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José Eduardo Stamato, M∴I∴ ARLS Hórus 3811, REAA. Santo André – Grande Oriente
de São Paulo, Brasil
Hoje, os termos gnóstico ou agnóstico não são de uso comum, não fazem parte de
nossa linguagem quotidiana. Normalmente os termos de pouco uso tem o risco de
terem seu conceito deformado e desviado do seu real significado, sendo deturpado
e mal compreendido com o passar do tempo, principalmente quando seu significado
envolve conceitos que possam sustentar opiniões divergentes dos diversos
interesses particulares de estruturas sociais ou filosóficas instituídas.
Eram ávidos escritores deixando vários textos em sua época, porém, dado suas
ideias avançadas (como livre pensadores) e como não se submetiam a dogmas
temporais, não eram estimados, pois ameaçavam, ou melhor, suas ideias
incomodavam e punham em risco as instituições existentes, o que causou uma
incansável perseguição e destruição de sua literatura (gnóstica), pelos
queimadores de livros e caçadores de hereges da Igreja.
Não se intitularam gnósticos, mas assim foram denominados por não serem
cristãos, nem judeus ou seguidores de tradições de antigos cultos, mas pessoas
que compartilhavam entre si certas atitudes perante a vida, consistindo isso na
convicção de que o conhecimento directo, pessoal e absoluto das verdades
autênticas da existência é acessível aos seres humanos e que a obtenção de tal
conhecimento deve sempre constituir a suprema realização da vida humana. Clement
de Alexandria (150 / 220 A.D., data imprecisa) designa gnose como “o
conhecimento de quem somos, o que nos tornamos, onde estamos, em que lugar fomos
colocados; onde fomos precipitados, onde somos redimidos; que é nascimento, que
é renascimento”. É uma espécie imediata de conhecimento que penetra na
consciência como um lampejo sem esforço do raciocínio, uma iluminação da
consciência. Essa aquisição de conhecimento, essa revelação intuitiva pode ser
possibilitada pela realização de rituais e cerimónias.
NOTAS
(1) Termo criado por Huxley (Thomaz Henrique), fisiologista inglês (1825-1895).
(2) Antónimo – qualificativo das palavras de significação oposta.
Sinónimo – diz-se da palavra que tem quase a mesma significação que outra.
(3) Sistema filosófico que combina os princípios de diversas sistemas;
ecletismo; amálgama de concepções heterogéneas.
Ecletismo – tendência filosófica resultante, em geral, do conflito de culturas e
do embate das ideias e que a escolher em cada sistema o que parece mais
consentâneo com a verdade.
BIBLIOGRAFIA
A Gnose de Jung – Stephan A. Hoeller – Ed. Cultrix
Enciclopédia e Dicionário Internacional – W.M. Jackson, Inc.
Os Cátaros – René Nelli – Edições 70 (Lisboa – Portugal)
Os Cátaros e a Reencarnação – Arthur Guirdham – Ed. Pensamento
Provença – Helyette Malta Rossi – FEEU (Fundação Educacional e Editorial
Universalista – Porto Alegre – RGS)
Fonte: maçonaria.net