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conexão profunda"
Introdução:
Boa noite a todos! É uma honra estar aqui hoje para falar sobre um tema tão significativo: a
conexão entre a Carta de São Paulo aos Romanos e a Doutrina Espírita Kardecista. Nesta
palestra, vamos explorar os elementos fundamentais dessas duas obras, buscando pontos de
convergência e entendendo como se complementam. Ao longo da exposição, farei
referências, menções e citações de trechos da Carta aos Romanos, das Obras da Codificação de
Allan Kardec e de outras obras espíritas, a fim de fortalecer e sustentar nosso tema. Vamos
começar!
Desenvolvimento:
Uma das cartas mais significativas escritas por Paulo é a Carta aos Romanos. Ela foi
escrita por volta do ano 57 d.C., endereçada à comunidade cristã em Roma. A carta tem
grande relevância e é considerada uma das mais importantes obras do Novo Testamento.
Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita (SECÚLO XIX), afirmou que ela se baseia
nas leis naturais, na razão e na observação. Ele fez um trabalho minucioso ao investigar as
comunicações dos Espíritos por meio da mediunidade, a fim de estabelecer uma base sólida
para a doutrina. A partir desse ponto, podemos observar como a Carta de São Paulo aos
Romanos e a Doutrina Espírita se entrelaçam.
Na Carta aos Romanos, São Paulo aborda as consequências naturais das ações
humanas, relacionando-as à Justiça Divina. Um trecho relevante é encontrado em Romanos
2:6-7, que diz: "Ele recompensará cada um conforme o seu procedimento. Ele dará vida
eterna aos que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade."
Allan Kardec, em "O Livro dos Espíritos", explora amplamente o tema da Justiça
Divina. No Livro Segundo, Capítulo IX, encontramos a questão 872, em que é perguntado aos
espíritos: "A felicidade é proporcional ao mérito?" A resposta apresentada é clara e direta:
"Sim, mas Deus é justo e bom. Ninguém é privado da felicidade que lhe seria útil, nem além
do necessário à sua própria prova".
Essa resposta nos mostra que a Justiça Divina se baseia na justa distribuição das provas
e expiações necessárias ao desenvolvimento e evolução dos espíritos. Cada indivíduo colherá
os frutos de suas ações, em conformidade com a lei de causa e efeito, visando ao seu
aprimoramento moral e espiritual.
Allan Kardec, em "O Livro dos Espíritos", explora amplamente o tema da caridade.
No Livro Terceiro, Capítulo XII, encontramos a questão 886, em que é perguntado aos
espíritos: "Que pensar daquele que sacrifica sua vida para salvar a de seu semelhante?" A
resposta apresentada é clara e impactante: "Esse ato é sublime e o sacrifício será levado em
conta no tocante àquele que o fez."
Essa resposta destaca a grandeza da caridade em sua forma mais elevada, que é o
sacrifício pelo próximo. O Espiritismo valoriza o serviço altruísta, a compaixão e a solidariedade
como expressões de amor ao próximo, reconhecendo a importância de se colocar o bem-estar
e as necessidades dos outros em primeiro lugar.
Conclusão:
À luz dos elementos fundamentais da Carta de São Paulo aos Romanos e da Doutrina
Espírita Kardecista, podemos perceber uma conexão profunda entre essas duas obras. Ambas
buscam despertar em nós a compreensão das leis divinas, a necessidade de transformação
interior, a prática da caridade e o entendimento de que colhemos as consequências de nossas
ações.
A Carta de São Paulo aos Romanos nos convida a refletir sobre a nossa conduta e nos
orienta em relação à Justiça Divina, enquanto a Doutrina Espírita Kardecista nos oferece um
arcabouço de conhecimentos sobre a vida além da morte, a reencarnação e a evolução
espiritual.
Que possamos buscar na união dessas duas obras uma compreensão mais ampla e
profunda da vida e do propósito espiritual. Que a luz da sabedoria e do amor fraterno nos guie
nessa jornada de autotransformação e crescimento espiritual. Muito obrigado!