELAÇÃO ESCOLA/FAMÍLIA: Importância da participação dos pais na vida escolar


dos filhos
Elaborado por:

Adilson Fortes Costa

/__________________________________________________/

Anilda Gonçalves Cardoso Léger

/___________________________________________________/

Édna Marisa Gomes Monteiro Sanches

/___________________________________________________/

Natalino Soares Rosa Andrade

/___________________________________________________/

Rosa Carmén Lopes Costa

/___________________________________________________/

Tarrafal de Santiago, junho de 2017


“Costuma-se dizer que a família educa e a escola ensina, ou seja, à família cabe oferecer à
criança e ao adolescente a pauta ética para a vida em sociedade e a escola instruí-lo, para que
possam fazer frente às exigências competitivas do mundo na luta pela sobrevivência”
(OSÓRIO, 1996, p.82).

AGRADECIMENTOS
A inter-ajuda é indispensável na construção de conhecimentos, sobretudo na fase da
aprendizagem. Por esta razão, não podíamos chegar ao fim deste trabalho, sem deixar
algumas palavras de agradecimento pelos apoios que recebemos.

Assim, iniciamos agradecendo primeiramente a Deus por nos ter dado vida, saúde, orientação,
paciência e determinação para concluirmos o presente trabalho.

À nossa família pela paciência e compreensão que teve durante este processo e pelo
encorajamento que nos transmitiu.

À nossa orientadora, Catarina Delgado, um muito obrigado por tudo, pela disponibilidade,
paciência e competência demonstradas durante a orientação e compilação deste trabalho, o
que nos permitiu superar obstáculos que surgiram ao longo desta caminhada.

Ainda agradecemos aos nossos professores do IUE - Assomada, pelas orientações que nos
concederam e pela entrega e sacrifício que tiveram durante a nossa formação, mas também
pela convivência que tivemos.

Também, aproveitamos para agradecer o Gestor, os professores, os alunos e os


pais/encarregados de educação do Pólo I-B do Tarrafal (Escolas Central e Ponta Lagoa).

Aos técnicos do Gabinete Técnico do Tarrafal os nossos sinceros agradecimentos pela pronta
colaboração.

Ao António Dias Léger os nossos sinceros agradecimentos pelo apoio que nos concedeu na
revisão do presente trabalho.

Ao professor de inglês Ulisses Semedo endereçamos sinceros agradecimentos pela tradução


do resumo.

Aos nossos colegas da turma, aos amigos e todos aqueles que de forma direta ou indireta
contribuíram para alcançarmos mais uma etapa de formação, endereçamos votos de sinceros
agradecimentos.

DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho aos nossos familiares que nos estimularam e apoiaram para que fosse
possível a realização e a concretização do mesmo.

RESUMO
O trabalho que ora apresentamos, busca fazer uma reflexão sobre a relação escola/família e a
importância da participação dos pais/encarregados de educação na vida escolar dos filhos. A
família é o lugar onde o individuo adquire os valores éticos, cívicos, culturais e morais e a
escola constitui um espaço de preparação intelectual e moral do individuo, abrindo-lhe
caminhos para construção de conhecimentos que têm a ver com o saber, permitindo-lhe uma
integração plena na sociedade.

Este trabalho tem por objetivo explicar a importância da participação dos pais na vida escolar
dos filhos, verificar o nível de participação/envolvimento dos pais/encarregados de educação
nas tomadas de decisões referentes ao Pólo, apresentar os motivos do não acompanhamento
dos pais nos estudos dos filhos, identificar aspetos a melhorar na relação escola/família.

Partindo desses pressupostos, tentamos encontrar respostas para ajudar a minimizar os


problemas que a educação enfrenta, visto que, como profissionais da educação que somos,
temos acompanhado de perto a dispersão que tem emergido entre essas duas instituições.

Para o efeito, utilizamos como metodologia de trabalho: pesquisas bibliográficas, aplicação de


questionários a 57 pais/encarregados de educação, 18 professores, 86 alunos do 1° ao 6° ano e
entrevista ao gestor do Polo educativo I-B do Tarrafal, de modo a conseguirmos obter uma
maior diversificação de resultados. Da análise dos mesmos constatamos que existe uma fraca
cooperação entre a escola e a família, isto porque, a família, em geral, não tem participado de
forma ativa na vida escolar dos seus educandos e a escola pouco tem feito para inverter essa
situação. A maioria dos pais/encarregados de educação não acompanha os filhos nos estudos
devido a falta de tempo. O fraco envolvimento/participação dos pais/encarregados de
educação nas decisões referentes à escola, a não realização de visitas domiciliárias pelos
professores, a diversificação de atividades dirigidas aos pais encarregados de educação, são
questões que merecem uma maior atenção para o reforço da relação escola/família.

Palavras-chave: Relação; escola; Família; educação; acompanhamento;

ABSTRACT
The aim of this work is to reflect on the relationship between school and family and the
importance of parental involvement in their children’s school life. Family is where the
individual acquires ethical, civic, cultural and moral values and the school is a place of
intellectual and moral preparation of the individual, opening paths to him, building knowledge
and allowing integration into society.
Thus, the purpose of this study is to explain the importance of parental participation in their
children's school life, to verify the level of participation/involvement of parents in the process
of decision-making of the school, to present reasons for not participating in the education of
their children and identify aspects to improve the relationship between school and families.
Based on these assumptions, we tried to find answers to help minimize the problems that
education faces, because, as professionals of education, we have closely followed the
separation that has emerged between these two institutions.
To achieve this objective, we have used literature review; we have also implemented
questionnaires to 57 parents, 18 teachers, 86 students from 1st to 6th grade, and an interview
with the chairperson of the Educational Pole of Tarrafal I-B, in order to obtain different data.
From the analysis of the data collected, we found out that there is a weak cooperation between
the school and the family, because the family, in general, has not participated actively in the
school life of the students and the school has done little to reverse this situation. Most
parents/guardians do not participate in their children education due to lack of time. As well as
issues such as involvement and participation of parents in school decisions, home visits on the
part of teachers, diversification of activities for parents and guardians, are issues that deserve
greater attention to strengthening the school/family relationship.

Keywords: Relation; school; Family; education; Accompaniment;

ÍNDICE GERAL
INTRODUÇÃO........................................................................................................................13

CAPÍTULO I - ENQUADRAMENTO TEÓRICO.................................................................15

1. CONCEITO – DEFINIÇÃO.............................................................................................16

1.1 - CONCEITO DA FAMÍLIA..........................................................................................17

1.1.1 - TIPOS DE FAMÍLIA.............................................................................................18

1.1.2 - FUNÇÃO DA FAMÍLIA.......................................................................................19

1.2 - A ESCOLA...................................................................................................................22

1.2.1 - A ESCOLA NO CONTEXTO SÓCIO HISTÓRICO............................................22

1.2.2 - ESCOLA – Definições e atribuições......................................................................23

1.2.3 - FUNÇÕES DA ESCOLA......................................................................................24

1.3 - RELAÇÃO ESCOLA/FAMÍLIA.................................................................................25

1.3.1 - COMO MELHORAR O RELACIONAMENTO ENTRE A ESCOLA, PAIS E


ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO.............................................................................28

CAPÍTULO II - PARTE EMPÍRICA.......................................................................................30

2 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO........................................................................31

2.1- ENQUADRAMENTO DE CABO VERDE..............................................................31

2.2 – ENQUADRAMENTO DA ILHA DE SANTIAGO................................................32

2.3 - ENQUADRAMENTO DO CONCELHO DO TARRAFAL....................................33

2.4 - CARACTERIZAÇÃO DO PÓLO EDUCATIVO Nº I-B DO TARRAFAL............34

2.5 - DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS/PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE......35

2.6 - PROBLEMÁTICA DA INVESTIGAÇÃO..............................................................36

2.7 – METODOLOGIA DE ESTUDO..............................................................................39

2.8 - TÉCNICAS DE RECOLHA DE DADOS................................................................40

ZONAS ONDE FORAM APLICADOS OS QUESTIONÁRIOS AOS PAIS


ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO.................................................................................41

CAPITULO III - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS.............................45


3 – APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS...................................46

3.1- RESULTADOS REFERENTES AOS PROFESSORES...........................................46

3.2 - RESULTADOS REFERENTES AOS ALUNOS.....................................................54

3.3 – RESULTADOS REFERENTES AOS PAIS/ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO


...........................................................................................................................................59

3.4 - ANÁLISE DA ENTREVISTA.................................................................................66

3.5 - ANÁLISE INFERENCIAL.......................................................................................70

3.6 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS........................................................................77

CONCLUSÃO..........................................................................................................................82

RECOMENDAÇÕES...............................................................................................................84

BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................85

ANEXO.....................................................................................................................................89

ÍNDICE DE TABELA
Tabela 1- Distribuição dos Alunos no Pólo - ano letivo 2016/2017 - Fonte: Direção do Pólo 35
Tabela 2- Quadro do Pessoal docente - ano letivo 2016/2017 - Fonte: Direção do Pólo.........35
Tabela 3 - Quadro do pessoal não docente - ano letivo 2016/2017 - Fonte: Direção do Pólo. 35
Tabela 4 – Tempo Serviço – Professores..................................................................................48
Tabela 5- Média de alunos por Professores..............................................................................49
Tabela 6- Idade dos alunos.......................................................................................................54
Tabela 7 – Idade dos Pais/Encarregados de educação..............................................................59

ÍNDICE DE GRÁFICO
Gráfico 1- Idade dos Professores..............................................................................................46
Gráfico 2- Sexo –Professores....................................................................................................47
Gráfico 3- Formação Profissional – Professores......................................................................47
Gráfico 4- Situação Profissional – Professores.........................................................................48
Gráfico 5 – Média de Visitas que os professores recebem dos pais/encarregados de educação
...................................................................................................................................................49
Gráfico 6 – Quando os professores costumam contatar os pais/encarregados de educação.....50
Gráfico 7 – Fins pelos quais os professores contatam os pais/encarregados de educação.......50
Gráfico 8 – Com que antecedência as convocatórias são enviadas aos pais/encarregados de
educação....................................................................................................................................51
Gráfico 9 – Afluência dos pais/encarregados educação à escola..............................................51
Gráfico 10 – Motivos da não comparência dos pais/encarregados de educação nas escolas...52
Gráfico 11- Realização de visitas domiciliárias........................................................................52
Gráfico 12- Envio de relatório sobre os alunos aos pais/encarregados de educação................53
Gráfico 13- Colaboração entre escola e pais para evitar faltas dos alunos às aulas.................53
Gráfico 14- Relação escola pais/encarregados de educação.....................................................54
Gráfico 15- Sexo – alunos.........................................................................................................55
Gráfico 16- Ano escolaridade – alunos.....................................................................................55
Gráfico 17- Conhecimento da escrita e leitura por parte dos pais encarregados de educação. 56
Gráfico 18- Visita dos pais/encarregados de educação aos filhos na escola............................56
Gráfico 19- Acompanhamento dos filhos nos estudos em casa................................................57
Gráfico 20- Pais procuram apoio para ajudar os filhos a entenderem certos conteúdos..........57
Gráfico 21- Motivos apresentados pelos pais pela não comparência nas escolas....................58
Gráfico 22- Elogios e recomendações aos filhos......................................................................58
Gráfico 23 – Sexo – Pais/encarregados de educação................................................................59
Gráfico 24- Nível de escolaridade dos pais/encarregados de educação...................................60
Gráfico 25- Ocupação profissional dos pais encarregados de educação..................................60
Gráfico 26- Grau de parentesco em relação ao aluno...............................................................61
Gráfico 27- Frequência que os pais são contatados para comparecerem na escola..................61
Gráfico 28- Fins pelos quais os pais são contatados.................................................................62
Gráfico 29 – Antecedência das convocatórias..........................................................................62
Gráfico 30 – Realização de Visitas à escola espontaneamente.................................................63
Gráfico 31- Motivos por nunca terem ido à escola espontaneamente......................................63
Gráfico 32- Motivos que levam os pais à escola......................................................................64
Gráfico 33- Tempo disponibilizado pelos pais para acompanhar os filhos em casa nos estudos
...................................................................................................................................................64
Gráfico 34- Receção de relatórios da parte da escola sobre os seus educandos.......................65
Gráfico 35- Receção de Visitas domiciliárias da parte da escola.............................................65

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÃO
Ilustração 1- Mapa Localização Geográfica de Cabo Verde....................................................31
Ilustração 2- Mapa de Cabo Verde...........................................................................................31
Ilustração 3- Mapa da localização da ilha de Santiago.............................................................33
Ilustração 4- Mapa da Ilha Santiago.........................................................................................33
Ilustração 5- Localização do Concelho do Tarrafal..................................................................34
Ilustração 6 - Divisão do Concelho do Tarrafal........................................................................34
Ilustração 7- Mapa - Localização do Pólo (Escolas Central e Ponta Lagoa)............................35
Ilustração 8 - Mapa - Zonas de aplicação dos questionários - Gabinete Técnico do Tarrafal. .42
INTRODUÇÃO

Para que se possa atingir metas desejáveis na educação, é necessário a intervenção e


responsabilização de um conjunto de indivíduos que estão inteiramente ligados ao processo
ensino aprendizagem.

Assim, diante do tema “A Relação Escola/Família” sentimos a necessidade de desenvolver


um trabalho que nos permita compreender a importância da participação dos
pais/encarregados de educação na vida escolar dos filhos.

Este é um momento oportuno para encontrarmos algumas respostas às questões: o nível de


envolvimento dos pais/encarregados de educação na vida escolar dos filhos e as causas da
pouca afluência dos mesmos aos estabelecimentos escolares.

Para o efeito, tomamos como caso de estudo o Pólo Educativo nº I-B do Tarrafal, ano letivo
2016/17. A escolha do tema deve-se à nossa experiência de docência, durante mais de uma
década, o que nos tem permitido questionar sobre que tipos de participação as famílias têm
tido junto da escola.

De certo modo, como pais que somos, temos percebido que nem sempre o entendimento da
importância da participação na vida escolar dos filhos é unânime.

Acreditamos que, partindo desses pressupostos, podemos encontrar respostas a essas questões
uma vez que a família e a escola são, sem dúvida, as principais instituições de socialização de
qualquer indivíduo. Cientes desta realidade, sabemos que a aposta num trabalho conjunto
entre as referidas instituições possibilitará a formação integral do indivíduo, tornando-o capaz
de construir uma sociedade que se pretende.

A pertinência do tema torna-se necessária porque a perceção que se tem do papel e da relação
Escola/Família tem tomado um rumo de dispersão. Segundo observações efetuadas no nosso
dia-a-dia, urge a necessidade de se congregar e assumir responsabilidades de interajuda entre
os atores educativos. Ao longo dos anos, nota-se que não tem havido partilha de
responsabilidades mútua, fazendo com que cada uma, por si só, tenha assumido o seu papel
distante uma da outra. A nosso ver, as responsabilidades para com a educação devem ser
participadas e partilhadas, cientes de que o sucesso da criança só será possível com a
colaboração de todos, pois a família e a escola são o caminho mais viável para se alcançar o
desejável.

O nosso trabalho divide-se em três capítulos:

No capítulo I, começamos por fazer um breve apanhado sobre a importância e pertinência do


tema em estudo, “A relação família/escola: importância da participação dos pais na vida
escolar dos filhos”. Neste capítulo ainda, constam as definições e atribuições dos termos
família e escola e suas respetivas relações, tendo como base as opiniões de vários autores e as
legislações vigentes no país. Ainda, consta do mesmo, o enquadramento da escola no contexto
sócio histórico.

Já no capítulo II, fazemos a localização geográfica do Pólo Educativo onde foi feito o estudo
do referido tema. Ainda consta a definição da problemática da investigação, as perguntas de
partida, as hipóteses de investigação, assim como os objetivos, geral e específicos. Também
apresentamos a metodologia e técnicas de recolha de dados utilizados.

O capítulo III está reservado à apresentação, análise e discussão dos resultados referentes aos
questionários e entrevista aplicados,; às considerações finais,; às recomendações,; às
referências bibliográficas e aos anexos.
CAPÍTULO – I ENQUADRAMENTO TEÓRICO

RELAÇÃO FAMÍLIA/ESCOLA: IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO

DOS PAIS NA VIDA ESCOLAR DOS FILHOS


1. CONCEITO – DEFINIÇÃO

Hoje, mais do que nunca, urge fazer uma reflexão profunda sobre a relação escola/família. Os
longos anos de experiência demonstram a necessidade de uma convergência urgente entre
estas duas instituições. Enquanto professores que somos, constatamos inúmeras vezes que
apesar dos esforços envidados, poucos pais se deslocam à escola mostrando interesse pela
educação dos seus filhos, destacando-se, principalmente, os pais dos alunos com dificuldades
de aprendizagem e problemas comportamentais.

Sabendo que a família constitui o primeiro lugar de toda e qualquer educação e assegura, por
isso, a ligação entre o afetivo e o cognitivo, assim como a transmissão dos valores e das
normas, a sua relação com o sistema educativo é, por vezes, tido como incompatível.

Atualmente, questões de nível económico, social e cultural repercutem-se nestas instituições


obrigando-as a questionarem-se sobre que tipos de relação pretendem.

A família sempre foi e continua a ser a instituição primordial onde se inicia a socialização; é
nela que a criança se desperta como um ser social.

Posteriormente, surge a escola, onde o indivíduo se insere num processo de desenvolvimento


psicossocial que se desenrola ao longo da vida. Portanto, a família nunca deve abdicar-se da
sua função socializadora, embora na escola, a interação social é amplificada, diversificada e
plural, ganhando uma nova dimensão e transformada num processo dinâmico que funciona e
deve funcionar, sempre, numa convergência de esforços. Daí a necessidade de a escola e a
família se tornarem parceiros privilegiados de todo o processo educativo para que, desta
interação permanente se possa obter um desenvolvimento harmonioso e equilibrado do
indivíduo, o que passa, necessariamente, pela realização de visitas domiciliárias pelos
docentes com o propósito de conhecer o aluno e a sua família, pelo envolvimento ativo da
comunidade em todas as atividades levadas a cabo pela escola, pela inclusão dos pais
encarregados de educação nos órgãos de gestão da escola, entre outras participações que se
revelarem benéficas para estas instituições.
1.1 - CONCEITO DA FAMÍLIA

Etimologicamente a palavra “família” deriva do latim famulus, cujo significado é servo ou


escravo.

Quando se utiliza a palavra família, todos nós temos uma ideia ou definição na cabeça, mais
ou menos comum, que é a seguinte: família é um conjunto de pessoas com quem vivemos (o
marido, a mulher e os filhos) e que têm o mesmo laço sanguíneo. Esta será por ventura, uma
definição rudimentar não deixando, no entanto, de ter um fundo científico.

A família constitui o elemento fundamental para o desenvolvimento do indivíduo,


independentemente da sua formação. É no seio da família que o indivíduo tem seus primeiros
contatos com a linguagem, a aprendizagem, hábitos e valores. Tal convivência constitui um
elemento fulcral para que a criança se insira no meio escolar sem problemas de ordem
comportamental, com os demais indivíduos.

Em educação, o conceito de família diverge de autor para autor e todos tentam defini-lo sob
determinado ponto de vista, de acordo com o trabalho que estão a realizar.

Para Osório (1996, p. 24):

“A família é a base principal para a formação e o desenvolvimento da criança e do


adolescente, pois é espaço institucional para a vivência de valores, de orientações
para um bem viver em sociedade e exercer a cidadania mediante a assimilação de
normas de conduta”.

De acordo com o artigo 87º ponto nº1 da Constituição da República de Cabo Verde (2010, p.
67) “a família é o elemento fundamental e a base de toda a sociedade”.

Segundo Dessen & Polonia (2007), a entidade família está patente em todas as sociedades, e é
nela que a criança efetua o seu primeiro contato social, e recebe influências culturais
existentes no meio em que ela está inserida.
Perante isso, os autores Dessen & Polonia (2007, p. 22) concluem que:
“Como primeira mediadora entre o homem e a cultura, a família constitui a unidade
dinâmica das relações de cunho afetivo, social e cognitivo que estão imersas nas
condições materiais, históricas e culturais de um dado grupo social. Ela é a matriz da
aprendizagem humana, com significados e práticas culturais próprias que geram
modelos de relação interpessoal e de construção individual e coletiva”.

Já do ponto de vista de Flores (1988) & Osmond (2010) (cit. in Borges 2016, p. 48) a família
é definida como um grupo de pessoas, que vivem debaixo de um mesmo teto, unidas entre si
por relações de progenitor e descendente.

Referindo o sociólogo Giddens (2000, p. 688), a família é: um grupo de pessoas unidas


diretamente por laços de parentesco no qual os adultos assumem a responsabilidade de cuidar
das crianças.

Ele reforça a ideia de Osório ao entender que a família é uma instituição que vem se
transformando ao longo dos tempos tanto culturalmente, como em aspetos sociais e
económicos.

Ainda, segundo Maxler e Mishler, (cit in Machado 2011), a família define-se como “um
grupo primário, um grupo de convivência intergeracional com relações de parentesco e com
uma experiência de intimidade que se prolonga no tempo.”

É no meio familiar que o individuo tem seus primeiros contatos com o mundo externo, a
linguagem, a aprendizagem e aprender os primeiros valores e hábitos. Tal convivência é
fundamental para que a criança se insira no meio escolar sem problemas de relacionamento
disciplinar, entre ela e os outros.

1.1.1 - TIPOS DE FAMÍLIA

Quanto a estrutura da família, constatamos a existência de vários tipos, originários da


constante evolução da sociedade.
Para Morrish (1972) & Bethell (2010) (cit. in por Borges 2016, p. 48), existem dois tipos de
família: a família nuclear, constituída basicamente por pai, mãe e filhos e a extensa,
constituída por grupos de parentes, que vivem numa mesma casa durante duas a três gerações.

Borges (2016, p. 48), reforça ainda que além desses dois tipos já referidos é comum existirem
famílias monoparentais, constituídas na maioria dos casos por mãe e filhos e em casos
minoritários por pai e filhos.

No nosso país, de acordo com os dados do estudo do Instituto Nacional das Estatísticas (INE),
publicado no dia 15 de maio de 2017 no jornal Inforpress, a família cabo-verdiana é
caraterizada por agregados familiares constituídos por união de fato em 33,1%, solteiros
23,4% e 19,1% casados, sendo a zona urbana aquela onde está fixada a maior parte das
famílias, ou seja 76,6% e na zona rural 45,5%.

Ainda de acordo com este instituto, o inquérito referente ao agregado familiar indica que o
nível médio da educação dos representantes com mais estudo é de 7,5% homens e 7,1%
mulheres, sendo que 7,9% se encontra no meio urbano e 5,6% no meio rural.

De acordo com os dados avançados pela mesma fonte a tipografia dos agregados familiares
no arquipélago é formada por – conjugais, unipessoal, nucleares e compostas. O estudo refere
que os agregados conjugais são de 46,2% e é representado pelo sexo masculino, já os
monoparentais 33,2%, sendo a maioria representados pelas mulheres.

O mesmo inquérito indica que a evolução da tipologia dos agregados familiares do ano 2000 a
2016, não teve muito progresso, tendo as percentagens estacionadas próximas uma das outras.

1.1.2 - FUNÇÃO DA FAMÍLIA

Não restam dúvidas que a família desempenha um papel de excelência na construção de uma
sociedade. Assim sendo, acarreta responsabilidades na formação do individuo, transferindo-
lhe valores que outrora foram adquiridos das gerações mais antigas, mas também cabe à
família algumas obrigações existentes em documentos legais como a Constituição da
República e o Estatuto da Criança e do Adolescente cabo-verdiano.
A Constituição da República de Cabo Verde atribui à família, algumas responsabilidades de
acordo com o artigo 90º, (Infância) pontos 1 e 2

1. Todas as crianças têm direito a especial proteção da família, da sociedade e do


Estado, que lhes deverá garantir as condições necessárias ao desenvolvimento
integral das suas capacidades físicas e intelectuais e cuidados especiais em caso de
doença, abandono ou de carência afetiva.

2. A família, a sociedade e o Estado deverão garantir a proteção da criança contra


qualquer forma de discriminação e de opressão, bem como contra o exercício
abusivo da autoridade na família, em instituições públicas ou privadas a que estejam
confiadas e, ainda, contra a exploração do trabalho infantil.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Artigo 8.º

2. Cabe a todos, e em especial à Família e ao Estado, promover e garantir a correta


aplicação dos direitos, princípios e regras estabelecidos neste Estatuto e demais leis
nacionais, bem como nas convenções internacionais, nos seguintes termos:

a) A família é responsável por assegurar que a criança e o adolescente a seu cargo


tenham o pleno e efetivo gozo e exercício dos seus direitos e garantias;

3. Os progenitores têm responsabilidades e obrigações comuns e iguais, no que


respeita ao cuidado, desenvolvimento e educação integral dos seus filhos.

4. Os progenitores ou os representantes legais têm poder de orientar a criança e o


adolescente ao seu cuidado no exercício progressivo dos seus direitos e deveres,
num quadro de promoção da autonomia plena, de forma a contribuir para o seu
desenvolvimento integral e assunção de uma cidadania ativa.

Nos dois documentos é possível verificar aspetos comuns quanto ao papel da família no
crescimento e desenvolvimento de seus filhos, como, por exemplo, garantir a escolarização,
uma educação voltada para a cidadania e uma vida digna, garantir a saúde, o carinho, a
proteção e o afeto.

Convém realçar que de acordo com Torre (1984), (cit. in Borges 2016, p. 50)
“A família possui quatro funções básicas: sexual, reprodutiva, económica e
educacional. As duas primeiras contribuem não só para satisfazer as necessidades
sexuais, mas também asseguram a continuidade da espécie. A terceira permite
assegurar aso seus membros os meios de subsistência e bem-estar. A quarta é
responsável pela transmissão dos atos, conhecimentos e atitudes necessários à
socialização do individuo, preparando-o para sua inserção no meio.”

Para Navarro (1998, p.38) “A família tem um papel determinante no desenvolvimento


intelectual, afetivo e social de todas as pessoas. Ela tem um papel crucial na tarefa de facilitar
a resposta educativa que os filhos recebem na escola”.
“A família desempenha papel decisivo na educação formal e informal e, em seu espaço, são
absorvidos os valores éticos e humanitários, aprofundando os laços de solidariedade. Uma das
tarefas principais da família é promover a transmissão da descendência da experiência
acumulada pelas vivências individuais e coletivas, proporcionar ambiente adequado para
aprendizagem, bem como facilitar o intercâmbio de informações e preparação para exercício
em sociedade.” Britto (2011).

Por outro lado, sabe-se que a família, por mais que tenha inúmeras responsabilidades
educacionais sobre a criança, necessita de auxílio para efetivar um ensino com qualidade e
como sabemos a família está precisando da parceria das escolas, porque ela sozinha não dá
conta da educação e socialização dos filhos.

Diante dessas atribuições, cabe a nós como professores, fazermos uma reflexão incidindo na
participação e no envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos, analisando o nível de
entrega dos mesmos e o impacto desta mesma entrega nos resultados dos seus educandos.

Neste aspeto, convém realçar a nossa perceção sobre o que chamamos de participação e o que
entendemos por envolvimento. Seria salutar se esses dois aspetos andassem juntos, para que
na realidade, o relacionamento entre a escola e a família viesse a ter reflexos positivos na vida
dos alunos.

Torna-se necessário todos os intervenientes do processo educativo terem a noção de que a


participação seria, no entanto, as atividades dos encarregados de educação que supõem
alguma influência em campos como os do planeamento, gestão e tomada de decisões nas
escolas. O envolvimento passaria pelos contactos telefónicos, as idas à escola para falar com o
professor/diretor de turma, as reuniões de pais e outras que acharem relevantes.

Devemos ainda comparar e desmistificar tipos de pais de acordo com suas frequências aos
estabelecimentos de ensino e procurar dar respostas aos desafios que se vão acumulando no
que tange à participação ou envolvimento na vida escolar dos filhos.

Refletindo Cury (2003), ser um pai brilhante é colocar a educação dos seus filhos acima dos
seus próprios interesses olhando para a importância do ser e não do ter, porque a educação é
que prepara os jovens para a vida, pondo de lado a herança material que deixamos, mas sim a
pessoa que os nossos filhos serão. Precisamos de ser educadores muito acima da média, se
quisermos formar seres humanos inteligentes, felizes e capazes de sobreviver numa sociedade.
1.2 - A ESCOLA

1.2.1 - A ESCOLA NO CONTEXTO SÓCIO HISTÓRICO

A escola tem-se evoluído ao longo dos tempos. De acordo com a Enciclopédia Combi Visual,
(1989, p. 1-12) antigamente, não havia essa forma de escola onde são destacadas conjunto de
pessoas específicas para educar as crianças. Nas sociedades primitivas as crianças aprendiam
não de forma dirigida, mas sim, através da observação do comportamento dos adultos. Eles
preparavam para a vida através das lides da vida diária dos seus antecedentes.

Hoje em dia, para além de ainda existir essa forma de aprendizagem, em que os mais
pequenos aprendem pela observação das ações dos mais velhos, e não só, há também a
aprendizagem dirigida, em que se destaca o grupo de pessoas específicas para ajudar a
desenvolver a criança em diversos domínios como: físico, moral, intelectual, psicológico, (...)

Ainda, segundo a Enciclopédia Combi Visual

“A primeira forma escolar após o interregno do imobilismo cultural desde a queda


do Império Romano até a Baixa Idade Média foi a escola monacal. Entretanto,
tratava-se propriamente de uma escola para adultos, orientada sobretudo para a
educação de monges e sacerdotes. O idioma comummente empregado era o Latim; o
método costumava ser o da aprendizagem de memória. Inspirando-se nessas escolas
fundar-se-ia mais tarde a primeira universidade.

A partir dos princípios do séc. XVI desenvolveu-se uma forma de escola que ainda
seguia, de certo modo, o padrão da escola monacal. Não obstante, em parte era para
crianças e jovens (só se admitiam classes masculinas) e não se destinava unicamente
à educação sacerdotal, embora a maioria dos alunos fosse preparada para o
sacerdócio. Vinha a ser uma escola latina. Destinava-se a uma parte muito pequena
da população, posto que devia preparar para a educação superior, reservada a um
escasso número de pessoas: clérigos, alguns altos cargos, médicos e muito poucas
profissões mais.

Essa forma escolar foi a preponderante até meados do séc. XIX, ainda que
lentamente fosse evoluindo, especialmente na Alemanha, sob a influência do
chamado neo-humanismo.

A partir da segunda metade do séc. XIX, o caráter da escola começou a transformar-


se consideravelmente. A escola primária obrigatória generalizou-se rapidamente,
atingindo, inclusive, os meios rurais. A tradicional escola latina transformou-se
sensivelmente e o latim, que deu origem à sua denominação, foi caindo em desuso.
Os famosos internatos ingleses conservaram, em parte, o cunho da escola latina ou
da escola monacal. Na Europa e nos EUA foi crescendo o número de alunos das
escolas superiores, adaptando-se estas cada vez mais às exigências da sociedade
moderna. A próxima fase de desenvolvimento consistirá na integração das diferentes
formas da escola (escola primaria, secundaria, superior) numa “escola para todos”,
aberta, indistintamente, a crianças e a adultos.”

A escola tradicional tinha como principal objetivo transmitir conhecimentos e valores que
passassem de geração em geração. As escolas modernas, por sua vez, pretendem que a criança
se desenvolva no futuro, pondo ao seu alcance uma bagagem cultural que satisfaça as
exigências da sociedade futura. Por isso, a escola trabalha para estar ao corrente em matéria
de inovação tecnológica e fomentar os valores da convivência e do respeito.

1.2.2 - ESCOLA – Definições e atribuições

No tocante às definições e atribuições começamos por citar Delors (2005, p. 77), que toma
como base para uma resposta cabal à educação 4 pilares importantes,

“(…) aprender a conhecer, isto é adquirir os instrumentos da compreensão; aprender


a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de
participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente
aprender a ser, via essencial que integra os três precedentes.”

Sendo assim, a escola constitui um espaço de preparação intelectual e moral do individuo, ela
assume uma responsabilidade grande no que tange a educação do Homem enquanto ser em
constante evolução, abrindo-lhe caminhos para construção de conhecimentos que tem a ver
com o saber, permitindo-lhe uma integração plena em qualquer sociedade e tenha consciência
que as oportunidades são para todos, sem descriminação.
Num mundo em constante transformações, devemos ver a escola como uma organização
indispensável à formação do individuo, como espaço de partilha e enriquecimento das
experiências de socialização e da dinâmica das relações interpessoais.

Ainda analisando o conceito de escola no Dicionário Universal de Língua Portuguesa


podemos dizer que “a escola é um estabelecimento de educação, público ou privado, no qual o
ensino, geral ou especializado, é ministrado de forma coletiva e segundo uma planificação
sistematizada”. sn (1999).

Levando em conta outras opiniões:

A escola é a principal instituição para a transmissão e aquisição de conhecimentos, valores e


habilidades. (Tomo, 2005, p. 14-15).
Também segundo Martí et al (1998, p. 40 vol. 4) “A escola é a instituição à qual a nossa
sociedade atribui a tarefa de continuar a socialização das gerações mais jovens iniciada pela
família.”

Já na ótica de Ramos (2010) (cit. in Borges, 2016, p. 19) “A escola é um sistema geral de
convivência que necessita dinamizar e facilitar as relações positivas e impedir as negativas,
implicando neste processo todos os membros da comunidade educativa, incluindo as
famílias.”

Para Gadotti (2007, p. 12) “A escola não é só um lugar para estudar, mas para se encontrar,
conversar, confrontar-se com o outro, discutir e fazer política.”

Ainda, o mesmo autor refuta a ideia de que: “A escola não é só um espaço físico, é acima de
tudo, um modo de ser e de ver, ela se define pelas relações sociais que desenvolve.”

Em suma: a escola é a instituição de transmissão e aquisição de conhecimentos, é o espaço


para orientar e reforçar a evolução das relações interpessoais, é parte complementar de todo
um processo de construção de um individuo iniciado pela família, é o lugar de envolvência de
todos e de fortalecimento das gerações.

1.2.3 - FUNÇÕES DA ESCOLA

Os compromissos inerentes à escola no processo de educar são inúmeros, sendo ela a


instituição cujo objetivo maior é a educação, cabe-a planificar pedagogicamente, traçar metas,
avaliar e evoluir, cada vez mais, no processo ensino aprendizagem.
Cabe a cada ator do processo ensino aprendizagem refletir de forma consciente sobre suas
ações, facilitando interação, demonstrando afeto e compreensão perante as diferenças que são
encontradas nas escolas, contribuindo para uma inclusão de todos sem exceção.

O papel da escola é garantir uma educação integral do indivíduo, proporcionando-lhe


ferramentas estruturantes para se estabelecer enquanto cidadão, capaz de impulsionar o
desenvolvimento sustentável e buscar o equilíbrio social, político, cultural, económico, (…)
“A escola encarrega-se de continuar o trabalho educativo iniciado pelos pais nos
primeiros anos de vida das crianças. Para além dos conhecimentos que transmite, a
escola amplia a socialização e a capacidade para interpretar o meio.” Navarro (1998,
p.40)

Segundo o decreto-lei nº2/2010 de 7 de Maio da Lei de Base do Sistema Educativo, capítulo


II, artigo 11, são tarefas fundamentais da escola e do processo educativo que nela se
desenvolve:

a) Proporcionar à geração mais jovem a consciência crítica das realidades nacionais;


b) Desenvolver e reforçar em cada indivíduo o sentido patriótico e a dedicação a todas
as causas de interesse nacional;
c) Desenvolver o apreço pelos valores culturais e nacionais e o sentido da sua
atualização permanente;
d) Estreitar as ligações do ensino e da aprendizagem com o trabalho, favorecendo a
assimilação consciente dos conhecimentos científicos e técnicos necessários ao
processo global do desenvolvimento do país;
e) Incentivar o espírito criativo e a adaptação às mutações da sociedade, da ciência e
da tecnologia no mundo moderno;
f) Promover o espírito de compreensão, solidariedade e paz internacionais.

1.3 - RELAÇÃO ESCOLA/FAMÍLIA

A parceria família e escola sempre foi um elo importantíssimo no desenvolvimento da


aprendizagem de qualquer criança ou jovem adolescente. Não há como negar que uma família
quando se descuida do desenvolvimento escolar do seu filho, este apresenta uma queda
acentuada nos resultados.

É preciso, portanto, que a família, seja ela que composição tiver, cumpra os seus deveres e
que a escola faça valer sua proposta pedagógica como meta, para que ambas possam atingir
seus objetivos na formação dessas crianças e jovens adolescentes. O primeiro passo para que
isso aconteça é estabelecer regras que fortalecerão essa parceria, permitindo que a
aprendizagem dos filhos e alunos se efetive claramente, através de seus desempenhos, tanto
no lar quanto na escola.

A escola e a família são duas importantes instituições responsáveis pela educação e formação
do individuo.

A família é a primeira fonte de socialização das crianças. É portanto, o lugar em que


se formam os primeiros hábitos de compartilhar, conviver, respeitar, repartir, etc. É,
em conclusão, o lugar onde a criança recebe os valores de tudo quanto a rodeia.
Estas funções culturais e morais são compartilhadas mais tarde com a escola, os
amigos, os meios de comunicação... Martí et al (1998, p. 17) vol. 1

A responsabilidade educativa da família tem mudado, de acordo com a estrutura económica


da sociedade. Noutros tempos, a família sentia-se totalmente responsável pela educação dos
filhos, até chegarmos hoje a uma inibição e delegação das suas responsabilidades a outras
instituições. Considera-se que a família e a escola têm de atuar de forma complementar. Martí
et al (1998, p. 17) vol.4

"A verdade é que a Escola sozinha não conseguirá levar adiante a responsabilidade
de educar e ensinar, já que a responsabilidade maior da escola está em ensinar e a da
família está em educar. A especificidade da Escola não pode ser desviada para
funções que não é sua e o ensino deve ser aplicado para o crescimento intelectual,
social e econômico de cada aluno, individualmente. Aos pais cabe todo o empenho
de acompanhar a formação de seu filho desde o nascimento até a maioridade para
que sua educação moral, de caráter e escolar sejam positivas, pois, a família é o fator
que mais tem influência na educação. É de suma importância o comparecimento dos
pais ao menos uma vez por semana na escola dos filhos, para saber como eles estão
indo nos estudos, conversando com os professores e verificando a interação dos
filhos com os colegas. Não basta apenas olhar cadernos e perguntar como estão, é
preciso participar, se fazer presente neste acompanhamento. Através dessas ações se
efetiva a parceria que a escola precisa para ensinar com qualidade.” Freire (2000,
p. 29)

Os alunos devem encontrar em casa um ambiente de apoio às atividades que desenvolvem na


escola. Isto não quer dizer que a casa tenha de ser um prolongamento da escola e que os pais
devam adotar uma atitude de professores, mas que devem mostrar interesse pelo que sucede à
criança e pelo que aprende, assim como manifestar a importância que concede a tudo isso.

Savater, na obra O Valor de Educar (2005, p. 58) afirma: “Se a socialização primária for
realizado de modo satisfatório, a socialização secundária será muito mais frutífera, pois terá
uma base sólida sobre a qual assentar seus ensinamentos; caso contrário os professores ou
companheiros deverão perder muito tempo polindo e civilizando [...] quem deveria estar
pronto para aprendizados menos elementares”.
O fortalecimento da interação colaborativa entre as instituições familiar e escolar é a
alternativa viável para que ambas consigam superar limites e dificuldades no processo
educacional. Para que a escola possa cumprir suas responsabilidades com êxito, torna-se
decisivo o apoio e a presença participativa da família ou dos responsáveis pelos educandos.

Os estudantes que, na escola, são acompanhados/orientados por seus pais ou responsáveis


revelam melhores resultados quanto ao processo de ensino-aprendizagem. Esse registo,
passível de observação, permite-nos concluir, assertivamente, que é praticamente impossível a
escola educar seus alunos sozinha, de modo que a responsabilidade educacional familiar é
única, sem substituição.

Segundo Marques (2002, p. 3) (cit. in Fevorini 2009), o desenvolvimento e a educação da


criança dependem sobretudo do esforço comum das esferas sobrepostas que constituem o
mundo da criança. Quando estas esferas comunicam e se relacionam de forma positiva, cria-se
um ambiente ecológico favorável ao desenvolvimento.
Quando estas esferas estão de costas voltadas, perseguem objetivos opostos ou comungam
valores conflituantes, estamos perante um ambiente que dificulta o desenvolvimento da
criança.

Hoje em dia existe uma necessidade permanente de envolver os pais e encarregados de


educação na vida escolar dos filhos no sentido de haver uma maior motivação e
desenvolvimento do aluno e da própria instituição escolar. Os professores sentem-se cada vez
mais a necessidade de partilhar o que fazem e de cooperar com os pais para a educação das
crianças.
Paro (1999, p. 4) defende que:
“Não se trata, nem dos pais prestarem uma ajuda unilateral à escola, nem de a escola
repassar parte do seu trabalho para os pais. O que se pretende é uma extensão da função
educativa da escola para os pais e adultos responsáveis pelos estudantes. É claro que a
realização desse trabalho deverá implicar a ida dos pais à escola e seu envolvimento em
atividades com as quais ele não está costumeiramente comprometido”.

Os pais e a escola têm as suas responsabilidades. Cabe a cada um incrementar os seus papéis,
mas no sentido de não haver uma contraposição. A participação dos pais deve ser encarada de
forma positiva porque muitas vezes alguns professores encaram essa participação como
ameaçadora, o que favorece a sua ausência. Neste sentido, Monteiro (2002, p. 82) acrescenta:

“Há que haver uma necessidade de mudar esta situação porque hoje em dia existe
uma convicção que a educação dos jovens é a tarefa assumida pelos pais e
professores. Pois é necessário que entre os pais e professores construam relações
frutuosas e de cooperação para atingir um objetivo comum que é o desenvolvimento
integral dos jovens.”

Nesse contexto tão desafiador que é a rotina escolar, notamos que a criação de relações
harmoniosas entre a escola e a família, assenta antes de mais, na capacidade de comunicação e
entendimento entre os diversos intervenientes. Só assim será possível iniciar um processo
colaborativo, que reconhecendo e respeitando o papel de cada um na diversidade de valores e
perspetiva, crie melhores condições de aprendizagens para todos os alunos. A participação
dos pais na vida escolar dos educandos representa um papel indispensável não somente para o
desempenho escolar destes, mas para o processo socializador desenvolvido a partir dela, onde
o diálogo existente entre as instituições, família e escola, colabora para o equilíbrio do
processo educacional dos educandos.

1.3.1 - COMO MELHORAR O RELACIONAMENTO ENTRE A ESCOLA, PAIS E


ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

Hoje, a escola deve formar e capacitar os alunos para a aquisição de novas competências em
função de novos saberes que surgem e que exigem um novo tipo de profissional. Ela deve
promover uma educação assente em parâmetros universais, que provoque nos indivíduos a
motivação para aprendizagem ao longo de toda a vida.

Neste sentido, a escola precisa de ser aberta, acessível a todos. Aos que são altamente
educados e aos que, por qualquer motivo não tiveram acesso a uma educação avançada
anteriormente, pois a escola é um espaço importante onde as pessoas aprendem e representam
um sinal de iniciar ou de continuar a aprendizagem.

Segundo Peres (1977, p. 49), existem sete pressupostos que a escola pode estabelecer para
melhorar o relacionamento com os pais e encarregados de educação:

1- Proporcionar um ensino e uma aprendizagem eficiente;


2- Manter a comunicação com os pais através de meios claros e positivos;
3- Encorajar os pais para participarem na formulação do regime da escola e no
planeamento de algumas atividades;
4- Organizar grupos para discussão de determinados assuntos tais como:
disciplina em casa e na escola;
5- Dar aos pais um papel significativo no desenvolvimento e funcionamento dos
processos usados na comunicação do progresso do aluno na escola;
6- Permitir que os pais façam críticas à escola;
7- Informar aos pais sobre os objetivos, métodos e processos utilizados na
escola, suas vantagens, suas desvantagens e seu porquê.

Ao agir assim a escola está a criar um ambiente favorável que facilite um bom relacionamento
com os pais, e ao mesmo tempo está a incentivá-los a sentirem e a fazerem parte da própria
escola.
A família deve, portanto, se esforçar em estar presente em todos os momentos da vida de seus
filhos, presença essa que implica envolvimento, comprometimento e colaboração. Deve estar
atenta a dificuldades não só cognitivas, mas também comportamentais. Deve estar pronta para
intervir da melhor maneira possível, visando sempre o bem de seus filhos, mesmo que isso
signifique dizer sucessivos “nãos” às suas exigências. Em outros termos, a família deve ser o
espaço indispensável para garantir a sobrevivência e a proteção integral dos filhos e demais
membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como se vem estruturando.
(Kaloustian, 1988)

Segundo Freire (2000, p. 30)

“A mudança é uma constatação natural da cultura e da história. O que ocorre é que


há etapas, nas culturas, em que as mudanças se dão de maneira acelerada. É o que se
verifica hoje. As revoluções tecnológicas encurtam o tempo entre uma e outra
mudança”.

Refletindo as ideias do autor, verifica-se, que hoje em dia, vive-se num mundo de grandes
influências e transformações, por vezes, difíceis de serem aceites. E dentro dessa conjuntura
está a família e a escola, ambas tentando encontrar caminhos no meio desse emaranhado de
escolhas que esses novos contextos, sociais, económicos e culturais, nos impõem.

Os pais que não têm condições emocionais de suportar a sua parcela de responsabilidade, ou
culpa, pelo mau rendimento escolar, ou algum transtorno de conduta do filho, farão de tudo,
para encontrar argumentos, a fim de imputar aos professores que reprovaram o aluno, ou à
escola como um todo, a total responsabilidade pelo fracasso do filho (Zimerman cit. in
Bassols 2003, p. 14).
CAPÍTULO II - PARTE EMPÍRICA

RELAÇÃO FAMÍLIA/ESCOLA: IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO

DOS PAIS NA VIDA ESCOLAR DOS FILHOS


2 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Para uma melhor compreensão, em termos geográfico do Pólo Educativo onde foi feito o
estudo do referido tema, faremos o seu enquadramento partindo da localização dos espaços,
arquipélago, ilha, concelho e zonas onde se encontra inserido, bem como a descrição das
condições físicas nele existentes e da sua constituição em matéria de recursos humanos.

2.1- ENQUADRAMENTO DE CABO VERDE

Ilustração 1- Mapa Localização Geográfica de Cabo Verde Ilustração 2- Mapa de Cabo Verde
Fonte: www.google.com Fonte: Gabinete Técnico do Tarrafal

A República de Cabo Verde é um arquipélago localizado a 455km da costa ocidental africana,


entre as latitudes 14º 23' e 17º 12' Norte e as longitudes 22º 40' e 25º 22' Oeste. O território
estende-se num total de 4 033 Km2.

O arquipélago de Cabo Verde é constituído por dez ilhas e oito ilhéus, divididos em dois
grandes grupos consoante a posição face ao vento alíseo do nordeste:

O grupo de Barlavento que integra as ilhas de Santo Antão (754 Km 2), São Vicente (228
Km2), Santa Luzia (34 Km2), São Nicolau (342 Km2), Sal (215 Km2), Boa Vista (622 Km2) e
os ilhéus Raso e Branco.

O grupo de Sotavento que integra as do Maio (267 km 2), Santiago (992 km2), Fogo (477 km2),
Brava (65 km2) e os ilhéus Secos ou de Rombo.
As ilhas são de origem vulcânica, sendo a maioria montanhosa. A ilha do Fogo, onde se
encontra o vulcão com o mesmo nome, ainda ativo, apresenta o pico mais alto medindo 2 882
metros e a rara paisagem de praias de areia negra. Outras grandes elevações do país situam-se
na ilha de Santo Antão - o Topo de Coroa, com 1 979 metros e em Santiago - o Pico de
Antónia com 1 373 metros.

As ilhas do Sal, Boa Vista e Maio são planas e são as ilhas onde se pode encontrar grandes
extensões de praias de areia branca que contrasta com o azul intenso do mar e, às vezes,
matizado em vários tons de azul. Devido à sua situação geográfica, Cabo Verde integra o
grupo dos países do Sahel e por isso apresenta um clima árido e semi-árido, quente e seco,
com escassa pluviometria e uma temperatura média anual de 25º C. A época das chuvas situa-
se normalmente entre Julho e Outubro, muitas vezes com alguma irregularidade e períodos
consideráveis entre uma chuva e outra.

2.2 – ENQUADRAMENTO DA ILHA DE SANTIAGO

A ilha de Santiago, a maior do arquipélago, com uma superfície de área com cerca de 99 km 2,
fica situada a Sul do arquipélago, entre os paralelos 15º 21 e 14º 50 de latitude Norte e os
meridianos 23º 50 e 23º 20 de longitude Oeste do meridiano de Greenwich.
Possui um comprimento máximo de 54,9 km entre a Ponta Moreira a Norte e a Ponta Mulher
Branca a Sul e uma largura máxima de 29 km entre a Ponta Janela a Oeste e a Ponta Praia
Baixo a Leste.

Ilustração 3- Mapa da localização da ilha de Santiago Ilustração 4- Mapa da Ilha Santiago


Fonte: www.google.com Fonte: Ortofotmapa:2010 _DGOTDU
2.3 - ENQUADRAMENTO DO CONCELHO DO TARRAFAL

O Concelho do Tarrafal está situado no extremo Norte da ilha de Santiago a uma distância de
aproximadamente 75 quilómetros da capital do país (Cidade da Praia), integrando o grupo dos
concelhos do interior de Santiago. Em termos de área, ocupa uma superfície de 112,4 Km2 o
que representa cerca de 11% da área total da ilha de Santiago e 2,8% do território nacional,
ocupado por cerca de 18.264 habitantes. Este município confronta a sudeste e sudoeste com
os concelhos de S. Miguel e de Santa Catarina, respetivamente.

Administrativamente, o concelho do Tarrafal é constituído por uma única freguesia, a de


Santo Amaro Abade. Desde a sua criação em 1917, até 1996, integrava a freguesia de São
Miguel. Com a elevação desta freguesia à categoria do concelho em 1997, Tarrafal passou a
abarcar apenas o espaço territorial da freguesia de Santo Amaro Abade. Neste presente ano
(2017), o município comemorou o seu centenário.

Ilustração 5- Localização do Concelho do Tarrafal Ilustração 6 - Divisão do Concelho do Tarrafal


na Ilha de Santiago Fonte: www.google.com Fonte: Gabinete Técnico do Tarrafal
2.4 - CARACTERIZAÇÃO DO PÓLO EDUCATIVO Nº I-B DO TARRAFAL

O referido Pólo é constituído por duas escolas:

A Escola Central, a primeira oficial do concelho do Tarrafal, denominada, no passado,


“ESCOLA GENERAL SERPA PINTO”, situada no centro da cidade do Tarrafal, frente à
praça e a Igreja Paroquial de Santo Amaro Abade, foi construída no ano de 1947, pelo
administrador, senhor António de Melo Figueiredo, tendo o seu funcionamento iniciado dois
anos mais tarde, ou seja, em 1949, possuindo, nessa altura, duas salas de aulas, três saletas e
um quintalão.

Atualmente, devido às exigências sociais, educacionais e outras, este estabelecimento de


ensino sofreu e vem sofrendo várias remodelações associadas à construção de novas salas de
aula. Possui, neste momento, nove salas de aulas, sendo uma delas, de informática, dois
blocos de casas de banho sendo um para alunos e o outro para professores, um gabinete para o
gestor, uma secretaria, um armazém, uma cozinha e um pátio que permite a realização de
algumas atividades lúdicas. Ainda, o Pólo possui uma escola satélite situada na zona de Ponta
Lagoa com duas salas de aulas, uma cozinha, uma casa de banho com três compartimentos
para rapazes, raparigas e professores, um pátio e uma sala administrativa; é de se referir que
ambas possuem água canalizada e energia elétrica. (ver mapa)

LOCALIZAÇÃO DO PÓLO EM ESTUDO (ESCOLAS CENTRAL E PONTA LAGOA)

Ilustração 7- Mapa - Localização do Pólo (Escolas Central e Ponta Lagoa)


Fonte: Gabinete Técnico Tarrafal
2.5 - DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS/PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE ALUNOS

Total de Por Ano de Por


alunos Por escolas Por sexo Escolaridade Professores OBS
Masc. 178 1º Ano 64 3
Escola 363 2º Ano 73 3
Central Femin. 185 3º Ano 83 3
Masc. 52 4º Ano 64 3
455 Ponta 92 5º Ano 92 4 Pluridocência
Lagoa Femin. 40 6º Ano 79 4 Pluridocência
Período
INFORMÁTICA 5º/6º 1 contrário de
Anos lecionação
Tabela 1- Distribuição dos Alunos no Pólo - ano letivo 2016/2017 - Fonte: Direção do Pólo

QUADRO DO PESSOAL DOCENTE

Total de Nível de Vinculo Com Sem OBS


Professores Formação Laboral Turma Turma
*Serviço administrativo e
IP 21 Ambos de substituição
25 Licenciatura 4 de 21 4* 6 Professores em fase de
Mestrado 0 Quadro conclusão de licenciatura
Tabela 2- Quadro do Pessoal docente - ano letivo 2016/2017 - Fonte: Direção do Pólo

O Pólo tem 1 Gestor, a tempo inteiro e 1 Coordenador afeto.

QUADRO DO PESSOAL NÃO DOCENTE

TOTAL DENOMINAÇÃO OCUPAÇÃO


Cozinheiras 5
11 Encarregados de Serviços Contínuo assistente de 1
Gerais secretaria
Empregadas de limpeza 5
Tabela 3 - Quadro do pessoal não docente - ano letivo 2016/2017 - Fonte: Direção do Pólo

É de destacar que o referido Pólo possui condições mínimas para que se exerça um trabalho
educativo de qualidade. Pelo quadro do pessoal docente e não docente pode-se concluir que a
mesma instituição demonstra a possibilidade de se constituir um espaço que favorece o
incremento e a valorização tanto da informação como da formação dos seus educandos e de
uma profícua relação entre a escola e a família.

2.6 - PROBLEMÁTICA DA INVESTIGAÇÃO

2.6.1 - DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

“A definição do problema é fundamental no planeamento de uma investigação, pois nos


obriga a uma profunda reflexão. Do empenho na formulação do problema resulta o bom
planeamento que facilitará a elaboração do trabalho” (Andrade, 1997).

A escolha do tema acima referido, deve-se à problemática por que está a passar a nossa
sociedade, em particular a relação escola/família. Muitos são os problemas com que
deparamos no nosso dia-a-dia no trabalho com as nossas crianças, devido a ausência do
acompanhamento dos pais no desenrolar do processo de desenvolvimento cognitivo. É
preocupante porque são números bastante reduzidos de pais que atendem às solicitações dos
professores, isto porque, conferem todos os encargos aos professores e proferem: - já que a
criança está na escola o professor tem de desenrascar-se ajustando soluções para resolver
determinados problemas. Mas, mesmo assim, as responsabilidades devem ser compartilhadas.

Existem pais que estão conscientes das suas responsabilidades, porque os papéis são
diferentes. Os pais têm a responsabilidade de cobrar à escola quando, determinado professor
falta tanto às aulas, cobrar em relação à melhoria dos resultados, saber sobre determinadas
condições físicas da escola, entre outras situações. E nós professores devemos garantir a
aprendizagem dos conteúdos correspondentes à área curricular que lecionamos, associada
também aos conteúdos que preparam os nossos educandos para a vida.

Nos dias de hoje, a ausência de pais, encarregados de educação ou familiares na escola é tão
visível que as instituições educacionais estão cada vez mais preocupadas em fazer palestras
com ênfase na família e em especial nos pais, com intento de tê-los mais próximos da escola,
pois, essa não comparência está a refletir negativamente no desempenho escolar de certas
crianças. A falta desse elemento está contribuindo para o mau desempenho escolar dos alunos
e, consequentemente, para o aumento do insucesso escolar.

“São os pais os principais responsáveis pela educação dos seus filhos e tal
responsabilidade não se podem passar para outrem”. (López, 2009, p. 20)

De acordo com as ideias do autor, os pais devem ter firmeza e autoridade no momento de
exercerem a função de educadores, isto porque, os filhos conhecendo os pontos fracos dos
mesmos tentam por vezes manipulá-los para conseguirem ver os seus desejos realizados. É
preciso, também, dizer não em alguns momentos, mas sem deixar de respeitar a personalidade
dos filhos.

“É preciso incutir nas crianças pequenas, ainda desprovidas de raciocínio lógico e de


participação responsável no estabelecimento de normas, hábitos de conduta, como
vestir-se, dormir, comer, cuidar da higiene, deslocar-se etc., com afeto, mas também
com firmeza em sua aplicação (López, 2009, p. 17)

Os pais precisam compreender, no entanto, que seguir a vida escolar dos filhos não deve
constituir apenas exigir. O acompanhamento presume-se que é muito mais do que isso. É
necessário estimular, motivar, enaltecer, aconselhar, dialogar, engrandecer, debater. Os pais, a
família no seu todo e a escola constituem alicerce de um futuro próspero. É importante que os
dois sigam os mesmos princípios e normas, bem como a mesma administração em relação à
finalidade que desejam atingir. Salienta-se que mesmo tendo objetivos em comum, cada um
deve fazer a sua parte para alcançar com sucesso a educação de que todos nós almejamos para
as nossas crianças e adolescentes, que visa conduzi-los a um futuro melhor.

Importante e interessante seria que toda a comunidade, família, pais ou encarregados da


educação envolvessem juntamente com a escola para traçarem as mesmas metas,
proporcionando ao aluno um certo grau de confiança na aprendizagem de forma que venha
desenvolver homens críticos capazes de encarar complicação de situações que surgem no seu
quotidiano. Nesse contexto é de extrema relevância analisarmos as causas e consequências da
pouca participação dos pais nas escolas, com intuito de encontrar soluções viáveis, mas
adequando-as às situações comunidade/escola. De acordo com o trabalho proposto,
elaboramos algumas perguntas de partida, possíveis hipóteses relacionadas com a
participação dos pais na escola.
2.6.2 - PERGUNTAS DE PARTIDA

a) Qual é o nível de envolvimento dos pais encarregados de educação na vida escolar dos
filhos?

b) Quais são as causas da pouca afluência dos pais aos estabelecimentos escolares?

2.6.3 - HIPÓTESES DE INVESTIGAÇÃO

Hipótese 1- O Sucesso escolar do aluno está inteiramente ligado ao envolvimento dos pais
encarregados de educação;

Hipótese 2 – A pouca afluência dos pais aos estabelecimentos de ensino está relacionada com
a falta de tempo;

2.6.4 – OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Compreender a relação escola/família: a importância da participação dos pais/encarregados de


educação na vida escolar dos seus educandos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Explicar a importância da participação dos pais na vida escolar dos filhos;


 Verificar o nível de participação/envolvimento dos pais encarregados de educação nas
tomadas de decisões referentes ao Pólo;
 Apresentar os motivos do não acompanhamento dos pais nos estudos dos filhos;
 Identificar aspetos a melhorar na relação escola/família;
2.7 – METODOLOGIA DE ESTUDO

Metodologia é uma palavra derivada de “método”, do Latim “methodus” cujo significado é


“caminho ou a via para a realização de algo”. Metodologia é o campo em que se estuda
os melhores métodos praticados em determinada área para a produção do conhecimento.

Segundo o Dicionário Universal (2007) a metodologia “é a arte de dirigir uma investigação,


abrange um conjunto de procedimento e técnicas que reúnem informações essenciais numa
investigação”.

De acordo com o conceito acima, entendemos que a definição da metodologia num trabalho
científico é muito importante; consiste em uma etapa específica que procede de uma posição
teórica para a seleção de técnicas concretas de investigação. Logo, a metodologia depende das
hipóteses que o investigador acredita serem válidas, já que a ação metodológica será a sua
ferramenta para analisar a realidade estudada.

No nosso trabalho, as metodologias utilizadas foram as abordagens qualitativas e


quantitativas, pelo que utilizamos a entrevista e questionários para a recolha de dados. Na
abordagem qualitativa, recorremos a pesquisas, análises de documentos e aplicação de
entrevista e na abordagem quantitativa aplicamos questionários aos professores,
pais/encarregados de educação e alunos.

2.7.1- MÉTODO QUANTITATIVO

De acordo com Richardson (1989) cit. in Dalfovo, Lana & Silveira, (2008):
“ Método quantitativo caracteriza-se pelo emprego da quantificação, tanto nas
modalidades de coleta de informações quanto no tratamento dessas através de
técnicas estatísticas, desde as mais simples até as mais complexas.
Conforme supra mencionado, ele possui como diferencial a intenção de garantir a
precisão dos trabalhos realizados, conduzindo a um resultado com poucas chances
de distorções.”
E ainda:
“ De uma forma geral, tal como a pesquisa experimental, os estudos de campo
quantitativos guiam-se por um modelo de pesquisa onde o pesquisador parte de
quadros conceituais de referência tão bem estruturados quanto possível, a partir dos
quais formula hipóteses sobre os fenómenos e situações que quer estudar. Uma lista
de consequências é então deduzida das hipóteses. A coleta de dados enfatizará
números “ou informações conversíveis em números” que permitam verificar a
ocorrência ou não das consequências, e daí então a aceitação “ainda que provisória”
ou não das hipóteses. Os dados são analisados com apoio da Estatista (inclusive
multivariada) ou outras técnicas matemáticas. Também, os tradicionais
levantamentos de dados são exemplos clássicos do estudo de campo quantitativo”
(Popper, 1972 cit. in Dalfovo, Lana & Silveira, 2008).

2.7.2- MÉTODO QUALITATIVO

Segundo o blog Instituto Phd (2011),

“Método qualitativo é aquela na qual o pesquisador busca obter resultados


aprofundados através da averiguação com certo número de pessoas. Ela permite ter
uma visão mais ampla, ou seja, com perguntas feitas com profundidade é possível
chegar mais próximo do que o pesquisador pensa. Ainda busca aprofundar nas
questões e não em resultados estatísticos. Ela é mais complexa, as perguntas são
abertas, as respostas tendem a ser mais longas.”

2.8 - TÉCNICAS DE RECOLHA DE DADOS

De acordo com o dicionário de Língua Portuguesa com acordo ortográfico, “técnicas são
processos baseados em conhecimentos científicos, e não empíricos utilizados para obter certos
resultados”.

Ainda, pode ser definida como um conjunto de saberes de ordem prática ou de procedimentos
para se conseguir o resultado que se deseja.

Existem várias técnicas de recolha de dados, nomeadamente, a entrevista, análise documental,


observação, testes sociométricos, questionários abertos e fechados…

Optamos por aplicar o questionário fechado e a entrevista para a efetivação do nosso trabalho.
2.8.1 – QUESTIONÁRIO

É um instrumento de coleta de informação, utilizado num inquérito ou sondagem.

“O questionário pode ser definido como uma técnica de investigação social


composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoas com o
propósito de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores,
expetativas, aspirações, temores, comportamento presente ou passado.” Gil (2008)

Ainda, podemos dizer que é uma técnica de investigação composta por um número grande ou
pequeno de questões apresentadas por escrito que tem por objetivo propiciar determinado
conhecimento ao pesquisador.

Ele é muito útil quando um investigador pretende recolher informação sobre um determinado
tema. Também é importante pela facilidade com que se interroga um elevado número de
pessoas, num curto período de tempo.

Para este trabalho aplicamos 57 questionários aos pais/encarregados de educação, por


desconhecermos a população exata. O referido questionário é composto por 14 questões.
Referentes aos questionários aplicados aos alunos (86), os mesmos são compostos por 9
questões e no que concerne aos professores (18), o número de questões são17. Todas as
questões dos referidos questionários são fechadas.
Já no que diz respeito aos questionários aplicados aos pais/encarregados de educação,
optamos por um trabalho de terreno, selecionando também, algumas zonas, de forma
aleatória, conforme o mapa abaixo apresentado.

ZONAS ONDE FORAM APLICADOS OS QUESTIONÁRIOS AOS PAIS


ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO (limites sombreados)

Ilustração 8 - Mapa - Zonas de aplicação dos questionários - Gabinete Técnico do Tarrafal


2.8.2 – ENTREVISTA

De acordo com Minayo (2010, p. 261),

“A entrevista é acima de tudo uma conversa a dois, ou entre vários interlocutores,


realizada por iniciativa do entrevistador destinada a construir informações
pertinentes para um objeto de pesquisa, e abordagem pelo entrevistador de temas
igualmente pertinentes tendo em vista este objetivo.”

Ainda, conforme citam os autores Martins & Bicudo (1994, p. 58) a possibilidade de
descoberta genuína é mantida na busca sistemática de significados. O procedimento é
descritivo e interpretativo, uma vez que o pesquisador está interessado na atitude de abertura
do entrevistado, onde haja supressão de preconceitos.

Para termos uma ideia mais ampla sobre a relação escola/família optamos também, para a
realização de uma entrevista direta com o gestor do Pólo usando um guião previamente
elaborado. O mesmo é constituído por 15 questões distribuídas em três blocos. No que tange
ao bloco B, o entrevistado respondeu questões relativas à relação escola-família, no bloco C,
respondeu questões inerentes à participação da família na vida dos filhos e no bloco D,
abordou questões relacionadas com o envolvimento dos pais/encarregados de educação nas
decisões do Pólo. É de realçar que essa entrevista foi gravada e posteriormente transcrita
(anexo V).

2.8.3 – AMOSTRA

É a redução da população a dimensões menores, sem perdas das suas caraterísticas essenciais.
… Ela deverá conter proporcionalmente tudo o que a população possui, e terá ainda de ser
imparcial, isto é, todos os elementos da população devem ter igual oportunidade de fazer parte
da amostra. (Gonçalves, 1993, p. 11, 12)

Segundo Neves (2000, p. 19) a amostra é um subconjunto finito da população que se supõe
representativo desta.
De acordo com a mesma autora “existem técnicas científicas para a seleção correta de
amostras. De entre essas técnicas, as mais conhecidas são a amostragem aleatória simples, a
amostragem sistemática e a amostragem estratificada.”

Para realização do nosso trabalho, optamos pela amostragem aleatória simples que segundo
Neves (2000, p. 21) “qualquer elemento da população tem a mesma probabilidade de ser
escolhido.”

Do ponto de vista de Antunes (2011),


“Uma amostra aleatória simples é um subconjunto de indivíduos (a amostra)
selecionado totalmente ao acaso a partir de um conjunto maior (a população) por um
processo que garanta que:

Todos os indivíduos da população têm a mesma probabilidade de serem escolhidos


para a amostra;

Cada subconjunto possível de indivíduos (amostra) tem a mesma probabilidade de


ser escolhido que qualquer outro subconjunto de indivíduos.

A escola em estudo tem uma população de 455 alunos. Para conhecer a amostra aplicamos a
seguinte fórmula, n = (N Z α2 p q)/d2(N-1)+Z α2 p q)

= (455*1,96^2*0,05*0,95)/(0,03^2*(455-1)+1,96^2*0,05*0,95)

= 140,466

De acordo com o cálculo acima, obtivemos uma amostra de 140 alunos. Mas, considerando
ser bastante elevado para o nosso estudo, optamos por uma população representativa de 150
alunos e o resultado da amostra foi de 86.

Desta amostra, a seleção foi feita de forma aleatória sendo que para o 1º ciclo (1º ao 4º ano)
foram escolhidos 10 alunos por classe e no 2º ciclo, 26 para o 5º ano (classe com maior
número de alunos) e 20 para o 6º ano.
CAPITULO III - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

RELAÇÃO FAMÍLIA/ESCOLA: IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO

DOS PAIS NA VIDA ESCOLAR DOS FILHOS


3 – APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS

3.1- RESULTADOS REFERENTES AOS PROFESSORES

Gráfico 1- Idade dos Professores

De acordo com os dados estatísticos relacionados com a variável “idade”, referentes aos
professores do Pólo 1-B do Tarrafal, verificou-se que dos 18 professores inquiridos, todos
responderam as questões relacionadas com a idade. Dos inquiridos, 1 professor
correspondendo a 5,6% do total, tem idade compreendida entre 31 a 35 anos; 7 professores
que correspondem a 38,9% do total, têm idade compreendida entre 36 a 41 anos; 6
professores que correspondem a 33,3% do total têm idade compreendida entre 42 a 47 anos; 4
professores que correspondem a 22,2% do total têm maior de 47 anos. A moda é 3, porque foi
inquirido maior número de professores com idade compreendida entre 36 a 41 anos. Não
houve nenhum ausente, porque todos os inquiridos indicaram as suas idades. Pela análise do
gráfico pode-se ver que os professores já são pessoas maduras.
Gráfico 2- Sexo –Professores

No universo de 18 professores do Pólo nº 1-B do Tarrafal, escolhidos para o inquérito, 6 são


do sexo masculino, o que corresponde a 33,3% do total dos professores inquiridos, enquanto
que, 12 são do sexo feminino, o que corresponde a 66,7%. Também, pela análise do gráfico,
vê-se que foi inquirido maior número de professores do sexo feminino. Por essa razão, a moda
é 2. Todos os inquiridos indicaram o sexo, pelo que houve 18 inquéritos válidos e
consequentemente, nenhum ausente.

Gráfico 3- Formação Profissional – Professores

Dos 18 professores inquiridos, 10 têm como formação profissional o EX-IP, o que equivale a
55,6% e 8 professores com licenciatura na área de ensino, correspondendo a 44,4%. A moda é
5, o que mostra que, em termos académicos, a escola está em boa situação e sendo assim,
pode-se pensar num ensino de qualidade, nesse estabelecimento.
Gráfico 4- Situação Profissional – Professores

De acordo com o quadro acima, foram inquiridos 18 professores e não houve nenhum
ausente. A moda é 1, o que quer dizer que, nessa escola há 17 professores do quadro do ME
(Ministério da Educação) o que corresponde a 94,4% e 1 contratado correspondendo a 5,4%
do total dos inquiridos. A situação laboral dos professores, nessa escola, é boa, porque a
maioria pertence ao quadro do ME.

Estatísticas descritivas

N Range Mínimo Máximo Média Desvio padrão

Tempo_serviço 18 21 11 32 21,11 5,075


N válido (de lista) 18
Tabela 4 – Tempo Serviço – Professores

Em relação ao tempo de serviço dos inquiridos, o tempo máximo é de 32 anos e o mínimo de


11 anos, o que dá uma diferença de 21 anos de serviço. A média do tempo de serviço é de
21,11 anos e há um desvio padrão de 5,075, o que mostra uma grande dispersão em relação ao
valor máximo e mínimo. De acordo com os dados estatísticos, a escola possui docentes que
acumulam muitas experiências no domínio do ensino.
Estatísticas descritivas

N Range Mínimo Máximo Média Desvio padrão

Qts_alunos_turma 18 9 19 28 23,00 2,657


N válido (de lista) 18
Tabela 5- Média de alunos por Professores

Dos 18 professores inquiridos, há um máximo de 28 alunos por turma e um mínimo de 19


alunos, o que traduz uma diferença de 9 alunos. Temos uma média de 23 alunos por turma e
um desvio padrão de 2,657 o que mostra que não há uma grande dispersão em relação ao
valor máximo e mínimo.

Gráfico 5 – Média de Visitas que os professores recebem dos Pais encarregados de educação

Do total dos 18 professores inquiridos, ficou explicito que, em relação à variável “quantas
visitas dos pais/encarregados de educação costuma receber por trimestre”, 50% dos
inquiridos que correspondem a 9 professores recebem de 1 a 5 visitas por trimestre, 27,8%
correspondente a 5 professores recebem de 6 a 10 e 22,2% correspondentes a 4 professores
recebem mais do que 10 visitas por trimestre. A moda é 2, isto porque, a maioria dos
professores recebem entre 1 a 5 visitas por trimestre. Com esses dados estatísticos ficou claro
que há pouca afluência dos pais encarregados de educação à escola.
Gráfico 6 – Quando os professores costumam contatar os pais encarregados de educação

De acordo com o quadro acima, foram inquiridos 18 professores e não houve nenhum
ausente. Desses, 11,1% que correspondem a 2 professores afirmam que costumam contactar
os pais/encarregados de educação no início do ano letivo e 88,9% o que corresponde a 16
professores afirmam que contactam os pais/encarregados de educação ao longo do ano. A
moda é 2, o que quer dizer que há mais solicitações dos pais encarregados de educação ao
longo do ano.

Gráfico 7 – Fins pelos quais os professores contatam os pais encarregados de educação

Referente a variável “para que fins solicitam os pais encarregados de educação” foram
inquiridos 18 professores. Um (1) professor que representa 5,6% respondeu que solicita os
pais e ou encarregados de educação para palestras, 7 professores que equivalem a 38,9%
disseram que solicitam os pais e ou encarregados de educação para reuniões, 8 professores
equivalentes a 44,4% solicitam os pais encarregados de educação para inteirarem do
desempenho dos seus educandos e 2 professores que representam 11,1% responderam que
solicitam os pais e ou encarregados de educação para responderem face aos problemas
comportamentais dos filhos. A moda é 4, isto significa que os pais e ou encarregados de
educação são solicitados com maior frequência para se inteirarem do desempenho dos seus
educandos.
Gráfico 8 – Com que antecedência as convocatórias são enviadas aos pais encarregados de educação

Com base no gráfico acima, referente à variável “com que antecedência as convocatórias são
enviadas aos pais encarregados de educação” 5,6% que equivale a 1 professor diz que envia
convocatória com um dia de antecedência, 77,8% que equivalem a 14 professores dizem que
enviam convocatória com três de antecedência e 16,7% que equivalem a 3 professores dizem
que enviam as convocatórias com uma semana de antecedência. A moda é 2, o que quer dizer,
que a maioria dos professores envia convocatória com três dias de antecedência, pelo que
concluímos que as convocatórias são enviadas atempadamente.

Gráfico 9 – Afluência dos pais encarregados educação à escola

Dos resultados apresentados concluímos que, a maioria dos inquiridos, isto é, 55,6% do total,
correspondentes a 10 professores responderam que os pais comparecem às vezes à escola e
11,1% que correspondem a 2 professores responderam que os pais aparecem raramente ao
estabelecimento escolar; 22,2% que equivalem a 4 professores responderam que os pais
comparecem muitas vezes à escola e 11,1% correspondentes a 2 professores afirmaram que os
pais vão sempre à escola. A moda é 3, porque a maioria dos pais/encarregados de educação
vai à escola, às vezes, o que justifica que a maioria não tem a cultura de visitarem os
educandos na escola.
Gráfico 10 – Motivos da não comparência dos pais encarregados de educação nas escolas

O gráfico acima representado, mostra que 88,9% dos inquiridos correspondentes a 16


professores, são de opinião que o motivo da não comparência dos pais/encarregados de
educação deve-se a coincidência entre o período da aula do educando e o horário do trabalho,
5,6% correspondente a 1 professor respondeu que por motivo de saúde não comparecem à
escola e 5,6% correspondente a 1 professor respondeu que não comparecem à escola porque
pensam que a educação só diz respeito à escola. A moda é 1, isto porque, a maioria dos
professores afirmaram que a não comparência dos pais/encarregados de educação à escola é
devido a coincidência entre o período da aula e o horário de trabalho.

Gráfico 11- Realização de visitas domiciliárias

Em relação à variável “realização de visitas domiciliárias”, 2 professores inquiridos,


correspondentes a 11,1%, responderam que nunca realizaram visitas domiciliárias, 8
professores, isto é, 44,4% disseram que raramente realizam visitas domiciliárias, 6
professores, ou seja, 33,3% responderam que às vezes costumam realizar visitas domiciliárias
e 2 professores, equivalentes a 11,1% dos inquiridos, afirmaram que costumam realizar visitas
domiciliárias, muitas vezes.
Gráfico 12- Envio de relatório sobre os alunos aos pais encarregados de educação

Pelo gráfico, vê-se que 100% dos inquiridos responderam que não enviam o relatório do
desempenho do educando aos pais e encarregados de educação. Refletindo sobre esse
procedimento concluímos que, se o mesmo for corrigido, poderá certamente contribuir para a
melhoria do desempenho dos docentes e dos discentes e, consequentemente, da qualidade do
ensino.

Gráfico 13- Colaboração entre escola e pais para evitar faltas dos alunos às aulas

Em relação à variável “Escola colabora com os pais encarregados de educação para que
evitem que os alunos faltem às aulas”, 100% dos inquiridos responderam que há uma
colaboração mútua entre a escola e os pais/encarregados de educação.
Gráfico 14- Relação escola pais encarregados de educação

No universo de 18 professores inquiridos, 3 que correspondem a 16,7% responderam que há


uma relação razoável entre a escola e pais e encarregados de educação, 4 professores que
equivalem a 22,2% disseram que há uma boa relação entre eles, 9 professores que
correspondem a 50,0% responderam que a relação entre a escola e pais/encarregados de
educação é muito boa e 2 professores que correspondem a 11,1% afirmaram que existe uma
excelente relação entre ambos, totalizando 100% dos inquiridos. A moda é 4 porque a maioria
dos inquiridos respondeu que a relação entre a escola e os pais e encarregados de educação é
muito boa.

3.2 - RESULTADOS REFERENTES AOS ALUNOS

Estatísticas descritivas

N Range Mínimo Máximo Média Desvio padrão

Idade 86 6 6 12 9,56 1,920


N válido (de lista) 86
Tabela 6- Idade dos alunos

Os dados apresentados correspondem à análise da variável “idade”, dos alunos do 1º ao 6º ano


do EBI – Pólo Educativo nº I-B do Tarrafal. É de referir que estes dados são resultados de
oitenta e seis (86) questionários aplicados a esses alunos, sendo que a idade mínima é de 6
anos e a máxima de 12 anos. Também pode-se verificar que a diferença entre a idade máxima
e mínima é de 6 anos e o desvio padrão de 1,920, isto é, não há muita diferença entre a idade
máxima e mínima.
Gráfico 15- Sexo – alunos

No que tange à variável “sexo”, nota-se que dos 86 alunos a quem foram aplicados o
questionário, não houve nenhum ausente; 53 dos inquiridos são do sexo feminino e
correspondem a 61,6%, sendo os restantes 33, equivalentes a 38,4%, do sexo masculino.
Ficando a moda representativa em 2, o que significa que há mais meninas do que rapazes.

Gráfico 16- Ano escolaridade – alunos

Da análise dos dados vê-se que 86 alunos responderam ao questionário, sendo que este foi
aplicado a 10 alunos do 1º, 2º, 3º, 4º anos (40 alunos) o que, em termos percentuais,
representa 11,63%, por ano de escolaridade; o mesmo se fez a 26 alunos do 5° ano (ano de
escolaridade com maior representatividade), representando 30,23% e ao 6° ano, os restantes
20 alunos, equivalendo a 23,26%, ficando a moda representativa em 5.
Gráfico 17- Conhecimento da escrita e leitura por parte dos pais encarregados de educação

Questionados 86 alunos, se os seus pais sabem ler e escrever, 88,37%, afirmam que sim,
percentagem que corresponde a 76 alunos que responderam positivamente e 11,63%
correspondente a 10 alunos, cujas respostas é não, ficando a moda em 1, porque a maioria
sabe ler e escrever. Não houve ausentes.

Gráfico 18- Visita dos pais encarregados de educação aos filhos na escola

Do universo de 86 alunos, 23 deles, ou seja, 26,74% responderam que nunca os seus


pais/encarregados de educação lhes visitam na escola, 17 dos mesmos, representando 19,77%,
responderam que raramente são visitados, 35 deles, que correspondem a 40,70%,
responderam que às vezes recebem visitas dos seus encarregados de educação, apenas 3
alunos que equivalem a 3,48%, recebem visitas muitas vezes dos familiares e 8 desse total
(9,30%) afirmam que sempre são visitados. A moda representativa situa-se em 3, porque a
maioria dos alunos responderam que os seus pais vão à escola, às vezes. Não houve nenhum
ausente.
Gráfico 19- Acompanhamento dos filhos nos estudos em casa

Da análise feitas à esta questão, constata-se que 13 alunos, o que em termos percentuais
correspondem a 15,12% responderam que nunca são acompanhados nos estudos pelos
pais/encarregados de educação, em casa, 11 alunos, ou seja, 12,79% afirmam que raramente
são acompanhados; 31,40% (27 alunos), disseram que às vezes recebem apoio; 15 alunos
representando 17,44% do total (86) demostram que muitas vezes têm acompanhamento e
23,26% (20 alunos) responderam que sempre recebem acompanhamento nos estudos. Houve
participação dos 86 inquiridos. A moda é 3, porque a maioria respondeu, que às vezes recebe
apoio dos pais/encarregados de educação

Gráfico 20- Pais procuram apoio para ajudar os filhos a entenderem certos conteúdos

No que diz respeito à questão, “quando os pais/encarregados de educação encontram


dificuldades em alguma matéria ao acompanhá-los nos estudos, procuram ajuda em outras
pessoas”, 86 alunos responderam ao questionário. Desses, 45 alunos, o equivalente a 52,33%,
responderam que os pais/encarregados de educação não procuram ajuda e 41,
correspondentes a 47,67%, responderam sim, que os pais encarregados de educação procuram
ajuda. A moda é 2 o que nos leva a concluir que a maioria dos pais não pedem ajuda, quando
encontram dificuldades em certos conteúdos.
Gráfico 21- Motivos apresentados pelos pais pela não comparência nas escolas

Com base nos dados, 12,79% que correspondem a 11 alunos responderam que os seus
pais/encarregados de educação apresentam como desculpas pela não comparência à escola o
motivo de saúde, 3 alunos correspondentes a 3,49% afirmam que os pais/encarregados de
educação justificam que a educação só diz respeito à escola, 40 alunos que correspondem a
46,51%, responderam que os pais encarregados de educação apresentam como justificativo
pela não comparência à escola a coincidência entre o período da aula com o horário de
trabalho e 32 alunos correspondentes a 37,21% afirmaram que os pais encarregados de
educação apresentam outras razões para que tal não aconteça. A moda é 4, porque a maioria
dos alunos responderam que os pais encarregados de educação, apresentam como motivo pela
não comparência à escola a coincidência entre o horário da aula e o horário do trabalho.

Gráfico 22- Elogios e recomendações aos filhos

A seguinte representação gráfica demonstra que 56 alunos, equivalentes a 65,12%, afirmam


que os pais/encarregados de educação deixam recomendações ou fazem elogios, quando
participam nas reuniões da escola e 30 alunos correspondentes a 34,88% respondem o
contrário, isto é, não. A moda é 1 o que significa que a maioria dos pais encarregados de
educação fazem elogios ou recomendações.
3.3 – RESULTADOS REFERENTES AOS PAIS/ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

Estatísticas descritivas

N Range Mínimo Máximo Média Desvio padrão

Idade 57 34 26 60 39,33 9,121


N válido (de lista) 57
Tabela 7 – Idade dos Pais/Encarregados de educação

Em relação à variável “idade”, dos 57 pais/encarregados de educação do Pólo n° I-B do


Tarrafal inquiridos, vê-se que a idade máxima é 60 anos e a mínima 26, sendo a diferença 34
anos. A média de idade é de 39,33 anos e o desvio padrão de 9,121 o que mostra grande
dispersão em relação ao valor máximo e mínimo.

Gráfico 23 – Sexo – Pais encarregados de educação

Em relação à variável “sexo”, dos 57 pais/encarregados da educação dos alunos do Pólo I-B
do Tarrafal, escolhidos para o inquérito, 15 são do sexo masculino, o que corresponde a
26,3% do total dos inquiridos, enquanto que 42 são do sexo feminino, correspondendo a
73,7%. Também pela análise do gráfico, vê-se que foi inquirido maior número de
pais/encarregados da educação do sexo feminino. Por essa razão, a moda é 2. Todos os
inquiridos indicaram o sexo, pelo que houve 57 inquéritos válidos e, consequentemente,
nenhum ausente.
Gráfico 24- Nível de escolaridade dos pais encarregados de educação

Quanto à variável “nível de escolaridade”, dos 57 pais/encarregados da educação inquiridos, 8


são analfabetos, o que corresponde a 14%, 13 possuem o ensino primário, correspondendo a
22,8%, 3 possuem ensino preparatório, o que equivale a 5,3%, 23 possuem ensino secundário,
o que corresponde a 40,4%, 1 possui o grau de bacharelato, número que corresponde a 1,8%,
5 possuem licenciatura, correspondendo 8,8% e 4 pais/encarregados da educação possuem
outros níveis de escolaridade, o que corresponde a 7% do total dos inquiridos.
A moda é 4, porque a maioria dos pais/encarregados da educação possui o ensino secundário.

Gráfico 25- Ocupação profissional dos pais encarregados de educação

Em relação à variável “ocupação profissional”, foram inquiridos 57 pais/encarregados da


educação, dos quais 18 são funcionários públicos correspondentes a 31,6% do total, 11 são
vendedeiras, equivalentes a 19,3%, 6 são peixeiras, o que equivale a 10,5%, 2 são pedreiros,
que correspondem a 3,5% e 20 inquiridos possuem outros tipos de ocupação o que equivale a
35,1% do total. Logo se vê os 20 inquiridos que possuem outros tipos de ocupação
representam a moda (6).
Gráfico 26- Grau de parentesco em relação ao aluno

Quanto à variável “grau de parentesco com o aluno”, constata-se que dos 57 inquiridos,
21,1% corresponde a 12 pais, 70,2% corresponde a 40 mães. Também, verifica-se, que há 1
avó, 1 avô e 1 tio, o correspondente a 1,8% respetivamente, e que 3,5% corresponde a 2 tias.
A moda é 2, porque representa maior número de mães inquiridas.

Gráfico 27- Frequência que os pais são contatados para comparecerem na escola

Em relação ao item “convocatória dos pais para comparecerem na escola”, no universo de 57


inquiridos, 5 que correspondem a 8,5% responderam que raramente são convocados, 23 que
equivalem a 44,4% responderam que são convocados às vezes, 17 correspondentes a 29,8%
são convocados muitas vezes e 12 que equivalem a 21,1% sempre são convocados para
comparecerem no estabelecimento de ensino. Analisando a moda, vê-se que a maioria dos
pais/encarregados de educação são convocados, às vezes, para comparecerem na escola.
Gráfico 28- Fins pelos quais os pais são contatados

No universo de 57 pais/encarregados de educação inquiridos em relação à variável “para que


fins são convocados os pais”, verifica-se que 5,3% correspondentes a 3 pais/encarregados de
educação responderam que são convocados para festas, 5,3% equivalentes a 3
pais/encarregados de educação responderam que são convocados para palestras, 66,7%
correspondentes a 38 pais/encarregados de educação assinalaram que são convocados para
reuniões, 17,5% que correspondem a 10 pais/encarregados de educação afirmaram que são
convocados para inteirar do aproveitamento dos seus educandos e 5,3% que equivalem a 3
pais/encarregados de educação responderam que são convocados para responderem face aos
problemas comportamentais dos filhos. A moda é 3, o que significa que a maioria dos
pais/encarregados de educação responderam que são convocados para as reuniões.

Gráfico 29 – Antecedência das convocatórias

Em relação à variável “convocatória são recebidas atempadamente”, dos 57 inquiridos, 5 que


equivalem a 8,5% responderam que raramente são convocados atempadamente, 23
correspondentes a 44,4% responderam que às vezes são convocados, atempadamente, 17 que
corresponde a 29,8% afirmaram que são convocados, atempadamente, muitas vezes e 12
equivalentes a 21,1% disseram que sempre são convocados, atempadamente. De acordo com
a moda vê-se que a maioria dos pais são convocados sempre com antecedência para
comparecerem na escola.
Gráfico 30 – Realização de Visitas à escola espontaneamente

Em relação à variável “visita a escola espontaneamente”, foi inquirido um total de 57 pessoas,


das quais 14, que correspondem a 24,6% responderam que nunca visitam a escola
espontaneamente, 4 correspondentes a 7% afirmaram que raramente visitam a escola
espontaneamente, 22 que corresponde a 38,6% responderam que, às vezes visitam a escola
espontaneamente, 12 que equivale a 21,1% assinalaram que visitam a escola, muitas vezes
espontaneamente e 5 equivalentes a 8,8% responderam que visitam a escola espontaneamente,
sempre. Analisando a moda (3) vê-se que a maioria dos pais visita a escola, espontaneamente,
às vezes.

Gráfico 31- Motivos por nunca terem ido à escola espontaneamente

Dos 57 inquiridos sobre a variável “visita a escola espontaneamente”, 14 pais/encarregados da


educação responderam que nunca fizeram visita à escola, espontaneamente. Destes, 9
correspondentes a 64,3%, apresentaram como motivo pela não comparência à escola, a
coincidência entre o horário do trabalho e o horário da aula; 5 que equivale a 35,7%,
responderam que, por outros motivos, não conseguem visitar a escola, espontaneamente.
Houve 14 questionários válidos, isto porque, foram estes que apresentaram os motivos pela
não comparência à escola sem lhes serem solicitados. Os 43 ausentes aparecem na escola sem
serem convocados e, por este motivo, não responderam à esta questão.
A moda é 1, visto que, a maioria dos pais que nunca visitaram os seus educandos na escola,
espontaneamente, indicaram como motivo a coincidência entre o período da aula e horário do
trabalho.

Gráfico 32- Motivos que levam os pais à escola

Em relação aos 57 pais inquiridos, verifica-se que 9,3% que correspondem a 4


pais/encarregados da educação vão à escola para assistência às aulas, 4,7% que correspondem
a 2 pais/encarregados da educação vão à escola por queixas de colegas, 79,1% que
correspondem a 34 pais/encarregados de educação vão à escola para saberem do
aproveitamento dos educandos, 4,7% que corresponde a 2 pais/encarregados de educação vão
á escola para inteirarem dos conteúdos e 2,3% que corresponde a 1 pai/encarregado de
educação vai à escola por outros motivos. A moda é 3, o que significa que a maioria dos
pais/encarregados de educação vão à escola para saberem do aproveitamento dos educandos.
Houve 14 ausentes, por não visitarem a escola.

Gráfico 33- Tempo disponibilizado pelos pais para acompanhar os filhos em casa nos estudos

Dos 57 pais/encarregados da educação questionados sobre o “tempo que disponibilizam para


orientarem os educandos em casa”, 1 pai/encarregado de educação que equivale a 1,8%
respondeu que ajuda o filho uma vez por semana, 2 pais/encarregados de educação,
correspondentes a 3,5%, orientam o filho duas vezes por semana, 10 que equivalem a 17,5%
disponibilizam três vezes por semana para orientarem os educandos, 21 pais/encarregados de
educação que correspondem a 36,8% ajudam o filho, todos os dias e 23 que correspondem a
40,4% não disponibilizam nenhum dia para ajudarem o filho. De acordo com a análise do
gráfico, a moda é 5, o que indica que a maioria dos pais/encarregados de educação nunca
acompanharam o seu educando em casa.

Gráfico 34- Receção de relatórios da parte da escola sobre os seus educandos

Quanto à receção do relatório do desempenho do filho, todos os pais/encarregados de


educação inquiridos responderam que nunca o receberam, o que representa 100%. Analisando
o gráfico, verificamos que a moda é 2 porque a totalidade dos pais/encarregados de educação
responderam que não costumam receber o relatório do desempenho do seu filho.

Gráfico 35- Receção de Visitas domiciliárias da parte da escola

No universo de 57 pais/encarregados de educação inquiridos, quanto às visitas domiciliárias,


verifica-se que 98,2% que correspondem a 56 pais/encarregados de educação nunca
receberam visitas domiciliárias e 1,8% que corresponde a 1 pai/encarregado de educação
respondeu que raramente recebe visita dos professores. A moda é 1, o que significa que a
maioria dos pais/encarregados de educação nunca receberam visitas domiciliárias.
3.4 - ANÁLISE DA ENTREVISTA

Objetivos:

 Analisar/compreender a forma como a escola está preparada para receber e promover


a participação dos pais e encarregados de educação;

 Identificar razões que levam a escola a chamar os pais e encarregados de educação e


quais as estratégias que desenvolvem para incentivar a sua participação;

 Compreender o nível de envolvimento dos pais encarregados de educação nas decisões


importantes da vida da escola e dos seus educandos;

Bloco B- Relação escola-família

Ao responder a questão Como considera a relação entre a escola e a família o nosso


entrevistado considera ser boa. Mas acrescenta que essa relação acontece na maioria das vezes
quando chamados. Apesar de considerar ser boa a relação entre essas duas instituições,
constatamos que a mesma é fomentada apenas pela escola.

Sobre a questão como é feito o contato com as famílias dos alunos ele afirma: “acontece
através de convites/convocatórias (escritos) ou através de telefone.” Verificamos que o Polo
utiliza vários meios para o contato as famílias dos alunos o que consideramos louvável.

Em relação à questão o Pólo promove iniciativas para conhecer a vivência familiar dos
alunos o entrevistado salienta: “alguns professores têm feito visitas domiciliárias”, ainda
adianta “não tem sido de forma assídua”. Também durante a entrevista revelou: “o Pólo tem
em mente outras formas para estar mais perto das famílias”. Segundo ele, a escola levará
temas de interesse social às comunidades, para análises e discussões, com intuito de
proporcionar momentos de convívios e de recreação. Notamos que as visitas domiciliárias são
irrisórias, mas existem excelentes perspetivas para promoção de iniciativas para que a escola
venha a estar mais perto das famílias.
No que tange às vantagens que encontra na participação da família na vida escolar dos seus
educandos ele reitera: “traz melhoramento no rendimento escolar dos alunos, no ambiente das
salas de aula e na redução da indisciplina.” Somos de acordo quanto a opinião salientada, mas
acrescentamos outras vantagens tais como o aumento da autoestima dos alunos e o
fortalecimento do relacionamento entre a família e a escola.

Em relação ao item como avalia a participação dos pais/encarregados de educação na


vida escolar dos filhos sem serem chamados à escola, responde: “tenho notado ainda que é
reduzida a frequência de alguns sem serem chamados”, mas ainda acrescenta: “considero a
participação dos mesmos de razoável.” A nosso ver é preciso fomentar, através de diálogos e
incentivos frequentes, uma participação mais ativa dos pais encarregados de educação na vida
escolar dos seus filhos sem serem chamados à escola, numa perspectiva de incrementar uma
relação salutar entre pais/encarregados e docentes e entre família e escola.

No que concerne aos momentos em que os pais encarregados de educação são chamados à
escola, ele afirma: “sempre que for necessário discutir e tomar decisões sobre atividades
benéficas para os alunos.” Constatamos que são solicitados para tratarem de assuntos
respeitantes à vida escolar dos seus educandos.

Relativamente às atividades que o Pólo realiza para aproximar os pais/encarregados de


educação à escola, o gestor exemplificou algumas atividades de aproximação dos
pais/encarregados de educação ao Pólo. Destes destaca “atividades desportivas, culturais e
recreativas e palestras”.

Quanto aos tipos de atividades a que os pais/encarregados de educação mais aderem, ele
responde: “São os convívios e as reuniões.” Na realidade é isso que acontece, sabendo que são
mais solicitados para participarem dessas atividades.

Questionado sobre que obstáculos dificultam uma maior afluência dos pais/encarregados
de educação à escola, ele salienta: “O maior obstáculo tem sido a falta de tempo, ou seja, o
trabalho sempre coincide com o horário das aulas ou das reuniões.” A ocupação profissional,
muitas vezes, tem sido um obstáculo, mas a nosso ver não deve ser um impedimento para que
os pais tirem um tempinho para estarem mais próximos da educação escolar dos filhos.
Bloco C - Participação da família na vida dos filhos.

Relativamente à questão, o que mais os pais encarregados de educação procuram saber


sobre os seus educandos, o entrevistado responde: “Eles estão mais preocupados em saber
sobre o desempenho e o comportamento dos seus educandos.” Neste aspeto, consideramos
que existem algumas questões relacionadas diretamente com os seus filhos que não são tidas
em conta, como por exemplo, a higiene e conservação do espaço físico, a dieta alimentar, os
conteúdos ministrados nas salas e assistência às aulas.

Sobre se o Pólo envia aos pais/encarregados de educação um relatório sobre o


aproveitamento dos filhos, o gestor realça: “Não tem sido hábito”. Consideramos ser um
instrumento importante o envio de um relatório trimestral sobre o desempenho do aluno,
porque permitirá aos pais/encarregados de educação terem informações sobre o desempenho
dos seus filhos e em sintonia com a esola pederem intervir na busca de soluções para os
problemas que, provavelmente, poderão surgir na escola.

Bloco D- Envolvimento dos pais encarregados de educação nas decisões do Pólo

Quanto à questão se existe participação dos pais encarregados de educação nos órgãos do
Pólo, o gestor afirma: “Não os chamamos para participarem nas tomadas de decisões”. Torna-
se importante a integração dos pais/encarregados de educação nos órgãos de decisão do Pólo.
É nossa convicção que assuntos relevantes na vida dos alunos e da escola carecem da opinião
dos pais e que esta integração contribui para o melhoramento da relação escola família.

Questionado se os pais encarregados de educação participam na elaboração do plano de


atividades do Pólo, o gestor diz: “Não são chamados a participar.” Reforçamos a ideia de que
uma boa relação só acontece quando há um envolvimento mútuo entre os integrantes da
comunidade educativa, sabendo que a educação não diz respeito apenas a uma das partes.Tem
que haver um “Djunta Mô”.

Abordado se o Pólo socializa com os demais pais/encarregados de educação o seu plano


de atividades, ele afirma: “Não, isto não foi feito nem nas outras gestões. Com alguns pais
que consideramos serem possíveis parceiros ou intermediários em parcerias para realizarmos
algumas atividades, falamos das atividades que constam do plano”.

Há um défice de informações pertinentes no seio dos principais atores educativos, que se


socializadas permitirão aos mesmos estarem mais engajados na vida da escola.
No que diz respeito a existência de uma associação de pais/encarregados de educação,
avançou: “O Pólo já possui uma, mas já não funciona há cerca de dois ou três anos. Se
funcionasse seria muito importante dado que constituiria um elo de diálogo entre os pais/
encarregados de educação e a escola e daria grande apoio na construção e melhoramento da
relação escola/família, mas também traria grandes contribuições em termos de gestão”. Trata-
se de um órgão relevante na gestão escolar, para além de ser uma voz importante junto de
possíveis parceiros do processo ensino aprendizagem e das instituições responsáveis pela
educação.

No final da entrevista, o gestor apelou à socialização da versão final deste trabalho com os
demais intervenientes educativos pertencentes ao Pólo que gere, partindo de princípio que o
mesmo trará muitas orientações e alguns subsídios importantes para que se tomem iniciativas
na construção e consolidação de uma excelente e duradoura relação escola/família.
3.5 - ANÁLISE INFERENCIAL

Hipótese 1- O Sucesso escolar do aluno está inteiramente ligado ao envolvimento dos pais
encarregados de educação na vida escolar dos mesmos;

Hipótese 2 – A pouca afluência dos pais/encarregados de educação aos estabelecimentos de


ensino está relacionada com a falta de tempo;

Teste de qui-quadrado

H0: O Sucesso escolar do aluno é independente do envolvimento dos pais encarregados de


educação na vida escolar dos mesmos;

H1: O Sucesso escolar do aluno é dependente do envolvimento dos pais encarregados de


educação na vida escolar dos mesmos;

CRUZAMENTO DAS VARIÁVEIS NÍVEL DE ESCOLARIDADE E TEMPO


DISPONIBILIZADO PARA APOIAR OS FILHOS EM CASA

Resumo do processamento de caso

Casos

Válido Ausente Total

N Porcentagem N Porcentagem N Porcentagem

Nível_Escolaridade * 57 100,0% 0 0,0% 57 100,0%


Qto_tempo_disponib_p_apoi
ar_filho
Nível_Escolaridade * Qto_tempo_disponib_p_apoiar_filho Tabulação cruzada

Qto_tempo_disponib_p_apoiar_filho Total

Uma vez Duas vezes Três vezes Todos os dias Nenhum dia

Contagem 0 0 0 1 7 8

Analfabeto % dentro de Nível_Escolaridade 0,0% 0,0% 0,0% 12,5% 87,5% 100,0%

% dentro de Qto_tempo_disponib_p_apoiar_filho 0,0% 0,0% 0,0% 4,8% 30,4% 14,0%

Contagem 1 0 2 4 6 13

Ensino Primário % dentro de Nível_Escolaridade 7,7% 0,0% 15,4% 30,8% 46,2% 100,0%

% dentro de Qto_tempo_disponib_p_apoiar_filho 100,0% 0,0% 20,0% 19,0% 26,1% 22,8%

Contagem 0 0 1 0 2 3
Ensino
% dentro de Nível_Escolaridade 0,0% 0,0% 33,3% 0,0% 66,7% 100,0%
Preparatório
% dentro de Qto_tempo_disponib_p_apoiar_filho 0,0% 0,0% 10,0% 0,0% 8,7% 5,3%

Contagem 0 1 4 12 6 23
Ensino
Nível_Escolaridade % dentro de Nível_Escolaridade 0,0% 4,3% 17,4% 52,2% 26,1% 100,0%
Secundário
% dentro de Qto_tempo_disponib_p_apoiar_filho 0,0% 50,0% 40,0% 57,1% 26,1% 40,4%

Contagem 0 0 1 0 0 1

Bacherelato % dentro de Nível_Escolaridade 0,0% 0,0% 100,0% 0,0% 0,0% 100,0%

% dentro de Qto_tempo_disponib_p_apoiar_filho 0,0% 0,0% 10,0% 0,0% 0,0% 1,8%

Contagem 0 1 0 2 2 5

Licenciatura % dentro de Nível_Escolaridade 0,0% 20,0% 0,0% 40,0% 40,0% 100,0%

% dentro de Qto_tempo_disponib_p_apoiar_filho 0,0% 50,0% 0,0% 9,5% 8,7% 8,8%

Contagem 0 0 2 2 0 4

Outro % dentro de Nível_Escolaridade 0,0% 0,0% 50,0% 50,0% 0,0% 100,0%

% dentro de Qto_tempo_disponib_p_apoiar_filho 0,0% 0,0% 20,0% 9,5% 0,0% 7,0%

Contagem 1 2 10 21 23 57

Total % dentro de Nível_Escolaridade 1,8% 3,5% 17,5% 36,8% 40,4% 100,0%

% dentro de Qto_tempo_disponib_p_apoiar_filho 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%


De acordo com o cruzamento dos dados acima referidos, podemos constatar que do total de 8
pais analfabetos, apenas 1 que corresponde a 12,5%, apoia o seu educando, todos os dias, nos
estudos em casa, ainda constata-se que desses, 7 que equivalem a 87,5% não disponibilizam
nenhum dia para apoiar os filhos nos estudos.

Dos 13 pais/encarregados de educação que afirmam ter o ensino primário, 1 pai/encarregado


de educação, o equivalente a 7,7%, acompanha o seu educando em casa, uma vez por semana,
2 pais/encarregados, correspondendo a 15,4% do total, orientam os seus filhos em casa, pelo
menos 3 vezes, por semana, 4 pais/encarregados de educação, ou seja, 30,8% apoiam os seus
educandos todos os dias e 6 pais/encarregados de educação 46,2% não tiram nenhum dia de
semana para o efeito.

No que se refere aos 3 pais com o ensino preparatório, 1 (33,3%) apoia seu filho nos estudos
em casa, pelo menos 3 vezes, por semana e 2 (66,7%) não fazem o mesmo.

Verificamos ainda que 23 pais/encarregados de educação possuem o ensino secundário e que


1, representando 4,3%, acompanha seu educando nos estudos, pelo menos duas vezes por
semana, 4 correspondendo a 17,4% três vezes por semana, 12 (52,2%), todos os dias e 6
(26,1%) nenhum dia.

Apenas 1 pai possui o bacharelato e acompanha o seu filho em casa, pelo menos 3 vezes por
semana, o que em termos percentuais corresponde a 100%.

Os licenciados a quem foram aplicados o questionário são 5, desses 1 (20%), acompanha seu
filho em casa, duas vezes por semana, 2 (40%) faz isso todos os dias e 2 (40%) nem por isso.

Diante desses dados, podemos concluir que o analfabetismo contribui bastante para que os
pais/encarregados de educação não acompanhem os filhos em casa e verificar que existe uma
percentagem elevada de pais/encarregados de educação com ensino primário que não
acompanham os seus educandos nos estudos. Ainda notamos que a percentagem do não
acompanhamento dos filhos em casa mantém-se elevada, no que diz respeito aos pais/
encarregados de educação com o ensino preparatório, enquanto que os pais/encarregados de
educação com o ensino secundário demonstram um forte engajamento em termos de número
de dias que tiram, por semana, para o acompanhamento dos filhos nos estudos.
Em termos percentuais, existe um equilíbrio entre os pais/encarregados de educação
licenciados que acompanham os filhos em casa, todos os dias, com os que não acompanham
seus educandos nos estudos, nem uma vez, por semana.

É notório que do cruzamento de dados verifica-se uma percentagem muito elevada de pais/
encarregados de educação que não acompanham os seus filhos nos estudos em casa, apesar de
uma grande percentagem deles possuírem, pelo menos, um dos níveis de escolaridade
mencionados neste trabalho. Desta constatação e relacionando este fato com o resultado do 1º
e 2º trimestre do ano letivo 2016/2017, podemos afirmar que tal situação não tem
influenciado, negativamente, os seus filhos. (Anexo VI)

Testes de qui-quadrado

Valor df Sig. Assint. (2


lados)

Qui-quadrado de Pearson 30,110a 24 ,181


Razão de verossimilhança 30,711 24 ,162
Associação Linear por 5,191 1 ,023
Linear
N de Casos Válidos 57

a. 32 células (91,4%) esperam contagem menor do que 5. A contagem


mínima esperada é ,02.

O teste de qui-quadrado é 0,181, o que mostra que é superior a 0,05. Isto significa que há
condições estatísticas para aceitar a hipótese nula (H 0). Então, conclui-se que não há uma
relação de dependência entre o sucesso escolar dos alunos com o envolvimento dos pais/
encarregados de educação na vida escolar dos mesmos.
CRUZAMENTO DAS VARIÁVEIS VISITA A ESCOLA ESPONTANEAMENTE E QUE MOTIVOS LEVAM OS PAIS
ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO A VISITAREM A ESCOLA

Resumo do processamento de caso


Casos
Válido Ausente Total
N Porcentagem N Porcentagem N Porcentagem
Visit_escola_espontaneamente * 43 75,4% 14 24,6% 57 100,0%
Q_motiv_te_levam_a_escola

Visit_escola_espontaneamente * Q_motiv_te_levam_a_escola Tabulação cruzada


Q_motiv_te_levam_a_escola
assitir queixas de Aproveitamento Para inteirar Outros Total
aulas colegas do aluno dos conteudos

Contagem 0 1 3 0 0 4
Rarame
% dentro de Visit_escola_espontaneamente 0,0% 25,0% 75,0% 0,0% 0,0% 100,0%
nte
% dentro de Q_motiv_te_levam_a_escola 0,0% 50,0% 8,8% 0,0% 0,0% 9,3%

Contagem 0 1 19 1 1 22
Às
% dentro de Visit_escola_espontaneamente 0,0% 4,5% 86,4% 4,5% 4,5% 100,0%
vezes
Visit_escola_ % dentro de Q_motiv_te_levam_a_escola 0,0% 50,0% 55,9% 50,0% 100,0% 51,2%
espontaneamente Contagem 2 0 9 1 0 12
Muitas
% dentro de Visit_escola_espontaneamente 16,7% 0,0% 75,0% 8,3% 0,0% 100,0%
Vezes
% dentro de Q_motiv_te_levam_a_escola 50,0% 0,0% 26,5% 50,0% 0,0% 27,9%

Contagem 2 0 3 0 0 5

Sempre % dentro de Visit_escola_espontaneamente 40,0% 0,0% 60,0% 0,0% 0,0% 100,0%

% dentro de Q_motiv_te_levam_a_escola 50,0% 0,0% 8,8% 0,0% 0,0% 11,6%


Contagem 4 2 34 2 1 43

Total % dentro de Visit_escola_espontaneamente 9,3% 4,7% 79,1% 4,7% 2,3% 100,0%

% dentro de Q_motiv_te_levam_a_escola 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%


De acordo com a tabela acima, 14 pais/encarregados de educação são considerados ausentes,
visto que, apenas 43 responderam que frequentam a escola, espontaneamente.
Na sequência do questionário, 4 responderam que raramente vão à escola, espontaneamente,
sendo que 1 (25%) vai por motivo de queixas de colegas e 3 (75%) para saberem do
aproveitamento dos filhos, enquanto que 22 do total de pais/encarregados de educação vão à
escola por vontade própria, às vezes, 1 (4,5%) vai por causa de queixas, 19 (86,4%) para ser
informado do aproveitamento, 1 (4,5%) para ser esclarecido acerca dos conteúdos e 1 (4,5%)
por outros motivos.

Também pode-se verificar que 12 pais/encarregados de educação afirmam que vão à escola de
livre e espontânea vontade muitas vezes, sendo que 2 (16,7%) vão assistir aulas, 9 (75%) para
saberem do aproveitamento dos seus educandos e 1 (8,3%) para se inteirar dos conteúdos.

Cinco (5) são aqueles que afirmam que sempre vão à escola sem serem chamados. Desses 2
(40%) vão para assistir aulas e 3 (60%) para saberem do aproveitamento dos filhos.

Confere-se que todos justificaram os motivos que os levam à escola, espontaneamente, ou


seja, 100%, sendo que 9,8% vai para assistir aulas, 4,7% por motivo de queixas dos
colegas, 79,1% para saber do aproveitamento dos filhos, 4,7% para inteirar dos
conteúdos, e 2,3% por outros motivos.

Conclui-se, com o cruzamento destas duas variáveis, que dos pais/encarregados de educação
que responderam ao questionário, uma boa percentagem, (79,1%), frequentam a escola de
forma espontânea, mas apenas para se inteirarem do aproveitamento dos seus educandos,
ignorando os conteúdos, 1 (4,5%) dos questionados demonstra interesse em conhecer os
conteúdos que são ensinados ao seu educando. Ainda pode-se verificar que há uma fraca
cultura de assistência às aulas. É de realçar que durante a aplicação dos questionários aos pais/
encarregados de educação, verificamos que alguns pais/encarregados de ducação
desconhecem a possibilidade de poderem assistir às aulas.
O estudo do tema leva-nos a pensar que a taxa de analfabetismo pode(rá) estar na origem da
pouca preocupação dos pais/encarregados de educação em conhecer os conteúdos ministrados
nas salas de aulas.
CRUZAMENTO DAS VARIÁVEIS “SEXO E VISITA A ESCOLA
ESPONTANEAMENTE

Resumo do processamento de caso

Casos

Válido Ausente Total

N Porcentagem N Porcentagem N Porcentagem

Sexo * 57 100,0% 0 0,0% 57 100,0%


Visit_escola_espontan
eamente

Sexo * Visit_escola_espontaneamente Tabulação cruzada

Visit_escola_espontaneamente Total

Nunca Raramente Às vezes Muitas Vezes Sempre

Contagem 6 1 6 2 0 15

% dentro de 40,0% 6,7% 40,0% 13,3% 0,0% 100,0%


Sexo
M
% dentro de 42,9% 25,0% 27,3% 16,7% 0,0% 26,3%
Visit_escola_esp
ontaneamente
Sexo
Contagem 8 3 16 10 5 42

% dentro de 19,0% 7,1% 38,1% 23,8% 11,9% 100,0%


Sexo
F
% dentro de 57,1% 75,0% 72,7% 83,3% 100,0% 73,7%
Visit_escola_esp
ontaneamente
Contagem 14 4 22 12 5 57

% dentro de 24,6% 7,0% 38,6% 21,1% 8,8% 100,0%


Sexo
Total
% dentro de 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Visit_escola_esp
ontaneamente

Ao efetuarmos o cruzamento entre as variáveis “Sexo” e “Visitas à escola espontaneamente”


verificamos que dos 57 pais encarregados de educação, 15 são do sexo masculino, desse
número, 6 que equivale a 40% nunca visitaram a escola espontaneamente, já 1 que equivale a
6,7% afirma que raramente visita a escola por livre espontânea vontade, 6 desses
representando também 40% responderam que fazem visitas espontâneas à escola às vezes,
apenas 2 (13,3%) aparecem na escola por livre vontade, muitas vezes. Ninguém respondeu
que efetua visitas espontâneas à escolas sempre.

Ainda dentro dos 57, pais encarregados de educação, 42 são do sexo feminino, sendo que 8
(19%), nunca visitaram a escola espontaneamente, 3 (7,1%) fazem-na raramente, 16 (38,1%)
às vezes, 10 (23,8%) muitas vezes, e 5 (11, 9%) sempre.

De um modo geral verifica-se que os pais encarregados de educação do sexo feminino


frequentam mais a escola por livre vontade do que os do sexo masculino.
3.6 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

De acordo com a análise dos questionários aplicados aos pais/encarregados de educação,


alunos e professores e a entrevista aplicada ao Gestor, nota-se que as respostas direcionam
para a existência de uma relação não muito satisfatória entre a escola e a família.

Segundo, Freire (2000, p. 29)


“É de suma importância o comparecimento dos pais ao menos uma vez por semana
na escola dos filhos, para saber como eles estão indo nos estudos, conversando com
os professores e verificando a interação dos filhos com os colegas. Não basta apenas
olhar cadernos e perguntar como estão, é preciso participar, se fazer presente neste
acompanhamento. Através dessas ações se efetiva a parceria que a escola precisa
para ensinar com qualidade.”

Com base nas ideias do autor acima mencionado e de acordo com a nossa vivência como
professores, podemos dizer que a relação família/escola não tem sido a melhor, porque não se
nota presença assídua dos pais/encarregados de educação nos estabelecimentos de ensino.
Ainda, de acordo com o estudo feito, uma percentagem bastante elevada de pais/encarregados
de educação não acompanham os filhos nos estudos em casa.

Na nossa prática, deparamos com pais/encarregados de educação atentos e preocupados com


os seus filhos, que vão à escola com frequência sem serem chamados, participam das
reuniões, das atividades da escola, enfim, praticamente em tudo o que diz respeito aos seus
educandos, mas também encontramos os que só vão à escola quando são convidados. Esses
aparentam ter falta de tempo para assuntos escolares dos filhos, raramente participam das
atividades da escola e, pontualmente, aparecem na escola quando são chamados.

Ainda constatamos aqueles que não se preocupam com os filhos, que não sabem nem querem
saber da vida escolar dos mesmos e estão completamente desinteressados em ter uma relação
com a escola e alguns deles afirmam que a escola só diz respeito aos professores.

Convém realçar ainda, aqueles que aparecem quando recebem queixas graves dos seus
educandos, quando acontece algo pouco conveniente com os seus filhos na escola, ou até
mesmo, quando no final do ano têm a perceção de que o filho não irá transitar de classe.

Diante destas constatações, somos de acordo que cabe aos pais/encarregados de educação a
responsabilidade de promoverem o desenvolvimento físico, intelectual e moral dos seus
educandos, acompanhá-los ativamente na vida escolar, proporcionar a articulação entre a
educação na família e o ensino escolar, empenharem-se para que os seus educandos
beneficiem dos seus direitos e cumpram os seus deveres, cooperarem com os professores no
desempenho da sua missão pedagógica, quando forem solicitados, comparecerem na escola
sempre que julgarem necessário e forem solicitados.

Dos 57 pais/encarregados de educação inquiridos, a média de idade é 39,33 anos. Desses,


26,3% são masculinos e 73,7% são femininos e a maioria é alfabetizada (86%), o que mostra
que são pessoas adultas e que estão em condições de acompanhar os educandos nos estudos.

De acordo com o gráfico nº 25 verificamos que todos têm algum tipo de ocupação que lhes
permitam obter rendimentos para o sustento familiar. Por outro lado, essa condição, por vezes,
pode dificultar um maior acompanhamento dos educandos nos estudos. Contudo, os pais têm
de conciliar o trabalho com o acompanhamento dos filhos, tanto nos estudos como na vida
quotidiana.
De acordo com Cury (2004, p. 21), os pais brilhantes dão algo incomparavelmente mais
valioso aos filhos. Algo que todo o dinheiro do mundo não pode comprar: o seu ser, a sua
história, as suas experiências, as suas lágrimas e o seu tempo. Ainda, segundo o mesmo autor,
os pais devem preparar o seu filho para “ser” e não para “ter”.

A maioria dos alunos vive com os pais, o que pode ser um dos fatores que contribuem para o
sucesso da aprendizagem. A criança que vive com os pais apresenta mais confiança nas suas
atitudes do que aquela que vive com os familiares com grau de parentesco diferente.
Geralmente, os pais dão mais afeto aos filhos do que outros familiares. O afeto desenvolve na
criança a autoestima, o que segundo Saltini (2008), é um importante fator para definir a
personalidade da criança. As crianças com elevada autoestima tendem a ser mais alegres e
com pouca autoestima têm tendência a serem deprimidas, o que afeta a escola e o seu dia-a-
dia.

Constatamos que a maioria dos pais/encarregados de educação é convocada, às vezes, e uma


pequena percentagem (8,5%) raramente é convocada. Normalmente, os convites lhes são
feitos para assistirem a reuniões e para se inteirarem do desempenho dos seus educandos. Os
mesmos são enviados antecipadamente, mas mesmo assim, há fraca participação.
A maioria dos pais/encarregados de educação inquiridos visitam a escola espontaneamente,
mas não com muita frequência, para saberem do desempenho dos educandos e para assistirem
aulas. Também deparamos que há um número significativo de pais/encarregados de educação
(24,6%) que nunca visitou a escola espontaneamente, por causa da coincidência do período
da aula com o horário de trabalho e ainda, por outras razões. Mesmo sabendo que podem
assistir às aulas para poderem dar assistência aos filhos em casa, verifica-se que há um
número muito reduzido de pais/encarregados de educação que o faz, o que mostra pouco
interesse dos mesmos em colaborar com a escola para melhorar o aproveitamento escolar dos
educandos.

Em relação ao tempo que os pais/encarregados da educação disponibilizam para orientarem os


educandos em casa, verificamos que há, mais ou menos, equilíbrio entre o número daqueles
que disponibilizam algum tempo para acompanharem os filhos nos estudos (59,6%) e o dos
que não disponibilizam nenhum tempo para tal (40,4%). É de considerar que todos os
pais/encarregados de educação têm o dever de acompanhar os seus educandos, regularmente
nos estudos, tanto em casa como na escola. Se assim suceder, haverá maior sucesso na
aprendizagem do aluno.

Da análise feita aos gráficos números 34 e 35, verificamos que nenhum pais/encarregado de
educação costuma receber o relatório do desempenho do educando e apenas um costuma
receber visita domiciliária.
A escola deve adotar mecanismos de envio de relatórios do desempenho do aluno aos
pais/encarregados de educação de modo a serem informados sobre a evolução dos seus
educandos, o que permitir-lhes-á, seguramente, ter uma ideia mais ampla do processo ensino
aprendizagem e participar de forma ativa nas diversas realizações (palestras, reuniões e
outras) levadas a cabo pela comunidade educativa, o que vai de encontro ao ponto nº 2 dos
setes pressupostos de Peres (1977, p. 49) que diz que a escola deve “manter a
comunicação com os pais através de meios claros e positivos.”
Da parte dos professores, nota-se uma realização quase nula de visitas domiciliárias. Por esta
razão, somos de opinião que se inverta tal situação, sabendo que as visitas domiciliárias
constituem uma estratégia que planificada e orientada trará resultados benéficos ao processo
ensino e aprendizagem, depois de se conhecer a realidade/vivência dos alunos, o que
certamente, facilitará o desempenho dos professores no que diz respeito à superação das
dificuldades encontradas.
Da entrevista feita ao Gestor, as respostas dadas por ele vão ao encontro dos resultados que
obtivemos dos questionários. Ele considera ser boa a relação existente entre a escola e os
pais/encarregados de educação, mas acrescenta que poderia ser melhor, se não fosse apenas
para responderem às soolicitações da escola. Logo, constata-se que há uma fraca cultura de
visita espontânea dos pais/encarregados de educação do referido Pólo.

Avança ainda que a escola tem feito a sua parte para trazer os pais/encarregados de educação
à escola, através de convites e convocatórias. Ainda refere que alguns professores têm feito
algumas visitas domiciliárias, mas perspetiva outras formas para estar mais perto das famílias
indo às comunidades, levando temas de interesse social para análises e discussões,
incentivando momentos de convívios e de recreação e aumentar o número de visitas
domiciliárias para se inteirar melhor da realidade dos pais/encarregados de educação e,
consequentemente, dos seus filhos e buscar formas de minimizar as dificuldades encontradas
pelas famílias e pela própria escola.

De acordo com Machado (2011, p.21) “


“...a escola só encontrará vantagens em desenvolver formas de comunicação com as
famílias dos seus alunos, de modo a criar um espaço de entendimento dos papéis que
são atribuidos a cada um e também de forma a encontrar plataformas de cooperação
que facilitem a consecução do objetivo primeiro: a integração bem sucedida da
criança na escola.”

Ainda o gestor é de acordo que se esta relação for mais consistente haverá melhoramento no
rendimento escolar dos alunos, no ambiente das salas de aulas e na redução da indisciplina.

Adianta que os pais/encarregados de educação são chamados, sempre que for necessário, para
discutir e tomar decisões sobre atividades benéficas para os alunos e para os próprios
pais/encarregados de educação. Segundo ele, o maior obstáculo tem sido a falta de tempo, o
que corrobora com as respostas encontradas nos questionários.
CONCLUSÃO

A escola e a família são duas importantes instituições responsáveis pela educação e formação
do indivíduo.

A família é a primeira fonte de socialização das crianças. É portanto, o lugar em que se


formam os primeiros hábitos de compartilhar, conviver, respeitar, repartir... É o lugar onde a
criança recebe os valores de tudo quanto a rodeia. Estas funções culturais e morais são
compartilhadas mais tarde com a escola, os amigos, os meios de comunicação…

O fortalecimento da interação colaborativa entre as duas instituições educativas é a alternativa


viável para que ambas consigam superar limites e dificuldades no processo educacional. Para
que a escola possa cumprir suas responsabilidades com êxito, torna-se decisivo o apoio e a
presença participativa da família ou dos responsáveis pelos educandos.

Os estudantes que, na escola, são acompanhados/orientados por seus pais ou responsáveis


revelam melhores resultados quanto ao processo de ensino-aprendizagem. Esse registo,
passível de observação, permite-nos concluir, assertivamente, que é praticamente impossível a
escola educar seus alunos sozinha, de modo que a responsabilidade educacional familiar é
única, sem substituição.

O desenvolvimento do presente estudo, possibilitou-nos fazer uma análise da relação


escola/família e refletir sobre a importância da participação dos pais/encarregados de
educação na aprendizagem dos seus educandos. De um modo geral, essa relação não é
satisfatória, ambas as instituições querem o sucesso dos educandos, mas para que tal aconteça,
devem caminhar juntas numa mesma direção, o que pouco se verifica.
De acordo com a perceção do estudo nota-se que os pais/encarregados de educação, hoje em
dia, não estão comprometidos com a educação dos seus filhos, mas sim, preocupam-se mais
em “ter” do que “ser”. Poucos pais/encarregados de educação visitam os filhos na escola e os
acompanham nos estudos em casa. Também, a escola pouco tem feito para colmatar essa
lacuna que existe no processo ensino - aprendizagem.
Das análises feitas aos questionários aplicados aos pais/encarregados de educação, professores
e alunos e à entrevista feita ao gestor, a escola emite convocatórias, algumas vezes, para
reuniões com o intuito de informar aos educadores sobre alguns assuntos pontuais.

Os poucos pais/encarregados de educação que visitam a escola, espontaneamente, vão na


maioria das vezes para se inteirarem do progresso dos educandos ou quando recebem queixas
de colegas. Também de acordo com o gráfico 31, a coincidência entre o período da aula dos
educandos com o horário do trabalho dos pais/encarregados de educação tem sido o grande
motivo apresentado pelos mesmos, pela não comparência de forma regular ao estabelecimento
de ensino, o que vai de encontro à hipótese 2 – “A pouca afluência dos pais aos
estabelecimentos de ensino está relacionada com a falta de tempo.”

Dado à importância do tema, torna-se necessário desenvolver estudos que visem a formação
dos pais/encarregados de educação para uma maior conscientização da importância da sua
participação na vida escolar dos seus educandos.

Apesar de haver uma fraca aderência no acompanhamento dos educandos, verifica-se que o
resultado tem sido satisfatório. (Anexo VI e VII), contrariando a hipótese 1 – “O Sucesso
escolar do aluno está inteiramente ligado ao envolvimento dos pais encarregados de
educação”.
RECOMENDAÇÕES

Com este trabalho, tentamos responder algumas questões como as causas da pouca afluência
dos pais/encarregados de educação aos estabelecimentos escolares e o nível de envolvimento
dos mesmos na vida escolar dos seus filhos.
Desta forma, temos a oportunidade de deixar algumas contribuições que achamos pertinentes,
como forma de minimizar alguns problemas relacionados com a relação escola/família:

 Reativar a associação de pais;


 A escola deve informar os pais/encarregados de educação sobre o desempenho dos
educandos, utilizando ferramentas/meios que achar conveniente (relatórios de
avaliação, telefone, emails, sms) entre outros;
 Convidar os pais/encarregados de educação e outras pessoas da comunidade para
falarem de diversos temas que tenham interesse para os alunos;
 Socializar com os demais pais/encarregados de educação o plano anual de atividades;
 Incluir os pais/encarregados de educação nos órgãos de gestão do Pólo;
 Os pais/encarregados de educação devem participar e cooperar ativamente em
atividades extracurriculares;
 Os pais devem apresentar-se na escola sempre que solicitados ou por sua própria
iniciativa;
 Os professores devem realizar visitas domiciliárias como forma de conhecer a
vivência do aluno;
 Os pais/encarregados de educação devem mostrar interesse nas atividades
desenvolvidas pelas crianças a fim de estimulá-las.
 Transformar a escola num espaço de alegria e acolhimento que desperte o interesse e a
motivação dos pais, alunos e professores;
 Envolver os pais/encarregados de educação na elaboração do plano anual de atividades
escolares;
 A escola deve eleger dias e horários para atendimento dos pais/encarregados de
educação;
 A escola deve diversificar os assuntos das reuniões;
 A escola deve promover, com mais frequência, intercâmbios desportivos, culturais e
convívios com os pais/encarregados de educação;
BIBLIOGRAFIA

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Antunes, R. (2011) Amostragem aleatória simples.

Borges, M. A. (2016) Convivência, uma necessidade, vários desafios: Que influências no


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Editora Mediação

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Decreto-Legislativo nº 2/2010 de 7 de Maio – Lei de Base do Sistema Educativo

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qualitativa/ pesquisado em 06/05/2017

http://www.un.cv/sobrecv.php - 07/04/16

https://www.significados.com.br/metodologia/ 4/5/2017
ANEXO
ANEXO I

Questionário destinado aos professores

Este questionário destina-se à recolha de informações para o trabalho final em Complemento


de Licenciatura em Ciências Naturais pelo IUE, cujo tema é a Relação Escola/Família:
Importância da participação dos pais na vida escolar dos filhos, caso do Pólo I.B do
Tarrafal. Com o mesmo, pretende-se auscultar alguns pais ou encarregados de educação,
professores e alunos, de modo a compreender melhor, todos os fatores que contribuem para
uma boa ou má relação entre os intervinientes educativos do referido Pólo.

Leia com atenção e assinala com uma cruz (+) nas questões abaixo colocadas, de acordo com
as tuas informações e opinião pessoal. O questionário será anónimo e servirá apenas para o
tratamento de dados.

Muito obrigado pela vossa colaboração!

Identificação

1- Idade: De 18 a 30 anos De 36 a 41anos


De 31 a 35 anos De 42 a 47 anos Mais de 47 anos

2- Sexo: Masculino Feminino

3- Formação profissional:
Sem formação Magistério primário

EX- IP Licenciatura na área de ensino

1ª fase Licenciatura em outras áreas

2a fase
4- Situação profissional: Quadro Eventual Contratado

5- Tempo de serviço:

6- Quantos alunos tem a sua turma?

7- Quantas visitas dos pais ou encarregados de educação recebe por cada trimestre?

Nenhuma De 1 a 5 De 6 a 10 Mais do que 10

8- Quando é que costuma contactar os pais?

Início do ano Ao longo do ano Fim do ano

9- A escola tem um dia específico para atender os pais?


Sim Não

10- Normalmente, para que fins solicita os pais?


Para festas
Para palestras
Para reuniões
Para inteirar do desempenho do educando
Para elaboração de projetos de apoio à escola
Para responder face aos problemas comportamentais dos filhos

11- Com que antecedência as convocatórias são enviadas aos pais/encarregados da


educação?
Um dia antes três dias antes uma semana antes

12- Há muita afluência dos pais/encarregados de educação às escolas?

Nunca N Raramente N Às vezes N Muitas vezes Sempre N

13- Que motivos os pais/encarregados de educação apresentam pela não comparência


na escola?
Coincidência entre o período da aula com o horário do trabalho;
A educação só diz respeito à escola;
Por motivo de saúde;

Má relação com o professor;


14- Costuma realizar visitas domiciliárias?

Nunca Raramente Às vezes Muitas vezes Sempre

15- Tem hábito de enviar um relatório de desempenho do aluno aos pais?

Sim Não

16- A escola colabora com os pais/encarregados de educação para evitar que os


alunos faltem às aulas?
Sim Não

17- Como caracteriza a relação entre a escola e pais/encarregados de educação?

Má Boa Razoável muito boa excelente


ANEXO II

Questionário destinado aos pais/encarregados de educação

Este questionário destina-se à recolha de informações para o trabalho final em Complemento


de Licenciatura em Ciências Naturais pelo IUE, cujo tema é a Relação Escola/Família:
Importância da participação dos pais na vida escolar dos filhos, Caso do Pólo I.B do
Tarrafal. Com o mesmo, pretende-se auscultar alguns pais ou encarregados de educação,
professores e alunos, de modo a compreender melhor, todos os fatores que contribuem para
uma boa ou má relação entre os intervinientes educativos do referido Pólo.

Leia com atenção e assinala com uma cruz (+) nas questões abaixo colocadas, de acordo com
as tuas informações e opinião pessoal. O questionário será anónimo e servirá apenas para o
tratamento de dados.

Muito obrigado pela vossa colaboração!

Identificação

1- Idade:

2- Sexo: Masculino Feminino

3- Nível de escolaridade:

Analfabeto
Ensino primário
Ensino preparatório
Ensino secundário
Bacharelato
Licenciatura
Mestrado
Outro:

4- Ocupação profissional:

Funcionário público Vendedeira Pescador

Peixeira Pedreiro Outra

5- Qual é o grau de parentesco em relação ao aluno?


Pai Mãe Avó Avô Tio Tia Outros
6- Com que frequência é contactado para comparecer na escola?

Nunca Raramente Às vezes Muitas vezes Sempre

7- Para que fins é convocado?

Para festas
Para palestras
Para reuniões
Para inteirar do desempenho do educando
Para elaboração de projetos de apoio à escola
Para responder face aos problemas comportamentais do filho

8- As convocatórias são recebidas atempadamente?

Nunca Raramente Às vezes Muitas vezes Sempre

9- Costuma ir à escola espontaneamente?

Nunca Raramente Às vezes Muitas vezes Sempre

10- Se for nunca, quais são os motivos?

Coincidência entre o período da aula com o horário do trabalho;


A educação só diz respeito à escola;
Por motivo de saúde;
Má relação com o professor;
Outros

11- Que motivos te levam à escola?


Assistir aulas
Queixa de colegas
Aproveitamento do aluno
Para inteirar dos conteúdos
Falta sistemática do professor
Transmissão errada dos conteúdos pelo professor
Outros
12- Quanto tempo disponibiliza, por semana, para apoiar o filho em casa?

Uma vez Duas vezes Três vezes Todos os dias Nenhum

13- Costuma receber algum relatório do desempenho do seu filho?


Sim Não

14- Costuma receber visitas domiciliárias dos professores?

Nunca Raramente Às vezes Muitas vezes Sempre


ANEXO III

QUESTIONÁRIO DESTINADO AOS ALUNOS

Este questionário destina-se à recolha de informações para o trabalho final em Complemento


de Licenciatura em Ciências Naturais pelo IUE, cujo tema é a Relação Escola/Família:
Importância da participação dos pais na vida escolar dos filhos, Caso do Pólo I.B do
Tarrafal. Com o mesmo, pretende-se auscultar alguns pais ou encarregados de educação,
professores e alunos, de modo a compreender melhor, todos os fatores que contribuem para
uma boa ou má relação entre os intervinientes educativos do referido Pólo.

Lê com atenção e assinala com uma cruz (+) nas questões abaixo colocadas, de acordo com as
tuas informações e opinião pessoal. O questionário será anónimo e servirá apenas para o
tratamento de dados.

Muito obrigado pela sua colaboração!

Identificação

1. Idade:

2. . Sexo: Masculino Feminino

3. Ano de escolaridade:

4. Os teus pais/encarregados de educação sabem ler e escrever?

Sim Não

5. Os teus pais/encarregados de educação costumam ir visitar-te na escola?


Nunca Raramente Às vezes Muitas vezes Sempre
6. Eles acompanham-te nos estudos?

Nunca Raramente Às vezes Muitas vezes Sempre

7. Quando os pais/encarregados de educação sentem alguma dificuldade em ajudar-


te nalguma matéria, procuram ajuda noutras pessoas para resolver o teu
problema?

Sim Não

8. Quais são os motivos que os teus pais apresentam para não irem à escola?

Por motivo de saúde;


Má relação com o professor;
A educação só diz respeito à escola;
Coincidência entre o período da aula com o horário do trabalho;
Outros

9. Quando os pais/encarregados de educação participam nas reuniões, costumam


fazer-te algumas recomendações ou elogios?

Sim Não
ANEXO IV

GUIÃO DE ENTREVISTA

Tema: Relação Escola/Família


Objetivos:

Analisar/compreender a forma como a escola está preparada para receber e promover a


participação dos pais e encarregados de educação;

Identificar razões que levam a escola a chamar os pais e encarregados de educação e quais as
estratégias que desenvolvem para incentivar a sua participação;

Compreender o nível de envolvimento dos pais encarregados de educação nas decisões


importantes da vida da escola e dos seus educandos;

Designação dos
blocos Objetivos específicos Formulário de perguntas Observações
- Legitimar a entrevista. 1- Informar o entrevistado
sobre o trabalho que está a ser
realizado.

- Comunicar sobre a natureza 2- Pedir a sua colaboração,


do trabalho e suas finalidades informando que o seu
contributo é imprescindível
para o êxito do trabalho.
Bloco A Tempo médio
de duração
Legitimação da previsto:30_40
entrevista e - Motivar o entrevistado para 3- Assegurar o carácter minutos.
motivação do colaborar na entrevista. confidencial das informações
entrevistado prestadas.

-Garantir a confidencialidade 4- Agradecer a sua


das informações. colaboração, que é
indispensável para o êxito do
trabalho.
- Valorizar o contributo do
entrevistado.

Entender qual a relação entre


a escola-família; 5- Como considera a relação
Inteirar dos meios utilizados entre a escola e a família?
para contatar as famílias;
6- Como é feito o contato com
as famílias dos alunos?
Entender se os professores
efetuam visitas domiciliárias
às famílias;
7- O Pólo promove iniciativas
para conhecer a vivência
familiar dos alunos?
Relacionar a participação da
família na vida escolar dos
filhos com os resultados;
8- Que vantagem encontra na
participação da família na
vida dos seus educandos?
Avaliar a afluência dos pais
encarregados de educação à
escola sem serem chamados;
9- Como avalia a participação
dos pais/encarregados de
educação na vida escolar dos
filhos sem serem chamados à
Inteirar das razões pelas
escola?
quais os pais encarregados de
Bloco B educação são chamados para 10- Em que momentos os pais
comparecerem na escola;
encarregados de educação são
Relação Escola-
chamados à escola?
Família
Analisar as atividades como
razões fortes ou fracos para
aproximação ou afastamento 11- Que atividades o Pólo
dos pais encarregados de
realiza para aproximar os
educação;
pais/encarregados de
Conhecer que tipo de educação à escola?
atividades é que os pais e
encarregados de educação 12- Que tipos de atividades
mais participam; mais aderem?

Compreender que tipos de


obstáculos existem, para a
não participação dos pais na 13- Que obstáculos dificultam
escola; uma maior afluência dos
pais/encarregados de
educação à escola?

Conhecer as inquietações dos 14- O que os pais


pais encarregados de encarregados de educação
educação para com os seus procuram saber sobre os seus
Bloco C educandos; educandos?
Participação da Perceber se há feedback da
família na vida escola com os pais
dos filhos. encarregados de educação 15- O Pólo envia aos pais
sobre o aproveitamento dos encarregados de educação
filhos relatório sobre o
aproveitamento dos filhos? Se
não porquê?

Designação dos
blocos Objetivos específicos Formulário de perguntas Observações
16- Existe participação dos
Constatar a presença de pais pais encarregados de educação
encarregados de educação nos órgãos do Pólo?
nos órgãos do Pólo;

Verificar se as opiniões dos 17- Os pais encarregados de


pais encarregados de educação participam na
Bloco D educação são tidos em conta; elaboração do plano de
Envolvimento atividades do Pólo? Se não
dos pais porquê?
encarregados de
educação nas Saber se os pais
decisões do Pólo encarregados de educação
18- O Pólo socializa com os
tem conhecimento do
demais pais encarregados de
funcionamento do Pólo e das
atividades que nele poderão educação o seu plano de
ser desenvolvidos ao longo atividades?
do ano;
19- O Pólo tem uma
Verificar se existe um órgão associação de pais
representativo dos pais encarregados de educação?
encarregados de educação;

Bloco E Fazer um resumo da


entrevista;
Breves sobre a
entrevista Agradecer ao entrevistado
ANEXO V

DESCRIÇÃO DA ENTREVISTA

Objetivos:

 Analisar/compreender a forma como a escola está preparada para receber e promover


a participação dos pais e encarregados de educação;

 Identificar razões que levam a escola a chamar os pais e encarregados de educação e


quais as estratégias que desenvolvem para incentivar a sua participação;

 Compreender o nível de envolvimento dos pais encarregados de educação nas decisões


importantes da vida da escola e dos seus educandos;

Bloco B- Relação escola-família

5- Como considera a relação entre a escola e a família?

Eu considero ser boa, entretanto espero que essa relação vá além do que tenho constatado
porque essa relação acontece na maioria das vezes quando chamados

6- Como é feito o contato com as famílias dos alunos?

Apesar de haver vários meios para se chegar aos educadores (as TICs), ainda nem todos
possuem estas ferramentas, mas a escola chega a cada pai encarregado de educação utilizando
as formas mais fáceis de o fazer, através de convites/convocatórias (escritos) ou através de
telefone.
7- O Pólo promove iniciativas para conhecer a vivência familiar dos alunos?

Alguns professores têm feito visitas domiciliárias, não de forma assídua, mas, temos em
mente outras formas para estar mais perto das famílias indo mesmo nas comunidades, levando
temas de interesse social para análises e discussões, incentivando momentos de convívios e de
recreação e aumentar o número de visitas domiciliárias, tudo numa perspetiva de inteirarmo-
nos melhor da realidade dos pais/encarregados de educação e consequentemente de seus
filhos e buscar formas de minimizar as dificuldades encontradas pelas famílias e pela própria
escola.

8- Que vantagem encontra na participação da família na vida escolar dos seus


educandos?

O melhoramento no rendimento escolar dos alunos, no ambiente das salas de aulas e na


redução da indisciplina.

9- Como avalia a participação dos pais/encarregados de educação na vida escolar dos


filhos sem serem chamados à escola?

É comum os pais encarregados de educação frequentarem a escola quando são chamados, mas
tenho notado, ainda que reduzida, a frequência de alguns sem serem chamados, por isso
considero a participação dos mesmos de razoável.

10- Em que momentos os pais encarregados de educação são chamados à escola?

Isto acontece sempre que for necessário discutir e tomar decisões sobre atividades benéficas
para os alunos e para os próprios pais encarregados de educação.

11- Que atividades o Pólo realiza para aproximar os pais/encarregados de educação à


escola?

Realizamos reuniões, atividades desportivas, culturais, recreativas, palestras com temas


importantes.

12- Que tipos de atividades mais aderem?

Convívios e reuniões.
13- Que obstáculos dificultam uma maior afluência dos pais/encarregados de educação à
escola.

O maior obstáculo tem sido a falta de tempo, ou seja, o horário do trabalho que muitas vezes
coincide com o horário das aulas ou das reuniões.

Bloco C - Participação da família na vida dos filhos.

14- O que mais os pais encarregados de educação procuram saber sobre os seus
educandos?

O aproveitamento e comportamento dos seus educandos.

15- O Pólo envia aos pais encarregados de educação relatório sobre o aproveitamento
dos filhos? Se não porquê

Não tem sido hábito, mas é algo a ser pensado para os próximos tempos, tendo em conta que
poderá ser uma mais-valia para a escola e para as famílias.

16- Existe participação dos pais encarregados de educação nos órgãos do Pólo?

Constam nos órgãos de gestão conforme é exigida por lei, mas não os chamamos para
participarem nas tomadas de decisões referentes à escola, algo que precisamos melhorar.

Bloco D- Envolvimento dos pais encarregados de educação nas decisões do pólo

17- Os pais encarregados de educação participam na elaboração do plano de atividades


do Pólo? Se não porquê

Não. Porque não são chamados para participarem.


18- O Pólo socializa com os demais pais encarregados de educação o seu plano de
atividades?

Não, isto não foi feito nem nas outras gestões, mas, com alguns pais que consideramos serem
possíveis parceiros ou intermediários em parcerias para realizarmos algumas atividades,
falamos das atividades que constam do plano.

19- O Pólo tem uma associação de pais encarregados de educação

O Pólo possuía uma há cerca de três a quatro anos, se existisse seria muito importante dado
que constituiria um elo entre os pais encarregados de educação e a escola e daria grande apoio
na construção e melhoramento da relação escola/família, mas também traria grandes
contribuições em termos de gestão.

No final da entrevista o gestor apelou a socialização da versão final deste trabalho com os
demais intervenientes educativos pertencentes ao Pólo que gere, partindo de princípio que o
mesmo trará muitas orientações para que se tome iniciativas na construção/consolidação da
relação escola/família.
ANEXO VI

TABELA RESUMO GERAL DAS AVALIAÇÕES POR DISCIPLINAS

ANO LETIVO 2016/2017

1º TRIMESTRE

ENSINO BÁSICO L. PORTUGUESA. MATEMÁTICA. C. INTEGRADAS

NOME ANO Nº DE APROV. APROV. APROV.

ESTAB. DE ALUN Nº Nº Nº
ENSINO ESTUD.
I S B M.B I S B M.B I S B M.B

1º 64 5 10 10 39 2 3 14 45 2 3 16 43

Pólo 2º 71 2 17 15 37 3 14 17 37 2 16 18 35

Educativ 3º 83 5 20 28 30 3 18 26 36 2 19 27 35
o nº I-B
do 4º 63 6 9 20 28 2 12 22 27 0 11 22 30
Tarrafal
5º 92 10 17 35 30 9 28 29 26

6º 76 8 38 25 5 0 36 26 14

TOTAL 449 36 111 133 169 19 111 134 185 6 49 83 143

ENSINO BÁSICO CIÊNCIAS DA ESTUDOS SOCIAIS


NATUREZA

NOME ANO Nº APROV. APROV.

ESTAB. DE DE Nº Nº
ENSINO ESTUD. ALUN
I S B M.B I S B M.B

1º 64

Pólo 2º 71

Educativ 3º 83
o nº I-B
do 4º 63
Tarrafal
5º 92 10 15 29 38 16 25 26 25

6º 76 0 8 28 40 5 25 35 11

TOTAL 449 10 23 57 78 21 50 61 36
ANEXO VII

TABELA RESUMO GERAL DAS AVALIAÇÕES POR DISCIPLINAS

ANO LETIVO 2016/2017

2º TRIMESTRE

ENSINO BÁSICO L. PORTUGUESA. MATEMÁTICA. C. INTEGRADAS

NOME ANO Nº DE APROV. APROV. APROV.

ESTAB. DE ALUN Nº Nº Nº
ENSINO ESTUD.
I S B M.B I S B M.B I S B M.B

1º 64 5 16 8 34 2 9 17 35 1 9 17 36

Pólo 2º 73 7 14 20 32 6 18 16 33 5 15 19 34

Educativ 3º 83 6 19 31 25 4 15 29 33 3 16 30 32
o nº I-B
do 4º 64 9 7 22 26 4 10 28 22 2 9 24 29
Tarrafal
5º 92 18 15 26 32 7 32 20 32 0 0 0 0

6º 79 3 39 26 11 5 34 26 14 0 0 0 0

TOTAL 455 48 110 133 160 28 118 136 169 11 49 90 131

ENSINO BÁSICO CIÊNCIAS DA ESTUDOS SOCIAIS


NATUREZA

NOME ANO Nº APROV. APROV.

ESTAB. DE DE Nº Nº
ENSINO ESTUD. ALUN
I S B M.B I S B M.B

1º 64

Pólo 2º 73

Educativ 3º 83
o nº I-B
do 4º 64
Tarrafal
5º 92 17 25 20 29 14 30 23 24

6º 79 2 21 41 17 9 39 26 5

TOTAL 455 19 46 61 46 23 69 49 29

OBS: Entraram mais 6 alunos no 2º trimestre


Anexo VIII

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