GNOSIS

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A palavra Gnosis origina-se do Grego e significa "conhecimento, sabedoria", que se

transmite e se adquire por tradição e mediante ritos de iniciação.
Não deve, contudo, ser confundida com conhecimento comum e corrente que possamos
adquirir através de nosso intelecto; nunca chegaremos a ela somente através de aulas,
apostilas, livros etc.
Gnosis é o conhecimento que brota de nosso interior de forma intuitiva e natural,
independente de raciocínios, conceitos, teorias, ou qualquer outro processo mental. Um
estudante gnóstico poderá valer-se de tais recursos a fim de dar os primeiros passos,
poderá acumular muitas teorias sobre tal conhecimento, entretanto, passará a
compreendê-lo verdadeiramente somente através de fatos, através da prática.
Os conhecimentos secretos do Egito, a filosofia helênica, o judaísmo e o
cristianismo produziram um movimento único na história da humanidade: o sincretismo de
numerosas doutrinas e religiões.
O gnosticismo nasceu dessa crença largamente propagada, de que a revelação e a
sabedoria do divino não criam prerrogativas de um povo em particular, pelo contrário,
deviam estar espalhadas em todas as nações civilizadas e, desde então, todas as
religiões continham parte dessa grande verdade, da qual o Cristo era sua máxima
manifestação.
Foram gnósticos os antigos cristãos, os antigos maçons, os antigos rosa-cruzes, os
templários, os druidas, os alquimistas medievais etc. Foram gnósticos Fu-ji, Zoroastro,
Krishna, Maomé, Jesus, Pitágoras, Hermes Trismegisto, Paracelso, Dante Alighieri,
Virgílio e tantos outros seres que, em épocas e rincões diversos, trouxeram a luz da
Gnosis, que brotou de seu ser, para a humanidade.
São livros de sabedoria gnóstica os Vedas, o Alcorão, a Bíblia judaico-cristão, o I
Ching, o Baghavad Gita, etc. Um dos livros mais importantes para o estudo profundo do
gnosticismo é a Pistis Sofia, recentemente descoberto em manuscritos coptos, cuja
autoria é atribuída ao apóstolo Felipe, que o teria escrito conforme ditado pelo próprio
Mestre Jesus.
O Dr. Arnold Krumm-Heller, em seu livro "A Igreja Gnóstica", afirma que vários
grandes iniciados gnósticos foram, ao mesmo tempo, santos da Igreja Romana, e
escreveram seus ensinamentos em grego.
Podemos associar o gnosticismo histórico às primeiras civilizações de nosso
planeta, entretanto a Gnosis transcende as barreiras do tempo e do espaço.
No Brasil, o gnosticismo foi introduzido na transformadora década de 60. A maioria
das instituições gnósticas brasileiras funciona como Associações que desenvolvem suas
atividades em três níveis: Exotérico, Mesotérico e Esotérico.
O logotipo oficialmente adotado pelas instituições gnósticas em todo o mundo é o
emblema de uma águia que devora uma serpente, enquanto pousada sobre um cacto. A
figura assemelha-se ao desenho central da bandeira nacional mexicana, adotada como
símbolo das instituições gnósticas por seu profundo simbolismo, pois a águia é o próprio
espírito e a serpente simboliza o trabalho de regeneração e transformação que todo
iniciado deve aprender.
O cacto (nopal) representa, com seus espinhos, o sacrifício e o padecimento
voluntário que deve haver no caminho estreito do "religare". O nopal é tradicionalmente
conhecido no México, onde costuma nascer sobre a rocha dura (a pedra).
 A SABEDORIA
Gnosis é a CIÊNCIA como meio de comprovação, FILOSOFIA como expressão
superior de transcendental conteúdo, ARTE na composição do belo em formas visíveis e
invisíveis e RELIGIÃO quando busca a reunificação com o REAL SER INTERNO.
A Gnosis não é contra qualquer religião, escola ou seita, pois segundo Dr. Samael
Aun Weor, "todas as religiões são pérolas engastadas no fio de ouro da Divindade".
No Gnosticismo estuda-se a Ciência Religiosa e a Religião Científica, pois, em sua
concepção, a Religião sem Ciência produz dogmatismo e fanatismo, já a Ciência sem
Religião produz o materialismo cético.
Toda esta doutrina, como anteriormente citado, sustenta-se em 4 pilares: CIÊNCIA,
FILOSOFIA, ARTE e RELIGIÃO . Todo o conhecimento transcendente acessível ao ser
humano se assenta em um destes pilares. Cada pilar do conhecimento possui uma
quantidade de ramificações e derivações.
O grande equívoco do homem atual é considerar um avanço as especializações de
cada um; lamentavelmente isso criou sérias limitações ao indivíduo, gerando uma
instransponível barreira entre os quatro pilares do saber. Basta lembrar que outrora os
grandes mestres da humanidade eram sábios, sendo matemáticos, filosóficos, cientistas,
artistas e sacerdotes; exemplos não faltam na história, tais como Sócrates, Pitágoras,
Leonardo da Vinci e outros.
Gnosis como CIÊNCIA é a experimentação ou conhecimento objetivo das coisas. O
objeto de estudo é o Universo inteiro, tudo quanto existe, utilizando-se de técnicas
próprias tais como Meditação Científica, dentre outras.
O Gnosticismo estuda as coisas por si mesmas, mais além de seu aspecto
tridimensional. Transcende as simples hipóteses e suposições e estabelece uma
revolução cultural-espiritual com uma didática e uma dialética que serve exatamente a
uma ideologia da Era que se inicia.
Estudaremos a Astrogenética que é a astrologia totalmente diversa da numérica e
tradicional que se encontra por aí. Estuda a Cosmogênese e conhece objetivamente a
origem dos mundos, sóis e, particularmente, o Sistema Solar de Ors, onde vivemos e
temos o nosso Ser.
Estudaremos a Matéria e a Antimatéria, a constituição dos átomos e outras questões
totalmente ignoradas pela ciência oficial. A máquina humana em sua condição
tricerebrada, com seus 5 cilindros (intelectual, motriz, emocional, instintivo e sexual).
A ARTE é um perfeito veículo da Gnosis, visto que busca a beleza em todas as suas
manifestações. Em todas as obras da literatura universal, na produção dos gênios da
música, da pintura, da escultura e da arquitetura esta sabedoria esteve presente.
Encontramo-la nas pirâmides e emtodos os obeliscos do Egito, no México Antigo, na
cultura dos Maias, nas relíquias arqueológicas dos Aztecas, Zapotecas, Toltecas, nas
pinturas de Michelangelo, nos hieróglifos do Egito, da China, na Fenícias, entre os
Assírios etc. E, acima de todas, a Arte Régia da natureza , objetiva e real.
Como FILOSOFIA, a Gnosis se manifesta em seu aspecto mais elevado, através de
uma Lógica Superior. A Filosofia, apesar de suas divisões (Lógica, Gnosiologia, Ética,
Estética, etc) é, por si mesma reflexão evidente, cognição mística do Ser, funcionamento
claro da consciência desperta. Seu método é a introspecção que nos conduz ao
conhecimento direto.
A filosofia esotérica jamais acreditou na infalibilidade e onipotência da Lógica
Aristotélica. É necessário compreender que a Lógica Superior já existia antes que os
métodos indutivos e dedutivos fossem formulados. Esta é a lógica da intuição, a lógica do
infinito, do êxtase.
Gnosis como RELIGIÃO é a mística, em sua forma mais profunda, estudando-se a
Ciência das Religiões.
 A verdadeira religião está em toda a Natureza, o gnosticismo vai ao âmago religioso,
busca o "religare", o querer ligar, o tornar a ligar a Essência (Alma da Cosnciência) com
Deus (O Espírito), o Real, o Todo, ou como queira a cultura de cada povo; nisto implica
trabalhos intensos, porque temos de eliminar tudo o que há de egoísta, só assim será
possível o "religare" de que nos falam os antigos. A religiosidade gnóstica é
completamente científica, é altamente filosófica, profundamente artística.
Busca-se a Seidade, o Divinal dentro de nós, de forma que, se não descobrirmos a
isto que é o Real em nosso interior, não o descobriremos em parte alguma.

A REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA

Na concepção gnóstica, o Despertar da Consciência é o meio pelo qual se chega à

Auto-Realização Íntima do Ser, seria a própria razão final de nossa existência.
O Despertar da Consciência se daria através da vivência dos Três Fatores de
Revolução da Consciência:
1)Morte Psicológica: morte do ego, dos eus psicológicos (Luxúria, Orgulho, Ira,
Preguiça, Cobiça, Inveja, Gula). No Egito, os egos eram conhecidos como Demônios
Vermelhos de Seth; no Tibete foram denominados Agregados Psíquicos; Jesus, o Cristo,
os denominava Legião. Estes defeitos psicológicos submeteram nossa Consciência a um
sono profundo, do qual devemos desperta-la.
2)Nascimento Alquímico: corresponde à sábia manipulação das energias criadoras,
indispensável ao desenvolvimento da consciência. Conhecido nas antigas Escolas de
Mistérios como Alquimia, Pedra Filosofal, Matrimônio Perfeito etc.
3)Sacrifício pela Humanidade: é a entrega do ensinamento à humanidade, com amor
e sabedoria. O sacrifício pela humanidade nos põe em sintonia com forças superiores da
criação, necessárias para o trabalho de desenvolvimento interior.
Através deste ensinamento, busca-se desintegrar as debilidades e vícios, traumas e
fobias, bem como eliminar os defeitos (luxúria, orgulho, ira, inveja, preguiça, cobiça, gula),
que são os agressores psicológicos que tanto aflige e faz sofrer a humanidade.
O instrutor, devidamente habilitado, ensinará métodos para a dissolução desses
agregados e defeitos psicológicos, que possibilitará ao estudante - que perseverar - a
integração psíquica.

Enviada: David Lorenzo Soto Lepe

Loja “Friedrich Ludwig Schröder” Nº 177