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Responsabilidade do novo proprietário pela recuperação


do ecossistema protegido, documento público de
comprovação e inversão do ônus da prova
Direito Ambiental  Responsabilidade civil por dano ambiental  Geral

Origem: STJ

O novo proprietário assume o ônus de manter a integridade do ecossistema


protegido, tornando-se responsável pela recuperação, mesmo que não tenha
contribuído para o desmatamento ou destruição, isto porque, inexiste direito à
degradação. Como se sabe, a obrigação civil de reparar o dano ambiental é do tipo
propter rem, porque, na verdade, a própria lei já define como poluidor todo aquele
que seja responsável pela degradação ambiental - e aquele que, adquirindo a
propriedade, não reverte o dano ambiental, ainda que não causado por ele, já é
um responsável indireto por degradação ambiental. Consoante o art. 405 do
CPC/2015, laudo, vistoria, relatório técnico, auto de infração, certidão, fotografia,
vídeo, mapa, imagem de satélite, declaração e outros atos elaborados por agentes
de qualquer órgão do Estado possuem presunção (relativa) de legalidade,
legitimidade e veracidade, por se enquadrarem no conceito geral de documento
público, invertendo o ônus da prova. Em época de grandes avanços tecnológicos,
configuraria despropósito ou formalismo supérfluo negar validade plena a imagens
de satélite e mapas elaborados a partir delas. Ou, em casos de desmatamento
apontados por essas ferramentas altamente confiáveis, exigir a realização de
prova testemunhal ou pericial para corroborar a degradação ambiental. STJ. 2ª
Turma. REsp 1778729/PA, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 10/09/2019.

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O proprietário do veículo apreendido em razão de infração


de transporte irregular de madeira não titulariza direito
público subjetivo de ser nomeado fiel depositário do bem
Direito Ambiental  Infração administrativa  Geral

Origem: STJ
O proprietário do veículo apreendido em razão de infração de transporte irregular
de madeira não titulariza direito público subjetivo de ser nomeado fiel depositário
do bem. A administração deverá avaliar eventual pedido nesse sentido, tomando
as providências dos arts. 105 e 106 do Decreto Federal nº 6.514/2008, em
fundamentado juízo de oportunidade e de conveniência. STJ. 1ª Seção. REsp
1805706/CE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 10/02/2021 (Recurso
Repetitivo – Tema 1043)

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É inconstitucional a redução de unidade de conservação


por meio de MP
Direito Ambiental  Outros temas  Geral

Origem: STF

É inconstitucional a redução ou a supressão de espaços territoriais especialmente


protegidos, como é o caso das unidades de conservação, por meio de medida
provisória. Isso viola o art. 225, § 1º, III, da CF/88. Assim, a redução ou supressão
de unidade de conservação somente é permitida mediante lei em sentido formal. A
medida provisória possui força de lei, mas o art. 225, § 1º, III, da CF/88 exige lei
em sentido estrito. A proteção ao meio ambiente é um limite material implícito à
edição de medida provisória, ainda que não conste expressamente do elenco das
limitações previstas no art. 62, § 1º, da CF/88. STF. Plenário. ADI 4717/DF, Rel.
Min. Cármen Lúcia, julgado em 5/4/2018 (Info 896).

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Normas municipais podem prever multas para os


proprietários de veículos que emitem fumaça acima dos
padrões aceitáveis
Direito Ambiental  Competência  Geral

Origem: STF

É constitucional lei municipal, regulamentada por decreto, que preveja a aplicação


de multas para os proprietários de veículos automotores que emitem fumaça acima
de padrões considerados aceitáveis. O Município tem competência para legislar
sobre meio ambiente e controle da poluição, quando se tratar de interesse local.
STF. Plenário. RE 194704/MG, rel. orig. Min. Carlos Velloso, red. p/ o ac. Min.
Edson Fachin, julgado em 29/6/2017 (Info 870).

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É inconstitucional a prática da vaquejada


Direito Ambiental  Outros temas  Geral

Origem: STF

É inconstitucional lei estadual que regulamenta a atividade da “vaquejada”.


Segundo decidiu o STF, os animais envolvidos nesta prática sofrem tratamento
cruel, razão pela qual esta atividade contraria o art. 225, § 1º, VII, da CF/88. A
crueldade provocada pela “vaquejada” faz com que, mesmo sendo esta uma
atividade cultural, não possa ser permitida. A obrigação de o Estado garantir a
todos o pleno exercício de direitos culturais, incentivando a valorização e a difusão
das manifestações, não prescinde da observância do disposto no inciso VII do § 1º
do art. 225 da CF/88, que veda práticas que submetam os animais à crueldade.
STF. Plenário. ADI 4983/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 06/10/2016 (Info
842).

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Dano moral coletivo no direito ambiental


Direito Ambiental  Responsabilidade civil por dano ambiental  Geral

Origem: STJ

Na hipótese de ação civil pública proposta em razão de dano ambiental, é possível


que a sentença condenatória imponha ao responsável, cumulativamente, as
obrigações de recompor o meio ambiente degradado e de pagar quantia em
dinheiro a título de compensação por dano moral coletivo. STJ. 2ª Turma. REsp
1328753-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 28/5/2013 (Info 526).

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Empresa de mineração que deixou vazar resíduos de lama


tóxica
Direito Ambiental  Responsabilidade civil por dano ambiental  Geral
Origem: STJ

Determinada empresa de mineração deixou vazar resíduos de lama tóxica


(bauxita), material que atingiu quilômetros de extensão e se espalhou por cidades
dos Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, deixando inúmeras famílias
desabrigadas e sem seus bens móveis e imóveis. O STJ, ao julgar a
responsabilidade civil decorrente desses danos ambientais, fixou as seguintes
teses em sede de recurso repetitivo: a) a responsabilidade por dano ambiental é
objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o
fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato, sendo
descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de
excludentes de responsabilidade civil para afastar sua obrigação de indenizar; b)
em decorrência do acidente, a empresa deve recompor os danos materiais e
morais causados e c) na fixação da indenização por danos morais, recomendável
que o arbitramento seja feito caso a caso e com moderação, proporcionalmente ao
grau de culpa, ao nível socioeconômico do autor, e, ainda, ao porte da empresa,
orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e jurisprudência, com
razoabilidade, valendo-se de sua experiência e bom senso, atento à realidade da
vida e às peculiaridades de cada caso, de modo que, de um lado, não haja
enriquecimento sem causa de quem recebe a indenização e, de outro, haja efetiva
compensação pelos danos morais experimentados por aquele que fora lesado.
STJ. 2ª Seção. REsp 1374284-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
27/8/2014 (Info 545).

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