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- MAIÊUTICA: do grego, maieutiké, trabalho de parto. Sócrates afirma que, se sua mãe era parteira de crianças, o filósofo era parteiro
de ideias: a maiêutica seria o trabalho filosófico de despertar nos homens o pensamento, de maneira que eles são levados a reconhecer
a própria ignorância.
- MATERIALISMO: diversas correntes de pensamento que têm em comum a crença de que o mundo material é anterior e independente
de qualquer consciência. Os materialistas mais radicais chegam, inclusive, a reduzir a consciência à matéria.
METAFÍSICA: significa, literalmente, “além da física”, isto é, “além da natureza”, já que physis significa “natureza.” Metafísica é a
pretensão do conhecimento de ultrapassar o campo da experiência possível, da aparência das coisas, para entender aquilo que se oculta.
No mundo clássico e medieval, a metafísica é o campo da filosofia que investiga as causas gerais e essências do Ser (ontologia, aqui
parte da metafíscia), o ser humano em seu aspecto geral, e não suas particularidades e investiga também tudo que diz respeito ao divino.
É Kant que impõe limites à metafísica, ao mostrar que a razão coloca para si questões que não podem ser respondidas.
- MITOLOGIA: conjunto de mitos de uma determinada tradição. Geralmente, são criações coletivas, transmitidas oralmente e de
origem cronológica indeterminada, recorrendo ao mistério e ao sobrenatural para explicar a realidade. No mundo contemporâneo, a
palavra “mitologia” costuma ser associada ao erro ou ao engano.
- MORAL: do latim moralis, costumes. São os costumes, valores e normas de uma sociedade ou cultura, diferente da ética, que
considera a ação humana em seu sentido mais abstrato e reflexivo.
- NIILISMO: do latim nihil, nada. Em Nietzsche, designa a crença de que os valores ocidentais (progresso, Deus, ciência, razão)
representam a decadência da Europa, pois seriam a própria consagração do nada. O niilismo de Nietzsche nos leva a defender valores
que afirmem a vida.
- NOMINALISMO: corrente filosófica que se origina na Idade Média, com Guilherme de Ockham, e cuja proposição básica é a crença
de que as ideias ou conceitos universais não possuem existência real. Pelo contrário, não passam de nomes.
- NÚMENO: em Kant, significa a coisa-em-si, a realidade em si mesma, e não a realidade para nós, isto é, concebida a partir do que
nossa mente é capaz de pensar.
- ONTOLOGIA: designa o estudo de uma questão fundamental da metafísica, a questão do “ser”. Alguns autores colocam a ontologia
como parte da metafísica, enquanto outros colocam-na como equivalente a ela.
- ORTODOXIA: vem de orto, que significa correto, e doxa, que significa opinião. A ortodoxia é a maneira como uma concepção
religiosa, política ou filosófica consideram-se corretas.
- PATRÍSTICA: termo que designa a filosofia dos “pais” da Igreja Católica, os apologetas, cujo principal expoente é Santo Agostinho.
A Patrística, sucedida pela Escolástica, representa a formação da base filosófica da doutrina cristã, sendo dominante entre o fim do
Império Romano e o advento da escolástica.
- PRÁXIS: em Marx, designa a maneira pela qual o homem, ao transformar a natureza pelo seu trabalho, também se transforma a si
mesmo.
- RACIONALISMO: corrente filosófica que, privilegiando a razão como fonte de todo conhecimento possível, nos séculos XVII e
XVIII opôs-se ao empirismo ao pensar que o conhecimento não deriva totalmente da experiência, existindo, de acordo com Descartes,
ideias inatas que, sendo a priori, dispensam as sensações.
- RAZÃO: “A capacidade de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso, que é o que propriamente se denomina o bom senso ou
razão, é naturalmente igual em todos os homens" (Descartes, Discurso do método, I)
- SOFISMA: raciocínio incorreto ou enganador, que produz uma ilusão de verdade. O nome deriva dos sofistas, professores de filosofia
da Grécia Antiga, muito criticados por Sócrates.
- SUPER-HOMEM/ALÉM-DO-HOMEM: em alemão, Ubermensch: designa, em Nietzsche, o homem superior, livre de todo medo
e ressentimento, que não procura além das estrelas uma razão para viver, que supera-se a si mesmo e vive de acordo com sua liberdade
e potência.
- TABULA RASA: expressão utilizada por John Locke para se opor ao inatismo, defendendo que todo conhecimento humano provém
da experiência.
- TRANSCENDENTAL: em Kant, a filosofia transcendental é aquela que se ocupa com as condições de possibilidade de
conhecimento, isto é, do que é possível à razão conhecer. A Revolução Copernicana de Kant é, justamente, quando a filosofia passa a
se ocupar com as possiblidades da razão.
- UTILITARISMO: doutrina filosófica que, segundo Stuart Mill, defende que "as ações são boas quando tendem a promover a
felicidade, más quando tendem a promover o oposto da felicidade".
- UTOPIA: termo criado por Thomas Morus em 1516 significando o “não lugar”. Nesse livro, utopia designa uma ilha perfeita onde
todos viveriam felizes. Atualmente o termo designa o projeto de uma sociedade ideal e perfeita. No sentido negativo, utopia é algo
irreal, fantasioso. No sentido positivo, a utopia é entendida como aquilo que nos move: mesmo que a perfeição não seja atingida, é
preciso busca-la e tê-la em vista para que exista progresso ou mudança.