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Aprendiz Maçom: Telmo Carvalho Barcelos .’.

TRABALHO SOBRE AS DOZE COLUNAS MAÇONICAS

Para tentar explicar a presença, em nossos templos Maçônicos dos


signos do zodíaco nas colunas onde se encontram representados, igualmente,
os quatro elementos da natureza [Terra, Água, Fogo e Ar] e os planetas e
astros conhecidos desde a mais remota Antigüidade [Marte, Vênus, Mercúrio,
Júpiter, Saturno, Sol e Lua], apresentarei o trabalho sobre as Dozes Colunas
Maçônicas.

Sobre a Astrologia

A Astrologia aponta que o Sol, a Lua, e os astros em órbita na abóbada


celeste causam diferenciações de personalidade aos nascidos a cada dia de
todos os meses e anos, e a literatura maçônica demonstra o conhecimento e a
absorção dessa ciência solar superior em seus ensinamentos, dando a
entender que Maçonaria e Astrologia tiveram origem numa mesma fonte.

O Duodenário Maçônico

Sabemos que a abóbada celeste é parte integrante de todo e qualquer


templo maçônico que se preze e, de igual modo, sabemos que os números e
suas relações internas de caráter ocultista retratados nos ensinamentos
maçônicos formam a base de um sistema teórico que foi elaborado
especialmente em combinação com o conhecimento cabalístico. Neste
contexto, a abóbada celeste e o duodenário maçônico são nosso exemplo final
do entrelaçamento maçônico e astrológico.

O duodenário maçônico corresponde às doze casas zodiacais, não só


porque o ano se torna o protótipo de todos os ciclos nas fases da vida humana
e das iniciações maçônicas, mas porque o número doze é significativo na
história da humanidade.

Quem dentre nós poderá explicar porque todo o reino animal, vegetal e
mineral, inclusive o subumano encontra-se ajustado ao Doze?

Vejamos alguns exemplos. A Terra faz uma órbita do sol através dos 12
signos do zodíaco; 12 são os meses do ano; 12 foram os filhos de Jacob que
fundaram as 12 tribos de Israel; 12 foram os Cavaleiros da Távora Redonda do
Rei Arthur; 12 foram as divisões do Templo de Salomão; 12 foram os Trabalhos
de Hércules; Osíris, o rei-deus egípcio, tinha 12 discípulos; Jesus teve 12
discípulos; Sidharta Gautama [O Buda] teve 12 discípulos; 12 era o número dos
deuses gregos do Olimpo; usamos 12 para designar uma dúzia e usamos 12
polegadas para um pé em nosso sistema de pesos e medidas; 12 são as luas
novas do ano; foram 12 os reis do lendário e perdido continente de Atlântida;
há na medicina homeopática 12 sais minerais básicos e muitas frutas e
vegetais, em seu estado natural, crescem em 12 seções. Será tudo apenas
coincidência?

Nas lojas maçônicas, cada um dos pentaclos encontrados nas colunas,


caracterizando um signo, um planeta e um dos elementos da natureza,
evidencia um simbolismo que está a merecer maiores considerações dos
estudiosos das duas áreas de conhecimento humano: Maçonaria e Astrologia.

Assim, cada uma das colunas, em sentido horário, apresenta um


pentaclo simbolicamente explicado como sendo relativo aos maçons em sua
evolução na senda maçônica.

Podemos referenciar na coluna I, o signo de Áries [Fogo-Marte], o ardor


iniciático a procura da iniciação e do iniciado;

na coluna II, de Touro [Terra-Vênus], a elaboração interior ou o profano


admitido às provas iniciáticas;

na coluna III, de Gêmeos [Ar-Mercúrio], a vitalidade do neófito


recebendo a luz;

na coluna IV, de Câncer [Água-Lua], o iniciado que se instrui ou o


iniciado assimilando os ensinamentos iniciáticos;

na coluna V, de Leão [Fogo-Sol], a razão aplicada exercendo crítica


severa sobre todas as lições iniciáticas recebidas ou o iniciado julgado, por si
próprio, as idéias que acaba de conceber;

na coluna VI, de Virgem [Terra-Mercúrio], o homem iniciado maçom


reunido os materiais de construção para desbastar a pedra bruta e talhá-los
segundo seu destino.

Na coluna VII, temos o signo de Libra [Ar-Vênus], representando o


Companheiro em sua maturidade e apto a desenvolver o máximo de atividade
laborativa;

na coluna VIII, de Escorpião [Água-Marte], a massa aquosa em


fermentação, os elementos da construção vital em dissociação atraída por
combinações novas, a desorganização revolucionária, o Sol mergulhando em
queda de um para outro hemisfério. Maçonicamente representa o conluio dos
maus companheiros que feriram Hiram de morte;

Imaginemos que Hiram represente o Sol. O que nos narra a lenda?


Narra-nos que o primeiro Companheiro atinge o Mestre com uma régua de 24
polegadas ― imagem das 24 horas que dura cada revolução diurna: primeira
disposição do tempo que, após a exaltação do Sol, atenta contra o mesmo, na
medida em que se aproxima a noite.

O segundo ferimento é feito com um esquadro de ferro, instrumento este


onde figura a intercessão de duas linhas retas, a dividirem em quatro partes
iguais o círculo zodiacal, cujo centro significa o coração de Hiram, onde se
juntam os quatro ângulos que dividem o círculo zodiacal por quatro estações.
Novo ciclo. Nova distribuição de tempo.

O terceiro Companheiro o fere mortalmente na testa com um golpe de


malho, cuja forma cilíndrica lembra-nos um anel, ou melhor, um ano, terceira
distribuição do tempo, cuja conclusão coincide com o último golpe na existência
do Sol.
na coluna IX, de Sagitário [Fogo-Júpiter], os obreiros da arte real
abandonados, sem direção, se lamentam e dispersam-se à procura do corpo
do Mestre imolado;

na coluna X, de Capricórnio [Terra-Saturno] simboliza a descoberta do


túmulo de Hiram;

na coluna XI, de Aquário [Ar-Saturno], os elementos constitutivos se


recompõem na terra adormecida, simbolicamente representada pela
ressuscitação do cadáver de Hiram;

e na coluna XII, de Peixes [Água-Júpiter], Hiram é levantado e torna a si,


significando que a “palavra perdida” foi encontrada. O Companheiro
suficientemente instruído alcança a maestria maçônica e está apto a
reencentar nova caminhada pelos signos do zodíaco, ensinando e aprendendo
com os novos Aprendizes.

A Astrologia transmite a existência de quatro regras fundamentas de


conduta do Maçom: Calar [Terra] no quadrante de Primavera; Querer [Fogo] no
quadrante de Verão; Ousar [Ar] no quadrante de Outono e Saber no quadrante
de Inverno [Água], simbolizando a evolução do iniciado-maçom em sua
trajetória da base do quaternário para o ápice da pirâmide ou da Essência
divina.

Conclusão

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