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TOMÉ-AÇU-PARÁ
ANO – 2014
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TOMÉ-AÇU-PARÁ
ANO – 2014
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Avaliado por:_______________
Data:_____________________
Conceito:__________________
TOMÉ-AÇU-PARÁ
ANO - 2014
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DEDICATÓRIA
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
AGRADECIMENTO
SUMÁRIO
* INTRODUÇÃO 11
1. I CAPITULO 14
ESCOLA E FAMILIA: QUAL A RELAÇÃO?
1.1 Caracterização da família 16
1.2 Contextualização histórica sobre a escola 19
1.3 Desafios da relação família e escola 23
1.4 Objetivos comuns: escola e família 26
III CAPÍTULO 46
3. CARACTERÍSTICA DA PESQUISA
3.1 Procedimentos metodológicos 46
3.2 Características gerais da escola 47
3.3 Perfil do corpo docente 48
3.4 Perfil do corpo discente 49
4. IV CAPÍTULO 50
PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS
4.1 Procedimentos e análise dos dados coletados 50
5. Considerações 57
6. Referências bibliográficas 59
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RESUMO
O presente trabalho tem como tema: Relação, família e escola. E tem como objetivo
pesquisar sobre a importância dessa relação e suas contribuições para o desenvolvimento
da criança. Foi realizado um estudo de campo na Escola Municipal Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro no município de Tomé-Açu/Pa. Foram feitas coletas de dados em forma
de entrevista com professores e pais sobre participação da família na educação escolar dos
seus filhos. E em que medida essa parceria contribui para o desenvolvimento educacional
do aluno? A pesquisa realizada de caráter qualitativa, e de cunho bibliográfico tendo como
referencial teórico autores como, PEREIRA (2008), PRADO (1981), TIBA (1996), e outros
que discutem esta temática. Ressaltando ainda a relevante da parceria entre escola e
família quando as mesmas têm um objetivo comum, assim as crianças alcançarão o
sucesso em um ambiente saudável que estimule o seu desenvolvimento da criança.
ABSTRAT:
This work has as its theme: Relationship, family and school. And aims to research the
importance of this relationship and its contributions to the development of the child. A field
study was conducted at the Municipal School Our Lady of Perpetual Help in the city of Tome-
Acu / Pa. Data collections were made in an interview with teachers and parents about family
participation in school education of their children. And to what extent this partnership
contributes to the educational development of students? The research of qualitative
character, and bibliographic nature theoretically based authors such as, Pereira (2008),
PRADO (1981), TIBA (1996), and others discussing this issue. Also emphasizing the
relevance of the partnership between school and family when they have a common goal, so
the kids will achieve success in a healthy environment that stimulates your child's
development.
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
Segundo os autores que referem que o diálogo com a escola não se instaura
numa base de igualdade e que, individualmente, os pais não se relacionam numa
base de igualdade, fato que se acentua ainda mais quando em presença dos lugares
mais elevados na hierarquia escolar. Portanto, a escola é, com frequência,
atentamente vigiada pelos pais que lhe confiam os seus filhos com uma mistura de
confiança e de desconfiança. A escola não deve ser só um lugar de aprendizagem,
mas também um campo de ação no qual haverá continuidade da vida afetiva que
deverá existir a 100% em casa. É na escola que se deve conscientizar a respeito
dos problemas do planeta: destruição do meio ambiente, desvalorização de grupos
menos favorecidos economicamente, etc. Na escola deve-se falar sobre amizade,
sobre a importância do grupo.
A necessidade de se construir uma relação entre escola e família, deve ser
para planejar, estabelecer compromissos e acordos mínimos para que o
educando/filho tenha uma educação com qualidade tanto em casa quanto na escola.
De acordo com Pereira (2008, p.29):
A escola em sua origem era um bem que poucos podiam usufruir, pois a
educação formal era direcionada às elites dominantes, deixando o restante da
população sem os conhecimentos eruditos que eram transmitidos no ambiente
escolar. No entanto, a partir dos ideais estabelecidos na Revolução Francesa no
final do século XVIII, a educação foi estabelecida como direito de todos na maioria
dos países. Nesta perspectiva global de transformações de ideais, o Brasil teve esse
direito reconhecido somente com a Constituição de 1988, na qual foi estabelecida a
igualdade entre todos os cidadãos, e a educação, que antes era vista como dever
apenas da família, passou a ser também dever do Estado, o que favoreceu para que
a educação básica se tornasse direito fundamental para o desenvolvimento do
indivíduo.
Na perspectiva educacional, a família desempenha uma função importante na
educação formal e informal. A instituição família, bem como a instituição escolar, são
ferramentas primordiais no desenvolvimento social, emocional, cultural e cognitivo
do individuo, ao mesmo tempo em que são transmissoras do conhecimento e dos
valores éticos culturais. Sendo assim a relação entre escola e família eram
estreitamente complexos que de acordo com Duarte (2000) a inserção das mulheres
no mercado de trabalho influenciou de forma direta a criação de novas instituições
escolares, o que acarretou num distanciamento familiar, já que a mãe ficava longe
do filho durante uma parcela significativa do dia. A família deixou de ser a única
instituição de proteção da criança, pois a escola também passou a exercer o papel
de atender e educar tal indivíduo de acordo com suas necessidades. Como já foi dito
anteriormente, muitas leis e estudos ditam os direitos estabelecidos às crianças,
contudo é válido ressaltar que ambas as instituições, escola e família, passaram a
dividir o dever de auxiliar a criança e adolescente em seu desenvolvimento social e
cognitivo.
Diversas são as relações que escolas e famílias desempenham no
desenvolvimento do indivíduo, em que a família é vista como a primeira e principal
instituição de aquisição de valores e cultura, que prepara o indivíduo para as demais
relações que irá estabelecer posteriormente, como foi citado anteriormente. A partir
desses pressupostos, a escola, juntamente com a família, detém diversas
atribuições na formação integral do indivíduo, tal como A família é essencial para o
desenvolvimento do indivíduo, independentemente de sua formação. É no meio
familiar que o indivíduo tem seus primeiros contatos com o mundo externo, com a
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A relação entre escola e família enfrenta diversos desafios, que muitos estão
relacionados com o papel e responsabilidade que cada instituição possui na
formação integral da criança. A instituição escolar tem que se preparar para
enfrentar os desafios que o mundo exterior está proporcionando ao meio familiar e
essa situação acaba gerando uma série de sentimentos conflitantes, não só entre
pais e filhos, mas também entre os próprios pais. Em vista disso é que destacamos a
necessidade de uma parceira entre família e escola, visto que, apesar de cada um
apresentar valores e objetivos próprios no que se refere à educação de uma criança,
necessita uma da outra e quanto maior for a diferença maior será a necessidade de
relaciona-se.
Contudo, a família, em consonância com a escola e vice-versa, são peças
fundamentais para o pleno desenvolvimento da criança e consequentemente são
pilares imprescindíveis no desempenho escolar. Entretanto, para conhecer a família
é necessário que a escola abra a suas portas e que garanta sua permanência.
Nesse sentido, Bertrand (1999, p.29) afirma que:
Para haver aprendizagem significativa o aluno precisa ter uma disposição para
aprender e o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser potencialmente
significativo, ou seja, ele tem que ser social, lógico e psicologicamente significativo.
Mas é na vivência das aprendizagens que elas realmente ganham sentido. O aluno
aprende enquanto vive e vive enquanto aprende. É nessa perspectiva que a família
é espaço de aprendizagem e de ensino e fica, portanto, evidenciado que se o
educando aprende sem o acompanhamento da família.
A escola muitas vezes é tomada pela sombra da descrença de alguns
professores que pensam que se a família não dá importância para a educação dos
próprios filhos, não caberia ao professor ir além do seu mero afazer. E o mero afazer
incorpora toda a burocracia e fazer destituído de sentido, de amor, de cor, de
alegria, de esperança e de vida inerentes à prática educacional. Embora isso possa
ter alguma lógica, não é razoável porque o ofício do professor está para além dos
desafios que lhe são impostos, inclusive o da ausência da família.
Da mesma que é preciso uma mudança na postura da família, também é
preciso que a escola aprenda a conjugar suas funções estabelecendo prioridade
sobre aquilo que lhe é mais próprio. Jamais se pretende, por exemplo, dizer que
uma escola da zona rural não deve ensinar orientação para o trânsito, porém, é que
a escola concentre mais esforços na promoção da aprendizagem significativa, na
formação crítica do educando, na preparação para a vida; na melhoria das
condições de trabalho e na valorização do magistério. Nesse sentido, Freire (In:
TORRES, 1979, p. 18) afirma que “A ação educativa não pode prescindir do
conhecimento crítico desta situação, sob pena de se tornar ‘bancária’ ou de pregar
no deserto.” De fato, não se pode esperar nenhum ânimo ou alegria de um professor
que trabalha carregado pela miséria que sua remuneração o limita. Da mesma
forma, só ensina com qualidade, independe de remuneração ou condições de
trabalho, quem tem qualidades.
É com qualidade, boa remuneração e condições de trabalho que o professor
deve, na alegria de ser professor, desenvolver projetos que promovam o retorno da
família ao espaço escolar, não como observadora, como comumente se faz, mas
como ente participativo e condição para a efetivação do sentido comunitário e
democrático que a escola deve ter. Um dos pilares da sociedade, a família deve
prezar pela valorização da instituição escolar e defender, com sua presença e
participação ativa, políticas educacionais que viabilizem a efetiva função social da
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merendeira e outros que também fazem parte do contexto escolar. São todos
educadores, apesar de, muitas vezes, não saberem disso.
A família tem o papel de estimular no filho o comportamento de estudante e
cidadão e o da escola seria orientar aos pais nos objetivos que a escola espera que
o aluno atinja e de criar momentos para que essa integração aconteça. Para Içami
Tiba (2007, p.63):
CAPÍTULO II
A IMPORTANCIA DA FAMÍLIA NO CONTEXTO ESCOLAR
É preciso conhecer os alunos para entender quais são suas habilidades e suas
dificuldades, com o intuito de ajudá-los em seu aprendizado. Para isso, também é
importante a aproximação das famílias com os docentes da escola. Para entender o
ambiente familiar no qual as crianças vivem, as histórias familiares de cada um, se
recebem apoio e ajuda em casa nas tarefas escolares. Assim, o diálogo é a chave
para termos acesso às informações, que serão de grande valor para a prática
docente para desempenhar seu trabalho, sabendo das necessidades, dificuldades,
sobre a vida escolar das crianças.
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A sociedade está passando por uma profunda crise ética e moral, porque a
prática dos valores humanos foi esquecida. Vivemos em momentos de tensão,
correrias e o tempo sempre sendo o inimigo para ser combatido. E com isso muitos
pais não têm dado atenção devida a família. O tempo de dedicação é pouco.
Definindo valores humanos como um conjunto de qualidades que nos distinguem
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Entretanto, estas ações concretas, visando atrair os pais para a escola, podem ser
uma ótima saúde para formar melhore os alunos dentro dos padrões de estudos
esperados em no sentido da cidadania.
Esse fator apontado por Paro (2007) como prejudicial à integração família e
escola é a comunicação ineficiente. Em relação a isso, ele afirma que a
comunicação eficiente entre a família e a escola está muito distante da realidade
atual, e que os valores importantes no que diz respeito ao ensino ficam prejudicados
nesse tipo de relação. De acordo com o mesmo autor, a falta de iniciativa dos
educadores contribui de maneira significativa para este quadro. Para ele, os
docentes deixam a desejar nas atitudes, além de haver escassez de trabalho em
conjunto com a família dos alunos. As barreiras culturais são outros fatores que
dificultam aproximação da família e escola Deste modo, é necessário que
professores e diretores desenvolvam habilidades e ações que explorem os
diferentes níveis de experiências, conhecimentos e oportunidades dos pais visando
uma implementação mais efetiva do envolvimento família e escola.
Os docentes não têm iniciativa de trabalho junto à família do aluno, e que esta
também é carente de habilidade e incentivo para que os filhos tenham bons hábitos
escolares. Desta forma e nas palavras de Marques (citado por Villas-Boas, 2001,
p.119):
Parece caber à escola dar o primeiro passo no sentido de preencher
a lacuna existente em termos de comunicação positiva não só entre a
escola e a família, mas também entre estas e a comunidade, mas
esta comunicação não deverá fazer-se num sentido único, sendo
desta forma fundamental que os professores sintam necessidade de
ouvirem os pais e partilharem com eles algum poder de decisão.
Entende-se que a escola tem que caminha, frente aos novos desafios, embora
que a precariedade de condições das classes menos favorecidas economicamente
influencia de maneira negativa no processo educacional, e que isso aliado à falta de
interesse do educador em resocializar o aluno e de trazer a família para dentro da
escola, ajuda a potencializar ainda mais os problemas que assolam o sistema
educacional brasileiro.
ora podendo um ter mais destaque do que o outro. Esses múltiplos elementos não
se somam uns aos outros, mas se combinam para criar a realidade. Para que um
aluno venha a ter sucesso escolar, todos os fatores devem atuar em conjunto. Eles
não são determinantes, pois, mesmo estando presentes na vida de uma pessoa, não
são garantia de sucesso. Quanto maior a diversidade de fatores do cotidiano escolar
mais enriquecido torna-se o desenvolvimento infantil. Como enfatiza o documento
Parâmetros de Qualidade para a Educação Infantil (MEC, 2006, p.15):
CAPÍTULO III
CARACTERÍSTICA DA PESQUISA
CAPÍTULO IV
PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS
los, o esforço de detectar tais problemas tornam-se nulos, impedindo que a escola e
o professor possam intervir para o sucesso do educando.
CONSIDERAÇÕES
A Família tem que estar em estreita ligação com a escola e com os filhos, para que
tudo funcione numa cuidada articulação entre estes três distintos polos.
O trabalho aparentemente, não demonstrou um grande desequilíbrio na relação
entre família e escola, porém, uma parcela muito pequena demonstrou ter
conhecimento do Projeto Político Pedagógico da escola em questão e outras
atividades e eventos que a escola promove. Sendo assim, a sociedade necessita de
uma parceria de sucesso entre a família e a escola, pois só assim poderá,
realmente, fazer uma educação de qualidade e que possa promover o bem estar de
todos. Só assim se poderá alcançar uma sociedade coerente em que seus agentes
conheçam e cumpram seus papéis em todos os processos, sobretudo, no processo
educacional, sem deixar de lado o familiar e o social.
Tanto a família quanto a escola são referenciais que embasam o bom
desempenho escolar, portanto, quanto melhor for o relacionamento entre estas duas
instituições mais positivo será esse desempenho. Todavia, a participação da família
na educação formal dos filhos precisa ser constante e consciente, pois vida familiar
e vida escolar se complementam. Com base nos depoimentos de pais e professores
acreditamos que o desempenho escolar das crianças melhorará a partir do bom
relacionamento entre família e escola.
A família, em consonância com a escola e vice-versa, são peças fundamentais
para o pleno desenvolvimento da criança e consequentemente são pilares
imprescindíveis no desempenho escolar. Entretanto, para conhecer a família é
necessário que a escola abra suas portas, intensificando e garantindo sua
permanência com projeto, atividades, eventos ou reuniões mensais, que permitem
às famílias compreenderem a necessidade de estimularem os filhos para levar mais
a sério a escola.
Através das respostas das professoras, a família precisa compreender que não
precisam esperar serem chamados para comparecerem à escola e que incentivando
os filhos a fazerem o dever de casa estão favorecendo o bom desempenho escolar
dos mesmos.
Entende-se que se cada um cumprir seu papel, um completa o outro, não serão
necessárias cobranças e não haverá uma sobrecarga nem da família e nem da
escola. Não apenas as duas entidades precisam definir-se, mas também é preciso
deixar bem claro para a criança a função de cada um para que ela possa buscar de
forma correta a ajuda para seus conflitos.
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Não existe uma fórmula mágica para se efetivar a relação família e escola,
pois, cada família, cada escola vive uma realidade diferente. Igualmente, a interação
família e escola se faz necessário para que ambas conheçam sua realidades e
construam coletivamente uma relação de diálogo mútuo, buscando meios para que
se concretize essa parceria, apesar das dificuldades e diversidades que as
envolvem. O diálogo promove uma maior aproximação e pode ser o começo de uma
grande mudança no relacionamento entre a Família e a Escola. A importância da
educação na vida de um cidadão, a responsabilidade familiar de educar e cuidar dos
filhos e a consciência dos efeitos positivos da presença assídua da família na escola
sobre o desempenho escolar dos filhos.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. 4ed. São
Paulo:Cortez, 2008.
TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. - 1ª edição. São Paulo: Editora
Gente, 1996.
PARO, V. H. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais. São Paulo: Xamã, 2007.