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As Virtudes e Vícios

Escolhi este tema pois, acredito que , enquanto Ap.’., cada passo dentro de nossa Ordem ,
deve ser pesquisado , compreendido e postulado aos queridos IIr.’. , e, contudo, em conjunto,
tentarmos consenso na interpretação destas duas palavras que conotam uma das mais
discutidas dualidades inversas de nossa vida.
ou até mesmo, pelo fato do desconhecimento profundo e misterioso que ambas as palavras
nos submetem no dia a dia, na vida social e maçônica. Relembro neste momento as seguintes
perguntas:
O que entendeis por Virtude?
O que Pensais ser o Vício?

Como Homens livres e de bons costumes, entendo que além do sagrado dever de levantarmos
templos a Virtude e cavarmos masmorras aos Vícios, devemos saber interpretar ambas as
questões, para que no dia a dia, não sejamos submetidos ao despertar de nossa ignorância
quando perguntado sobre seus significados. Daí, minhas conclusões que explano a
seguir.Comecemos com a Virtude, em suas definições Filosóficas, que nos levam a entender
como um estado de Comportamento do Homem:
um dos significado diz respeito às habilidades próprias do ser humano, como tocar um
instrumento musical, saber usar uma ferramenta, saber escrever, pintar, ler, raciocinar
logicamente etc. São, na verdade, destrezas, habilidades ou capacidades de execução de
alguma atividade, adquiridas através de exercícios e experiências, tanto em nível corporal
como em nível mental. São as qualidades adquiridas pelo aprendizado.
Outro significado que e sentido de virtude diz respeito ao comportamento moral resultante do
exercício do livre arbítrio e, portanto, diz respeito exclusivamente ao homem. É exatamente
desse sentido, o comportamento moral, que nos interessa como Maçons, pois somente ele diz
respeito exclusivamente à educação do espírito, uma tarefa extremamente valorizada dentro
da Maçonaria porque conduz ao comportamento moral, ao amor e a generosidade.
Comportamento moral é a pratica da solidariedade humana em todos os sentidos, e que pode
ser manifestada de infinitas maneiras, pois são infinitas as maneiras que nos podem conduzir
na pratica da solidariedade. Podemos, por exemplo, trabalhar com dedicação para tirar o
homem de sua ignorância, podemos ajudar o nosso semelhante a superar suas necessidades
materiais, podemos nos colocar ao lado do nosso semelhante em suas dores mais profundas,
podemos estar ao lado dele quando abatido em seus males corporais, enfim há vários meios
de praticar a solidariedade.Para que um determinado comportamento moral possa ser
considerado uma virtude não é suficiente à prática de atos morais esporádicos ou isolados.
É necessário antes de tudo haver uma continuidade, um hábito, um estado de espírito sempre
ativo e presente na consciência, a cada dia e a cada momento.
Dentro do Comportamento Moral, podemos acrescentar o próprio comportamento social que
vivemos para fazermos valer na tríade Liberdade, Igualdade e Fraternidade , onde cujas são
por excelência, os elementos para construir em nosso templo interior o verdadeiro espírito
maçônico. E para tanto, ao entender das pesquisas, temos que praticar constantemente as
virtudes que relacionamos a seguir: A Virtude da Justiça: por justiça entende-se como virtude
moral, pela qual se atribui a cada indivíduo aquilo que lhe compete no seio social: praticar a
justiça. A justiça em nossa Ordem é a verdade em ação, é a arma para as conquistas da
Liberdade.
A Virtude da Prudência: é a Virtude que nos auxilia a nossa inteligência para distinguir a
qualidade do ser humano que age com comedimento, com cautela e moderação,
enriquecendo nossa igualdade, e respeito entre os irmãos, estendendo à sociedade que
vivemos em nossa vida profana.
A Virtude da Temperança: podemos relacionar diretamente a virtude da Temperança com uma
espícula extremamente dura a ocupar uma das infinitas arestas da Pedra Bruta, pois é ela que
disciplina os impulsos , desejos e paixões humanas. Ela é a moderação e barragem dos apetites
e das paixões, sendo o império sobre si mesmo. Com ela, estaremos deixando cada vez mais
forte e profunda as raízes da Fraternidade.
A Fraternidade Maçônica sempre foi conseguida através de um laço que se poderia chamar de
cumplicidade maçônica. Essa cumplicidade nasceu entre os irmãos a partir do
compartilhamento de diversos sigilos, como o aspecto secreto das reuniões, os sinais de
reconhecimento, o segredo dos graus, os simbolismos etc., que começa a se formar a partir do
momento da iniciação.
É essa gama de atos e fatos ligados à estrutura básica da Maçonaria que faz nascer essa ligação
de cumplicidade que gera a inconfundível fraternidade Maçônica. Este laço material se reforça
com a prática da Filosofia, das Virtudes e dos Princípios Maçônicos, principalmente da Justiça,
da Prudência, do Amor, e da Generosidade. Existem certamente momentos em que afloram os
instintos, ou seja, vícios ainda não convenientemente dominados, tal como o egoísmo,
provocando desentendimentos pessoais. Isso é natural que aconteça mesmo depois de nos
tornarmos maçons, pois é sabido que mesmo após muitos anos o espírito dentro de sua
cavalgada na busca da perfeição não consegue absorver o verdadeiro sentido do que é uma
fraternidade. Não conseguem deixar-se dominar pela cumplicidade maçônica. Nesses
momentos deve agir o sentimento de temperança dos demais irmãos para serenar os ânimos e
não deixar os ressentimentos se avolumarem. O Importante é não deixar de lutar pela
fraternidade a cada dia e a cada instante, mas para isso é preciso termos em primeiro lugar
domínio sobre nossos vícios, pois do que vale pregar o bem, sem o entendimento do mal?
Percebi em minhas pesquisas, que pouco se fala sobre os Vícios, até mesmo a própria Bíblia
Sagrada, Vício é de forma singela e simploriamente declarada como o “O oposto da Virtude”,
havendo logicamente mais espaços destinados ao assunto “Virtude”, o qual não sou contra,
pois dentro dos conceitos atuais, é mais fácil corrigir o mal com o reforço do ensino e prática
do bem,
O Vício pode ser interpretado como tudo quanto se opõe a Natureza Humana e que é
contrário a Ordem da Razão, um hábito profundamente arraigado, que determina no individuo
um desejo quase que doentio de alguma coisa,
De todos os vícios que sofremos e estamos expostos no dia a dia para com a sociedade, nosso
templo, nosso ego, enfim, aquele que podemos declarar como o Orientador a todos os outros
vícios é o egoísmo, e este vem assolando todas as comunidades, todas as religiões, todas as
irmandades, enfim, todo o Mundo está submisso ao Egoísmo, e , na prática e exercício deste
de forma desequilibrada, teremos os demais vícios aflorando facilmente e deflagrando em
cada canto do mundo, a discórdia,a intemperança, as guerras, o fanatismo, a injustiça, a fome,
as doenças, a infelicidade, enfim, as mortes prematuras que assolam os ditos países não
desenvolvidos. partindo do principio que somos Espíritos tendo experiências humanas na terra
e não humanos tendo experiências espirituais.
Nosso mundo nada mais é que uma grande escola espiritual e que para conseguirmos nossa
evolução, temos que ser submetidos às vivências carnais tempo a tempo, até que sejamos
perfeitos, e isto ocorrendo não mais estaremos de volta e sim estaremos ajudando em outro
plano os demais que assim se fizerem de coração aberto para os ensinamentos.

O egoísmo é a fonte de todos os vícios, assim como a fraternidade é a fonte de todas as


virtudes; destruir um e desenvolver outro ( Levantar templos a Virtude e Cavar masmorras aos
Vícios ), esse deve ser o objetivo de todos os esforços do homem, se quiser assegurar sua
felicidade em nosso mundo e no seu mundo espiritual.

“Quem é bom , é livre, ainda que seja escravo, Quem é mau é escravo, ainda
que seja livre.” – Santo Agostinho

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