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O velório na visão espírita

Introdução:
Caros amigos, é uma honra estar aqui hoje para compartilhar com
vocês uma visão espírita sobre um momento que, muitas vezes,
causa inquietação e tristeza em nossos corações: o velório. A
Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec e enriquecida por
médiuns como Francisco Cândido Xavier, nos traz uma
compreensão profunda sobre a vida e a morte, permitindo-nos
enxergar além das aparências e compreender melhor a jornada da
alma. Nesta palestra, exploraremos esse tema tão delicado e
apresentaremos algumas reflexões embasadas nas obras desses
grandes mentores.

Na Doutrina Espírita Kardecista, acredita-se na continuidade da vida


após a morte e na existência de planos espirituais que coexistem
com o plano físico. De acordo com essa visão, o velório é um
momento em que os familiares e amigos próximos têm a
oportunidade de prestar as últimas homenagens ao ente querido
que partiu, bem como de oferecer apoio e consolo aos familiares
enlutados.

A atitude dos presentes em um velório desempenha um papel


crucial na manutenção das vibrações nesse momento. A doutrina
enfatiza a importância de cultivar sentimentos de respeito,
compaixão, solidariedade, amor e gratidão durante essa ocasião.
Essas atitudes positivas e sinceras ajudam a elevar as vibrações
energéticas no ambiente, beneficiando tanto os presentes quanto o
espírito que está fazendo a transição para o plano espiritual.

A atmosfera de um velório é permeada por um conjunto de energias


e emoções compartilhadas. Por meio de pensamentos e
sentimentos elevados, os presentes podem enviar boas vibrações e
energias positivas para o espírito que deixou o corpo físico. Essas
vibrações amorosas e reconfortantes podem proporcionar conforto
e apoio espiritual ao espírito em seu processo de desligamento e
adaptação à nova realidade espiritual.

Além disso, a atitude dos presentes também influencia o estado


emocional dos enlutados. Ao manifestarem empatia, solidariedade e
consolo, eles podem ajudar a aliviar a dor e o sofrimento dos
familiares e amigos mais próximos. Essa postura compassiva e
acolhedora é essencial para promover um ambiente de paz e
serenidade, facilitando a comunicação e a troca de energias entre
os planos físico e espiritual.

Na Doutrina Espírita Kardecista, acredita-se que os espíritos


desencarnados estão presentes nos velórios, podendo perceber os
pensamentos e sentimentos daqueles que estão presentes.
Portanto, é importante que os participantes evitem manifestações
de desespero, tristeza excessiva e lamentações prolongadas, pois
essas emoções negativas podem atrapalhar o processo de
desligamento e causar desconforto ao espírito que está em
transição.

Em suma, a atitude dos presentes em um velório, pautada por


sentimentos elevados, empatia e solidariedade, é de suma
importância para a manutenção das vibrações nesse momento. Ao
cultivarem uma atmosfera de amor, respeito e gratidão, os
presentes podem oferecer conforto espiritual tanto ao espírito que
partiu quanto aos enlutados, promovendo uma transição mais
tranquila e harmoniosa para todos os envolvidos.

Desenvolvimento:

1. A morte como uma passagem:


"(...) a morte não é o termo da vida, mas apenas um episódio na
sua longa existência" (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, questão
149).
Desde o início da Codificação Espírita, Kardec nos ensina que a
morte não representa o fim, mas sim uma passagem para uma nova
etapa da vida espiritual. O velório, embora seja um momento de
despedida para os que ficam, é também uma oportunidade de
manifestarmos nosso respeito e amor ao ente querido que partiu,
oferecendo-lhe preces e vibrações positivas.
Allan Kardec, em sua obra "O Livro dos Espíritos", nos ensina que a
morte não é o fim da vida, mas sim uma transição para uma nova
existência espiritual. Segundo a questão 149 do livro, "A morte não
é o termo da vida, mas apenas um episódio na sua longa
existência". Isso significa que a morte física não representa o fim da
jornada do espírito, mas sim uma mudança de plano, em que a vida
continua em outra dimensão.
No contexto do velório, é importante compreendermos que aquela
pessoa que partiu está apenas deixando o corpo físico para seguir
em sua trajetória espiritual. Embora sintamos a ausência física e o
luto, podemos buscar consolo na certeza de que a vida continua, e
que a alma prossegue sua jornada em busca de aprendizado e
evolução.

2. A importância do consolo e da compreensão:


"A morte é simples mudança de domicílio" (Francisco Cândido
Xavier, O Consolador, questão 321).
Nos momentos de velório, é crucial compreender que a separação
temporária que sentimos é apenas aparente. A alma continua viva e
consciente em seu novo estado de existência espiritual. Nesse
sentido, é fundamental consolar aqueles que estão sofrendo a
perda, lembrando-os de que o amor e a presença dos espíritos
queridos nunca nos abandonam.
Francisco Cândido Xavier, em sua obra "O Consolador", nos traz
ensinamentos valiosos sobre o consolo na perda de entes queridos.
Segundo a questão 321 do livro, "A morte é simples mudança de
domicílio". Essa afirmação nos mostra que a morte não é um fim
trágico, mas sim uma transição natural para uma nova morada
espiritual.
# Durante o velório, é essencial que estejamos presentes para
consolar aqueles que estão sofrendo com a perda. Devemos
compreender que a dor da separação é real e precisa ser
respeitada, mas também podemos oferecer palavras de
conforto e esperança, lembrando-os de que a vida espiritual
continua e que o amor transcende a barreira da morte.

3. A continuidade da relação com os desencarnados:


"A morte apenas rompe o laço material que prende o Espírito à
Terra" (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, questão 150).
No momento do velório, é comum sentirmos saudade e até mesmo
a sensação de solidão. No entanto, devemos lembrar que os laços
afetivos continuam vivos além da vida terrena. Os espíritos dos
entes queridos estão próximos de nós e podem perceber nossos
pensamentos e sentimentos. Podemos nos comunicar com eles
através da prece, do pensamento elevado e das boas ações.
Allan Kardec, em sua obra "O Livro dos Espíritos", nos esclarece
sobre a continuidade dos laços afetivos após a morte. De acordo
com a questão 150, "A morte apenas rompe o laço material que
prende o Espírito à Terra". Isso significa que os laços de amor e
afeto que compartilhamos com aqueles que partiram não são
interrompidos pela morte, mas continuam existindo em nível
espiritual.
# No momento do velório, podemos fortalecer nossa relação
com os desencarnados por meio da prece, do pensamento
elevado e das boas ações. Essas manifestações de amor e
gratidão podem alcançar os espíritos queridos, oferecendo-
lhes conforto e fortalecimento. É importante lembrar que a
comunicação com os desencarnados não se dá por meio da
dor ou da tristeza, mas sim por meio do amor e da harmonia.

4. O auxílio espiritual aos desencarnados:


"Através de Jesus, todos os que choram e sofrem encontram alívio
e consolo" (Francisco Cândido Xavier, O Consolador, questão 322).
# Durante o velório, é importante recordar que os espíritos
desencarnados estão sujeitos a sentimentos de confusão e
desamparo. Nossa presença amorosa e nossas preces podem
trazer alívio e conforto a eles. É fundamental lembrar que,
assim como nós, eles também estão em processo de
aprendizado e evolução espiritual.
Com certeza! Vamos aprofundar o desenvolvimento dos pontos já
mencionados nesta palestra sobre o velório, com base nas obras de
Allan Kardec e Francisco Cândido Xavier.
Francisco Cândido Xavier, em "O Consolador", nos ensina sobre a
importância de oferecer auxílio espiritual aos que partiram. Na
questão 322, ele afirma que o auxílio espiritual aos desencarnados,
conforme abordado na questão 322 de "O Consolador", refere-se à
assistência e orientação prestadas por espíritos mais evoluídos aos
que se encontram em desequilíbrio após a morte física. Essa
assistência tem como objetivo amparar, instruir e encaminhar os
desencarnados para seu processo de evolução espiritual,
proporcionando-lhes esclarecimento, renovação interior e auxílio na
superação de suas dificuldades emocionais e espirituais.

Conclusão

Caros amigos, ao refletirmos sobre o velório à luz da Doutrina


Espírita, podemos compreender que se trata de um momento de
transição, em que o amor e o carinho podem ser manifestados
mesmo diante da separação física. A morte não é o fim da vida,
mas sim um novo começo em uma dimensão espiritual. A presença
dos entes queridos continua próxima, e nossa comunicação com
eles pode ser fortalecida através da prece e do pensamento
elevado.

Que possamos encarar o velório como uma oportunidade de


crescimento espiritual, de consolo mútuo e de fortalecimento dos
laços que transcendem a vida material. Que a certeza da
imortalidade da alma nos traga esperança, amor e serenidade nos
momentos de despedida, permitindo-nos enfrentar essa etapa com
coragem e resignação.

Que a luz do conhecimento espírita nos guie, trazendo-nos a


compreensão de que a vida é eterna e que o amor verdadeiro
nunca se extingue.

Agradeço a todos pela atenção e pelo interesse nesta exposição


doutrinária. Que a paz e a consolação do mundo espiritual estejam
sempre conosco.

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