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História da Matemática
Disciplina na modalidade a distância
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Créditos
Universidade do Sul de Santa Catarina | Campus UnisulVirtual | Educação Superior a Distância
Avenida dos Lagos, 41 – Cidade Universitária Pedra Branca | Palhoça – SC | 88137-900 | Fone/fax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 | E-mail: cursovirtual@unisul.br | Site: www.unisul.br/unisulvirtual
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Ailton Nazareno Soares Aloísio José Rodrigues Patricia A. Pereira de Carvalho Poliana Simao Marcia Luz de Oliveira
Ana Luísa Mülbert Paulo Lisboa Cordeiro Schenon Souza Preto Mayara Pereira Rosa
Vice-Reitor Ana Paula R.Pacheco Paulo Mauricio Silveira Bubalo Luciana Tomadão Borguetti
Sebastião Salésio Heerdt Artur Beck Neto Rosângela Mara Siegel Gerência de Desenho e
Bernardino José da Silva Simone Torres de Oliveira Desenvolvimento de Materiais Assuntos Jurídicos
Chefe de Gabinete da Reitoria Charles Odair Cesconetto da Silva Vanessa Pereira Santos Metzker Didáticos Bruno Lucion Roso
Willian Corrêa Máximo Dilsa Mondardo Vanilda Liordina Heerdt Márcia Loch (Gerente) Sheila Cristina Martins
Diva Marília Flemming Marketing Estratégico
Pró-Reitor de Ensino e Horácio Dutra Mello Gestão Documental Desenho Educacional
Lamuniê Souza (Coord.) Cristina Klipp de Oliveira (Coord. Grad./DAD) Rafael Bavaresco Bongiolo
Pró-Reitor de Pesquisa, Itamar Pedro Bevilaqua
Pós-Graduação e Inovação Jairo Afonso Henkes Clair Maria Cardoso Roseli A. Rocha Moterle (Coord. Pós/Ext.) Portal e Comunicação
Daniel Lucas de Medeiros Aline Cassol Daga Catia Melissa Silveira Rodrigues
Mauri Luiz Heerdt Janaína Baeta Neves
Aline Pimentel
Jorge Alexandre Nogared Cardoso Jaliza Thizon de Bona Andreia Drewes
Pró-Reitora de Administração José Carlos da Silva Junior Guilherme Henrique Koerich Carmelita Schulze Luiz Felipe Buchmann Figueiredo
Acadêmica José Gabriel da Silva Josiane Leal Daniela Siqueira de Menezes Rafael Pessi
Marília Locks Fernandes Delma Cristiane Morari
Miriam de Fátima Bora Rosa José Humberto Dias de Toledo
Eliete de Oliveira Costa
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Pró-Reitor de Desenvolvimento Luiz G. Buchmann Figueiredo Gerência Administrativa e Eloísa Machado Seemann Arthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)
e Inovação Institucional Marciel Evangelista Catâneo Financeira Flavia Lumi Matuzawa Francini Ferreira Dias
Renato André Luz (Gerente) Geovania Japiassu Martins
Valter Alves Schmitz Neto Maria Cristina Schweitzer Veit
Ana Luise Wehrle Isabel Zoldan da Veiga Rambo Design Visual
Maria da Graça Poyer
Diretora do Campus Mauro Faccioni Filho Anderson Zandré Prudêncio João Marcos de Souza Alves Pedro Paulo Alves Teixeira (Coord.)
Universitário de Tubarão Moacir Fogaça Daniel Contessa Lisboa Leandro Romanó Bamberg Alberto Regis Elias
Milene Pacheco Kindermann Nélio Herzmann Naiara Jeremias da Rocha Lygia Pereira Alex Sandro Xavier
Onei Tadeu Dutra Rafael Bourdot Back Lis Airê Fogolari Anne Cristyne Pereira
Diretor do Campus Universitário Patrícia Fontanella Thais Helena Bonetti Luiz Henrique Milani Queriquelli Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro
da Grande Florianópolis Roberto Iunskovski Valmir Venício Inácio Marcelo Tavares de Souza Campos Daiana Ferreira Cassanego
Hércules Nunes de Araújo Rose Clér Estivalete Beche Mariana Aparecida dos Santos Davi Pieper
Gerência de Ensino, Pesquisa e Marina Melhado Gomes da Silva Diogo Rafael da Silva
Secretária-Geral de Ensino Vice-Coordenadores Graduação Extensão Marina Cabeda Egger Moellwald Edison Rodrigo Valim
Adriana Santos Rammê Janaína Baeta Neves (Gerente) Mirian Elizabet Hahmeyer Collares Elpo Fernanda Fernandes
Solange Antunes de Souza Aracelli Araldi Pâmella Rocha Flores da Silva
Bernardino José da Silva Frederico Trilha
Diretora do Campus Catia Melissa Silveira Rodrigues Rafael da Cunha Lara Jordana Paula Schulka
Elaboração de Projeto Roberta de Fátima Martins Marcelo Neri da Silva
Universitário UnisulVirtual Horácio Dutra Mello Carolina Hoeller da Silva Boing
Jucimara Roesler Jardel Mendes Vieira Roseli Aparecida Rocha Moterle Nelson Rosa
Vanderlei Brasil Sabrina Bleicher Noemia Souza Mesquita
Joel Irineu Lohn Francielle Arruda Rampelotte
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José Gabriel da Silva Reconhecimento de Curso
José Humberto Dias de Toledo Acessibilidade Multimídia
Diretor Adjunto Maria de Fátima Martins Vanessa de Andrade Manoel (Coord.) Sérgio Giron (Coord.)
Moacir Heerdt Luciana Manfroi
Rogério Santos da Costa Extensão Letícia Regiane Da Silva Tobal Dandara Lemos Reynaldo
Secretaria Executiva e Cerimonial Rosa Beatriz Madruga Pinheiro Maria Cristina Veit (Coord.) Mariella Gloria Rodrigues Cleber Magri
Jackson Schuelter Wiggers (Coord.) Sergio Sell Vanesa Montagna Fernando Gustav Soares Lima
Marcelo Fraiberg Machado Pesquisa Josué Lange
Tatiana Lee Marques Daniela E. M. Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC) Avaliação da aprendizagem
Tenille Catarina Valnei Carlos Denardin Claudia Gabriela Dreher Conferência (e-OLA)
Mauro Faccioni Filho (Coord. Nuvem)
Assessoria de Assuntos Sâmia Mônica Fortunato (Adjunta) Jaqueline Cardozo Polla Carla Fabiana Feltrin Raimundo (Coord.)
Internacionais Pós-Graduação Nágila Cristina Hinckel Bruno Augusto Zunino
Coordenadores Pós-Graduação Anelise Leal Vieira Cubas (Coord.) Sabrina Paula Soares Scaranto
Murilo Matos Mendonça Aloísio José Rodrigues Gabriel Barbosa
Anelise Leal Vieira Cubas Thayanny Aparecida B. da Conceição
Assessoria de Relação com Poder Biblioteca Produção Industrial
Público e Forças Armadas Bernardino José da Silva Salete Cecília e Souza (Coord.) Gerência de Logística Marcelo Bittencourt (Coord.)
Adenir Siqueira Viana Carmen Maria Cipriani Pandini Paula Sanhudo da Silva Jeferson Cassiano A. da Costa (Gerente)
Walter Félix Cardoso Junior Daniela Ernani Monteiro Will Marília Ignacio de Espíndola Gerência Serviço de Atenção
Giovani de Paula Renan Felipe Cascaes Logísitca de Materiais Integral ao Acadêmico
Assessoria DAD - Disciplinas a Karla Leonora Dayse Nunes Carlos Eduardo D. da Silva (Coord.) Maria Isabel Aragon (Gerente)
Distância Letícia Cristina Bizarro Barbosa Gestão Docente e Discente Abraao do Nascimento Germano Ana Paula Batista Detóni
Patrícia da Silva Meneghel (Coord.) Luiz Otávio Botelho Lento Enzo de Oliveira Moreira (Coord.) Bruna Maciel André Luiz Portes
Carlos Alberto Areias Roberto Iunskovski Fernando Sardão da Silva Carolina Dias Damasceno
Cláudia Berh V. da Silva Rodrigo Nunes Lunardelli Capacitação e Assessoria ao Fylippy Margino dos Santos Cleide Inácio Goulart Seeman
Conceição Aparecida Kindermann Rogério Santos da Costa Docente Guilherme Lentz Denise Fernandes
Luiz Fernando Meneghel Thiago Coelho Soares Alessandra de Oliveira (Assessoria) Marlon Eliseu Pereira Francielle Fernandes
Renata Souza de A. Subtil Vera Rejane Niedersberg Schuhmacher Adriana Silveira Pablo Varela da Silveira Holdrin Milet Brandão
Alexandre Wagner da Rocha Rubens Amorim
Assessoria de Inovação e Jenniffer Camargo
Gerência Administração Elaine Cristiane Surian (Capacitação) Yslann David Melo Cordeiro Jessica da Silva Bruchado
Qualidade de EAD Acadêmica Elizete De Marco
Denia Falcão de Bittencourt (Coord.) Jonatas Collaço de Souza
Angelita Marçal Flores (Gerente) Fabiana Pereira Avaliações Presenciais
Andrea Ouriques Balbinot Juliana Cardoso da Silva
Fernanda Farias Iris de Souza Barros Graciele M. Lindenmayr (Coord.)
Carmen Maria Cipriani Pandini Juliana Elen Tizian
Juliana Cardoso Esmeraldino Ana Paula de Andrade
Secretaria de Ensino a Distância Kamilla Rosa
Maria Lina Moratelli Prado Angelica Cristina Gollo
Assessoria de Tecnologia Samara Josten Flores (Secretária de Ensino) Simone Zigunovas
Mariana Souza
Osmar de Oliveira Braz Júnior (Coord.) Cristilaine Medeiros Marilene Fátima Capeleto
Giane dos Passos (Secretária Acadêmica) Daiana Cristina Bortolotti
Felipe Fernandes Adenir Soares Júnior Tutoria e Suporte Maurício dos Santos Augusto
Felipe Jacson de Freitas Delano Pinheiro Gomes Maycon de Sousa Candido
Alessandro Alves da Silva Anderson da Silveira (Núcleo Comunicação) Edson Martins Rosa Junior
Jefferson Amorin Oliveira Andréa Luci Mandira Claudia N. Nascimento (Núcleo Norte- Monique Napoli Ribeiro
Phelipe Luiz Winter da Silva Fernando Steimbach Priscilla Geovana Pagani
Cristina Mara Schauffert Nordeste)
Fernando Oliveira Santos
Priscila da Silva Djeime Sammer Bortolotti Maria Eugênia F. Celeghin (Núcleo Pólos) Sabrina Mari Kawano Gonçalves
Rodrigo Battistotti Pimpão Lisdeise Nunes Felipe Scheila Cristina Martins
Douglas Silveira Andreza Talles Cascais Marcelo Ramos
Tamara Bruna Ferreira da Silva Evilym Melo Livramento Daniela Cassol Peres Taize Muller
Marcio Ventura Tatiane Crestani Trentin
Fabiano Silva Michels Débora Cristina Silveira Osni Jose Seidler Junior
Coordenação Cursos Fabricio Botelho Espíndola Ednéia Araujo Alberto (Núcleo Sudeste) Thais Bortolotti
Coordenadores de UNA Felipe Wronski Henrique Francine Cardoso da Silva
Diva Marília Flemming Gisele Terezinha Cardoso Ferreira Janaina Conceição (Núcleo Sul) Gerência de Marketing
Marciel Evangelista Catâneo Indyanara Ramos Joice de Castro Peres Eliza B. Dallanhol Locks (Gerente)
Roberto Iunskovski Janaina Conceição Karla F. Wisniewski Desengrini
Jorge Luiz Vilhar Malaquias Kelin Buss Relacionamento com o Mercado
Auxiliares de Coordenação Juliana Broering Martins Liana Ferreira Alvaro José Souto
Ana Denise Goularte de Souza Luana Borges da Silva Luiz Antônio Pires
Camile Martinelli Silveira Luana Tarsila Hellmann Maria Aparecida Teixeira Relacionamento com Polos
Fabiana Lange Patricio Luíza Koing Zumblick Mayara de Oliveira Bastos Presenciais
Tânia Regina Goularte Waltemann Maria José Rossetti Michael Mattar Alex Fabiano Wehrle (Coord.)
Jeferson Pandolfo
Eliane Darela
Marleide Coan Cardoso
Rosana Camilo da Rosa
História da Matemática
Livro didático
Design instrucional
Roseli Rocha Moterle
3ª edição
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Copyright © UnisulVirtual 2011
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
Design Instrucional
Karla Leonora Dahse Nunes
Roseli Rocha Moterle (3ª edição)
ISBN
978-85-7817-273-2
Diagramação
Delinea Design Soluções Gráfica e Digitais LTDA
Jordana Paula Schulka (3ª edição)
Revisão
Diane Dal Mago
510.9
D23 Darela, Eliane
História da matemática : livro didático / Eliane Darela, Marleide Coan
Cardoso, Rosana Camilo da Rosa ; revisão e atualização de conteúdo
Marleide Coan Cardoso, Rosana Camilo da Rosa ; design instrucional
[Karla Leonora Dahse Nunes], Roseli Rocha Moterle. – 3. ed. – Palhoça :
UnisulVirtual, 2011.
295 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7817-273-2
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7
Palavras das professoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Equipe UnisulVirtual.
7
Palavras das professoras
Caro aluno,
o livro didático;
o Sistema Tutorial.
Ementa
Visão global dos períodos históricos da Matemática: egípcio
e babilônico, grego, chinês, hindu, árabe, Idades Média
e Moderna. Aspectos didáticos do uso da História da
Matemática no ensino fundamental e médio.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Objetivos
Geral:
A disciplina objetiva proporcionar ao universitário uma visão
geral da evolução do conhecimento matemático como produção
humana, representado em diferentes momentos históricos.
Específicos:
Caracterizar o pensamento matemático nos diferentes
períodos históricos, destacando os sistemas de
numeração.
12
História da Matemática
Carga Horária
A carga horária total da disciplina é 60 horas-aula.
Conteúdo programático/objetivos
Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático desta
disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aos
resultados que você deverá alcançar ao final de uma etapa de
estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de
conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento
de habilidades e competências necessárias à sua formação.
Unidades de estudo: 8
13
Universidade do Sul de Santa Catarina
14
História da Matemática
15
Universidade do Sul de Santa Catarina
16
História da Matemática
Agenda de atividades/Cronograma
Atividades obrigatórias
17
1
UNIDADE 1
Objetivos de aprendizagem
Seções de estudo
Seção 1 Como surgiu o processo de contagem?
Seção 2 A história da numeração egípcia
Seção 3 A história da numeração dos mesopotâmicos
Seção 4 A história da numeração chinesa
Seção 5 A numeração dos sábios maias
Seção 6 O sistema de numeração grego
Seção 7 O sistema de numeração romano
Seção 8 O sistema de numeração hindu
Seção 9 Os algarismos arábicos
Seção 10 Sistema de numeração binário
Universidade do Sul de Santa Catarina
20
História da Matemática
Unidade 1 21
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
A palavra cálculo origina-se da palavra latina calculus
e significa pedrinha.
22
História da Matemática
0 inhalü Não há
Unidade 1 23
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
A palavra dígito, que se refere aos símbolos 0, 1, 2, 3, 4,
5, 6, 7, 8 e 9, vem do latim dígitus e significa dedo.
24
História da Matemática
Curiosidade
Alguns documentos etnográficos registram que os elemas e os
papuas da Nova Guiné, os bosquímanos da África do Sul, os lenguas
do Chaco, no Paraguai, assim como vários outros aborígines, tinham o
costume de contar com o corpo.
Eles se referiam, em uma ordem sempre previamente estabelecida, às
articulações dos braços e das pernas, aos olhos, às orelhas, ao nariz,
à boca, ao tórax, aos seios, aos quadris, ao esterno e até às partes
genitais. Conforme a tribo, chegava-se a contar até 33 ou mais.
1 auricular direito
2 anular direito
3 médio direito
4 indicador direito
5 polegar direito
6 pulso direito
7 cotovelo direito
8 ombro direito
9 orelha direita
10 olho direito
11 nariz
12 boca
13 olho esquerdo
14 orelha esquerda
15 ombro esquerdo
16 cotovelo esquerdo
17 pulso esquerdo
18 polegar esquerdo
19 indicador esquerdo
20 médio esquerdo
21 anular direito
22 auricular esquerdo
23 seio direito
24 seio esquerdo
25 quadril direito
26 quadril esquerdo
27 partes genitais
28 joelho direito
29 joelho esquerdo
30 tornozelo direito
31 tornozelo esquerdo
Figura 1.5 - Técnica corporal utilizada pelos papua
32 pequeno artelho direito da Nova Guiné
33 artelho seguinte Fonte: Ifrah (1994, p. 33).
34 artelho seguinte
35 artelho seguinte
Unidade 1 25
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
Hieróglifo é a denominação dada pelos gregos à
escrita dos antigos egípcios. Significa literalmente
“escrita sagrada”, pois os gregos primeiramente viram
esses sinais nas paredes dos templos, das tumbas e
dos prédios públicos.
26
História da Matemática
52 52 52
123
202
Unidade 1 27
Universidade do Sul de Santa Catarina
1045
Adição
__________________________________
28
História da Matemática
Subtração
A subtração também não apresentava nenhuma dificuldade,
pois era idêntica à adição, bastava justapor as representações dos
números a subtrair. Observe o exemplo.
Utilizando os símbolos egípcios, vamos efetuar a seguinte
operação: 1325 – 1187 = 138
Assim, temos:
___________________________________________
Multiplicação e divisão
Vamos calcular 25 x 8.
1 parcela, resultado: 8
2 parcelas, resultado: 8 + 8 = 16
4 parcelas, resultado: 16 + 16 = 32
8 parcelas, resultado: 32 + 32 = 64
Unidade 1 29
Universidade do Sul de Santa Catarina
30
História da Matemática
+ + =
+ +
Cuja resposta é .
Unidade 1 31
Universidade do Sul de Santa Catarina
Confira:
3584 | 16
0 224
ˇ
1) 512 x 10 = 5120
500 10 2
É substituído automaticamente por: 5120.
5000 100 20
2) 3240 : 10 = 324
3000 200 40
É substituído automaticamente por: 324.
300 20 4
32
História da Matemática
Curiosidade
Este é um problema que fazia parte do cotidiano dos egípcios.
Imagine um cultivador de cereais da região de Mênfis, em 2000
a.C., aproximadamente. No final da colheita, um funcionário do
fisco veio controlar o estágio da produção e fixar o montante
da taxa anual. A colheita rendeu naquele ano uma quantidade
de trigo amidoeiro, que foi repartido em fileiras de 12 sacos
correspondendo a 128 fileiras.
O funcionário pega uma lasca de rocha que lhe servirá de rascunho
e efetua cálculos com a ajuda dos algarismos hieroglíficos para
determinar o número total de sacos de trigo. Ele vai efetuar a
multiplicação de 128 por 12.
Unidade 1 33
Universidade do Sul de Santa Catarina
34
História da Matemática
Você sabia?
O documento mais antigo da Matemática tem
cerca de 4.000 anos, e Ahmes é a primeira figura da
Matemática registrada na História.
Frações egípcias
Hoje é comum o uso de frações. Houve tempo, porém, em que
elas não eram conhecidas. Foi no Egito que se iniciou a usar
frações para medir e representar medidas.
Todos os anos, entre os meses de junho e setembro, o nível das
águas do rio Nilo começava a subir. Ao avançar sobre as margens,
as águas derrubavam as cercas de pedra que cada agricultor usava
para marcar os limites de suas terras. Uma nova marcação se
tornava necessária e, para isso, os estiradores de cordas, nome que
se dava aos profissionais que trabalhavam com cordas, esticavam
essas cordas para fazer a medição.
Havia uma unidade de medida marcada na própria corda e
os estiradores esticavam a corda e verificavam quantas vezes
aquela unidade de medida estava contida nos lados do terreno.
Dificilmente cabia um número inteiro de vezes nas dimensões
do terreno, por mais adequada que fosse a unidade de medida
escolhida.
Foi por essa razão que os egípcios criaram um novo tipo de
número: o número fracionário, cuja representação é uma fração.
Unidade 1 35
Universidade do Sul de Santa Catarina
Veja os exemplos.
2 1 1 1 1
1) = + + +
29 24 58 174 232
2 1 1
2) = +
5 3 15
2 1 1
3) = +
11 6 66
36
História da Matemática
Curiosidade
Pesquisadores investigando exaustivamente o
processo de decomposição das frações egípcias
chegaram ao seguinte Corolário:
Unidade 1 37
Universidade do Sul de Santa Catarina
1 asna e 7 cravos
5 asnas e 5 cravos
38
História da Matemática
Observe os exemplos.
[1; 3] = 1x60 + 3
Note que há um afastamento entre o cravo do lado esquerdo,
indicando que representa uma sessentena, e os outros três, do lado
direito, representam as 3 unidades formando, assim, o número 63.
Unidade 1 39
Universidade do Sul de Santa Catarina
Cadê o zero?
Durante mais de quinze séculos, os astrônomos e matemáticos
babilônios ignoraram o zero, não que ele não fizesse falta, essa foi
uma das grandes dificuldades que eles tiveram que resolver.
1)
[1 ; 25 ]
2)
[1 ; 0 ; 35 ]
3)
[ 1; 0 ; 40 ]
40
História da Matemática
Observe os exemplos.
1)
[30; 3; 0; 12]
2)
[ 3; 30; 0; 0; 23 ]
Curiosidade
Em uma tabuleta astronômica, proveniente de
escavações clandestinas em Warka (Uruk), com data
de aproximadamente o ano III a.C., havia o registro do
número
Unidade 1 41
Universidade do Sul de Santa Catarina
Sistema posicional
Dois mil anos após os matemáticos da Babilônia, os sábios
chineses criaram um engenhoso sistema de numeração
escrita que combinava o princípio de posição, barras verticais
e horizontais, seguindo um princípio ideográfico, para a
representação das nove unidades simples.
1)
2)
42
História da Matemática
Acompanhe os exemplos.
1)
2)
Unidade 1 43
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
Você poderá ver um exemplo de multiplicação
utilizando os bastonetes chineses lendo: IFRAH,
Georges. História Universal dos Algarismos. 2. ed.,
Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1997. Vol 1: A
inteligência dos homens contada pelos números e
pelo cálculo.
44
História da Matemática
Símbolos clássicos
Na longa história da civilização chinesa, houve mais de um
sistema numérico. Além do posicional, os chineses utilizavam
e utilizam até os nossos dias sinais numéricos com traçado
mais simples. Eles utilizam habitualmente um sistema decimal
compreendendo treze sinais fundamentais, respectivamente
associados às nove unidades e às quatro primeiras potências de
dez. A representação desses símbolos está mostrada na Tabela 1.6.
Nº REP. Nº REP.
Unidade 1 45
Universidade do Sul de Santa Catarina
5 x 100 + 7 x 10 + 3
Curiosidade
Milhares de ossos e cascas de tartaruga que foram
descobertos no sítio arqueológico de Xiao Dun, vila
situada na província de Henan, constituem os mais
antigos testemunhos atualmente conhecidos da
escrita e da numeração chinesa, que datam da época
de Yin nos séculos XIV-XI a.C.
46
História da Matemática
Cada uma das contas da parte inferior vale uma unidade, quando
deslocada para cima, enquanto que cada uma da parte superior
vale cinco unidades, quando deslocada para baixo. Note a
representação do número 234 na Figura 1.7.
12 33
Figura 1.8 - Representação da adição
Unidade 1 47
Universidade do Sul de Santa Catarina
48
História da Matemática
1)
2)
Unidade 1 49
Universidade do Sul de Santa Catarina
1)
2)
Você sabia?
O sistema de numeração Maia tinha o dia como
unidade de base e contava com um ano de
aproximadamente 360 dias, para a facilidade dos
cálculos. O tempo decorrido a partir da era Maia era
avaliado em “kins” ou dias, em “uinals” ou meses de
20 dias e em “tuns” ou anos de 360 dias; depois em
“katuns”, que são ciclos de 20 anos; em “baktuns”, ciclos
de 400 anos; em “ pictuns”, ciclos de 8.000 anos; e assim
por diante, em ciclos 20 vezes maiores a cada vez.
50
História da Matemática
1 kin 1 dia
1 uinal 20 kins 20 dias
1 tun 18 uinals 18 x 20d 360 dias
1 katun 20 tuns 20 x 18 x 20d 7.200 dias
1 baktun 20 katuns 20 x 20 x 18 x 20d 144.000 dias
1 pictun 20 baktuns 20 x 20 x 20 x 18 x 20d 2.880.000 dia
ou ou ou
Unidade 1 51
Universidade do Sul de Santa Catarina
1 I 70 ∆∆ 4000 xxxx
2 II 80 ∆∆∆ 5000
52
História da Matemática
HHH ∆∆∆IIII
O outro sistema de numeração usado pelos gregos é chamado
sistema jônico, em que usavam as letras de seu alfabeto para
representar os números. O sistema usava vinte e sete letras do
alfabeto, nove para os inteiros menores que 10; nove para os
múltiplos de 10 inferiores a 100 e nove para os múltiplos de 100
inferiores a 1000.
α Alfa 1
β Beta 2
γ Gama 3
δ Delta 4
ε Epsílon 5
ς Digama 6
ζ Dzeta 7
η Eta 8
(continua)
Unidade 1 53
Universidade do Sul de Santa Catarina
θ Teta 9
ι Iota 10
κ Capa 20
λ Lambda 30
μ Mi 40
ν Ni 50
ξ Csi 60
ο Ômicron 70
π Pi 80
Copa 90
ρ Rô 100
σ Sigma 200
τ Tau 300
υ Ípsilon 400
φ Fi 500
χ Qui 600
ψ Psi 700
ω Ômega 800
Sâ 900
1) 128
54
História da Matemática
2) 2764
1) Mα = 10.000
2) Mτβ = 120.000
3) Mκη = 280.000
Você sabia?
As notações gregas para os inteiros serviam bem aos
seus objetivos. Foi no uso de frações que o sistema
mostrou falhas, e como os egípcios, os gregos se
sentiram tentados a usar frações unitárias, o que
gerava muita confusão.
Unidade 1 55
Universidade do Sul de Santa Catarina
50
100
500
56
História da Matemática
1000
Símbolo I V X L C D M
Valor 1 5 10 50 100 500 1000
Veja.
III = 3
XX = 20
DCC = 700
Observe.
CX = 100 + 10 = 110
LIII = 50 + 3 = 53
DCV = 500 + 100 + 5 = 605
Note.
I L = 50 − 1 = 49
MIV = 1000 + (5-1) = 1000 + 4 = 1004
XD = 500-10 = 490
Unidade 1 57
Universidade do Sul de Santa Catarina
V = 5.000
X = 10.000
LII = 52.000
58
História da Matemática
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Nome eka dvi tri catur pañca sat sapta asta nava
Número 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Unidade 1 59
Universidade do Sul de Santa Catarina
60
História da Matemática
Você sabia?
Um dos primeiros locais onde aparece a notação
posicional é um tratado de cosmologia denominado
Lokavibhaga, publicado na data de 25 de agosto
de 458 do calendário juliano, por um movimento
religioso hindu para enaltecer as suas próprias
qualidades científicas e religiosas. Nesse texto, aparece
o número 14.236.713 escrito claramente:
triny ekam sapta sat trini dve catvary ekakam = três um
sete seis três dois quatro um
Unidade 1 61
Universidade do Sul de Santa Catarina
Número Sinônimos
Adi - o começo
Netra – os olhos
Hindu
300 a.C
Hindu
500 d. C
62
História da Matemática
2 3 0 0
Unidade 1 63
Universidade do Sul de Santa Catarina
O resultado é 75 600.
64
História da Matemática
Unidade 1 65
Universidade do Sul de Santa Catarina
66
História da Matemática
Unidade 1 67
Universidade do Sul de Santa Catarina
E, afinal, isso era normal, pois era preciso que a forma dos
algarismos hindus fosse adaptada ao estilo próprio da escrita
dos árabes do Oriente. Nessa evolução, o pequeno círculo que
representava o zero tornou-se tão pequeno nos manuscritos que
acabou sendo finalmente reduzido a um simples ponto.
68
História da Matemática
Unidade 1 69
Universidade do Sul de Santa Catarina
Curiosidade
A evolução da escrita do número 4 (representada
na Figura 1.12), devido à escrita cursiva, teria sido
modificada e fechada, facilitando a sua caligrafia e
futura tipografia, tornando-o diferente, por exemplo,
do símbolo da cruz.
70
História da Matemática
Símbolo do Significado
trigrama
Unidade 1 71
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
Geomancia é a arte ideal das correspondências.
72
História da Matemática
Curiosidade
Já no século XX, precisamente em 1937, Claude
Shannon produziu sua tese no Instituto Tecnológico
de Massachusetts (MIT), que implementava Álgebra
Booleana e aritmética binária, utilizando circuitos
elétricos pela primeira vez na história. Intitulado “A
Symbolic Analysis of Relay and Switching Circuits”, a
tese de Shannon praticamente fundou o projeto de
circuitos digitais.
Unidade 1 73
Universidade do Sul de Santa Catarina
74
História da Matemática
1 1 0 0 1 1 1 0
Multiplica por: 27 26 25 24 23 22 21 20
Equivale a: 128 64 32 16 8 4 2 1
Multiplicação: 1 x 128 1 x 64 0 x 32 0 x 16 1x8 1x4 1x2 0x1
Resulta em: 128 64 0 0 8 4 2 0
Somando tudo: 128 + 64 + 0 + 0 + 8 + 4 + 2 + 0
Resulta em: 206
Soma de binários
Para somar dois números binários 1100 e 111, o procedimento é
o seguinte:
Unidade 1 75
Universidade do Sul de Santa Catarina
Subtração de binários
Para subtrair dois números binários, o procedimento é o seguinte:
Multiplicação de binários
A multiplicação entre binários é similar à realizada normalmente.
A única diferença está no momento de somar os termos
resultantes da operação.
76
História da Matemática
Divisão de binários
Esta operação também é similar à realizada entre números
decimais.
Síntese
Bons estudos!
Unidade 1 77
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividades de autoavaliação
78
História da Matemática
2 1 1
2 = +
8) Decomponha utilizando o seguinte corolário: p p ( p + 1) ( p + 1) .
13
2 2
13) Nesta unidade, você estudou que o povo maia escrevia seus números
de maneira muito simples utilizando pontos e traços. Escreva,
utilizando o nosso sistema de numeração, os seguintes números maias:
a)
b)
Unidade 1 79
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
80
2
UNIDADE 2
Objetivos de aprendizagem
Identificar os diferentes campos numéricos a partir dos
fatos históricos.
Conhecer os principais matemáticos que contribuíram
no desenvolvimento da teoria dos conjuntos.
Estabelecer um comparativo entre a evolução
histórica da teoria dos conjuntos e como essa teoria é
apresentada na educação básica.
Seções de estudo
Seção 1 Rigor e precisão no estudo dos números
82
História da Matemática
Unidade 2 83
Universidade do Sul de Santa Catarina
84
História da Matemática
Unidade 2 85
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
Uma gravação em pedra encontrada em Karnak,
datando de cerca de 1500 a.C. e atualmente no Louvre,
em Paris, representa 276 como 2 centenas, 7 dezenas
e 6 unidades; e uma representação similar para o
número 4 622.
Unidade 2 87
Universidade do Sul de Santa Catarina
4. Se n ≠ m então n’ ≠ m’.
88
História da Matemática
Você sabia?
A primeira vez que explicitamente as regras que
regem a aritmética com os números negativos
apareceram, em uma obra, foi na do matemático
Brahmagupta, que data do ano 628 d.C. Brahmagupta
não só utilizou os negativos em seus cálculos como os
considerou entidades separadas e os dotou de uma
aritmética concordante com a dos inteiros.
Unidade 2 89
Universidade do Sul de Santa Catarina
Curiosidades
Dúvidas que aparecem hoje no contato com os
números inteiros já instigavam célebres matemáticos
como Euler, Laplace, Cauchy, Mac Laurin e Carnot, por
exemplo. Laplace (1749-1827) com respeito à Regra
de Sinais disse: “É difícil conceber que um produto
de (-a) por (-b) é o mesmo que a por b”. Mac Laurin
(1698-1746) disse a respeito do número negativo: “A
quantidade negativa, bem longe de ser rigorosamente
menos que nada, não é menos real em sua espécie
que a quantidade positiva”.
No final do século XVII, surgiu a obra de Viéte. Essa,
mais tarde ampliada, admitiu que as expressões
literais pudessem tomar valores negativos, no
entanto, a álgebra não teria conhecido um tal
avanço se essa generalização do número não
tivesse sido acompanhada por uma descoberta
igualmente fundamental, realizada em 1591 por Viéte
e aperfeiçoada em 1637 por Descartes: a notação
simbólica literal – uso de letras e sinais.
A legitimidade dos números negativos deu-se
definitivamente por Hermann Hankel (1839-1873), em
obra publicada em 1867 intitulada “Teoria do Sistema
dos números Complexos”. Hankel formulou o princípio
de permanência e das leis formais que estabelece um
critério geral de algumas aplicações do conceito de
número.
Finalmente, Dedekind (1831-1916), amigo de Cantor,
estabeleceu uma relação de equivalência entre pares
de números naturais e faz referência da subtração
como inversa da adição: a-b =c-d, logo a+d= b+d. Ele
demonstra que essa relação é de equivalência, e o
conjunto das classes de equivalência será o conjunto
dos números inteiros.
90
História da Matemática
2. conjunto dos inteiros não positivos: Z- = {…; -3; -2; -1; 0};
3. conjunto dos inteiros não nulos: Z* = {…, -3; -2; -1; 1; 2; 3; …};
Você sabia?
A representação dos números inteiros pela letra Z vem
de Zahl que, em alemão, significa número.
Unidade 2 91
Universidade do Sul de Santa Catarina
92
História da Matemática
Unidade 2 93
Universidade do Sul de Santa Catarina
⎧a ⎫
Q = ⎨ a ∈ Z e b ∈ Z* ⎬
⎩b ⎭
94
História da Matemática
Curiosidade
Existem duas lendas bem difundidas sobre os
números irracionais. A primeira conta que Hippasus
estava velejando com outros membros da seita
quando fez sua demonstração. Ao expor sua
descoberta aos colegas, esses foram tomados por
uma cólera imediata e atiraram o matemático ao mar.
A outra versão diz que Pitágoras expulsou Hippasus
assim que ficou sabendo que esse havia conseguido
a demonstração e ergueu um túmulo com seu nome,
pois para Pitágoras ele estava morto. Essas duas
lendas dão a dimensão do quanto os pitagóricos
tinham aversão aos números irracionais.
Unidade 2 95
Universidade do Sul de Santa Catarina
Curiosidade
É claro que antes de Dedekind já se trabalhava com
irracionais, manipulando-os segundo as leis formais
do cálculo com os racionais. Assim, embora 2
e 8 não tivessem significado preciso, eles eram
multiplicados entre si, produzindo um resultado claro
e inequívoco 2 . 8 = 4, o que faltava era uma
teoria que justificasse operações como essa.
96
História da Matemática
Você sabia?
Os números irracionais nunca apresentam um
padrão e não há regras que permitam saber qual
será o algarismo em uma certa casa decimal. Alguns
números particulares já eram conhecidos muito antes
dos pitagóricos, mas não se sabia exatamente que
eles eram irracionais; essa propriedade tem intrigado
matemáticos do mundo inteiro em todas as áreas da
disciplina e tem também contribuído imensamente
para o desenvolvimento da própria Matemática.
Unidade 2 97
Universidade do Sul de Santa Catarina
x3 = 15 x + 4
x = 3 2 + −121 + 3 2 − −121
Logo x = 2 + 1 −1 + 2 − 1 −1 , ou 4.
98
História da Matemática
Unidade 2 99
Universidade do Sul de Santa Catarina
100
História da Matemática
Síntese
Unidade 2 101
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividades de autoavaliação
1) Com base nos seus estudos sobre a teoria dos conjuntos, aponte três
características dessa teoria que podem ser consideradas fundamentais.
Saiba mais
102
3
UNIDADE 3
Conhecendo a história da
geometria nas diferentes
culturas
Objetivos de aprendizagem
Reconhecer a geometria como uma construção
humana nas diferentes civilizações.
Destacar os principais matemáticos que contribuíram
nos estudos da geometria.
Caracterizar a geometria como uma área de
conhecimento presente nos diferentes tempos
históricos.
Reconhecer a importância da geometria nos diferentes
setores da sociedade, tais como: construções, objetos,
representações gráficas, arte, entre outras.
Seções de estudo
Seção 1 Origens da geometria
Seção 2 A geometria no Egito e na Mesopotâmia
Seção 3 A geometria na Grécia
Seção 4 A geometria na China e Índia
Seção 5 A geometria árabe
Universidade do Sul de Santa Catarina
104
História da Matemática
Unidade 3 105
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
Consta no Livro dos Mortos, no antigo Egito, que
uma pessoa ao falecer deveria jurar aos deuses que
não enganou o vizinho, roubando-lhe terra. Era
um pecado punível com o seguinte castigo: ter o
coração comido por uma besta horrível chamada o
“devorador”. Roubar a terra do vizinho era considerado
uma ofensa tão grave como quebrar um juramento,
assassinar alguém ou masturbar-se em um templo.
106
História da Matemática
Unidade 3 107
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
Nos remotos tempos dos sumérios, existia uma
unidade de medida grande, uma espécie de milha
babilônica, igual a sete milhas atuais. Como a milha
babilônica era utilizada para medir grandes distâncias,
era natural que viesse a se transformar em uma
unidade de tempo, ou seja, o tempo necessário para
se percorrer uma milha babilônica – milha-tempo.
No primeiro milênio a.C., a milha-tempo foi adotada
para mensuração de espaços de tempo. Decidiu-se
que um dia era formado de 12 milhas-tempo, dividiu-
se um ciclo completo em doze partes iguais, e por
convenção, a milha babilônica foi dividida em 30
partes iguais. Dessa forma, chegamos a 12.30 = 360
partes iguais em um ciclo completo.
108
História da Matemática
Curiosidade
Um exemplo da fórmula do volume de um tronco de
pirâmide de bases quadradas encontra-se no Papiro
de Moscou. É o único exemplo, inquestionavelmente
correto, da matemática oriental antiga.
Tales de Mileto
A geometria demonstrativa teve sua origem, por volta de 600
a.C., com Tales de Mileto, profundo estudioso em Astronomia e
Filosofia. Iniciou sua vida como mercador e após enriquecer passou
a viajar e dedicar-se aos estudos. Figura 3.1 - Tales de Mileto
Fonte: Ortiz (2009).
Unidade 3 109
Universidade do Sul de Santa Catarina
Curiosidade
Pouco se sabe sobre Tales. Conta-se que em uma
ocasião demonstrou como era fácil ficar rico;
prevendo uma safra de olivas muito abundante,
obteve o monopólio de todas as prensas de azeite
da região; na ocasião adequada, alugou-as todas e
ganhou uma fortuna.
110
História da Matemática
Pitágoras
Por volta do ano 572 a.C., na ilha de Samos, uma das ilhas do
mar Egeu, próxima de Mileto, nasceu Pitágoras, um ilustre
geômetra grego, possivelmente seguidor de Tales.
Unidade 3 111
Universidade do Sul de Santa Catarina
112
História da Matemática
Demonstração:
Unidade 3 113
Universidade do Sul de Santa Catarina
Exemplo 1
Um número é perfeito quando a soma de seus divisores, com
exceção dele mesmo, é igual ao próprio número.
O número 6 é um número perfeito, pois os divisores de 6 são 1, 2,
3 e 6, logo, somando 1 + 2 + 3 = 6.
Exemplo 2
Um número é deficiente quando a soma de seus divisores, com
exceção dele mesmo, é menor que o próprio número.
O número 9 é um número deficiente, pois os divisores de 9 são 1,
3 e 9, logo, somando 1 + 3 = 4.
Exemplo 3
Um número é excessivo quando a soma de seus divisores, com
exceção dele mesmo, é maior que o próprio número.
O número 12 é um número excessivo, pois os divisores de 12 são
1, 2, 3, 4, 6 e 12, logo, somando 1 + 2 + 3 + 4 + 6 = 16.
114
História da Matemática
n.(n + 1)
Tn = 1 + 2 + 3 + ... + n =
2
A representação dos números quadrados é ilustrada na Figura 3.7:
Unidade 3 115
Universidade do Sul de Santa Catarina
Cada cateto foi dividido em três partes iguais. Para isso, usaram
quadradinhos, conforme verifica-se na Figura 3.9.
116
História da Matemática
Unidade 3 117
Universidade do Sul de Santa Catarina
O cubo, à terra.
O octaedro, ao ar.
O icosaedro, à água.
O dodecaedro, ao Universo.
118
História da Matemática
Você sabia?
Os poliedros regulares são conhecidos como poliedros
de Platão, pois pouco depois dos pitagóricos, Platão
e seus seguidores estudaram esses sólidos com
intensidade.
1. a duplicação do cubo;
2. a quadratura do círculo;
3. a trissecção do ângulo.
Unidade 3 119
Universidade do Sul de Santa Catarina
Zenão
Natural de Eleia, cidade grega no sul da Itália, filho de
Teleutágoras, conterrâneo e discípulo de Parmênides, Zenão
nasceu por volta de 496-488 a.C. e morreu por volta de 435-425
a.C., tendo se destacado pela metodologia a que recorreu em defesa
das ideias do seu mestre. Em lugar de tentar provar as teses que
esse professava, procurou deduzir as consequências contraditórias
das hipóteses dos adversários, recorrendo a uma técnica lógica
Figura 3.14 - Zenão de Eleia similar a qual viria a ser conhecida como “redução ao absurdo”.
Fonte: Pinela (2003-2010)
A obra pela qual ficou conhecido foi escrita na sua juventude e
publicada contra a sua vontade. É chamada Epicheiremata. Nessa
obra, defendeu o ser uno, contínuo e indivisível de Parmênides
contra o ser múltiplo, descontínuo e divisível dos pitagóricos.
Supõe-se que essa obra tenha sido escrita antes de 460 a.C., e é
possível que tenha escrito obras posteriormente.
Você sabia?
A palavra paradoxo vem do grego parádoxos, que
significa contrário à previsão ou à opinião comum, e
passou ao português por meio da palavra paradoxon
em latim, que significava coisa contrária à opinião.
Assim sendo, um paradoxo é uma afirmação que
aparenta ser contraditória ou oposta ao senso comum.
120
História da Matemática
a dicotomia;
o Aquiles;
a flecha;
o estádio.
Unidade 3 121
Universidade do Sul de Santa Catarina
122
História da Matemática
Euclides
Pouco se sabe sobre a vida de Euclides, filósofo e matemático
grego. Segundo consta, parece ter sido ele o fundador da famosa
escola de Matemática de Alexandria, onde foi professor.
Unidade 3 123
Universidade do Sul de Santa Catarina
124
História da Matemática
(a + b) 2 = a 2 + 2ab + b 2
(a + b).(a − b) = a 2 − b 2
4ab + (a − b) 2 = (a + b) 2
Unidade 3 125
Universidade do Sul de Santa Catarina
126
História da Matemática
a b c
proposição contínua = = , então a, b, c, d formam uma
b c d
progressão geométrica.
Você sabia?
O significado do termo “elementos”, segundo Proclo,
vem dos gregos antigos, que definiam os “elementos”
de um estudo dedutivo como os teoremas-mestre, ou
teoremas-chave, de uso geral e amplo no assunto.
Unidade 3 127
Universidade do Sul de Santa Catarina
Arquimedes
Arquimedes é considerado o mais brilhante cientista da
Antiguidade. Seus achados são utilizados ainda nos dias de hoje, seja
nas integrais, seja na descoberta de novos postulados e axiomas. Há
uma série de fatos curiosos da vida dele que nos mostram inúmeras
facetas da personalidade e da geniosidade desse sábio.
na geometria plana,
a medida de um círculo,
a quadratura da parábola e
128
História da Matemática
sobre as espirais;
na geometria espacial,
na Matemática aplicada,
na aritmética,
o arenário;
outros,
Stomachion e
A medida de um círculo
Unidade 3 129
Universidade do Sul de Santa Catarina
Vamos considerar:
C → comprimento da circunferência.
130
História da Matemática
⎝2⎠ ⎝2⎠
1 1
2 = +
4 4
2
2 =
4
2
=
4
2
=
2
1
= 2
2
2 p < C < 2P
2 p C 2P C
< < ou 2, 8 < < 4
1 2r 1 2r
Arquimedes foi duplicando o número de lados dos polígonos
inscritos e circunscritos até obter uma figura de 96 lados,
C 10 1
provou que a razão está entre 3 e 3 , ou seja,
2r 71 7
C
3,14085 < < 3,14286 .
2r
22
Na Antiguidade, usava-se a fração em substituição de pi. O
7
resultado 3,142857143... fornece uma precisão razoável. O valor
de pi, com dez casas decimais, é suficiente para a maioria das
aplicações práticas.
Unidade 3 131
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
Segundo Elon Lages Lima (2004), o inglês Willian
Shanks calculou pi com 707 algarismos decimais
exatos em 1873. Em 1947, descobriu-se que o cálculo
de Shanks errava no 527o algarismo e, portanto, nos
seguintes. Com auxílio de uma maquininha manual,
o valor de pi foi então calculado com 808 algarismos
decimais exatos. Depois vieram os computadores.
Com seu auxílio, em 1967, na França calculou-se
pi com 500.000 algarismos decimais exatos e, em
1984, nos Estados Unidos, com mais de dez milhões,
precisamente 10.013.395 de algarismos exatos.
132
História da Matemática
Unidade 3 133
Universidade do Sul de Santa Catarina
D1 M 2
=
D2 M 1
Conta-se que o rei Hierão desconfiou que sua coroa não tivesse
sido feita com ouro puro, e sim com mistura de prata. Para tirar
a dúvida, pediu ajuda ao seu amigo Arquimedes, que descobriu
como resolver o problema enquanto tomava banho e refletia
134
História da Matemática
Unidade 3 135
Universidade do Sul de Santa Catarina
136
História da Matemática
4 9 2
3 5 7
8 1 6
Curiosidades
A Matemática chinesa é tão diferente da Matemática
de outros povos da mesma época que seu
desenvolvimento ocorreu de forma independente.
Lui Hui, no terceiro século, determinou um valor para
Pi utilizando, primeiro, um polígono regular com 96
lados (3,14), e depois utilizando um polígono regular
com 3072 lados (3,14159).
Unidade 3 137
Universidade do Sul de Santa Catarina
138
História da Matemática
Por volta de 450 d.C. até perto do fim do século XV, a Índia
foi vítima de numerosas invasões estrangeiras. Primeiro vieram
Unidade 3 139
Universidade do Sul de Santa Catarina
140
História da Matemática
Unidade 3 141
Universidade do Sul de Santa Catarina
142
História da Matemática
Síntese
Unidade 3 143
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividades de autoavaliação
Saiba mais
144
4
UNIDADE 4
Objetivos de aprendizagem
Destacar os principais matemáticos que contribuíram
nos estudos da geometria nas Idades Média, Moderna
e Contemporânea.
Reconhecer a importância da geometria nos diferentes
setores da vida da sociedade, tais como construções,
objetos, representações gráficas, arte, entre outras.
Diferenciar a geometria euclidiana da não euclidiana.
Identificar objetos matemáticos a partir da geometria
dos fractais.
Seções de estudo
Seção 1 A geometria na Idade Média
Seção 2 A geometria na Idade Moderna
Seção 3 A geometria na Idade Contemporânea
Universidade do Sul de Santa Catarina
146
História da Matemática
Unidade 4 147
Universidade do Sul de Santa Catarina
148
História da Matemática
A geometria projetiva
Unidade 4 149
Universidade do Sul de Santa Catarina
150
História da Matemática
Unidade 4 151
Universidade do Sul de Santa Catarina
152
História da Matemática
A geometria analítica
Enquanto Desargues, Blaise Pascal e Poncelet inauguraram
um novo tempo para a geometria projetiva, Pierre de Fermat e
Descartes, representados na Figura 4.6, estavam concebendo
as ideias da moderna geometria analítica. Há uma diferença
fundamental entre essas duas matérias, sendo a geometria
projetiva um ramo da geometria e a geometria analítica
considerada um método da geometria.
Unidade 4 153
Universidade do Sul de Santa Catarina
154
História da Matemática
Curiosidades
Há certos problemas que envolvem só uma incógnita
e que podem ser chamados determinados, para
distingui-los dos problemas de lugares. Há outros que
envolvem duas incógnitas e que nunca podem ser
reduzidos a uma só, e esses são problemas de lugares.
Nos primeiros problemas, procuramos um ponto
único, nos segundos, uma curva. Mas se o problema
proposto envolve três incógnitas, deve-se achar, para
satisfazer a equação, não apenas um ponto ou curva,
mas toda uma superfície. Assim, aparecem superfícies
como lugares etc.
Unidade 4 155
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
A geometria analítica moderna apresenta outros
expoentes no seu desenvolvimento. Podemos citar
Julius Plucker (1801-1868), que publicou a obra
“Annales de Gergonne” em 1826; em seguida, tornou-
se o primeiro especialista em geometria analítica de
sua época. Outros como Gabriel Lamé, Gergonne e
Möbuis auxiliaram na abreviação das notações. Para
aprofundar seu estudo, leia as páginas 373 a 377 de
Boyer, 1996.
156
História da Matemática
Unidade 4 157
Universidade do Sul de Santa Catarina
Curiosidades
A geometria de Lobatchevski apresenta o seguinte
axioma:
* Sejam dados em um plano α uma reta l e um ponto P
que não está em l . Há, então, pelo menos duas retas que
passam por P e são paralelas a l.
158
História da Matemática
Unidade 4 159
Universidade do Sul de Santa Catarina
Curiosidades
O famoso teorema de Pitágoras agora possui três
formas:
1. Geometria euclidiana: c² = a² + b²
2. Geometria de Lobachevsky:
c −c a −a b −b
e = 2,718... .
160
História da Matemática
α + β + γ > 180°
Unidade 4 161
Universidade do Sul de Santa Catarina
162
História da Matemática
Unidade 4 163
Universidade do Sul de Santa Catarina
164
História da Matemática
Unidade 4 165
Universidade do Sul de Santa Catarina
166
História da Matemática
Waclaw Sierpinski
Waclaw Sierpinski nasceu em 14 de março de 1882 na Polônia.
Figura 4.16 - Waclaw
Filho de médico, revelou seu imenso talento na Matemática e Sierpinski
foi reconhecido rapidamente pelo seu primeiro professor da área. Fonte: Waclaw (2011).
Unidade 4 167
Universidade do Sul de Santa Catarina
Triângulo de Sierpinski
168
História da Matemática
Tapete de Sierpinski
Unidade 4 169
Universidade do Sul de Santa Catarina
Esponja de Sierpinski
Curva de Koch
De acordo com Barbosa (2002), pouco se conhece da vida de
Helge Van Koch, sabe-se apenas que ele foi um matemático
polonês. No período de 1904 e 1906, admitiu uma curva que
recebeu seu nome: “Suer une courbe continues sans tangente, obtenue
par une construction géomètrique élèmentaire”, “Une methode
géomètrique élèmentaire pour courbes planes”.
170
História da Matemática
Unidade 4 171
Universidade do Sul de Santa Catarina
Ilhas de Koch
O mais conhecido Floco de neve de Koch, ou estrela de Koch,
correponde à mesma curva, mas este modelo é construído
partindo-se de um triângulo equilátero e não de um segmento de
reta.
172
História da Matemática
Você sabia?
Os fractais podem ser aplicados em diversas áreas
da Medicina, como Epidemiologia, Oncologia e
Cardiologia.
Na Oncologia, de acordo com Lopes e Pantaleão
(2000), os fractais são utilizados na análise de tumores
cerebrais in vitro:
Unidade 4 173
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
Como você deve ter observado na sua leitura, nas Idades Média,
Moderna e Contemporânea a geometria inaugura um novo
tempo.
Atividades de autoavaliação
1) Durante muitos séculos, o ser humano teve uma única visão de espaço:
a euclidiana. Buscando demonstrar o quinto postulado de Euclides, no
século XIX são inventadas outras geometrias. Cite essas geometrias,
seus criadores e suas principais características.
174
História da Matemática
Saiba mais
Unidade 4 175
5
UNIDADE 5
Objetivos de aprendizagem
Identificar os elementos precursores do
desenvolvimento da trigonometria.
Destacar os principais matemáticos que contribuíram
nos estudos da trigonometria.
Caracterizar a trigonometria como uma área de
conhecimento presente nos diferentes tempos
históricos.
Reconhecer a primeira razão trigonométrica elaborada.
Seções de estudo
Seção 1 Origem da trigonometria
Seção 2 Principais matemáticos que contribuíram
para o desenvolvimento da trigonometria
Seção 3 A primeira razão trigonométrica: seno
Universidade do Sul de Santa Catarina
178
História da Matemática
Você sabia?
A palavra trigonometria vem do grego Tri = três,
gono = ângulo e metrien = medida, que significa medida
dos ângulos de um triângulo. A trigonometria determina
um ramo da Matemática que estuda a relação entre as
medidas dos lados e dos ângulos de um triângulo.
Unidade 5 179
Universidade do Sul de Santa Catarina
Eratóstenes
Natural de Cirene, colônia grega a oeste do Egito, Eratóstenes
(276-196) viveu parte da juventude em Atenas, onde estudou na
escola de Platão e foi singularmente talentoso em todos os ramos
do conhecimento de seu tempo. Destacou-se como matemático,
astrônomo, geógrafo, historiador, filósofo, poeta e atleta.
Quando tinha cerca de quarenta anos de idade, foi convidado por
Ptolomeu III do Egito a mudar-se para Alexandria e ser tutor de
Figura 5.1 - Eratóstenes seu filho e bibliotecário chefe da universidade local.
Fonte: Eratóstenes (2006).
Esse matemático não conseguiu ser pioneiro em nenhuma das
atividades que desenvolveu, por isso era conhecido como β (beta), a
segunda letra do alfabeto grego, deixando claro que o reconheciam
como o segundo em tudo. Porém, foi Eratóstenes que fez a primeira
demonstração do tamanho do círculo máximo da terra, por meio da
análise das sombras projetadas por colunas verticais localizadas nas
cidades de Alexandria e Siena, na época chamada Assuan.
180
História da Matemática
Unidade 5 181
Universidade do Sul de Santa Catarina
^
Eratóstenes mediu e concluiu que o ângulo a formado era de
1
7,2º, que corresponde aproximadamente avos dos 360º de
50
circunferência da Terra.
^ ^
Como a = b , a distância entre Assuan e Alexandria também era
de 1 da circunferência da Terra.
50
360∫ → x
1
.360∫ → 5000 stadium
50
1.800.000
x=
7, 2
x = 250.000 stadium
1Km = 6, 3 stadium
Logo:
1Km → 6, 3 stadium
x → 250.000 stadium
250.000
x=
6, 3
x = 39.682, 53 Km
182
História da Matemática
Saiba mais
Outra contribuição de Eratóstenes, não relacionada
com a trigonometria, mas bem conhecida dos
matemáticos é o “Crivo de Eratóstenes”, um método
sistemático para isolar números primos entre um
determinado conjunto de valores.
Para exemplificar, vamos determinar os números
primos entre 1 e 30.
Inicialmente, identifica-se a raiz quadrada do maior
número da relação, que no caso é 30: 30 = 5, 48 .
Tomemos apenas a parte inteira do número, que é 5.
Eliminaremos o número 1 e os demais números não
primos.
O 2 será o primeiro número da sequência, é primo,
pois embora seja par, nenhum outro número o
divide a não ser a unidade.
Em seguida, identificam-se os múltiplos de 2 e
retiram-se da lista. Na sequência, identifica-se o
próximo número primo e eliminam-se novamente
seus múltiplos e assim sucessivamente, até
chegarmos ao número cinco, que é o nosso para a
eliminação de múltiplos.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Unidade 5 183
Universidade do Sul de Santa Catarina
Hiparco de Nicéia
Hiparco foi astrônomo, construtor, cartógrafo e matemático.
Viveu na Grécia entre os anos de 180 e 125 a.C., foi fortemente
influenciado pela matemática da Babilônia. Assim sendo, ele
também acreditava que a melhor base para realizar contagens era
a base 60, e foi por isto que ao dividir a circunferência, utilizou
um múltiplo de 60.
Figura 5.5 - Hiparco de Nicéia A circunferência foi dividida em 360 partes iguais e cada uma
Fonte: Oliveira Filho e Saraiva
(2010). dessas partes recebeu o nome de arco de 1 grau. Cada arco de um
grau foi dividido em 60 partes iguais e cada uma dessas partes
recebeu o nome de arco de 1 minuto. Cada arco de 1 minuto
também foi dividido em 60 arcos de 1 segundo.
Equinócios da primavera e do
outono são os dois únicos dias do Figura 5.6 - Arco de 1 grau
ano em que o dia e a noite têm a Fonte: Guelli (2003).
mesma duração.A precessão dos
equinócios foi uma descoberta de
Hiparco. Ela corresponde à posição
O ângulo de 1 grau é um ângulo que determina um arco de um
ocupada pelo sol em relação às grau em qualquer circunferência com centro no vértice desse
estrelas fixas na entrada do outono ângulo.
e da primavera; esta posição é
denominada ponto equinocial. Tudo o que se sabe sobre as realizações científicas de Hiparco
provém de fontes indiretas. As consideradas mais importantes
foram no campo da trigonometria, em que o comentador Têon
de Alexandria atribui a Hiparco um tratado em doze livros que
se ocupa da construção de uma tábua de cordas.
184
História da Matemática
Você sabia?
Em uma circunferência, a distância entre dois pontos
quaisquer A e B é chamada de corda.
Hiparco construiu uma tabela com os valores
das cordas de uma série de ângulos de 0º a
180º, considerada precursora das atuais tabelas
trigonométricas, representando um grande avanço
para Astronomia, e valeu a Hiparco o título de pai da
trigonometria.
Ptolomeu
Entre 85 d.C. e 165 d.C., Alexandria produziu o grande
geômetra, filósofo e astrônomo Claudio Ptolomeu. O nome desse
astrônomo alexandrino – Claidious Ptilomeus – tem origem
grega, pouco se sabe sobre sua vida.
Unidade 5 185
Universidade do Sul de Santa Catarina
( crd 90 ) 0 2
= r2 + r2
( crd 90 ) 0 2
= 2r 2
crd 900 = 2r 2
crd 900 = r 2
crd900 = 60 2
186
História da Matemática
( crd120 ) + ( crd 60 ) = ( r + r )
0 2 0 2 2
( crd120 ) 0 2
+ r 2 = ( 2r )
2
( crd120 ) 0 2
= 4r 2 − r 2
( crd120 ) 0 2
= 3r 2
crd1200 = 3r 2
crd1200 = r 3
crd1200 = 60 3
Unidade 5 187
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
Para você inteirar-se melhor a respeito do Almagesto
de Ptolomeu, sugerimos que faça a leitura das páginas
28, 29 e 30 do livro Tópicos de História da Matemática
para uso em sala de aula: Trigonometria, cujo autor é
Edward S. Kennedy. Editora Atual.
188
História da Matemática
Unidade 5 189
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
Com a leitura desta unidade, você teve a oportunidade
de conhecer alguns aspectos importantes relacionados ao
desenvolvimento da trigonometria. Você estudou que ela
desenvolveu-se a partir de necessidades no desenvolvimento
de atividades relacionadas com a Astronomia, agrimensura e
navegação.
190
História da Matemática
Atividades de autoavaliação
1) A trigonometria constituiu-se em um campo conceitual da Matemática
a partir dos estudos dos ângulos e triângulos. Quais os conceitos que
marcam o início da trigonometria? Explique.
2) Eratóstenes, Hiparco e Ptolomeu foram os principais matemáticos que
contribuíram para o desenvolvimento da trigonometria. Destaque as
principais contibuições desses matemáticos para este campo conceitual
da Matemática.
3) A trigonometria constituiu-se, principalmente, a partir de duas grandes
obras: Almagesto de Ptolomeu e o Siddhanta dos hindus. Diferencie o
desenvolvimento da trigonometria apresentado nessas duas obras.
4) A primeira razão trigonométrica sistematizada foi o seno. Descreva a
construção histórica dessa razão.
Saiba mais
Unidade 5 191
6
UNIDADE 6
Objetivos de aprendizagem
Reconhecer a presença da álgebra nas diferentes
civilizações.
Destacar os principais matemáticos que contribuíram
nos estudos da álgebra.
Caracterizar a álgebra como a área de conhecimento
da Matemática responsável pela formalização dessa
disciplina.
Reconhecer a álgebra como a linguagem formal da
Matemática.
Identificar as equações como a linguagem da álgebra
nos diferentes tempos.
Caracterizar as diferentes álgebras desenvolvidas em
cada civilização.
Seções de estudo
Seção 1 Egito: as equações da Antiguidade
Seção 2 Álgebra babilônica: o estilo retórico
Seção 3 Grécia: a álgebra geométrica
Seção 4 Índia e Arábia: a álgebra dos versos
Seção 5 A álgebra moderna e contemporânea
Universidade do Sul de Santa Catarina
Bons estudos!
194
História da Matemática
1
x+ x = 19
7
1
x+ x=
7
1
= 7 + .7 =
7
= 7 +1 =
=8
Unidade 6 195
Universidade do Sul de Santa Catarina
7 aha
=
8 19
aha.8 = 7.19
aha.8 = 133
133
aha =
8
aha − 16, 625
x x x x
x− − − − =6
6 5 3 10
196
História da Matemática
60 60 60 60
60 − − − − =
6 5 3 10
= 60 − 10 − 12 − 20 − 6 =
= 12
60 aha
=
12 6
12aha = 360
360
aha =
12
aha = 30
Curiosidade
Os egípcios representavam a adição e a subtração
por diversos sinais. Segundo Eves (2004), na Álgebra
egípcia existiam símbolos para mais e menos,
esses registrados no papiro de Ahmes. Em geral,
nos hieróglifos apareciam duas pequenas pernas
de avestruz entre os sinais numéricos. Quando os
pés estavam voltados para a direção da escrita,
representavam mais; quando voltados na direção
oposta, representavam menos.
Unidade 6 197
Universidade do Sul de Santa Catarina
2
⎛b⎞ b
x = ⎜ ⎟ +c +
⎝2⎠ 2
x2 – bx = c
2
⎛b⎞
Somar ⎜ ⎟ em ambos os lados da igualdade, fica, assim, escrita a
⎝2⎠
equação:
2 2
⎛b⎞ ⎛b⎞
x 2 − bx + ⎜ ⎟ = c + ⎜ ⎟
⎝2⎠ ⎝2⎠
198
História da Matemática
Reescrevendo, tem-se:
2 2
⎛ b⎞ ⎛b⎞
⎜x− ⎟ = c+⎜ ⎟
⎝ 2⎠ ⎝2⎠
2
⎛ b⎞ ⎛b⎞
⎜x− ⎟ = c+⎜ ⎟
⎝ 2⎠ ⎝2⎠
Isolando x:
2
⎛b⎞ b
x = ⎜ ⎟ +c +
⎝2⎠ 2
b b
2
⎛1⎞
Como a metade de um é meio, x = ⎜ ⎟ + c + = (0, 5) 2 + c +
⎝2⎠ 2 2
b
multiplique meio por meio, x = (0, 5).(0, 5) + c +
2
b
o que dá vinte e cinco centésimos. x = 0, 25 + c +
2
b
Some isto a doze x = 0, 25 + 12 +
2
continua...
Unidade 6 199
Universidade do Sul de Santa Catarina
x2 + px = q
x2 = px + q
x2 + q = px
Saiba mais
Aprofunde seus conhecimentos relacionados a essas
equações lendo Boyer (1974), p. 22 a 31.
200
História da Matemática
Unidade 6 201
Universidade do Sul de Santa Catarina
x x x x
x= + + +5+ + 4
6 12 7 2
202
História da Matemática
Você sabia?
Na Grécia Antiga, a palavra aritmética significava
teoria dos números, não computação.
Unidade 6 203
Universidade do Sul de Santa Catarina
Q , para x2;
C, para x3
QQ , para x4
QC, para x5
204
História da Matemática
2x 2 = 6x Q2 é igual a xx6
x4 = 5x 3 QQ1 é igual a C5
Unidade 6 205
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
Bhaskara conseguiu descobrir dois números
a = 1776319049 e b = 22615390 que satisfazem a
equação a2 = 1 +61b2.
Observe:
206
História da Matemática
⎡⎛ 5 x + 9 ⎞ ⎛ 5 x + 9 ⎞ ⎤
⎢⎜ 6 ⎟ . ⎜ 6 ⎟ ⎥ + 19 − 2
⎣⎝ ⎠⎝ ⎠⎦
=2
4
Curiosidade
Grande parte do conhecimento da álgebra hindu vem
do texto Lilavati, de Bhaskara. Conta-se sobre esse
trabalho uma história romântica. Segundo o relato,
os astros pressagiavam infortúnios medonhos para
Lilavati, a filha única de Bhaskara, se ela não se casasse
numa certa hora de um certo dia propício. Chegado
o dia, a ansiosa noiva debruçou-se sobre um relógio
de água para aguardar esse momento. Mas eis que
cai uma pérola de seu cabelo, sem que se notasse,
obstruindo o fluxo de água. E quando o acidente foi
percebido, o momento propício já tinha passado. Para
consolar a infeliz jovem, Bhaskara deu a seu livro o
nome da filha (EVES, Howard, 2004, p. 255).
Unidade 6 207
Universidade do Sul de Santa Catarina
Arábia
Foi por volta do ano 750 de nossa era que o Império Árabe se
dividiu em dois segmentos: os ocidentais, em Marrocos, e os
orientais, que se estabeleceram em Bagdá.
208
História da Matemática
6 x + 2 x + 3 x = 33
11x = 33
33
x=
11
x=3
Unidade 6 209
Universidade do Sul de Santa Catarina
5 x + 7 = 42
5 x = 42 − 7
5 x = 35
35
x=
5
x=7
4 x = 64 + 2 x
4 x − 2 x = 64 + 2 x − 2 x
2 x = 64
64
x=
2
x = 32
210
História da Matemática
5 + x 2 = 30
x 2 = 30 − 5
5.5 = 25
x=5
Unidade 6 211
Universidade do Sul de Santa Catarina
x2 + 10x = 39
10 10
. = 5.5 = 25
2 2
x2 + 10x + 25 = 39 + 25
( x + 5) 2 = 64
x + 5 = 64
x+5 =8
x=8–5
x=3
x2 + 8 = 3x
212
História da Matemática
x2 + 8 = 3x
1,5 . 1,5 = 2,25
x2 + 8 = 3x
(oito são as unidades que acompanham o quadrado).
Unidade 6 213
Universidade do Sul de Santa Catarina
A = x2 + 4 . (2,5) . (x)
A = x2 + 10x
214
História da Matemática
A = 39 + 4.(2, 5.2, 5)
A = 39 + 4.6, 25
A = 39 + 25
A − 64
x=8–5
x=3
Unidade 6 215
Universidade do Sul de Santa Catarina
216
História da Matemática
Newton mostrou que essas três leis podem ser deduzidas da lei da
gravitação universal, que tinha anteriormente, em uma prodigiosa
intuição unificadora, postulado como explicação tanto da queda
dos corpos sobre a Terra como do movimento dos astros.
Unidade 6 217
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia ?
No período da Renascença, que ocorreu no final do
século XVI, a França e a Espanha estavam em guerra.
Para que o inimigo não decobrisse seus planos,
cada um usava códigos em suas mensagens. Para
os espanhóis, isso não funcionava, pois sempre que
um mensageiro era preso, os franceses descobriam
imediatamente os planos militares do inimigo. Como
poderia acontecer isso se apenas algumas pessoas
de confiança conheciam a chave do código? “Os
franceses têm pacto com o demônio”, mas o demônio
era um advogado francês inteligente e arguto, capaz
de descobrir as chaves secretas das mensagens
espanholas, Francois Viète.
218
História da Matemática
François Viète
Matemático algebrista francês nascido em Fontenay-le-
Comte, que defendeu o uso das frações decimais em lugar
das sexagesimais, aperfeiçoou as notações algébricas, além de
contribuir para a teoria das equações.
Unidade 6 219
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
Viète usava de uma simbologia para substituir
palavras por símbolos matemáticos. Veja alguns
exemplos.
x2 = 4 x3 = 8 2x2 – 5x + 2 = 0
⇓ ⇓ ⇓
A área é O cubo é A2 área m A5
igual a 4 igual a 8 p é igual a 0
220
História da Matemática
Curiosidade
Robert Record (1510-1558), matemático inglês,
contribuiu com a Álgebra criando o símbolo de
igualdade a partir do seguinte enunciado: “Porei,
como muitas vezes uso no trabalho, um par de retas
gêmeas de mesmo comprimento, assim: , porque
duas coisas não podem ser tão iguais.”
Thomas Harriot
Nascido em Oxford, Inglaterra, em 1560, e falecido em 1621,
em Londres, foi renomado matemático e astrônomo e fundou
a escola inglesa de Álgebra. Tornou-se o principal cientista
no círculo de Raleigh e recebeu uma pensão do duque de
Northumberland. Em seu Artis Analyticae Praxis ad Aequationes
Algebraicas Resolvendas (1631), publicada apenas após sua morte,
Harriot melhorou a teoria das equações, percebendo uma Figura 6.9 - Thomas Harriot
importante relação entre coeficientes e raízes, demonstrando Fonte: Thomas (2008).
que as equações poderiam ter raízes negativas e imaginárias. No
Artis, ele detalhou a formação de equações de raízes conhecidas e
revelou que qualquer equação de enésimo grau e o produto de n
equações lineares são equivalentes.
x2 x3 x4
⇓ ⇓ ⇓
AA AAA AAAA
x 2 = 81
AA = 81
x3 = 27
x3 − 5 x + 4 = 0
AA − A5 + 4 = 0
Unidade 6 221
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
Thomas Harriot construía telescópios, sendo que o
primeiro foi feito na mesma época que o de Galileu,
e também estudava os cometas. Em seu estudo,
descobriu as manchas solares e os satélites de Júpiter,
independentemente de Galileu, porém, não publicou
suas descobertas. Com seus alunos, fez o estudo da
topografia lunar, mas sua descrição só foi publicada
em 1788, e seu mapa da lua ficou inédito até 1965.
Também descobriu a lei da refração (curvatura da
luz) antes do notável matemático holandês Willebrod
van Roijen Snell ou o eminente matemático e filósofo
francês René Descartes, mas deixou de publicar sua
descoberta.
René Descartes
René Descartes nasceu no ano de 1596 em La Haye, conhecida,
desde 1802, por “La Haye-Descartes”, na França, e faleceu em 11
de fevereiro de 1650, em Estocolmo, na Suécia.
222
História da Matemática
A área = AA = A 2
A cubo = AAA = A 3
Unidade 6 223
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
O Princípio da Homogeneidade aliado à existência de
grandezas fundamentais permite-nos desenvolver
uma forma poderosa de testar a correção de qualquer
equação física do ponto de vista dimensional. Esse
princípio exige que ambos os membros da equação
tenham as mesmas dimensões, no caso de haver
somas ou diferenças, todos os termos de cada
membro terão de ter também as mesmas dimensões.
Pierre de Fermat
Pierre de Fermat nasceu em 1601, na cidade de Beaumont-de-
Lomagne, na França, e morreu em 1665, em Castres, também
em França.
224
História da Matemática
Unidade 6 225
Universidade do Sul de Santa Catarina
b
Em notação moderna tem-se ≡a x n dx , basta observar que isso
f ( x + E ) − f ( x)
é lim , para valores negativos de n exceto n = – 1.
E →0 E
Fermat usava um processo semelhante, só que é tomado como
maior que um e se aproxima de um por cima, então, a área
encontrada que se acha sob a curva, varia desde x = a até o
b
infinito. Para achar ∫0 x − n dx , bastava, então, observar que isso é
b a
∫0 x n dx − ∫ x n dx .
0
226
História da Matemática
John Wallis
John Wallis nasceu em Asford, Kent, Inglaterra, no dia 22 de
novembro de 1616, e morreu em 28 de outubro de 1703 em
Oxford, Inglaterra. Considerado um grande matemático, seus
trabalhos relacionam-se, principalmente, com o cálculo, sendo o
mais influente predecessor de Newton.
Figura 6.13 - John Wallis
Estudou os trabalhos de Kepler, Bonaventura Cavalieri, Torricelli Fonte: Jesseph (1999
e Descartes. Participante ativo de reuniões científicas, colaborou apud WEISSTEIN,
1996-2007).
para a criação da Royal Society de Londres (1662), uma
organização dedicada ao progresso da ciência e protagonizou
muitos debates com eminentes contemporâneos, como o filósofo
político Thomas Hobbes.
Você sabia?
Durante as férias de Natal, quando tinha 15 anos de
idade, Wallis pegou o livro de Álgebra do irmão e
ficou ao mesmo tempo deliciado e intrigado com os
símbolos estranhos que encontrou. Em pouco tempo
conseguiu dominar o livro; essa experiência marcou
o início de uma carreira extremamente produtiva em
Matemática.
Unidade 6 227
Universidade do Sul de Santa Catarina
228
História da Matemática
Isaac Newton
Isaac Newton nasceu no dia 25 de dezembro de 1642 e faleceu
em 1727. Ingressou no Trinity College em 1661, provavelmente
sem pensar em vir a ser um matemático, pois não estudou
particularmente o assunto. No primeiro ano, entrou em contato
com as obras de Euclides, Kepler, Viète, Wallis, também veio a
conhecer as obras de Galileu, Fermat, Huygens e outros. Mais
tarde, Newton declarou: “se enxerguei mais longe que Descartes
Figura 6.16 - Isaac Newton
é porque me sustentei sobre os ombros de gigantes”. Fonte: Isaac (2009).
Unidade 6 229
Universidade do Sul de Santa Catarina
1) o Teorema Binomial;
2) o Cálculo;
3) a Lei da Gravitação;
230
História da Matemática
Notou ainda que a área sob a curva podia ser tomada como a
soma das ordenadas de uma infinidade de retângulos estreitos,
conforme Figura 6.18.
Unidade 6 231
Universidade do Sul de Santa Catarina
l p
Leibniz procedeu da seguinte forma = , resultando na equação
a y
pa = yl, usando o sinal ≡, a equação torna-se ∫ pa = ∫ yl , em
y2
que a soma ≡ yl é de 0 a y e assim fornece a área, , de um
2
triângulo isósceles reto, mostrado na Figura 6.19. Dessa forma,
y2 y y2
Leibniz obteve a relação ∫ pa = ∫ yl = ou ∫ pdx = ∫ ydy =
2 0 2
, conforme a integração hoje.
n
y n = ∑ Cn , k u n − k v k .
k =0
Leonhard Euler
Considerado o mais importante matemático da época, nascido
em Basiléia, na Suíça, em 1707, morreu em 1783. O pai de
Euler era ministro religioso e também tinha conhecimentos
matemáticos, tendo sido aluno de Jacques Bernoulli. Foi ele quem
Figura 6.20 - Leonhard Euler ajudou Euler nos princípios da Matemática, embora esperançoso
Fonte: Leonhard (2006). de que seu filho seguisse a carreira teológica.
232
História da Matemática
Você sabia?
Catarina I foi fundadora da academia S. Petersburgo,
com sua morte, essa quase foi extinta, pois os novos
governantes mostraram menos interesse pelos sábios
estrangeiros que Catarina e seu falecido marido Pedro
demonstravam.
Unidade 6 233
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia?
Euler, cedo, conquistou reputação internacional, antes
de mudar para a Rússia, ainda na Basileia, recebeu
menção honrosa da Académie de Paris, por um ensaio
sobre mastros de navio. Em 1724, partilhou com
Maclaurin e Daniel Bernoulli um prêmio por ter escrito
sobre as marés. Em 1741, foi convidado para fazer
parte da academia de Berlim, onde passou 25 anos
de sua vida. No entanto, nunca deixou de escrever
para a academia de S. Petersburgo, de onde recebeu
uma pensão da Rússia. Também contribuiu para a
academia da Prússia.
Curiosidade
Os três símbolos e, π, i pelos quais Euler em grande
parte foi responsável, podem ser combinados com
os dois inteiros mais importantes, 0 e 1, na célebre
igualdade eπ.i + 1 = 0.
Saiba mais
Para saber mais sobre a vida e obras de Euler, sugere-
se a leitura da obra de Boyer (1996), p. 307, 308 e 310.
Curiosidade
No período escolar, o professor de Gauss, em sala
de aula, solicitou à classe que somasse os numerais
Figura 6.21 - Carl Friedrich
de 1 até 100, seguindo a instrução de que cada um Gauss
deveria colocar sua ardósia sobre a mesa, quando Fonte: Carl... (2005).
completassem a tarefa. Quase que imediatamente,
Gauss, aos 10 anos de idade, colocou a sua resposta e
disse: “aí está professor!” Ao conferir a resposta dada,
o professor percebeu que Gauss foi o único que fizera
os cálculos corretamente, tendo como resposta 5050.
Gauss somou mentalmente a soma dos termos de
uma progressão aritmética, presumivelmente pela
m(m +1)
fórmula .
2
Unidade 6 235
Universidade do Sul de Santa Catarina
Você sabia ?
Outros matemáticos anteriores a Gauss já haviam
estudado as equações e suas raízes. Os hindus
perceberam que as equações quadráticas tinham duas
raízes; Cardano, e outros algebristas italianos embora,
ainda sem conhecer claramente as raízes negativas e
imaginárias, exibiu três raízes para as cúbicas e quatro
para as quárticas. Viète considerou a possibilidade da
equação polinomial f(x) = 0 em fatores lineares, mas
tinha aversão aos números negativos e imaginários.
Peter Roth foi o primeiro a escrever que uma equação
polinomial de grau n tem n raízes. Albert Girard
afirmou que uma equação algébrica tem tantas raízes
quanto é o grau de sua potência. D’Alembert fez a
primeira tentativa de demonstração do Teorema
Fundamental da Álgebra, seguidos de Euler e Joseph
Louis Lagrange.
236
História da Matemática
David Hilbert
David Hilbert nasceu em 23 de janeiro de 1862 em Wehlau, hoje
Znamensk, perto de Konigsberg na Prússia Oriental, e faleceu
em 14 de fevereiro de 1943, em Gottingen.
Saiba mais
Para conhecer mais sobre Dirichlet, leia Howard Eves
(2004), páginas 537 a 539.
Unidade 6 237
Universidade do Sul de Santa Catarina
238
História da Matemática
Você sabia?
Nicolas Bourbaki é o pseudônimo coletivo sob o
qual um grupo de matemáticos, na sua maioria
franceses, escreveu uma série de livros que
expunham a Matemática avançada moderna. Esses
livros começaram a ser editados em 1935. Com o
objetivo de fundamentar toda a Matemática na
teoria dos conjuntos, o grupo lutou por mais rigor
e simplicidade, criando uma nova terminologia e
conceitos ao longo dos tempos. Entre as notações
criadas pelos Bourbaki, incluem-se: o símbolo para o
conjunto vazio Ø e termos como injetiva, sobrejetiva e
bijetiva.
Síntese
Unidade 6 239
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividades de autoavaliação
1. O processo de resolução de algumas equações propostas no papiro de
Ahmes exigia uma equação linear simples e o método utilizado para
resolvê-la ficou conhecido como regra de falsa posição. Elabore um
problema e mostre o processo resolutivo pela regra da falsa posição.
240
História da Matemática
MATEMÁTICOS CONTRIBUIÇÕES
François Viète
Thomas Harriot
René Descartes
Pierre de Fermat
John Wallis
Isaac Newton
Leibniz
Leonhard Euler
Gauss
David Hilbert
Saiba mais
Unidade 6 241
7
UNIDADE 7
A estatística: aspectos
históricos importantes
Objetivos de aprendizagem
Reconhecer que a estatística na história representou a
forma de lidar com dados que podem ser mensuráveis.
Destacar os principais matemáticos que contribuíram
nos estudos da estatística.
Seções de estudo
Seção 1 Origem da estatística
Universidade do Sul de Santa Catarina
Boa leitura!
244
História da Matemática
Unidade 7 245
Universidade do Sul de Santa Catarina
Curiosidade
A necessidade de medir a margem de incerteza nos
cálculos que envolvem sequências de eventos levou
à teoria das probabilidades. A ideia de controlar o
acaso e prever as chances de acertar ou errar surge
nas mesas de jogos de azar. Um inveterado jogador
de dados francês, o cavalheiro nobre Chevalier de
Méré, propõe para Blaise Pascal, um dos grandes
matemáticos e filósofos do século XVII, o seguinte
problema: como dividir os lucros de um jogo de
dados que precisa ser interrompido. Pascal resolve o
problema junto com Pierre de Fermat, outro gênio
de seu tempo, e abre um novo ramo da Matemática:
teoria das probabilidades e análise combinatória,
que são a base de toda a estatística e das modernas
técnicas de pesquisa.
246
História da Matemática
Você sabia?
O matemático francês Legendre (1752-1833) foi uma
figura importante em geodésia, e em conexão com
isso desenvolveu o método estatístico dos mínimos
quadrados. Um caso simples do método dos mínimos
quadrados pode ser descrito como na sequência, se as
observações de um fenômeno levaram a três ou mais
equações, em duaxs variáveis, conforme segue:
Unidade 7 247
Universidade do Sul de Santa Catarina
248
História da Matemática
∫
0 2
em sua obra aparece a lei dos erros ou curva de distribuição por
ele traduzida.
Unidade 7 249
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
250
História da Matemática
Atividades de autoavaliação
Unidade 7 251
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
A estatística compõe um dos campos de estudo da matemática
na educação básica. Para saber mais sobre esse importante campo
da Matemática, acesse PCN+ on–line, no site do Ministério da
Educação.
252
8
UNIDADE 8
Objetivos de aprendizagem
Com o estudo desta unidade, o aluno estará apto a
elaborar uma sequência didática envolvendo a história
da Matemática, para uma turma da educação básica.
Seções de estudo
Seção 1 Sequência didática
Universidade do Sul de Santa Catarina
1 Identificação
Secretaria do Estado de Educação
Gerência de Educação
Escola de Educação Básica: ...
Município: ...
Disciplina: Matemática
Professoras: Eliane Darela, Marleide Coan Cardoso e Rosana
Camilo da Rosa
254
História da Matemática
3 Justificativa
Os fractais correspondem à mais recente geometria, surgindo
nos anos 1970. O seu estudo é de suma importância, devendo
ser inserido nos planos de ensino da disciplina de Matemática.
Uma vez que a geometria euclidiana não pode explicar formas
irregulares que encontramos à nossa volta, como as nuvens,
árvores, costas litorâneas, entre outras.
4 Objetivos
Relacionar algumas figuras com formas geométricas
conhecidas.
Unidade 8 255
Universidade do Sul de Santa Catarina
5 Conteúdos envolvidos
Sequências numéricas
Função exponencial
6 Estratégias
6.1 Recursos
Caderno de atividades;
Computador.
6.2 Técnicas
256
História da Matemática
7 Procedimentos
7.1 Problematização
7.2 Historicização
7.3 Operacionalização
8 Avaliação
A avaliação deve ser contínua e processual.
Unidade 8 257
Universidade do Sul de Santa Catarina
domínio do conteúdo.
9 Referências
BARBOSA, Ruy Madsen. Descobrindo a geometria fractal:
para sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
258
História da Matemática
Unidade 8 259
Universidade do Sul de Santa Catarina
Um pouquinho de História
Durante séculos, os objetos e os conceitos da Filosofia e da
geometria euclidiana foram considerados como os que melhor
descreviam o mundo em que vivemos. As novas geometrias,
não euclidianas e fractais, inauguram o novo momento para a
Matemática, considerando a geometria euclidiana a sua base
conceitual.
260
História da Matemática
Atividade 1
Relacionar as figuras apresentadas, aproximando-as com as
formas geométricas euclidianas conhecidas.
Unidade 8 261
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividade 2
Representação gráfica
Domínio:_____________________
Imagem:______________________
Crescente ( ) Decrescente ( )
262
História da Matemática
Atividade 3
Construção do cartão fractal “Degraus Centrais”.
Unidade 8 263
Universidade do Sul de Santa Catarina
264
História da Matemática
Unidade 8 265
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
Atividades de autoavaliação
266
História da Matemática
Sugestões de jogos:
Dominó
Jogo da memória
Trilha
Passa ou repassa
Bingo
Entre outros.
objetivos;
recursos necessários;
Saiba mais
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), o
jogo quando aplicado de forma planejada, no contexto da aula,
pode representar um importante recurso pedagógico, tornando-
se uma forma interessante de propor problemas ao aluno, pelo
favorecimento da criatividade na elaboração de estratégias,
na construção de uma atitude positiva perante os erros, na
socialização, bem como no enfrentamento de desafios.
Unidade 8 267
Universidade do Sul de Santa Catarina
268
Para concluir o estudo
Prezados alunos!
As autoras.
270
Referências
272
História da Matemática
273
Universidade do Sul de Santa Catarina
LIMA, Elon Lages. O que é um número π?. In: BRASIL. Explorando o ensino
da matemática: artigos. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Básica, 2004. v.1 . p. 126-129.
LOPES, Cássio; PANTALEÃO, Carlos Henrique Z. Algumas técnicas de
análise de imagens utilizando fractais. Visão computacional - Prof.
Aldo von Wangenheim, 2000. Disponível em: <http://www.inf.ufsc.
br/~visao/2000/fractais/index.html>. Acesso em: 1 jun. 2011. il.
MANDELBROT, Benoit. A Radical Mind. 24 apr. 2005. Entrevista concedida
a Bill Jersey. Disponível em: <http://www.pbs.org/wgbh/nova/physics/
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MATHEMATICAL THOUGHT. Pythagoras2. 2 abr. 2010. Disponível em:
<http://math2033.uark.edu/wiki/index.php/File:Pythagoras2.jpg>. Acesso
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MENDES, Iran Abreu. Números: o simbólico e o racional na história. São
Paulo: Livraria da Física, 2006.
MORI, Iracema; ONAGA, Dulce Satiko. Matemática: ideias e desafios, 5ª
série. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 1999. il.
NIKOLAÏ Ivanovitch Lobatchevski. Wikipedia, 29 jun. 2010. Disponível em:
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Acesso em: 25 maio 2011. il.
OLIVEIRA FILHO, Kepler de Souza; SARAIVA, Maria de Fátima Oliveira.
Astronomia antiga. Departamento de Astronomia do Instituto de Física
da UFRGS, 28 abr. 2010. Disponível em: <http://astro.if.ufrgs.br/antiga/
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ORTIZ, Antonio Martin. Tales de Mileto: el gran filósofo presocrático.
12 nov. 2009. Disponível em: <http://antoniomartnortiz.blogspot.
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PASQUALOTTI, Adriano. O número concreto. 1998. Disponível em: <http://
usuarios.upf.br/~pasqualotti/hiperdoc/concreto.htm>. Acesso em: 15 nov.
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PENICHE, Jorge Rafael Martínez. La Tabla Periódica: los elementos y La
estructura atômica. 2006. Disponível: http://cea.quimicae.unam.mx/~Estru/
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PIERRE de Fermat. Wikipedia, 17 ago. 2007. Disponível em: <http://
pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_de_Fermat>. Acesso em: 25 maio 2011. il.
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en.wikipedia.org/wiki/Pierre-Simon_Laplace>. Acesso em: 1 jun. 2011. il.
PINELA, Antonio. Zenão de Eleia. Lisboa: Eusophia, 2003-2010. Disponível
em: <http://www.eurosophia.com/filosofia/filosofos/zenao.htm>. Acesso
em 25 maio 2011.
274
História da Matemática
275
Sobre as professoras conteudistas
278
Respostas e comentários das
atividades de autoavaliação
Unidade 1
3)
Sistema
Presença Operações
Civilização Posicional ou
do Zero definidas
Não
Adição,
subtração,
Egípcia Não Não posicional
multiplicação e
divisão
Multiplicação
e potenciação
Posicional –
Babilônica Sim encontradas
base 60
em tabuletas de
argila
Não apresenta. A
Posicional – numeração era
Maia Sim
base 20 relacionada ao
calendário.
5) a)
1 25
2 50
4 100
8 200
16 400
32 800
64 1600
b)
1 9
2 18
4 36
6) 382 3761
Egípcios
Maias
Chineses
280
História da Matemática
2 1 1
= +
13 13.(13 + 1) (13 + 1)
2 2
2 1 1
= +
13 91 7
281
Universidade do Sul de Santa Catarina
11)
a) 4320
b) 43206
c) 765084
13) a) 31 b) 93701
b) 43 δγ
c) 4376 δγζς
d) 46.000 Mμς
17)
282
História da Matemática
Unidade 2
2) Divida o número 10 em duas partes, de modo que seu produto seja 40.
3)
Matemáticos Contribuição
Propôs o seguinte problema:
Divida o número 10 em duas
Cardano
partes de modo que seu
produto seja 40.
Primeiro a propor a
visualização dos números
Caspar Wessel
complexos como pontos no
plano bidimensional.
283
Universidade do Sul de Santa Catarina
4)
Matemáticos Contribuição
Números reais podem ser
divididos em números racionais
e irracionais ou algébricos e
transcendentes.
Desenvolveu a teoria dos
George Cantor conjuntos denominada teoria
das coleções. Construiu a
aritmética transfinita. Provou que
o conjunto dos subconjuntos
tem potência maior que o
próprio conjunto.
Unidade 3
284
História da Matemática
3)
Geômetras Contribuições
Demonstrou que:
2) em um triângulo isósceles os
ângulos da base são iguais;
6) Teorema de Tales:
“Um feixe de paralelas determina
sobre duas transversais,
segmentos proporcionais”.
1) Demonstração do teorema
de Pitágoras utilizando figuras
planas na areia ou trabalhando
com cordas. A maioria dos
historiadores acredita que foi
uma demonstração do tipo
geométrico, isto é, baseada na
comparação de áreas.
3) Descobriram os números
figurados;
285
Universidade do Sul de Santa Catarina
5)
Civilizações Contribuições
A geometria originou-se
basicamente da mensuração,
Chinesa tornando-se essencialmente um
exercício de aritmética ou álgebra.
286
História da Matemática
Unidade 4
1)
Geometria Criador Características
Nasceu da conjunção da
ciência da perspectiva,
Girard Desargues e
Projetiva surgida por necessidades
Gergonne Poncelet
práticas com a teoria das
cônicas.
Negação do quinto
postulado de Euclides
associado a novos
espaços, como o esférico
Geometria não Gauss, Lobatchevski, e o hiperbólico.
euclidiana Riemann e Bolyai As noções básicas que são
afetadas pela escolha da
geometria são as medidas
das distâncias e dos
ângulos.
287
Universidade do Sul de Santa Catarina
Unidade 5
2)
Matemáticos Contribuições
288
História da Matemática
Para responder essa questão, você deve reler a Seção 3, que trata da
grande obra dos hindus “O Siddhanta”. Em Ptolomeu você encontrará
referências sobre o Almajesto.
289
Universidade do Sul de Santa Catarina
Unidade 6
1
x+ ⋅x =
2
1
2+ ⋅2 =
2
2 +1 =
3
2 aha
=
3 12
2 ⋅ 12 = 3 ⋅ aha
24 = 3 ⋅ aha
24
= aha
3
8 = aha
aha = 8
290
História da Matemática
3) r2. (9π - 1)
5)
MATEMÁTICOS CONTRIBUIÇÕES
Aperfeiçoou as notações
algébricas e contribui para a
teoria das equações. Adotou
vogais para representar as
incógnitas e consoantes para
os números conhecidos.
François Viète
Também utilizou gráficos para
resolver equações cúbicas e
biquadradas e a trigonometria,
para as equações de graus mais
elevados.
Melhorou a teoria das
equações, percebendo
uma importante relação
entre coeficientes e raízes,
Thomas Harriot demonstrando que as equações
poderiam ter raízes negativas
e imaginárias. Harriot também
introduziu os sinais > (maior
que), e < (menor que).
291
Universidade do Sul de Santa Catarina
292
História da Matemática
293
Universidade do Sul de Santa Catarina
Unidade 7
Unidade 8
294
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