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PLANOS DE CURSO
E DE UNIDADE
JARDIM 2

BRASÍLIA
SOCIEDADE DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA AUTA DE SOUZA
EDITORA AUTA DE SOUZA
2016
2
Copyright @ 2016
SOCIEDADE DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA AUTA DE SOUZA
EDITORA AUTA DE SOUZA

Elaboração: Comissão de Evangelização Infantil

Planos de curso e de unidade – Jardim 2 / [editor] Sociedade de Divulgação Espírita Auta de Souza. -
Editora Auta de Souza, 2016.
146 p.:il.: 16 cm.

ISBN:

1.Evangelização. 2. Formação de evangelizadores infantis. 3. Espiritismo. 4. Educação infantil.


I.Sociedade de Divulgação Espírita Auta de Souza. II Título.
CDD
CDU

Todo o produto desta obra é destinado à


manutenção dos serviços assistenciais e de divulgação da
Sociedade de Divulgação Espírita Auta de Souza (61) 3352-3018
QSD Área Especial 17, Taguatinga Sul - Distrito Federal - CEP. 72020-000
www.editoraautadesouza.com.br
editora@editoraautadesouza.com.br
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“Jesus teve, com efeito, um corpo como o nosso pela forma, mas não pela natureza; teve um corpo
fluídico, como tomam os anjos (Espíritos Puros) quando descem a nosso mundo.
E é assim que a virgem não deixou de sê-lo depois do parto sem necessidade de um milagre, coisa
que Deus não pode fazer, porque, se fizesse, transgrediria as próprias leis, que são eternas e imutáveis.
Só o imperfeito, pode retocar sua máquina!
Perguntando-nos ainda: Então, Jesus não tomou sobre seus ombros os pecados do mundo, não
sofreu pela Humanidade?
Dizei-nos qual é o maior, o sofrimento físico ou o moral?
Se Jesus não teve corpo material para sofrer, teve os sofrimentos mais cruciantes do Espírito.
E quem nos diz que seu corpo fluídico não se prestava tanto, e por ventura mais do que o corpo
carnal, à transmissão das sensações materiais?
O que é fora de questão é que repugna à Razão o fato de um Espírito Divino tomar a carne dos
pecadores; que a concepção espírita de ser fluídico o corpo de Jesus, não somente fala à Razão e remove
aquela repugnância invencível, como ainda explica, de acordo com as leis naturais, todos os fenômenos
da vida do Redentor, e, principalmente, sua concepção no ventre puríssimo de Maria Santíssima, e seu
nascimento, sem que a Mãe deixasse de ser Virgem.
O que é fora de questão é que São Paulo consagra a Doutrina Espírita, neste ponto, quando diz:
que há corpos celestes e corpos terrestres.
O que serão os corpos celestes senão os fluídicos?”

Bezerra de Menezes
(Texto extraído do jornal “O Paiz” no século XIX escrito por
Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, assinado com o pseudônimo de Max)

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SUMÁRIO
PREÂMBULO.....................................................................................................................................................07
APRESENTAÇÃO..............................................................................................................................................11
A CARTILHA NO NÍVEL I..............................................................................................................................12
METODOLOGIA DE SALA DE AULA..........................................................................................................17
METODOLOGIA PARA O LAR.....................................................................................................................20
FLUXOGRAMA: NÍVEL I...............................................................................................................................21
CALENDÁRIO ANUAL NÍVEL .....................................................................................................................22
ROTINA DAS ATIVIDADES...........................................................................................................................25
PLANO DE CURSO ..........................................................................................................................................26
Aula Inaugural ...................................................................................................................................................29
1ª aula: O nascimento de Jesus e o meu nascimento .......................................................................................30
2ª aula: Corpo, dádiva de Deus .........................................................................................................................39
3ª aula: Jesus cuidava do seu corpo. Devo cuidar do meu corpo também ....................................................45
4ª aula: Jesus ajudou muitas pessoas. Com meu corpo posso ajudar também ............................................52
5ª aula: Jesus amava sua família. Eu também amo minha família ...............................................................57
6ª aula: Jesus e seu papai. Eu e meu papai ......................................................................................................63
7ª aula: Jesus me ensina a amar os meus irmãos ............................................................................................68
8ª aula: Jesus me ensina a orar em família ......................................................................................................72
9ª aula: Jesus me ensina a ser um bom amigo .................................................................................................77
10ª aula: Jesus, o amigo verdadeiro...................................................................................................................82
11ª aula: Jesus e a nossa grande família ...........................................................................................................88
12ª aula: Jesus me ensina a amar a Natureza ..................................................................................................93
13ªaula: Com Jesus aprendi a amar a terra e as plantas ................................................................................99
5
14ª aula: Jesus me ensina a amar os animais ...................................................................................................105
15ª aula: Com Jesus aprendi a amar o céu .......................................................................................................109
16ª aula: Jesus me ensina a conversar com Deus .............................................................................................114
17ª aula: Jesus conversa com Deus. Eu também já sei orar ...........................................................................120
18ª aula: Allan Kardec, amigo de Jesus ............................................................................................................124
19ª aula: Jesus me ensina que a morte não existe ............................................................................................129
20ª aula: As curas de Jesus ................................................................................................................................135
21ª aula: Jesus me ensina a fazer a caridade ...................................................................................................141
22ª aula: Jesus, o Governador da Terra............................................................................................................157
23ª aula: Jesus me ensina: posso nascer de novo .............................................................................................162
24ª aula: Deus me deu um lar e Jesus me ensina a amar o meu lar................................................................169
Aula de Encerramento .......................................................................................................................................174
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................................................177

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PREÂMBULO
“Os nossos amigos espirituais sempre nos ensinaram a considerar os Centros Espíritas como a Escola mais importante de nossa alma, porque é no Templo Espírita que
nós recebemos de outros e podemos doar de nós mesmos os valores que servirão a cada um de nós para a vida eterna. [...]
Portanto, um Templo Espírita é uma Universidade de formação espiritual para as criaturas humanas [...]. ”
(Francisco Cândido Xavier e Emmanuel, Entrevistas, p. 114-115).

É imperioso meditar nas afirmativas acima. Quão grandes responsabilidades para aqueles que se dedicam ao intenso labor da seara
espírita! Quão intensas as tarefas de evangelização da criatura humana!
Esta obra integra uma série de cursos da Escola de Evangelização Espírita Infantil, responsável pela formação doutrinária dos
evangelizandos. Faz parte de um currículo subdividido em Nível I e Nível II.
O Nível I é um programa de cursos sistematizados que visa o atendimento das crianças de 0 a 5 anos de idade. É realizado em 6 anos
e compreende os seguintes cursos anuais: Berçário 1, Berçário 2, Maternal 1, Maternal 2, Jardim 1, Jardim 2.
Para cada um desses cursos são oferecidos aos evangelizadores os Planos de Cursos e os Planos de Unidades e, aos evangelizandos, o
material didático é composto de Cartilhas de Sala de Aula e Cartilhas do Lar, reunidas no livro Aprendendo com Jesus.
O Nível II é um programa de cursos sistematizados que visa o atendimento das crianças de 6 a 11anos e 11 meses de idade. O ensino
no Nível II obedece uma gradação de conhecimentos doutrinários e se divide em quatro graus: Intermediário, Básico, Médio e Superior. O
currículo é estruturado em cursos do Núcleo Comum, cursos da Parte Diversificada e Parte Prática. São três sequências curriculares que
atendem a funções específicas, executadas paralelamente, porém, de maneira integrada.
Os cursos do Núcleo Comum do Nível II têm duração anual e visam a formação geral no campo evangélico-doutrinário, baseados na
Codificação Kardequiana e obras complementares.
Os cursos da Parte Diversificada do Nível II têm duração semestral e abordam dificuldades morais e problemas vivenciados pela
criança, bem como o estímulo a prática do bem, a autoevangelização, a valorização e cultivo das virtudes.
Os cursos da Parte Prática do Nível II têm duração semestral e são vinculados à Parte Diversificada. Consistem em cursos de
laborterapia e trabalhos assistenciais, visando praticar os ensinamentos aprendidos nas aulas teóricas, fixação de aprendizagem, moldagem
do caráter, valorização do trabalho e auxílio ao próximo.

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A seguir temos os fluxogramas do Nível I e Nível II:

Escola de evangelização espírita infantil


Nível 1- 0 a 5 anos

Berçario 1 0 a 11 meses
Berçário
1 ano a 1 ano e 11
Berçario 2
meses

Maternal 1 2 anos
Maternal
Maternal 2 3 anos

Jardim 1 4 anos
Jardim
Jardim 2 5 anos

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ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL
NÍVEL II – 6 a 11 anos e 11 meses

INTERMEDIÁRIO 1º BÁSICO 2º BÁSICO 1º MÉDIO 2º MÉDIO SUPERIOR


OOOOOO

NÚCLEO COMUM 1º e 2º GRUPO


AMAR A DEUS O LIVRO DOS O LIVRO DOS O EVANGELHO SEG. A CRIANÇA E O CONHECE-TE A
ESPÍRITOS 1 e 2 ESPÍRITOS 3 e 4 O ESPIRITISMO
PARA CRIANÇAS
MUNDO TI MESMO
PARA CRIANÇAS PARA CRIANÇAS ESPIRITUAL

PARTE DIVERSIFICADA
ENSINOS DE DEFEITOS E DEFEITOS E CONHECER E CONHECER E ESCOLAS DE
JESUS VIRTUDES VIRTUDES SERVIR 1 SERVIR 2 TRABALHO

PARTE PRÁTICA
LABORTERAPIA LABORTERAPIA LABORTERAPIA ATIVIDADES ATIVIDADES PRÁTICAS DO
ASSISTENCIAIS ASSISTENCIAIS INSTITUTO

Esses cursos foram elaborados a partir da compilação fidedigna das obras Kardequianas e das que lhe são subsidiárias. Na
organização e na apresentação da pesquisa, procurou-se observar, nos limites possíveis, as diretrizes estabelecidas pela ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas). Tais ensinos são acompanhados da respectiva citação bibliográfica de sua fonte original, sendo que no final
de cada volume encontra-se a referenciação completa das obras compiladas.
Aqueles que se dedicam com esmero às laboriosas tarefas da evangelização do ser, considerando o Templo Espírita como a escola de
nossa alma, os nossos humílimos votos de apreço e consideração, esperando encontrar a necessária compreensão dos corações sinceros,
rogamos ao Altíssimo que nos cubra de bênçãos.
A Editora
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APRESENTAÇÃO
A Casa Espírita é, sem dúvida, a “Escola da alma ensinando a viver”(1) e todos nós reconhecemos que a tarefa da evangelização
espírita infanto-juvenil é do mais alto significado dentre as atividades desenvolvidas pelas instituições espíritas. Colaborar com o trabalho
incansável dos lidadores da evangelização infantil, oferecendo o fruto de anos de esforço e experimentação, é nosso ensejo trazer a lume a
coleção que se intitula A Escola de Evangelização Espírita Infantil - Nível I - Crianças de 0 a 5anos.
Nosso objetivo é colaborar na expansão da verdade junto à infância, reconhecendo que “a obra definitiva do Espiritismo é a da
edificação da consciência profunda do Evangelho de Jesus Cristo.” (2)
Você, evangelizador, observará que a ideia de Deus e de sua onipresença permeia todo o material, pois acreditamos como Léon Denis
que “... a existência de Deus constitui um dos pontos essenciais do ensino espírita”. (3)
No Nível I, Jesus é a figura central. Ele é o modelo apresentado “na altura do herói da bondade e do amor, educando para a felicidade
integral, entre o serviço e a compreensão, entre a boa vontade e o júbilo de viver”. (4)
A família compõe com Deus e Jesus os temas centralizadores do Nível I.
O Jardim 2 – destina-se à evangelização de crianças de 5 anos.
Este programa inspirou-se em relatos com respeito às escolas de evangelização no mundo espiritual, e o material que lhe passamos às
mãos dedicadas de evangelizador destina-se a colaborar em seu trabalho junto à criança, sendo uma coleção composta por Planos de curso e
unidade, cartilhas de sala de aula e do lar.
Por certo o amigo encontrará falhas e imperfeições, mas aprendemos com Jesus que o servidor fiel não pode enterrar o talento,
mesmo que ele seja mínimo, e temos a certeza que em suas mãos de trabalhador, ele multiplicar-se-á em tesouros de paz e alegria junto à
infância.
Paz convosco !

Comissão de Evangelização Infantil


(1) Emmanuel, Estude e viva, 6.ed., p. 17.
(2) Emmanuel, O consolador , 15.ed., perg. 219.
(3) Léon Denis, O grande enigma, 9.ed., p.71.
(4) Emmanuel, Roteiro, 9.ed., p.159.

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DIRETRIZES DA ESCOLA
DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA
PARA O NÍVEL I

11
A CARTILHA NO NÍVEL I
A) O USO DA CARTILHA NO NÍVEL I

“Temos material didático em quantidade variada e enorme, inclusive livros e cadernos de exercícios”.
Neio Lúcio, Mensagem do pequeno morto, 6.ed., p. 61.

A cartilha é um excelente recurso de apoio à aprendizagem e à fixação do conteúdo. Além de inúmeras vantagens, possibilita à
criança processos de expressão dos seus sentimentos, esquemas mentais, novos conhecimentos adquiridos, necessidades de novos
comportamentos e novos hábitos abordados em sala e/ou frutos de sua reflexão enquanto Espírito eterno, dotado de patrimônio moral e em
contato com atividades e conhecimentos que propiciem o despertamento do mesmo.
A cartilha no Nível I é rica em técnicas variadas, adequadas a cada fase e que oportunizam à criança expressar-se de forma criativa. É
importante que o evangelizador seja sensível à capacidade de trabalho da criança e que realmente ofereça o material indicado na cartilha sem
criar bloqueios próprios do universo do adulto, desacreditando no trabalho delas só pelo fato de ser algumas vezes “incompreensível” para o
mesmo.
Lembre-se: aquilo que para o adulto a criança “não consegue fazer”, ou que “está feio”, é fruto de toda a sua capacidade de expressão
em vários aspectos e quer dizer MUITO. É preciso incentivar, estimular e respeitar o seu trabalho. A utilização da cartilha não invalida as
outras formas de trabalho com a criança, por exemplo as artes plásticas, a modelagem, o lúdico, os jogos, a recreação, e outras. Tanto que as
indicamos como atividades no TRABALHANDO COM JESUS e no BRINCANDO COM JESUS. São todos, inclusive a CARTILHA,
partes importantes no trabalho que objetiva o desenvolvimento integral de todas as potencialidades da criança para o bem.
Nas cartilhas de Nível I utilizamos desenhos em sombra para ilustrar passagens da vida de Jesus e do dia-a-dia da criança. Técnica de
sombra é uma arte milenar chinesa sugerida pelo Espírito Meimei no livro “A visão de Joaquina” psicografado pela médium Marilusa
Moreira Vasconcellos.
É certo que todas as atividades desenvolvidas no Nível I contribuem para o desenvolvimento dos diversos aspectos da criança nesta
fase, porém, gostaríamos de fazer algumas citações que corroboram a importância da cartilha como forma de expressão e de interação com o
meio ou objeto de estudo da criança:
A ARTE
“Ao longo dos séculos, desde tempos muito antigos, os homens têm utilizado o desenho, a pintura, a escultura para se expressar e
buscar conhecer o mundo que os cerca.
Assim, como os homens em sua história, as crianças também se expressam e buscam conhecer o mundo através da arte. ” (Professor
da Pré-Escola, 2.ed., v. 1, p. 126-130)
12
“[...] O desenho é uma íntima ligação do psíquico e do moral. A intenção de desenhar tal objeto não é senão o prolongamento e a
manifestação da sua representação mental; o objeto representado é o que, neste momento, ocupará no espírito do desenhador um lugar
exclusivo ou preponderante. ” (G.H. LUQUET – O desenho infantil)
“Usarei ao longo deste texto a palavra desenho para nomear as várias atividades das artes plásticas: a pintura, a colagem, a gravura, o
desenho, etc. Isso é possível porque, respeitando-se a especificidade de cada uma dessas linguagens, todos esses sistemas de representação
são de natureza semelhante: todos são, antes de mais nada, formas de expressão. Expressão de ideias e sentimentos do desenhista ou do
pintor no momento em que está criando.
Ao desenhar, a criança exprime o que conhece de um objeto, a representação mental que ela tem construída dele no momento em que
desenha. Um bom exemplo disso é o desenho de uma mulher grávida, onde o bebê também aparece desenhado! Ora, quando se vê uma
mulher grávida, observa-se uma barriga grande, mas não o bebê que se sabe estar dentro dela. Mais do que simplesmente desenhar o que vê,
a criança desenha o que se sabe e sente naquele momento. Essa representação muda ao longo dos anos com a experiência de vida e com o
conhecimento de novas linguagens expressivas. ” (Professor da pré-escola, 2. ed., v.1, p. 126 – 130)

O AMBIENTE ESTIMULANTE

Piaget

“Segundo Piaget, o desenvolvimento das funções cognitivas não pode ser compreendido sem que, primeiramente, se compreendam as
relações entre o sujeito e o objeto no ato do conhecimento. Para ele, o conhecimento, na sua origem, não vem dos objetos e nem do sujeito,
mas das interações entre ambos. Nesse sentido, o conhecimento não consiste numa simples cópia da realidade ou num mero desdobramento
de estruturas pré-formadas no sujeito, mas implica uma série de estruturas construídas progressivamente através da contínua interação entre
o sujeito e o meio físico e social (Piaget, 1977, p. 71). Por conseguinte, um ambiente educacional estimulante que favoreça essa interação é
indispensável para uma metodologia orientada para os processos dinâmicos subjacentes à construção das estruturas cognitivas. De um lado,
essa metodologia deve propiciar a interação com o meio físico, permitindo às crianças que organizem suas experiências, aprendam a
observar e raciocinar, dediquem-se às manipulações que lhes interessam. De outro, ela deve favorecer interações com o meio social que
englobem a cooperação entre as crianças e entre estas e o adulto. Piaget afirma que a criança pode beneficiar-se enormemente quando tem a
possibilidade de viver num ambiente educacional que lhe oferece a oportunidade de agir com liberdade e espontaneidade e manipular
materiais adequados para seu desenvolvimento pleno [...]. ”
Assis, Pré-Escola brasileira: uma nova metodologia de educação pré-escolar, 2.ed., p. 23.

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A Atmosfera moral de uma reunião (aula)

“O pensamento é o atributo característico do ser espiritual; é ele que distingue o espírito da matéria. Sem o pensamento, o espírito
não seria espírito. A vontade não é atributo especial do espírito: é o pensamento chegado a um certo grau de energia; é o pensamento tornado
força motriz[...]
Uma assembleia é um foco onde irradiam pensamentos diversos; é como uma orquestra, um coro de pensamentos em que cada um
produz a sua nota. Resulta daí uma porção de correntes e de eflúvios fluídicos, cada um dos quais recebe a impressão pelo sentido espiritual
como num coro de música cada um recebe a impressão dos sons sentido da audição.
Mas, assim como há raios sonoros harmônicos ou discordantes, também há pensamentos harmônicos ou discordantes. Se o conjunto
for harmônico, a impressão será agradável, se for discordante a impressão será penosa. Ora, para isso não é preciso que o pensamento seja
formulado em palavras; a radiação fluídica não existe menos, seja ou não expressa, se todas forem benevolentes, todos os assistentes
experimentarão um verdadeiro bem-estar e sentir-se-ão à vontade, mas se misturarem alguns pensamentos maus, produzem o efeito de uma
corrente de ar gelado num meio tépido.
Tal é a causa do sentimento de satisfação que se experimenta, numa reunião simpática; aí como que reina uma atmosfera moral
salubre, onde se respira à vontade; daí se sai reconfortado porque se ficou impregnado de eflúvios fluídicos salutares. Assim se explica
também, ansiedade, o mal-estar indefinível que se sente num meio antipático, em que pensamentos malévolos provocam, por assim dizer,
correntes fluídicas malsãs.
A comunhão de pensamentos produz assim, uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral; é o que só o Espiritismo poderia
dar a compreender. O homem o sente instintivamente, desde que procure as reuniões onde sabe que encontra essa comunhão. Nas reuniões
homogêneas e simpáticas adquire novas forças morais, poder-se-ia dizer que aí recupera as perdas fluídicas que tem diariamente pela
radiação do pensamento, como recupera pelos alimentos as perdas do corpo material.
A esses efeitos da comunhão dos pensamentos junta-se um outro que é a sua consequência natural, e que importa não perder de vista:
é o poder que adquire o pensamento ou a vontade, conjunto de pensamentos ou vontades reunidas. Sendo a vontade uma força ativa, esta
força é multiplicada pelo número de vontades idênticas como a força muscular é multiplicada pelo número dos braços. (...)
Assim, pela comunhão de pensamentos os homens se assistem entre si, e ao mesmo tempo, assistem os Espíritos e são por estes
assistidos. As relações entre o mundo visível e o mundo invisível não são mais individuais, são coletivas e, por isso mesmo, mais poderosas
para o proveito das massas, como para o dos indivíduos. Numa palavra, estabelece a solidariedade, que é a base da fraternidade. [...]
Certamente não era assim que o entendia Jesus quando disse: “Quando estiverdes diversos reunidos em meu nome, estarei no meio de vós. ”
Reunidos em meu nome quer dizer com um pensamento comum; mas não se podem estar reunidos em nome de Jesus sem assimilar os seus
princípios, a sua doutrina. Ora, qual é o princípio fundamental da doutrina de Jesus? A caridade em pensamentos, palavras e obras. ”
Allan Kardec - Revista Espírita, Dez. 1868, vol. 12, p. 352-355

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B) MODALIDADES DE CARTILHAS NO NÍVEL I

Serão trabalhadas duas modalidades de cartilha no Nível I:

 CARTILHA DE SALA DE AULA (COLEÇÃO APRENDENDO COM JESUS)


 CARTILHA DO LAR (COLEÇÃO APRENDENDO COM JESUS)

CARTILHA DE SALA DE AULA


Berçário 1
É composta por material de manipulação, com desenhos relativos à unidade. Deve ser montado pelo (a) evangelizador (a) conforme
orientações que constam na própria cartilha, e no caso do Berçário é uma por unidade, e cada criança deve ter a sua.

Berçário 2
Será composta por um caderno com os conteúdos e atividades correspondentes a cada aula e adequados a esta fase.
Será utilizada e permanecerá na sala com o nome da criança registrado, para que ao final do ano a criança a leve para casa.

Maternal
Será composta por um caderno com os conteúdos e atividades correspondentes a cada aula e adequados a esta fase.
Será utilizada e permanecerá na sala com o nome da criança registrado, para que ao final do ano a criança a leve para casa.

Jardim
Será composta por um caderno com os conteúdos e atividades correspondentes a cada aula, para que a criança a utilize em sala. Deverá
permanecer na sala com o nome da criança devidamente registrado. Ao final do ano letivo a criança receberá sua cartilha para levá-la para
casa.

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CARTILHA DO LAR

No Nível I, além das cartilhas que serão trabalhadas em sala de aula, haverá um trabalho complementar que será realizado no lar da
criança pela mãe, pelo pai ou pessoa responsável pela criança. Consiste em uma cartilha com conteúdo e exercícios correspondentes a cada
aula (para Berçário, Maternal e Jardim), que deverão ser realizados no lar da criança.
A cartilha deverá permanecer na Escola de Evangelização Espírita Infantil e após cada aula, deverá ser levada para casa a atividade
da semana que será realizada pelos pais, ou a pessoa responsável pela criança.
São atividades específicas desenvolvidas para os adultos fazerem com a criança.

ATENÇÃO

O uso da Cartilha do Lar bem como as suas atividades


deverão ser reforçadas nas reuniões de pais promovidas pela
Escola de Evangelização Espírita Infantil.

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METODOLOGIA DE SALA DE AULA
VIVÊNCIAS CRISTÃS
Os temas do currículo serão direcionados para as características da criança e trabalhados através de Vivências Cristãs, levando-se em
consideração a figura central de Jesus e as tendências inatas e familiares. As Vivências serão trabalhadas em três momentos como se segue:

APRENDENDO COM JESUS


V
I
V ESTUDANDO O CONTEÚDO
Ê
N FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA
C CONTANDO UMA HISTÓRIA
I
A
S TRABALHANDO A QUADRINHA
REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA
C
R
I CUIDANDO DO CORPINHO
S
T
à TRABALHANDO COM JESUS
S
BRINCANDO COM JESUS

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A) APRENDENDO COM JESUS

Estudando o conteúdo

Momento em que o conteúdo será trabalhado de forma teórica e específica, de modo que as crianças possam vivenciar hábitos e
atitudes cristãs. Esta Vivência deverá ser apresentada para a criança de maneira rica e diversificada, baseada em ampla pesquisa sobre a vida
do Cristo (realizada em obras fidedignas), utilizando-se das mais variadas técnicas e recursos tais como: fantoches, histórias, teatros de
sombra, conversa informal, poesia, etc... previstos pelo evangelizador ao elaborar seu plano de aula.
OBS: No momento em que encontrar o item: Você poderá contar essa história assim, o texto estará escrito com simplicidade.
Entretanto, haverá casos em que para facilitar a compreensão da criança será necessário a adaptação por parte do evangelizador, respeitando
sempre a ideia original.

Falando de Jesus para a criança

Este é o principal momento. Parte do Estudando o conteúdo, em que será demonstrado a forma como o evangelizador falará com a
criança, relacionando o tema da aula com o dia-a-dia da mesma, orientando-a em relação aos seus hábitos, fortalecendo as suas qualidades e
corrigindo os seus erros, baseado no exemplo perfeito do mestre Jesus.

Contando uma história (opcional)

A parte do Estudando o conteúdo em que é sugerido ao evangelizador uma história espírita infantil relacionada com o tema da aula, é
opcional. Esta história infantil não poderá substituir a passagem de Jesus.
OBS: Os momentos Estudando o conteúdo e Falando de Jesus para a criança não poderão ser suprimidos pelo evangelizador, e
deverão merecer do mesmo o maior destaque, tendo em vista que nestes dois momentos a criança vai reconhecer em Jesus o modelo de
conduta. Esta história infantil somente poderá ser contada, se houver tempo.

Trabalhando a Quadrinha

O evangelizador memorizará a quadrinha referente à unidade de trabalho e a declamará após o momento Estudando o conteúdo,
como forma de fixação do mesmo. A quadrinha poderá ser declamada de forma ritmada ou expressada através de dramatização.

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Realizando Atividades da Cartilha
Para desenvolver esta atividade, prepare com antecedência todo o material indicado e, apesar da técnica exigir condições motoras que
a criança ainda não possua, aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando o que ela é capaz de
fazer.

Cuidando do Corpinho

Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação dos dentes, higiene dos cabelos, do nariz, das mãos e dos pés.
Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de carinho, orientação e amparo à criança.

B) TRABALHANDO COM JESUS

Atividades práticas associadas ao conteúdo do dia e ao que foi trabalhado no Aprendendo com Jesus. Esta Vivência proporciona à criança
o desenvolvimento de um sentido prático para a teoria, diante da possibilidade de torná-la real, auxiliando a criança a transpor para a vida os
valores cristãos estudados. Oportuniza também o desenvolvimento psicomotor, com atividades que atendam ao princípio de
complementariedade, enriquecendo e reforçando a aprendizagem, tais como: práticas de vida cristã, música, artes plásticas, artes cênicas,
dramatização.

C) BRINCANDO COM JESUS

Desenvolve a conduta cristã por meio da brincadeira, sempre relacionando brincadeiras e brinquedos com o conteúdo do dia e situações
reais da vida. Esta Vivência deverá enfatizar a conduta cristã no lar e nas situações reais da criança. É o momento de brincar de viver. A
recreação livre, os jogos dirigidos, a imitação (vida no lar, afazeres dos pais, profissões, etc.) são algumas atividades que poderão ser
utilizadas nesta Vivência.

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METODOLOGIA PARA O LAR

“O lar é a minha escola mais querida,


Doce escola em que nunca me confundo,
Onde aprendo a ser nobre para o mundo
E a ser alegre e forte para a vida. ”
João de Deus

No Nível I, a criança aprende os ensinamentos de Jesus durante as aulas de evangelização (Vivências Cristãs) e também nos
exercícios programados para serem realizados no Lar da criança, utilizando a Cartilha do Lar.
Esta metodologia permite uma maior interação entre a Escola de Evangelização Espírita Infantil e o Lar da criança, intensificando o
processo de fixação do conteúdo aplicado naquela semana.
Quando os pais ou responsáveis da criança realizam uma das atividades propostas na Cartilha do Lar, tais como, realizar o Culto do
Evangelho com ela, contar-lhe como foi o seu nascimento, etc., há um processo de evangelização continuada que se estende para além da
sala de aula, reforçando conceitos, fixando ideias salutares do evangelho de Jesus e auxiliando, sobretudo, na evangelização dos pais e
membros da família da criança.
Cada criança deverá ter uma Cartilha do Lar. No início do ano, a Cartilha ficará com o (a) evangelizador (a) e este deverá entregar
aos pais da criança, no final de toda aula, a atividade correspondente. Caso os pais ou responsável não venham buscá-la, o exercício deverá
ser colocado nos objetos pessoais da criança (mochila, bolsa) ou no caso do maternal e jardim, pode ser feito uma pulseirinha dobrada e
colada com fita adesiva no pulso da criança.
É importante ressaltar que estas atividades são muito importantes e o (a) evangelizador (a) não poderá esquecer ou descuidar de
entregá-las, mesmo que alguns pais ou responsáveis não demonstrem interesse por elas. Neste caso, o (a) evangelizador(a) deverá esclarecê-
los da importância deles realizarem estas atividades, por meio de visita domiciliar, ou quando eles forem buscar a criança na Escola de
Evangelização Espírita Infantil ou nas Reuniões de Pais.
No início do ano, na primeira reunião de pais da Escola de Evangelização Espírita Infantil, deverão ser dadas as orientações e
esclarecimentos aos pais acerca do uso da Cartilha, principalmente, aos pais do Berçário, que poderão questionar algumas atividades em que
irão conversar com o bebê. O evangelizador deverá esclarecê-los acerca da eficácia da Evangelização Espírita Infantil nesta idade.
Sugerimos o estudo do capítulo 1 e 2 do livro Deixai vir a mim as criancinhas - Como evangelizar crianças de 0 a 5 anos, da Editora Auta de
Souza, para dar subsídios teórico-doutrinários para esta reunião e para ser sugerido aos pais como livro de leitura.

20
Jardim1: 4 anos
anos
Jardim2: 5 anos
anos

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ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO INFANTIL -
CALENDÁRIO ANUAL NÍVEL I
CRITÉRIO CRITÉRIO
Mês PROGRAMA Obrigatório Optativo ATIVIDADES Obrigatório Optativo

Janeiro Matrícula Matrícula *


Férias * *
Unificação/ Matricula *(1) Aulas teóricas e práticas/ Matrícula *
Carnaval / Matrícula *(1) Aulas teóricas e práticas/ Matrícula *
Fevereiro Matrícula Matrícula *
Carnaval / Matrícula *(1) Aulas teóricas e práticas/ Matrícula * *
Unificação / Matrícula *(1) Aulas teóricas e práticas/ Matrícula * *
Março Cursos Regulares * Aula Inaugural *
Aulas teóricas e práticas *
Abril Cursos Regulares * Aulas teóricas e práticas *
Maio Confraternização Mães * Aula especial: Mães *
Festival de Artes Pingo de Gente (7) *
Cursos Regulares * Aulas teóricas e práticas *
Junho Cursos Regulares * Aulas teóricas e práticas *
Confraternização: Festa Junina * Aula especial: João Batista *
Festa Junina (6) *
Julho Aulas teóricas e práticas *
Higiene e Saúde (2) * Palestra de profissional de saúde *
Posto de Higiene * *
Atendimento médico *
Agosto Cursos Regulares * Aulas teóricas e práticas *
Confraternização: Pais (3) * Aula especial: Pais *
Confraternização: Gincana *
Setembro Cursos Regulares * Aulas teóricas e práticas *
Outubro Cursos Regulares * Aulas teóricas e práticas *
Aula especial: crianças (4) *
Confraternização: crianças * Aula especial: Tema central Festival de artes Pingo *
de Gente
Festival de Artes Pingo de Gente *
Novembro Cursos Regulares * Aulas teóricas e práticas *
Aula de encerramento *
2 aulas especiais *
Dezembro Natal * Aula teórica e prática (5) *
Festival de Artes Pingo de Gente *

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Legenda
(1) É indispensável a aplicação dos dois Programas: Carnaval e/ou Unificação, podendo o calendário ser flexível na escolha de parte dos
programas, conforme as opções que a Escola de Evangelização fizer para os meses de Janeiro e Fevereiro. No plano de unidade existem 4
opções de aulas de Carnaval e /ou Unificação. O evangelizador poderá escolher duas aulas por ano.

(2) No Programa de Higiene e Saúde poderão ser reagrupadas as turmas devido a possíveis ausências de evangelizadores em função das
férias sendo, porém, indispensável a realização deste programa.

(3) Essa confraternização deverá ser realizada em horário diferente do funcionamento da Escola de Evangelização, a fim de não consumir
um dia do calendário.

(4) No local onde é realizado o Encontro de Crianças, isto é, evento onde há a confraternização de crianças de vários Centros Espíritas e
Postos de Assistência, onde é ministrada junto com a aula especial do dia da criança, uma aula especial de conduta para as crianças que irão
participar do Encontro. Essa aula contém regras de conduta baseadas no livro Conduta Espírita de André Luiz psicografia de Francisco
Cândido Xavier, dando noções às crianças de como devem se comportar na rua, durante o encontro e em sala de aula.

(5) Essa aula teórica e prática é optativa no calendário, podendo ser aplicada como preparação para a atividade prática assistencial do
Programa de Natal.

(6) Essa confraternização realizar-se-á na semana seguinte da aula especial: João Batista. Neste dia as crianças e evangelizadores preparam
todo o ambiente para a confraternização junina: maquiagem, bandeirolas, barracas de alimentação, brincadeiras, quadrilhas, etc.

(7) O Festival de Artes Pingo de Gente é a culminância das aulas especiais: mães, crianças e Natal. (Vide livro Trabalhando com a criança,
da Editora Auta de Souza, cap. 12)..
OBS: O Calendário dos cursos regulares contém 2 aulas livres que poderão ser utilizadas para programações especiais: Aniversário do
Centro Espírita, Programa em Defesa da vida, Encontros e Congressos Espíritas, etc. Lembramos que estas aulas devem ser previstas no
calendário.

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PLANILHA DE PREVISÃO DE AULAS
TEÓRICAS E AULAS ESPECIAIS

Nº DE AULAS Nº DE AULAS
PROGRAMA PREVISÃO TEÓRICAS ESPECIAIS SUB-TOTAL
1º 2º 1º 2º
Semestre Semestre Semestre Semestre
Cursos Regulares 12 12 24
Inaugural 1 1
Encerramento 1 1
Livres 1 1 2
Carnaval Janeiro/Fevereiro 4 4
Unificação Janeiro/Fevereiro 4 4
Higiene e Saúde Julho 4 4
Natal Dezembro 3 3
Confraternização: Festa Junina Junho 1 1
Mães Maio 1 1
João Batista Junho 1 1
Pais Agosto 1 1
Crianças Outubro 2 2
Festival Pingo de Gente Maio 1 1
Outubro 1 1
Dezembro 1 1
Total Geral 52

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Rotina de Atividades
A rotina das atividades do Nível I consiste em:
No Centro Espírita No Posto de Assistência
Momento Vivências cristãs Momento Vivências cristãs
1º Aprendendo com Jesus 1º Aprendendo com Jesus
Conteúdo Conteúdo
Observação Reencarnacionista Observação Reencarnacionista
Intervalo Brincadeiras dirigidas e/ou livres Intervalo Brincadeiras dirigidas e/ou livres
2º Trabalhando com Jesus 2º Trabalhando com Jesus
Prática Prática
Observação Reencarnacionista Observação Reencarnacionista
3º Brincando com Jesus 3º Brincando com Jesus
Brincar de viver Brincar de viver

Observação reencarnacionista: consiste em observar a criança sob o aspecto doutrinário de que ela não é apenas um ser de alguns meses
ou alguns anos, mas um Espírito Imortal, que apresenta tendências inatas de encarnações passadas e tendências familiares, necessitando de
Evangelização à luz da doutrina Espírita e com um fim, à Perfeição.

Nota: o cronograma de atividades com os horários de funcionamento no Centro Espírita estão nos livros O Centro Espírita – Escola da
Alma, Posto de Assistência, Deixai vir a mim as criancinhas.

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PLANO DE CURSO
JARDIM 2

“ ...Tinha o poder de deixar a vida e de


Retornar quando queria.”
João, 10:17 e 18
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PLANO DE CURSO UNIDADE AULA SUBUNIDADE Nº AULAS
Nível I Aula Inaugural 01
Curso: Jardim 2 I-Deus/Jesus/ 1ª O nascimento de Jesus e o meu nascimento 01
Nº de aulas: 26 aulas Família/Nascimento
II-Deus/Jesus/Família/ 2ª Corpo, dádiva de Deus
Corpo Físico 3ª Jesus cuidava do seu corpo. Devo cuidar do meu corpo também. 03
4ª Jesus ajudou muitas pessoas. Com meu corpo posso ajudar
também.
Objetivos Gerais: III-Deus/Jesus/Família/ 5ª Jesus amava sua família. Eu também amo minha família.
Convivência no Lar 6ª Jesus e seu papai. Eu e meu papai. 04
 Identificar o Amor de Deus, 7ª Jesus me ensina a amar os meus irmãos.
enviando Jesus para nos servir de 8ª Jesus me ensina a orar em família.
guia e modelo. IV-Deus/Jesus/Família/ 9ª Jesus me ensina a ser um bom amigo.
 Reconhecer nos atos de Jesus, que Amor ao próximo 10ª Jesus, o amigo verdadeiro. 04
Ele nos ama muito e assim devemos 11ª Jesus e a nossa grande família.
seguir os seus exemplos;
V-Deus/Jesus/Família/ 12ª Jesus me ensina a amar a Natureza.
 Valorizar a assistência da mamãe
e de Maria, Mãe de Jesus; Natureza 13ª Com Jesus aprendi a amar a terra e as plantas. 04
 Descobrir uma relação cristã de 14ª Jesus me ensina a amar os animais.
convivência com o mundo e com as 15ª Com Jesus aprendi a amar o céu.
pessoas que nos cercam; VI-Deus/Jesus/Família/ 16ª Jesus me ensina a conversar com Deus. 02
 Desenvolver harmoniosamente as Prece 17ª Jesus conversa com Deus. Eu também já sei orar.
potencialidades da criança através de VII- 18ª Allan Kardec, amigo de Jesus.
estimulação e atividades cristãs. Deus/Jesus/Família/ 19ª Jesus me ensina que a morte não existe. 04
Espiritismo 20ª As curas de Jesus.
21ª Jesus me ensina a fazer a caridade.
II-Deus/Jesus/Família/ 22ª Jesus, o Governador da Terra.
Reencarnação 23ª Jesus me ensina: posso nascer de novo. 03
24ª Deus me deu um lar e Jesus me ensina a amar o meu lar.
Aula de encerramento 01

27
PLANOS DE UNIDADE
JARDIM 2

“No princípio era o Verbo, e o Verbo


estava com Deus e o Verbo era Deus. O Verbo
fez-se carne e habitou entre nós. Jesus,
tomando um corpo aparentemente material,
veio ser na Terra o Verbo de Deus.”
Bittencourt Sampaio
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PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA OBJETIVO GERAL DA UNIDADE:
INFANTIL Recepcionar as crianças de forma carinhosa e festiva.
CURSO: Jardim 2 Apresentar a Escola de Evangelização Espírita Infantil.
UNIDADE: Aula Inaugural
SUBUNIDADE: Aula Inaugural
Nº DE AULAS: 01 AULA: Aula Inaugural
OBJETIVOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
ESPECÍFICOS
 Estabelecer laços de OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Amigo evangelizador, neste dia, as atividades da Escola de
simpatia, união e alegria Evangelização Espírita Infantil deverão ser definidas pelo Conselho de Evangelizadores, ou caso
entre os membros da ainda não o possua, pela Direção da Equipe, respeitando os objetivos da aula inaugural.
Escola de Evangelização RECEPÇÃO: Neste momento a Escola de Evangelização tem que estar preparada e decorada
Espírita Infantil e os para receber com muita alegria as crianças. O momento da fila deverá acontecer, se possível,
alunos, iniciando o ano acompanhado por violeiros e músicas infantis. A criança tem que ser recepcionada com muito
num clima de harmonia e carinho por todos os evangelizadores. A Aula Inaugural deverá ser planejada previamente pela
paz; equipe de evangelizadores. Poderá haver um momento de artes, com fantoches, dramatização ou
 Gerar momentos de uma atividade artística de boas-vindas, que os próprios evangelizadores poderão organizar ou
alegria e fraternidade, solicitar de grupos mais especializados nesta área. O importante é que as crianças sintam-se
criando na criança o envolvidas pelo clima de receptividade fraterna. Poderá ser apresentada a Escola de
estado íntimo de Evangelização Espírita Infantil, onde cada criança poderá conhecer o(a) evangelizador(a) ou
aceitação e de amor pela dupla de evangelizadores(as). Após o momento artístico, poderá ser feita uma gincana ou
Escola de Evangelização atividades recreativas, na qual a criança terá a oportunidade de estar em contato com seus
Espírita Infantil; amigos e assim confraternizarem num clima de alegria verdadeira.
 Conhecer a rotina e as
normas da Escola de
Evangelização Espírita
Infantil.

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PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Exaltar a importância da vinda de Jesus entre os
INFANTIL homens, como um acontecimento esperado por muitos. Despertar na criança o
CURSO: Jardim 2 sentimento e o desejo da humildade e do amor, revendo a bênção da sua vinda através do
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família / Nascimento nascimento comparado ao nascimento humilde de Jesus.
SUBUNIDADE: O nascimento de Jesus e meu nascimento
Nº DE AULAS: 01 AULA: 1ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Reconhecer o amor APRENDENDO COM JESUS1 1- LLucas: 1:5-13;
Paternal de Deus nos 1:28,38; 2:1-14.
enviando Seu filho ESTUDANDO O CONTEÚDO 2- J.B. Roustaing,
amado Jesus; As pessoas do mundo inteiro sempre sonharam com um mundo melhor, especialmente Os Quatro
 Conhecer a singela aquelas que queriam aprender a ser boas de verdade. Nós sabemos que o mundo tem muitas Evangelhos, 7. ed., v.
história do nascimento do coisas lindas que Deus nos deu: as plantas amigas nos dão frutos, as flores lindas e perfumadas; 1, p. 152-168, 175-
Cristo, sua humildade e animais; a água boa que mata a sede e serve para cozinhar a nossa comida, limpar o nosso corpo 209.
importância; e enfeitar nosso mundo (rios, cachoeiras, mares); as pessoas (os colegas, a mamãe, o papai, o 3- Francisco Leite
 Perceber que a gestação e vovô, a vovó...) e tantas coisas lindas! de Bittencourt
o nascimento são atos de Mesmo assim, algumas pessoas desde muito e muito tempo esperavam um mundo melhor Sampaio, Jesus
amor dos pais para com sem brigas, com muito amor, pessoas se amando e sabendo que são irmãs umas das outras. perante a
os filhos que são Estas pessoas sabiam que para isto acontecer, um Espírito especial, que amasse muito a cristandade, 5. ed.,
ansiosamente esperados; todos, teria que vir até a Terra. Este Espírito seria irmão amoroso de todos e cumpriria a cap. 1 e 2.
 Reconhecer no importante tarefa de nos ensinar a amar a Deus e ao nosso próximo. 4- Rute Villas Boas,
nascimento motivo de Muitas pessoas esperavam este irmão tão querido nascer, só não sabiam quando e nem de Frederico reencarna.
alegria e esperança de onde viria. 5- Amélia
muitas realizações; Deus que é Bom e Justo, em um dia especial mandou um mensageiro Seu, um anjo Rodrigues, Luz do
 Compreender que o chamado Gabriel, até a casa de uma moça que se chamava Maria. mundo, 3.ed., cap. 2.
nascimento é Maria era uma moça de coração bom e orava sempre, sentiu logo a alegria daquela visita 6- Elizeu Rigonati,
programação Divina e inesperada e com respeito escutou o que ele tinha a dizer. O Evangelho da
que foi zelosamente O anjo saudou-a assim: “Eu te saúdo, ó cheia de graça, o Senhor é contigo”. (1) meninada, 9.ed., p.

1
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

30
preparado pelo mundo Depois ele anunciou que ela teria um filho, o qual se chamaria Jesus e ele viria ajudar a 14 e18.
espiritual. todos. 7- Humberto de
Maria ficou tão feliz que disse: “Eis a serva do Senhor, aconteça comigo segundo a tua Campos, Boa nova,
palavra. ”(1) 9.ed., cap. 30.
Maria tinha uma prima chamada Isabel, ela morava muito longe. O anjo Gabriel avisou à 8- Irmão Jota, O
Maria que sua prima, apesar de ser avançada em idade e, todos acharem que ela nunca teria Evangelho em
filhos; estava grávida de seis meses. quadrinhas.
Conte às crianças a passagem da anunciação a Zacarias! Da chegada de João Batista....
Deixe claro a elas que este fato aconteceu antes da anunciação à Maria: “Existiu, no tempo de
Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era
das filhas de Arão; e o seu nome era Isabel. E eram ambos justos perante Deus, andando sem
repreensão em todos os mandamentos e preceitos do Senhor. E não tinham filhos, porque Isabel
era estéril, e ambos eram avançados em idade. E aconteceu que, exercendo ele o sacerdócio
diante de Deus, na ordem da sua turma, segundo o costume sacerdotal, coube-lhe em sorte entrar
no templo do Senhor para oferecer o incenso. E toda multidão do povo estava fora, orando, à
hora do incenso. E um anjo do Senhor lhe apareceu, posto em pé, à direita do altar do incenso. E
Zacarias, vendo-o, turbou-se, e caiu temor sobre ele. Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas,
porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de
João. ” (1)
Porém, apesar de Isabel estar muito velha, foi da vontade de Deus que ela engravidasse e
desse a luz daquele que prepararia a vinda de Jesus, João Batista. Isabel teve uma gravidez
normal como de todas as mães terrenas.
Quanto à Maria, sua gravidez foi aparente, pois, Jesus não estava reencarnado no ventre
dela.
“A gravidez de Maria foi obra do Espírito Santo, porque foi obra dos Espíritos do Senhor
e, como tal, aparente e fluídica, de maneira a produzir ilusão, a fazer crer numa gravidez real.
(2)
“Maria fornecia os fluidos necessários para a materialização do corpo de Jesus. ” (2)
“[...] ao aproximar-se do momento final da sua gravidez aos olhos dos homens, ela
inconscientemente, mas ardendo no desejo de cumprir a missão que o Senhor lhe revelara por
intermédio do anjo ou Espírito superior que lhe fora enviado, estabeleceu, pela emanação dos
fluidos do seu perispírito, uma irradiação simpática, que atraiu os fluidos necessários à formação
do corpo fluídico de Jesus. Nenhum efeito, entretanto, teria produzido a ação inconsciente de
Maria, sem a intervenção da vontade daquele que ia descer ao vosso mundo. Jesus, pois,

31
constituiu, Ele próprio, pela ação da sua vontade, o perispírito tangível e quase material, que se
tornou, tendo-se em vista o planeta que habitais, um corpo relativamente semelhante ao vosso. ”
(2)
[...] Jesus não nasceu do homem. A matéria perecível não entrou por coisa alguma no
conjunto das suas perfeições.
[...] Jesus, Espírito perfeito, que nunca faliu, pertencente ao pequeno número daqueles
que trabalharam afanosamente por progredir sem se desviarem do caminho reto que seus guias
lhes mostraram e que assim atingiram a perfeição; Jesus, cuja perfeição se perde na noite das
eternidades, protetor e governador do planeta onde cresceis e passais pelas vossas provas, tendo
presidido à sua formação, desceu à terra para vos dar um exemplo de amor, de caridade, de
devotamento. ” (2)
Maria foi visitar sua prima Isabel. Foi um encontro de profunda alegria e luz. João
Batista, que Isabel trazia em seu ventre, saltou de júbilo ao sentir a presença de Jesus que estava
ao lado de Maria. As duas se abraçaram felizes. Maria ficou com a prima até uma data próxima
do nascimento do primo de Jesus, João Batista.
Depois de visitar Isabel, Maria voltou para sua casa e, logo após já no final de sua
aparente gravidez, junto com seu marido José, tiveram que viajar até uma cidadezinha chamada
Belém para fazer o recenseamento, ou seja, dizer seus nomes, quantos anos tinham e outras
coisas. Viajaram muito, Maria carregada no dorso de um burrinho e José a pé, até chegarem a
Belém.
Quando José e Maria chegaram a Belém, tinha muita gente na cidade, não havia lugar
para eles ficarem e já estava no momento final da aparente gravidez de Maria. Um senhor de
coração bondoso falou para José que o único lugar disponível era uma gruta ali perto, onde
dormiam os animais (burros, cavalos, ovelhas, vacas, etc.). Eles, então foram para lá.
“A fim de dar a Maria, sempre sob a influência magneto-espírita, a ilusão do parto e da
maternidade, os Espíritos prepostos, pela ação fluídica, a fizeram experimentar efeitos
semelhantes às contrações naturais em um parto qualquer. ” (2)
Jesus materializou-se aos olhos dos homens neste lugar simples, no silêncio de uma noite
cheia de estrelas lindas! Até parece que havia música no ar! ... Maria envolveu Jesus em panos
simples e o deixou num berço de palha para que ele pudesse dormir. E assim dormia o meigo
Jesus em seu berço humilde, enquanto as estrelas brilhavam além.
“Era preciso que Jesus ‘nascesse’ daquele modo. Sim, era preciso que ‘nascesse’ assim,
num lugar miserável, longe dos homens e de todos os socorros, a fim de dar um grandíssimo
exemplo de humildade [...]. ” (2)

32
“Inebriada, saturada dos fluidos divinos, a Virgem Imaculada encontrou-se nesse êxtase
santo de que só podem gozar espíritos puros; quando voltou a si do seu grande enleio, ouviu lá
fora, nos campos, onde baliam as ovelhinhas, cânticos sonoros que se elevavam pelos espaços,
dando glória a Deus no mais alto dos céus, e paz aos homens na Terra. [...].” (3)

FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA


O nascimento é um momento especial, amorosamente preparado por todos aqueles que nos
amam e desejam nosso crescimento.
Quem será que avisou para mamãe que você estava lá na barriga dela? Será que foi o
médico? Será que você ficava quietinho (a) naquela barriga tão quentinha e gostosa, ou será que
se mexia muito? Onde será que você nasceu? No hospital? Sua mamãe lhe vestiu roupas bem
limpas e depois lhe deu leite bem gostoso guardado dentro dela especialmente para você. Como
Deus é bom!
Seu nascimento também foi aguardado, a mamãe preparou as novas roupas e o seu berço.
O guardou em seu ventre zelando para que nada lhe faltasse. Ela e o papai escolheram o seu
nome com muito carinho. No mundo espiritual, os familiares queridos e seu anjo guardião
protegiam seu nascimento. Foi um dia especial, porque Deus lhe ama muito.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “Frederico reencarna”:
“Frederico era um garoto feliz. Adorava o lugar onde vivia e os amigos que com ele
partilhavam das muitas brincadeiras em meio às árvores frondosas dos perfumados jardins.
Como era gostoso sentar-se à beira do riacho, mergulhar os pés na água fresca e ficar
observando o balé dos peixes multicoloridos.
À tarde, todos iam para as salas de estudo e lá aprendiam com os amorosos instrutores as
lições de amor, de caridade e humildade, ensinadas pelo Mestre Maior: Jesus.
Ao crepúsculo, quando o sol se escondia no horizonte, tingindo o céu com as mais variadas
tonalidades, as crianças daquela Colônia se reuniam na Casa da Prece e, juntas, cantavam lindas
canções, agradecendo ao Pai a bênção do dia.
Depois, Frederico adormecia tranqüilamente, fitando as estrelas que surgiam na janela do
seu quartinho, aspirando a brisa que balançava delicadamente as cortinas.
Certo dia, Saulo, seu guardião, trouxe-lhe uma notícia que o deixou muito triste. Era
necessário que ele aprendesse algumas coisas, adquirisse umas tantas experiências, mas isto não
poderia ser feito ali, nas escolas da Colônia.

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Ele teria que mudar-se temporariamente para uma grande escola, um planeta chamado
Terra. Seria apenas um estágio, assegurou-lhe Saulo.
Assustado, Frederico chorou muito. Depois, desvencilhando-se da companhia de Saulo,
embrenhou-se no bosque, buscando um lugar bem isolado para melhor curtir a sua tristeza. Era
um recanto sossegado, para onde ele ia todas as vezes que precisava pensar ou tomar alguma
decisão.
Ali, permaneceu um longo tempo, cabisbaixo. Tinha medo de ficar sozinho num lugar
desconhecido. Além do mais não queria ficar longe dos seus amigos e do lar que tanto amava.
Tão pensativo estava que mal percebeu a presença de alguém que se aproximava
suavemente. Era Ana, a responsável pelo pavilhão dos bebês e que tinha um carinho muito
grande por Frederico.
Sentou-se ao seu lado, aconchegou a cabeça do garoto no seu colo e esperou que seu choro
se acalmasse.
Aos poucos, o menino foi serenando e disse:
- Ana, por que eu tenho de ir embora? Eu sou tão feliz aqui. Terei feito algo de errado?
- Não, meu amiguinho. Você nada fez de errado. E o Nosso Pai jamais usaria um recurso
desses para castigar um de Seus filhos. O que está ocorrendo chama-se Lei de evolução.
- Lei de evolução? O que vem a ser?
- Lei de evolução é a que dá a todos nós, filhos de Deus, oportunidades de, aos poucos,
irmos eliminando os nossos defeitos e desenvolvendo as nossas virtudes, até atingirmos o maior
grau possível de aperfeiçoamento. Para que isso ocorra, todos temos que nos submeter à
experiência da vida física, passar por vivências em lugares diferentes, onde poderemos nos
aproximar de pessoas com as quais temos compromissos de vidas anteriores. É a justiça de Deus
se manifestando.
- Desculpe, Ana, mas ainda não consegui entender por que é que eu tenho de ir.
- Meu irmãozinho querido, na Terra, muitas vezes no seio da própria família, somos
impelidos a conviver com pessoas que nos fizeram mal ou a quem prejudicamos no passado. É o
momento de praticarmos o perdão e desenvolvermos o amor sem restrições.
- Ana, não sei se conseguirei conviver com alguém que me fez um grande mal e, ainda por
cima, perdoá-lo e amá-lo.
- É aí que se manifesta, mais uma vez, a Suprema Sabedoria do Pai da Vida. Quando
encarnamos, nossas lembranças das vidas anteriores ficam esquecidas, ou melhor, ficam
arquivadas e não reconhecemos ninguém. Às vezes, temos uma vaga intuição, que se manifesta
por uma aversão ou simpatia que sentimos por algumas pessoas. Essas lembranças retornarão,

34
aos poucos, quando retornarmos à pátria espiritual.
- O que me assusta é ficar sozinho num lugar estranho, longe dos amigos daqui e do lar que
me é tão caro.
- Frederico, ninguém jamais está só. Você terá pais que o amarão muito e até irmãozinhos
que o ajudarão no aprendizado. Além do mais, nós o estaremos acompanhando de perto, em
todos os momentos da sua vida terrena.
Por outro lado, é chegado o seu momento e você não deve perder esta oportunidade.
Frederico era um menino bom e reconhecido a Deus. Também respeitava muito a opinião
de Ana, de quem gostava muito. Assim, conformou-se, na certeza de que o Criador sempre faz o
melhor para os Seus filhos.
Começou, então, uma nova fase na vida de Frederico. Todos os dias, ele ia, juntamente com
seu guardião, ao Departamento de Reencarnação, a fim de ser preparado para a nova tarefa. Isso
incluía a escolha, pelos responsáveis, das características físico-biológicas do corpo carnal que
ele iria receber, bem como o preparo para a miniaturização, que os trabalhadores do
Departamento explicaram a Frederico ser um processo pelo qual o perispírito diminui de
tamanho a fim de se adequar à forma do bebê.
Semanas mais tarde, aos primeiros raios do sol, seguiam, Saulo e Frederico, rumo à Terra
para conhecerem o lar onde ele deveria viver sua nova experiência.
Frederico estava excitado. Enquanto caminhavam, seu coraçãozinho batia
descompassadamente e indiscretas lágrimas brotavam de seus lindos olhos.
De repente, olhou para trás e viu, encantado, um enorme coração de luz azul, que lhe era
enviado pelos amiguinhos da Colônia.
Sorriu, mais calmo, segurou forte a mão de Saulo e acompanhou-o, confiante.
Após algumas horas de caminhada, chegaram a uma região esquisita, onde a luz do sol não
chegava e tudo era envolto numa densa bruma acinzentada.
- Saulo, que lugar estranho. É tudo tão cinzento, sem sol... Onde estamos?
- Estamos bem próximos da Terra. Essa região chama-se crosta terrestre e a névoa que
encobre toda a paisagem é formada pelos maus pensamentos e más atitudes das pessoas que aqui
habitam. Mas não se assuste. Nem todos os habitantes terrenos agem dessa forma. Há pessoas
intensamente ligadas ao Plano Maior, preocupadas em praticar o Bem e que se mantêm sempre
com os corações em prece e as mentes vigilantes. Em breve, elas formarão a maioria e a Terra,
então, se transformará num verdadeiro paraíso.
Chegaram, finalmente, a uma cidade muito movimentada. As pessoas iam e vinham,
apressadas, sem prestar atenção umas às outras. Carros passavam, rápidos, fazendo barulho e

35
muita fumaça.
Caminharam muito e o instrutor foi lhe mostrando a cidade, que era bonita, embora nem de
longe pudesse se comparar à sua Colônia.
Ao entardecer, chegaram a um bairro afastado e se aproximaram de uma casinha singela,
rodeada por um gracioso jardim, cujas flores delicadas perfumavam todo o ambiente.
A porta estava guardada por um amigo de Saulo que, após cumprimentá-los sorridente, fê-
los entrar.
- Que bom vê-los. Já os esperávamos.
Na sala humilde, mas caprichosamente limpa e bem arrumada, um casal ainda jovem
sentava-se ao redor de uma mesa, vestida com uma alva toalha, sobre a qual se via uma jarra de
água cristalina e um exemplar do Evangelho de Jesus.
Do outro lado da mesa, uma jovenzinha de aproximadamente nove anos e um garoto de
cinco conversavam animadamente.
Frederico percebeu, então, que embora o grupo familiar fosse reduzido, a pequena casa se
encontrava repleta de entidades iluminadas que se movimentavam diligentemente, executando
ações que ele não conseguia entender muito bem. Ia fazer uma pergunta, mas Saulo, percebendo
sua intenção, fez-lhe um sinal para que permanecesse em silêncio.
Os visitantes postaram-se, respeitosos, ao lado do cavalheiro que, abrindo o Evangelho, leu
pequeno trecho, fazendo, em seguida, um breve comentário. Logo após, a jovem senhora fez
sentida prece, rogando as bênçãos de Jesus para sua reduzida família e para todos os
necessitados.
Nesse momento, toda a casa iluminou-se de uma luz muito brilhante e flocos dourados
caíam do teto, desfazendo-se ao tocarem a fronte dos moradores e a jarra de água, ao mesmo
tempo que um perfume sutil invadiu todos os recantos daquele lar.
Após a prece, todos tomaram da água e a família se reuniu na cozinha para uma frugal
refeição. Havia uma natural alegria naquele lar e todos pareciam felizes por estarem juntos.
Mais tarde, após acomodar as crianças em seus leitos, marido e mulher também se
recolheram para o merecido descanso. Conversaram um pouco sobre trivialidades diárias e logo
adormeceram.
Tutor e tutelado os observavam. Frederico olhou com simpatia para aquele homem forte, de
fisionomia bondosa, depois para aquela mulher de olhar doce e sereno. Estremeceu. De onde os
conhecia? Pareciam-lhe tão familiares...
Sem entender o porquê, de repente sentiu uma enorme saudade de sua mãe. Onde estaria
ela? Algumas vagas lembranças passaram pela sua mente, mas eram ideias confusas. Mas

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aqueles olhos... como lembravam os da saudosa mamãe.
Aproximou-se, então, daquela mulher e tocou-lhe os cabelos delicadamente. Ela mexeu-se
na cama, parecendo perceber sua presença.
Sentiu que uma força maior o impelia para ela, ao mesmo tempo que um sono irresistível
fechava-lhe os olhos, sem que ele pudesse controlar-se.
Aconchegou-se naqueles braços macios e caiu num profundo torpor, perdendo a noção de si
mesmo.
Saulo aproximou-se, beijou-lhe os cabelos dourados e depois, agradecendo a Jesus numa
prece, retirou-se voltando para a Colônia. O casal que receberia Frederico reunia todas as
condições morais para orientá-lo nessa nova existência. Além do mais, havia entre eles fortes
laços afetivos, trazidos de várias vivências anteriores. Parte da sua missão, portanto, estava
cumprida.
Os dias, os meses passaram, céleres e, numa linda manhã de primavera, Frederico desperta,
frágil e assustado, numa sala de hospital, chorando muito, enquanto seus pais o amparam em
seus braços, sorrindo felizes...
Ao redor do berço, Saulo e os amigos da Colônia entoam uma canção, rogando a Deus que
lhe dê as forças necessárias para o cumprimento da sua tarefa terrena.
Como resposta, uma intensa luz safirina ilumina todo o quarto e Frederico, devagarinho, vai
parando de chorar e adormece com um sorriso nos lábios...” (4)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“A Jesus hoje elevamos
A nossa humilde oração
Pelo irmão que nos reúne
Na sua terna afeição. ”
Casimiro Cunha

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando o
que ela é capaz de fazer.
CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das

37
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe para
tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de carinho,
orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Convide para este momento uma mãe grávida. Peça a ela que conte sobre a experiência
desta gravidez: - Como ela soube que seu bebê estava lá (na barriga), quem deu a notícia a ela,
como ela se sentiu e se sente, se o bebê se mexe muito ou não. Deixe as crianças perguntarem
livremente sobre o assunto. Veja se é possível as crianças passarem a mãozinha, com cuidado,
fazendo carinho na barriga dela. Incentive-as a conversarem calmamente com o bebê.
Após este momento, leve uma lembrancinha semi-pronta, deixando que completem alguns
detalhes. Sugestão: babador de papel (ou outro material), com bordas perfuradas para a criança
alinhavar com lã ou barbante ou passar fita ou ainda colar detalhes.
Deixe as crianças livres para dar a lembrancinha para a mãe que as visita ou levar para casa
para dar para a mamãe delas.

BRINCANDO COM JESUS


Você pode preparar um jogo da memória. Recorte vários cartões do mesmo tamanho,
desenhe ou recorte figuras de famílias (animais ou pessoas), cole ou desenhe em um dos cartões
a figura do papai e da mamãe e em outro a do filhinho, exemplo:
Em um cartão o papai leão e a mamãe leoa, em outro o filho leãozinho.
Você pode colocar a família de um cãozinho, gatinho, patinho, nenê, coelhinho,
passarinho...
Todos os cartões ficam virados para baixo. Cada criança pega um cartão. Depois todas vão
procurar a outra parte para completar a família.
Você pode fazer com que as crianças percebam que todos têm mãe, pai, e que devemos
valorizar a bênção da família.
Depois pode-se fazer uma dramatização (a família) cada criança vai representar um membro
da família.

38
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Possibilitar a redescoberta do corpo como uma
INFANTIL dádiva de Deus e que nos cabe como obrigação cuidar dele e preservá-lo.
CURSO: Jardim 2
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família /Corpo físico
SUBUNIDADE: Corpo, dádiva de Deus
Nº DE AULAS: 03 AULA: 2ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Reconhecer Jesus como APRENDENDO COM JESUS2 1. Lucas, 4:14-
filho bem-amado que 15; 5:15-16.
soube enobrecer sua ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Antônio Luiz
passagem pela Terra, Jesus, como já ouvimos, nasceu em local simples, porém, teve um nascimento especial, Sayão, Elucidações
fazendo o bem, pois, teve um corpo diferente, próprio para a missão importante que vinha realizar entre nós aqui evangélicas, 8. ed., p.
cultivando o amor; na Terra. Desde sua infância, trabalhou para o bem de todos. Suas mãos ainda pequeninas 121, 195.
 Compreender que, espargiam bênçãos, seus olhos irradiavam paz, sua voz acalmava e aproximava de Deus as 3. Casimiro
quando deixamos o criaturas. Maria a tudo observava cheia de encantamento e ternura. Jesus crescia e a todos Cunha, Toninho
mundo espiritual, contagiava, curava as feridas dos corpos, abria a visão dos olhos fechados à luz, que voltavam a tortinho.
ocupamos um corpinho enxergar, erguia paralíticos de membros atrofiados, comunicava a todos lições profundas de 4. Allan Kardec,
que melhor atende as esperança, paz e alegria. O Evangelho
nossas necessidades; Jesus sabia que cada um tinha o corpo que precisava para melhor aproveitar a encarnação Segundo o
 Reconhecer o nascimento na Terra, alguns com olhos que não enxergavam, outros com pernas que não andavam, ou ainda Espiritismo 104. ed.,
como dádiva suprema de com outras dificuldades, mas compreendia também que, quando temos um talento adormecido, cap. 17, item 11.
Deus, possibilitando podemos cultivar outros talentos. Quando não enxergamos com nossos olhos, os nossos dedos, 5. J.B.
recomeçar uma nova nossas mãozinhas e nossos ouvidos ficam atentos e realizam o trabalho de maneira especial e Roustaing, Os Quatro
vida; muito eficiente, porque Deus nosso Pai Amoroso sempre nos proporciona o que precisamos para Evangelhos, 7. ed., v.
 Perceber que temos nos tornarmos melhores. 1, p. 226-227.
características diferentes Jesus, espírito puríssimo, se apresentava aos homens com um corpo de aparência humana, 6. Leopoldo
uns dos outros, herdadas feito de luz, que aparecia e desaparecia quando assim ele decidia. Cirne, A
de nossos pais, segundo o Vários momentos de sua passagem pela Terra mostram que ele estava em um lugar e personalidade de

2
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

39
que necessitamos para depois desaparecia, indo para outro, sem que os que estavam com ele percebessem. Isso somente Jesus, 3. ed., p. 21-
nosso crescimento seria possível se ele tivesse um corpo diferente do nosso, fluídico, que pudesse ser transportado 22.
individual; com a velocidade do pensamento. 7. Lucas, 2:40.
 Compreender que Conte para as crianças trechos do evangelho que comprovam que Jesus tinha um corpo 13:10-13,22:24-27.
renascimentos dolorosos fluídico de luz: 8. Meimei,
são períodos de “Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galiléia, e a sua fama correu por História de André.
refazimento e todas as terras em derredor. E ensinava nas ruas, e por todos era louvado”. (1) 9. Roque
regeneração, “Quer isto dizer: sendo ele sempre Espírito, sob as aparências humanas que tomara, Jacinto, O grilo
indispensáveis à transportou-se para os confins da Galiléia, com a rapidez do relâmpago, como fazia sempre que perneta.
felicidade futura. viajava só, pelo poder ou faculdade que tem o Espírito de ir de um ponto a outro, tão célere 10. Sônia Xavier
quanto o pensamento”. (2) Pimentel, Cuidado,
Novamente em Lucas, 5:15-16: marimbondo
“A sua fama, porém, se propagava ainda mais, e ajuntava-se muita gente para o ouvir e zangado.
para ser por ele curada das suas enfermidades. Ele, porém, retirava-se para os desertos, e orava”. 11. Irmão Jota, O
(1) evangelho em
“Quanto ao retirar-se para o deserto, a fim de orar, como pensavam seus discípulos, o que quadrinhas.
se dava, conforme já foi explicado, era que lhes desaparecia das visitas, fazendo cessar a
visibilidade e a tangibilidade do seu corpo celeste, ou seja, fluídico, a fim de volver às regiões
celestiais onde paira de contínuo o seu Espírito excelso. ” (2)

FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA


Você também recebeu um corpinho preparado exclusivamente para você que não é igual a
nenhum outro. Seus olhos podem lembrar os olhos da mamãe, seu rosto pode parecer com o
rosto do papai, dos avós, mas ninguém, ninguém mesmo tem o corpo igual nem mesmo os
gêmeos (que são muito parecidos). Sabe por que isso acontece? Porque cada um está escrevendo
sua história e mesmo antes de seu nascimento você também já participava da formação do seu
corpinho, de como seriam seus olhinhos, suas perninhas, seu coração, se tudo funcionaria
perfeitamente ou não. Vê como Deus é Amoroso e Bom? Observe suas mãozinhas, seus olhos e
seu rostinho. Veja com quem se parece, perceba seus talentos e suas dificuldades, e veja o que
Deus espera de você, que é especial e muito amado por todos. Use seu corpinho para fazer o
bem, assim como Jesus nos diz: “Teu olho é a lâmpada do teu corpo, se teu olho é simples, todo
o teu corpo será luzente; mas, se for mau, todo o teu corpo será tenebroso. Toma cuidado: não
seja treva a luz que está em ti. Se, portanto, todo o teu corpo for luminoso, sem que haja nele
parte alguma tenebrosa, todo ele luzirá e te iluminará, qual se fora brilhante lâmpada. ”

40
CONTANDO UMA HISTÓRIA
Conte a história espírita infantil “Toninho Tortinho”:
“Nasceu Antonio, o Toninho,
muito esquisito e acabado,
Era muito pequenino,
num pescoço mal formado.

As pernas eram pequenas,


os braços eram outro tanto.
Os olhos esbugalhados,
as mãos em forma de gancho.

D. Izabel, sua mãe,


chorou ao vê-lo assim:
“Pobre do meu Toninho,
Por que Deus o fez assim?”

Mas o Toninho não sabia


nem podia entender.
Só mamava, só dormia,
e dia-a-dia a crescer.

Diziam os coleguinhas:
- Olha o Toninho Tortinho!
- Olha o Toninho Aleijado!
- Olha o Toninho Feinho!

O Toninho, então chorava,


andava tão triste e só.
- Não tenho nenhum amigo,
ninguém que me tenha dó.

41
Um dia veio um amigo,
que se chamava Maurício,
este trouxe o Agostinho,
o Januário, o Felício.

- “Você para mim é o Tonico,


um amigo de verdade,
Não é Toninho Tortinho,
é Toninho Claridade!”

Assim falou o Maurício,


mostrando um riso leal,
pro Toninho então ficou
esquecido todo mal.

Não podia; tal as pernas,


jogar um bom futebol,
mas era o juiz do jogo,
apitando sob o sol.

Não podia, é bem verdade,


escrever muito depressa,
mas era ele quem cuidava
da vitrola na quermesse.

Toninho Tortinho andava


agora muito contente.
Era querido de todos,
exemplo pra toda a gente.

O que ninguém lá sabia


porque não podiam ver,
é que o Toninho tinha um “anjo”,
que vinha com ele ter.

42
Um dia o Toniquinho
Viu o “anjo” ao seu lado.
- Quem é você? - perguntou.
- Seu amigo do Outro Lado.

E o anjo, um espírito,
que estava ali pra ajudar,
ensinava o Toniquinho
sobre as leis do Eterno Pai.

As palavras do Toninho
Vertiam mel e verdade,
todos vinham falar com ele.
Era Tônho Claridade!

E como ficou querido


pelo bem que aqui fez,
Não mais Toninho Tortinho,
o apelido se desfez.

Todo o povo já falava:


Toninho é só bondade!
Pra todos ele era lindo,
o Toninho Claridade!” (3)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“E com graça de Deus,
O menino então crescia,
Em espírito e estatura,
Cheio de sabedoria.”
Irmão Jota

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA

43
Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe para
tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de carinho,
orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Neste dia você poderá confeccionar um lindo mural, arranje uma porção de papel de
diversas texturas (liso ou rugoso, grosso e fino) em cores variadas (papel cartão, cartolina, papel
com ilustrações, etc...). Então, pergunte às crianças: “Vocês conseguem rasgar em tamanhos
bem pequenos? Agora, em tamanhos grandes? ” Depois deixe-as colarem todos esses papéis
rasgados, de formas, cores e tamanhos diferentes, sobre um papel em branco. Depois disso fixe
no mural os trabalhos das crianças.

BRINCANDO COM JESUS


As crianças adoram brincar de boca de forno (podemos mudar o nome para mamãe
mandou). Aproveite e peça para elas fazerem muitos movimentos com o corpo (correr, andar de
costas, subir, descer, chutar bola, correr sem sair do lugar, rir, chorar, abraçar...) e conclua
dizendo que tudo isto só é possível, porque temos um corpo.

44
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Possibilitar a redescoberta do corpo como
CURSO: Jardim 2 uma dádiva de Deus, e que nos cabe como obrigação cuidar dele e preservá-lo.
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família / Corpo físico
SUBUNIDADE: Jesus cuidava do seu corpo. Devo cuidar do
meu corpo também
Nº DE AULAS: 03 AULA: 3ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Reconhecer o amor que APRENDENDO COM JESUS3 1. Marcos,
Jesus nutria por Deus 1:35-38; 6:56.
nosso Pai e como ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Emmanuel,
agradecia o dom da vida; Quando Jesus caminhava pelas cidades e aldeias, sempre se fazia acompanhar por seus Caminho, verdade e
 Perceber que nosso corpo discípulos, que eram seus amigos especiais e aos quais ele ensinava as lições mais belas. vida. 14.ed. Lição:
foi especialmente “E, onde quer que ele entrava, ou em cidade, ou aldeias ou no campo, apresentavam os 70, 118,120.
preparado para que aqui enfermos nas praças, e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua roupa; e 3. Casimiro
pudéssemos viver e todos os que lhe tocavam, saravam. ”(1) Cunha, Timbolão.
aprender a sermos O anseio de melhorarem-se, o desejo do equilíbrio do corpo levava multidões ao encontro 4. Dicionário
melhores; de Jesus. da Alma pág. 247.
 Compreender que nossos “Ninguém reuniu sobre a Terra tão elevadas expressões de recursos desconhecidos quanto 5. Neio Lúcio,
pais amorosamente zelam Jesus. Aos doentes, bastava tocar-lhe as vestiduras para que se curasse de enfermidades Alvorada Cristã, 11.
pela nossa saúde; dolorosas; suas mãos devolviam o movimento aos paralíticos, a visão aos cegos. ” (2) ed., cap.38, p.159.
 Reconhecer que, à Jesus ouvia o apelo constante daqueles que possuíam um corpinho doente e desejavam a 6. Antônio Luiz
medida que crescemos, cura. Jesus compreendia as necessidades e inquietações das pessoas e valorizava o desejo Sayão, Elucidações
somos responsáveis por sincero da busca pela saúde. evangélicas, 8. ed.,
cuidar e manter nosso Conte para as crianças a passagem do Evangelho em que Jesus fala da sua missão: p.261.
corpo saudável; “E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu e foi para um lugar 7. Irmão Jota,
 Identificar formas de deserto, e ali orava. E seguiram-no Simão e os que com ele estavam. E achando-o, lhe O Evangelho em
cultivar a saúde e o bem- disseram: Todos te buscam. E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também quadrinhas.
estar físico; pregue; porque para isso vim. ” (1)

3
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

45
 Cultivar hábitos de Esta é outra passagem que mostra que Jesus nessas ausências, não estava no deserto ou
higiene corporal, jejuando, estava nas regiões superiores, exercendo o governo do mundo.
alimentação saudável, Quando voltava pela manhã, bem cedo, queria ensinar aos homens que não deveriam
sono reparador como proporcionar a si mesmo um repouso desnecessário, nem consagrar demasiado tempo aos
formas de zelar pelo cuidados pessoais.
corpo que recebemos de
Deus. FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA
Quando pequenos, nossos pais zelaram com desvelo e carinho pelo nosso corpinho que
acabara de se formar, que abrigou nossa alma vinda do mundo Espiritual para progredir. Nos
primeiros anos de nossa vida, temos a presença do adulto que Deus designa para que nos sirva
de pais, tutores de nossa existência aqui na Terra, são eles que nos alimentam, dão-nos o banho,
nos colocam para dormir, cuidam da nossa saúde, que garante o sagrado ensejo de aprender na
Terra. À medida que crescemos, vamos compreendendo melhor e passamos a tomar conta de
nós mesmos. Com nossos pais, aprendemos então o valor da saúde e a sua importância, o
cuidado com a limpeza, conservação e defesa do nosso corpinho. Aprendemos a cuidar da
boca, dos olhos, das mãos, dos ouvidos, não se esquecendo de nenhuma parte do corpo
mantendo a saúde.
Mas Jesus em sua sabedoria infinita, curava, não curava apenas o corpinho adoecido,
ensinava a conquista da saúde espiritual corrigindo sentimentos, renovando desejos de melhora,
ensinava que cuidar da boca, além de escovar os dentes, também é falar o bem, cantar; que
cuidar dos olhos é lavá-los, mas é também observar a beleza da natureza, ver o lado bom de
tudo que existe, agradecer a Deus; que cuidar das mãos é mantê-las limpinhas, sem nos
esquecer de mantê-las ocupadas, acariciar, ajudar, socorrer, amparar; que limpar bem os
ouvidos é muito importante, mas também esquecer as ofensas que nos são ditas, perceber o som
do riacho, o canto dos pássaros, a melodia do vento e a tudo dar graças a Deus. Assim, nosso
corpinho vai lentamente sendo valorizado e bem cuidado por nós e Deus percebe que o nosso
coração já aprendeu a agradecer o dom da vida.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “Timbolão”:

PRIMEIRA PARTE
“Apesar de bem crescido,
Forte alegre e bonitão,

46
Era peralta e perverso
O menino Timbolão.

Saiu expulso da escola,


Enchendo a mãe de amargor.
Atirara cinco bombas
Na mesa do professor.

Junto à casa dos vizinhos


Fazia sempre arruaças,
Pondo fogo no jardim
E apedrejando as vidraças.

Abria malas e cofres


Manejando velha pua,
E até fincava alfinetes
Nas mãos dos cegos na rua.

Dona Custódia, a mãezinha,


Lhe falava sempre assim:
- Ah! Meu filho, seja bom!
Tenha piedade de mim.

Mas o menino teimoso


Pouco ligava aos conselhos
Depois de ouvir a mãezinha,
Quebrava copos e espelhos.

Um dia, fez uma cobra


Toda de arame e papel,
Quebrando a perna doente
Da pobre Dona Isabel.

Mais tarde, pôs na cozinha

47
Grande casca de banana,
Testando dar outra queda
Na lavadeira Donana.

Mas o pequeno esqueceu


E, indo ao tanque brincar,
Escorregou de repente,
Num tombo espetacular.

Aos gritos de toda a casa,


No barulho da aflição,
Lá se vai, escada abaixo,
O travesso Timbolão!...

SEGUNDA PARTE

Dona Custódia, chorando,


Chega de passo cansado...
Timbolão mais parecia
Um boneco ensangüentado...

Para limpar o nariz,


Trouxeram enorme fronha;
O sangue corria em bica.
A queda fora medonha.

Gritava e chorava tanto,


E parecia tão mal,
Que foi conduzido à pressa
Para o leito do hospital.

O médico examinou,
Demonstrando inquietação.
Depois, falou muito aflito:

48
- Coitado do Timbolão.

Ele partira dois dentes,


Estava de testa inchada,
E tinha a perna direita
Toda ferida e quebrada.

Envolvido de ataduras,
De olhar triste e cara fina,
Começou tomando soro
E muita penicilina.

Mas a perna piorava


E era tanta a inflamação,
Que o doutor, sem mais demora,
decidiu a operação.

Timbolão, atado à mesa,


Gemia desesperado,
Mas lembrando, sempre e sempre,
Que ele mesmo era o culpado.

Terminando o tratamento,
Parecia novo em tudo,
E abraçava a mamãezinha
Com grande atenção no estudo.

Infelizmente, o menino,
Por haver sido tão mau,
Conquanto agora bonzinho
Ficou com perna de pau.” (3)

TRABALHANDO A QUADRINHA

49
“João - de Deus enviado -
Veio testificar a luz
Que alumia a todo homem
Na figura de Jesus.”
Irmão Jota

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e
valorizando o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Nesse momento, o evangelizador junto com as crianças, poderá confeccionar um livrinho
representando a utilização do seu corpinho. Em cada parte do livro terá um pequeno desenho de
uma parte do seu corpo, exemplo “as mãos”, o evangelizador perguntará para a criança o que
podemos fazer de bom com aquela parte e eles irão desenhar e escrever debaixo.
Ou
“Faça alguém feliz”: utilizando argila deixe a criança criar ao ar livre e com música de
fundo, uma linda escultura e entregar para algum colega. Falar que aquele trabalho, feito pelas
suas mãos, poderá fazer alguém muito feliz.

BRINCANDO COM JESUS


O evangelizador poderá brincar de reforma íntima com as crianças da seguinte forma.
Leve para a sala uma figura de um boneco (grande) ou um boneco mesmo. Entregue para cada
criança 3 tipos de coração. Um será amarelo, um verde e outro vermelho. Você irá dirigir a

50
brincadeira perguntando para as crianças como está a sua vida, está utilizando bem cada parte
do corpo. A criança deverá colocar em cada parte um coração de cada vez representado as suas
ações. O verde será a criança que não utiliza bem o seu corpo. O amarelo já consegue fazer
algo com o corpo, mas que precisa melhorar. E o coração vermelho é a criança que só utiliza o
corpo para as boas ações.
Obs: se achar melhor, cada criança pode ter o seu próprio boneco, seja ele de papel ou de
EVA.

51
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Possibilitar a redescoberta do corpo como
CURSO: Jardim 2 uma dádiva de Deus, e que nos cabe como obrigação cuidar dele e preservá-lo.
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família / Corpo físico
SUBUNIDADE: Jesus ajudou muitas pessoas. Com meu
corpo posso ajudar também.
Nº DE AULAS: 03 AULA: 4ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Perceber os exemplos APRENDENDO COM JESUS4 1. Lucas 13:12-
dados por Jesus, no 13; 14:33-36.
aproveitamento correto de ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Neio Lúcio,
seu corpo fluídico, em Um dia, quando Jesus se apresentava aos olhos dos homens sob aparência de um homem Alvorada Cristã,
obediência à Deus; de trinta anos, uma mulher veio até ele para lhe pedir que a curasse. Ela sofria muito, tinha o 11.ed., cap.15.
 Reconhecer o amor do corpo todo encurvado para frente, tão encurvado que ela não conseguia olhar para cima. Jesus 3. Amélia
Cristo pelas pessoas, que tem um grande amor por todos, teve piedade dela. Rodrigues, Pelos
através de suas atitudes “E vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade. E caminhos de Jesus,
nobres, de abnegação e pôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou, e glorificava a Deus. ” (1) 2.ed., cap. 2.
devotamento; A mulher ficou curada e saiu muito feliz. 4. Guillon
 Perceber que também nós Jesus cuidava muito bem do seu corpo fluídico, sustentado por seus pensamentos puros e Ribeiro, Jesus, nem
devemos preservar o sua vontade, a fim de ter forças para ajudar a todos como ele ajudava (trabalhar hábitos de Deus nem homem,
nosso corpo utilizando-o higiene e cuidados com o corpo, pensamento, respeito, palavrões - se for o caso da sua turma, 2.ed, p. 19.
para o bem. etc.). 5. Humberto de
Conte às crianças a passagem em que Jesus recomenda o que fazer para ser seu discípulo: Campos, Boa nova,
“Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu 9.ed., cap. 2.
discípulo. Bom é o sal; mas, se o sal degenerar, com que se há de salgar? Nem presta para a 6. J.B.
terra, nem para o monturo; lançando-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. ” (1) Roustaing, Os
Quatro Evangelhos,
FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA 7.ed., v. 1, p. 152-
O seu corpo, como você já sabe, foi Deus nosso Pai, que o emprestou; também já sabe 168, 226-227, 426-

4
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

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que Jesus tinha um corpo de luz. O que será que Jesus fazia com seu corpo? Com suas mãos 427.
ajudava a mamãe no serviço de casa, o papai na carpintaria e todas as pessoas que precisassem 7. Leopoldo
de ajuda. Com seus pés caminhava por bons caminhos; com sua boca falava muitas coisas boas Cirne, A
a todas as pessoas, contava histórias lindas, ensinava o bem. Jesus nunca usou sua boca para personalidade de
falar o mal e nunca xingou ninguém, em sua cabeça, Jesus só tinha bons pensamentos e fazia Jesus, 3.ed., p. 21,
sempre muitas preces. Ele orava pelos doentes, pelos velhinhos; por todos que precisassem. 22.
Você também deve cuidar do seu corpo para ter muita saúde e poder ajudar a mamãe, o 8. Veneranda,
papai e os irmãos; deve fazer como Jesus. Os filhos do grande
rei, cap. 1.
CONTANDO UMA HISTÓRIA 9. Irmão Jota,
Conte a história espírita infantil “O poder da gentileza”, do livro Alvorada Cristã: O Evangelho em
“Eminente professor negro, interessado em fundar uma escola num bairro pobre, onde Quadrinhas.
centenas de crianças desamparadas cresciam sem o benefício das letras, foi recebido pelo
prefeito da cidade que lhe disse imperativamente, depois de ouvir-lhe o plano:
- A lei e a bondade nem sempre podem estar juntas. Organize uma casa e autorizaremos a
providência.
- Mas, doutor, não dispomos de recursos... – considerou o benfeitor dos meninos
desprotegidos.
- Que fazer?
- De qualquer modo, cabe-nos amparar os pequenos analfabetos.
O prefeito reparou-lhe demoradamente a figura humilde, fez um riso escarninho e
acrescentou:
- O senhor não pode intervir na administração. Não ocupa nenhum cargo.
O professor, muito triste, retirou-se, e passou a tarde e a noite daquele sábado pensando,
pensando...
Domingo, muito cedo, saiu a passear, sob as grandes árvores, na direção de antigo
mercado.
Ia comentando, na oração silenciosa:
- Meu Deus, como agir? Não receberemos um pouso para as criançinhas, Senhor?
Absorvido na meditação, atingiu o mercado e entrou.
O movimento era enorme. Muitas compras. Muita gente.
Certa senhora, de apresentação distinta, aproximou-se dele e tomando-o, por servidor
vulgar, de mãos desocupadas e cabeça vazia, exclamou:
- Meu velho, venha cá.

53
O professor acompanhou-a, sem vacilar.
À frente dum saco enorme, em que se amontoavam mais de trinta quilos de verdura, a
matrona recomendou:
- Traga-me esta encomenda.
Colocou ele o fardo às costas e seguiu-a.
Caminharam seguramente uns quinhentos metros penetraram elegante vivenda, onde a
senhora voltou a solicitar:
- Tenho visitas hoje? Poderá ajudar-me no serviço geral?
- Perfeitamente – respondeu o interpelado -, dê suas ordens.
Ela indicou pequeno pátio e determinou-lhe a preparação de meio metro de lenha para o
fogão. Empunhando o machado, o educador, com esforço, rachou algumas toras. Findo o
serviço, foi chamado para retificar a chaminé. Concertou-a com sacrifício da própria roupa.
Sujo de pó escuro, da cabeça aos pés, recebeu ordem de buscar um peru assado, à distância de
dois quilômetros. Pôs-se a caminho, trazendo o grande prato em pouco tempo. Logo após,
atirou-se à limpeza de extenso recinto em que se efetuaria lauto almoço.
Nas primeiras horas da tarde, sete pessoas davam entrada no fidalgo domicílio. Entre elas,
relacionava-se o prefeito que anotou a presença do visitante da véspera, apresentado ao seu
gabinete por autoridades respeitáveis. Reservadamente, indagou da irmã, que era a dona da
casa, quanto ao novo conhecimento, conversando ambos em surdina.
Ao fim do dia, a matrona distinta e autoritária, com visível desapontamento, veio ao servo
improvisado e pediu o preço dos trabalhos.
- Não pense nisto – respondeu com sinceridade -, tive muito prazer em ser-lhe útil.
No dia imediato, contudo, a dama da véspera procurou-o, na casa modesta em que se
hospedava e, depois de rogar-lhe desculpas, anunciou-lhe a concessão de amplo edifício,
destinado à escola que pretendia estabelecer. As crianças usariam o patrimônio à vontade e o
prefeito autorizaria a providência com satisfação.
Deixando transparecer nos olhos úmidos a alegria e o reconhecimento que lhe reinavam
n’alma, o professor agradeceu e beijou-lhe as mãos, respeitoso.
A bondade dele vencera os impedimentos legais.
O exemplo é mais vigoroso que a argumentação.
A gentileza está revestida, em toda parte, de glorioso poder.” (2)

TRABALHANDO A QUADRINHA

54
“És irmãozinho
Do pobrezinho
Que aflito vai...
Nos mesmos trilhos
Nós somos filhos
Do mesmo Pai.”
João de Deus

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da
pele. Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança,
que necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou
encaminhe para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num
clima de carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Você poderá “fabricar” junto com as crianças, porta-objetos de higiene, levando
previamente recortadas, as garrafas plásticas no tamanho adequado, para servirem de:
- saboneteira;
- porta-pente;
- porta escova de dente.
Forre as bordas com fita adesiva colorida ou com uma tira de tecido colado, para evitar
que as crianças se cortem. Deixe que elas enfeitem como quiserem, com colagens, com
pinturas, escrevendo seu nome, etc.

BRINCANDO COM JESUS

55
Leve em uma caixa, objetos que usamos para higiene corporal (escova de dente, pente,
sabonete, esponja para banho, toalha, etc...) e higiene mental (livros). Escolha uma criança e
cubra seus olhos, abra a caixa, conduza sua mãozinha e deixe que ela escolha um objeto,
pergunte para que serve. Aproveite o momento e reforce os cuidados com o corpo.
Você poderá também montar um “Salão de beleza” onde o evangelizador é o (a)
manicure, que vai cortar as unhas, lavar e pentear os cabelos. As crianças podem levar neste
dia suas escovas e escovar os dentes.
Trabalhe a música, enquanto as crianças aguardam serem atendidas no salão: (adapte a
letra com a melodia ciranda-cirandinha).
“Lavo o rosto, escovo os dentes, as mãozinhas vou lavar, pasta, escova, sabonete e pente
pra pentear.
Menino que é limpinho, bem bonito vai ficar, vou cuidar da minha roupa, os sapatos vou
limpar, trá, lá,lá...

56
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Exaltar a harmonia, o amor e a alegria do lar
CURSO: Jardim 2 de Jesus, despertando o desejo e descobrindo maneiras de praticar no próprio lar os
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família / Convivência no lar. exemplos sublimes do Mestre.
SUBUNIDADE: Jesus amava sua família. Eu também amo
minha família.
Nº DE AULAS: 04 AULA: 5ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Reconhecer nas figuras APRENDENDO COM JESUS5 1. Lucas, 1:26-
amorosas de Maria e José, 38, 2:41-52.
as pessoas escolhidas por ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Corina
Deus, para serem pais de Deus sabia que só Maria poderia ser a mãe carinhosa e corajosa de Jesus aqui na Terra. Novelino, Escuta,
Jesus; Maria passou por muitas dificuldades para ser a mamãe de Jesus, mas não se importou com meu filho, 8.ed., cap.
 Valorizar seus pais, como nenhuma delas, porque ela tinha muita fé em Deus. Ela cuidava com muito amor do filho 14.
pessoas que Deus querido e do seu lar. 3. Allan
escolheu para lhe dar a José também foi escolhido por Deus para ser o papai de Jesus, por ser um bom homem. Kardec, O
vida (o corpo), Ele era sério, cuidadoso com sua esposa a quem ele muito amava. Ele orava muito, tinha fé em Evangelho Segundo
agradecendo a Ele, a Deus, era corajoso e trabalhador, enfrentando as dificuldades para cumprir sua missão de pai. o Espiritismo
bênção de tê-los como Um dia Jesus teve que fazer uma viagem com seu pai José e sua mãe Maria, para a festa 104.ed. cap. 14.
pais (não importando da Páscoa numa cidade chamada Jerusalém. Quando a festa acabou, José e Maria foram 4. Casimiro
como sejam ou onde embora, e “pensando que o menino estivesse entre os que os acompanhavam, caminharam Cunha, Timbolão.
estejam). durante um dia e o procuraram no meio dos parentes e conhecidos. Não o achando voltaram à 5. Humberto de
Jerusalém para procurá-lo. ” (1) Campos, Boa nova,
Encontraram Jesus, três dias depois, conversando com os doutores da lei. 9.ed., cap. 2, 30.
Conte às crianças a passagem em que Jesus está entre os doutores do templo e, com a 6. J.B.
chegada de seus pais, Jesus, obediente, segue com eles para casa: Roustaing, Os
“E quando o viram, maravilharam-se e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim Quatro Evangelhos,
para conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos. E ele lhes disse: Por que é que 7. ed., v. 1, p. 152-
me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai? E eles não 168, 188-190, 240-

5
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

57
compreenderam as palavras que lhes dizia. E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes 256.
sujeito. E sua mãe guardava no seu coração todas estas coisas. E crescia Jesus em sabedoria, e 7. Mateus,
em estatura, e em graça para com Deus e os homens. ” (1) 1:18-25, 19: 18-19.
Jesus havia ficado naquela cidade porque tinha um trabalho importante para cumprir: falar 8. Meimei,
do amor de Deus. História de André.
9. Meimei, Pai
FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA nosso, cap.
Você já sabe que Maria era a mamãe carinhosa de Jesus. Deus escolheu Maria para ser a Mãezinha.
mãe de Jesus porque seu coração era muito bom e havia nele muito amor. 10. Neio Lúcio,
Jesus sempre agradecia a Deus pela família que tinha. Sua mãe amorosa, seu pai Alvorada Cristã,
carinhoso. Ele obedecia sempre, ajudava e conversava com seus pais. 11.ed., cap. 11.
Você também, querida criança, deve ser como Jesus, obediente e amoroso com seus pais e 11. 11- Irmão
familiares, seguindo os exemplos belíssimos do nosso querido e amado Jesus. Jota, O Evangelho
em quadrinhas.
CONTANDO UMA HISTÓRIA
Conte a história espírita infantil “O que Jesus nos pede”, do livro Escuta, meu filho.

“Isabel buscara o regaço carinhoso da avozinha, ciente de que, mais uma vez, a turminha
do bairro estaria ausente. É que as chuvas prosseguiam no seu trabalho de lavar a face suja do
Planeta...
Dona Clara aconchegou a netinha no abraço cheio de ternura e disse-lhe:
-Você quer ouvir histórias sem a companhia das amiguinhas?
- Quero sim, Vovó!
- E garante-me você que não sentirá sono?
- Que pergunta, Vovó! Imagine só eu pensar em dormir, quando a senhora conta bonitas
histórias...
- Pois bem, então ouça.
O pequeno Zacarias era um menino muito obediente. Toda a vizinhança o estimava muito,
porque estava sempre pronto para servir, além de ser delicadíssimo no trato com as pessoas e
animais.
A mãe do menino chamava-se Ester e era ainda moça e bonita. O pai, Joeb, era um
rapagão de trinta anos, que ganhava a vida nos rudes trabalhos do campo.
Enquanto o pai trabalhava, Zacarias ajudava a mãe nos serviços do lar e estudava.
Crescia, assim, exercitando suas faculdades num ambiente de trabalho e pureza.

58
Certa vez, a mãe adoecera gravemente. Joeb fora obrigado a fazer uma pausa nas lides do
campo, a fim de proporcionar à esposa a assistência indispensável. As economias do casal não
eram bastantes que permitissem ao marido contratar os serviços de um médico.
Assim, passavam-se os dias e a saúde de Ester apresentava graves sintomas.
O marido começava a desesperar-se. Que poderia fazer naquela situação angustiosa?
Zacarias participava da preocupação de seu pai. Seu coração de filho amantíssimo estava
passando por duros transes. Às vezes, o menino se escondia nos cantos da casa para chorar,
longe da vista do pai aflito.
Certa manhã, em que o Sol dourava ainda mais o chão amarelo de Betânia, Joeb disse ao
garoto:
- Zacarias, meu filho, a lavoura está ameaçada pelas ervas daninhas e sua mãe continua
mal. Que sugeres? Devo ir ao campo ou continuar ao lado de Ester?
- Fica junto de mamãe, enquanto irei substituir-te na lavoura - fora a resposta pronta do
menino.
- Mas, como, filho? Não chegaste ainda aos dez anos! Onde vai arranjar forças para o
rude trabalho da enxada?
- Não penses nisso, pai. Não te aflijas porque tudo há de correr bem. Até mamãe vai ficar
boa logo.
- Quem te disse isso, filho? - indagou Joeb, impressionado com o tom firme de voz de
Zacarias.
O menino observou com íntima alegria o brilho de esperança nos olhos negros do pai e
esclareceu:
- Tenho pedido muito ao Nazareno para curar mamãe...
- Onde o encontraste? Dizem que não existe nada mais difícil que um encontro com esse
Jesus que não conhecemos.
Eu não O encontrei, pai. Faço meus pedidos por meio de minhas orações...
- Entretanto, Jesus não apareceu... - diz Joeb, melancolicamente.
- Mas aparecerá! Assim me diz o coração - afirma o menino em tom vivo e convicto,
enquanto tomava a enxada do pai.
Dentro de pouco, estava a caminho da roça do genitor.
A tarefa daquele primeiro dia deixara grandes bolhas nos dedos do menino. As mãos
apresentavam manchas avermelhadas com dolorimentos. Mas Zacarias estava muito satisfeito
por sentir-se útil aos queridos pais. Durante as horas de serviço, o pensamento estava sempre
na mãezinha enferma. Coitada! Estava tão abatida!.... Cada dia parecia mais magra. E se Jesus

59
não atendesse ao seu pedido? Não, tal coisa não aconteceria. Por que, então, aquela certeza,
perfumando o coração do menino?
Esses pensamentos visitavam a cabecinha de Zacarias quando, qual homenzinho,
regressava ao lar, de volta ao trabalho.
A uns cem metros da casinha humilde, encontrou-se com um moço muito belo, que lhe
tomou as mãozinhas feridas e as beijou longamente.
O menino, encantado e sob as impressões de alegria e de timidez, ouviu a voz suave e
cheia de sonoridade divina do desconhecido:
- Zacarias, tua mãe está salva. Ela deve agradecer o fato de seu coração de filho abnegado.
Aquele homem alto, em cujo olhar Zacarias contemplava uma luz mais brilhante do que a
do Sol, falou ainda:
- Há muito tenho escutado as rogativas de tua alma, porém, esperava o instante em que o
primeiro sacrifício saísse de tuas mãos. Porque somente àqueles que se dispõe à ação, dentro
do Amor, é que Deus, o Pai Misericordioso, permite as grandes bênçãos. É preciso fazer
alguma coisa para merecer o olhar de Bondade do Pai.
Zacarias compreendera que estava diante do Cristo e se jogou de joelhos a Seus pés,
beijando-lhe as sandálias rotas.
Jesus levantou-o carinhosamente e apontou-lhe o caminho do lar, sem mais uma palavra.
O menino tomara a rota indicada com os olhos marejados de lágrimas e o peito arfando
em soluços incontidos.
Em casa, a doce mãezinha aguardava o filho com as faces bonitas, mostrando o
expressivo brilho da saúde que voltara.
- Essa é a história mais bonita de seu repertório, vovó!
-Sim? E entendeu você bem a lição que ela encerra?
-Mais ou menos, vovozinha.
-Vá deitar-se querida. Amanhã, falaremos do assunto novamente.
- Pois não! A senhora é quem manda...
E lá se foi a travessa, depois de depositar um beijo estalado nas faces enrugadas da
vovó...” (2)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“Família, em qualquer lugar,
Quando plasmada no bem,
É o alicerce do lar

60
Que se prolonga no Além. ”
Boris Freire

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da
pele. Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança,
que necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou
encaminhe para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num
clima de carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Leve massa de modelar e peça às crianças para modelarem o papai e a mamãe, deixe que
façam do jeito que desejarem. Preste atenção no que fazem, pois muitas características
individuais se evidenciam nesses momentos, problemas familiares e dificuldades de
relacionamento em família podem ser apontados por elas.
Você poderá também levar material para confeccionar um fantoche de bola de meia.
Material:
- Palito de churrasco ou uma pequena varinha de mais ou menos 30 cm;
- duas meias para cada criança;
- Retalhos para encher as meias;
- Retalhos ou lã para os cabelos;
- dois botões para os olhos;
- tinta de tecido para pintar a boca e demais detalhes.
OBS: Se possível substitua as bolas de meia por bolas de isopor.
Peça às crianças para fazerem um fantoche da mamãe e outro do papai e depois,
dramatizarem o dia-a-dia em casa.

61
BRINCANDO COM JESUS
As crianças poderão dramatizar a família delas com os fantoches ou fazer a gincana do
varal:
Você poderá realizar uma gincana com o seguinte material:
- Dois pedaços de barbante (forte);
- no mínimo, doze pregadores, e
- seis peças de roupas, leves e pequenas.
Separe as crianças em dois grupos, escolha uma criança de cada grupo, divida os
pregadores e as roupas, amarre o barbante e deixe que as crianças estendam a roupa, quem
terminar primeiro ganha.
Você poderá modificar um pouco pedindo que enquanto uma criança estende a roupa
outra segura os pregadores. Conclua que podemos ajudar em casa, inclusive estendendo as
roupas, retirando-as ou segurando os pregadores ou as roupas que já secaram e a mamãe vai
tirando do varal.
Outra opção é levar bonecas para a sala e brincar junto das crianças, mostrando como o
papai e a mamãe cuidaram deles (dê mamadeiras, troque as fraldas, dê banhos, etc.). Depois
deixe as crianças brincarem com os bonecos.

62
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Exaltar a harmonia, o amor e a alegria do lar
CURSO: Jardim 2 de Jesus, despertando o desejo e descobrindo maneiras de praticar no próprio lar os
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família / Convivência no lar. exemplos sublimes do Mestre.
SUBUNIDADE: Jesus e seu papai. Eu e meu papai.
Nº DE AULAS: 04 AULA: 6ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Perceber o grande amor APRENDENDO COM JESUS
6
1. Lucas,
que unia Jesus ao seu 18:18-20.
papai José; ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Roque
 Identificar José como um José, o papai de Jesus, assim como Maria, recebeu a visita do anjo Gabriel, que lhe Jacinto, O peixinho
pai trabalhador, resignado anunciou em sonho, a vinda de Jesus naquele lar que seria formado por ele e Maria. azul e outras
e obediente a Deus; José era um espírito bem preparado e obediente aos desígnios de Deus, nosso Pai. histórias, p.15.
 Reconhecer que honrar Cumpriu todas as orientações que o anjo Gabriel lhe falou, formando assim, um lar de bênçãos 3. Kardec, O
pai e mãe é um dever e de paz! Exerceu seu papel de pai amoroso, sempre dando exemplos dignos para Jesus, Evangelho segundo o
reservado aos filhos de começando pelo valor do trabalho. José era carpinteiro e desde cedo levava Jesus para a espiritismo, 104.ed.,
assistir seus pais em suas carpintaria a fim de lhe ensinar a talhar a madeira. Passavam o dia na carpintaria talhando a cap. 14.
necessidades; madeira com zelo e dedicação, fabricando diversos móveis (mesas, cadeiras, etc.) que seriam 4. Casimiro
 Sentir a alegria e o prazer úteis para as pessoas. Cunha, Cartilha da
de se cumprir as Ao findar o dia, Jesus e seu papai voltavam para casa, felizes e, eram recebidos por natureza, 4. ed., p.
obrigações no lar, com o Maria, a mãe amorosa, que deixava sempre a mesa posta aguardando que todos se reunissem 57.
papai e a mamãe, para juntos agradecerem por mais um dia e pelas bênçãos do lar. 5. Humberto de
espelhando-se em Jesus. O lar de Jesus era bastante simples e repleto de paz, pois, ali se cultivava a prece, o Campos, Boa nova,
 Reconhecer a importância respeito, o amor e a fraternidade. Jesus procurava ajudar seu papai na carpintaria e sua mamãe 9.ed., cap. 2.
do papai em nossa vida nos afazeres do lar. 6. João de
seja ele como for. Jesus enchia seu lar de alegria, de carinho e agradecido a Deus por ter-lhe dado um papai Deus, Jardim de
tão compreensivo e generoso. Com isso, Jesus ensinava a piedade filial, ou seja, o amor, a infância, 5.ed., cap.
atenção, a obediência e o desvelo que se deve ter para com o papai e a mamãe ou àquelas 5, 23.
pessoas que estão desempenhando o papel de nossos pais. 7. Marcos, 3:1-
Conte a passagem evangélica que fala sobre o mandamento honrar pai e mãe: 5.

6
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros
63
“Certo homem de posição perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida 8. Mateus,19:1
eterna? [...] Sabes os mandamentos: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso
6-19.
testemunho, honra teu pai e tua mãe. ” (1) 9. Neio Lúcio,
Jesus no lar, 15.ed.,
FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA cap. 6
Assim, como Jesus, você querida criança, deve se esforçar para ser um filho amoroso, 10. Neio Lúcio,
obediente e dedicado ajudando seu papai em tudo que for preciso. Mesmo se seu papai Alvorada Cristã,
demonstra dificuldades sendo violento, nervoso ou tendo algum vício (beber, fumar), você 11.ed., cap. 27, 38,
deverá procurar sempre ser um filho obediente e carinhoso e poderá também ajudar seu papai 49.
através da prece, rogando a Deus que o ampare. 11. Irmão Jota, O
Deverá ser agradecido a Deus por ter concedido a você um papai que lhe deu a Evangelho em
oportunidade de reencarnar. Demonstre essa gratidão ao seu pai, mesmo que por algum quadrinhas.
motivo, ele não more na mesma casa que você. Lembre-se dos exemplos amorosos de Jesus e
faça o mesmo.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “O perdulário” do livro O Peixinho azul e outras
histórias:

“Num lugar muito distante, em bela fazenda, viviam juntos o pai e dois filhos.
O mais moço, um dia, falou:
- Pai, quero a parte da herança que me toca.
- Por quê, meu filho?
- Sou jovem... Quero gozar a vida!
O pai, se bem que contristado, chamou o filho mais velho e, os três reunidos, satisfez a
vontade do jovem.
Com o que era seu, ele partiu.
Foi morar num país distante.
A sua bolsa repleta de ouro atraiu muitos desocupados da localidade que, logo mais, se
anunciavam como grandes amigos do inexperiente moço.
Faziam grandes banquetes e festas.
E, assim, uma a uma se consumiam as moedas que trouxera da casa paterna.
Um dia, ele se viu sozinho.
Sua bolsa estava vazia.

64
Só então notou, para seu espanto, que já não estava rodeado de companheiros. Para seu
maior espanto ainda, notou também que todo o país atravessava uma situação de fome.
Começou a passar necessidades.
Disposto, pôs-se a procurar emprego.
Bateu numa porta e... nada!
Bateu noutras e noutras, sem conseguir uma ocupação que lhe garantisse o pão de cada
dia.
Estava já magrinho, magrinho.
Finalmente, quando estava quase desesperado, conseguiu empregar-se como guardador de
porcos. Tamanha era a sua fome que, ao ver a lavagem que era dada de alimento aos suínos,
atirou-se ao cocho para comer.
Comeu e se fartou.
À noite, muito triste, começou a pensar na casa de seu pai.
- Lá ninguém passa a fome que sinto aqui. O mais novo dos empregados recebe e vive
melhor do que eu!
E um pensamento atravessou-lhe a mente:
- Voltarei para lá.
No dia seguinte, já no caminho de retorno à casa paterna, pensava com os seus botões:
- Chegando à casa de meu pai, eu me atirarei a seus pés e lhe direi: “Meu pai, reconheço
que errei muito. Já não sou digno de ser chamado de filho. Trate-me, pois, como o último de
seus empregados, mas me aceite na sua fazenda! ”.
Com essa disposição, ele caminhava.
Na fazenda, porém, o pai o viu de longe e não esperou que ele ali chegasse. Correu a seu
encontro e, abraçando-o, ordenou a seus criados:
- Tragam roupas para meu filho e preparem uma grande festa.
Assim foi feito.
O filho mais velho, que estava no campo trabalhando, quando se aproximou da casa,
ouviu música e o rumor de dança.
- Que se passa? – perguntou.
- Seu irmão voltou.
- É para ele esta festa?!
- Sim! Sim! Seu pai está feliz.
O jovem pensou, pensou aborrecido:
- Corra para dizer a meu pai – ordenou rispidamente – que, à vista da festa que ele faz

65
para o meu irmão perdulário, não mais entrarei em casa!
Tropeçando e caindo, lá se foi o criado para transmitir a triste notícia que recebera.
O pai saiu da festa ao encontro do filho rebelde que se negava, terminantemente, a
participar de sua alegria.
O jovem, de pronto, censurou-o.
- Há tantos anos permaneço fiel a seu lado, sem jamais desobedecer a uma ordem sua. E,
nestes anos todos, jamais me destinou uma festa igual.
O pai condoeu-se da afirmação de egoísmo.
- Meu filho – ponderou, com muita sabedoria -, não lastime jamais o dever cumprido. E,
por outro lado, não se envaideça jamais por ser bom. O que é meu é seu. Mas cumpre que
festejemos com alegria esta hora, porque o seu irmão que estava em desequilíbrio se
restabelece; cometia erros, e encontrou a si mesmo!
Depois de breve pausa, o pai complementou:
- Ajudemos uns aos outros, meu filho!
Tocado pela bondade paterna, o filho mais velho renunciou ao seu mau humor.
Reconhecendo a lição de piedade, foi participar da alegria que todos sentiam pela volta do
irmão que se arrependera de seus enganos. ” (2)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“No dia que eu ficar homem,
Como o papai quero ser:
Trabalhador e direito,
Cumpridor do meu dever.”
Walter Nieble de Freitas

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da

66
pele. Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança,
que necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou
encaminhe para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num
clima de carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Monte neste dia um kit para o papai, leve já cortado saquinhos de juta ou TNT, para eles
pintarem com tinta. Lá dentro colocar: pente, sabonete e outros.... Não esqueça de
confeccionar cartões em homenagem ao papai e entregar junto com o saquinho – kit papai.
Você poderá também homenagear um papai da Instituição ou vários, com cartões, poesias
e desenhos. Levar um kit beleza e cuidar do “papai nesse dia” (o pai que esteja presente no
Centro Espírita), pode ser o zelador ou outro. Atividades: pentear o cabelo, cortar a unha,
engraxar o sapato e outros.

BRINCANDO COM JESUS


Brinque de profissões do papai. Cada criança deverá imitar o papai em casa ou no
trabalho. O evangelizador deverá nesse dia levar objetos para auxiliar nessa caracterização,
como: roupas e / ou objetos variados que representem diversas profissões.

.
PLANO DE UNIDADE

67
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Exaltar a harmonia, o amor e a alegria do lar
INFANTIL de Jesus, despertando o desejo e descobrindo maneiras de praticar no próprio lar os
CURSO: Jardim 2 exemplos sublimes do Mestre.
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família /Convivência no lar.
SUBUNIDADE: Jesus me ensina a amar os meus irmãos.
Nº DE AULAS: 04 AULA: 7ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Identificar Jesus como APRENDENDO COM JESUS 7
1. Humberto de
um irmão muito querido, Campos, Boa nova,
enviado por Deus para ESTUDANDO O CONTEÚDO 9.ed., cap. 2.
nos ensinar a amar; Jesus nosso irmão maior, enviado por Deus nosso Pai, esteve na Terra entre nós trazendo- 2. Wallace
 Acolher no seu coração nos os mais belos exemplos de amor. Leal, E, para o resto
os exemplos de amor, Jesus amava muito a Deus e queria mostrar o seu amor a Ele amando a todas as pessoas, da vida..., 5.ed.,
carinho e humildade que pois, considerava todos como seus irmãos. p.37.
Jesus exercia com todos, Ele era a alegria do seu lar, porque amava e respeitava a mamãe, o papai, seu priminho 3. Allan
como prova do seu João Batista, que desde nenê se alegrava muito em encontrá-lo. Depois, quando foram Kardec, O
grande amor a Deus; crescendo, visitavam-se, passeavam pelos campos e conversavam muito. Jesus também amava Evangelho Segundo
 Compreender que Jesus e respeitava a mãe de João Batista, Isabel, que era prima de sua mãe. o Espiritismo,
tem como irmãos toda a Conte o encontro de Jesus e João: 104.ed., cap. 14.
Humanidade; “Maria e Isabel avistaram seus filhos, lado a lado, sobre uma eminência banhada pelos 4. João de
 Respeitar e valorizar derradeiros raios vespertinos. De longe, afigurou-se lhes que os cabelos de Jesus esvoaçavam Deus, Jardim de
nossos irmãos, sejam eles ao sopro caricioso das brisas do alto. Seu pequeno indicador mostrava a João as paisagens que infância, 5.ed., cap.
consanguíneos ou não, se multiplicavam a distância, como um grande general que desse a conhecer as minudências 5, 23.
demonstrando carinho, dos seus planos a um soldado de confiança. [...] Quem poderia saber qual a conversação 5. Lucas,2:51-
respeito, fraternidade solitária que se tratava entre ambos? Distanciados no tempo, devemos presumir que fosse na 52.
procurando ajudá-los Terra, a primeira combinação entre o amor e a verdade, para a conquista do mundo. ” (1) 6. Meimei, Pai
sempre. Sendo Jesus espírito puro, irradiava seu amor a todos, socorrendo os necessitados, nosso, 13.ed., cap.
amparando os aflitos, vendo em cada pessoa um irmão muito querido. Jesus não perdia a Uma carta materna.
oportunidade de consolar e amparar fraternalmente as pessoas, desde as crianças até os 7. Neio Lúcio,

7
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelografo e outros.

68
velhinhos. Alvorada Cristã,
Entre Jesus e João havia uma amizade sincera e fraterna, sem o ciúme e a inveja, que 11.ed., cap. 27, 49.
destroem tanto a convivência entre os irmãos. 8. Neio Lúcio,
Jesus no lar, 15.ed.,
FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA cap. 6.
Querida criança, não deixe que os sentimentos do ciúme e da inveja, filhos do orgulho e 9. Irmão Jota,
do egoísmo, se aninhem no seu coração. Querer a atenção somente para você ou ter inveja do O Evangelho em
(a) seu irmão (a) faz com que você não sinta amor e alegria pelas vitórias e acertos dele (a). quadrinhas.
Isso é ruim e não convém. Jesus ficou satisfeito pelo testemunho dado pelo seu primo João
Batista, quando ele preparou com dedicação à vinda dele na Terra.
Você deve ser como Jesus! Amar, respeitar, obedecer à mamãe e o papai. Amar muito
seus irmãozinhos, brincar com eles, não brigar, ser gentil, perdoá-los, protegê-los para que a
sua casa fique sempre em harmonia e ficar feliz por tudo de bom que aconteça com eles.
Procure amar a todos como sendo seus irmãos muito queridos.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “As mudinhas”, do livro E, para o resto da vida...:

“Eu era pequeno ainda quando um novo bebê chegou à nossa casa. Certamente devia
alegrar-me com o irmãozinho, porém os cuidados e atenções com que nossos pais o cercavam
encheu-me de ciúmes e muitas vezes chorava ao pensar que tinha perdido o carinho antigo.
Vovô cultivava uma horta nos fundos de nossa casa. Em certo dia em que eu estava mais
envenenado de ciúmes do que nunca, ele me chamou. Fui ver o que queria. Estava de cócoras
juntos a um canteiro onde semeara alface. As mudinhas, de um verde muito tenro, brilhavam à
luz daquela manhã límpida e tranquila. Vovô, mergulhado no trabalho de separar,
delicadamente, as mudinhas, não parecia ter perdido a minha emoção. Ele me disse:
- Preste atenção! Estou separando as mudinhas e, depois, irei plantá-las no lugar certo.
Sabe, filho, o carinho é como a alface: precisa ser dividido para crescer melhor. Quando eu era
da sua idade gostava muito de minha mãe. Fiquei rapaz e, um dia, conheci uma jovem, casei-
me com ela e tivemos um filhinho. Depois veio outro e outro. Mas, cada um que chegava não
tirava nem um pouquinho do outro. O amor é uma coisa muito curiosa; quanto mais é dividido
mais cresce e mais forte se torna. Seu pai e sua mãe estão ocupadíssimos com o bebê, porque
ele é pequenininho, frágil e desamparado. Mas pode crer que o amor que tinham por você ainda
se tornou maior...

69
À medida em que eu via os pés de alface crescendo, belos e exuberantes, uma nova alegria
nasceu em meu coraçãozinho ciumento. O carinho de papai e mamãe, dividido, crescia
também, a cada dia, como aquela planta que tivera de ser dividida para que uma muda não
sufocasse a outra.
Muitas vezes, depois disso, quando me perturbava o desejo de posse exclusiva, o canteiro
de vovô parecia se retratar em minha mente, dando-me uma nova perspectiva de paz e
serenidade.
Quanto mais dividido, mais forte e mais profundo se torna o amor. Nunca pude me
esquecer disso...” (2)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“Quem busque felicidade
Viva e lute pelo bem
Abençoe tudo o que exista
Não pense mal de ninguém. ”
Martins Coelho

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Você pode neste dia fazer uma dobradura que lembre um coração. Cada criança fará sua
dobradura, podendo pintá-la e enfeitá-la. Após, diga às crianças que elas irão presentear um

70
coleguinha de sala que devemos considerar como um irmão muito querido. Incentive as
crianças a fim de que elas troquem entre elas as dobraduras, demonstrando afeto e fraternidade
entre os colegas.

BRINCANDO COM JESUS


Vamos realizar a seguinte brincadeira?
“O colar da amizade”
Material: Colares de papel jornal para metade da turma.
Posição: Crianças sem colar formando uma roda e as com colar ficarão dentro da
roda umas de frente para as outras.
Desenvolvimento: - As crianças deverão rodar e cantar a música, (melodia ciranda-
cirandinha):
“Papai e mamãe
Muito queridos são
E você amiguinho
Mora no meu coração”

Na palavra coração a roda para e as crianças do centro, tiram o colar da amizade e


colocam no pescoço das outras crianças da roda se abraçam e trocam de lugar com elas, que
passarão para o centro.
Você pode também deixar que as crianças confeccionem os seus colares, pode ainda usar
material diverso, tipo plástico colorido, etc.
Se você adotar a ideia de cada criança fazer o seu colar, deve recolher a metade dos
colares para realizar a brincadeira sugerida.

71
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Exaltar a harmonia, o amor e a alegria do lar
CURSO: Jardim 2 de Jesus, despertando o desejo e descobrindo maneiras de praticar no próprio lar os
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família / Convivência no lar. exemplos sublimes do Mestre.
SUBUNIDADE: Jesus me ensina a orar em família.
Nº DE AULAS: 04 AULA: 8ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Valorizar os exemplos de fé APRENDENDO COM JESUS
8
1. Mateus, 7:7-
em Deus que a família de 11.
Jesus demonstrava, ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Neio Lúcio,
consagrando seus momentos Jesus, quando pequeno, diversas vezes se reunia em seu lar simples com sua mãe Jesus no lar, 15.ed.,
de reunião para oração e Maria e seu pai José, para lerem juntos e comentarem as escrituras. As escrituras, naquela cap. 28.
conversa sobre Deus; época, eram como se fossem o Evangelho hoje. Elas continham muitos ensinamentos sobre 3. Allan
 Alegrar-se pela oportunidade as leis de Deus e Jesus lia e conhecia tudo que havia ali, bem como, praticava e vivenciava Kardec, O Evangelho
de orar em família trazendo a os ensinamentos... Nos momentos de oração em que eles se reuniam para falar sobre Deus, Segundo o
paz para dentro do lar; sobre o amor, era como se Deus estivesse ali presente. Era como se tudo se iluminasse por Espiritismo, 104.ed.,
 Demonstrar a importância do uma luz diferente, forte e muito mais bonita, a luz do amor! Existia muita paz naquele lar. cap. 27.
Culto do Evangelho no lar; Jesus aparentava o corpo de um homem adulto e caminhava sempre com seus amigos, 4. Humberto
 Realizar o Culto do trabalhando para deixar nos corações das pessoas as sementes do amor. Quando ele ficava de Campos, Boa
Evangelho em sala de aula. no lar de Pedro, sempre falava para muitas pessoas, contando histórias importantes e belas. Nova, 9.ed., cap. 18.
Jesus ensinou para todos que, se nos uníssemos para pedir alguma coisa a Deus, Ele nos 5. J.B.
ouviria e falou ainda que onde estivessem duas ou mais pessoas reunidas em seu nome, ele Roustaing, Os quatro
(Jesus) estaria no meio delas... evangelhos, 7. ed., v.
Conte às crianças a passagem em que Jesus nos afirma sobre a eficácia da prece: 1, p. 274-280, 446-
“Pedi, e dar-se-vos-á, buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que 449.
pede, recebe; e, o que, busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. E qual dentre vós é o 6. Lucas,
homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará 18:9114.
uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto 7. Marcos,
mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem? ” (1) 11:24.

8
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

72
Jesus nos ensinou a realizar o Culto do Evangelho no lar como uma forma de proteger 8. 8-Meimei,
a todos nós e o nosso lar. Pai nosso, 13.ed.,
cap. 1
FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA 9. Neio Lúcio,
Querida criança, você juntamente com seu papai, sua mamãe, seus irmãos e todos Alvorada cristã,
aqueles que moram na sua casa, poderão realizar o Culto do Evangelho no lar, levando a 11.ed., cap. 21.
prece e as belas lições do Evangelho de Jesus para dentro do seu lar e criando um ambiente 10. Irmão Jota,
de paz e harmonia. O evangelho em
É muito simples realizar o culto, basta escolher um dia da semana e um horário fixo em quadrinhas.
que todos estejam juntos. Prepare o Evangelho e a água para que os bons Espíritos possam
derramar suas bênçãos. Se for possível, organize um aparelho de som com música
harmônica. Faça a prece inicial em agradecimento a Deus e a Jesus, após, abra o Evangelho
e leia um pequeno trecho, pedindo a todos que se sintam à vontade para fazer os
comentários da lição. Para finalizar o Culto façam a prece de encerramento rogando a Deus
a fluidificação da água. Distribua a água a todos.
No momento do Culto, os bons Espíritos fazem os tratamentos e atendimentos
necessários a todos os encarnados e desencarnados que ali estão necessitando de auxílio.
Lembre-se querida criança, que o dia e a hora do Culto devem ser os mesmos todas as
semanas. O Culto do Evangelho no lar trará para sua casa mais paz e fortalecerá a todos.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “A resposta Celeste”, do livro Jesus no lar:
“Solicitando Bartolomeu esclarecimentos quanto às respostas do Alto às súplicas dos
homens, respondeu Jesus para elucidação geral:
- Antigo instrutor dos Mandamentos Divinos ia em missão da Verdade Celeste, de uma
aldeia para outra, profundamente distanciadas entre si, fazendo-se acompanhar de um cão
amigo, quando anoiteceu, sem que lhe fosse possível prever o número de milhas que o
separavam do destino.
Reparando que a solidão em plena Natureza era medonha, orou, implorando a proteção
do Eterno Pai, e seguiu.
Noite fechada e sem luar, percebeu a existência de larga e confortadora cova, à
margem da trilha em que avançava, e acariciando o animal que o seguia, vigilante, dispôs-se
a deitar-se e dormir. Começou a instalar-se, pacientemente, mas espessa nuvem de moscas
vorazes o atacou, de chofre, obrigando-o a retomar o caminho.

73
O ancião continuou a jornada, quando se lhe deparou volumoso riacho, num trecho em
que a estrada se bifurcava. Ponte rústica oferecia passagem pela via principal, e, além dela,
a terra parecia sedutora, porque, mesmo envolvida na sombra noturna, semelhava-se a
extenso lençol branco.
O santo pregador pretendia ganhar a outra margem, arrastando o companheiro
obediente, quando a ponte se desligou das bases, estalando e abatendo-se por inteiro.
Sem recursos, agora, para a travessia, o velhinho seguiu pelo outro rumo, e,
encontrando robusta árvore, ramalhosa e acolhedora, pensou em abrigar-se,
convenientemente, porque o firmamento anunciava a tempestade pelos trovões longínquos.
O vegetal respeitável oferecia asilo fascinante e seguro no próprio tronco aberto. Dispunha-
se ao refúgio, mas a ventania começou a soprar tão forte que o tronco vigoroso caiu,
partido, sem remissão.
Exposto então à chuva, o peregrino movimentou-se para diante.
Depois de aproximadamente duas milhas, encontrou um casebre rural, mostrando doce
luz por dentro, e suspirou aliviado.
Bateu à porta. O homem ríspido que veio atender foi claro na negativa, alegando que o
sítio não recebia visitas à noite e que não lhe era permitido acolher pessoas estranhas.
Por mais que chorasse e rogasse, o pregador foi constrangido a seguir além.
Acomodou-se, como pôde, debaixo do temporal, nas cercanias da casinhola campestre;
no entanto, a breve espaço, notou que o cão, aterrado pelos relâmpagos sucessivos, fugia a
uivar, perdendo-se nas trevas.
O velho, agora sozinho, chorou angustiado, acreditando-se esquecido por Deus e
passou a noite ao relento. Alta madrugada, ouviu gritos e palavrões indistintos, sem poder
precisar de onde partiam.
Intrigado, esperou o alvorecer e, quando o Sol ressurgiu resplandecente, ausentou-se
do esconderijo, vindo a saber, por intermédio de camponeses aflitos, que uma quadrilha de
ladrões pilhara a choupana onde lhe fora negado o asilo, assassinando os moradores.
Repentina luz espiritual aflorou-lhe na mente.
Compreendeu que a Bondade Divina o livrara dos malfeitores e que, afastando dele o
cão que uivava, lhe garantira a tranqüilidade do pouso.
Informando-se de que seguia em trilho oposto à localidade do destino, empreendeu a
marcha de regresso, para retificar a viagem, e, junto à ponte rompida, foi esclarecido por um
lavrador de que a terra branca, do outro lado, não passava de pântano traiçoeiro, em que
muitos viajores imprevidentes haviam sucumbido.

74
O velho agradeceu o salvamento que o Pai lhe enviara e, quando alcançou a árvore
tombada, um rapazinho observou-lhe que o tronco, dantes acolhedor, era conhecido covil de
lobos.
Muito grato ao Senhor que tão milagrosamente o ajudara, procurou a cova onde tentara
repouso e nela encontrou um ninho de perigosas serpentes.
Endereçando infinito reconhecimento ao Céu pelas expressões de variado socorro que
não soubera entender, de pronto, prosseguiu adiante, são e salvo, para desempenho de sua
tarefa.
Nesse ponto da curiosa narrativa, o Mestre fitou Bartolomeu demoradamente e
terminou:
- O Pai ouve sempre as nossas rogativas, mas é preciso discernimento para
compreender as respostas dEle e aproveitá-las. ” (2)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“No Lar, o culto do Evangelho
tem celestial sublimidade
que nos envolve de verdade
na infinitude do bom Deus!”
Inaldo Lacerda

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não
desanime. Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança
e valorizando o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da
pele. Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da
criança, que necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo
ou encaminhe para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser
realizado num clima de carinho, orientação e amparo à criança.

75
TRABALHANDO COM JESUS
Realize em sala ou na casa de uma das crianças, se possível, o Culto do Evangelho,
prepare com as crianças o ambiente, o Evangelho, a água e tudo mais que precisarão para
realizarem o Culto. Divida funções com as crianças, por exemplo: quem fará a prece inicial,
que distribuirá a água fluidificada, etc.
Após o Culto, faça uma atividade com a mensagem sobre o Culto do Evangelho no lar.
Leve para cada criança mensagens explicativas sobre o Culto do Evangelho no lar,
deixe que elas ilustrem a mensagem e façam uma linda moldura para que, ao retornarem
para seus lares, elas possam dar essa mensagem para sua mamãe, papai ou responsável,
divulgando assim o Culto e incentivando-os a realizá-lo em suas casas.

BRINCANDO COM JESUS


Monte uma casinha com as crianças e deixe-as brincar, proponha a elas que façam de
conta que estão em casa realizando o Culto com sua família. Observe o que elas
compreenderam sobre o Culto e a prece.

76
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Despertar o desejo de apreender a amar a
CURSO: Jardim 2 todas as pessoas indistintamente. Despertar o sentimento de valorização de todas as
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família /Amor ao próximo. pessoas que nos cercam.
SUBUNIDADE: Jesus me ensina a ser um bom amigo.
Nº DE AULAS: 03 AULA: 9ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Perceber o quanto é APRENDENDO COM JESUS
9
1. Marcos,
importante termos amigos 6:33-44.
e como Jesus era amigo ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Neio Lúcio,
gentil e verdadeiro com Jesus tratava a todos com carinho e amor, as lavadeiras, os pescadores, os carregadores e Alvorada cristã,
todos; muitos outros. Jesus também conversava com carinho com os doutores do templo que eram 11.ed., cap. 11.
 Valorizar as pessoas que homens muito estudiosos daquela época. Ele respeitava muito todas as pessoas. 3. Allan
nos cercam e as coisas À medida que Jesus crescia se tornava muito amado de todos. Ele tinha muitos amigos e Kardec O Evangelho
úteis que elas fazem amigas, entre eles Maria, chamada Madalena, Joana e Susana, elas eram agradecidas a Jesus, Segundo o
beneficiando muitos; pois antes de conhecê-lo eram doentes e tristes e Jesus, com seu amor muito grande por todos, Espiritismo, 104.ed.,
 Sentir desejo de ser gentil as curou. 10 cap. 9 a 11.
e cooperar com todas as Cite a passagem em que Jesus teve compaixão do povo faminto e usando seu grande amor 4. Casimiro
pessoas nas suas mais multiplica os pães: Cunha, Timbolão.
diversas necessidades, “Muitos, porém, os viram partir e, reconhecendo-os, correram para lá, a pé, de todas as 5. Humberto
demonstrando o sentido cidades, e chegaram antes deles. Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e de Campos, Boa
real da amizade. compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes nova, 9.ed., cap. 2 .
muitas coisas. Em declinando a tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: É deserto 6. João de
este lugar, e já avançada a hora; despede-os para que, passando pelos campos ao redor e pelas Deus, Jardim de
aldeias, comprem para si o que comer. Porém ele lhes respondeu: Dai-lhes vós mesmos de infância, 5.ed.
comer. Disseram-lhe: Iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer? E ele 7. J.B
lhes disse: Quantos pães tendes: Ide ver! E, sabendo-o eles, responderam: Cinco pães e dois Roustaing, Os
peixes. Então, Jesus lhes ordenou que todos se assentassem, em grupos, sobre a relva verde. E o Quatro Evangelhos,
fizeram, repartindo-se em grupos de cem em cem e de cinquenta em cinquenta. Tomando ele os 7. ed., v 1 p. 255.

9
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

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cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou; e, partindo os pães, deu-os 8. Lucas, 2:41-
aos discípulos para que os distribuíssem; e por todos repartiu também os dois peixes. Todos 52.
comeram e se fartaram; e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. Os 9. Mateus,
que comeram dos pães eram cinco mil homens. ” (1) 19:18-19.
10. Meimei,
FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA Cartilha do bem,
Você também, querida criança, deve respeitar e tratar com carinho a todas as pessoas 7.ed.
demonstrando ser um bom amigo assim como Jesus. A amizade é um sol de alegria que 11. Irmão Jota,
precisamos cultivar em nosso coração e irradiar em direção ao próximo. O Evangelho em
Seja amigo querido de todas as pessoas: o motorista de ônibus, as lavadeiras, os garis, os quadrinhas.
vendedores, etc. Trate a todos com bondade e gentileza. Procure ser útil e cultive o hábito de
falar bom-dia, obrigado, com licença, por favor, desculpe. Faça como Jesus e, certamente, você
será muito feliz, pois, terá conquistado amigos queridos.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “A lição inesquecível”, do livro Alvorada Cristã:

“Hilda, menina abastada, diariamente dirigia más palavras à pequena vendedora de doces
que lhe batia humildemente à porta da casa.
- Que vergonha! De bandeja! De esquina a esquina! Vai-te daqui! - gritava, sem razão.
A modesta menina se punha pálida e trêmula. Entrementes, a dona da casa, tentando
educar a filha, vinha ao encontro da pequena humilhada e dizia, bondosa:
- Que doces tão perfeitos! Quem os fez assim tão lindos?
A mocinha, reanimada, respondia, contente:
- Foi a mamãe.
A generosa senhora comprava sempre alguma coisa e, em seguida, recomendava à filha:
- Hilda, não brinques com o destino. Nunca expulses o necessitado que nos procura. Quem
sabe o que sucederá amanhã? Aqueles que socorremos serão provavelmente os nossos
benfeitores.
A menina resmungava e, à noite, ao jantar, o pai secundava os conselhos maternos,
acrescentando:
- Não zombes de ninguém, minha filha! O trabalho, por mais humilde, é sempre
respeitável e edificante. Por certo, dolorosas necessidades impelirão uma criança a vender
doces, de porta em porta.

78
Hilda, contudo, no dia seguinte, fustigava a vendedora, exclamando:
- Fora daqui! Bruxa! Bruxa! ...
A mãe devotada acolhia a pequena descalça e repetia à filha as advertências carinhosas da
véspera.
Correu o tempo e, depois de quatro anos, o quadro da vida se modificara.
O paizinho de Hilda adoeceu e debalde os médicos procuraram salvá-lo. Morreu numa
tarde calma, deixando o lar vazio.
A viúva recolheu-se ao leito extremamente abatida e, com as despesas enormes, em breve
a pobreza e o desconforto invadiram-lhe a residência. A pobre senhora mal podia mover-se.
Privações chegaram em bando. A menina, anteriormente abastada, não podia agora
comprar nem mesmo um par de sapatos.
Aflita por resolver a angustiosa situação, certa noite Hilda chorou muitíssimo, lembrando-
se do papai. Dormiu, lacrimosa, e sonhou que ele vinha do Céu confortá-la. Ouviu-o dizer,
perfeitamente:
- Não desanimes, minha filha! Vai trabalhar! Vende doces para auxiliar a mamãe! ...
Despertou, no dia imediato, com o propósito firme de seguir o conselho.
Ajudou a mãezinha enferma a fazer muitos quadrinhos de doce de leite e, logo após, saiu a
vendê-los. Algumas pessoas generosas compravam-nos com evidente intuito de auxiliá-la;
entretanto, outras criaturas, principalmente meninos perversos, gritavam-lhe aos ouvidos:
- Sai daqui! Bruxa de bandeja! ...
Sentia-se triste e desalentada, quando bateu à porta de uma casa modesta. Graciosa jovem
atendeu.
Ah! Que surpresa! Era a menina pobre que costumava vender cocadas noutro tempo.
Estava crescidinha, bem vestida e bonita.
Hilda esperou que ela a maltratasse por vingança, mas a jovem humilde fitou nela os
grandes olhos, reconheceu-a, compreendeu-lhe a nova situação e exclamou, contente:
- Que doces tão perfeitos! Quem os fez assim tão lindos?
A interpelada lembrou os ensinamentos maternos de anos passados e informou:
- Foi a mamãe.
A ex-vendedora comprou quantos quadrinhos restavam na bandeja e abraçou-a com
sincera amizade.
Desse dia em diante, a menina vaidosa transformou-se para sempre. A experiência lhe dera
uma inesquecível lição.” (2)

79
TRABALHANDO A QUADRINHA
“O perdão em qualquer tempo.
É sempre um traço de luz,
Conduzindo a nossa vida
À comunhão com Jesus. ”
Meimei

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Você pode levar massa de modelar e pedir às crianças que modelem as pessoas amigas que
nos ajudam.
Também pode convidá-las a neste dia, ajudar na confecção da sopa, lavar as verduras, e
secar os pratos e colheres que serão utilizados na sopa, mostrando o significado da amizade
através de gestos simples, como a colaboração e a gentileza.

BRINCANDO COM JESUS


Você pode realizar a seguinte brincadeira: As palavras mágicas.
Desenvolvimento: Crianças em roda cantando (melodia ciranda-cirandinha)
Amiguinhos cá de perto!
Hoje vou cumprimentar!
E bom dia, boa noite! Até logo vou lhe dar!

80
Ao terminar o evangelizador chama uma criança pelo nome, ambos vão ao centro da roda
e se cumprimentam.
- Bom dia fulano... Bom dia tio fulano...
E voltando para seu lugar na roda se despedem dizendo até logo. Recomeça a música e
todas as crianças serão chamadas no centro.

81
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Despertar o desejo de apreender a amar a
CURSO: Jardim 2 todas as pessoas indistintamente. Despertar o sentimento de valorização de todas
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família /Amor ao próximo. as pessoas que nos cercam.
SUBUNIDADE: Jesus, o amigo verdadeiro.
Nº DE AULAS: 03 AULA: 10ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Reconhecer nas atitudes APRENDENDO COM JESUS
10
1. João, 15:12-
de Jesus para com todos 17.
que o cercavam, os ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Aura
exemplos de bondade e Quando Jesus esteve materializado entre nós, aqui na Terra, demonstrou a todas as Celeste, Escuta, meu
amor ao próximo que pessoas, através de seus exemplos, o amor, o carinho e o sentimento de amizade verdadeira, filho..., 8.ed., cap. 4.
também devemos praticar; que emanava do seu coração augusto e bom. 3. Allan
 Sentir Jesus cada vez mais Jesus, nosso amigo querido, desde criança consolava e amparava todos os sofredores Kardec O
próximo, como um grande evidenciando sua imensa bondade, por onde passava. Evangelho segundo
amigo; Conte a passagem que Jesus afirma aos apóstolos seu grande amor e sua amizade. Fale das espiritismo, 104.ed.,
 Identificar nos gestos belezas daquele dia, da natureza que Deus criou, da paisagem, das árvores, do vento e também cap. 2, item 4.
simples maneiras de dos amigos: 4. João de
cultivar amizades. “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já vos não chamarei servos, Deus, Jardim de
porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo infância, 5.ed.
quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer. Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos 5. Mateus,
escolhi a vós e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de 12:33-37.
que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai, ele vo-lo conceda. Isto vos mando: que vos 6. Neio Lúcio,
ameis uns aos outros. ” (1) Alvorada Cristã,
Jesus envolvia a todos num clima de ternura e bem-estar. Demonstrou seu amor 11.ed., cap. 49,50.
incondicional dando a própria vida em favor dos seus amigos e de toda a humanidade. 7. 7- Irmão
Jota, O evangelho
FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA em quadrinhas.
Querida criança, Jesus é o amigo verdadeiro, está sempre pertinho de você, em todos os

10
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

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instantes da vida. Mesmo que você não o veja, ele está bem próximo do seu coração.
Procure ser como Jesus, amigo de todos, sem distinção. Cative o coração das pessoas
através da gentileza, do carinho, do abraço, do sorriso, da obediência.
Com os amigos, você pode correr, brincar, sorrir, se divertir, fazer o bem. É tão bom ser
amigo de alguém!

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “A grande maravilha do amor” do livro Escuta, meu
filho...:
“Isabel entrou como pequeno furacão na sala, onde se encontrava a avó.
Passou os bracinhos roliços em torno do pescoço da boa senhora, envolvendo-a em
carinhoso abraço.
- Como é, vovozinha, você vai cumprir com o prometido, hoje?
- Por certo, minha querida – respondeu a velha, depondo um beijo cheio de ternura na face
cor-de-rosa da netinha. – Vou contar hoje outra história sobre a vida de Jesus.
Depois de ouvir os aplausos de Isabel, vovozinha continuou:
- Você já conhece um mapa?
- Sim, vovozinha, conheço o mapa do Brasil.
- Está bem. Vá àquela mesa e me traga aquele embrulho que está em cima do vaso.
Isabel obedeceu prontamente, cheia de curiosidade.
- Veja, minha filha, aqui está um mapa da Palestina antiga, do tempo de Jesus.
Assim dizendo, a bondosa vovó apontou uma região de forma alongada, a leste do
Mediterrâneo.
- Veja, querida. A Palestina daquela época era dividida em três províncias. Aqui ao norte,
a Galiléia, onde se acha Nazaré, a cidade onde residiam os pais de Jesus; Caná, palco do
primeiro fenômeno, chamado milagre de Jesus; Cafarnaum, lugar da predileção de Jesus, onde
foi Ele buscar Seus discípulos.
Mais abaixo, você pode assinalar uma grande cidade...
- Samaria, adianta Isabel, apontando com o dedinho.
- Isto mesmo, Samaria ou, mais completo, Sebaste Samaria, uma das principais cidades
dessa província que recebeu o seu nome. Agora, ao sul, vemos a Judéia, onde encontramos a
famosa Jerusalém...
- A cidade em que Jesus foi crucificado, não é, vovó?
- Sim. Um dia, falaremos dessa cidade... mas, veja mais ao sul outra região importante...

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- Iduméia! - diz Isabel, sorrindo, encantada com a sua perspicácia.
- Certo! Adivinha, agora, que ponto deste mapa vamos focalizar...
- Oh, vovó, não seja mazinha! Estou aflita é para ouvir a história prometida...
- Pois, muito bem. Estou também ansiosa por saber se você pode dizer-me que cidade
buscaremos no mapa. Olhe, vou ajudá-la: ela se encontra no extremo norte da Galiléia...
Isabel observou longamente a carta geográfica, aberta na sua frente, e por fim juntou as
mãozinhas, batendo em triunfo:
- Já sei, já sei! É Cafarnaum!
- Muito bem! Você já sabe consultar o mapa. Mas iniciemos a história, sem mais delongas,
não é assim?
- Esse é o meu desejo, vovozinha.
- Aqui, nesta cidade – diz vovó, indicando Cafarnaum – viveu Jesus os melhores dias de
Sua vida, em companhia de alguns dos discípulos, entregue ao trabalho de carpinteiro,
enquanto os colaboradores refaziam as energias perdidas em excursões frequentes, realizadas
em grande número de cidades da Palestina. Cafarnaum era pequenina e os seus habitantes eram
gente humilde, em geral pescadores.
Certo dia, Jesus saíra da localidade, buscando as montanhas próximas. Pedro ficara para
trás, pois sabia que grande multidão vinha de diversos pontos e, reunida em Betsaida, viria ao
encontro do Mestre. Era preciso auxiliar aquela gente, transportando-a nos seus barcos, através
do Mar da Galiléia.
Assim aconteceu. Algumas horas depois, chegaram até Jesus, no cume da elevação, cinco
mil pessoas. Eram crianças, velhos, moços, mulheres. Todos ansiavam por ouvir a palavra do
Cristo, naquela hora de profunda revolta para seus corações.
- Revolta?! Por que, vovó?
- É que João Batista havia sido assassinado. E aquela multidão vinha justamente do seu
enterro, em Betsaida – explica a narradora querida, abrindo ligeiro parênteses para dar a
explicação exigida pela neta.
Aquela multidão precisava de um derivativo, viesse este de onde viesse.
Na sua natural preocupação de ouvir o Mestre, que se pusera tão distante, não podia aquela
gente desvairada pensar no trivial aprovisionamento de uma simples merenda para aquelas
horas, em que passariam longe de quaisquer recursos.
Jesus levantou-se. A Sua figura impressionava pela afabilidade e harmonia do conjunto,
formado por traços delicadíssimos. Começou a falar. Sua voz penetrava os corações
transbordantes de ódio, como um raio de luz tocando a escuridão. Um toque singular de

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serenidade bafejava aquelas frontes contraídas. Pouco a pouco, desanuviavam-se as fisionomias
carregadas. O Mestre falava sempre, apontando a necessidade de Paz nos corações, acentuando
que esta somente lhes chegaria pelas mãos carinhosas do Perdão. Sim, soara a hora da
libertação, não da escravatura romana, que tantos sofrimentos causava a todos, mas a libertação
de mil e um pequenos defeitos que ensombravam os corações dos ouvintes. A palavra de Jesus
tinha o condão de amenizar os ambientes. Era como uma brisa suave que passasse por entre o
calor do deserto. Falou Ele durante algumas horas. A multidão O ouvia como que paralisada
por êxtase. Ninguém se movia até que, insensivelmente, foram todos caindo na relva e se
sentaram aos pés do Mestre, que continuou na mesma posição de início. A noite chegara. O
Cristo havia terminado a sua prédica. A multidão ganhara disposição nova. Ninguém pensava
mais em vinganças, nem ódio. Pelo menos naquela hora, todos se sentiam irmanados,
ternamente unidos.
Depois, sentiram fome. Os discípulos preocuparam-se e falaram ao Mestre. Que fariam?
Algumas pessoas tiveram a lembrança de trazer pequeno farnel. Mas de que serviria? Ali
estava uma multidão de cinco mil pessoas... O Mestre redarguiu, suavemente:
- Dai vós de comer à multidão.
- Mas, como?! – indagaram aflitos os dedicados colaboradores do Mestre.
- Trazei-me a comida que há por aí...
Imediatamente, surgiu dentre a multidão um jovenzinho, apresentando a sua cesta de
provisões. Dentro havia cinco pães e dois peixes...
Jesus tomou a cesta das mãos de Pedro e fracionou os pães e os peixes, sob as vistas dos
discípulos. Depois, disse-lhes:
- Reparti, agora, para todos.
Pedro, auxiliado pelos companheiros, iniciou a grande tarefa. Começou a distribuição.
Aqueles pães e aqueles peixes alimentaram toda a gente...
- Cinco mil pessoas? – perguntou Isabel com grande surpresa.
- Sim, filha. Cinco mil pessoas receberam pão e peixe das mãos dos discípulos de Jesus.
- Que coisa importante, hein, vovó? Como se explica esse milagre?
- Não diga milagre, filha. Essa palavra só serve para designar alguma coisa que não tem
explicação possível. E o que Jesus realizou tem uma explicação racional.
- Então, explique-me, vovó... – pediu a menina.
- Eu o farei, querida, mas...
- Mas... o quê? – indaga a irrequieta ouvinte.
- Amanhã – responde a generosa velha. – Hoje, você já está com os olhos quase fechados

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de sono e vovó também.
- Que pena!
- Um beijo, querida, e... cama para você!...
Isabel obedeceu, com uma pontinha de má vontade. Mas consolou-se, porque tinha certeza
de que, no dia seguinte, vovó cumpriria a promessa que acabava de fazer. ” (2)

TRABALHANDO A QUADRINHA
Eis que nos fala Jesus:
- Ditosos sereis, se unidos
trabalhardes envolvidos
nas bênçãos da minha luz! ”.
Inaldo Lacerda

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Conte às crianças a passagem em que Jesus fala que pelo fruto é que se conhece a árvore,
Lucas, 6:33-37:
“A árvore que produz maus frutos não é boa e a árvore que produz bons frutos não é má; -
portanto, cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto. Não se colhem figos nos espinheiros,
nem cachos de uvas nas sarças. - O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu
coração e o mau tira-as más do mau tesouro do seu coração; porquanto, a boca fala do que está

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cheio o coração. ”
Agora convide as crianças para juntos prepararem uma árvore boa.
Material:
- galhos que possuam várias pontas tipo pinheiro;
- papel desenhado frutinhas com sorrisos e expressão de alegria, faça pequenos furos e
prenda um pedaço de barbante;
- copos descartáveis ou outro de mais ou menos 10cm de altura cheios de terra;
- tinta guache verde;
Confecção:
- prenda o galho na terra dentro do copinho;
- deixe as crianças colorirem o galho;
- depois distribua algumas frutinhas que serão presas nos galhos;
Está pronta a árvore, lembre que a árvore boa dá bons frutos, e a criança boa que faz boas
coisas, é amiga de todos e de Jesus.
Você poderá complementar, transformando esta árvore em uma atividade de Reforma
Íntima, dando para cada criança frutos diferentes de acordo com o seu desempenho pessoal...

BRINCANDO COM JESUS


Peça as pessoas do Centro ou Posto para, neste dia, receberem você e as crianças para uma
visita, visite os vários institutos mostrando que estão trabalhando para a felicidade de todos,
porque todos são amigos.
Visite as mães trabalhando, as sopeiras, as pessoas fazendo as cestas, o zelador.
Depois da visita entreviste as crianças e veja de qual local elas mais gostaram, faça uma
brincadeira imitando as pessoas dedicadas e amigas que trabalham no bem.

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PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Despertar o desejo de apreender a amar a
CURSO: Jardim 2 todas as pessoas indistintamente. Despertar o sentimento de valorização de todas as
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família /Amor ao próximo. pessoas que nos cercam.
SUBUNIDADE: Jesus e a nossa grande família.
Nº DE AULAS: 03 AULA: 11ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Perceber
11
que toda APRENDENDO COM JESUS 1. Mateus,
Humanidade faz parte da 5:43-48;18:23-35.
grande família universal; ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Neio Lúcio,
 Reconhecer o amor Jesus não vivia sozinho, perto dele havia sua mãe, seu pai, seu primo João Batista, a quem Alvorada cristã,
incondicional que Jesus Ele amava muito, seus colegas e seus vizinhos. Jesus amava muito a todos, tratando-os com 11.ed., cap.18.
tinha para com todos; carinho, com meiguice e amor, reconhecendo a Humanidade como uma grande família. 3. Allan
 Desenvolver o sentimento Conte a passagem do Evangelho em que Jesus nos ensina a proceder para com nosso Kardec. O
de amor a todas as próximo como gostaríamos que procedesse conosco: Evangelho segundo
criaturas, indistintamente, “Ouviste que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: o espiritismo,
esforçando-se em atender Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso 104.ed., cap. 19,
ao apelo de Jesus de amar Pai celeste. Porque Ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e item 8.
ao próximo como a si injustos. Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os 4. Casimiro
mesmo. publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Cunha Cartilha da
Não fazem os gentios também o mesmo? Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso natureza, 3.ed.
Pai celeste. ” (1) 5. João de
Conte ainda a parábola do credor incompassivo, onde o Rei perdoa uma grande dívida. Deus, Jardim de
Utilize vários recursos: infância, 5.ed.
“Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus 6. J.B.
servos. E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo ele, Rousting, Os
porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo Quatro Evangelhos,
quanto possuía e que a dívida fosse paga. Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê 6, 7 ed., p. 441.

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IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

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paciente comigo, e tudo te pagarei. E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o 7. Lucas, 6:27-
embora e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus servos que 28-32-36.
lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves. Então, o 8. Meimei
seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei. Ele, Cartilha do bem,
entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. Vendo os seus 7.ed.
companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor 9. Irmão Jota,
tudo que acontecera. Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado perdoei-te O Evangelho em
aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu quadrinhas.
conservo, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos
verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim também meu Pai celeste vos fará, se do
íntimo não perdoardes cada um a seu irmão. ” (1)

FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA


Todos que viviam no tempo de Jesus, recebiam dele o afeto, o carinho, assim como você
pode se sentir bem próximo de Jesus. Quando faz a prece, sabe que ele está ao seu lado.
Você também não vive sozinho, pois tem a mamãe, o papai, seus irmãozinhos, seus
colegas e vizinhos, além de Jesus que acompanha seus passos, mesmo quando não o vê. Você
deve amar e respeitar a todos, não importa como eles sejam, considerando cada pessoa, um
irmão que faz parte da nossa grande família terrena.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “A amizade real”, do livro Alvorada Cristã:
“Um grande senhor que soubera amontoar sabedoria, além de riqueza, auxiliava diversos
amigos pobres, na manutenção do bom ânimo, na luta pela vida.
Sentindo-se mais velho, chamou o filho à cooperação. O rapaz deveria aprender com ele a
distribuir gentileza e bens.
Para começar, envio-o a residência de um companheiro de muitos anos, ao qual destinava
trezentos cruzeiros mensais.
O jovem seguiu-lhe as instruções.
Viajou seis quilômetros e encontrou a casa indicada. Contrariando-lhe a expectativa,
porém, não encontrou um pardieiro em ruínas. O domicílio, apesar de modesto, mostrava
encanto e conforto. Flores perfumavam o ambiente e alvo linho vestia os móveis com beleza e
decência.
O beneficiário de seu pai cumprimentou-o, com alegria efusiva e, depois de inteligente

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palestra, mandou trazer o café num serviço agradável e distinto. Apresentou-lhe familiares e
amigos que se envolviam felizes, num halo enorme de saúde e contentamento.
Reparando a tranquilidade e a fartura, ali reinantes, o portador regressou ao lar, sem
entregar a dádiva.
- Para quê? – confabulava consigo mesmo - aquele homem não era um pedinte. Não
parecia guardar problemas que merecessem compaixão e caridade. Certo, o genitor se
enganara.
De volta, explicou ao velho pai, particularizadamente, quanto vira, restituindo-lhe a
importância de que fora emissário.
O ancião, contudo, após ouvi-lo calmamente, retirou mais dinheiro da bolsa, dobrou a
quantia e considerou:
- Fizeste bem, tornando até aqui. Ignorava que o nosso amigo estivesse sob mais amplos
compromissos. Volta à residência dele e, ao invés de trezentos, entrega-lhe seiscentos
cruzeiros, mensalmente, em seu nome, de ora em diante. A sua nova situação reclama recursos
duplicados.
- Mas, meu pai - acentuou o moço -, não se trata de pessoa em posição miserável. Ao que
suponho, o lar dele possui tanto conforto quanto o nosso.
- Folgo bastante com a notícia - exclamou o velho.
E, imprimindo terna censura à voz conselheiral, acrescentou:
- Meu filho, se não é lícito dar remédio aos sãos e esmolas aos que não precisam delas,
semelhante regra não se aplica aos companheiros que Deus nos confiou. Quem socorre o
amigo, apenas nos dias de extremo infortúnio, pode exercer a piedade que humilha ao invés do
amor que santifica. Quem espera o dia do sofrimento para prestar o favor, muita vez não
encontrará senão silêncio e morte, perdendo a melhor oportunidade de ser útil. Não devemos
exigir que o irmão de jornada se converta em mendigo, a fim de parecermos superiores a ele,
em todas as circunstâncias. Tal atitude de nossa parte representaria crueldade e dureza.
Estendamos-lhe nossas mãos e façamo-lo subir até nós, para que nosso concurso não seja
orgulho vão. Toda gente no mundo pode consolar a miséria e partilhar as aflições, mas raros
aprendem a acentuar a alegria dos entes amados, multiplicando-a para eles, sem egoísmo e sem
inveja no coração. O amigo verdadeiro, porém, sabe fazer isto. Volta, pois, e atende ao meu
conselho para que a nossa afeição constitua sementeira de amor para eternidade. Nunca desejei
improvisar necessitados, em torno de nossa porta e, sim, criar companheiros para sempre.
Foi então que o rapaz, envolvido na sabedoria paterna, cumpriu quanto lhe fora
determinado, compreendendo a sublime lição de amizade real. ” (2)

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TRABALHANDO A QUADRINHA

“Procure o bem, faz o bem,


Não percas tempo, nem vez,
Que a gente leva da vida
Somente a vida que fez. ”
Roque Jacinto

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Faça para cada criança uma sanfoninha de bonecos, depois peça para que elas nomeiem os
bonecos, partindo do centro que será ela própria e depois os demais amigos.
Deixe-as desenhar roupinhas e enfeitar os bonecos que representam a grande família
terrena.
OBS: Peça para as crianças trazerem para próxima aula: terras de várias cores: amarela,
vermelha, preta, entre outras, e areia.

BRINCANDO COM JESUS


Brinque com as crianças de:
 “Meu Amigo”.

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Posição: - As crianças dispostas livremente pela sala.
Desenvolvimento: - Andar livremente pela sala de aula ou por outro local escolhido,
repetindo em coro falado com ritmo o seguinte diálogo:
- Como vai?
- Eu vou bem.
- Quem está aqui?
- É meu amigo também.
Ao final, todos devem escolher uma criança e abraçá-la.
Corrida dos três pés: - Escolha 4 crianças e componha 2 duplas. Agora amarre com um
lenço (meia velha, pedaço de tecido), uma perna da criança na perna do seu companheiro. Dê
um laço firme para o lenço não soltar durante a corrida. Muito cuidado para que o lenço não
machuque a criança. Coloque-os num ponto de partida, dê o sinal, as duplas começam a correr,
abraçados, com os três pés. Ganha a dupla que chegar primeiro.

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PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Valorizar, respeitar e amar a Deus, como
CURSO: Jardim 2 criador da vida de Jesus, e de sua vida, de tudo e todos que a cerca.
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família /Natureza
SUBUNIDADE: Jesus me ensina a amar a Natureza
Nº DE AULAS: 04 AULA:12ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Descobrir Deus como Pai APRENDENDO COM JESUS
12
1. Lucas 5:1-
Criador de toda a 11.
Natureza; ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Neio Lúcio,
 Reconhecer em Jesus o Deus, o Pai bondoso, criou tudo e a todos que existem. Ele criou a todos iguais, criou com Alvorada Cristã,
filho amado que ajudou a o mesmo carinho e amor. Ele é soberanamente justo e bom. Criou Jesus, o nosso querido 11.ed., cap.14.
Deus na Criação da amigo, irmão e Mestre. Jesus, desde o início em que foi criado, sempre esteve pronto a ajudar a 3. Memei, Pai
Terra, pensando em nossa todos que dele precisassem, tornando-se o filho bondoso que nunca desobedeceu às leis de Nosso, 16.ed.
alegria; Deus. 4. Áureo,
 Reconhecer que também Jesus com sua terna bondade e com seu amor a todos, um dia, recebeu de Deus a Universo e vida, cap.
podemos, como Jesus, incumbência de auxiliar na construção da Terra, para que este mundo, construído com muito 7.
ajudar a Deus, cuidando amor e carinho, fosse o lar e escola abençoada para todas as pessoas que nela nascessem, para 5. Casimiro
de tudo que existe na aprenderem a ser bons e puros de coração. Assim foi feito. Jesus, o amigo e irmão querido, foi Cunha, Cartilha da
Natureza; o ajudante de Deus na construção da Terra. Juntou os elementos que formaram a Terra, natureza, 3.ed.
 Despertar em si o amor e espalhou com amor a água, em forma de cachoeiras, rios e mares.... Espalhou flores e plantas 6. Emmanuel, A
gratidão a Deus que em de todas as formas e cores. Veio a chuva amiga e boa, o vento que refresca, a sombra das caminho da luz,
tudo na Natureza nos árvores... E depois, foram surgindo os animais, os homens... E até hoje, Jesus é o ajudante e 20.ed., cap. 1.
concede, para amigo de Deus que olha por todos nós. 7. Mateus 4:18-
aprendermos amá-la e Jesus sempre esteve em meio à Natureza. Quando veio à Terra, escolheu a manjedoura 22, 21:1-11, 26:36-
respeitá-la; (uma singela cama de palha); uma linda estrela, que brilhava muito, anunciou no céu a sua 46.
chegada; alguns pastores e seus animaizinhos vieram visitá-lo. Quando Jesus já era o homem 8. Valérium,
amável e bondoso, que distribuía bons sentimentos a todos, também usou a Natureza para Bem-aventurados os

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IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

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ensinar: falava sobre as águas, orava sobre os montes calmos, escrevia na terra, andou em um simples, 8.ed., cap.
burrico, meditou num jardim, amou e respeitou a Natureza que tantas coisas boas pode 50.
oferecer. 9. Veneranda,
Conte a passagem em que Jesus realiza a pesca milagrosa: Os filhos do grande
“Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao rei, 5.ed.
lago de Genesaré; e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores, havendo 10. 10- Irmão
desembarcado, lavavam as redes. Entrando em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe Jota, O Evangelho
que o afastasse um pouco da praia; e, assentando-se, ensinava do barco as multidões. Quando em quadrinhas.
acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar.
Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a
tua palavra lançarei as redes. Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e
rompiam-se lhes as redes. Então, fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que
fossem ajudá-los. E foram e encheram ambos os barcos, a ponto de quase irem a pique. Vendo
isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou
pecador. Pois, à vista da pesca que fizeram, a admiração se apoderou dele e de todos os seus
companheiros, bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus sócios. Disse
Jesus a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens. E, arrastando eles os barcos
sobre a praia, deixando tudo, o seguiram”. (1)

FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA


Você também foi criado por Deus, igualzinho a Jesus. Só que ele (Jesus) nunca
desobedeceu às leis de Deus, sempre amou, obedeceu, respeitou... Você, eu e todos nós, ainda
temos muito o que fazer para chegarmos a ser como Jesus Cristo. Precisamos aproveitar muito
esta vida para aprendermos a ser bons, obedientes, amar a todos...
Como a vida é boa! Como é linda a Natureza! Nós temos Jesus para nos ajudar e podemos
como ele, sermos ajudantes de Deus! Sabe como? Amando a Natureza, respeitando as pessoas,
as plantas, os animais, preservando o meio ambiente! Assim estaremos seguindo os exemplos
de Jesus, que ofereceu todo seu amor à Natureza amiga!

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “O descuido impensado”, do livro Alvorada Cristã:
“No orfanato em que trabalhava, irmã Clara era o ídolo de toda gente pelas virtudes que
lhe adornavam o caráter.
Era meiga, devotada, diligente.

94
Daquela boca educada não saíam más palavras.
Se alguém comentava faltas alheias, vinha solícita, aconselhando:
- Tenhamos compaixão...
Inclinava a conversa em favor da benevolência e da paz.
Insuflava em quantos a ouviam o bom ânimo e o amor ao dever.
Além do mais, estimulava, acima de tudo, em todos os circunstantes a boa-vontade de
trabalhar e servir para o bem.
- Irmã Clara – dizia uma educadora -, tenho necessidade do vestido para o sábado
próximo.
Ela, que era a costureira dedicada de todos, respondia, contente:
- Trabalharemos até mais tarde. A peça ficará pronta.
- Irmã – intervinha uma das criadas -, e o avental?
- Amanhã será entregue – dizia Clara, sorrindo.
Em todas as atividades, mostrava-se a desvelada criatura qual anjo de bondade e
paciência.
Invariavelmente rodeada de novelos de linha, respirava entre a agulha e a máquina de
costurar.
Nas horas da prece, demorava-se longamente contrita na oração.
Com a passagem do tempo, tornava-se cada vez mais respeitada. Seus pareceres eram
procurados com interesse.
Transformara-se em admirável autoridade da vida cristã.
Em verdade, porém, fazia por merecer as considerações de que era cercada.
Amparava sem alarde.
Auxiliava sem preocupação de recompensa.
Sabia ser bondosa, sem humilhar a ninguém com demonstrações de superioridade.
Rolaram os anos, como sempre, e chegou o dia que a morte a conduziu para a vida
espiritual.
Na Terra, o corpo da inesquecível benfeitora foi rodeado de flores e bênçãos, homenagens
e cânticos e sua alma subiu, gloriosamente, para o Céu.
Um anjo recebeu-a, carinhoso e alegre, à entrada.
Cumprimentou-a. Reportou-se aos bens que ela espalhara, todavia, sobre impressão de
assombro, Irmã Clara ouviu-o informar:
- Lastimo não possa demorar-se conosco senão por três semanas.
- Oh! Por quê? – interrogou a valorosa missionária.

95
- Será compelida a voltar, tomando novo corpo de carne no mundo – esclareceu o
mensageiro.
- Como assim?
O anjo fitou-a, bondoso e respondeu:
- A Irmã foi extremamente virtuosa; entretanto, na posição espiritual em que se encontrava
não poderia cometer tão grande descuido. Desperdiçou uma enormidade de fios de linha,
impensadamente. Os novelos que perdeu, por alhear-se à noção de aproveitamento, davam para
costurar alguns milhares de vestidos para crianças desamparadas.
- Oh! Oh! Deus me perdoe! – exclamou a santa desencarnada – e como resgatarei a
dívida?
O anjo abraçou-a, carinhoso, e reconfortou-a dizendo:
- Não tema. Todos nós ajudaremos, mas a querida irmã recomeçará sua tarefa, plantando
um algodoal. ” (2)
OU
Conte a história espírita infantil “Glorificando o santo nome” do livro Pai Nosso:

“O professor contou, em aula, que, no princípio da vida na Terra, quando os minerais, as


plantas e os animais souberam que era necessário santificar o nome de Deus, houve da parte de
quase todos um grande movimento de atenção.
Certas pedras começaram a produzir diamantes e outras revelaram ouro e gemas preciosas.
As árvores mais nobres começaram a dar frutos.
O algodoeiro inventou alvos fios para a vestimenta do homem.
A roseira cobriu-se de flores.
A grama, como não conseguia crescer, alastrou-se pelo chão, enfeitando a Terra.
A vaca passou a fornecer leite.
A galinha, para a alegria de todos, começou a oferecer ovos.
O carneiro iniciou a criação de lã. A abelha passou a fazer mel.
E até o bicho-da-seda, que parece tão feio, para santificar o nome de Deus fabricou fios
lindos, com os quais possuímos um dos mais valiosos tecidos que o mundo conhece.
Nesse ponto da lição, como o instrutor fizera uma pausa, Pedrinho perguntou:
- Professor, e que fazem os homens para isso?
O orientador da escola pensou um pouco e respondeu:
- Nem todos os homens aprendem rapidamente as lições da vida, mas aqueles que
procuram a verdade sabem que a nossa inteligência deve glorificar a Eterna Sabedoria,

96
cultivando o bem e fugindo ao mal. As pessoas que se consagram às tarefas da fraternidade,
compreendendo os semelhantes e auxiliando a todos, são as almas acordadas para a luz e que
louvam realmente o nome de nosso Pai Celeste.
E, concluindo, afirmou:
- O Senhor deseja a felicidade de todos e, por isso, todos aqueles que colaboram pelo
bem-estar dos outros são os que santificam na Terra a sua Divina Bondade. ” (3)

TRABALHANDO A QUADRINHA:
“Deus fez da vida um jardim,
Fez do mundo o nosso lar,
Onde aprendemos a amar
Sua grandeza sem fim. ”
João de Deus

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Evangelizador, neste dia leve para a sala um vidro transparente retangular ou redondo
(tipo aquário), (ou qualquer recipiente grande de vidro transparente!). Vá colocando aos poucos
neste vidro o material que foi pedido na aula anterior às crianças (leve um pouco de reserva,
para o caso de alguma criança esquecer). Vivencie com elas a construções do Terrário.
Sugestão:

97
- Vamos observar quantas coisas boas a Natureza nos dá. Vamos colocar aqui as terras e
as areias. (Coloque-as em fileiras no chão. Deixe que as crianças, uma a uma, manipulem,
sentindo as diferenças: textura, temperatura, etc.). Faça perguntas a elas do tipo:
- Como é a terra? E a areia?
- O que a terra nos dá?
- Quem fez a terra amiga?
- O que tem na terra?
Faça as perguntas e deixe que todas as crianças que queiram, respondam.
Coloque a terra, uma a uma no recipiente de vidro, de maneira que, pelo lado de fora a
criança visualize a diferença de cores entre as terras.

OBS: Peça para as crianças trazerem para próxima aula: pequenas plantinhas com raízes
(gramas, florzinhas), pedras e sementes (de feijão, por exemplo).

BRINCANDO COM JESUS


Você poderá levar para a sala em recipientes separados várias formas de expressão de vida
latente: sementes de cores e formas diferentes, pedras de tamanhos variados, galhos, folhas
verdes e secas, água limpa, algodão de paineiras, cabaças, flores secas e frescas, e vários outros
objetos. Você poderá montar grupos entre as crianças e deixá-las explorarem livremente a cada
um, segundo suas próprias descobertas. Fique por perto e não tenha medo da desordem. Depois
você deve arrumar tudo com eles.

98
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Valorizar, respeitar e amar a Deus, como
CURSO: Jardim 2 criador da vida de Jesus, e de sua vida, de tudo e todos que a cerca.
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família Natureza
SUBUNIDADE: Com Jesus aprendi a amar a terra e as plantas
Nº DE AULAS: 04 AULA: 13ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Identificar o amor de APRENDENDO COM JESUS
13
1. Lucas, 6:43-
Jesus pela Natureza 45.
amiga; ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Eliseu
 Reconhecer a importância Nosso amigo Jesus quando viveu aqui na Terra, amou muito a Natureza, pois, sabia que Rigonatti,
de amar e respeitar a terra ela é a criação de Deus nosso Pai. 3. Evangelho
e as plantas, sentindo a Sempre foi bom e amoroso com todos e passou a fazer muitas coisas utilizando-se da da meninada, 9.ed.,
presença de Deus; Natureza amiga, que sempre o respeitava e obedecia: acalmou tempestades, curou com lama p.60.
 Descobrir maneiras de um cego de nascença e muitas outras coisas. Jesus gostava também de contar histórias 4. Meimei, Pai
auxiliar a Natureza; utilizando-se da Natureza para que as pessoas entendessem bem o que ele estava dizendo. Uma nosso, 13.ed., cap.
 Conscientizar-se da das histórias que ele contou, foi a da árvore e seus frutos. 23.
importância da Natureza Conte às crianças uma das passagens mais bonitas do Evangelho que fala sobre a árvore 5. Allan
em nossas vidas; que dá bons frutos comparando-a com o homem bom: Kardec, O evangelho
 Reconhecer que na “Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto. segundo o
Natureza tudo tem uma Porquanto, cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espiritismo, 104.ed.,
finalidade justa e maior, espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas. O homem bom do bom tesouro do coração cap. 21, item 1.
segundo as leis sábias de tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal: Porque a boca fala do que está cheio o coração”. 6. Amélia
Deus. (1) Rodrigues, Luz do
Jesus, sempre que precisasse ou quisesse, podia desaparecer com seu corpo de luz e ir para mundo, 3.ed., cap.
as regiões de luz e amor de onde ele veio. Lá ele ficava para orar, haurir energias novas para 13.
enfrentar as incompreensões e orgulhos humanos. Numa noite Jesus desapareceu e foi para 7. Casimiro
perto de Deus. Chamou doze amigos, os apóstolos, que eram: Simão Pedro, André, Tiago, Cunha, Cartilha da

13
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

99
João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, Simão Zelote, Judas Tadeu e Judas Iscariotes. natureza, 3.ed.
Foi Jesus com eles para um lugar belíssimo onde a água transparente e limpa deixava uma 8. João, 9:1-12.
sensação de paz no ar, os pássaros voavam, as árvores frondosas ofereciam frutos, flores e 9. João de
sombras frescas e amigas, a relva verde por toda parte era um tapete macio para todos Deus, Poetas
descansarem. Grandes pedras enfeitavam o ambiente, borboletas voavam e o vento fresco redivivos.
soprava para refrescar a todos os cansados do caminho. Jesus neste lugar, com seus doze 10. Mateus,
amigos, estavam cercados por muita gente. Pessoas de toda parte, todas com problemas, 8:23-27; 12:33-35.
doenças, sofrimentos, mas todos com uma fé muito grande em Jesus, o grande amigo que 11. Neio Lúcio,
ensinava, consolava, curava... Então, ele começou a falar coisas lindas, chamando as pessoas Alvorada Cristã,
humildes, pobres e simples de Bem-Aventuradas. Muitos choravam de alegria. E Jesus 11.ed., cap 4.
continuou ensinando, falou ainda que “Cada árvore se conhece pelo seu fruto” (1), porque, não 12. Roque
existe “árvore boa que dê mau fruto e nem árvore má que dê bom fruto” (1). Jesus estava Jacinto, Peixinho
comparando as árvores com as pessoas, pois, assim como as árvores boas dão bons frutos, as azul, cap. 8.
pessoas boas tiram do seu coração as coisas boas e falam o bem e as pessoas más, assim como 13. Valérium,
a árvore que dá maus frutos, tiram o mal do seu coração. Ainda disse Jesus: “A boca fala do Bem-aventurados os
que está cheio o coração. ” (1) simples, Introdução,
Jesus, muito sábio e bondoso, além de reunir as pessoas sob a Natureza que refaz, também 8.ed., cap 1, e 40.
usava a Natureza para deixar lições lindas como esta. 14. Irmão Jota, O
Evangelho em
FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA quadrinhas.
Querida criança, você deve ser como a árvore boa que produz frutos bons. Como?! Sendo
uma criança que respeita e ama a terra, as plantinhas e tudo que existe na Natureza.
Jesus reconhece que dentro de você existe a sementinha do amor, do respeito, da bondade.
E seguindo os mandamentos do Cristo, você estará fazendo brotar os mais puros sentimentos
que estão no seu coraçãozinho de criança muito amada por Jesus e por Deus nosso Pai!
Perceba a terra, as plantas e toda a Natureza como ferramentas amigas que Deus nos deu
para nos auxiliar em nossa melhoria como espíritos eternos que somos. Então faça com essas
ferramentas todo o bem que puder, assim como Jesus o fez!

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “A parábola do Semeador”, do livro Evangelho da
Meninada de Eliseu Rigonatti:
“E agora vou contar-lhes uma bonita parábola de Jesus; chama-se a parábola do semeador.
- Parábola! O que é parábola, dona Lina, perguntamos curiosos.

100
- Parábolas são pequeninas histórias que encerram sempre um ensinamento. Jesus recorria
muito a parábolas para ensinar ao povo.
Um dia um semeador saiu a semear trigo em seu campo. Uma parte das sementes caiu na
beira da estrada, foi pisada pelos que passavam e os passarinhos comeram-nas. Um punhado
caiu entre pedregulhos, nasceu, mas logo secou. Outra parte caiu entre espinhos. Os espinheiros
cresceram e afogaram as plantinhas. E por fim muitas caíram em boa terra. Germinaram,
cresceram e deram muito trigo; cada grão produziu cem.
-Tal e qual a horta que Antônio fez; onde tinha pedras, não deu nada, disse dona Leonor.
Todos olhamos para o sr. Antônio, que procurou justificar-se explicando que não
percebera as pedras sob a leve camada de terra. Dona Lina riu e continuou:
- Vou dar-lhes o sentido da parábola do semeador. O campo que o homem semeou é o
mundo; as sementes são os ensinamentos divinos que Jesus nos trouxe. Quem ouve os
ensinamentos e não os pratica, é como a semente que caiu na beira da estrada, pisada pelos
caminhantes e comida pelos passarinhos. Outros recebem com prazer os ensinamentos, mas
pouco tempo depois os esquecem; são os que receberam a semente entre pedregulhos. Aqueles
que recebem a semente entre espinheiros são os que acham difícil praticar as lições divinas e
preferem viver entregues aos negócios do mundo. Finalmente os que recebem a semente em
boa terra, são todos aqueles que procuram viver de acordo com as lições de Jesus.
- E como é que se vivem de acordo com as lições de Jesus, dona Lina? perguntou Cecília.
- Fazendo sempre o bem e perdoando as ofensas que os outros nos fizerem, respondeu
prontamente o Roberto.
- Isso mesmo, confirmou dona Lina. Jesus compara o mundo a uma grande roça onde
devemos plantar as sementinhas do bem, as quais, germinando, farão a humanidade feliz.
- Mas o mundo é tão grande, Lina! suspirou Dona Aninhas.
- De fato, Jesus também notou a extensão do trabalho; por isso disse a seus discípulos:
- “A seara verdadeiramente é grande e os trabalhadores são poucos. Peçam ao Senhor da
seara que mande trabalhadores para sua seara”.
Quero ver em que terreno vão cair as sementes que hoje estou plantando no coração de
vocês.
- Esperemos que nossos corações sejam terra boa, onde frutifiquem as lições do bem, disse
Dona Leonor.
- Jesus também afirmou que os que praticam suas lições são como uma lanterna que o
homem acendeu para alumiar toda casa. E agora até amanhã que já passa das oito horas,
concluiu Dona Lina, levantando-se.” (2)

101
OU
Conte a história espírita infantil “O exemplo da árvore” do livro Pai Nosso:

“Dizem que quando a primeira árvore apareceu na Terra, trazia do Pai Celestial a
recomendação de alimentar o homem e auxiliá-lo, em nome do Céu, por todos os meios que lhe
fosse possível.
Resolvida a cumprir a ordenação do Senhor, certo dia foi visitada por um ladrão,
perseguido pela Justiça.
Ele sentia fome e, por isso, furtou-lhe vários frutos.
Em seguida, decepou-lhe muitos galhos, deles fazendo macia cama para descansar e
refazer-se.
A árvore não se agastou com o assalto. Parecia satisfeita em ajudá-lo e até se mostrava
interessada em adormecê-lo, agitando harmoniosamente as folhas, tangidas pelo vento.
Erguendo-se, fortalecido, o pobre homem ouviu o ruído dos acusadores que o buscavam e,
angustiado, sem saber que rumo tomar na várzea deserta, notou que o nobre vegetal, em
silêncio, como que o convidava a asilar-se em seus ramos.
Imediatamente, à maneira de um menino, o infeliz escalou o tronco e escondeu-se na copa
farta.
Os guardas vieram e, desistindo de encontrá-lo em razão da busca infrutífera, retiraram-se
para lugarejo distante.
Foi então que o desventurado desceu para o solo, impressionado e comovido, reparando
que se achava à frente de humilde mensageira do Céu.
Roubara-lhe os frutos e mutilara-lhe as frondes; entretanto, oferecera-lhe, ainda, seguro
abrigo.
O homem infeliz começou a meditar no exemplo da árvore venerável, incumbida por Deus
de cooperar na distribuição do alimento de cada dia na Terra, e, nela reconhecendo verdadeira
emissária do Céu, que lhe saciara a fome e lhe dispensara maternal proteção, abandonou o mal
em que se havia mergulhado e passou a ser outro homem. ” (3)

TRABALHANDO A QUADRINHA:
“O ninho irradia amor,
A fonte clara desliza,
Serve a chuva, serve a brisa,

102
Serve o grão e serve a flor. ”
João de Deus

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Exponha o material pedido na aula anterior (plantinhas, pedrinhas, sementes, água num
copinho plástico). Explore cada um, como fez com a terra. Não se esqueça de valorizar Deus
como Criador de tudo. Depois, aos poucos, vá plantando as plantinhas, as sementes (de feijão,
por exemplo). As plantas (gramas, florzinhas, etc.), deverão ter raízes para que possam brotar
depois. Coloque as pedras e por fim, num cantinho, coloque um recipiente com água. As
plantas fornecerão oxigênio e a água realizará o ciclo da evaporação. Não se esqueça de aguar a
terra, para que fique úmida. Cubra o recipiente com um plástico transparente e passe fita
adesiva em volta, para que fungos, bactérias, insetos e outros elementos do ambiente não
interfiram na experiência.
Na semana seguinte, as crianças poderão observar as transformações naturais que
ocorreram (se as plantas se enraizaram, o que aconteceu com a água, etc...)

OBS: Peça às crianças para trazerem seres vivos para a próxima aula: formigas, besouros,
minhocas, lagartas... (somente pequenos seres e que não sejam nocivos).

103
BRINCANDO COM JESUS
Leve as crianças ao ar livre, de preferência onde exista sombra, água e areia branca.
Deixe-as brincar livremente na areia com potes de margarina (garrafas plásticas de
refrigerantes também dão ótimos baldinhos), e outras sucatas. Converse sempre com elas sobre
a bondade de Deus, nos dando a água, a areia e tudo que existe.

104
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE:
CURSO: Jardim 2 Valorizar, respeitar e amar a Deus, como criador da vida de Jesus, e de sua vida, de
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família /Natureza tudo e todos que a cerca.
SUBUNIDADE: Jesus me ensina a amar os animais
Nº DE AULAS: 04 AULA: 14ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Reconhecer nos animais, APRENDENDO COM JESUS
14
1. Lucas , 15:4-
bênçãos que Deus nos 7.
concedeu; ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Wallace
 Reconhecer que todos os Deus, o Pai Bondoso que cria sem cessar, criou as pedras, as plantas, os animais e os Leal, E, para o resto
animais são filhos de homens. Em todos estes seres há vida. No homem há o espírito, de inteligência desenvolvida, da vida..., 5.ed.,
Deus, portanto nossos criado por Deus. Nos outros seres: pedras, plantas animais, há um princípio espiritual, que um p.67.
irmãos, que precisam do dia será como nós, um espírito, com liberdade de fazer o que pensa, o que sente e vai aprender 3. Áureo,
nosso cuidado, nosso a amar e a ser bom. Deus é o Pai bondoso que a tudo criou e nós (pedras, plantas, animais, Universo e vida, cap.
carinho e respeito; homens) somos todos irmãos, por isto devemos amar e respeitar a Natureza, tratar com carinho 3-4.
 Conhecer passagens da e amor os animais, nossos irmãos em evolução. 4. Casimiro
história de Jesus que Jesus, que conhece as leis de Deus e ama a todos, sempre amou e respeitou os animais e Cunha, Cartilha da
sempre demonstrou a tudo o que existe na Natureza. Quando Maria, sua meiga mamãe, precisou viajar para Belém, natureza, 3. ed., p.
importância dos animais foi montada em um burrico dócil e gentil... Até parece que sabia que estava carregando a mãe 61.
e seu amor por eles; querida de Jesus. Depois ao nascer, Jesus estava cercado de ovelhas, vacas, bois... Toda sua 5. Iracema
 Reconhecer a importância vida foi um hino de respeito às coisas que Deus criou. Sapucaia, O besouro
do trabalho dos animais Jesus também usava os animais para contar histórias que muito educavam as pessoas. casca dura, 9.ed.,
que auxiliam nas tarefas Conte às crianças a parábola da Ovelha perdida: cap. O sapo e a
de melhoria da Terra. “Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não pomba.
deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que perdeu, até encontrá-la? Achando-a, 6. J.B
põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, Roustaing, Os

14
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

105
dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que, Quatro evangelhos,
assim, haverá maior júbilo do céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove 7.ed., V.1, 7 ed.,
justos que não necessitam de arrependimento”. (1) p.15.
Jesus contou esta parábola mostrando que se preocupa muito conosco. 7. João de
Deus, Poetas
FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA redivivos.
Você também pode amar e respeitar a Natureza como Jesus. 8. Meimei, Pai
Seja carinhosa, alimente os animais, dê água e tudo mais que eles precisarem. Observe o nosso,13.ed.
canto dos passarinhos, o trabalho das formiguinhas e aprenda a louvar a Deus vendo a beleza e cap.Glorificando o
o trabalho dos animais! Santo nome.
Trate bem os animais, não os maltrate com indiferença ou maldade, eles são nossos amigos
e irmãos que Deus colocou ao nosso lado para que aprendamos a amá-los e respeitá-los.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil – “O pintinho”, do livro E, para o resto da vida...
“Eu tinha dez anos quando encontrei, entre minhas colegas, a primeira amiga de verdade.
Nossa camaradagem tornou-se a coisa mais importante para mim.
Entretanto, eu era de natureza exclusivista e me sentia violentamente enciumada sempre
que ela manifestava interesse por alguma coisa que nada tivesse a ver comigo.
Mamãe compreendeu o que estava ocorrendo.
Um dia ela chamou-me para ver uma ninhada de pintinhos que havia acabado de sair do
ovo.
Fiquei encantada. Eram umas coisinhas lindas, feitas de suave veludo cor-de-ouro.
Em meu entusiasmo, colhi um deles na mão. Mas apertei-o com tanta força que por um
pouco não o sufoquei. Ele, naturalmente, lutou para escapar até que, desvencilhando-se, correu
para longe de mim.
Mamãe notou o meu desapontamento e disse:
-Pegue um outro, mas procure segurá-lo suavemente. Se você o prender com muita força,
por instinto ele vai querer fugir.
Fiz uma segunda tentativa e o pintinho aninhou-se quietinho na palma de minha mão.
Senti-me muito feliz e sorri para mamãe. Foi quando ela me disse:
- Sabe, meu bem, as pessoas, neste mundo, são como esses pintinhos. Quando agarramos
com muita força aqueles que amamos, tentando aprisioná-los em nossa mão, eles,
naturalmente, não se sentem bem. E lutam por readquirir a liberdade, como fez o primeiro

106
pintinho que você pegou. Mas se os colocamos na palma da mão, sem fechar os dedos, de
modo que sintam apenas o nosso calor, percebem logo que não desejamos aprisioná-los, pelo
contrário, apenas aquecê-los com um pouco de nós mesmos, sem a pretensão de exigir-lhes
nada. Foi o que sucedeu com o segundo pintinho.
Aquilo me impressionou muito e guardei a lição.
Não quero dizer que deixei de sentir ciúmes, pois isso faz parte da natureza humana.
Todavia quando o exclusivismo fala mais alto em meu espírito, controlo-me mentalizando a
figura daquele pintinho na palma de minha mão.
Foi assim que aprendi a manter junto de mim aqueles que, pensando seriamente, desejo
que permaneçam perto de meu coração...” (2)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“A lei é conjunto eterno
De deveres fraternais:
Os anjos cuidam dos homens,
Os homens dos animais. ”
Casimiro Cunha

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS

107
Reabra o terrário neste dia. Se for necessário, coloque mais água na vasilha que está nele.
Coloque todos os pequenos insetos, trazidos pelas crianças. Lacre-o novamente, com muito
cuidado, não deixando espaço para que a água evapore ou os insetos escapem. Passe a observar
durante as próximas semanas todas as modificações ocorridas e converse com as crianças sobre
as mesmas.
Você poderá levar gravuras ou fotografias repetidas de revistas ou livros velhos de vários
animais. Leve também pequenos retângulos ou quadrados de papel cartão, cartolina ou outros.
Deixe que as crianças recortem os animais e colem um a um nos retângulos de papel cartão,
cartolina, plástico grosso, toquinhos ou outra coisa.
Depois de coladas as gravuras, estará pronto um interessante jogo da memória, lembrando
que as gravuras devem ter o seu par.

BRINCANDO COM JESUS


Organize as crianças em grupos e as ensine a brincarem com o jogo da memória.
Brinquem também de imitar animais, de preferência ao ar livre.

108
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Valorizar, respeitar e amar a Deus, como
CURSO: Jardim 2 criador da vida de Jesus, e de sua vida, de tudo e todos que a cerca.
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família /Natureza
SUBUNIDADE: Com Jesus aprendi a amar o céu
Nº DE AULAS: 04 AULA: 15ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Valorizar o Sol como APRENDENDO COM JESUS
15
1. João, 14:1-
fonte de energia e de 10.
expansão do amor sobre a ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Cléo de
Terra; Deus que é tão bom, fez muitas coisas lindas que nos ajudam na vida. Fez o céu Albuquerque,
 Reconhecer no Sol a maravilhoso e todas as coisas boas e lindas que existem nele: as nuvens; a chuva gostosa, que Nuvenzinha Marli,
morada do Cristo; molha a terra e as plantas, que enche os rios onde existem os peixinhos; a lua que ilumina a 7.ed.
 Valorizar o céu, os noite; as estrelas que brilham como se fossem pedrinhas de brilhante que alguém colocou no 3. Allan
elementos que nele céu... Deus fez o Sol que nos dá energia e saúde, seus raios de luz penetram em nós, dando-nos Kardec, O
existem e os fenômenos forças, alegria de viver, vontade de trabalhar! Evangelho segundo
que nele acontecem como É o Sol que dá vida a tudo o que existe no mundo, sem ele tudo deixaria de existir. Como é o Espiritismo,
obras de Deus, Pai e gostoso tomar um banho de Sol de manhãzinha ou à tarde! ... 104.ed., cap. 25,
Criador. Jesus, o amigo querido de todos passou por fases muito difíceis para estar conosco na item 6.
Terra. Primeiro teve que abandonar o Sol imenso onde muitas vezes ficava em luz intensa, 4. Aura Celeste,
reunindo-se com grandes Espíritos, depois teve que constituir um corpo todo de luz para estar Escuta, meu filho...,
conosco. E quantas vezes as pessoas não o entendiam, nem sabiam que ele era um Espírito 8.ed., cap. 10.
muito especial, vindo de perto de Deus! 5. Áureo,
Jesus sempre olhava para o céu e amava muito tudo que nele existia, porque sabia que Universo e vida,
cada estrelinha que ele via brilhando, era um mundo criado por Deus para os Espíritos cap. 07.
morarem e aprenderem a amar... 6. Casimiro
Certa vez, estava Jesus conversando com seus amigos, os apóstolos, e lhes disse que não se Cunha, Cartilha da
preocupassem porque ele iria embora e que “há muitas moradas no céu”. Conte esta passagem natureza, 3.ed., p.

15
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

109
às crianças: 137,187,193.
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu 7. Meimei,
Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois, vou preparar-vos lugar. E, História de André.
quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos tomarei para mim mesmo, para que, onde eu 8. Meimei, Pai
estiver estejais vós também. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber nosso, 13.ed., cap
o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai Cântico de louvor;
senão por mim. Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o Existência de Deus.
conheceis e o tendes visto. Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. 9. Neio Lúcio,
Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e não me conheces Felipe? Quem Alvorada Cristã,
me vê a mim vê o Pai; como dize tu: Mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai e que o 11.ed., cap. 46.
Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que 10. Irmão Jota,
permanece em mim, faz as suas obras. ” (1) O Evangelho em
quadrinhas.
FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA
Você criança deve, como Jesus, amar as obras de Deus que estão no céu. Quando você estiver
brincando no Sol, lembre-se que cada raio gostoso de Sol é a presença direta do amor de Jesus
em seu coração e nos seus pensamentos, assim, pense como se fosse um gostoso banho de luz
que vai deixá-la mais alegre e mais feliz!
Contemple o céu, as estrelas, perceba Deus em toda parte, reconhecendo na Sua obra o
amor profundo que tem por todos nós!

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “Nuvenzinha Marli”, de Cléo de Albuquerque.

“Nuvenzinha Marli era uma nuvenzinha que se cuidava muito!


Preocupava-se muito em não pesar demais, pois tinha medo de desfazer-se em água sobre
o Jardinzinho da “Praça dos Miosótis”, onde morava.
Preocupava-se também em não se repartir, pois senão perder-se-ia das gotinhas d’água que
amava e considerava só suas.
Nuvenzinha Marli tinha medo de desaparecer...
Nuvenzinha Marli não queria, de jeito nenhum, MORRER...
O vento passava e a Nuvenzinha se segurava.
O Sol batia forte e Marli fugia para a sombra de outra qualquer Nuvenzona bem grande! ...
Se no céu abria um relâmpago, ela corria assustadinha...

110
—“Isto é absurdo!” Comentavam as outras Nuvens do Céu!
—“Mas que coisa! Nuvenzinha Marli não quer mesmo chover! ”
E as nuvens trocavam entre si uma porção de ideias...
É que a cada uma Nuvenzinha e Nuvenzona o Pai do Céu tinha dado uma tarefa de molhar
determinado pedaço da Terra...
Só que o Jardinzinho da “Praça dos Miosótis” era tarefa da Nuvenzinha Marli.
E as plantinhas de lá estavam quase morrendo de tanta sede, desde que Nuvenzinha Marli
nascera de Dona Nuvem Fofa e do Senhor Nuvem Corisco...
Mas tudo tem seu tempo! ...
O sol sabia esperar as nuvens crescerem e se tornarem fortes...
E o Pai do Céu tinha a certeza de que, um dia, Nuvenzinha Marli iria entender tudo o que
aconteceria com ela direitinho e passaria a chover com bastante graça e fartura, sobre o
Jardinzinho da “Praça dos Miosótis”...
Por isso, enviou-lhe um professor: o Senhor Nuvem Cinzenta!
O Professor Nuvem Cinzenta pigarreou um pouco para começar a primeira lição (hum...
hum...) e depois mostrou como se chovia:
Espremeu-se, espremeu-se um pouquinho e choveu um nadinha sobre o Jardinzinho da
“Praça dos Miosótis”...
(É que ele não podia esperdiçar as suas gotinhas de chuva, pois tinha também um lindo
Bosque para molhar.)
Depois, aproveitando um Vento leve, saiu com Nuvenzinha Marli a passeio pelo Céu, para
mostrar-lhe as lindas flores e os miosótis azuis que apareceram no Jardim da Praça, após aquela
abençoada chuvinha...
Mas... Nem assim... Nem assim a Nuvenzinha Marli se animou a chover...
Pior é que as plantinhas do Jardinzinho da “Praça dos Miosótis” já estavam quase secando.
Nuvenzinha Marli também já estava ficando tão pesada!
Mas não se animava a chover nem um pouquinho!
Foi aí que o Pai do Céu enviou o senhor Relâmpago! ...
(O senhor Relâmpago tinha mesmo esta função: Acordar as Nuvenzinhas preguiçosas...)
Aí então, não teve jeito mesmo! ...
Nuvenzinha Marli despejou-se em chuva...
Era água por todo o lado do Jardinzinho da “Praça dos Miosótis”...
Como Nuvenzinha Marli ficara diferente!
Era agora um fiozinho de água que corria por dentro da Terra...

111
E lá ia ela...
Molhando.... Molhando tudo! ...
Logo depois, foi se unir a um riachinho bem pertinho dali: “O Riachinho das Águas
Claras”...
Num dia de muito Sol e Calor, parte da água do Riachinho evaporou-se!
O Céu, que estava todo azul, ficou, de repente, cheio de Nuvens! ...
E imaginem o que se ouvia lá no alto, bem lá no alto?
— Mar-li! Mar-li! Estamos aqui de novo!
— Acorde! Viu como foi bom?
— Você está muito mais leve e mais bonita também!...
E lá estava ela no Céu, novamente!
Um pouco diferente, é certo...
Também acabara de se formar agorinha e estava até um pouquinho despenteada! ...
Nuvenzinha Marli RENASCERA!
Não no mesmo lugar, mas não fazia mal, o importante é que não se perdera de si mesma...
E agora?
Agora teria que molhar um outro pedacinho da Terra:
A Hortinha “FELIZ QUEM ME COME”...
Nuvenzinha Marli compreendeu, finalmente, que:
— Assim como acontece com a gente, a Vida continua... continua sempre...
ELA NÃO MORRERA, NEM MORRERIA NUNCA!
Nuvenzinha Marli estava muito mais viva na sua nova forma!
E muito mais feliz também!
Porque, dali para frente, Nuvenzinha Marli continuaria cumprindo, com muita alegria, a
missão que Deus lhe deu!
E você sabe qual a missão de Nuvenzinha Marli?
Sabe?
CHOVER NA GOSTOSA TERRINHA! ... TORNANDO-SE ÚTIL E SERVINDO A...
DEUS.” (2)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“A Natureza revela,
Sublime, ditosa e bela,
As luzes da Providência. ”

112
João de Deus

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Você poderá confeccionar móbiles de sol, lua, estrelas, nuvens, com as crianças. Leve
vários círculos de cartolina, tiras de papel celofane ou crepom amarelas e azuis, tiras bem
fininhas do mesmo papel e bolinhas de papel crepom. Deixe as crianças pintarem uns círculos
de amarelo ou de azul ou então, deixe-as colarem em todo o círculo as bolinhas de papel
crepom. Depois cole em volta, com um franzido, o papel celofane ou o crepom e pendure com
uma linha no teto da sala. Se quiser, você pode colar ainda as tiras bem fininhas de papel para
fazer de conta que são os raios do sol ou a luz das estrelas. As crianças vão adorar o resultado.
Deixe-as participarem bastante!

BRINCANDO COM JESUS


Se estiver um dia de sol, leve as crianças ao ar livre e sob o sol gostoso, dê-lhes um
maravilhoso banho de mangueira! Elas vão se divertir muito! Não se esqueça de avisar antes as
mães, para que elas autorizem. Se quiser, peça uma muda de roupa para elas trocarem, mas
cuidado para não misturar ou perder as roupinhas.
Se não estiver sol, você poderá brincar de teatro de fantoches com as crianças. Invente
com elas uma história com estrelas e sol, aproveite os móbiles antes de pendurá-los.
PLANO DE UNIDADE

113
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Perceber o valor da prece exemplificada por
CURSO: Jardim 2 Jesus. Valorizar a prece como recurso de apoio às horas de dificuldades. Cultivar o
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família / Prece hábito da prece.
SUBUNIDADE: Jesus me ensina a conversar com Deus
Nº DE AULAS: 02 AULA: 16ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Valorizar a prece como
16
APRENDENDO COM JESUS 1. João, 10:24-
recurso de todas as horas, 30.
para todas as situações da ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Mateus, 6:5-
vida: alegria, tristeza, Deus, o Pai querido, sempre quis o melhor para todos nós e desde que nos criou, “plantou” 8; 6: 9-13
medo, saudade e outras; em nós uma semente muito bonita que se chama fé, que se expressa no desejo de orar, de falar 3. Iracema
 Refletir no exemplo de com Deus. Por isto, o homem, sempre procurou à sua maneira, falar com Ele. Mas, na sua Sapucaia, As
Jesus que vivia em imperfeição, o homem criou maneiras diferentes de demonstrar amor à Deus, que não eram aventuras de
comunhão com Deus, muito boas, e coisas que não eram necessárias como por exemplo: estátuas ou matar animais Fraterninho, 3,ed.,
servindo a Ele com amor; para oferecer a Ele. Então, quando Deus enviou Jesus à Terra, foi também para nos mostrar o p.19.
 Conhecer a oração que que é a prece e como devemos orar. 4. Ramiro
Jesus nos ensinou: “Pai Jesus, que foi enviado por Deus, que conhecia e praticava Suas leis, principalmente a lei Gama, Lindos casos
Nosso”; de amor que ele veio ensinar, sempre esteve com seu pensamento em Deus. Em nenhum de Chico Xavier,
 Reconhecer que através momento Jesus se afastava de Deus pensando mal de alguém ou de alguma coisa. Conte às 17.ed., p.37.
da prece conseguimos crianças a passagem em que Jesus afirma: 5. Casimiro
forças novas, equilíbrio e “Eu e o Pai somos um”.(1) Cunha, Cartas do
paz. “Rodearam-no, pois, os judeus e o interpelaram: Até quando nos deixarás a mente evangelho.
suspenso? Se tu és o Cristo, dize-o francamente. Responde-lhes Jesus: já vo-lo disse, e não 6. Emmanuel,
credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito. Mas vós não Fonte viva, 35.ed.,
credes, porque não sois das minhas ovelhas. Ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me cap. 77 e 164.
seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. 7. João de Deus
Aquilo que meu Pai mas deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu Jardim de infância,

16
IMPORTANTE:
Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se enriqueça em conteúdo.
A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches, teatro de sombra,
dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

114
e o Pai somos um”. (1) 5.ed., cap. 7.
Quando criança, Jesus explicava aos seus pais e a toda sua família sobre o amor, e orava 8. Lucas, l8:9-
com eles, conversava sobre Deus e Sua bondade. Sempre que podia, ficava sozinho para orar e 14.
estar mais próximo de Deus. Quando já aparentava um homem adulto, Jesus que esteve sempre 9. Marcos,
com o pensamento em Deus, mostrou que sua vinda até nós era um ato de louvor, de respeito e 11:24-26.
de amor a Ele. Ensinou diversas vezes sobre o valor da oração e porque devemos estar sempre 10. Irmão Jota,
em prece. Ele disse que “quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar O Evangelho em
em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos quadrinhas.
digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e
fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que
pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso
Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais. ” (2)
Deus vê tudo que se passa dentro de nós, Ele conhece e vê todos os nossos pensamentos.
Muitas vezes nós pedimos uma coisa e Deus manda outras respostas para nossa vida, porque
Ele sabe o que é melhor para nós. Jesus ensinou ainda, que devemos orar com sentimento,
com amor, e orar por todas as pessoas, principalmente por aquelas que não gostamos ainda, ou
que não gostam de nós, para que através da prece melhoremos o nosso coração e aprendamos
a amar a todas as pessoas.
Maria, mãe querida de Jesus, também mostrou que a prece fazia parte de sua vida.
Quando ela esteve com o anjo Gabriel e com Izabel, mostrou que a primeira coisa que fazia
em todos os momentos de sua vida era elevar o pensamento a Deus e orar.
Um dia, nas suas pregações, Jesus subiu a um monte e falou para a multidão de aflitos
sobre a prece, sobre o amor e ensinou às pessoas uma prece muito bonita, o “Pai Nosso”, que é
assim:
“Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome!
Venha o teu reino. Faça-se a tua vontade, assim na terra, como no céu!
O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje.
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;
E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.” (2)
Assim seja.

FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA

115
Você que já conhece Jesus, que aprendeu a respeitá-lo deve se esforçar para seguir seus
exemplos e viver seus ensinamentos. A prece nos liga pelo pensamento e pelos sentimentos a
ele e a Deus nosso Pai. Por isso, você deve orar sempre e manter seu pensamento no Bem,
assim você será realmente feliz.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “A cura da senhora Dalva”, do livro As aventuras de
Fraterninho:
“O menino caminhou ao longo da praia e sentou-se, afinal, em uma das grandes pedras
que as águas do mar não paravam de lavar. E ali ficou, pensativo. Chamava-se Décio e tinha
dez anos de idade. De súbito, começou de novo a chorar. Fraterninho, que lia com facilidade o
pensamento alheio, comentou:
- Ele chora porque a mãe está muito doente. O médico da Terra acha que ela morrerá...
Mas nós sabemos que isso não acontecerá!
- Coitado! Respondeu Forcílio, também comovido.
Influenciado por Fraterninho, que continuava invisível, Décio voltou para casa. A mãe,
muito pálida, parecia dormir. Wilma e Paulinho, irmãos menores de Décio, estavam sentados
ao pé da cama. Fraterninho, então, perguntou, mentalmente, a Décio:
- Onde está o papai?
Décio, sem perceber a presença dos dois espíritos amigos, imediatamente lembrou-se do
pai. Ele viajara para Curitiba, a capital do Paraná, e nada sabia sobre a doença da esposa.
- Forcílio, convém você trazer o pai das crianças para casa. Ele está em uma cidade
chamada Curitiba, disse Fraterninho.
Forcílio despediu-se e em grande velocidade cortou o céu azul. Enquanto esperava o
regresso do amigo, Fraterninho, sempre sem ser visto, transmitiu a Décio, Wilma e Paulinho a
ideia de que fizessem uma prece.
- Oremos em beneficio da mamãe! Peçamos a Deus que ela fique curada, concordou logo
o Paulinho, olhando os irmãos.
E todos, em pensamento, oraram. E, imediatamente, uma luz forte e azulada desprendeu-
se das mãos espirituais de Fraterninho, envolvendo a mãe de Décio. E todos viram que ela,
reanimada, abriu os olhos e sorriu para os filhos.
Forcílio, no Paraná, conseguiu em pouco tempo localizar o sr. Carlos, marido de dona
Dalva. Estava ele entre amigos à porta do hotel, onde se hospedara. O espírito pousou-lhe a
mão sobre a testa e transmitiu-lhe o seguinte pensamento: “Volte ao Rio de Janeiro. Sua esposa

116
está enferma! ”
O sr. Carlos parou de conversar e pensou:
- Curioso... Acabei de ter um pressentimento. Acho que minha mulher está doente!
“Regresse ao Rio de Janeiro! Sua esposa está enferma! ” – repetiu Forcílio.
E o sr. Carlos, uma hora depois, embarcava em um avião. Forcílio, porém, que viajava
com a velocidade do pensamento, imediatamente surgiu no apartamento onde se encontrava
Fraterninho. E disse:
- O pai das crianças chegará logo. Não foi difícil encontrá-lo.
- Ótimo, respondeu Fraterninho. Quanto à dona Dalva, já está curada, Forcílio. Veja como
as crianças estão alegres!
Não demorou muito e o sr. Carlos entrava no apartamento.
- Ele chegou! disse Fraterninho.
E o sr. Carlos, abraçando a esposa, falou sobre o pressentimento que tivera.
- O seu pressentimento estava certo, respondeu dona Dalva. Eu, realmente, passei muito
mal.
- E como se curou?
- Não sei, Carlos! Mas, tenho certeza de que, neste exato momento, estou vendo, naquela
porta, ali, uma luz azulada!
- Aonde?
- Ali! Na porta!
O sr. Carlos, Décio, Paulinho e Wilma olharam, e nada viram – Fraterninho e Forcílio
haviam desaparecido...” (3)
OU
Conte a história espírita “O valor da oração” do livro Lindos casos de Chico Xavier:

“A madrinha do Chico, por vezes, passava tempos entregue à obsessão.


Assim é que, nessas fases, e exasperação dela era mais forte.
Em algumas ocasiões, por isso, condenava o menino a vários dias de fome.
Certa feita, já fazia três dias que a criança permanecia em completo jejum.
À tarde, na hora da prece, encontrou a mãezinha desencarnada que lhe perguntou o motivo
da tristeza com a qual se apresentava.
- Então, a senhora não sabe, - explicou o Chico - tenho passado muita fome...
- Ora, você está reclamando muito, meu filho! - disse Dona Maria João de Deus - menino
guloso tem sempre indigestão.

117
- Mas hoje bem que eu queria comer alguma coisa...
A mãezinha abraçou-o e recomendou:
- Continue na oração e espere um pouco.
O menino ficou repetindo as palavras do Pai Nosso e daí a instantes um grande cão da rua
penetrou o quintal.
Aproximou-se dele e deixou cair da bocarra um objeto escuro.
Era um jatobá saboroso...
Chico recolheu, alegre, o pesado fruto, ao mesmo tempo que reviu a mãezinha ao seu lado,
acrescentando.
- Misture o jatobá com água e você terá um bom alimento.
E, despedindo-se da criança, acentuou:
- Como você observa, meu filho, quando oramos com fé viva até um cão pode nos ajudar,
em nome do Jesus.” (3)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“Na noite de cada dia,
Nas luzes das orações,
Envia a Deus os apelos
De tuas inquietações. ”
Casimiro Cunha

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

118
TRABALHANDO COM JESUS
Você poderá dividir a turma em grupos ou duplas. Leve a prece “Pai Nosso”, escrita cada
frase em um retângulo de cartolina, deixando ao lado da frase um pedaço vazio.
Peça para cada grupo ou dupla desenhar na ficha aquilo que a frase está dizendo. Não
interfira no seu processo criativo. Depois, junto com as crianças monte o painel da prece na
sala. Ou num papelão e pendure num lugar visível às crianças.

BRINCANDO COM JESUS


Você poderá brincar de “Tudo que seu Mestre mandar. ”
Mestre: Na boca do forno!
Todos: Forno!
Mestre: Assar bolo!
Todos: Bolo
Mestre: Tudo que seu mestre mandar?
Todos: Faremos todos!
Dê ordens como: abracem-se todos! - Deem um beijo na bochecha um do outro! - Vão lá
fora e respirem fundo! Assim você estará incentivando-os à vivência do amor e da fraternidade.

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PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Perceber o valor da prece exemplificada por
CURSO: Jardim 2 Jesus. Valorizar a prece como recurso de apoio às horas de dificuldades. Cultivar o
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família /Prece hábito da prece.
SUBUNIDADE: Jesus conversa com Deus. Eu também já sei
orar.
Nº DE AULAS: 02 AULA: 17ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Perceber o valor da prece APRENDENDO COM JESUS17 1. Mateus,
através dos exemplos de 21:18-22.
Jesus; ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Valérium,
 Conhecer os exemplos de Jesus e Maria nunca se descuidaram da limpeza do seu lar... Jesus ajudava em tudo, a Bem - aventurados
Jesus que cultivava a limpar, a lavar e a enfeitar sua casa plantando flores com sua mãe, em volta da casa. Mas Jesus, os simples, 8.ed.,
prece em seu no lar e no Maria e José, sabiam que o mais importante para limpar e proteger sua casinha não era só isso. cap. 17.
lar dos amigos; Eles sabiam que da mesma forma que, quando não limpamos a nossa casa, ela fica suja, com 3. Casimiro
 Reconhecer que a prece lixo e mau cheiro; quando também não cultivamos a prece, as situações da nossa vida tornam- Cunha, Cartas do
em família traz muitos se mais difíceis. evangelho.
benefícios para o lar e a Jesus cultivava o hábito da prece em todos os momentos, às vezes fazia suas orações 4. Casimiro
criança pode dar a sua sozinho, outras vezes orava com sua família e ainda, em muitas ocasiões, fazia prece com uma Cunha, Cartilha da
contribuição para este multidão de pessoas, que considerava como seus irmãos. natureza, 3.ed.
equilíbrio através do Às vezes os irmãos se desentendem ou o papai e a mamãe ficam nervosos, produzindo 5. Fernando
canto, da prece e do bom sentimentos impuros. Então, fazer prece é como se lavássemos os pensamentos e os corações, Flores, Seara
pensamento. tirando as sujeiras mentais e deixando só o amor, muito amor... infantil, 4. ed., p. 61.
Narre às crianças a passagem da figueira que secou, dando maior ênfase à parte que Jesus 6. Lucas, 9:1-4.
diz: “E obtereis tudo o que com fé pedirdes nas vossas preces”: 7. Meimei, Pai
“Cedo de manhã, ao voltar para a cidade, teve fome; e, vendo uma figueira à beira do nosso, 13.ed., cap.
caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça Cânticos de louvor,
fruto de ti! E a figueira secou imediatamente. Vendo isto os discípulos, admiraram-se e Existência de Deus.
exclamaram: Como secou depressa a figueira! Jesus, porém, lhes respondeu: Em verdade vos 8. Neio Lúcio,
digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não somente fareis o que foi feito à figueira, mas até Alvorada Cristã,

17
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.
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mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá; e tudo quanto 11.ed., cap. 46.
pedirdes em oração, crendo, recebereis. ” (1) 9. Irmão Jota,
O Evangelho em
FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA quadrinhas.
Você querida criança, deve cultivar o hábito da prece em todos os instantes da sua vida.
Lembre-se, em sua prece, dos que sofrem, dos infelizes, daqueles que ainda cultivam a
maldade, o rancor, etc.
E pode convidar sua família para fazer prece louvando, agradecendo e pedindo a Deus
forças para sermos melhores a cada dia, vencendo as dificuldades que ainda carregamos em
nossos corações.
Jesus tinha o hábito da prece, orava sozinho recolhido consigo mesmo e orava com sua
família e amigos.
Convide a mamãe, o papai, os irmãozinhos e todas as pessoas da família, para juntos fazerem
prece, lerem uma pequena página do Evangelho e conversarem sobre ela. Não esqueça que
Jesus prometeu que onde estivessem duas ou mais pessoas reunidas em seu nome, ele ali
estaria. Quer dizer, ligados a Deus e a Jesus pela prece, vocês vão sentir seu lar cada vez mais
próximo Deles e de Sua proteção amorosa.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “Em tempo algum”, do livro: Bem-aventurados os
simples:
“Caíra a noite e o viajante pedia socorro a Deus.
Sentia-se doente.
Longa fora a caminhada.
Doía-lhe o corpo.
Estava exausto.
Orando sempre, encontrou árvore acolhedora que lhe pareceu agasalhante refúgio.
No pé do tronco anoso, grande cova caprichosamente forrada de raízes era leito ao luar.
- Oh! – suspirou o viajor fatigado – Deus ouviu-me! Afinal, o repouso!
Ajoelhou-se e ia estender o manto roto no chão, quando verdadeira nuvem de maruins
surgiu no assalto.
Picadas na cabeça, no rosto, nas mãos, nos pés...
E eram tantos os dardos vivos e volantes em derredor que o pobre recuou espavorido, para
dormir ao relento, entre as pedras e espinheiros da retaguarda.

121
De corpo dorido, pensava desalentado:
- Tolo que sou de acreditar na oração! Estou sozinho! Nada de Deus!
Na manhã seguinte, porém, retomando a marcha, voltou à árvore do caminho e, somente
aí, reconheceu, admirado, que a grande cova de que fora obrigado a afastar-se era a moradia de
vários escorpiões.
Não descreia na prece em tempo algum. E nos casos em que você encontre empecilhos
para possuir a que mais aspira, guarde, entre aborrecimentos e provações, a certeza de que,
muitas vezes, o que lhe parece uma situação invejável não passa de ninho enganador, onde se
ocultam os lacraus da morte. ” (2)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“Começa o dia pensando
No que o dever determina
E roga, em prece, o roteiro
Da Providência Divina.”
Casimiro Cunha

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver essa atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Você poderá realizar com as crianças um momento de relaxamento e de prece em sala,
ensinando como devemos orar. Relembre a prece do “Pai Nosso” ensinada na aula anterior.

122
Leve para cada criança, a prece do “Pai Nosso” digitada em forma de mensagem,
proponha a elas que ilustrem essa linda oração, a fim de elas possam presentear alguém muito
querido, ou ainda, alguém que esteja em sofrimento.

BRINCANDO COM JESUS


Você poderá levar alguns bonecos de fantoche, material e teatro de fantoche de papelão.
Deixe que elas imaginem, criem, dramatizem com os fantoches, situações em que elas poderão
fazer prece.
Exemplo: dramatizar que estão em casa realizando o culto ou fazendo a prece em família
antes de dormir; dramatizar situações em que estão visitando alguém doente ou um lar de
idosos ou de crianças e lá poderão oferecer uma prece.

123
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Identificar no Espiritismo o Consolador
CURSO: Jardim 2 prometido por Jesus. Reconhecer a bondade de Deus, que nos dá o conhecimento da
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família /Espiritismo Doutrina Espírita e todas as oportunidades de progresso.
SUBUNIDADE: Allan Kardec, amigo de Jesus
Nº DE AULAS: 04 AULA: 18ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Perceber que Jesus, único APRENDENDO COM JESUS
18
1. João ,14:8-
Espírito perfeito que veio 16.
à Terra, deixou o roteiro ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Wallace Leal
seguro para se viver e ser Deus nunca para de criar! Cria espíritos, mundos e muitas outras coisas maravilhosas, que V. Rodrigues, E
feliz, cumprindo as leis nós não podemos nem imaginar... Ele é soberanamente justo e bom! Ele cria tudo para o bem e para o resto da
divinas; para o amor. Deus não cria os homens como se cria bonecos, Ele os cria para que sejam bons, vida..., 5. ed. p. 28.
 Identificar o Espiritismo amorosos, para que sejam amigos e irmãos de todos... 3. Allan
como o consolador Todos vão se transformando, até chegarem à perfeição e poderem vê-Lo, entendê-Lo. Kardec, O
prometido por Jesus; Quando os Espíritos vão se tornando bons, sábios, quanto mais vão se aproximando de Deus Evangelho segundo
 Reconhecer em Allan pela perfeição, Ele vai tornando-os Seus auxiliares, para ensinarem as Suas leis eternas e o espiritismo, 104.
Kardec o amigo de Jesus, perfeitas àqueles que ainda não se despertaram para o Bem. ed., cap.06, item 3.
que no tempo certo, veio Por isso Jesus é o nosso maior amigo, porque ele conhecia e praticava todas as leis de 4. Amélia
revelar a Doutrina Deus e a principal lei é amar a todos! Jesus nos ama como nós nem podemos imaginar! ... E Rodrigues, Luz do
Espírita, ajudando os por muito nos amar, veio nos ensinar as leis de Deus, para que todos estejamos, o mais rápido mundo, 3.ed., cap. 5,
homens a compreender e possível, vivenciando tudo o que ele espera de nós e estejamos felizes, em paz, trabalhando 20.
praticar o que Jesus com ele! 5. Casimiro
ensinou. Certa vez, estava Jesus entre seus amigos, os apóstolos. Eles estavam participando de uma Cunha, Cartas do
ceia, um jantar muito simples que eles organizaram, onde Jesus deixou lições profundas e evangelho.
eternas. Jesus sabia que estava chegando a hora em que deveria partir do mundo, voltar a Deus 6. Fernando
e ao Plano Espiritual, por isso, conversou sobre assuntos muito importantes. Dentre eles, falou Flores, Seara
que: “Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará infantil, 4 ed., p. 65.
outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco [...]”. (1) 7. Humberto de

18
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

124
Jesus se referia à Doutrina Espírita que nos ensina que a morte não existe, que nós somos Campos, Boa nova,
Espíritos eternos, criados por Deus e que renascemos várias vezes em corpos diferentes, para 9.ed., cap. 18-27.
progredirmos. A Doutrina Espírita que é o Consolador que Jesus prometeu, só foi conhecida 8. J.B.
muito tempo depois que ele havia partido, através do grande amigo de Jesus que se chamava Roustaing. Os
Allan Kardec. quatro evangelhos,
Allan Kardec antes de renascer, recebeu as orientações que precisava para desempenhar 7. ed., v 1, p. 446 ,
sua tarefa na Terra. Jesus e os bondosos espíritos explicaram para ele que estaria sob sua 449.
responsabilidade organizar os ensinamentos dos espíritos e codificar a Doutrina Espírita. 9. Mateus, 6:9-
Explicaram também que, se ele se distraísse e não realizasse este importante trabalho, iriam 13.
nascer outros espíritos para fazê-lo, caso ele não trabalhasse, porque já estava no tempo da 10. Meimei, Pai
Doutrina Espírita surgir e explicar tudo que Jesus ensinou, levando os homens a conhecerem a nosso, 13. ed., cap.
verdade, se transformando e transformando o mundo. 1.
Assim, nasceu Allan Kardec, o grande amigo de Jesus. Ele cumpriu tudo o que se 11. Neio Lúcio,
comprometeu no Plano Espiritual. Conheceu a comunicação dos homens com os espíritos e aí Alvorada Cristã,
começou a pesquisar e estudar muito. Dedicou sua vida, junto com sua esposa Amélia, 11.ed., cap.21.
organizando a Doutrina Espírita, assim como Jesus lhe havia pedido e assim como Deus 12. Zêus Wantuil e
esperava que ele o fizesse. Francisco Thiesen,
Salve, Kardec! Grande Amigo de Jesus que cumpriu sua missão e deixou o Consolador Allan Kardec, v.1.
prometido, que é a Doutrina Espírita abençoada, que nos dá condições de crescermos e
progredirmos com Jesus. Conte às crianças a passagem que Jesus afirma: “...aquele que crê em
mim fará também as obras que eu faço...” (1):
“Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe,
há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como
dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras
que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas
obras. Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede ao menos por causa das mesmas
obras. Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que
eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu
nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma cousa em
meu nome, eu o farei”. (1)

FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA


Você criança também recebeu no plano espiritual, antes de reencarnar muitas orientações a
respeito de sua vida. Pode ser que não sejam tão importantes como as que Kardec recebeu, mas

125
certamente são todas importantes e necessárias para você, para seu progresso.
Portanto, cabe a você fazer como Allan Kardec, o amigo de Jesus, o nosso amigo,
aproveitar bastante a sua vida para fazer o bem, fazer tudo para cumprir as tarefas conferidas a
você, por Deus e por Jesus.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “O balde”, do livro E para o resto da vida...
“Quando menino, eu era muito inconstante e preguiçoso.
Faltava-me persistência, inclusive para os estudos.
Um dia, quando eu brincava no quintal, meu avô chamou-me e mostrou-me, no soalho do
galpão, um grande balde cheio de água.
Tinha na mão uma linda pera, lisa e brilhante, que, de imediato, despertou a minha cobiça.
Entretanto, para minha decepção, ele não me deu. Pegou o fruto, delicioso e maduro, e
colocou-o na água, onde ele ficou a flutuar. E então me disse:
- Você quer essa pêra, não quer? Pois ela será sua. Mas você terá de apanhá-la, sem o
auxilio das mãos, só com os dentes.
A pêra era tentadora e eu atirei-me a tarefa que, de início, até me pareceu divertida.
Entretanto, aos poucos, fui me cansando e terminei por desistir, sem lograr o objetivo.
Meu avô, porém, incitava-me a tentar de novo, a redobrar esforços.
E, ao cabo de algum tempo - eu já estava com as costas doendo e alagado de suor -,
consegui abocanhar a fruta. E foi com orgulho que a entreguei ao meu avô.
Então ele me disse com simplicidade, sorrindo bondosamente:
- Você viu como é agradável a sensação que teve ao vencer? Se quiser ter para si os frutos
bons da vida e sentir sempre essa maravilhosa emoção que o faz sorrir, lembre-se sempre disto:
é preciso persistir, persistir e persistir. Tome, a pêra é sua; você vê que, agora, tem mesmo
direito a ela.
A lição impressionou-me profundamente.
E hoje, toda vez que me sinto inclinado ao desânimo, lembro-me daquela experiência com
a pêra e atiro-me para a frente, com redobrados esforços. ” (2)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“Com Kardec analisando
a grande Revelação,
Sentimos Cristo presente

126
Sempre em nosso coração.”
Inaldo Lacerda

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Você poderá oportunizar uma experiência em grupo, formular hipóteses, observar e
registrar conclusões (em um cartaz, por exemplo). Leve para a sala três batatas-doces. Leve
também três recipientes (latas, vasilhas de margarina ou outros). Explore as batatas com eles
(quem as fez, para que servem, que gosto tem etc.).
Proponha, então uma experiência: Vamos colocar cada batata num recipiente deste? - Se
nós as deixarmos aí até a semana que vem, o que será que vai acontecer com cada uma delas?
Explore cada recipiente e as condições existentes, porém, não tire conclusões, deixe-as
observarem.
Anote em cartaz as hipóteses relativas a cada batata e deixe-as assim: Uma no recipiente
seco, sem água e sem tampa, outra no recipiente com água e tampado (sem luz), outra no
recipiente com água, sem tampa e em contato com a luz natural.
Na semana seguinte, observe com elas os resultados da experiência e anote todas as
conclusões em cartaz.
Comente com elas sobre a postura de Kardec que também observava, formulava hipóteses
e concluía com os espíritos. Nada fez Kardec por conta própria, sem antes ser fruto de estudo e
observação.

127
BRINCANDO COM JESUS
Você poderá brincar de saco mágico com as crianças.
Leve para a sala dois ou mais sacos de tecido. Dentro deles deve haver objetos variados
em forma, tamanho, textura, como por exemplo: tampas, lixas de parede, toquinhos de madeira,
algodão, etc.
Dê um saquinho para uma das crianças e peça-lhe que coloque a mão no saco sem abri-lo,
apalpe os objetos, diga o que sente de cada um, o que são, como eles são. Depois forme os
grupinhos e deixe-as brincarem de adivinhar livremente.
Esta brincadeira, além de trabalhar a percepção tátil, é também uma experiência. Você
poderá explorar com elas a postura de vida de Allan Kardec, que sempre partia de experiência
para deduzir ou definir algo.

128
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Identificar no Espiritismo o Consolador
CURSO: Jardim 2 prometido por Jesus. Reconhecer a bondade de Deus, que nos dá o conhecimento da
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família /Espiritismo Doutrina Espírita e todas as oportunidades de progresso.
SUBUNIDADE: Jesus me ensina que a morte não existe
Nº DE AULAS: 04 AULA: 19ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Reconhecer em Jesus o APRENDENDO COM JESUS
19
1. João 5:24;
Mestre amoroso que em 8:51.
todos os instantes, dava ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Emmanuel.
aos seus discípulos e a Quando Jesus esteve entre nós reuniu ao seu lado doze amigos especiais que o O Consolador,
toda a humanidade, lições acompanhavam aprendendo lições celestiais. E uma dessas lições que Jesus ensinou foi sobre a 15.ed., perg.147.
de sabedoria e amor; imortalidade da alma, afirmando que a morte não existe, o que morre é apenas o corpo físico, 3. Pedro F.
 Identificar o sujeito à matéria, enquanto o nosso espírito vive eternamente. Barbosa, Espiritismo
conhecimento sobre a Havia, nas palavras de Jesus, extraordinárias revelações; conte às crianças as afirmações básico, 3.ed., p. 142.
imortalidade da alma, a de Jesus em torno da morte: “Em verdade, em verdade vos digo que, quem ouve a minha 4. Allan
eternidade da vida, como palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da Kardec, O céu e o
tesouro precioso trazido morte para a vida. ” (1) inferno, 23.ed., p.
por Jesus para a “Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a 25-26.
Humanidade terrena; morte. ” (1) 5. J.-B.
 Compreender o mundo O Espiritismo esclarece e consola nossa alma demonstrando a sobrevivência da vida à Roustaing, Os
espiritual como mundo de morte, apresentando a possibilidade do intercâmbio entre o plano físico e o mundo espiritual. quatro evangelhos,
onde viemos e para onde Ah! Quantas lágrimas enxugadas! Quantos corações dilacerados pela dor encontram o 7.ed., v.2, p. 452-
retornaremos; alívio na suavidade das lições trazidas pelo consolador prometido por Jesus! 453; 456-457.
 Identificar a morte do Esse consolador que assevera: “Desencarnar é mudar de plano, como alguém que se 6. Mateus,
corpo como o retorno ao transferisse de uma cidade para outra, aí no mundo, sem que o fato lhe altere as enfermidades 27:57-61.
mundo dos Espíritos de ou as virtudes com a simples modificação dos aspectos exteriores. ” (2) 7. Daniela e
onde viemos; “[...] o Espiritismo comprova, sem dogmas, sem mistérios, racionalmente, a sobrevivência Fernanda Priolli

19
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

129
 Entender que, assim do Espírito, verdade inalienável [...]. Em verdade, ninguém morre, pois que, ao desencarnar, Fonseca e Carvalho,
como fomos aguardados deixando no túmulo o corpo material, o Espírito volta ao mundo invisível, à pátria espiritual, Meu avô
e festejados em nosso mais vivo do que nunca, guardando suas características, nem melhor nem pior do que quando desencarnou.
nascimento aqui na Terra, se achava na Terra. ” (3) 8. Cláudia
somos também “A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura Galasse, Escola no
aguardados pelos que nos deixa de ser uma hipótese para ser realidade. ” (4) além, 2.ed.
amam no Plano O desencarne se dará com todos nós que temos um corpo material e que, ainda, habitamos
Espiritual, nos protegem este mundo de provas e expiações. Quanto a Jesus, sua “morte” foi apenas aparente, pois, como
e torcem para que nosso já sabemos, o seu corpo era fluídico e não estava sujeito ao perecimento da matéria.
retorno seja repleto de “Tendo descido a terra para dar aos homens a maior prova, o maior exemplo de amor e de
êxito. abnegação que na terra pudesse existir, cumpria que Jesus preparasse seus discípulos para
aquele ato importante da sua missão, a fim de que, aos olhos de todos, naquela época como no
futuro, ficasse demonstrado que sua ‘morte’ e sua crucificação estavam previstos, não foram
acontecimentos puramente humanos. Usando das expressões – ‘ser morto’, ‘ressuscitar’ -,
dizendo ser preciso que lhe dessem a morte e que ressuscitasse, o Cristo se servia de linguagem
que os homens pudessem compreender. Tendo o seu corpo a aparência do corpo humano,
cumpria-lhe sofrer a metamorfose da morte. [...] os próprios discípulos não teriam
compreendido o fato do reaparecimento de Jesus no meio deles, se o não houvessem encarado
do ponto de vista da ressurreição, no sentido que davam a este termo. ” (5)
“Chegada a tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também
discípulo de Jesus. Apresentou-se à Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Pilatos ordenou que
lhe fosse entregue. Tomando José o corpo, envolveu-o num lençol limpo e o sepultou em seu
próprio sepulcro, todo novo, que tinha mandado cavar na rocha. Depois de rolar uma grande
pedra, à entrada do sepulcro, retirou-se. Estavam ali Maria Madalena e a outra Maria sentadas
em frente ao seu sepulcro. ” (6)
“Jesus fez que no sepulcro fosse achado o seu perispírito tangível, semelhante ao corpo
humano, como fora retirado da cruz e depositado lá por José de Arimatéia. Assim, o corpo
perispirítico estava no sepulcro quando os príncipes dos sacerdotes e os fariseus
compareceram, a fim de selarem o mesmo sepulcro e lhe porem guardas, depois de se
certificarem de que o corpo lá se achava. Logo que tais precauções foram tomadas, o sepulcro
ficou vazio. Jesus tirou seu corpo de natureza perispiritual, a tangibilidade, fê-lo retomar a
aparência fluídica, etérea, sob a qual era visível aos homens, e saiu do sepulcro, pois que, como
sabeis, para o Espírito não há obstáculos, nem barreiras. ” (5)

130
FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA
Com esta bela e significativa passagem, Jesus traz a todos nós a mensagem consoladora de
que a vida continua mesmo com a morte do nosso corpo que tanto aprendemos a valorizar e
respeitar.
Quando este conhecimento sobre a continuidade da vida chega ao nosso coração, novas
esperanças surgem para as mãezinhas que se veem obrigadas a se separarem de seus filhos
temporariamente e estes compreendem que aqueles que se amam, se buscam, se ajudam e
permanecem ligados uns aos outros pelos laços sagrados da fraternidade e do amor.
Como é bom sabermos que a morte não é o fim da vida!
Amigo evangelizador, você poderá ainda, apresentar às crianças o livro: Escola no Além
de Cláudia Pinheiro Galasse, relato precioso sobre crianças que após o desencarne foram
recebidas no Plano Espiritual por professoras carinhosas. Poderá contar os encantadores
momentos de reencontro das crianças com suas mãezinhas no momento do sono.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “Meu avô desencarnou”:

“Oi, meu nome é Fernanda e já fiz 9 anos.


Moro em São Paulo, estudo e tenho uma vida feliz.
Minha família é grande e eu sou a menor, cheguei por último.
Bem, não vamos falar de mim...
Quero contar para vocês uma história sobre o meu avô. Ele morava no Rio de Janeiro,
onde eu quase nasci. Digo quase, porque toda a minha família é de lá e eu ADORO o Rio! Ele
morava com a minha avó e eu os chamo por Vôve e Vóva.
Eles são muito legais!
Os meus avós, meus pais, irmãos e eu somos espíritas.
Nós acreditamos que SOMOS Espíritos, filhos de Deus, que encarnamos; isto é,
recebemos um corpo físico ao nascermos.
Nós já existíamos antes de nascer e continuaremos vivos após a morte do corpo.
Sei também que renascemos várias vezes para aprendermos coisas novas e nos
melhorarmos sempre. Isso se chama reencarnação e evolução.
A terra é como se fosse um grande “colégio interno”, e nós trocamos de “uniforme” (corpo
físico, hehehe!) cada vez que temos que mudar de série ou turma.
Aprendemos, nessa escola, várias disciplinas: vida em família, trabalho em equipe,

131
cooperação, amizade, desenvolvimento intelectual, educação dos sentimentos, cuidados
planetários... UFA! E por aí vai.
Deus, que criou todo o Universo e todos os Espíritos, é muito bom porque inventou uma
maneira de chegarmos à escola do mundo nos sentindo amados e protegidos. Sabem qual é? É
com a FAMÍLIA!!
Nossa família nos ajuda nas “lições” de aprendizado.
Convivendo, aprendemos a nos respeitar e amar.
Aprendemos a dividir e cooperar uns com os outros.
A FAMILIA É UM PRESENTE DE DEUS.
Aprendi isso tudo nas aulas de Evangelização Espírita Infantil que frequento, todo sábado
de manhã, na Casa Espírita.
Gosto muito das aulas e dos colegas.
É tudo muito legal!
Mas não vamos fugir da história que eu quero contar... Meu Vôve (Lembra? É sobre ele a
história) estava com o corpo físico doentinho. Tinha muitos problemas de saúde, mas ele estava
sempre alegre, procurando não se queixar e enfrentando os tratamentos médicos (que muitas
vezes doíam bastante) com coragem e resignação. Resignação, minha mãe me explicou, é
quando a gente aceita sem reclamar os testes e aprendizados dessa escola da vida. Ela ia e
voltava para o hospital muitas vezes.
O Vôve tinha, entra outras muitas coisas, um problema nos rins. Eles não funcionavam
direito; então uma máquina grande tinha que filtrar todo o seu sangue (do lado de fora do
corpo) e devolver para ele, bem “limpinho”, mais ou menos como se fosse a água que temos
que beber; ela só fica limpa depois de filtrada.
Mas ele nunca reclamava e ainda procurava ajudar as outras pessoas que estavam em
situação parecida com a dele.
Distribuía sorrisos, palavras de ânimo e bons exemplos até para os médicos e enfermeiras.
Todos gostavam muito dele e admiravam o seu bom humor e coragem.
O Vôve sempre dizia que a doença é uma oportunidade de aprender e “apagar” faltas
cometidas em outras existências. Como se fossem, eu acho, “provas de recuperação” da escola.
Um dia, porém, o corpo físico do Vôve já estava tão doente e “com defeito” que os
médicos não conseguiram mais “remendá-lo” e mantê-lo funcionando.
Chegou, então, a hora de ele deixar a “escola” (a vida física) e voltar para sua casa no
mundo espiritual. Minha mãe sempre diz que a nossa verdadeira “casa” é lá.
Na hora da separação (digo separação porque ele voltou para casa primeiro, antes de nós

132
da família) ficamos um pouco tristes, com saudades... Porém, logo me lembrei de que nos
encontraríamos mais tarde e que ele estaria bem melhor, sem aquele “uniforme” (o corpo
físico, hehehe!) remendado e com problemas. Então, fiquei feliz novamente.
Sei que ele está muito bem no mundo espiritual. Isso é o resultado do comportamento dele
na “Escola Terra”. Essa foi a sua “bagagem” na volta para casa. Ele já está sadio de novo, sem
dores e sem precisar de todos aqueles remédios e agulhas.
Eu soube, através de mensagens do plano espiritual, que o Vôve já está até trabalhando e
ajudando outras pessoas...
Que legal, ele deve estar muito FELIZ!
Às vezes ele vem nos visitar... Sinto a sua presença (em Espírito, né?) junto de mim.
Nessas horas, e em outras também, faço uma prece para Deus agradecendo tudo de bom que
tenho na vida.
Tudo de bom que tenho na vida:
 Uma família que amo e que me ama.
 Ser espírita e saber que a vida continua do lado de lá.
 Saber que o Vôve continua igualzinho ao que era antes. (Pera aí, igualzinho
não, melhor! Seu corpo espiritual – que se chama PERISPÍRITO – não está mais
doente!!!)
 Poder senti-lo perto de mim... (isso se chama “sensibilidade mediúnica”.
Bonito nome, não?)
 Saber que o amor que nos une não acaba com a separação.
 Saber que a separação é apenas temporária, pois...
... O MEU AVÔ APENAS VOLTOU PARA CASA ANTES DE MIM!” (7)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“Morte que chega na hora
Em que deve aparecer
Tem a beleza da aurora
No encanto do amanhecer. ”
Meimei

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
133
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Entregar para cada criança uma sacola (seja ela de papel ou de TNT, mas tem que ser
resistente). A criança irá pintar com tinta essa sacola, e o evangelizador deverá falar a elas, que
essa sacola nos preparara para a nossa viagem ao Mundo Espiritual, na qual iremos colocar
tudo aquilo que adquirirmos no decorrer da nossa vida. Dentro dessa sacola irá ter algumas
fichas, onde a criança irá preencher com a mamãe (escrever tudo que está fazendo de bom no
dia, e guardar na sacola).
Durante duas semanas o evangelizador deverá fazer uma avaliação com as crianças para
saber se está funcionando a atividade da sacola.
Obs: sugerimos que mande uma carta aos pais ou responsáveis quanto ao uso dessa sacola,
para a criança perceber a sua utilidade.

BRINCANDO COM JESUS


É um bom dia para fazer a divulgação do Evangelho aos lares de algumas famílias, para
esclarecer e consolar os que não conhecem a Doutrina de Luz. Então, procure com
antecedência, escolher uma quadra próximo da casa espírita e leve as crianças para fazerem o
trabalho da Caravana Jesus no Lar. Leve mensagens que falem sobre o tema da aula. Um bom
trabalho!

134
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Identificar no Espiritismo o Consolador
CURSO: Jardim 2 Prometido por Jesus. Reconhecer a bondade de Deus, que nos dá o conhecimento da
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família /Espiritismo Doutrina Espírita e todas as oportunidades de progresso.
SUBUNIDADE: As curas de Jesus
Nº DE AULAS: 04 AULA: 20ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Reconhecer que a saúde APRENDENDO COM JESUS
20
1. Amélia
do nosso corpo é Rodrigues, Dias
resultado da paz do nosso ESTUDANDO O CONTEÚDO venturosos, lição:
espírito; Jesus era um Espírito especial. Ele irradiava sua luz e beleza que fascinava os sentimentos Causas do
 Perceber que Jesus e inundava de alegria as criaturas desesperançadas. Sofrimento.
irradiava luz e sentimento “[...] Poder-se-ia dizer que era semelhante à chuva gentil sobre terra escaldante, ou a brisa 2. Amélia
de bondade que a todos leve passando sobre ramagens paradas, ou perfume suave impregnando o ar [...]. Rodrigues, Trigos de
alimentava; Era impossível permanecer insensível à Sua presença. ” (1) Deus, lição Ela
 Conhecer passagens de Aos tempos de Jesus “o povo desdenhava os enfermos e considerava-os punidos por Deus. Dorme, 3, 20.
Jesus em que seu A impiedade, dessa atitude decorrente, caracterizava os eleitos que dia-a-dia, mais se 3. Marcos 5:21-
magnetismo de amor distanciavam do objetivo sagrado da vida, que é o amor. ” (2) 23.
curava aqueles que o Jesus, porém, “lembrava um oceano de infinito amor, cuja ternura se espraiava em 4. Amélia
buscavam; constantes vagas de afeição, envolvendo as criaturas humanas que O buscavam. ” (2) Rodrigues, Luz do
 Compreender que a saúde “De cidade em cidade, seguiam-NO os corações dilacerados e as almas em padecimento, mundo, 3.ed.,
do nosso corpo é face às dadivosas mercês que d’Ele recebiam, alterando-lhes a paisagem interior e lição11.
sustentada por Deus proporcionando-lhes saúde, paz, consolação [...]. ” (2) 5. Mateus 7:12;
através da natureza (raios O Mestre amava toda aquela gente sofredora e ansiosa. Ele tinha paciência para com 11:28
de sol, água fresquinha, todos, compreendia e amparava as pessoas em suas necessidades e inquietações. 6. Emmanuel,
brisa amiga, perfume Conte a passagem em que Jesus cura a filha de Jairo: Caminho, verdade e
suave das plantas...); “E, passando Jesus outra vez num barco para o outro lado, ajuntou-se a ele uma grande vida, 14. ed., lição
 Perceber que nas relações multidão; e ele estava junto do mar. 52 e 172.
amistosas que mantemos E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo e, vendo-o, prostrou-se 7. Emmanuel,

20
IMPORTANTE:
Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se enriqueça em conteúdo.
A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches, teatro de sombra,
dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.
135
(beijo afetuoso da aos seus pés. Vinha de luz, 14.ed.,
mamãe, o abraço E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe lição 17.
carinhoso de um amigo, o imponhas as mãos para que sare, e viva. 8. Aura Celeste,
sincero aperto de mão) E foi com ele, e seguia-O uma grande multidão, que O apertava. ” (3) Escuta, meu filho,
também nos alimentamos “Jesus impunha as mãos nos enfermos e transmitia-lhes os bens da saúde. Seu amoroso 8.ed., cap 2.
de energias que ajudam a poder conhecia os menores desequilíbrios da Natureza e os recursos para restaurar a harmonia 9. Irmão Jota,
manter nossa saúde; indispensável.” (2) O Evangelho em
 Compreender que o Passe Jesus sabia que, "O espírito é a fonte gentil e abundante onde nascem a enfermidade e a quadrinhas.
é uma manifestação de saúde, o destino e o porvir de cada ser, conforme se acumulam nas nascentes os atos que
amor e carinho através do padronizam as futuras necessidades. ” (4)
qual recebemos de Porém, dizia a todos: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos
amigos encarnados e aliviarei.” (5)
desencarnados, fluidos “Ninguém como Cristo espalhou na Terra tanta alegria e fortaleza de ânimo.” (6)
que nos mantém Reconhecendo essa verdade, os apóstolos passaram a impor suas mãos fraternas em
saudáveis; benefício aos enfermos e tornaram-se instrumentos úteis e fiéis de Deus.
 Perceber que a água é um
elemento da natureza que FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA
facilmente se satura de Querida criança, mais uma vez Jesus nos ensina a compaixão e a misericórdia. Com ele
bênçãos se tornando aprendemos que há um só Pai que é Deus, que fazemos parte de uma grande família. Com as
remédio importante para histórias de Jesus contadas por seus discípulos percebemos a alegria de servir, de doar e
a nossa saúde; abençoar. Em nosso dia-a-dia também podemos ser generosos, bons e colaborarmos para
 - Perceber o amor sempre aliviar a dor de alguém.
constante de Deus que “Queres o dom de Curar? Começa amando os doentes, interessando-te pela solução de suas
nos guarda e protege em necessidades.
todos os acontecimentos Queres o dom de ensinar? Faze-te amigo dos que ministram o conhecimento em nome do
da vida; Senhor, através das obras e das palavras edificantes.
 Conhecer a bondade de Esperas o dom da virtude? Disciplina-te.
Jesus expressas nas curas Pretendes falar com acerto? Aprende a calar no momento oportuno. ”(6)
que realizava; Com seu gesto de amor e carinho mais uma lição Jesus nos dava, ensinando que nossas
 Perceber o exemplo de mãos podem ser portadoras de alívio e saúde para os outros.
amor e acolhimento dado Quando recebemos de nossa mamãe suas carícias, sentimos nosso coração confortável e
pelo Divino Pastor; alimentado; quando nossos amigos nos apertam as mãos com amizade, deles partem raios de
 Reconhecer no Cristo o bondade que nos contagiam.
Bom Pastor que conhece Veja como nossas mãos são importantes!

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as suas ovelhas e delas Quando vamos ao Centro Espírita e recebemos o Passe, uma chuva de carinhosas intenções
cuida com carinho e nos invade a alma deixando-nos alegres e mais saudáveis.
desvelo; Essa chuva de sentimentos de bondade e amor transforma a água que levamos ao Centro
 Identificar o Divino Espírita e ela se torna então um remédio muito importante que será mensageiro da saúde a
Mestre como médico de todas as partes do nosso corpo, por onde ela caminhar.
almas; As mãos fraternas vão ao socorro daqueles que precisam, mas devem encontrar o desejo
 Reconhecer que a prece é sincero daqueles que vão receber as energias que ajudam a reconquistar a alegria, a saúde e o
um dos recursos que bem-estar.
temos para nos Jesus traçou para todos, um roteiro para a felicidade:
vincularmos ao Divino “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles. ”
Amigo; (5)
 Reconhecer a importância “Ajude o irmão mais próximo a dignificar a vida, a edificar-se pelo trabalho sadio e a
da dor na educação do sentir-se melhor. ” (7)
nosso coração;
 Perceber que ninguém CONTANDO UMA HISTÓRIA
permanece abandonado; Conte a história espírita infantil “Luz e sombras”, do livro: Escuta, meu filho:
 Reconhecer que os “Isabel sentou-se aos pés da vovozinha e se distraía em desembaraçar a linha grossa do
mensageiros do Cristo novelo esquecido no fundo do cesto de costuras, enquanto a bondosa velhinha fazia o seu
socorrem sempre nas crochê...
estradas mais desertas; - Que beleza de história você me contou ontem, vovó!
 Reconhecer-se como um - Você já está ansiosa por ouvir outra, não é assim?
colaborador do Divino - Você adivinha sempre os desejos da gente, vovozinha! Você é um Anjo!
Mestre, espalhando paz, Depois das efusões da neta querida, que se exprimiam por beijos e abraços, vovó inicia
conforto e esperança por nova narrativa, sob o olhar atento de Isabel.
onde passar. - Jesus impressionava as multidões que O seguiam como que hipnotizadas pela força de
seu magnetismo, impregnado de vibrações envolventes de carinho.
O povo sofredor não estava habituado àquele tratamento generoso. O peso tirânico das
administrações representativas do Império Romano, proporcionava à plebe indefesa os rigores
terríveis das humilhações e de miséria.
Enfermidades de toda natureza conduziam aquela infeliz gente a gestos de desespero
impotente. Faltava-lhes o pão, enquanto as garantias para a sua sobrevivência eram solapadas
pela ambição dos mais fortes.
Aquele povo precisava, mais que nunca, de um Messias. De alguém que o estimulasse no
esforço pela concórdia e pela paz. As forças agora eram tão escassas que mal davam para as

137
lutas em favor da própria subsistência.
Jesus chegara na hora crítica da amargura e da desesperança.
Como penetrava aquela suavidade enternecedora no coração daqueles pobrezinhos sem
eira nem beira!
- Hoje passais pelos caminhos da dor, percorrendo os roteiros da miséria. Amanhã, porém,
essa estrada de sombras se converterá na luz eterna de vossas almas. Havereis de bendizer,
então, essa dor que vos dilacera o coração para erguê-lo às mais altas regiões do Infinito!
E a voz do Nazareno ecoava nas planícies e nas montanhas, como um murmúrio de
serenidade e de paz.
Curando enfermos de toda casta, proporcionava-lhes oportunidades de trabalho e de
elevação.
Certa feita, trouxeram-lhe um cego, que viera do sul.
Havia percorrido a pé a região sombria do Hebron, atingindo as costas do Mar da Galiléia.
É fácil imaginar as privações por que passara o pobre cego.
- Senhor, venho de longes terras para suplicar-vos luz para os meus olhos! – assim
dizendo, a infeliz criatura prostrou-se de joelhos aos pés do Mestre.
- Estás de posse da luz e das sombras de teus olhos, meu irmão – disse Jesus, tomando o
cego pelas mãos e erguendo-o do chão
- Como assim? Que quereis dizer? – interrogou o infeliz com um acento de alegria e
apreensão na voz.
- O teu caso só pode ser resolvido por ti mesmo. A tua cura deve sair de tua própria
vontade! Nada posso fazer...
- No entanto, destes vista a muitos cegos como eu... – gemeu o doente.
- Não eram cegos como tu. Os que curei possuíam só luz. A luz da serena compreensão do
Amor de Deus. Confiavam no Pai, ao passo que tu não confias nem compreendes...
- Como podeis sabê-lo? Aqui estou na mais forte afirmação de minha fé...
- Chegaste aqui, após uma viagem cheia de sombras, onde sobraram revoltas e blasfêmias.
Como queres que eu te cure, se o único passo que deste para isso foi o de dar conta de tua
presença?
Seria bem melhor – continuou o Mestre – que não houvesses feito essa viagem, que
ficasses no teu canto e aprendesses a sofrer, no cultivo da paciência e da serenidade...
- Quereis dizer que os outros...
- Sim – interrompe Jesus, lendo o íntimo do interlocutor – os outros apresentaram-me a
iluminação interior como credencial valorosa. Quando me procuraram, já estavam curados.

138
Foram eles os seus próprios médicos. E que médicos! Abnegados no Bem, vigilantes nas lutas
contra o mal próprio, prudentes e conscienciosos na distribuição da justiça.
- Começo a compreender, Senhor... – acentua o cego, com as órbitas cheias de lágrimas.
- Iniciaste também a tua cura.... Vai, um dia irei ao teu encontro. No momento exato de tua
recuperação íntima, receberás a luz de teus olhos...
O cego levantou-se e retomou, cabisbaixo, o caminho do sul. As sombras exteriores eram
as mesmas. Mas, no seu coração acendia-se a luz do entendimento, ao influxo da voz cariciosa
e sábia de Jesus. ” (8)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“E Jesus louvando aos céus,
Disse ao irmão que voltou:
‘- Vai em paz, Deus te abençoe’,
A tua fé te se salvou.”
Irmão Jota

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Poderia neste dia, montar em quadrinhos na forma de livro, a história trabalhada no
Aprendendo com Jesus, onde a criança terá a oportunidade de recontá-la em casa e relembrá-la
com seus pais.

139
Busque desenhar a passagem de Jesus resumindo fatos e escrevendo a história, para que os
pais possam ler em casa.
Procure trabalhar com as crianças a capa do livro, o autor e o ilustrador.

BRINCANDO COM JESUS


Leve materiais para a sala, para realizar um posto de higiene. Nele, as crianças
deverão cuidar do corpo e também do espírito, montando um cantinho de livros espíritas
infantis para as crianças lerem.

140
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Identificar no Espiritismo o Consolador
CURSO: Jardim 2 Prometido por Jesus. Reconhecer a bondade de Deus, que nos dá o conhecimento da
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família / Espiritismo Doutrina Espírita e todas as oportunidades de progresso.
SUBUNIDADE: Jesus me ensina a fazer a caridade
Nº DE AULAS: 04 AULA: 21ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Compreender a máxima APRENDENDO COM JESUS
21
1. Lucas, 7:1-
contida no livro O 10.
Evangelho segundo o ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Tieloy, O
espiritismo: “Fora da Jesus, o nosso irmão e Mestre, por onde passou, ensinou a bondade e a caridade, único Macaco conselheiro.
caridade não há caminho para a salvação! Seus ensinamentos eram importantes e belos! Lições lindas! ... 3. Allan Kardec
salvação”; Ninguém nunca esquece! O Evangelho
 Sentir no seu coração o Uma dessas lições é que nós só podemos fazer às outras pessoas aquilo que nós queremos segundo o
desejo sincero de fazer que elas nos façam. Por exemplo: se você não gosta que te batam, não deve bater em ninguém; espiritismo, 104. ed.,
pelo seu próximo, todo o não deve pegar as coisas que não são suas e ficar com elas, porque vai fazer falta para o colega; cap. 15.
Bem que Jesus fazia; se não gosta que te empurrem, te maltratem, também não deve fazer com os coleguinhas. Além 4. Aura Celeste,
 Reconhecer que a disso, se você gosta que te tratem com amor, com carinho, com gentileza também deve tratar a Escuta meu filho,
caridade é o único todos da mesma forma. Tudo isto você pode fazer pelo seu próximo e muito mais. 8.ed., cap. l3.
caminho para a real Jesus ensinou que devemos perdoar setenta vezes sete vezes, isto quer dizer que devemos 5. Emmanuel,
felicidade. desculpar sempre os colegas que fizerem algo que nós não gostamos. Algumas pessoas Vinha de luz, 14.ed.,
maltrataram Jesus, mas ele perdoou todas elas. cap. l63.
Jesus foi o exemplo vivo da caridade. Por onde passou, ele vivenciou o que ensinava, 6. 6-Marcos , 6.
curando os enfermos, alimentando os corações sedentos, demonstrando a verdadeira caridade, 7. Mateus , 14.
que auxilia sem esperar recompensa alguma. 8. Meimei, Cartilha
Uma vez, quando Jesus aparentava um adulto, estava contando histórias lindas e falando do bem, 7.ed.
muitas coisas boas para as pessoas que o rodeavam. Mas, teve um momento que todos estavam 9. Neio Lúcio,

21
IMPORTANTE:
Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se enriqueça em conteúdo.
A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches, teatro de sombra,
dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

141
com fome e não tinham nada para comer. Jesus ficou compadecido de tantas mulheres, crianças Alvorada Cristã,
e homens famintos que estavam ali. Pegou alguns poucos pães e peixes e, com amor pelas 11.ed., cap. 24.
pessoas e com seu magnetismo, conseguiu fazer com que esse alimento se multiplicasse. Todos
comeram e ficaram saciados e felizes.
Conte às crianças a passagem que Jesus nos fala da cura do servo do centurião:
“Tendo Jesus concluído todas as suas palavras dirigidas ao povo, entrou em Cafarnaum. E
o servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte. Tendo
ouvido falar a respeito de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse
curar o seu servo. Estes, chegando-se a Jesus, com instância lhe suplicaram, dizendo: Ele é
digno de que lhe faças isto; porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a
sinagoga. Então, Jesus foi com eles. E, já perto da casa, o centurião enviou-lhe amigos para lhe
dizer: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha casa. Por isso,
eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo; porém manda com uma palavra, e o meu
rapaz será curado. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às
minhas ordens, e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem: e ao meu servo: faze isto,
e ele o faz. Ouvidas estas palavras, admirou-se Jesus dele e, voltando-se para o povo que
acompanhava, disse: Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta. E, voltando
para casa os que foram enviados, encontraram curado o servo. ” (1)

FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA


Você também pode fazer a caridade assim como Jesus. Pegue aquelas roupas que não
servem mais, os brinquedos que você não brinca mais com eles e muitas outras coisas, e dê
para um amigo que tenha pouco ou nada, assim como Jesus fez com os pães e os peixes.
Podemos fazer prece pelo nosso próximo, dar um sorriso, conversar com alguém que está
triste, visitar uma pessoa enferma, tudo isso são formas de fazer a caridade e que estão ao
alcance de todos nós.
Querida criança, sempre que você praticar a caridade irá sentir o seu coração radiante e
feliz!
Mas, lembre-se: devemos fazer o bem sem esperar nada em troca! Essa é a verdadeira
caridade, como Jesus fazia.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “O macaco conselheiro”:

142
“Dona Anta caminhava pela mata em busca de alguma coisa para mastigar, pois tinha a
barriga vazia e isso lhe causava um certo aborrecimento. Enquanto andava, ia cantando:
Este mundo é muito chato,
Tão chato que faz doer.
É preciso andar no mato
Pra encontrar o que comer.

Eu queria descansar
E ter tudo em minhas patas
Viver de papo pro ar
Sem zanzar por estas matas.

Por que não nasci uma ave


Pra voar por este céu?
Este meu corpo é um entrave,
Me leva pro beleléu.

Nisso, ela ouve uma voz:

Que coisa mais sem sentido!


Que bobagem, Dona Anta!
De tudo o que tenho ouvido,
Isso é o que mais me espanta.

Dona Anta parou meio assustada.


- Quem foi que falou? Apareça!
Nisso, ela viu um velho bugio saindo de trás de uma peroba e declarando:

Não se assuste, minha amiga,


Eu só achei esquisito.
É que ouvindo sua cantiga
Não vi nada de bonito.

Era um macaco bem velhinho, com os pelos todos brancos, mas com uma cara bondosa e

143
risonha.
A anta ficou admirada.
- Eu nunca o vi por aqui! – exclamou ela. – De onde foi que o senhor veio?
O bugio coçou o queixo com a mão trêmula e informou:

Eu venho de outro lugar


Que fica muito distante,
E pretendo aqui ficar
Deste momento em diante.

Sou muito velho, menina,


Já vi de tudo um pouquinho,
Mas a vida nos ensina
A seguir nosso caminho.

Como vai ser eu não sei,


Se será bom ou ruim.
Só sei que, cumprindo a lei,
Darei bem conta de mim.

Procure ser conformada.


Cumpra a lei, fique contente,
Pois a próxima estrada
Pode ser bem diferente.

A anta pensou um pouco, depois balançou a cabeça e foi embora sorrindo, deixando o
velho bugio também com um largo sorriso estampado na cara.
Um pouco mais adiante, ela encontrou a jaguatirica no galho mais baixo de um pé de
angico e viu que a oncinha estava triste.
- Olá, Dona Jaguatirica! Tudo bem? A senhora parece um pouco abatida. Algum problema
em que eu possa ajudar?
A jaguatirica deu um longo suspiro antes de falar.
- É problema de amor, Dona Anta. Ninguém pode me ajudar.
- Isso é que pode! – exclamou a anta. – Conheci um macaco que é muito sábio e me

144
pareceu que ele gosta de ajudar os outros. Por que a senhora não o procura? Ele costuma ficar
lá na peroba grande. Vá lá, minha amiga! Não custa nada tentar. Ah! Fale tudo em versos. Ele
gosta muito de quadrinhas.
Pouco depois, a jaguatirica chegava ao lugar indicado, mas, não vendo ninguém, começou
a se afastar, quando ouviu uma voz que dizia:

Quem veio assim tão tristonha


Pra me ver e não me viu,
Vai sair daqui risonha
Tal como a anta saiu.

A jaguatirica respondeu:

Sou eu, a pequena oncinha.


Meu amado não me quis,
E o amor que eu tinha
Tornou-se vão e infeliz.

Agora vivo perdida


Em suspiros de tristeza,
Me sinto assim tão ferida.
Essa é minha natureza.

O macaco saiu de trás da peroba e disse:

Minha filha, tenha fé,


Outro par há de chegar.
Pode ser que ele até
Bem perto já possa estar.

Fique atenta e sorridente,


Mande embora essa tristeza,
Pois a vendo bem contente,
Se apresenta com presteza.

145
E, tendo dito isso, o velho macaco branco sumiu por trás da peroba, deixando a jaguatirica
um tanto pensativa.
Pouco depois, ela deu um sorriso e saiu em disparada dando pulos de alegria.
A anta e a jaguatirica espalharam a novidade por toda a Mata e os bichos ficaram curiosos
para conhecer o macaco branco. Depois que ambas falaram sobre o modo como ele gostava de
ouvir os problemas de cada um e como dava as respostas, todos acharam o método muito
divertido e passaram a treinar para compor quadrinhas.
Muito chateada, Dona Sucuri chegou à peroba onde vivia o macaco branco, se arrastando
e declamando:

Ai, que grande injustiça


Nascer com este corpo liso!
Como sou toda roliça,
Fico só no prejuízo.

Queria ter perna, braço,


Pra poder correr, pegar.
Não ficar nesse embaraço
Quando vou me alimentar.

Por que fui nascer assim?


Que fiz eu pra merecer?
Que conselho dá pra mim?
Que consolo posso ter?

O velho macaco não saiu de trás da peroba, pois ninguém gostava de estar muito perto da
sucuri, mas disse bem alto:

Injustiça isso não traz.


Cada um tem que aprender
Que a vida que nos apraz
Não podemos escolher.

146
E corpo que recebemos
É o que melhor nos assenta,
E a vida que ora temos
É a melhor que se apresenta.

Quando a senhora entender,


Vai ver o quanto aprendeu.
E depois agradecer
O corpo que recebeu.

Vai gostar de ser assim


E se achar muito formosa,
Vendo em seu corpo, enfim,
Razão pra ficar bem prosa.

Dito isto, a voz se calou e a sucuri não teve mais dúvidas. Criou novo ânimo e foi embora
toda satisfeita.
Não demorou muito, veio o gavião e, sabendo como se dirigir ao macaco, foi logo
dizendo:

Estou querendo saber


Que são as luzes que vejo
Depois do anoitecer.
É só esse o meu desejo.

São luzes que tanto piscam,


Distantes no firmamento.
Quero saber onde ficam
E o que lhes dá esse alento.

A resposta não se fez esperar.

São todas outras moradas


Na imensa casa do Pai.

147
Outros mundos, outras paradas,
Pra receber quem se vai.

Há mundos bem atrasados,


Outros mais evoluídos.
E há palácios dourados
Para espíritos crescidos.

Tendo os homens já passado


Por todas as suas provas,
Terão, enfim, conquistado
Direito a moradas novas.

O gavião, que não era nada bobo, logo compreendeu o que o macaco estava lhe
ensinando e respondeu agradecido:

Isso vem nos revelar


Que o universo é grandioso,
E os homens vão encontrar
Outro lar bem mais gostoso.

Deve ser bom merecer


Uma casa assim tão boa.
Mas o homem para a ter,
Não pode ficar à toa.

Obrigado, meu amigo,


Já estou mais informado.
E agora te bendigo
Por me haveres ensinado.

Dito isto, o gavião levantou vôo e sumiu no espaço.


Na clareira do Jatobasão, onde estava localizado o trono de pedra, o Rei Gato-do-Mato
ficou sabendo que havia um macaco branco ouvindo os problemas dos bichos, dando-lhes

148
conselhos, ensinando e consolando. Tratava-se de um macaco que viera de outra mata e se
estabelecera na peroba grande. Na verdade, ninguém sabia de onde viera e por que viera para a
Mata do Jatobasão. Era um macaco muito velho e, aparentemente, muito sábio; e um poeta,
segundo afirmavam todos, pois falava em quadrinhas que se encaixavam perfeitamente nos
problemas de cada um. Seria interessante procurar obter mais algumas informações a respeito
dele, mas a quem encarregaria de obter essas informações?
- Dona Garça! – chamou o Rei.
- Pois não, Majestade. Estou às suas ordens.
- Peça ao Senhor Tico-tico que procure Dona Coruja. Diga que é para ela vir aqui.
Preciso muito falar de um assunto que está me preocupando.
- É pra já, Majestade.
E a garça saiu correndo.
Pouco depois, Dona Coruja apareceu. Vinha esfregando os olhos e parecia bem
sonolenta.
- Mandou me chamar, Majestade? Demorei um pouco por que estava dormindo. Passei
a noite toda acordada, mas estou pronta para servi-lo.
E o Rei entrou direto no assunto, pedindo a Dona Coruja que indicasse alguém para a
tarefa de investigar um pouco o estranho macaco branco que falava em versos. Tinha que ser
algum bicho esperto e discreto ao mesmo tempo; não convinha ofender quem estava fazendo
tanto bem.
A coruja pensou um pouco.
- A meu ver, Majestade, é preciso alguém que saiba rimar e tenha, ao mesmo tempo,
capacidade de investigar sem demonstrar que é isso o que está fazendo. Assim, de imediato,
não vejo quem poderia ser. Dom Tatu, talvez. Ou mesmo o Senhor Jabuti que é o mais idoso de
nós todos. Ele é lerdo, mas é muito sabido.
- É isso, Dona Coruja! O Senhor Jabuti é capaz de descobrir o que queremos. Vamos pedir
a ele!
O jabuti demorou dois dias para chegar até a grande peroba onde estava o macaco, mas,
como andava devagar e parava de vez em quando, não estava nem um pouco cansado ao
chegar. De início, não viu nada, mas depois percebeu algum movimento por detrás da árvore e
foi logo declarando:

Quem será que está escondido?


Não se mostra pra ninguém!

149
Deve ser alguém sofrido.
Que dores será que tem?

Será que posso ajudar?


Conhecer o seu problema?
Ou devo me afastar?
DEUS do céu! Mas que dilema!

O macaco saiu de trás da peroba e olhou para baixo.

Vejam só! Um jabuti


Que está com pena de mim.
De tantos que eu já vi,
Nenhum deles era assim.

Nenhum bicho apareceu


Que não tivesse uma queixa.
E, por isso, o caso seu
Interessado me deixa.

O senhor está contente


Com o que a vida lhe dá,
Pra vir assim de repente
Se oferecer pra ajudar?

O jabuti ergueu a voz:


Espere aí, meu amigo,
A rima não combinou.
Está errada, isso digo,
Pois poeta eu também sou.

O macaco deu uma risada.

Claro que a rima não cabe.

150
Foi um teste, o que eu fiz,
Para ver se o senhor sabe
Exatamente o que diz.

Parece que o meu amigo


Sabe rimar o bastante.
Mas, vá lá, fale comigo,
Que deseja neste instante?

Eu garanto pro senhor


Que de ajuda não careço.
Mas o auxílio de valor,
Onde vejo, reconheço.

O jabuti balançou a cabeça.

Fala, Senhor Macaco,


Nesta mata, o que faz?
Ao pensar nisso, eu empaco,
Não sei o que aqui o traz.

Disseram que o senhor veio


Com a missão de ajudar,
De ser pra nós um esteio,
Por muito a todos amar.

O macaco respondeu:

Eu vim de muito distante


Por saber que nesta mata
Há um Rei sábio e elegante,
A quem todo bicho acata.

Mas também fiquei a par

151
Que há por aqui muita dor.
Por isso vim ajudar
A quem necessário for.

Dou conselhos, esclareço,


Procuro ouvir com atenção
A bichos que não conheço;
Deles todos sou irmão.

O meu saber é da idade.


Minha estrada não foi lisa.
E agora minha vontade
É ajudar quem precisa.

Por isso vou ajudando,


Praticando a caridade.
Sigo em frente, vou andando,
Assim, me sinto à vontade.

Diga a seu Rei preocupado


Que não tema a minha vinda.
Em breve estou acabado
E minha missão se finda.

O jabuti se admirou ao descobrir que o macaco já estava a par de sua missão, sabia da
preocupação do Rei.

Como é que descobriu


Que nosso Rei me mandou,
Se nem ao menos o viu?
Será que alguém lhe falou?

O velho bugio deu um sorriso.

152
Não foi preciso assuntar
O que se passa distante.
Às aves posso escutar,
E elas falam bastante.

Há algum tempo que eu sei


Qual é a sua missão.
Sei também que vosso Rei
Tem grande preocupação.

Mas, repito, fique em paz


E tranqüilize seu Rei.
Não há mal no que se faz,
Se tudo estiver na lei.

Quer saber que lei eu sigo?


Então, ouça com atenção:
É a Lei de DEUS, meu amigo,
Que manda ajudar irmão.

Por isso, sempre que posso,


Ajudo ao necessitado.
Ele é um irmão nosso
Que está desajustado.

Dou um conselho, um aviso,


Indico a ele o caminho,
Recomendo-lhe juízo,
Por que nunca está sozinho.

Eu sei que assim agindo,


Vou fazendo caridade
E acabo descobrindo
Que fiz de DEUS a vontade.

153
O jabuti balançou a cabeça concordando e se despediu. Voltou caminhando, com seus
passinhos lentos, rumo à clareira do trono para dizer ao Rei Gato-do-Mato que o macaco
branco não oferecia perigo algum. Estava muito velho e dentro de bem pouco tempo deixaria
este mundo onde havia tanta dor e tantos irmãos precisando de ajuda. No momento, seu desejo
era apenas ajudar a todos que o procurassem.
Quando o Rei ouviu o relato do jabuti, não se conteve.
- Mas por que ele só fala rimando? Por que não fala como todos nós? O Senhor não acha
isso muito estranho?
- Eu penso que sei, Majestade – informou a coruja, que também ouvira o relato -, ele está
usando um pouco de Psicologia.
- Como assim? – perguntou o Rei.
- Eu explico, Majestade. Quem precisa de ajuda deve se esforçar um pouco para obtê-la.
Não basta pedir apenas. O que nos é dado, sem nenhum esforço de nossa parte, perde um
pouco o seu valor, mas, quando nos sacrificamos para conseguir ajuda, o auxílio é muito mais
valorizado. Pelo visto, o macaco branco não exige muito; ele quer apenas que os bichos façam
algum esforço. Afinal de contas, compor quadrinhas não é muito difícil.
O Rei balançou a cabeça concordando.
- Acho que a senhora está certa, Dona Coruja. E, sendo assim, vamos deixar o macaco
branco em paz. Espero que ele viva ainda bastante tempo, pois temos muitos bichos com
problemas que nós não podemos resolver. Mas é meu desejo, Dona Coruja, que a senhora o
procure. Diga-lhe que é muito bem-vindo à Mata do Jatobasão e que nós estamos prontos para
ajudá-lo, caso necessite. Pergunte se precisa de alguma coisa, se está bem alojado, se há
alimento suficiente lá perto da peroba e, finalmente, se não há nada que possamos fazer, pois
gostaríamos de colaborar em seu trabalho beneficente.
Assim, o macaco branco permaneceu ainda alguns anos na Mata do Jatobasão e, quando
morreu, deixou um número incontável de amigos que, ainda hoje, sentem saudades do macaco
que falava rimando. ” (2)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“Caridade, cada dia,
Com pouco sabe se expor:
O pão, a prece, a alegria,
Uma palavra de amor. ”

154
Luciano Reis

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Realize com as crianças, nesse dia, a Campanha de Fraternidade Auta de Souza, incentive-
as à prática da caridade.
Lembre-se de organizar todo o material necessário para a C.F.A.S. e fazer a devida
preparação com as crianças. Peça auxílio da equipe da C.F.A.S. da sua casa espírita e/ou posto
de assistência.
Obs.: Para realizar a C.F.A.S. com seus evangelizandos na rua, você deverá pedir
autorização para os pais ou responsáveis das crianças.
OU
Faça com as crianças um bonito móbile e incentive-as a dar de presente para a outra turma
(de preferência para a turma do Berçário) e observar a alegria de todos.
Sugestões para o móbile: Escolha um bonito desenho, risque no papel duplo recorte,
amarre com linha transparente (anzol, outras) e prenda num palito de picolé.
Mesmo você desenhando só o contorno ficará bonito, escolha de preferência um desenho
que tenha dois amiguinhos, desenhos de estrelas e luas também ficam muito bonitos.

BRINCANDO COM JESUS

155
Vamos brincar de pique-ajuda: divida as crianças em pares de maneira que fique uma
criança ou você mesmo sem parceiro. A pessoa que estiver só é que irá pegar os demais.
Combine um sinal para começar, as crianças soltam as mãos e correm, quando estiverem
cansadas dão as mãos a um amigo, então não poderão ser pegas.
Chame a atenção das crianças para a necessidade de um ajudar o outro dando as mãos e
defendendo-se, assim, de serem apanhadas pela pessoa que as perseguem.
Pode-se também brincar com um carrinho. Faz-se um círculo e deixa um carrinho com
uma criança que jogará para um amigo, este pega e joga para outro.

156
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Perceber a Justiça Divina agindo através da
CURSO: Jardim 2 reencarnação. Valorizar a reencarnação como meio de progresso e elevação
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família /Reencarnação espiritual.
SUBUNIDADE: Jesus, o Governador da Terra
Nº DE AULAS: 03 AULA: 22ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Identificar na vinda de APRENDENDO COM JESUS
22
1. Mateus,
Jesus à Terra os planos 11:27.
amorosos de Deus para a ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. Meimei, Pai
educação das criaturas Jesus sendo espírito puro, acompanha a humanidade terrena desde a formação do nosso nosso, 13.ed., lição
terrenas; planeta Terra. É ele o encarregado de governar este orbe e de tutelar a todos nós que aqui nos 1.
 Perceber Jesus como o encontramos matriculados nesta escola bendita. 3. Meimei,
Divino Arquiteto que sob Conte à passagem em que Jesus se mostra como filho amoroso e fiel aos desígnios de Cartilha do bem,
o amparo de Deus Deus nosso Pai: 7.ed.
governa os destinos da “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, 4. João, 3:16;
Terra; senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o 8:12.
 Perceber Jesus como a quiser revelar. 5. J.B.
luz do mundo a guiar os “Eu e o Pai somos um. Estou nele e ele em mim. Ninguém conhece o Pai senão o Filho. O Roustaing, Os
nossos passos, renovando Pai ama o Filho e tudo confiou à suas mãos. Tudo o que é dele é meu. ” (1). quatro Evangelhos,
a vida de cada um; É emocionante ouvir as histórias de Jesus. Sua voz se erguia e revelava o amor supremo e 7. ed., v.I, p.329.
 Identificar Jesus como o constante pelo Pai Celestial. 6. Emmanuel, A
benfeitor providencial nas “Quando Jesus começou a prece dominical, satisfazendo ao pedido dos companheiros que Caminho da luz, 18.
crises inquietantes da desejavam aprender a orar, iniciou a rogativa, dizendo assim: ed., p.21-22.
vida comum; - Pai Nosso, que estás nos céus... 7. Vinicius, Em
 Reconhecer a Terra como O Mestre queria dizer-nos que Deus, acima de tudo, é nosso Pai. torno do Mestre,
bendita escola; Criador dos homens, das estrelas e das flores. lição: A Boa Nova.
 Identificar Jesus como Senhor dos céus e da Terra. 8. Emmanuel,

22
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

157
responsável por esse Para Ele, todos somos filhos abençoados. Com essa afirmativa, Jesus igualmente nos Caminho, Verdade e
planeta; explicou que somos no mundo uma só família e que, por isso, todos somos irmãos, com o vida, 14.ed., lição
 Perceber o zelo de Jesus e dever de ajudar-nos uns aos outros. ”(2) 88.
de seus fiéis operários “Jesus é o lampadário do céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações. ” (3) 9. Veneranda,
espirituais para fazer com “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo Os filhos do grande
que a Terra progrida; aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (4) rei, 5.ed.,
 Reconhecer o amor de “Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará em trevas, mas terá a luz Introdução.
Deus que enviou o Cristo da vida. ” (4) 10. Meimei, Pai
a fim de governar a Terra, “Cada mundo, qualquer que seja, tem por protetor e governador um Espírito um Cristo de nosso, 15.ed.,
nossa bendita escola. Deus, cuja perfeição se perde na noite das eternidades, (...). cap.22.
As missões desses Cristos de Deus são relativas (...). Às terras ingratas, quais a vossa, eles 11. Irmão Jota,
pregam o amor; aos mundos mais elevados levam as grandes descobertas, as ciências e as artes O Evangelho em
desempenhando, em todos, as funções de alavanca para soerguer os instintos adormecidos, quadrinhas.
sempre de acordo com as capacidades e as necessidades do planeta, cuja direção lhes cabe. ”
(5)
Jesus, “organizou o cenário da vida, criando, sob as vistas de Deus, o indispensável à
existência dos seres do porvir. ” (6)
“Por toda parte a figura do Singular Galileu era um raio de luz na noite dos apelos
humanos, clareando por dentro as necessidades gerais. ” (7)
“Jesus veio à Terra acordar os homens para a vida maior. ”(8)
“Sua voz utiliza para ensinar a singeleza de um grão de mostarda, de redes a secarem ao
sol, de peixes e varas verdes, de uma figueira brava, de talentos, de pérolas, de fermento,
conhecidas de todos, essas expressões, arrancadas da experiência diária de cada um, como lição
sempre nova, abrindo clareiras de sabedoria na floresta dos conceitos complexos e
inexpressivos que não conduzem a mente atormentada a lugar nenhum. ” (7)

FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA


Querida criança Jesus continua falando a todos nós com sua doce voz a gravar no livro da
nossa alma suas lições de amor.
Jesus soube ser fiel a Deus nosso Pai, e suas mãos amorosas estão sempre a nos conduzir
para o encontro com o Pai Celestial.
“Se sentirmos Deus como Nosso Pai, reconheceremos que os nossos irmãos se encontram
em toda parte e estaremos dispostos a ajudá-los, a fim de sermos ajudados, mais cedo ou mais
tarde. A vida só será realmente bela e gloriosa, na Terra, quando pudermos aceitar por nossa

158
grande família a Humanidade inteira. ” (2)
“O Divino Mestre ama as crianças com especial carinho. Ele sabe que os meninos e meninas
do presente serão pais e mães no futuro. Sabe que todos os pequeninos de hoje serão os
administradores, ministros, juízes, professores, médicos, advogados, artistas, escritores,
artífices, lavradores e operários de amanhã, e, por isso, simboliza neles a esperança do mundo,
onde o reino de Deus será edificado.
Jesus reconhece que, se os meninos de agora quiserem, a Terra do porvir será melhor, mais
sábia e mais feliz.
É por essas razões que o Divino Senhor, se aguarda a compreensão e o concurso dos homens
bons, também espera a cooperação das crianças fiéis. ” (9)

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil - “A necessidade do esforço”, do livro Pai Nosso:
“Conta-se que, no princípio da vida terrestre, o alimento das criaturas era encontrado como
oferta da Divina Providência, em toda parte.
Em troca de tanta bondade, o Pai Celeste rogava aos corações mais esforço no
aperfeiçoamento da vida.
O povo, no entanto, observando que tudo lhe vinha de graça, começou a menosprezar o
serviço.
O mato inútil cresceu tanto, que invadia as casas, onde toda a gente se punha a comer e
dormir.
Ninguém desejava aprender a ler.
A ferrugem, o lixo e o mofo apareciam em todos os lugares.
Animais, como os cães que colaboram na vigilância, e aves, como os urubus que auxiliam
nas obras de limpeza, eram mais prestativos que os homens.
Vendo que ninguém queria corresponder à confiança divina, o Pai Celestial mandou retirar
as facilidades existentes, determinando que os habitantes da Terra se esforçassem na conquista
da própria manutenção.
Desde esse tempo, o ar e a água, o Sol e as flores, a claridade das estrelas e o luar
continuaram gratuitos para o povo, mas o trabalho forçado da alimentação passou a vigorar
como sendo uma lei para todos, porque, lutando para sustentar-se, o homem melhora a terra,
limpa a habitação, aprende a ser sábio e garante o progresso.
Deus dá tudo.
O solo, a chuva, o calor, o vento, o adubo e a orientação constituem dádivas dEle à Terra

159
que povoamos e que devemos aprimorar, mas o preparo do pão de cada dia, através do nosso
próprio suor e da nossa própria diligência, é obrigação comum a todos nós, a fim de que não
olvidemos o nosso divino dever de servir, incessantemente, em busca da Perfeição. ” (10)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“Aos grandes homens do mundo
Podemos admirar,
Mas somente a Jesus-Cristo
Devemos acompanhar. ”
Casimiro Cunha

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da pele.
Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da criança, que
necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou encaminhe
para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado num clima de
carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Confeccionar todo o cenário da história contada anteriormente, para as crianças levarem
para casa e contar para a sua família. Tente resumir os personagens da história, e deixe a
criança criar. Cenário: a Terra e o Sol – bola de isopor, as flores, as estrelas, a lua, Bonecos de
papel - representando as pessoas.
A criança irá pintar a bola de isopor com tinta, com o contorno do mar e da terra. Nos
bonecos, fazer os rostinhos e suas roupas de pano ou papel (colagem).

160
BRINCANDO COM JESUS
Podemos brincar de contar a história acima para os colegas utilizando o material
confeccionado. Pode-se também brincar de “Seu mestre mandou”. A cada momento da
brincadeira, uma criança será o mestre, pedindo ao grupo que façam alguma coisa. Direcionar
os pedidos de cada criança para a realização do bem, como Jesus, que utilizava sempre o seu
corpo para fazer o bem e mostrar a sua obediência a Deus.

PLANO DE UNIDADE

161
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Perceber a Justiça Divina agindo através da
INFANTIL reencarnação. Valorizar a reencarnação como meio de progresso e elevação espiritual.
CURSO: Jardim 2
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família / Reencarnação
SUBUNIDADE: Jesus me ensina: posso nascer de novo
Nº DE AULAS: 03 AULA: 23ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Perceber que a APRENDENDO COM JESUS 23
1. Mateus,
reencarnação é um 17:10-13.
processo natural pelo qual ESTUDANDO O CONTEÚDO 2. João: 3:1-10.
passam todos os espíritos Você já sabe que Jesus não tinha um corpo de carne. Seu corpo era de luz, fluídico, 3. Rita Foelker,
imperfeitos, para a porque sendo ele um Espírito puro, não poderia estar reencarnado, mas apenas estava entre Vermelhinho, o
aprendizagem e o nós para mostrar-nos, principalmente, através do amor, como devemos chegar até Deus. peixinho.
crescimento espiritual; Conte às crianças a passagem que Jesus explica aos apóstolos que João Batista era Elias 4. Allan Kardec,
 Conhecer a passagem do reencarnado: O Evangelho Segundo
Evangelho, em que Jesus “Mas os discípulos o interrogaram: Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que o Espiritismo, 104.ed.,
explica e evidencia que a Elias venha primeiro? Então, Jesus respondeu: De fato, Elias virá e restaurará todas as coisas. cap. 5- Casimiro
reencarnação é necessária Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram; antes, fizeram com ele tudo Cunha, Cartas do
para encontrarmos o Reino quanto quiseram. Assim também o Filho do homem há de padecer nas mãos deles. Então, os evangelho.
de Deus. discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista. ” (1) 5. Casimiro
Esta linda passagem do Evangelho demonstra como Jesus era realmente a luz do mundo e Cunha, Juca
mostra Jesus explicando a reencarnação que é a volta do espírito a um novo corpo. Lambisca.
Que benção! Nosso mestre Jesus nos ensinou sobre a imortalidade da alma, ou seja, que a 6. Fernando
morte não existe e que a vida do espírito é eterna. Flores, Seara infantil,
A reencarnação é bendita oportunidade que Deus nos concede para a educação de nossa 4. ed., p.23.
alma imortal. 7. Iracema
Conte também a passagem em que Jesus explica a Nicodemos sobre a reencarnação: Sapucaia, O besouro
“Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. Este, de casca dura e outros
noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; contos, 9.ed., cap. O

23
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.

162
porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. A isto, besouro casca dura, a
respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não formiguinha toc-toc e
pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo o jacaré coroa.
velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer? Respondeu Jesus: Em verdade, 8. J.B.
em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. Roustaing, Os quatro
O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de evangelhos, 7.ed., v.1,
eu te dizer: Importa-vos nascer de novo. O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não p. 269-270,338-341.
sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito. Então, lhe 9. Meimei,
perguntou Nicodemos: como pode suceder isto? Acudiu Jesus: Tu és mestre em Israel e não História de André.
compreendes estas coisas”? (2) 10. Roque Jacinto,
O peixinho azul, 4.
FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA ed., p. 35.
Você querida criança recebeu de Deus a bênção de ter um corpo e uma vida. É um
presente maravilhoso que muitos espíritos querem ter. Por mais difícil, por mais triste que
possa parecer a nossa vida ou de outras pessoas, ela é sempre um presente maravilhoso que
Deus nos deu e só Ele pode tirá-la de nós, porque somente Ele poderá nos dar outra vida em
outro corpo.
Por isto, devemos amar e valorizar muito a nossa vida e aproveitar todos os momentos
para aprender as lições maravilhosas que Deus quer nos dar, principalmente nos momentos de
dificuldades, sempre temos algo a aprender.
Através da reencarnação temos a oportunidade de nos melhorarmos, de progredirmos
reparando nossos erros.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “Vermelhinho, o peixinho”:
“Era uma vez...
...um peixe comilão e preguiçoso que só gostava de mandar e que era o Rei do Tanque,
um peixe guloso e dorminhoco que vivia só descansando e que era Ministro do Rei, um peixe
balofo e sonolento que vivia só fazendo bolhas e que era Ministro do Rei, também.
Depois, era uma vez o povo, formado por peixes de várias cores, várias formas e vários
tamanhos, nadando pra lá e pra cá, no pequeno espaço de um tanque num jardim.
E era uma vez, enfim, o menor peixe de todo o tanque, o mais sozinho e esquecido de
todos, que se chamava Vermelhinho.
Vermelhinho levava uma vida dura.

163
Ninguém se lembrava de deixar comida para ele. Nem de dizer “oi’’. Nem nada.
Por isso, Vermelhinho era pequeno e magrinho.
Mas ele era um peixe muito especial.
Gostava de pensar e de estudar.
E tanto ele estudou os peixes, o tanque e as correntes de água, que descobriu que a água
do tanque vinha de um pequeno canal de pedra, e que ela saía do outro lado por uma grade
muito estreita.
Como todo bom pensador, Vermelhinho ficou curioso:
- Que será que tem do outro lado desta gradezinha?
E Vermelhinho tentou atravessá-la.
Acostumado a viver com pouco, seu corpo era leve e ágil.
Apesar de magrinho, não foi fácil. Precisou de alguma ginástica.
Espreme que espreme, ele até perdeu algumas escamas, porém, com muito esforço,
conseguiu passar pelo buraquinho.
Vermelhinho viu que o pequeno canal de água ia longe.
Enquanto nadava, ia conhecendo novas paisagens, até que chegou a um riacho e, depois,
a um grande rio.
Encontrou peixes bem diferentes, fez amizade com eles, e eles lhe contaram muitas
coisas.
Conheceu barcos, pontes, pescadores e habitantes das margens do rio; viu pássaros
coloridos, árvores gigantescas e flores lindíssimas.
Vermelhinho estava descobrindo um mundo novo, muito mais bonito e interessante que o
velho tanque!
Seguiu viagem rio abaixo, até que o rio desembocou no oceano.
E o oceano estava além de tudo o que ele já tinha conseguido imaginar!
Era cheio de animais diferentes e estranhos...
Estrelas-do-mar...
Corais luminosos...
Não tendo ideia do risco que corria, ele aproximou-se demais de uma baleia e – GULP! –
ela o engoliu sem sequer perceber.
Vermelhinho ficou apavorado com a escuridão. Mas lembrou-se de pedir ajuda ao Deus
dos Peixes e orou.
Sua prece foi ouvida. A baleia o devolveu ao mar.
A partir de então, Vermelhinho ficou mais esperto e atento às surpresas da viagem. E foi

164
em frente...
Conheceu um cardume imenso de peixinhos pequenos como ele, que o levaram para
viver num Palácio de Coral com milhares de amigos, todos pensadores e estudiosos como ele.
Um dia, quando contava sua história aos amigos, aprendeu uma coisa muito importante:
- Sabe, Vermelhinho – disse um de seus companheiros – somente no mar se vive com
total segurança. Quando demora muito para chover, as lagoas, tanques e pequenos rios podem
secar. Mas as águas de todos os lugares continuam correndo para o mar, e o mar jamais fica
vazio.
Vermelhinho ficou pensativo
Lembrou-se daqueles peixes, lá no tanque de onde tinha saído, e ficou com receio do que
poderia lhes acontecer no tempo da seca.
Com apoio dos orientadores do Palácio de Coral, Vermelhinho decidiu fazer a longa
viagem de volta, para avisar os moradores do tanque a respeito do perigo que corriam.
Depois de nadar bastante, encontrou a foz do rio de onde tinha vindo, lutou contra a
correnteza, conseguiu chegar ao riacho, ao pequeno canal e, finalmente, achou a grade que
dava acesso ao tanque.
Engraçado! Desta vez, não foi tão difícil passar pelo vão estreito!
Estava contente.
Acreditava que sua volta seria uma surpresa para todos.
Mas Vermelhinho notou que ninguém, ninguém se mexia.
Ele chegou perto de um peixe e disse:
- Oi. Voltei.
- Ué!? E você tinha ido a algum lugar?
(Poxa! Nem notaram a sua falta!)
Vermelhinho procurou o Rei para contar-lhe sua aventura.
Falou a ele e a todos que se aproximaram sobre o imenso universo líquido que havia lá
fora.
- Este tanque é só um pingo d’água – disse ele. – Do outro lado da grade existe uma vida
totalmente diferente desta aqui...
O peixinho descreveu barcos, praias, jardins de algas, peixes interessantes e o Palácio de
Coral.
Falou do perigo do tanque secar.
Finalmente, perguntou aos peixes do tanque se queriam ir com ele conhecer todas
aquelas coisas de perto.

165
- Se vocês fizessem um regimezinho, nós poderíamos ir todos morar lá, no Palácio de
Coral. Poderíamos trabalhar juntos e aprender muitas coisas!
Quando acabou de falar, os peixes caíram na gargalhada:
- Rá, rá, rá. Não existe vida fora do tanque! Deus só criou a gente! – disse o Rei comilão
e preguiçoso.
- Não existem rios e oceanos! – disse o Ministro guloso e dorminhoco.
- Imaginem só! O tanque secar! – disse o Ministro balofo e sonolento.
O Rei chegou perto da grade e falou:
- Você não vê que por aí não passa nem a minha nadadeira? Seu bobalhão! Vá embora!
Não queremos essas ideias malucas perturbando o sossego do nosso tanque!
Vermelhinho não teve escolha.
Saiu tristonho, mas certo de que tinha feito o possível para mostrar a verdade aos outros
peixes.
Como ninguém quis ouvi-lo, ele fez sozinho a grande viagem de volta ao Palácio de
Coral, onde vive até hoje, cheio de amigos, trabalhando e estudando.
Enquanto isso, no tanque...
Era uma vez...
... um peixe comilão e preguiçoso que só gostava de mandar e que era o Rei do Tanque.
um peixe guloso e dorminhoco que vivia descansando e que era Ministro do Rei.
e um peixe balofo e sonolento que vivia só fazendo bolhas e que era, Ministro do Rei,
também...
E era uma vez o povo, nadando pra lá e pra cá no pequeno espaço de um tanque de
jardim... (3)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“Disse Jesus claramente,
Informando a todo povo,
‘No Reino dos Céus não entra
o que não nascer de novo.’”
Irmão Jota

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.

166
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e valorizando
o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da
pele. Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da
criança, que necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou
encaminhe para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado
num clima de carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Colocar uma música na sala e realizar uma prece em agradecimento a Deus pelo nosso
corpo e a oportunidade da reencarnação.
Depois, trabalhar com as crianças o aproveitamento da nossa reencarnação para fazermos
o bem. Nesse momento, confeccionar placas de EVA ou papel com ímã para pregar na
geladeira, escrito pequenas frases ou lembretes para auxiliar alguém naquele dia.
Exemplo:

Domingo: ajudar a mamãe em casa.

De forma que cada dia da semana tenha algo para a criança fazer. Ela terá que pregar a
frase, pintar e colar papel ou cortes de desenhos perfurados.

BRINCANDO COM JESUS

167
Você poderá brincar com eles de “eu te amo”.
É assim: faça um círculo e escolha um para ficar em pé no centro. Este deverá escolher
um colega e falar: - “Fulano, eu te amo! ” - Por quê? Pergunta o colega. E ele responde
escolhendo qualquer coisa que ele tenha no corpo ou que esteja usando, por exemplo: “Porque
você tem pernas”. Neste momento todos que tem pernas devem levantar correndo e trocarem
de lugar. Um ficará sem lugar e recomeçará a brincadeira. Pode ser também alguma coisa que
a criança esteja usando. Por exemplo: porque você está de chinelos, de short, etc...

168
PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Perceber a Justiça Divina agindo através da
CURSO: Jardim 2 reencarnação. Valorizar a reencarnação como meio de progresso e elevação espiritual.
UNIDADE: Deus/Jesus/ Família / Reencarnação
SUBUNIDADE: Deus me deu um lar e Jesus me ensina a
amar o meu lar.
Nº DE AULAS: 03 AULA: 24ª
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Reconhecer que todos da APRENDENDO COM JESUS24 1. Lucas, 2:39-40.
família são espíritos 2. Roque Jacinto, O
reencarnados e que estão ESTUDANDO O CONTEÚDO Fujão, 8.ed.
juntos para aprenderem a Jesus veio a Terra para ensinar o amor e, mesmo sendo perfeito, Deus permitiu que ele 3. Ramiro Gama,
amar e se respeitar; recebesse ajuda de muitos espíritos que o auxiliaram na sua missão terrena. Esses espíritos Lindos casos de Chico
 Identificar em Jesus o formaram o lar material de Jesus. Maria, sua mãe, foi muito compreensiva e amparada pelos Xavier, 17.ed., p.39.
modelo de piedade filial. espíritos amigos, apoiou todo o trabalho de Jesus. 4. Bittencourt
 Reconhecer na convivência José, espírito humilde, aceitou ser pai de Jesus e trabalhou feliz pela tranquilidade da Sampaio, Jesus
de Jesus em família, o ideal família. perante a cristandade,
a ser seguido.  Além dos pais, Jesus recebeu o carinho de seus avós (Ana e Joaquim), de seus tios 5.ed., p. 34, 35, 49.
(Izabel e Zacarias) e do muito amado primo João Batista. Outros primos, como eram muito 5. Casimiro
próximos, eram chamados de irmãos, mas não compreendiam bem a sua missão. Cunha, Cartas do
Jesus tratou sua família com carinho e amor, dando exemplo de obediência que deve ser evangelho.
seguido por todos nós. 6. J.B.
Conte às crianças a passagem que mostra a vida de Jesus com sua família em Nazaré: Roustaing, Os Quatro
“ E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galiléia, evangelhos, 7.ed., p.
para a sua cidade de Nazaré. E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de 208, 205, 245 e 246.
sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. ” (1) 7. Neio Lúcio,
Alvorada Cristã,
FALANDO DE JESUS PARA A CRIANÇA 11.ed., cap. 34, 49.
Você também tem uma família que o auxilia no seu progresso espiritual, deve seguir os
exemplos de Jesus e obedecer ao papai, à mamãe, não brigar com seus irmãos ou primos.

24
IMPORTANTE: Todas as vezes que você for aplicar o Aprendendo com Jesus, a primeira providência a ser tomada é ler toda a bibliografia para que sua aula se
enriqueça em conteúdo. A segunda providência é nunca se esquecer que sua aula deve ser rica em recursos que apoiem a exploração do conteúdo, tais como: fantoches,
teatro de sombra, dramatização, cineminha, cartazes, flanelogravuras e outros.
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Amar e tratar com muito carinho os vovôs, vovós e titios.
Todos aqueles que recebemos em nosso lar como familiares são espíritos ligados
profundamente pelos laços do coração. Tem aqueles que já conquistamos, e tem também
aqueles que precisamos aprender a amar. Por isso, Deus os colocou bem perto de nós a fim de
que a convivência no lar seja um laboratório para nossas almas que estão desenvolvendo o
sentimento do amor.
Faça prece pelo seu lar pedindo a Deus para ajudar que todos se amem e vivam felizes.

CONTANDO UMA HISTÓRIA


Conte a história espírita infantil “O fujão”, de Roque Jacinto. A história trabalha
conteúdos importantes: a obediência aos pais, o valor da família, o respeito aos mais velhos e
o cuidado em seu lar.
“Paulinho fugira de sua casa.
Por mais quisesse ir sozinho, Pitoco, o cãozinho, ia a acompanhá-lo.
O menino bateu em Pitoco com uma vara.
Tudo inútil, porém.
Pitoco teimava em segui-lo.
O Fujão, então, seguiu sem rumo.
Os pais de Paulinho, assim que deram pela sua falta, ficaram desesperados.
Ele, contudo, lá longe, fazia mil artes.
Subiu numa laranjeira, derrubando os frutos e quebrando-lhe galhos.
A árvore, pobrezinha, ficou a chorar.
Na chácara de Seu Zico, além de quebrar a porteira da granja, soltou todas as galinhas do
cercado.
E fugiu o Fujão!
Pendurou-se na traseira de um caminhão, até que uma sacudidela maior o atirou por
terra.
Pitoco ficou a lamber-lhe os arranhões.
Chegou a noite.
Paulinho e Pitoco ficaram na estrada deserta.
O menino, então, percebeu que não mais sabia o caminho da volta.
E choramingava de fome.
-Rauuunnn... - fez Pitoco.
E, apanhando Paulinho pela barra da calça, lá se voltou Pitoco para a direção do lar

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abandonando.
Na volta, em frente da granja de Seu Zico, Paulinho foi pedir um pedaço de pão.
Foi bem recebido e bem, alimentado.
Envergonhando-se do que fizera, contou tudo a Seu Zico, principalmente a arte daninha
de soltar as galinhas.
Querendo reparar o mal, pediu licença para reunir de novo as galinhas no cercado.
Seu Zico concordou.
E lá se foram os três.
Sempre puxado por Pitoco, Paulinho ouviu a laranjeira chorando.
Apiedou-se dela.
Com lenços, amarrou os galhos partidos.
-Pronto! - disse contente, esfregando as mãos.
Já em casa, confessou-se arrependido.
A mãe disse-lhe:
-Ainda bem que você teve a coragem de corrigir os seus erros. Se errar é mau, pior ainda
é ficar indiferentemente aos males praticados.
Abraçado a Pitoco, o bom amigo, Paulinho guardou muito bem a lição. ” (2)

OU
Conte a história espírita “O anjo bom” do livro Lindos Casos da Chico Xavier:

“Dois anos de surras incessantes.


Dois anos vivera o Chico junto da madrinha.
Numa tarde muito fria, quando entrou em colóquio com Dona Maria João de Deus, Chico
implorou:
- Mamãe, se a senhora vem nos ver, porque não me retira daqui?
O Espírito carinhoso afagou-o e perguntou:
Por que está você tão aflito? Tudo, no mundo, obedece a vontade de Deus...
- Mas a senhora sabe que nos faz muita falta...
A Mãezinha consolou-o e explicou:
- Não perca a paciência. Pedi a Jesus para enviar um anjo bom que tome conta de vocês
todos.
E sempre que revia a progenitora, o menino indagava:
- Mamãe, quando é que a anjo chegará?
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- Espere, meu filho! - era a resposta de sempre.
Decorridos dois meses, a Sr. João Cândido Xavier resolveu casar-se em segundas núpcias.
E Dona Cidália Batista, a segunda esposa, reclamou os filhos de Dona Maria João de Deus,
que se achavam espalhados em casas diversas.
Foi assim que a nobre senhora mandou buscar também o Chico.
Quando a criança voltou ao antigo lar contemplou a madrasta que lhe estendia as mãos...
Dona Cidália abraçou-o e beijou-o com ternura a perguntou:
- Meu Deus, onde estava este menino com a barriga deste jeito?
Chico, encorajado com a carinho dela, abraçou-a também, como o pássaro que sentia
saudades do ninho perdido.
A madrasta bondosa fitou-o bem nos olhos e indagou:
- Você sabe quem sou, meu filho?
- Sei sim. A senhora é o anjo bom de que minha mãe já falou...
E, desde então, entre as dois, brilhou a amor puro com que o Chico seguiu a segunda mãe,
até a morte. ” (3)

TRABALHANDO A QUADRINHA
“Conduze, pois, tua casa
À inspiração de Jesus.
O Evangelho em tua mesa
É pão da Divina Luz. ”
Casimiro Cunha

REALIZANDO ATIVIDADES DA CARTILHA


Para desenvolver esta atividade prepare com antecedência todo o material indicado e
mesmo que a técnica exija condições motoras que a criança ainda não possua, não desanime.
Aproveite para desenvolver estas habilidades aos poucos, confiando na criança e
valorizando o que ela é capaz de fazer.

CUIDANDO DO CORPINHO
Este momento deverá ser utilizado em todas as aulas para: escovação de dentes das
crianças, corte e higienização das unhas, observação da higiene dos cabelos, do nariz, da
pele. Além disso, o evangelizador deverá observar manchas roxas e lesões na pele da
criança, que necessitam de curativo ou tratamento médico. Se possível, realize o curativo ou
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encaminhe para tratamento adequado. Deve durar no máximo 15 minutos e ser realizado
num clima de carinho, orientação e amparo à criança.

TRABALHANDO COM JESUS


Você poderá levar três caixas grandes de papelão. Cole-as uma na outra. Pegue um
pedaço de cartolina ou de papelão e dobre ao meio, para fazer de telhado (as caixas deverão
ser coladas uma sobre a outra e deverão ser do mesmo tamanho). Forre o lado de trás das
caixas e pinte, juntamente com as crianças, os tijolinhos, faça janelinhas, cole florzinhas de
papel. Não se esqueça da porta. Pode ser construída uma outra casinha, para vivenciarem os
demais membros da família.

BRINCANDO COM JESUS


Deixe as crianças brincarem livremente com a casinha e com outros complementos como
panelinhas, fogão, etc.

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PLANO DE UNIDADE
ESCOLA DE EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA INFANTIL OBJETIVO GERAL DA UNIDADE: Avaliar o ano que se encerra refletindo no
CURSO: Jardim 2 aproveitamento das lições estudadas.
UNIDADE: Aula de Encerramento
SUBUNIDADE: Aula de Encerramento
Nº DE AULAS: 01 AULA: Aula de Encerramento
OBJETIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDO BIBLIOGRAFIA
 Refletir sobre os Amigo evangelizador, esta aula deverá ser aproveitada para a apresentação dos 1. Amélia
ensinamentos de Jesus resultados obtidos pelas crianças, durante o ano de estudo, no que diz respeito à frequência e Rodrigues, O
adquiridos neste ano; aproveitamento das lições do Evangelho de Jesus em suas vidas, bem como a prática dessas semeador, 3.ed.
 Avaliar nossa conduta e lições.
aproveitamento do curso Sugerimos que faça com as crianças, neste dia, um momento de auto-avaliação, podendo
durante o ano; utilizar os seguintes recursos:
 Apresentar o resultado de - Contar a história espírita infantil “O Semeador”, de Amélia Rodrigues, através de
frequência do curso; fantoches e refletir em torno da história;
 Criar um clima de - Levara para a sala de aula pequenos frutos feitos de papel para que a criança possa
confraternização cheio de colorir de acordo com sua avaliação: verde – não houve nenhuma modificação interior;
paz, alegria verdadeira e amarelo – se houve boa intenção em melhorar-se; vermelho – se conseguiu modificar suas
agradecimento a Deus e a atitudes. Após isso, a criança deverá pregar os frutos numa árvore (o desenho da árvore é
Jesus pelo ano que se individual).
encerra. Você, evangelizador, poderá marcar este dia com a entrega de lembrancinha e lanche
especial.

O SEMEADOR
“O semeador saiu a semear...
A professora Angélica não era considerada uma pessoa equilibrada, em razão das suas
esquisitices.
Os seus alunos da Escola de primeiro grau onde ensinava desde há muitos anos, tinham-
na na conta de uma pessoa estranha.
Embora fosse excelente mestra, muitas vezes era surpreendida, quando nas suas viagens
de ida-e-volta do lar à Escola, com gestos e movimentos de mãos que não condiziam com a
sua posição de educadora.
Dona Angélica residia numa cidadezinha e ensinava numa vila próxima.
Os dois lugares se comunicavam por meio de uma estrada-de-ferro.
174
Diariamente ela tomava o trem, sentando-se ao lado da janela, quando ia à aula e, quase
sempre retornava para casa sentada no mesmo lugar.
As crianças faziam zombaria, criticavam-na, mas ela não sabia.
Mesmo alguns pais irresponsáveis, que se davam à maledicência comentavam com certa
falta de caridade:
- ‘É uma boa educadora, - diziam com malícia, para logo completarem, - porém
completamente maluca. ’
E punham-se a rir, impiedosamente.
Os anos se passavam e a situação continuava a mesma.
Várias gerações receberam da bondosa e dedicada professora ensinamentos valiosos e
abençoados.
Ela era uma pessoa de boas maneiras, calma e gentil, mas não muito bem compreendida.
Envelhecia no exercício do dever de preparar as crianças para um futuro melhor, com
espírito de abnegação e devotamento quase maternal.
Certo dia em que viajava para a sua querida Escola, com diversas crianças na mesma
classe do comboio, movimentando, de quando em quando, suas mãos, enquanto as crianças
na parte de trás sorriam maliciosamente, Alberto, seu aluno de 10 anos, que cursava a quarta
série, porque amava muito sua mestra, aproximou-se dela, sentou-se ao seu lado e, com
ternura, perguntou-lhe:
- Professora, por que você insiste em continuar com essas atitudes loucas?
- Que deseja dizer, meu filho? – interrogou, surpresa, a bondosa mestra.
- Ora, professora, - continuou ele, - você fica dando adeuses para os animais, nos pastos,
abanando as mãos... Isto não é loucura?
A mestra amiga compreendeu e sorriu.
Sinceramente emocionada, chamou a atenção do aluno, dizendo:
- Veja esta bolsa. Nota o que há aí dentro? – E apontou para a intimidade do objeto de
couro forrado.
- Sim – respondeu Alberto.
- Sabe o que é? – Insistiu.
- Não, senhora.
- É pólen de flores, são sementes miúdas... Observe bem. Há quase vinte anos eu passo
por este caminho, indo e vindo da Escola. A estrada, antes, era feia, árida, desagradável.
Eu tive a ideia de a embelezar, semeando flores. Desse modo, de quando em quando,
reúno sementes de belas e delicadas flores do campo e as atiro pela janela... Sei que cairão em

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terra amiga e acarinhadas pela primavera e se transformarão em plantas a produzirem flores,
dando cor à paisagem, criando alegria. Como sempre passo por aqui, eu gostarei de que pelos
caminhos haja sempre beleza a fim de agradar a todos que também transitarão por estes
caminhos.
Calou-se por um pouco e depois disse:
- Alberto, meu filho. Na vida, todos somos semeadores. Há uns que semeiam flores e
descobrem belezas, perfumes, frutos e outros que semeiam espinhos e se ferem nas pontas
agudas. Ninguém vive sem semear, seja o bem, seja o mal. Felizes são aqueles que por onde
passam deixam sementes de amor, de bondade, de flores... Nunca te esqueças disso,
entendeste?
- Sim, professora. – Respondeu o aluno com emoção. – Eu também hei de semear
flores... Muito obrigado!
... As sementes caíram em terra boa e produziram flores e frutos...” (1)

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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