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É um utensílio usado nas Lojas Maçônicas e que simboliza a retidão dos princípios

maçônicos e a retidão da conduta que deve ser observado pelos Maçons.

Todo Maçom deve observar escrupulosamente o cumprimento das leis que lhe são
impostas. Cumprir as Leis é um sinal de obediência. A obediência conduz á ordem e, assim,
cumprir as leis é uma forma de retidão. Por isto, a Régua simboliza o meio de assegurar o
cumprimento das normas do comportamento humano sem as quais não pode haver ordem. Estas
normas constituem o equilíbrio de todas as ações, assim elas consubstanciam uma medida que
pode ser avaliada pelos módulos da Régua.
Em Maçonaria usa-se a Régua de 24 polegadas significando as 24 horas do dia, estas
24 horas devem ser divididas pelo Mestre de Cerimônias, que é quem porta a insígnia de Régua,
em espaços iguais destinados ao trabalho, ao repouso, aos exercícios físicos e mentais e a
recreação.
A Régua de 24 polegadas serve para medir e planear a obra: corresponde a Sabedoria
do Ven.’., que também a de medir e planear quando dirige os trabalhos.
A Significação simbólica nos ensina que quando no plano moral, o homem deve
medir prudentemente os seus planos de ação, deve medir e apreciar o contorno de suas idéias
como se mede um pedaço de pedra, para ter o conhecimento exato de seu valor e de sua
utilidade. Material, com espiritualidade, medir é saber e o erro começa onde se perde o censo da
medida.
Para Abelain a Régua é o “Ouro dos Filósofos” simbolizando a “regularidade na
aplicação”. Palavra originada do latim “regula” ela, na Maçonaria é tomada como símbolo do
infinito, eis que a linha reta não apresenta princípio e nem fim. Desta forma podemos tê-la como
símbolo do
aperfeiçoamento constante, da retidão, da lei, da moralidade e do dever.
Por isso a Maçonaria não impõe nenhum limite, é livre da investigação da verdade, e
para garantir a todos essa liberdade, ela exige de todos a maior tolerância.
Maço representa a inteligência e a razão que tornam o Maçom capaz de dicertar o
Bem do Mal, o Justo do Injusto.

Utilizado para desferir golpes, tem relação com o lº Vig.’. cuja qualidade é a força e
cuja missão consiste na transmissão de energia. E para transmitir aos instrumentos a força de
impulsão necessária à execução do trabalho. O Maço é o poder, é a força. Qualquer que seja o
sistema de impulsão adotado modernamente nos labores do homem, ele se deriva da idéia
primitiva do golpe. O Maço é a ação.

A tarefa do homem na vida, em síntese, tem como fim a remoção e transformação da


matéria; toda ação humana se reduz a isso, quer no campo material, quer da esfera moral. Mover
pedras e terras para a construção de um edifício; mover pensamentos e idéias, para a construção
de um ideal; para mover pedras e terra é necessário a impulsão muscular; para mover e
transladar idéias, é necessária a impulsão moral - ação, vontade, força espiritual.

Se, no plano físico, a Régua tivesse traçado as suas linhas e o Cinzel estivesse
pronto para realizá-los na pedra, mas faltasse força no braço do Obreiro, o trabalho conciencioso
da Régua e as qualidades de penetração do Cinzel de nada serviriam; a obra não seria realizada.

O Maço é a impulsão que leva para á frente, O Maço é a Energia.

Não devemos confundir o Malhete do Venerável Mestre com o Maço, porque o mesmo
é o instrumento que o neófito dá as primeiras pancadas na pedra bruta, a qual representa o
Homem sem instrução, áspero de caráter, por falta de conhecimento e que mais obedece aos
seus instintos do que a razão.
O cinzel é uma ferramenta pontiaguda com a qual se esculpem as pedras por mais
duras que sejam, dando-lhes forma e modelo.
Corresponde ao 2º Vig.’., porque como este representa o elemento da Beleza, assim o
Cinzel é o instrumento com que o Maçom cinzela a pedra tosca, nela criando linhas superficiais e
molduras, para o embelezamento do edifício.
Simbolicamente modela o espírito e a alma, de acordo com os mandamentos da
Sabedoria. Representa as nossas faculdades morais e espirituais, subordinadas ao nosso saber e
à nossa prudência. Sem o desenvolvimento dessas forças o Maçom não poderia agir no meio que
o circunda, nem poderia dar feição à sua própria natureza.
Este Cinzel maçônico deve ter fio e têmpera capazes de um esforço grande e tenaz,
isto é, o Maçom deve ter sentimentos generosos, mente sã, fé profunda, estoicismo e capacidade
de sofrimento.
Desde que o homem começou a utilizar o cinzel foi, aos poucos, se aperfeiçoando em
suas obras e puderam desta forma serem feitos: as construções, as esculturas e as gravuras.
O serviço do cinzel pode ser exemplificado pelas obras feitas pelos Egiptólogos a
milênios de anos atras, tais como: as pirâmides, os artefatos da tumba do Rei Tut, a esfinge, o
monólito egípcio que esta exposto no Museu Britânico, e a pedra Menfíta, que contem os mais
antigos conceitos humanos, e outros.
O cinzel além de poder ser utilizado como ferramenta pode também ser um símbolo
para se atingir a perfeição do ser humano, estando por exemplo nas mãos de obreiro que tenham
bons princípios e costumes pode não ser construídas obras de grandes relevâncias.
Nós aprendizes, recebemos a pedra bruta, assim como os Egiptólogos, os escultores,
etc., a recebiam para modelar suas obras.

Podemos assim iniciar na aprendizagem por bons princípios e costumes para


atingirmos a perfeição, e sermos úteis a humanidade. Deste modo, utilizando destes princípios
podemos ter a honra de pertencer a esta augusta e salutar sociedade.
Bibliografia: - Revista O Prumo

-História da Maçonaria – Nicola Aslan

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