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No centro dos rituais fúnebre budistas está a crença de que enquanto o corpo
estiver presente ainda é possível ganhar méritos que beneficiem o falecido,
ajudando-o a chegar ao Nirvana, ou pelo menos a reencarnar numa condição mais
favorável.
Por essa razão, entre a morte e a cremação, há uma série de rituais, como a
recitação de textos sagrados e a doação de esmolas aos monges que vêm presidir
às cerimonias, que são indispensáveis.
Algumas famílias mais ricas adiam a cremação durante longos períodos para
maximizar os méritos alcançados. Quando é chegada a hora da cremação o corpo
é colocado sob uma pira de cimento. Os familiares e amigos colocam a lenha,
incenso e velas. As cinzas do falecido poderão depois ser recolhidas e colocadas
numa urna.
Hsing Yun faz uma analogia interessante com a crença Cristã, que existe
um julgamento que vai determinar para onde o falecido vai, e que no Budismo
também existe esse julgamento, mas que não é feito por Jesus e sim pelos nossos
karmas.
Os seis reinos onde os seres podem renascer são:
Lugares inferiores, determinados por maus karmas:
1.O reino dos infernos
2. O reino dos seres famintos
3.O reino animal.
Lugares superiores, determinados por bons karmas:
4.O reino humano
5. O reino dos semideuses
6.O reino dos deuses.
Hsing Yun ainda diz que assim como no Cristianismo existe o inferno, no Budismo
também.
O reino animal é dos animais que podemos ver no reino em que estamos agora, o
dos humanos.
E o reino dos humanos também é o que estamos agora.
1. O reino dos infernos: seres agressores, ferem e matam outros seres.
“Nestes estados infernais, somos atormentados inflexivelmente por um sofrimento
inconcebível: somos mortos e, em alguns reinos infernais, experienciamos ser
mortos de novo e de novo; somos torturados pelo calor e frio extremos. E não há
liberdade.” (trecho do trabalho de Karma Tenpa Darghy)
2.O reino dos seres famintos: seres que sentem fome e sede inseçantes, e,
sempre cobiçando algo que nunca conseguem ter.
Nunca podemos obter o que queremos nesse reino, “nem podemos desfrutar da
comida ou bebida que desejamos desesperadamente como fantasmas famintos.
Sempre estamos precisando e procurando algo, mas somos completamente
incapazes de satisfazer nossos desejos”.(trecho do trabalho de Karma Tenpa
Darghy)
3. O reino animal: constam todos os tipos de animais.
“Todos eles experiênciam diferentes formas de sofrimento, tais como ser comido
vivo, brigar uns com os outros, ou ser subservientes e abusados”. (trecho do
trabalho de Karma Tenpa Darghy)
4. O reino humano: É o reino que estamos agora.
5. O reino dos semideuses: os semi-deuses vivem num estado muito alegre e feliz,
mas dotados de inveja dos deuses porque estão em um situação melhor, do qual
podem tomar ciência.
Nascem nesse reino devido ao karma positivo misturado com inveja.
6. O reino dos deuses: experimentam níveis de felicidade elevados, podem
realizar os seus desejos, obtêm tudo o que querem.
O sofrimento neste lugar é saber que um dia sairá dele, que renascerá em outro
reino futuramente.
Ainda não atingindo a iluminação ficamos renascendo nos seis reinos.
O problema deste reino é ficar se deleitando nos prazeres e não ajudar os outros,
esgotando todo o seu karma positivo e renascer em outro lugar sem ter
merecimento de ações positivas das outras vidas.
As pessoas podem ficar centenas de anos neste lugar.
São chamados de Deuses, mas não seres iluminados, mas de luz.