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Matrícula: 201701173738
1. OS FATOS
A empresa de mineração, ora requerida, é responsável pela exploração de uma pedreira de extração
de rocha basáltica.
Tal extração de rocha basáltica é realizada mediante utilização de explosivos, e vem causando sérios
danos ao meio ambiente.
Em observância interna realizada pela administração ambiental estadual, foi apurado que a
Requerida não possui licença ambiental, nem de instalação, e nem de funcionamento, embora
anteriormente tal empresa já tenha sido precariamente licenciada, com validade até 19 (dezenove)
de março de 2005 e licença de funcionamento com validade suspensa em 03 (três) de fevereiro de
2005.
O que ocorre, atualmente, é que a requerida não possui licença ambiental, nem de funcionamento,
nem de instalação, conforma documento anexo, muito embora tal empreendimento já tenha sido
anteriormente licenciado, faltando assim, a revalidação do licenciamento.
Em tese, a agência ambiental estadual não poderia ter concedido licença de autorização de
funcionamento, já que, ao que tudo indica, não houve o Estudo Prévio do Impacto Ambiental (EIA), e
nem a apresentação de Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), conforme a Resolução do CONAMA
de nº 001, de 23 de janeiro de 1986, ambos extremamente indispensáveis para a atividade da
empresa, que é a de extração de mineral.
Não obstante, se já não fosse o bastante, foi constatado que a Requerida está desrespeitando a área
de preservação permanente de um Ribeirão, tendo construído um galpão metálico na área de
conservação. Tal Ribeirão é essencial para o abastecimento da cidade de Santa Helena do Foiás, e
vem sendo monitorada, pois, conforme evidenciado acima, a Requerente está bastante preocupada
com o que vem ocorrendo.
2- DO DIREITO
Essa imposição de recuperar o meio ambiente degradado é uma responsabilidade jurídica inerente
de quem explorou tal área.
Como vimos, a Agencia Ambiental chegou a licenciar o empreendimento e, conforme já
demonstrado, não houve o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e nem a apresentação do
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), conforme a Resolução do CONAMA de nº 001 de 23 de
janeiro de 1986, que são indispensáveis para obtenção de autorização para atividade de extração
mineral.
3 - DA MEDIDA LIMINAR
A Lei nº 7.347/85, que dispõe acerca da Ação Civil Pública, permite que o juiz conceda a medida
liminar, com ou sem justificação prévia, em decisão agravável.
4- DOS PEDIDOS
i. que seja concedida a medida liminar, a fim de impor à XPTO a obrigação de abster-se de
praticar suas atividades;
ii. Fixação de multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais), caso a Requerida deixe de cumprir a
obrigação ora imposta;
iii. A citação legal da Requerida, na pessoa de seu representante legal, para, no prazo de 15
(quinze) dias contestar a presente ação;
iv. Ao final, a procedência da ação, condenando a referida a obrigação de reparar o dano
ambiental causado, com fulcro no dispositivo legal.