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Universidade do Sul de Santa Catarina

Informática Aplicada à
Contabilidade
Disciplina na modalidade a distância

Palhoça
UnisulVirtual
2011

iac.indb 1 11/05/30 13:41


Créditos
Universidade do Sul de Santa Catarina – Campus UnisulVirtual – Educação Superior a Distância
Avenida dos Lagos, 41 – Cidade Universitária Pedra Branca | Palhoça – SC | 88137-900 | Fone/fax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 | E-mail: cursovirtual@unisul.br | Site: www.unisul.br/unisulvirtual

Reitor Unisul Assistente e Auxiliar de Luana Borges da Silva Gerência de Desenho Jeferson Pandolfo
Ailton Nazareno Soares Coordenação Luana Tarsila Hellmann e Desenvolvimento de Karine Augusta Zanoni
Maria de Fátima Martins (Assistente) Luíza Koing  Zumblick Materiais Didáticos Marcia Luz de Oliveira
Vice-Reitor Fabiana Lange Patricio Maria José Rossetti Márcia Loch (Gerente)
Tânia Regina Goularte Waltemann Marilene de Fátima Capeleto Assuntos Jurídicos
Sebastião Salésio Heerdt Ana Denise Goularte de Souza Bruno Lucion Roso
Patricia A. Pereira de Carvalho Desenho Educacional
Chefe de Gabinete da Paulo Lisboa Cordeiro Cristina Klipp de Oliveira (Coord. Grad./DAD) Marketing Estratégico
Coordenadores Graduação Silvana Souza da Cruz (Coord. Pós/Ext.)
Reitoria Adriano Sérgio da Cunha Paulo Mauricio Silveira Bubalo Rafael Bavaresco Bongiolo
Rosângela Mara Siegel Aline Cassol Daga
Willian Máximo Aloísio José Rodrigues Ana Cláudia Taú Portal e Comunicação
Ana Luísa Mülbert Simone Torres de Oliveira
Vanessa Pereira Santos Metzker Carmelita Schulze Catia Melissa Silveira Rodrigues
Pró-Reitora Acadêmica Ana Paula R. Pacheco Carolina Hoeller da Silva Boeing Andreia Drewes
Arthur Beck Neto Vanilda Liordina Heerdt
Miriam de Fátima Bora Rosa Eloísa Machado Seemann Luiz Felipe Buchmann Figueiredo
Bernardino José da Silva Gestão Documental Flavia Lumi Matuzawa Marcelo Barcelos
Pró-Reitor de Administração Catia Melissa S. Rodrigues Lamuniê Souza (Coord.) Gislaine Martins Rafael Pessi
Fabian Martins de Castro Charles Cesconetto Clair Maria Cardoso Isabel Zoldan da Veiga Rambo
Diva Marília Flemming Daniel Lucas de Medeiros Jaqueline de Souza Tartari Gerência de Produção
Pró-Reitor de Ensino Fabiano Ceretta Eduardo Rodrigues João Marcos de Souza Alves Arthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)
José Carlos da Silva Junior Guilherme Henrique Koerich Francini Ferreira Dias
Mauri Luiz Heerdt Horácio Dutra Mello Josiane Leal
Leandro Romanó Bamberg
Letícia Laurindo de Bonfim Design Visual
Itamar Pedro Bevilaqua Marília Locks Fernandes
Campus Universitário de Jairo Afonso Henkes
Lygia Pereira Pedro Paulo Alves Teixeira (Coord.)
Tubarão Lis Airê Fogolari Adriana Ferreira dos Santos
Janaína Baeta Neves Gerência Administrativa e Luiz Henrique Milani Queriquelli
Diretora Jardel Mendes Vieira Financeira Alex Sandro Xavier
Milene Pacheco Kindermann Marina Melhado Gomes da Silva Alice Demaria Silva
Joel Irineu Lohn Renato André Luz (Gerente) Marina Cabeda Egger Moellwald
Jorge Alexandre N. Cardoso Ana Luise Wehrle Anne Cristyne Pereira
Campus Universitário da Melina de La Barrera Ayres Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro
José Carlos N. Oliveira Anderson Zandré Prudêncio Michele Antunes Corrêa
Grande Florianópolis José Gabriel da Silva Daniel Contessa Lisboa Daiana Ferreira Cassanego
Nágila Hinckel Diogo Rafael da Silva
Diretor José Humberto D. Toledo Naiara Jeremias da Rocha Pâmella Rocha Flores da Silva
Hércules Nunes de Araújo Joseane Borges de Miranda Rafael Bourdot Back Edison Rodrigo Valim
Rafael Araújo Saldanha Frederico Trilha
Luciana Manfroi Thais Helena Bonetti Roberta de Fátima Martins
Campus Universitário Luiz G. Buchmann Figueiredo Valmir Venício Inácio Higor Ghisi Luciano
Roseli Aparecida Rocha Moterle Jordana Paula Schulka
UnisulVirtual Marciel Evangelista Catâneo Sabrina Bleicher
Maria Cristina S. Veit Gerência de Ensino, Pesquisa Marcelo Neri da Silva
Diretora Sabrina Paula Soares Scaranto Nelson Rosa
Maria da Graça Poyer e Extensão Viviane Bastos
Jucimara Roesler Mauro Faccioni Filho Oberdan Porto Leal Piantino
Moacir Heerdt (Gerente) Patrícia Fragnani de Morais
Moacir Fogaça Aracelli Araldi Acessibilidade
Nélio Herzmann Vanessa de Andrade Manoel (Coord.) Multimídia
Equipe UnisulVirtual Onei Tadeu Dutra Elaboração de Projeto e Letícia Regiane Da Silva Tobal
Reconhecimento de Curso Sérgio Giron (Coord.)
Patrícia Fontanella Mariella Gloria Rodrigues Dandara Lemos Reynaldo
Diretora Adjunta Rogério Santos da Costa Diane Dal Mago
Patrícia Alberton Vanderlei Brasil Avaliação da aprendizagem Cleber Magri
Rosa Beatriz M. Pinheiro Fernando Gustav Soares Lima
Tatiana Lee Marques Francielle Arruda Rampelotte Geovania Japiassu Martins (Coord.)
Secretaria Executiva e Cerimonial Gabriella Araújo Souza Esteves
Jackson Schuelter Wiggers (Coord.) Valnei Carlos Denardin Extensão Conferência (e-OLA)
Roberto Iunskovski Jaqueline Cardozo Polla Carla Fabiana Feltrin Raimundo (Coord.)
Marcelo Fraiberg Machado Maria Cristina Veit (Coord.) Thayanny Aparecida B.da Conceição
Tenille Catarina Rose Clér Beche Bruno Augusto Zunino
Rodrigo Nunes Lunardelli Pesquisa
Assessoria de Assuntos Sergio Sell Daniela E. M. Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC) Gerência de Logística Produção Industrial
Internacionais Mauro Faccioni Filho(Coord. Nuvem) Jeferson Cassiano A. da Costa (Gerente) Marcelo Bittencourt (Coord.)
Murilo Matos Mendonça Coordenadores Pós-Graduação
Aloisio Rodrigues Pós-Graduação Logísitca de Materiais Gerência Serviço de Atenção
Assessoria de Relação com Poder Bernardino José da Silva Anelise Leal Vieira Cubas (Coord.) Carlos Eduardo D. da Silva (Coord.)
Público e Forças Armadas Abraao do Nascimento Germano Integral ao Acadêmico
Carmen Maria Cipriani Pandini Maria Isabel Aragon (Gerente)
Adenir Siqueira Viana Daniela Ernani Monteiro Will Biblioteca Bruna Maciel
Walter Félix Cardoso Junior Salete Cecília e Souza (Coord.) Fernando Sardão da Silva André Luiz Portes
Giovani de Paula Carolina Dias Damasceno
Karla Leonora Nunes Paula Sanhudo da Silva Fylippy Margino dos Santos
Assessoria DAD - Disciplinas a Renan Felipe Cascaes Cleide Inácio Goulart Seeman
Distância Leticia Cristina Barbosa Guilherme Lentz
Marlon Eliseu Pereira Francielle Fernandes
Patrícia da Silva Meneghel (Coord.) Luiz Otávio Botelho Lento Holdrin Milet Brandão
Carlos Alberto Areias Rogério Santos da Costa Gestão Docente e Discente Pablo Varela da Silveira
Enzo de Oliveira Moreira (Coord.) Rubens Amorim Jenniffer Camargo
Cláudia Berh V. da Silva Roberto Iunskovski Juliana Cardoso da Silva
Conceição Aparecida Kindermann Thiago Coelho Soares Yslann David Melo Cordeiro
Capacitação e Assessoria ao Jonatas Collaço de Souza
Luiz Fernando Meneghel Vera Regina N. Schuhmacher Docente Avaliações Presenciais Juliana Elen Tizian
Renata Souza de A. Subtil Simone Zigunovas (Capacitação) Graciele M. Lindenmayr (Coord.) Kamilla Rosa
Gerência Administração Alessandra de Oliveira (Assessoria)
Assessoria de Inovação e Acadêmica Ana Paula de Andrade Maurício dos Santos Augusto
Qualidade de EAD Adriana Silveira Angelica Cristina Gollo Maycon de Sousa Candido
Angelita Marçal Flores (Gerente) Alexandre Wagner da Rocha
Denia Falcão de Bittencourt (Coord) Fernanda Farias Cristilaine Medeiros Monique Napoli Ribeiro
Andrea Ouriques Balbinot Elaine Cristiane Surian Daiana Cristina Bortolotti Nidia de Jesus Moraes
Carmen Maria Cipriani Pandini Secretaria de Ensino a Distância Juliana Cardoso Esmeraldino Delano Pinheiro Gomes Orivaldo Carli da Silva Junior
Iris de Sousa Barros Samara Josten Flores (Secretária de Ensino) Maria Lina Moratelli Prado Edson Martins Rosa Junior Priscilla Geovana Pagani
Giane dos Passos (Secretária Acadêmica) Fabiana Pereira Fernando Steimbach Sabrina Mari Kawano Gonçalves
Assessoria de Tecnologia Adenir Soares Júnior Fernando Oliveira Santos Scheila Cristina Martins
Osmar de Oliveira Braz Júnior (Coord.) Tutoria e Suporte
Alessandro Alves da Silva Claudia Noemi Nascimento (Líder) Lisdeise Nunes Felipe Taize Muller
Felipe Jacson de Freitas Andréa Luci Mandira Marcelo Ramos Tatiane Crestani Trentin
Jefferson Amorin Oliveira Anderson da Silveira (Líder)
Cristina Mara Schauffert Ednéia Araujo Alberto (Líder) Marcio Ventura Vanessa Trindade
Phelipe Luiz Winter da Silva Djeime Sammer Bortolotti Osni Jose Seidler Junior
Priscila da Silva Maria Eugênia F. Celeghin (Líder)
Douglas Silveira Andreza Talles Cascais Thais Bortolotti
Rodrigo Battistotti Pimpão Evilym Melo Livramento
Tamara Bruna Ferreira da Silva Daniela Cassol Peres
Fabiano Silva Michels Débora Cristina Silveira Gerência de Marketing
Fabricio Botelho Espíndola Francine Cardoso da Silva Fabiano Ceretta (Gerente)
Coordenação Cursos Felipe Wronski Henrique Joice de Castro Peres Relacionamento com o Mercado
Coordenadores de UNA Gisele Terezinha Cardoso Ferreira Karla F. Wisniewski Desengrini
Indyanara Ramos Eliza Bianchini Dallanhol Locks
Diva Marília Flemming Maria Aparecida Teixeira
Marciel Evangelista Catâneo Janaina Conceição Mayara de Oliveira Bastos Relacionamento com Polos
Roberto Iunskovski Jorge Luiz Vilhar Malaquias Patrícia de Souza Amorim Presenciais
Juliana Broering Martins Schenon Souza Preto Alex Fabiano Wehrle (Coord.)

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Nilce Miranda Ayres
Angelita Marçal Flores

Informática Aplicada à
Contabilidade
Livro didático

Revisão e atualização de conteúdo


Angelita Marçal Flores

Design Instrucional
Karla Leonora Dahse Nunes
Leandro Kingeski Pacheco
Viviane Bastos
Carolina Hoeller da Silva Boeing

4ª edição

Palhoça
UnisulVirtual
2011

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Copyright © UnisulVirtual 2011
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.

Edição – Livro Didático


Professor Conteudista
Nilce Miranda Ayres
Angelita Marçal Flores

Revisão e atualização de conteúdo


Angelita Marçal Flores

Designer Instrucional
Karla Leonora Dahse Nunes
Leandro Kingeski Pacheco (2ª ed. rev. atual.)
Viviane Bastos (3ª ed. rev. atual.)
Carolina Hoeller da Silva Boeing (4ª ed.)

Projeto Gráfico e Capa


Equipe UnisulVirtual

Diagramação
Rafael Pessi
Edison Valim (4ª ed.)

Revisão
Jaqueline Tartari

657.1
A98 Ayres, Nilce Miranda
Informática aplicada à contabilidade : livro didático / Nilce Miranda Ayres,
Angelita Marçal Flores ; revisão e atualização de conteúdo Angelita Marçal
Flores ; design instrucional Karla Leonora Dahse Nunes, Leandro Kingeski
Pacheco, Viviane Bastos, Carolina Hoeller da Silva Boeing. – 4. ed. – Palhoça :
UnisulVirtual, 2011.
294 p. : il. ; 28 cm.

Inclui bibliografia.

1. Contabilidade – Processamento de dados. 2. Sistemas de informação


gerencial. 3. Engenharia de software. I. Flores, Angelita Marçal. II. Nunes, Karla
Leonora Dahse. III. Pacheco, Leandro Kingeski. IV. Bastos, Viviane. V. Boeing,
Carolina Hoeller da. VI. Título.

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul

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Sumário

Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Palavras das professoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

UNIDADE 1 - Introdução à informática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17


UNIDADE 2 - Conhecendo uma planilha eletrônica de cálculo. . . . . . . . . . . 57
UNIDADE 3 - A planilha eletrônica como ferramenta de análise . . . . . . . . 109
UNIDADE 4 - Redes de comunicação e a internet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161
UNIDADE 5 - Conhecendo sistemas de informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215
UNIDADE 6 - Mudanças organizacionais, segurança e
tendências em TI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247

Para concluir o estudo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 279


Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281
Sobre as professoras conteudistas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283
Respostas e comentários das atividades de autoavaliação. . . . . . . . . . . . . . 285
Biblioteca Virtual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293

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Apresentação

Este livro didático corresponde à disciplina Informática


Aplicada à Contabilidade.

O material foi elaborado com vista a uma aprendizagem


autônoma e aborda conteúdos especialmente selecionados e
relacionados à sua área de formação. Ao adotar uma linguagem
didática e dialógica, objetivamos facilitar seu estudo a distância,
proporcionando condições favoráveis às múltiplas interações e a
um aprendizado contextualizado e eficaz.

Lembre-se de que sua caminhada, nesta disciplina, será


acompanhada e monitorada constantemente pelo Sistema
Tutorial da UnisulVirtual. Neste sentido, a “distância” fica
caracterizada somente como a modalidade de ensino que você
optou para sua formação, pois na relação de aprendizagem
professores e instituição estarão sempre conectados com você.

Então, sempre que sentir necessidade entre em contato. Você tem


à disposição diversas ferramentas e canais de acesso, tais como:
telefone, e-mail e o Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem,
que é o canal mais recomendado, pois tudo o que for enviado e
recebido fica registrado para seu maior controle e comodidade.
Nossa equipe técnica e pedagógica terá o maior prazer em lhe
atender, porque sua aprendizagem é o nosso principal objetivo.

Bom estudo e sucesso!

Equipe UnisulVirtual

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Palavras das professoras conteudistas

Receba a nossa saudação e as boas-vindas à disciplina de


Informática Aplicada à Contabilidade!

As evoluções tecnológicas vividas por nossa sociedade nos


últimos anos têm evidenciado o valor da informação e
provocado uma utilização crescente de computadores. Estamos
na era da informação, na qual quem tem a informação (o
mais cedo possível e com a maior atualização) tem o poder.
O mundo atual exige eficiência, por isto, quanto mais se
conhece, ou quanto mais se tem acesso a um maior volume
de informações, maiores condições têm-se de tomar decisões
acertadas. Nesta nova sociedade que está surgindo, o
computador é uma ferramenta cada vez mais imprescindível.

Ele agiliza a manipulação de informações, fornecendo


resultados mais precisos e em menos tempo. A manipulação
adequada de informações pode determinar o sucesso da
maioria das organizações. Assim tanto nelas quanto no
governo e até em residências, o computador é um recurso
necessário e, em muitos casos, indispensável.

Em qualquer área na qual se decida trabalhar, você pode


se deparar com um computador. Por esta razão é muito
importante conhecê-lo para ter condições de avaliar suas
características, de forma a explorá-lo da maneira mais
eficiente.

Nesta disciplina, pretendemos contribuir para o


desenvolvimento de sua competência no trato da informática,
de modo objetivo, organizado e prático. A proposta da
disciplina é apresentar como a informática e suas ferramentas
podem dar suporte à atividade contábil.

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Para atingir os objetivos propostos, abordaremos os principais
conceitos ligados à informática, buscando ilustrá-los sempre
que possível. Além dos conceitos envolvidos no trato da
informação usando computadores, iremos explorar, na prática,
algumas ferramentas úteis à contabilidade como a internet,
os processadores de textos e, principalmente, as planilhas
eletrônicas.

Para seguir na disciplina, você já deve ter algum contato com


computadores como usuário e ter acesso a um microcomputador
que se conecte à internet, ter instalados o navegador de rede
Internet Explorer, o processador de textos Microsoft Word
e a planilha eletrônica Microsoft Excel, de forma que possa
desenvolver as atividades práticas propostas nas unidades finais.

Sinta-se convidado a ir em frente e explorar o mundo da


informática.

Bom estudo!

Professoras Nilce Ayres e Angelita Marçal Flores

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Plano de estudo

O plano de estudos visa a orientá-lo no desenvolvimento da


disciplina. Ele possui elementos que o ajudarão a conhecer o
contexto da disciplina e a organizar o seu tempo de estudos.

O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual leva


em conta instrumentos que se articulam e se complementam,
portanto, a construção de competências se dá sobre a
articulação de metodologias e por meio das diversas formas de
ação/mediação.

São elementos desse processo:

„„ o livro didático;

„„ o Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA);

„„ as atividades de avaliação (a distância, presenciais e de


autoavaliação);

„„ o Sistema Tutorial.

Ementa
A era das tecnologias. Avanços tecnológicos. Recursos
tecnológicos aplicados à atividade e geração de informações
contábeis. Fundamentos de hardware. Sistemas operacionais.
Fundamentos de software. Principais softwares básicos
e aplicados. Internet. Processamento de textos. Planilhas
eletrônicas. Gráficos e sua aplicabilidade. Lista de dados e
funções financeiras em planilhas. Comunicação em rede.

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Objetivos

Geral:
O objetivo geral da disciplina é reflexão sobre os avanços
tecnológicos da informática nos diversos setores da sociedade
e, em especial, mostrar sua aplicabilidade em todo o processo
contábil. É propósito da disciplina a aquisição de novos
conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades para ser
um usuário do computador, devidamente qualificado para sua
utilização profissional.

Específicos:
„„ Identificar e diferenciar os diversos tipos de
equipamentos e programas de computador disponíveis no
mercado.

„„ Conhecer os sistemas de informação que apoiam a


atividade contábil e como são desenvolvidos.

„„ Refletir sobre o impacto da informática nas organizações.

„„ Compreender como se dá a comunicação em rede e a


recuperação das informações disponíveis.

„„ Aprender a utilizar os principais recursos de um


processador de textos.

„„ Saber utilizar recursos de cálculo e análise de


informações em planilhas eletrônicas.

Carga Horária
A carga horária total da disciplina é 60 horas-aula.

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Informática Aplicada à Contabilidade

Conteúdo programático/objetivos
Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático desta
disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aos
resultados que você deverá alcançar ao final de uma etapa de
estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de
conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento
de habilidades e competências necessárias à sua formação.

Unidades de estudo: 6

Unidade 1 – Introdução à informática (6 h/a)


Na unidade 1 você compreenderá como funciona um
computador, bem como irá identificar os diversos dispositivos de
hardware e os tipos de software com suas aplicabilidades.

Unidade 2 – Conhecendo uma planilha eletrônica de cálculo (16 h/a)


Nesta unidade você conhecerá os recursos básicos de cálculo dos
softwares aplicativos do tipo planilhas de cálculo ou planilhas
eletrônicas.

Unidade 3 – A planilha eletrônica como ferramenta de análise (8 h/a)


Você conhecerá nesta unidade os recursos de planilhas de cálculo
que nos permitem visualizar e analisar as informações no suporte
à gestão das organizações.

Unidade 4 – Redes de comunicação e a internet (10 h/a)


A unidade 4 irá proporcionar à você um entendimento básico das
principais alternativas em relação às redes de comunicação para
as organizações.

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Unidade 5 – Conhecendo sistemas de informação (10 h/a)


Nesta unidade você entenderá como a informática pode ser
aplicada à atividade contábil.

Unidade 6 – Mudanças organizacionais, segurança e tendências em TI


(8 h/a)
Para finalizar, na unidade 6 você será apresentado ao debate sobre
as mudanças que ocorrem durante o processo de informatização
nas organizações, bem como questões de segurança e tendências
na área de tecnologia da informação.

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Informática Aplicada à Contabilidade

Agenda de atividades/Cronograma

„„ Verifique com atenção o EVA, organize-se para acessar


periodicamente a sala da disciplina. O sucesso nos seus
estudos depende da priorização do tempo para a leitura,
da realização de análises e sínteses do conteúdo e da
interação com os seus colegas e professor.

„„ Não perca os prazos das atividades. Registre no espaço


a seguir as datas com base no cronograma da disciplina
disponibilizado no EVA.

„„ Use o quadro para agendar e programar as atividades


relativas ao desenvolvimento da disciplina.

Atividades obrigatórias

Demais atividades (registro pessoal)

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1
UNIDADE 1

Introdução à informática

Objetivos de aprendizagem
n Entender como funciona um computador.

n Conhecer os vários tipos de computadores existentes


diante das necessidades de processamento de dados.
n Identificar os vários tipos de dispositivos de hardware
possíveis em um computador.

n Compreender os principais tipos de softwares e suas


aplicabilidades.

n Conhecer os benefícios do uso da informática na


atividade contábil.

Seções de estudo
Seção 1 A importância da informática para a
contabilidade
Seção 2 O que é um computador?

Seção 3 Quais são os principais tipos de


computadores?
Seção 4 Identificando os principais dispositivos de
hardware
Seção 5 Analisando os vários tipos de softwares

Seção 6 O movimento de software livre

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Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de estudo


Você sabe o que significa informática? O termo é um
neologismo criado na França (informatique), em 1966, e significa
informação automática, isto é, o tratamento da informação de
modo automático [21]. Portanto, informática pressupõe o uso de
Observe que, no decorrer deste computadores no trato da informação.
livro didático, aparecerão no
texto numerações contidas entre Ao trabalharmos com informática, precisamos nos familiarizar
colchetes. Cada numeração, contida com alguns termos, os quais fazem parte do vocabulário das
nos colchetes, corresponde a um pessoas que trabalham com o computador. O conhecimento
referência numerada, contida nas desses termos torna mais simples a comunicação entre as pessoas
páginas finais de seu livro didático.
que utilizam informática, além de tornar compreensível a
literatura existente sobre o assunto.

Tenha em mente que o computador é uma máquina construída,


manipulada e comandada pelo homem. Este tem poder sobre a
máquina. Apenas precisamos dominar alguns princípios básicos
para saber como comandá-la.

Para acompanhar as implicações do uso e entender as aplicações


de computadores é necessário que se tenha um conhecimento
mínimo de seus componentes e da interação entre eles. Para
isso, o conhecimento de alguns conceitos básicos é fundamental.
E este é o objeto dessa nossa primeira unidade: entender
os principais conceitos da informática e refletir sobre a sua
importância para a contabilidade.

Vamos lá!

SEÇÃO 1 - A importância da informática para a


contabilidade
A informática proporciona à contabilidade inúmeras facilidades,
que vão desde o lançamento e processamento das informações até
a geração dos relatórios que podem ser produzidos pelo sistema.
Além dessas facilidades, podem-se associar outros fatores, como
segurança, confiabilidade e rapidez nas informações prestadas.

As empresas que adotaram a contabilidade informatizada tiveram


bons resultados e procuram cada vez mais melhorar esse processo.

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Informática Aplicada à Contabilidade

Vejam algumas vantagens da contabilidade informatizada [14]:

„„ Aumento da produtividade: a velocidade de


processamento das informações, quando se faz uso do
computador para trabalhar, gera aumento substancial
da produtividade. O tempo gasto por uma pessoa ou
uma equipe para reproduzir um balancete ou outro
relatório de contabilidade nos sistemas convencionais é
muito superior ao tempo gasto quando são utilizados os
sistemas informatizados. Isto pode representar diferença
até de dias, dependendo do porte da empresa.
„„ Melhoria da qualidade dos serviços: a impressão
eletrônica, por meio de boas impressoras matriciais, a jato
de tinta ou a laser, apresenta como resultado um trabalho
de melhor aspecto, quando comparado com a forma
manuscrita ou mecanizada. As informações geradas pelos
sistemas são geralmente consistentes, seguras e exatas. A
probabilidade de erros nos programas é muito pequena, e
isto aumenta a confiança nos trabalhos realizados.
„„ Mais estímulo para os profissionais da área: em
função das facilidades que a informática proporciona no
cumprimento das diversas tarefas de seu dia a dia, os
profissionais da área de contabilidade sentem-se mais à
vontade para trabalhar e, consequentemente, produzem
mais. O trabalho torna-se menos estafante e, em função
disso, mais estimulante, resultando em satisfação para
quem trabalha com o computador.

Deve ser levado em consideração, ainda, que os


computadores não manifestam problemas pessoais que
possam interferir em seu desempenho, porque eles
não se aborrecem, não ficam entediados ou cansados,
independente da jornada de trabalho que tenham que
cumprir.
„„ Facilidade para leitura prévia dos relatórios: os
relatórios gerados pelos sistemas podem ser lidos
previamente, na tela, mesmo antes de serem impressos.
Quando são impressos, tornam-se de fácil manuseio
e leitura, porque são emitidos em ordem, indicando a
numeração, a data e a hora em que foram processados

Unidade 1 19

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Universidade do Sul de Santa Catarina

e gerados, além da quantidade de páginas e outras


informações relacionadas com o controle produtivo.

No sistema de contabilidade convencional, com os


trabalhos realizados pelas máquinas mecânicas, era
necessária a emissão de, no mínimo, um balancete,
chamado de balancete de verificação, apenas para se ler
o que estava errado e, em seguida, proceder às correções
necessárias. Nos sistemas informatizados, essa leitura
pode ser feita na tela, antes da emissão definitiva do
balancete.
„„ Atendimento às exigências dos órgãos quanto
ao cumprimento de prazos: o cumprimento de
algumas exigências de ordem tributária, trabalhista e
previdenciária, a exemplo do recolhimento dos impostos
e das contribuições, só se tornou possível para algumas
empresas a partir do uso do computador. Muitas dessas
obrigações têm seus prazos de recolhimento no início
do mês seguinte ao do fato gerador. O não recolhimento
implica pagamento de multas e juros para a empresa.
„„ Facilidade de acesso às informações da empresa: o
acesso às informações é feito de maneira rápida por meio
do sistema, localizando um lançamento, informando o
saldo ou a aposição de qualquer das contas cadastradas
ou, ainda, demonstrando a evolução das receitas e
despesas por meio de relatórios específicos.

Nos sistemas multiusuários e integrados, as informações


ou os arquivos de dados podem ser acessados por várias
pessoas ao mesmo tempo e em diferentes locais, se
houver necessidade.
„„ Maior segurança das informações: devido aos recursos
de proteção dos arquivos de dados, por meio de cópias
de segurança ou backup, existe pouca chance de perda
total das informações processadas, as quais podem
ser reproduzidas em qualquer lugar que exista um
equipamento de informática apropriado e que nele esteja
instalado um sistema igual ao que gerou as informações.
Com base nisso, basta que se restaurem as cópias de
segurança e, em seguida, sejam acessados os arquivos de
dados, gerando ou obtendo as informações desejadas.

20

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Informática Aplicada à Contabilidade

„„ Menos espaço físico nos ambientes de trabalho: os


equipamentos físicos (hardwares), incluindo mesas, CPU,
monitor de vídeo, impressoras, mouses e estabilizadores
ocupam pouco espaço físico e podem resumir-se a uma
mesa de trabalho no canto de uma sala.

Os arquivos de discos flexíveis (disquetes), assim como


os discos óticos (CDs) e outras mídias externas de
armazenamento facilitam a guarda e o manuseio das
informações já processadas e são bem mais práticos e
fáceis de serem organizados e guardados, em comparação
aos arquivos de papéis.

Um CD pode conter balancetes e outros relatórios


contábeis do ano inteiro, dependendo do volume de
informações geradas pela empresa. Com os dados
protegidos em CDs, na forma de backup, o balancete
pode ser gerado e impresso tantas vezes quantas se
fizerem necessárias, em qualquer lugar, dentro ou fora da
empresa.
Esses são alguns dos aspectos positivos que justificam o uso da
informática na atividade contábil das empresas, assim como em
outras áreas de uma organização.

SEÇÃO 2 - O que é um computador?


Até meados do século XIX, um computador não era uma
máquina, mas uma pessoa que tinha a função de fazer contas e
arbitrar conflitos que envolvessem números. Seus descendentes
diretos são os atuais contadores, os técnicos em contabilidade que
registram os números para fins legais. [4]

Quem inventou essa máquina chamada computador?

Unidade 1 21

iac.indb 21 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

O computador é uma invenção sem inventor. É um


aperfeiçoamento constante de ideias anteriores. A tecnologia da
computação apareceu e evoluiu com o avanço da matemática. O
desenvolvimento dela levou o homem a criar mecanismos para
facilitar o cálculo de contas mais complexas e o armazenamento
de dados. Ao longo do tempo, foram sendo inventados
dispositivos que aprimoravam e tornavam cada vez mais fácil
lidar com a matemática.

O mais antigo instrumento para mecanização do cálculo é


o ábaco, conhecido no Oriente Médio desde 2500 anos a.C.
Outros importantes inventos foram a régua de cálculo (1621) e a
máquina de somar de Pascal (1642). Os primeiros computadores
eletrônicos, tal como são conhecidos hoje, foram o Mark I (1943)
e o Eniac (1946), desenvolvidos três séculos depois do surgimento
da máquina de somar. [16]

Os primeiros computadores eram extremamente grandes, tinham


capacidade reduzida de cálculo em comparação aos de hoje e
eram consideravelmente caros. Para se ter uma ideia, o Eniac
pesava 30 toneladas, utilizava 19.000 válvulas e consumia quase
200.000 watts de potência (o chuveiro do box consome uns
4.000 watts!). A partir de 1951, começaram a ser fabricados os
primeiros computadores em série. [15]

Desde a criação das primeiras máquinas de calcular até a


primeira geração de computadores propriamente ditos, o grande
objetivo era a utilização do computador como uma maneira de
agilizar cálculos e, em um segundo momento, melhorar as tarefas
rotineiras.

O microcomputador tem seu uso disseminado a partir da década


de 80. Essas máquinas permitiram que os usuários começassem
a empregar diretamente os recursos de informática em suas
atividades profissionais.

Essa evolução dos computadores é geralmente dividida em


gerações. Cada geração proporcionou um aumento de capacidade
de processamento e de armazenamento e, ao mesmo tempo,
trouxe uma diminuição dos custos. Cada geração distingue-
se por diferentes tecnologias que executam as funções de
processamento.

22

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Informática Aplicada à Contabilidade

Veja, no quadro a seguir, as gerações de computadores [21].

A primeira geração de computadores, que se desenvolveu


no início dos anos 1950, utilizava válvulas que consumiam
grandes quantidades de energia, gerando muito calor,
e tinham vida útil limitada. Por isso, os computadores
de primeira geração tinham memória e capacidade de
processamento limitadas.
A segunda geração de computadores floresceu nos anos
de 1960 e utilizava transistores para processar e armazenar
informações. Eles consumiam menos energia que as
válvulas, geravam menos calor e eram mais baratos, mais
estáveis e mais confiáveis. Os computadores de segunda
geração, com maior capacidade de processamento e
armazenamento, começaram a ser bastante utilizados com
propósitos científicos e organizacionais.
A terceira geração de computadores, nos anos 1970,
usava circuitos integrados para armazenar e processar
informações. Os circuitos integrados possuem numerosos
pequenos transistores impressos sobre chips de silício.
Os computadores da quarta geração, surgidos a partir
dos anos 1980, são o resultado do avanço na área da
microeletrônica. Eles utilizam a tecnologia de circuitos
integrados em escalas superiores de integração para
armazenar e processar as informações (hoje, pode-
se colocar 1 bilhão de transistores sobre o chip). Esses
computadores são baratos e largamente utilizados nas
organizações e no dia a dia.
Ainda se discute a passagem para uma quinta geração de
computadores. De qualquer forma, podemos estar certos
de que os computadores continuarão a se tornar cada vez
menores, mais rápidos, mais confiáveis, de aquisição e
manutenção mais barata e mais interconectados em redes.

Para perceber a magnitude da evolução do computador, pode-se


fazer uma analogia com os automóveis. Há vinte anos, o modelo
de carro mais sofisticado custava, nos EUA, US$ 10.000, fazia
8,5 km por litro de gasolina, pesava duas toneladas e alcançava
velocidade de até 160 km/h. Se este carro tivesse sofrido a mesma

Unidade 1 23

iac.indb 23 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

evolução dos computadores, hoje ele custaria US$ 100, faria


850 km por litro de gasolina, pesaria 220 kg e alcançaria uma
velocidade de até 1.600 km/h. [2]

Mas afinal, o que é um computador?

Basicamente, o computador é uma máquina que recebe


dados do ambiente externo (entrada), transforma esses dados
(processamento) e os envia transformados (saída) de volta ao
ambiente externo (ou os deixa arquivados), conforme ilustrado na
Figura 1.1. Por exemplo, ele recebe os dados “Pedro” e “Antonio”,
coloca-os em ordem alfabética e envia para fora “Antonio” e
“Pedro”. Essa transformação dos dados de entrada nos resultados
de saída é chamada de processamento de dados.

PROCESSAMENTO

ENTRADA SAÍDA
comparar
calcular
dado classificar informação
ordenar
selecionar

Figura 1.1 - Esquema básico de funções do computador – processamento de dados


Fonte: Adaptado [6]

O computador não pensa por si próprio; limita-se


a fazer exatamente o que lhe mandam.
Os “erros do computador”, de que muitas vezes as
pessoas se queixam, são quase sempre provocados
por erros humanos. Se no escritório só tivermos usado
uma lâmpada de iluminação e recebermos uma conta
de eletricidade, processada por computador, no valor
de centenas de reais, é porque alguém forneceu
dados errados ao computador!

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iac.indb 24 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Para processar os dados, os computadores necessitam de dois


elementos básicos que funcionam em conjunto: hardware e
software. Os dois são fundamentais, formam o “corpo” e a
“alma” do computador, respectivamente. Assim como em um
videocassete, no qual é necessário ter o aparelho de vídeo e uma
fita contendo o filme que será reproduzido, o computador possui
a parte física, chamada hardware, e a parte lógica, chamada
software.

Hardware é o conjunto de componentes mecânicos,


elétricos e eletrônicos; é o equipamento propriamente
dito, incluindo os periféricos de entrada e saída.
Software é o conjunto de instruções que permite
que o hardware processe os dados. Esse conjunto de
instruções é conhecido como programa.

Ao contrário de outros dispositivos eletrônicos que possuem


uma única finalidade, como o videocassete que reproduz ou
grava fitas, o computador pode ser utilizado em combinação
com diversos outros equipamentos para executar inúmeras
tarefas. Você pode ouvir música no computador, ver TV, usar o
computador para controlar os sinais de trânsito de uma cidade
etc. Essa versatilidade permite que a informática esteja presente
no dia-a-dia de todos. Mesmo quem nunca sentou diante de um
computador é usuário indireto da informática.

„„ Uma pessoa que é acordada pela manhã graças ao


alarme de um rádio-relógio está fazendo uso da
tecnologia da informática, pois o circuito utilizado
pelo rádio-relógio é desenvolvido com o auxílio
do computador. Além disso, a miniaturização do
circuito foi possível em função da evolução da
tecnologia de fabricação de computadores.
„„ O jornal lido pela manhã é produzido com o auxílio
do computador, tanto na preparação das matérias
quanto na impressão.
„„ Os automóveis têm evoluído muito graças à
informática. Além dos computadores de bordo e
dos computadores externos para diagnóstico de
problemas, a própria aerodinâmica dos automóveis
é desenvolvida através do uso dos computadores.
( continua » )

Unidade 1 25

iac.indb 25 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

E mais. Usando as tecnologias de computação,


podemos:
„„ consultar saldo bancário, fazer aplicações
financeiras, pagar contas;
„„ participar de um curso ministrado a distância por
um especialista de uma universidade localizada
em outro estado do Brasil e ainda, durante o curso,
fazer perguntas ao professor, como se ele estivesse
presente na sala de aula;
„„ escolher e comprar produtos de um supermercado
sem precisar se deslocar fisicamente até o
estabelecimento (o pagamento da compra será feito
via débito automático em seu cartão de crédito e a
entrega dos produtos será feita diretamente na casa
do cliente) etc.

Alguns benefícios do uso de computadores nas organizações


podem ser resumidos como: [21]

„„ Facilidade de armazenamento e recuperação da


informação
O volume de dados que cabe em um meio magnético
ou ótico chega a bilhões de caracteres. Além disso, a
facilidade de armazenamento proporciona redução de
espaço físico em relação aos sistemas manuais, bem como
permite a recuperação de tais dados sem o uso excessivo
de mão de obra. A velocidade de pesquisa da informação
realizada por um computador permite a qualquer
um tomar ciência de fatos que, por processo manual,
poderiam levar horas ou dias para serem detectados.
„„ Melhoria e reengenharia de processos
O computador é por muitos considerado o maior veículo
de racionalização de rotinas; com ele, muitos formulários
supérfluos são reduzidos e descartados, as tarefas
repetitivas são eliminadas e surgem novas tarefas voltadas
apenas para tratar as exceções.
„„ Velocidade de respostas
A característica de velocidade de resposta deve
ser analisada como derivada das facilidades de
armazenamento e recuperação das informações e das
reformulações de rotinas.

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iac.indb 26 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

„„ Planejamento e controle
A reunião, em um relatório ou tela, de informações
capazes de retratar tendências e sintetizar o
comportamento de determinado setor ou produto da
empresa não representa nenhuma dificuldade para o
computador.
„„ Segurança e confiabilidade
Diversas técnicas como conferência automática,
fechamento de totais, uso de senhas e outros mecanismos
de autenticação garantem maior confiabilidade aos
sistemas automatizados.

E ainda, redução dos custos, integração de dados, geração de


novos produtos e serviços.

SEÇÃO 3 - Quais são os principais tipos de


computadores?
Hoje, são vários os tipos de computadores disponíveis
diferenciando-se, principalmente, pelo seu tamanho (ou porte).
Os computadores podem ser classificados quanto ao seu tamanho
como: microcomputadores, computadores de médio porte e
computadores de grande porte.

Microcomputadores

Os microcomputadores são a categoria mais importante de


computadores para usuários finais. Também conhecido como
computador pessoal (ou PC - Personal Computer), é mais do que
um pequeno computador para uso individual.

Os microcomputadores são apresentados em uma multiplicidade


de tamanhos e formas para uma série de propósitos. Entre os
mais comuns estão os desktops, os laptops (ou notebooks) e os
palmtops.

Unidade 1 27

iac.indb 27 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Desktop é o computador de mesa, que normalmente


possui desenho modular, com unidades separadas (mouse,
teclado, gabinete, monitor) mas interligadas, e são os de
menor custo.
Laptop é um computador portátil, leve, projetado para
poder ser transportado e utilizado em diferentes lugares
com facilidade. A expressão laptop deriva da aglutinação
dos termos em inglês lap (colo) e top (em cima) significando
computador portátil, em contrapartida ao desktop (em cima
da mesa).
Palmtop, Handheld ou Assistente Pessoal Digital (Personal
digital assistant – PDA) é um computador de dimensões
reduzidas, pequeno o bastante para ser carregado na
mão. Apesar de pequeno é dotado de grande capacidade
computacional, cumprindo funções de agenda, aplicações
de escritório elementares, acesso a internet e correio
eletrônico.

Os computadores de rede, também chamados “clientes magros”


em contraposição aos tradicionais PCs, chamados “clientes
gordos”, são uma das novas categorias de microcomputadores.
São computadores com pouca ou nenhuma capacidade de
armazenamento em disco e dependem, basicamente, de
servidores de internet ou intranet para seus softwares e dados.
O computador de rede é mais simples, barato e de mais fácil
manutenção do que um microcomputador de características
plenas.

Alguns microcomputadores são potentes estações técnicas de


trabalho (workstations), que suportam aplicações com demandas
intensas de computação matemática e exibição gráfica, tais
como o CAD (computer-aided design - projeto auxiliado
por computador) na engenharia, e análise de investimentos e
portifólio no ramo de títulos financeiros.

Alguns microcomputadores são utilizados como servidores


de rede. Normalmente, são mais potentes e coordenam
telecomunicações e compartilhamento de recursos em pequenas
redes locais e sites de internet e intranet.

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iac.indb 28 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Computadores de médio porte

Os computadores de médio porte, também conhecidos como


minicomputadores, são sistemas para múltiplos usuários, que
podem gerenciar redes de PCs e terminais. São menores e
mais baratos que os computadores de grande porte, mas têm
significativa capacidade de processamento, suficiente para atender
às necessidades de computação de muitas organizações.

Os computadores de médio porte se tornaram populares nas


organizações como poderosos servidores de rede para ajudar a
gerenciar grandes sites na internet, intranets e extranets.

Também são encontrados em usos específicos, tais como


monitoração e controle de processos industriais, pesquisa
científica e aplicações de engenharia.

Computadores de grande porte

Os computadores de grande porte, também são conhecidos


por mainframes, são computadores grandes, rápidos e potentes.
Possuem alta capacidade de processamento e de armazenamento.
A maioria das grandes organizações, nas quais o processamento
de dados é centralizado e utilizam grandes bancos de dados,
usam computadores mainframe.

Dessa forma, os mainframes continuam a gerenciar as


necessidades de processamento de informações das principais
empresas e agências governamentais, com grande quantidade
de transações a processar ou com complexos problemas de
computação. Esses sistemas ainda são utilizados para aplicações
de uso intensivo de cálculos, como análise de dados sísmicos, de
explorações de campos petrolíferos, ou simulação de condições de
voo no desenho de aeronaves.

Os mainframes também são amplamente utilizados como


superservidores para grandes redes e sites de grandes companhias
com elevado volume de transações via internet.

Unidade 1 29

iac.indb 29 11/05/30 13:41


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O termo supercomputador descreve uma categoria de poderosos


computadores usados para processamento de grandes modelos
de simulação de fenômenos reais, que exigem representações
e cálculos matemáticos complexos, ou para a criação e o
processamento de imagens. Eles são utilizados para aplicações
de previsões climáticas, defesa militar, cosmologia e astronomia
e assim por diante. O mercado de supercomputadores inclui
agências governamentais de pesquisa, grandes universidades e
empresas.

O supercomputador japonês
Em 2002, o Japão apresentou ao mundo o Earth
Simulator, um supercomputador do Centro de
Tecnologia e Ciências Marítimas, em Yokohama.
Este computador japonês foi planejado para
fazer simulações de mudanças climáticas, com
base em informações enviadas por satélites.
É capaz de processar 35 trilhões de operações
matemáticas por segundo, usando para isto
mais de 5.000 processadores espalhados por
área equivalente a quatro quadras de tênis.
Um computador doméstico de último tipo é
capaz de realizar 800 milhões de operações por
segundo. O Earth Simulator é milhares de vezes
superior ao micro comum que as pessoas têm em
casa. Para compreender melhor essa diferença,
pode-se recorrer a uma comparação esportiva.
Imagine que os computadores sejam corredores:
no tempo em que seu micro corre 100 metros,
o Earth Simulator vai de São Paulo a Caracas, na
Venezuela, ou seja, uma distância de mais de
4.000 km.

Revista Exame (2002).

A máquina necessária deve ser dimensionada de


acordo com a aplicação!

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iac.indb 30 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Em situações em que o número de transações é muito grande,


o mainframe deve ser adotado, como nos bancos e nos sistemas
militares de defesa. No outro extremo, usam-se PCs nas
empresas médias e pequenas. E nos casos intermediários,
equipamentos de porte intermediário (minicomputadores).
Não há “receita de bolo” para dimensionar adequadamente
computadores. Especialistas devem estudar as necessidades
futuras e escolher a melhor solução para os próximos anos. [10]

Qualquer computador, desde um microcomputador até um de


grande porte, é constituído de diversos dispositivos que, em sua
essência, têm a mesma concepção lógica. Este é o objeto de nossa
próxima seção.

SEÇÃO 4 - Identificando os principais dispositivos de


hardware
Embora haja vários tipos de computadores, todos realizam
quatro operações básicas: entrada, processamento, saída e
armazenamento de dados. Essas funções são desempenhadas por
determinados dispositivos, conforme ilustrado na
Figura 1.2: dispositivos de entrada, dispositivos de saída,
dispositivos de armazenamento, processador ou CPU e memória
principal.

Unidade 1 31

iac.indb 31 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Dispositivos Processamento Dispositivos


de entrada de saída

Processador
(CPU)

Memória
principal

Dispositivos de
armazenamento

Figura 1.2 - Operações básicas de um computador e seus principais dispositivos


Fonte: Adaptado [16]

O funcionamento do computador e suas partes é melhor


compreendido quando se analisa um caso prático. Imagine um
funcionário de uma empresa que deva fazer um levantamento das
horas trabalhadas de todos os funcionários da mesma. As horas
trabalhadas (dados de entrada) são introduzidas no computador
com o uso do teclado (dispositivo de entrada). O computador
realiza os cálculos (processamento). O relatório final (saída
de resultados) é obtido através da impressora (dispositivo de
saída). Os dados iniciais e o relatório final são armazenados no
computador (dispositivos de armazenamento) para arquivo ou uso
posterior. [2]

A unidade central de processamento e a memória principal são os


dois componentes fundamentais para o processamento dos dados
propriamente dito.

Os dispositivos de entrada, saída e armazenamento são


genericamente conhecidos como periféricos. Os periféricos
dependem de conexões diretas ou ligações de telecomunicações
com a unidade central de processamento para o seu uso. Sem os
periféricos, um computador, pode-se dizer, é apenas uma potente
“caixa de processamento”.

Veja o papel de cada um desses componentes!

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iac.indb 32 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Unidade central de processamento e memória principal

A unidade central de processamento (CPU – Central Processing


Unit) ou processador é o centro de todas as atividades
computacionais, em que se controla o processamento, os dados
são manipulados e são executadas as instruções definidas nos
programas. Nos microcomputadores, ela é o microprocessador
principal.

A memória principal dos computadores é o local onde a CPU


armazena as instruções e os dados que está processando. Quanto
maior a área de memória, tanto maiores serão os programas
que podem ser armazenados e executados. Esta é uma memória
volátil. Essa volatilidade significa que todos os dados e programas
armazenados se perdem quando a máquina é desligada. Para
restringir a possibilidade de perda de dados, muitos programas
de aplicativos, periodicamente, fazem a gravação automática dos
dados!

A memória dos microcomputadores é composta de


três tipos básicos: memória RAM, memória ROM e
memória CACHE. [2]
O tamanho da memória RAM (Random Access Memory)
afeta o custo e a velocidade da aplicação. Quanto
maior a memória RAM, maior será a velocidade
de execução das aplicações, pois haverá maior
espaço para os dados e programas que estão sendo
processados. Para compreender melhor esta questão,
vamos fazer uma analogia com uma escrivaninha.
Imagine que você deseja executar uma pesquisa
bibliográfica em diversos livros.
Se a escrivaninha tiver 1 m², será possível colocar
uma certa quantidade de livros abertos sobre ela, de
forma a facilitar a consulta, desta forma não é preciso
se deslocar até a estante para acessar um livro que
não está sobre a mesa. Caso a escrivaninha tenha 2
m², a quantidade de livros abertos sobre a mesa pode
ser dobrada, o que diminui, ainda mais, o número de
idas até a estante para acessar um livro que não está
sobre a mesa. Desta forma, a velocidade da revisão
bibliográfica seria ainda maior.
( continua » )

Unidade 1 33

iac.indb 33 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

A ROM (Read Only Memory) é uma memória apenas


para leitura, é menor que RAM e seu conteúdo
já vem gravado de fábrica, ou seja, não pode ser
alterado pelo usuário. Na ROM são gravadas algumas
instruções básicas que são executadas sempre que o
microcomputador é ligado e referem-se às checagens
que são feitas nas partes do computador para verificar
se estão funcionando adequadamente, para viabilizar
a carga do sistema operacional na RAM e, ainda, nas
operações de entrada e saída.
A memória CACHE é semelhante à RAM, só que
com uma velocidade de acesso muito grande, o que
implica em um custo mais elevado. O que geralmente
acontece é que as instruções e dados são separados
em blocos, de tal forma que aqueles utilizados com
altíssima frequência são armazenados na memória
CACHE.

A CPU e a RAM ficam na placa-mãe (motherboard), que se situa


dentro do gabinete. Veja na Figura 1.3 uma ilustração de placa-
mãe.

Processador

Memória RAM

Figura 1.3 - Exemplo de placa-mãe e gabinete


Fonte: Bizzoto et al (1998)

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iac.indb 34 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Como pode ser medida a velocidade de


processamento? [2]
O processamento baseia-se em um ciclo de “busca-
execução”, ou seja, busca instrução na memória
principal, executa instrução no processador e assim
sucessivamente, milhões de vezes por segundo. A
velocidade na qual esse ciclo é executado é regulada
pelo “relógio” do processador, que é medido em
Megahertz (MHz), ou milhões de ciclos por segundo, e
Gigahertz (GHz), ou bilhões de ciclos por segundo. Na
prática, quer dizer que um microprocessador de 1,3
GHz pode fazer 1, 3 bilhões de operações aritméticas
em um segundo. É bastante coisa, não acha?
Observe que a velocidade de processamento é
influenciada por outros fatores, além da velocidade do
relógio do microprocessador. Também influenciam,
por exemplo, o tamanho dos barramentos que
interconectam componentes do microprocessador; o
uso de memórias intermediárias (cache) para acelerar
o processamento pela retenção de dados que são
utilizados com mais frequência pelo processador; o
uso de microprocessadores especializados, como um
coprocessador aritmético para fazer cálculos mais
depressa.

Dispositivos de entrada

Os dispositivos de entrada aceitam dados e instruções e os


convertem em uma forma que o computador possa entendê-los.
Os usuários podem comandar o computador e comunicar-se com
ele por meio de um ou mais dispositivos de entrada. Cada um
deles aceita formas específicas de dados. Por exemplo, os teclados
transmitem caracteres digitados, e os reconhecedores de caligrafia
“leem” caracteres escritos à mão. Na Figura 1.4, são ilustrados
alguns dos principais dispositivos de entrada e seu uso.

Existe uma tendência rumo ao incremento do uso de tecnologias


de entrada que forneçam uma interface mais natural com os
usuários de computadores. Dispositivos indicadores, como
mouses eletrônicos e painéis sensíveis ao toque, o escaneamento
ótico, reconhecimento de caligrafia e reconhecimento de voz,

Unidade 1 35

iac.indb 35 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

vêm sendo usados cada vez mais, de forma a tornar mais direta e
fácil a inserção de dados e comandos nos computadores.

Dispositivo Uso

Formas mais
comuns de entrada
de dados
Teclado
Mouse
Caneta ótica Tela de toque

Os dados são
armazenados sob
forma de barras
impressas de
Leitor de bastão diferentes larguras
Leitor de código de barras

Os dados são
armazenados sobre
páginas impressas
ou mesmo sob
formas manuscritas
Scanner ótico

Os dados são
inseridos no local
onde
foi efetuada uma
transação

Dispositivo de pontos de venda


Os dados inseridos
são impressos com
tinta magnética.
Este sistema é
utilizado no caso de
Leitor de caractere em tinta magnética cheques bancários

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iac.indb 36 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Dispositivo Uso

A entrada de voz
é interpretada e
mostrada em uma
tela ou armazenada
em disco
Reconhecimento de voz

Digitaliza imagens
gráficas e
transmite-as para o
computador
Digitalizador
Podem ser inseridos
vídeos, fotos,
gráficos, som e
texto para criar
apresentações
multimídia para
Gravador ensino, informação
Câmera e entretenimento

Figura 1.4 - Dispositivos de entrada


Fonte: TURBAN, RAINER e POTTER (2003)

Dispositivos de saída

Os dispositivos de saída apresentam os dados de uma forma que


as pessoas possam entendê-los. A saída gerada pelo computador
pode ser transmitida para o usuário por diversos dispositivos
ou meios. Os principais dispositivos de saída são mostrados na
Figura 1.5.

Dispositivo de saída Uso

Imprime relatórios, preenche


formulários e imprime gráficos de
alta resolução

Impressora

Unidade 1 37

iac.indb 37 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Dispositivo de saída Uso

Mostra informações digitadas,


armazenadas no computador ou
produzidas por ele

Monitor

Desenha gráficos e esquemas


coloridos produzidos por
computador

Plotador (plotter)

Responde aos usuários via


mensagens verbais ou música e
sobreposições de som e voz para
apresentações multimídia

Resposta em áudio

Figura 1.5 - Dispositivos de saída


Fonte: TURBAN, RAINER e POTTER (2003)

Dispositivos de armazenamento

Os dispositivos de armazenamento permanente armazenam


dados e programas para uso futuro. Conforme ressaltado
anteriormente, o conteúdo da RAM é perdido quando se desliga
o computador. Por este motivo, torna-se essencial a utilização de
dispositivos que permitam armazenar dados e acessá-los em outra
oportunidade, após o desligamento do microcomputador.

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iac.indb 38 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Os dispositivos de armazenamento trabalham com os meios ou


veículos próprios ao armazenamento e à transmissão de dados,
chamados mídia eletrônica (discos, fitas etc.).

Os principais meios de armazenamento secundário são mostrados


na Figura 1.6.

Dispositivo
Discos magnéticos

Disco rígido Disco flexível


Fitas magnéticas

Fitas magnéticas
Discos óticos

Discos óticos: CD-R / CD-RW / DVD

Pendrive

Figura 1.6 - Dispositivos de armazenamento


Fonte: TURBAN, RAINER e POTTER (2003)

Unidade 1 39

iac.indb 39 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Você sabe como se dá a representação de dados no


computador?

Na vida cotidiana, o homem lida, do ponto de vista numérico,


com o sistema de numeração decimal e, do ponto de vista
alfabético, com um determinado idioma. Da mesma forma, o
computador, por suas características físicas, lida, sob ambos os
aspectos, com o sistema de numeração binário.

Por questões de natureza técnica, os circuitos eletrônicos que


compõem um computador são projetados para reconhecer sinais
elétricos do tipo digital. Nos circuitos elétricos, do ponto de
vista lógico, a existência de tensão em um ponto do circuito
é representada pelo algarismo 1 e a ausência de tensão pelo
algarismo 0. Percebe-se, então, que o computador só é capaz de
distinguir dois estados, ligado e desligado, verdadeiro ou falso,
presente ou ausente, 1 (um) ou 0 (zero).

Assim, o bit é a base de toda a representação da informação no


computador. Em um bit podemos armazenar apenas dois tipos de
dados: 1 (um) ou 0 (zero). Devido a isso, o computador trabalha
com um sistema de numeração próprio, que é o binário. Por
incrível que pareça, todo tipo de dado, desde palavras e números,
até figuras, fotografias e músicas, é armazenado sob a forma de 2
dígitos!

Bit é uma palavra formada pelas duas primeiras letras de binário


e pela última letra de dígito (binary digit, em inglês). O bit é a
menor unidade de informação reconhecida pelo computador.

Um agrupamento de bits é chamado de byte. Um byte é composto


de 8 bits e representa um caractere – letra, número, espaço
em branco ou símbolo especial. Um byte é uma informação
inteira. Por exemplo, o numero 14 é expresso em binário assim:
00001110 (cada um dos oito algarismos é um bit; todos eles
juntos, um byte). São oito bits num byte porque as combinações
possíveis de oito dígitos são mais que suficientes para expressar
qualquer número, letra ou símbolo.

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iac.indb 40 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

As capacidades de armazenamento dos diversos dispositivos,


assim como da memória principal, são medidas pelo número de
bytes. As medidas mais comuns estão ilustradas no Quadro 1.1.

Unidade Conversão Número de páginas de


texto (aproximado)
1 kilobyte (KB) 1024 bytes 1/2
1 megabyte (MB) 1.048.576 bytes 500
1 gigabyte (GB) 1.073.741.824 bytes 512.000
1 terabyte (TB) 1.099.511.627.776 bytes 524.288.000

Quadro 1.1 - Byte e seus múltiplos


Fonte: BIZZOTO (1998)

SEÇÃO 5 - Analisando os vários tipos de softwares


Por mais evoluído que seja o hardware de um computador, ele
só fornece capacidade bruta de processamento. O hardware
não consegue executar qualquer ação sem receber instrução.
Essas instruções são chamadas de softwares ou programas de
computador.

Um programa é uma sequência de instruções que


o computador realiza para a execução de uma
determinada tarefa. Ele é composto por uma série de
comandos ou instruções.

É incontável a quantidade de softwares existentes atualmente.


São programas com as mais diversas funções. Por exemplo,
existem programas que controlam as obturações realizadas em
um paciente por um dentista, programas que exibem um cadastro
de clientes de uma empresa, emitem cobrança, imprimem cartas
e convites etc.

Existem dois tipos principais de software: software aplicativo e


software básico.

Unidade 1 41

iac.indb 41 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

O software aplicativo executa atividades de


processamento de dados que proporcionam
funcionalidade ao usuário, como o processamento de
um texto, ou o cálculo de uma folha de pagamento,
por exemplo.
O software básico age como intermediário
entre o hardware e os programas de aplicativos.
Eles manipulam os recursos de hardware para
os aplicativos, como, por exemplo, gerenciar o
armazenamento secundário para todos os aplicativos.

A Figura 1.7 mostra que o software básico é necessariamente


um intermediário entre o hardware e o software de aplicativo; o
software de aplicativo não consegue rodar sem o software básico.

Software aplicativo

Software básico

Hardware

Figura 1.7 - Principais tipos de software


Fonte: TURBAN, RAIDER E POTTER (2003)

Cada uma dessas categorias engloba uma gama de softwares. Vale


ressaltar que estas categorias são utilizadas para fins didáticos e a
classificação apresentada a seguir é apenas uma das possibilidades
como apontam alguns autores. Na literatura, você poderá
encontrar outras classificações. Vejamos quais são os principais!

Quais são os principais tipos de software aplicativo?

42

iac.indb 42 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

O software aplicativo, voltado para a solução de problemas do


usuário, pode ser de uso geral ou específico.

„„ Os aplicativos de uso geral são programas que atendem a


diversas necessidades de um grande número de usuários
de forma padrão. São aplicativos destinados a tarefas
bastante comuns no uso do computador e que servem
a praticamente todos os usuários. Os aplicativos de uso
geral mais utilizados estão ilustrados no Quadro 1.2.

Aplicativo Uso Exemplo de produtos


Word (Microsoft)
Criar e manter documentos de texto, como cartas,
Processadores de texto Word Pro (Lotus)
jornais, livros e malas-diretas.
Word Perfect (Corel)
Permitem construir planilhas de cálculos,
envolvendo fórmulas que o próprio usuário cria Excel (Microsoft)
Planilhas eletrônicas ou muitas outras científicas, financeiras etc. As 1-2-3 (Lotus)
planilhas eletrônicas criam, ainda, gráficos com
variados recursos de exibição, dentre muitas outras Quattro Pro (Corel).
aplicações

Destinam-se a trabalhar com imagens e gráficos de Corel


alta resolução, permitindo aplicar efeitos especiais Photo Style
Editores gráficos em fotos e criar desenhos artísticos e profissionais PhotoShop
para uso nas mais variadas áreas.

Produzem publicações profissionais como jornais, PageMaker


Editoração eletrônica panfletos publicitários, anúncios, manuais e livros Ventura
utilizando fotos, imagens e outros recursos gráficos. MS Publisher
Permitem criar apresentações de multimídia PowerPoint (Microsoft)
Apresentações gráficas com texto, som, animação, fotos e vídeos, além Freelance Graphics (Lotus)
de recursos para exibição de slides gerados no
computador. Presentations (Corel)

Oferecem uma interface gráfica para acesso e Netscape Navigator


Navegadores de rede exibição de informações armazenadas em outros
(browsers) MS Internet Explorer
computadores interligados à internet.
Permitem acessar, enviar e manipular mensagens de MS Outlook, Outlook Express,
Aplicativos para e-mail correio eletrônico. IncredMail

Quadro 1.2 - Principais softwares aplicativos

Fonte: RAMALHO (2000)

Unidade 1 43

iac.indb 43 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

„„ Os aplicativos de uso específico são assim chamados


porque destinam-se exclusivamente a oferecer soluções
de processamento para uma necessidade específica de um
usuário final. São exemplos deste tipo de aplicação folhas
de pagamento, crediário, imposto de renda, cadastro
de clientes, contas a pagar e receber etc. Na unidade 5
abordaremos alguns aplicativos específicos voltados à
atividade contábil.

E o software básico, o que compreende?

Como já vimos acima, o software básico coordena as várias


partes do computador e faz a mediação entre o software
aplicativo e o hardware do computador. O software básico
consiste em programas que gerenciam e apoiam as atividades de
processamento de informações. Podemos agrupá-los em duas
categorias: programas de gerenciamento de sistemas e programas
de desenvolvimento de sistemas. [12]

„„ Os programas de gerenciamento de sistemas gerenciam


recursos de hardware, software, rede e dados do
computador durante a execução dos vários trabalhos de
processamento de dados.

Sistemas operacionais;
Programas de gerenciamento de redes;
Gerenciamento de bancos de dados;
Utilitários (como antivírus e gerenciadores de cópias
de backups).

„„ Os programas de desenvolvimento de sistemas ajudam


os usuários a desenvolverem programas e procedimentos
de sistemas de informações. Os principais programas
de desenvolvimento são os tradutores e editores de
linguagem de programação.

44

iac.indb 44 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

O mais importante software básico para qualquer computador é o


seu sistema operacional.

Funções do sistema operacional


Os programas que rodam no computador utilizam
diversos recursos controlados pelo sistema
operacional. Esses recursos incluem o tempo da CPU,
a memória principal e os dispositivos de entrada/saída.
O sistema operacional procura alocar o uso desses
recursos da forma mais eficiente possível.
É, ainda, tarefa do sistema operacional controlar a
criação, anulação e o acesso aos arquivos de dados
e programas e controlar a sua localização física nos
dispositivos de armazenamento.
O sistema operacional também faz a interface entre o
usuário e o hardware. Ao mascarar diversos recursos
do hardware, tanto o desenvolvedor profissional como
o usuário final dispõem de um sistema mais amigável.
Uma característica desejável dos sistemas operacionais
é a portabilidade, significa que o mesmo software de
sistema operacional pode ser rodado em diferentes
computadores.

Se você tem alguma experiência prática com computadores, sabe


que o sistema operacional deve ser carregado e ativado antes
que você possa realizar outras tarefas. Isto enfatiza o fato de que
os sistemas operacionais são os componentes de software mais
indispensáveis entre os usuários e o hardware. Existem diferentes
sistemas operacionais, sendo os mais conhecidos na atualidade:
Windows, Solaris Unix e Linux.

Para concluir nossa seção sobre software, veja a seguir


algumas questões relacionadas à sua aquisição.

Unidade 1 45

iac.indb 45 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Licenciamento de software

Os fornecedores gastam tempo e dinheiro no desenvolvimento


de software, de modo que precisam protegê-lo contra cópia e
distribuição por terceiros, quer sejam pessoas ou empresas.

À medida que cresce o número de microcomputadores e os


negócios ficam cada vez mais descentralizados, torna-se mais
difícil administrar os ativos de software de uma organização. É
importante que se monitore constantemente os ativos de software
para assegurar que os mesmos possuam licenças de uso em
número equivalente à quantidade de softwares instalados, sob
pena de se sofrer sanções legais.

Upgrades de software
As empresas de software estão constantemente atualizando seus
programas e vendendo novas versões. O software atualizado pode
oferecer aperfeiçoamentos valiosos, mas, por outro lado, pode
também oferecer muito pouco em termos de recursos adicionais.
Decidir se e quando comprar a versão mais recente de um
software é uma questão que deve ser avaliada sempre.

Shareware e freeware
Shareware é um software com direitos autorais protegidos,
mas que podem ser utilizados por um período específico para
avaliação. Expirado esse prazo, o usuário deve pagar um pequeno
preço ao autor pelo privilégio de utilizá-lo. O freeware é um
software grátis.

Ambos ajudam a manter os custos do software baixos. O


shareware e o freeware muitas vezes não são tão potentes, isto
é, não possuem o conjunto completo de características como as
versões oficiais, mas alguns usuários obtêm com eles aquilo que
precisam a um preço acessível. Uma infinidade deles pode ser
obtida via internet.

46

iac.indb 46 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Software Livre
Software Livre é o software disponível com a permissão para
qualquer um usá-lo, copiá-lo, e distribuí-lo, seja na sua forma
original ou com modificações, seja gratuitamente ou com custo.
Em especial, a possibilidade de modificações implica em que
o código-fonte esteja disponível. E importante não confundir
software livre com software grátis porque a liberdade associada
ao software livre de copiar, modificar e redistribuir, independe
de gratuidade. Existem programas que podem ser obtidos
gratuitamente, mas que não podem ser modificados, nem
redistribuídos.

Para você praticar os novos conhecimentos, pesquise


em revistas, jornais e sites na internet que apresentam
ofertas de computadores.
Selecione ofertas (como desktops e notebooks) e
identifique o que é hardware e o que é software
na descrição do anúncio. Analise a função de cada
elemento mencionado.
Tire suas dúvidas com o professor tutor.

SEÇÃO 6 - O movimento de software livre

Você já pensou sobre a lógica do software livre? Seria


este um movimento que busca mais segurança e
menos dependência?

A filosofia do software livre encontra as suas raízes na livre troca


de conhecimentos e de pensamentos que podem tradicionalmente
ser encontrada no campo científico. Tal como as ideias, os
programas de computador não são bens tangíveis e podem ser
copiados sem perda. A sua distribuição é a base de um processo
de evolução que alimenta o desenvolvimento do pensamento. O
movimento de software livre é a maior expressão da imaginação

Unidade 1 47

iac.indb 47 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

proveniente de uma parte da sociedade que busca mais do que a


venda de mercadorias. (Silveira, 2003, p.23)

Se por um lado, é através da imaginação que os cidadãos são


disciplinados e controlados pelos estados, mercados e outros
interesses dominantes, por outro, também é por meio da
imaginação que os cidadãos desenvolvem sistemas coletivos de
dissidência e novos grafismos da vida coletiva (Santos, 2002, p
46).

Qual o papel das políticas públicas perante esta ideia


de resgate do direito do cidadão ao conhecimento
digital pleno? O governo deve buscar a alternativa do
software livre para reduzir o orçamento público que é
destinado ao pagamento de royalites.

Sintonia Mundial

Nova era do software livre une governo, empresas,


pesquisadores e usuários num esforço estratégico contra a
escravidão em relação às licenças proprietárias.
Recentemente, o presidente da República reiterou que
o uso do software livre deve ser prioridade para todos
os órgãos da administração pública federal. Trata-se
de uma diretriz que vem ao encontro do que o Serpro
já faz há bastante tempo: buscar novas opções de uso
das ferramentas de TI, mediante o desenvolvimento e a
disseminação de aplicativos de código aberto, que possam
ser adaptados às necessidades de cada usuário, seja ele
público ou privado, e que não contenham as amarras
financeiras inerentes ao software proprietário.
[...] “O software livre não vem para criar uma briga de Davi
contra Golias, nem para criar uma situação de disputa
ideológica. Trata-se de uma visão estratégica. Sua utilização
permite que possamos nos contrapor ao modelo de
negócios de licenciamento dos proprietários, que hoje é
muito danoso para os usuários”, afirma Luis Gustavo Loyola,
coordenador corporativo de soluções tecnológicas do
Serpro.

48

iac.indb 48 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Nova era do Software Livre

Até o início dos anos 1990, em sua primeira fase, o software


livre era resultado de iniciativas isoladas, de algumas
pessoas ou grupos que se interessavam pelo tema. [...]
Já entre o final dos anos 90 e início do século XXI,
passou-se para uma fase na qual era muito forte a ideia
da comunidade. Apostava-se que as comunidades
iriam sustentar o uso do software livre, sua evolução.
Acontece que, a exemplo do ocorrido durante a primeira
era, existia ainda um risco significativo de não haver
garantia de sustentabilidade desse tipo de produto. [...] As
comunidades até atualizavam em algum momento, mas
isso no tempo em que elas queriam ou podiam; não havia
um comprometimento estratégico para isso, uma visão de
negócio. [...]
Há algum tempo o mundo assiste à terceira fase do
software livre, a chamada era dos consórcios. Nessa etapa,
reúnem-se os conglomerados e empresas, os usuários, o
governo, o meio acadêmico e a comunidade de software
livre, para, em conjunto, trabalharem na redução de riscos,
desenvolvendo aplicativos de código aberto que tenham
garantia de atualização e suporte. Os próprios consórcios
garantem que aqueles produtos saídos dali terão essa
garantia. [...]
Mas uma coisa é certa: apesar de dar prioridade total
para o uso do software livre, o Serpro não pretende fazer
nenhuma ruptura brusca em relação ao modelo atual.
Trata-se de uma transição planejada e segura, como afirma
Loyola. “Software é uma coisa que está sempre precisando
de muito investimento, não só de inteligência, mas também
de tempo. Você pode até saber o que é necessário para
construir um banco de dados igual ao Oracle. Mas leva
tempo fazer com que o produto saia de uma maturação
‘x’ e chegue até a maturação do Oracle. Igualmente para
um software de gerência. Você sabe o que fazer para ficar
igual ao Open View, mas leva tempo para fazer. Por isso
apostamos na convivência híbrida. Sempre que houver
a oportunidade de software livre, preferencialmente
vamos utilizá-lo. Porque estrategicamente nós vemos que
estamos fugindo daquele modelo escravizador”, esclarece o
coordenador corporativo.
Texto adaptado do site: http://www.serpro.gov.br/publicacoes/tema_187/mate-
rias/sol_187_01

Unidade 1 49

iac.indb 49 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Neste debate entre software livre e proprietário, há opiniões


amadurecidas como esta da Serpro, como também há visões
radicais, daqueles que defendem a mudança para o software livre
de forma imediata ou a permanência do software proprietário.

Assim como foi relatado pela Serpro, desde o surgimento


de propostas de uso de software livre em telecentros, órgãos
públicos, escolas e outras entidades, também há relatos das
vantagens, bem como se encontram depoimentos acerca das
dificuldades, como o treinamento de pessoal e a instalação/
manutenção dos programas.

Essas ambivalências vêm gerando divergências entre todos os


envolvidos e são de difícil solução. Cabe a cada um de nós,
enquanto usuários domésticos ou comerciais, empresários ou
funcionários públicos, refletir sobre as alternativas possíveis,
decidir o rumo a seguir e contribuir para a realização destas
escolhas.

Síntese

Nesta unidade você viu que o computador é formado por um


conjunto de componentes que recebe dados como entrada,
transforma-os ao executar um programa e envia os resultados
para diversos dispositivos. Os principais elementos de um
computador são o hardware e o software. O hardware é a parte
mecânica e física da máquina, com todos os seus componentes
eletrônicos e mecânicos. O software corresponde aos programas,
ou conjuntos de instruções, que fazem com que o computador
execute uma determinada tarefa.

Você estudou, também, que há vários tipos de computadores;


e que eles, hoje, se diferenciam, principalmente, pelo tamanho
ou porte do equipamento. Neste caso os computadores se
classificam em microcomputadores, computadores de médio
porte e computadores de grande porte. Microcomputadores

50

iac.indb 50 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

são utilizados como computadores pessoais, mas são também


conectados a diversos tipos de redes de telecomunicações.
Computadores de médio porte são cada vez mais utilizados
como poderosos servidores de rede e para processamento de
dados organizacionais por múltiplos usuários e para aplicativos
científicos. Computadores de grande porte são maiores e mais
poderosos e são utilizados para controlar as necessidades do
processamento de informações em grandes organizações.

Destacamos, ainda, que os componentes de hardware em


um computador incluem dispositivos de entrada, de saída, de
armazenamento, além da unidade central de processamento
(CPU) e da memória principal. Os dispositivos de entrada
aceitam dados e instruções e os convertem em uma forma
que o computador possa entendê-los. Os dispositivos de saída
apresentam os dados de uma forma que as pessoas possam
entendê-los. Os dispositivos de armazenamento permanente têm
por função armazenar dados e programas para uso futuro.

A unidade central de processamento manipula os dados e


controla as tarefas realizadas pelos outros componentes. A
memória principal armazena temporariamente os dados e as
instruções de programação durante o processamento.

Por fim, analisamos que o software existente em um computador


é de dois tipos principais: software aplicativo, que dirige o
desempenho de uma tarefa específica do usuário final, e software
básico, que controla e apoia as operações do computador. O
software aplicativo inclui vários programas que podem ser
separados em categorias de finalidades gerais e aplicações
específicas. O software básico tem como principal representante
o sistema operacional.

Unidade 1 51

iac.indb 51 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Atividades de autoavaliação

1) O que é um computador e como ele realiza o processamento de dados?

2) Quais as vantagens de usar computadores nas organizações?

52

iac.indb 52 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

3) Ao analisar a evolução dos computadores, o que se observa como


tendência?

4) Defina e descreva as principais categorias de computadores e suas


aplicabilidades.

5) Cite os principais componentes de hardware de um computador e


descreva a função de cada um.

Unidade 1 53

iac.indb 53 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

6) Quais são os principais tipos de software? Como eles se diferenciam


entre si?

7) Leia o caso abaixo e responda ao que se segue.


“Estudantes de uma universidade utilizam o laboratório de informática
para uma série de tarefas. Um estudante pode usar um programa de
processamento de textos disponível em um microcomputador e digitar
a análise de um estudo de caso. Quando a análise é digitada, editada
e corretamente formatada, segundo as especificações do professor, o
estudante pode salvá-la num disquete e imprimir uma cópia em uma
das impressoras na rede do laboratório.”
Identifique as atividades de entrada, processamento, saída e
armazenamento que ocorreram, e os hardwares e softwares
possivelmente utilizados.

54

iac.indb 54 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

8) Qual dispositivo de entrada e saída você recomendaria para as


seguintes atividades?
a) Dar entrada na imagem de um papel
b) Dar entrada em dados de etiquetas de mercadorias
c) Dar entrada em dados de projetos de engenharia
d) Emitir documentos legais
e) Produzir diagramas de engenharia
f) Apresentar resultados financeiros para altos executivos
g) Introduzir relatórios financeiros datilografados

9) Uma grande cadeia de lojas de departamento gostaria de adquirir


software para realizar as tarefas relacionadas abaixo. Identifique quais
tipos de software são necessários.
a) “Surfar” na rede e em suas intranets e extranets
b) Trocar mensagens entre todas as suas estações de trabalho
c) Ajudar os representantes de vendas a controlarem compromissos de
reuniões e visitas de vendas
d) Digitar correspondências e relatórios
e) Analisar linhas e colunas de cifras de vendas
f) Desenvolver uma série de apresentações gráficas

10) Numere a segunda coluna de acordo com a primeira:



( 1 ) 1024 Kbytes ( ) Capacidade de armazenamento de um disquete 3 1/2 pol
( 2 ) 1024 MB ( ) 1Kbyte
( 3 ) 8 bits ( ) Unidade básica de representação da informação
( 4 ) 1,44 MB ( ) 1 Byte
( 5 ) 1024 bytes ( ) 1 MegaByte
( 6 ) bit ( ) 1 Gigabyte

Unidade 1 55

iac.indb 55 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Saiba mais

Se você ficou interessado em conhecer mais detalhes sobre o


conteúdo desta unidade, sugerimos a leitura de:

RAMALHO, J. Introdução à informática: teoria e prática. São


Paulo: Berkeley Brasil, 2000.

VELLOSO, F. Informática: conceitos básicos. 7. ed. Rio de


Janeiro: Campus, 2004.

Nos links abaixo, você encontrará outras informações sobre o


assunto:

Historia do computador
<http://www.ime.usp.br/~macmulti/historico/>

Museu virtual de informática


<http://piano.dsi.uminho.pt/museuv/index.html>
<http://www.museudocomputador.com.br>

Software livre
<http://www.softwarelivre.gov.br/SwLivre/>

Assista, também, ao filme Piratas da Informática (Pirates of


Silicon Valley. USA, 1999).

O filme trata do surgimento de duas grandes companhias de


tecnologia: a Microsoft e a Apple Computers, focalizando nas
trajetórias de seus fundadores, Bill Gates/Paul Allen e Steve
Jobs/Steve Wozniak, respectivamente.

56

iac.indb 56 11/05/30 13:41


2
UNIDADE 2

Conhecendo uma planilha


eletrônica de cálculo

Objetivos de aprendizagem
„„ Entender o que são planilhas de cálculo.

„„ Criar e conhecer alguns recursos de formatação de


planilhas eletrônicas.
„„ Desenvolver fórmulas que atendam às necessidades de
cálculo.
„„ Conhecer e usar algumas das funções disponíveis para
cálculo.

„„ Entender como compartilhar dados entre planilhas.

Seções de estudo
Seção 1 O que é uma planilha eletrônica?
Seção 2 Criando e formatando planilhas
Seção 3 Usando fórmulas em planilhas
Seção 4 O uso de funções em planilhas
Seção 5 Compartilhando dados entre planilhas

iac.indb 57 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de estudo

Nesta unidade de estudo, a ideia principal é trabalhar com os


recursos de cálculo dos softwares aplicativos do tipo planilhas de
cálculo ou planilhas eletrônicas. Esta é uma ferramenta poderosa
no trato de dados e informações para apoio à administração, seja
pública ou privada.

Existem vários softwares de planilhas eletrônicas disponíveis


no mercado, mas todos apresentam estruturas e funções
semelhantes. Assim, o conhecimento das funcionalidades de um
deles certamente o ajudará na utilização de outros.

No sentido de “padronizar” nosso estudo, que visa a permitir


esclarecer os principais conceitos que estão por trás das planilhas
de cálculo, bem como permitir um contato prático, estaremos
centrados nos principais recursos oferecidos pelo software MS-
Excel.

Ressaltamos que é fundamental, ao longo de toda a unidade,


que você experimente e exercite cada uma das funcionalidades
discutidas. Experimente todos os exemplos mostrados ao longo
da unidade e pratique, também, aqueles exercícios propostos ao
final das seções. Esta é uma unidade de estudo eminentemente
prática.

Não se desestimule frente a alguma dificuldade (compartilhe-


a com seu professor tutor!). O aprendizado se dá exatamente a
partir deste processo de tentativa, erro e acerto.

Vamos em frente!

58

iac.indb 58 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

SEÇÃO 1 – O que é uma planilha eletrônica?


A planilha eletrônica é um dos aplicativos de maior sucesso
na história da informática. Desde as primeiras planilhas,
este aplicativo se mostrou um dos mais fáceis de se utilizar,
a despeito de serem ferramentas extremamente flexíveis e
poderosas. A “montagem” de uma planilha, inicialmente, é quase
trivial e imediata. Daí sua grande aceitação e aplicabilidade,
especialmente por aqueles não especialistas em informática.

Você sabe como surgiu a primeira planilha eletrônica?


[MM99a]
Em 1978, um aluno, Daniel Bricklin, da Escola de
Administração de Harvard percebeu que seu mestre
de finanças despendia muito tempo para modificar e
realizar, no quadro de giz, novos cálculos que estavam
dispostos em colunas e linhas criando, desta forma,
uma tabela que permitia que quando fosse alterada
uma variável, todos os dados referentes deveriam ser
atualizados também. Neste momento, o professor
tinha de calcular cada fórmula, o que provocava
demasiada demora.
Bricklin, juntamente com seu amigo e programador
Robert Frankston, elaborou um programa que
simulava o quadro de giz do professor. Tratava-se da
primeira Planilha Eletrônica! Surgia o Visicalc.

Uma planilha eletrônica permite:

„„ armazenar, manipular, calcular e analisar dados


numéricos e textos;
„„ elaborar gráficos de forma a facilitar a visualização de
resultados;
„„ pesquisas em listas de dados (bancos de dados).
O processo de recálculo é um de seus pontos fortes. Se o
conteúdo de um dado é modificado, os valores derivados são
recalculados automaticamente.

Unidade 2 59

iac.indb 59 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Uma planilha é simplesmente um conjunto de linhas


e colunas, e cada junção de uma linha com uma
coluna chama-se célula que é a unidade básica da
planilha, na qual ficam armazenados os dados. Cada
célula possui um endereço próprio, formado pela
letra da coluna e pelo número de linha; por exemplo:
A1 identifica a célula da coluna A com a linha 1.

Se você necessitar digitar um valor na coluna A, linha 20,


primeiro localize a célula A20 (resultado da interseção entre a
coluna A e a linha 20) com o mouse ou movimentando as setas
do teclado e clique sobre a mesma. Note que as bordas desta
célula vão ficar mais grossas. Pronto, agora é só digitar o valor
desejado.

Uma planilha está contida em uma pasta de


trabalho, ou seja, uma pasta de trabalho pode conter
várias planilhas.

A Figura 2.1 ilustra a área de trabalho de uma planilha (espaço


representado pelas células, no qual iremos construir nossa
planilha) e as guias referentes às planilhas da pasta de trabalho
(as guias ficam na parte inferior esquerda da planilha).

Figura 2.1 - Tela principal do Excel


Fonte: MS-Excel XP

60

iac.indb 60 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Para movimentar-se entre as planilhas de uma pasta de


trabalho, basta pressionar a guia da planilha desejada. É possível
incluir, excluir, alterar o nome da planilha, via acesso ao menu
apropriado clicando-se o botão direito do mouse sobre a guia da
planilha.

SEÇÃO 2 – Criando e formatando planilhas


Os números são os principais tipos de dados em uma planilha,
pois com base neles o Excel faz cálculos e gráficos.

Os valores numéricos quando digitados posicionam-se


automaticamente à direita das células. Quando o número de
dígitos ultrapassa a largura da coluna, a célula é preenchida com
o caractere #, para indicar que a célula tem um valor maior do
que o possível exibir.

É possível digitar qualquer tipo de dados alfanuméricos na


planilha. Os valores alfanuméricos são automaticamente
alinhados à esquerda da célula. Quando um texto digitado é
extenso e ultrapassa a largura da coluna, parte é editada dentro
da célula de origem e o restante avança pelas células à direita (se
a célula à direita tiver algum conteúdo, o texto exibido pela célula
anterior será apenas aquele que cabe na largura da célula).

A Figura 2.2 ilustra esses conceitos.

Figura 2.2 - Textos numéricos e alfanuméricos em uma planilha


Fonte: MS-Excel XP

O Excel considera as datas e horas com números. As datas são


informadas com o separador barra (“/”) e as horas com dois
pontos (“:”). Para digitar uma data e hora na mesma célula, separe
a data e a hora com um espaço, conforme ilustrado na Figura 2.3.

Figura 2.3 - Data e hora em uma planilha


Fonte: MS-Excel XP

Unidade 2 61

iac.indb 61 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Como selecionar linhas e colunas?

Para selecionar toda uma coluna, dê um clique na letra


correspondente à coluna. Por exemplo, para marcar a coluna B,
dê um clique na letra “B”. O resultado será como ilustrado na
Figura 2.4.

Figura 2.4 - Seleção de uma coluna em uma planilha


Fonte: MS-Excel XP

Para selecionar toda uma linha, clique sobre o número


correspondente à linha. Por exemplo, para marcar a linha 2,
clique sobre o número 2. O resultado será como ilustrado na
Figura 2.5.

Figura 2.5 - Seleção de uma linha em uma planilha


Fonte: MS-Excel XP

Para marcar a planilha toda, clique sobre o espaço existente logo


à esquerda da coluna A e logo acima da linha 1. O resultado será
como ilustrado na Figura 2.6.

Figura 2.6 - Seleção de uma planilha


Fonte: MS-Excel XP

62

iac.indb 62 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Como formatar uma planilha?

Uma célula pode ser formatada para mudar o modo como


seu valor é exibido. Formatar uma célula não altera o valor
armazenado nessa célula. As principais formatações de células
estão disponíveis via menu Formatar – Célula.

„„ Guia Número – possibilita alterar a apresentação dos


números de um intervalo selecionado, definindo, por
exemplo, a quantidade de casas decimais, separadores
de milhares, o uso do símbolo de moeda, conforme
ilustrado na Figura 2.7.

Figura 2.7 - Tela de formatação de células – Guia Número


Fonte: MS-Excel XP

„„ Guia Alinhamento – permite escolher como os dados


serão alinhados dentro da célula, retorno automático de
texto (quando o texto digitado é maior que o tamanho
padrão da coluna, automaticamente ele é dividido em
duas ou mais linhas dentro da célula), opção de redução
do tamanho de letra com o tamanho necessário para
caber na célula (quando o texto digitado for maior
que o tamanho da célula), mesclar células (as células
selecionadas são combinadas em uma só), o grau de
orientação do texto, conforme ilustrado na Figura 2.8.

Unidade 2 63

iac.indb 63 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 2.8 - Tela de formatação de células – Guia Alinhamento


Fonte: MS-Excel XP

„„ Guia Fonte – possibilita alterar os tipos de fontes, sua


cor etc., conforme ilustrado na Figura 2.9.

Figura 2.9 - Tela de formatação de células – Guia Fonte


Fonte: MS-Excel XP

„„ Guia Borda – permite definir ou alterar o tipo de


borda da planilha, podendo definir posição, estilo e cor,
conforme ilustrado na Figura 2.10.

Figura 2.10 - Tela de formatação de células – Guia Borda


Fonte: MS-Excel XP

64

iac.indb 64 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

„„ Guia Padrões – determina a cor do fundo e


sombreamento da célula, conforme ilustrado na Figura
2.11.

Figura 2.11 - Tela de formatação de células – Guia Padrões


Fonte: MS-Excel XP

A maioria dessas formatações podem também ser feitas usando-


se os botões disponíveis na barra de formatação.

Que tal você praticar criando uma planilha simples?

A planilha a ser criada consolida a previsão de despesas de um


órgão em um trimestre.

1. No Excel, abra uma nova planilha e digite os dados que


se seguem nas células indicadas (sem adicionar qualquer
formatação!):

Unidade 2 65

iac.indb 65 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

A1: Departamento Geral B11: 400


A3: Previsão trimestral C5: fevereiro
A5: Item C6: 940
A6: Aluguel C7: 1370
A7: Materiais C8: 650
A8: Água Luz Telefone C9: 750
A9 : Funcionários C10: 350
A10: Serviços C11: 400
A11: Outras despesas D5: março
B5: janeiro D6: 940
B6: 850 D7: 1450
B7: 1250 D8: 700
B8: 600 D9: 800
B9: 700 D10: 350
B10: 350 D11: 400

1. Selecione toda a planilha e padronize a fonte para Arial


10, via Formatar – Célula... – Fonte.

2. Modifique o título da planilha para negrito, selecionando


a célula A3 e acionando Formatar – Célula... – Fonte e
escolhendo Estilo da fonte “negrito”.

3. Alinhe à direita os títulos das células B5, C5 e D5,


selecionando estas células e acionando Formatar
– Célula... – Alinhamento e escolhendo Alinhamento de
Texto-Horizontal: “Direita”.

4. Para centralizar o título da planilha, usaremos


outro recurso. Selecione de A3 até E3 e acione
Formatar – Célula... – Alinhamento. Escolha Mesclar
células e Alinhamento de Texto-Horizontal: “Centro”.
Analogamente, centralize o título da linha 1.

5. Veja que o conteúdo da célula A8 ultrapassa o limite


da célula. Aumente a largura da coluna A para que se
ajuste ao maior conteúdo. Selecione a coluna A e acione
Formatar – Coluna – AutoAjuste de seleção

6. Para apresentar os valores das células B6 a D11 com 2


casas decimais e o símbolo R$, selecione este conjunto de
células e acione Formatar – Célula...- Número e escolha
Categoria: Contábil.

66

iac.indb 66 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

7. Insira mais uma linha em branco entre as linhas 5 e 6,


posicionando o cursor na célula A6 e acionando Inserir
- Linhas.

8. Elimine a linha em branco entre Departamento... e


Previsão..., posicionando o cursor em A2 e selecionando
no menu Editar a opção Excluir - Linha inteira.

9. Substitua o título Departamento Geral para Divisão


Geral – clique no título e pressione F2 para editá-lo.

10. Salve seu trabalho, pois esta planilha será usada na


próxima seção.

Sua planilha deve estar conforme ilustrado na Figura 2.12.

Figura 2.12 - Planilha final da seção 2


Fonte: Adaptado de [Cor01]

SEÇÃO 3 – Usando fórmulas em planilhas


Como o próprio tipo de software já diz, “planilha eletrônica de
cálculo”, o Excel é uma poderosa ferramenta para, entre outras
várias funções, realizar cálculos matemáticos e financeiros.
Assim, para desenvolver planilhas é importantíssimo
compreender como funciona a confecção de fórmulas, pois é
através delas que será possível realizar as operações matemáticas
necessárias para obter resultados usando os valores digitados nas
células.

Unidade 2 67

iac.indb 67 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

„„ Toda fórmula é precedida pelo sinal de igualdade


(“=”), seguida de uma expressão aritmética.
„„ Após digitar toda a fórmula e teclar [Enter], o
resultado aparecerá automaticamente na célula em
que foi digitada a fórmula.
„„ Para visualizar a fórmula contida em uma célula
basta selecionar a célula e teclar [F2].

Uma expressão aritmética em uma fórmula pode conter:

„„ valores numéricos,
„„ referências de célula,

„„ parênteses, e

„„ operadores aritméticos.

Os operadores aritméticos disponíveis estão relacionados no


Quadro 2.1:

Operação Símbolo Exemplos


=A1+A2
adição +
=A1+5
=A1-A2
subtração -
=100-A1
multiplicação * =A1*A2
divisão / =A1/A2
potenciação ^ =A1^2
porcentagem % =10%*A1

Quadro 2.1 - Operadores aritméticos


Fonte: Adaptado de [San06]

Os operadores aritméticos possuem uma ordem de precedência


na execução dos cálculos quando há mais de um em uma mesma
fórmula. Em primeiro lugar, são realizadas as potenciações,
depois as multiplicações e divisões e, por fim, as adições e
subtrações.

Os operadores [*] e [/] têm o mesmo nível de precedência,


assim como os operadores [+] e [-]. Se uma fórmula contiver
operadores com a mesma ordem de precedência (por exemplo, se
houver operadores de multiplicação e divisão), o Excel avalia os
operadores da esquerda para a direita.

68

iac.indb 68 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

O uso de parênteses ( ) na fórmula permite alterar essa ordem de


precedência.

Por exemplo: quando usamos a fórmula =(A1+B1)/C1, os


parênteses garantem que C1 divida o valor de B1 somado a A1;
se não tivéssemos os parênteses, o Excel avaliaria a fórmula
=A1+B1/C1 primeiro dividindo B1 por C1 e, depois, somando o
resultado a A1. Vejamos numericamente!

A fórmula=(6+4)/2 resulta 5 e =(6+4/2) resulta 8.

Suponha que a Figura 2.13 apresenta os dados preliminares


de uma folha de pagamento. Usaremos nesta planilha várias
operações aritméticas. As colunas são calculadas de acordo com
as seguintes fórmulas:

Sal.Bruto = R$25,00 por Hrs. Trabalho


Vantagem = ¼ do Sal.Bruto
Desconto = 6% do Sal.Bruto
Sal.Base = Sal.Bruto mais Vantagem menos Desconto

Figura 2.13 - Exemplo de fórmulas com operações aritméticas


Fonte: MS-Excel XP

Quando usamos o endereço de uma célula em uma


fórmula, isto é chamado de referência. O fato de
se usar referências de células nas fórmulas, e não os
valores contidos nelas, possibilita, no caso de alguma
alteração de qualquer um dos valores, o resultado ser
atualizado automaticamente.

Quando trabalhamos com planilhas, é comum termos a


necessidade de criar um cálculo e estender esse cálculo para várias
outras células.

Quando precisamos da mesma fórmula em um intervalo,


podemos inserir a fórmula na primeira célula e arrastar a alça de
preenchimento para copiá-la para as outras células. Um método
alternativo é selecionar primeiro o intervalo, digitar a fórmula para
a primeira célula e completar a entrada teclando ao mesmo tempo as
teclas [Ctrl] [Enter] em vez de simplesmente [Enter].
Unidade 2 69

iac.indb 69 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para identificar a alça de preenchimento veja a Figura 2.14.


É aquele pequeno quadrado no canto inferior direito da célula
selecionada. Ao posicionarmos o cursor sobre este ponto o cursor
se transforma em uma pequena cruz que podemos arrastar para
qualquer direção, copiando o conteúdo da célula selecionada.

Figura 2.14 - Alça de preenchimento


Fonte: MS-Excel XP

As referências de célula não são alteradas quando uma fórmula é


movida (usando recortar e colar ou arrastando o seletor de célula
– aquela linha mais grossa que circunda a célula selecionada).

Ao copiarmos uma fórmula, o Excel ajusta os endereços que


a compõem de acordo com a posição na qual ela é copiada.
Chamamos isto de referência relativa.

Na planilha ilustrada na Figura 2.15, ao copiarmos a fórmula


escrita em C2 para as células C3 a C7, as referências e as
células são automaticamente reajustadas. O mesmo acontece ao
copiarmos a célula D2 para D3 a D7, E2 para E3 a E7 e F2 para
F3 a F7.

Figura 2.15 - Exemplo de referência relativa


Fonte: MS-Excel XP

Agora, imagine se a planilha possui um valor posicionado em


uma célula a ser usado em todas as fórmulas como, por exemplo,
uma taxa única de correção. Devemos, então, fixar este endereço
na fórmula a ser copiada. Isto é feito colocando-se um cifrão
[$] antes da indicação da linha e/ou coluna como, por exemplo,
=$F$4*H6 (nesta fórmula, a referência à célula H6 vai mudar de
acordo com a posição para onde ela for copiada, enquanto F4 vai
sempre permanecer igual). Chamamos isto de referência absoluta.
70

iac.indb 70 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Na planilha ilustrada na Figura 2.15, se quiséssemos adicionar


um valor de abono fixo (disponível na célula A10) ao Sal.Base,
criaríamos a fórmula em F2, como ilustrado na Figura 2.16, e
então copiaríamos esta fórmula para as células F3 a F7. Note
que ao copiarmos a fórmula, as referências, as células C2, D2
e E2 mudam de acordo com a posição para onde ela é copiada,
enquanto A10 se mantêm fixa, devido ao sinal de cifrão antes da
indicação da coluna “A” e da indicação de linha “10”. A tecla [F4]
pode ser usada para inserir automaticamente o símbolo de cifrão
($). Para inserí-lo, selecione o endereço da célula na fórmula e
pressione F4.

Figura 2.16 - Exemplo de referência absoluta


Fonte: MS-Excel XP

Ao fixarmos um endereço em uma fórmula, podemos fazê-lo para:


„„ fixar a referência à linha (exemplo, =F$4*H6);
„„ fixar a referência à coluna (por exemplo, =$F4*H6);
„„ fixar a referência tanto à coluna quanto à linha (por
exemplo, =$F$4*H6).
A Figura 2.17 dá uma dica para identificar se devemos fixar por
linha, coluna ou ambas.
A B C D
Cópia Linear,
1 fixam-se as Colunas.
2

Cópia para Baixo, Cópia na Diagonal,


fixam-se as Linhas. fixam-se Colunas e Linhas.
Prendem-se as Colunas. Prendem-se as Colunas.
Figura 2.17 - Dica para identificar se deve-se fixar a cópia por linha, coluna ou ambas.
Fonte: [MM99a]

Unidade 2 71

iac.indb 71 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Vamos colocar os conhecimentos adquiridos nesta


seção em prática?

1. No Excel, abra a planilha criada e salva ao


final da seção 2.

2. Acrescente os dados que se seguem nas células indicadas:

E4: TRIMESTRE
A12: TOTAL
A13: Reserva técnica
A14: TOTAL DESPESAS
A15: Percentual trimestre
A17: RECEITA PREVISTA
A20: LUCRO PREVISTO
B17: 4000
C17: 6000
D17: 5000
A19: SALDO

3. Aumente a largura da coluna A para que se ajuste ao


maior conteúdo (lembra como? selecione a coluna A e
acione Formatar – Coluna – AutoAjuste de seleção).

4. Formate a faixa de dados de B17 a D17: selecione este


conjunto de células e acione Formatar – Célula...; escolha
como “Categoria” Moeda e “Símbolo” R$.

5. Calcule a coluna TRIMESTRE: em E6 digite a fórmula


=B6+C6+D6. Copie esta fórmula para E7 a E11.

6. Calcule a linha TOTAL: em B12 digite a fórmula


=B6+B7+B8+B9+B10+B11. Copie esta fórmula para C12
a E12.

7. Antes de calcular a Reserva técnica, vamos criar um local


para colocar o percentual de reserva técnica. Selecione a
coluna B e acione Inserir – Colunas. Digite 10% em B13.
Ajuste o tamanho da coluna (selecione a célula B13 e
acione Formatar – Coluna – AutoAjuste de seleção).

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iac.indb 72 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

8. Agora vamos calcular a linha Reserva técnica: na célula


C13 digite =$B13*C12. Copie esta fórmula para D13 a
F13.

9. Calcule a linha TOTAL DESPESAS: em C14 digite a


fórmula =C12+C13. Copie esta fórmula para D14 a F14.

10. Calcule a linha Percentual trimestre, como sendo a


divisão entre TOTAL DESPESA do mês e TOTAL
DESPESA do TRIMESTRE: em C15, insira a fórmula
=C14/$F$14, e copie-a para D15 a F15.

11. Formate a linha Percentual trimestre: selecione as


células C15 a F15 e acione Formatar – Célula...; escolha
como “Categoria” Porcentagem e “Casas decimais” 2.

12. Calcule o total da RECEITA PREVISTA no


TRIMESTRE, somando as receitas previstas nos meses
de janeiro, fevereiro e março. Em F17 digite a fórmula
=C17+D17+E17.

13. Calcule a linha SALDO, como sendo a diferença


entre os valores de RECEITA PREVISTA e TOTAL
DESPESAS. Em C19, insira a fórmula =C17-C14, e
copie-a para D19 a F19.

14. Salve seu trabalho.

Sua planilha deve estar conforme ilustrado na Figura 2.18.

Figura 2.18 - Planilha final da seção 3


Fonte: Adaptado [Cor01]
Unidade 2 73

iac.indb 73 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Verifique o recálculo automático alterando o valor do percentual


de Reserva técnica (célula B13) para 15%, por exemplo. Note que
os valores de Reserva técnica, TOTAL DESPESAS, Percentual
trimestre e SALDO são automaticamente recalculados.

SEÇÃO 4 – O uso de funções em planilhas


O MS-Excel, ao longo dos anos, vem agregando uma quantidade
enorme de funções de ação geral. São fórmulas predefinidas,
utilizadas para executar cálculos com maior facilidade, similares
às funções embutidas nas calculadoras científicas, estatísticas ou
financeiras.

As funções também começam com um sinal de igual


(=) e são identificadas por um nome seguido dos
argumentos de cálculo entre parênteses.
=NomeFunção(argumento1;argumento2;...)
Exemplo: =SOMA(B12:F12).
Esta função soma os conteúdos das células B12 a F12.

Uma função pode ser incluída em uma fórmula isoladamente ou


em uma expressão. Por exemplo, podemos usar =SOMA(A1:
A10) e =2*SOMA(A1:A10).

Uma função pode, ainda, servir como argumento de outra


função. Quando isto acontece dizemos que a função mais interna
está aninhada na mais externa. As funções podem ser aninhadas
em até 7 níveis.

=INT(SOMA(A1:A10))

Neste exemplo, o primeiro valor a ser calculado é


a soma de um intervalo (A1 a A10). Depois, o valor
inteiro da soma é obtido.

O Excel possui várias funções, separadas por categorias:


matemáticas, estatísticas, financeiras, data e hora, lógicas, procura
etc.

74

iac.indb 74 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

A ferramenta Assistente de função representa um meio fácil


de verificar as funções disponíveis e usá-las. Podemos acioná-la
via Inserir – Função... As funções disponíveis são selecionadas a
partir da caixa de diálogo apresentada na Figura 2.19. A escolha
da função se dá pela seleção da categoria da função e nome da
função. Se você desconhece a categoria que determinada função
se enquadra, basta selecionar Todas em categoria, e todas as
funções existentes serão exibidas na caixa de funções em ordem
alfabética.

Figura 2.19 - Assistente de função – seleção de função (etapa1)


Fonte: MS-Excel XP

Selecionada a função desejada, são solicitados os argumentos


necessários à execução da função (Figura 2.20).

Figura 2.20 - Assistente de função – argumentos da função (etapa 2)


Fonte: MS-Excel XP

Vejamos a seguir algumas das funções disponíveis!

Unidade 2 75

iac.indb 75 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Funções matemáticas e estatísticas


Função Resultado Sintaxe
ABS Retorna o valor absoluto de um número =ABS(num)
Arredonda um número para o número de casas
ARRED =ARRED(num;dígitos)
decimais especificadas
INT Mostra somente a porção inteira de um número =INT(num)
MOD Resto da divisão de número por outro =MOD(num;divisor)
Permite somar várias células ou intervalos de
SOMA =SOMA(num1;num2;...)
células

„„ Se quisermos obter na célula A1 o valor absoluto de


-162, teremos como conteúdo em A1 =ABS(-162), e o
resultado será 162.
„„ Se desejamos obter o valor arredondado até a 3ª casa
decimal da divisão de 323 por 7, em A2, devemos ter
como conteúdo nesta célula =ARRED(323/7;2), e o
resultado será 46,143.
„„ Para obter o resto da divisão entre 118 e 6 em A3
devemos ter como conteúdo em A3 =MOD(118;6), e o
resultado será 4.
Na Figura 2.18, na célula F6 poderíamos obter o total do
trimestre tendo nesta célula a função =SOMA(C6:E6) em vez
de =C6+D6+E6. O sinal de dois pontos [ : ] no argumento da
função indica um intervalo de células; no caso de C6 a E6.

Função Resultado Sintaxe


Calcula a média aritmética entre os
MÉDIA =MEDIA(num1;num2;...)
números selecionados
Informa o valor máximo entre um grupo
MÁXIMO =MAXIMO(num1;num2;...)
de valores selecionados
Informa o valor mínimo entre um grupo
MÍNIMO =MÍNIMO(num1;num2;...)
de valores selecionados

Na Figura 2.21 existe um conjunto de idades, e para saber a


maior idade, a menor idade e a média das idades neste conjunto
usamos as funções descritas na coluna D, respectivamente.

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iac.indb 76 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Figura 2.21 - Exemplo de uso das funções MÉDIA, MÁXIMO e MÍNIMO


Fonte: MS-Excel XP

Função Resultado Resultado


Calcula a soma de um grupo =SOMASE(intervalo;critério;int
SOMASE de valores que satisfazem um ervalo_soma)
critério
Calcula a quantidade existente
em um intervalo de células de
CONT.SE =CONT.SE(intervalo;critério)
um determinado item definido
em uma condição
Calcula o número de células
CONT.VALORES =CONT.VALORES(valor1;valor2;...)
que não estão vazias
Calcula o número de células
CONTAR.VAZIO =CONTAR.VAZIO(intervalo)
vazias num intervalo

Na Figura 2.22 temos um exemplo de controle de pagamentos


a fornecedores que exibe um resumo da situação por meio das
funções apresentadas acima.

Figura 2.22 - Exemplo de uso das funções CONT.VALOR, CONT.SE, CONTAR.VAZIO e SOMASE
Fonte: MS-Excel XP

Unidade 2 77

iac.indb 77 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Funções de data
Tipo identifica como será retornado
o resultado, no caso, o número que Função Resultado Sintaxe
identifica o dia da semana. Tipo=1 HOJE Retorna a data corrente =HOJE()
(ou omitido) para Domingo=1 até
Sábado=7. Tipo=2 para Segunda=1 MÊS Retorna o mês de uma data =MÊS(data)
até Domingo=7. Tipo=3 para DIA Retorna o dia de uma data =DIA(data)
Segunda=0 até Domingo=6.
DIA.DA.SEMANA Retorna o dia da semana =DIA.DA.SEMANA(data;tipo1)
referente a uma data
informada

Veja na Figura 2.23 um exemplo de uso das funções apresentadas


acima em um controle de contas a pagar.

Figura 2.23 - Exemplo de uso de funções de data


Fonte: MS-Excel XP

Funções financeiras
Função Resultado Sintaxe
Calcula o valor presente, principal
VP ou capital inicial de uma operação =VP(taxa;nper;pgto;vf;tipo)
financeira
Calcula o valor futuro de um
investimento, ou seja, o montante
Tipo especifica se os pagamentos produzido pela aplicação de um
VF =VF(taxa;nper;pgto;vp;tipo)
são feitos no início ou no fim do capital, a uma taxa de juros compostos
constante, por determinado prazo de
período de pagamento. Tipo=0 (ou tempo
omitido), a função considera que os
pagamentos são feitos no final do Calcula o valor das prestações iguais e
período. Tipo=1, os pagamentos PGTO consecutivas de uma série uniforme de =PGTO(taxa;nper;vp;vf;tipo)
pagamentos ou recebimentos
devem ser feitos no início do
período. Calcula o prazo de uma operação
financeira, ou o número de parcelas de
NPER =NPER((taxa;pgto;vp;vf;tipo)
uma série uniforme de pagamentos
/recebimentos
Calcula a taxa de juros compostos
relativa a um empréstimo, investimento
TAXA =TAXA(nper;pgto;vp;vf;tipo)
ou de uma série uniforme de
pagamentos ou recebimentos

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iac.indb 78 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Para usar essas funções precisamos entender que os termos valor


presente, valor futuro, taxa etc., estão inter-relacionados. Por
exemplo, a função VP, que é usada quando queremos calcular
o valor presente, é um argumento chamado vp, que é usado
quando calculamos outra quantidade (valor futuro, por exemplo)
conhecendo o valor presente.

A Figura 2.24 ilustra uma planilha eletrônica que calcula quanto


uma pessoa deve aplicar hoje para ter acumulado um montante
de R$ 100.000,00 daqui a 12 meses, a uma taxa de juros
compostos de 2% ao mês.

Figura 2.24 - Exemplo de uso da função financeira VP


Fonte: MS-Excel XP

Note que o primeiro argumento da função é a taxa (TAXA);


depois o período (NPER); e por último, o montante futuro (VF).

Se desejarmos calcular o valor de resgate relativo à aplicação


de um capital de R$ 100.000,00, por 10 meses, à taxa de juros
compostos de 10% ao mês, podemos desenvolver uma planilha
como a ilustrada na figura 2.25.

Figura 2.25 - Exemplo de uso da função financeira VF


Fonte: MS-Excel XP

O primeiro argumento da função é a taxa (TAXA); depois o


período (NPER); e por último o capital atual (VP). Veja que o
Capital (VP) foi informado com sinal negativo para atender aos
princípios da convenção de fluxo de caixa, ou seja, toda entrada
de dinheiro terá sinal positivo e toda saída, negativo.

Unidade 2 79

iac.indb 79 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Saiba que se pode calcular também o valor futuro, proporcionado


pela aplicação de um número fixo de parcelas iguais e
consecutivas, à determinada taxa de juros compostos constante.
Veja como seria na Figura 2.26.

Figura 2.26 - Exemplo de uso da função financeira VF


Fonte: MS-Excel XP

Para calcular o valor das prestações de uma máquina que está


sendo vendida por R$ 400,00 à vista, ou para pagamento a
prazo, em cinco prestações iguais, mensais e consecutivas, sendo
a primeira paga na data da compra (antecipada), e sabendo que
a taxa de juros cobrada é de 8% ao mês, usaríamos a planilha
ilustrada na Figura 2.27.

Figura 2.27 Exemplo de uso da função financeira PGTO


Fonte: MS-Excel XP

O primeiro argumento da função é a taxa (TAXA); depois o


período (NPER), e o valor presente (VP); e, por fim, a indicação
de prestação antecipada (1).

Note que sempre a primeira prestação pode ser paga/


recebida no ato da contratação (tipo=1) ou em um
período depois (tipo=0). No nosso exemplo, ela é paga
antecipadamente.

Para calcular em quanto tempo um capital de R$ 2.000,00,


aplicado a uma taxa de juros compostos de 20% ao mês, geraria
um montante de R$ 3.500,00, poderíamos usar a planilha
ilustrada na Figura 2.28.

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iac.indb 80 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Figura 2.28 - Exemplo de uso da função financeira NPER


Fonte: MS-Excel XP

O primeiro argumento da função é a taxa (TAXA); depois o


capital atual (VP); e, por fim, o valor futuro (VF).

Repare que o resultado obtido será fornecido na mesma unidade


de tempo da taxa de juros.

Neste último exemplo de uso das funções financeiras, ilustrado


na Figura 2.29, calculamos a taxa de juros compostos mensal
cobrada por um banco em um empréstimo no valor de R$
60.000,00, por 8 meses, cujo valor final pago foi de R$
102.500,00.

Figura 2.29 - Exemplo de uso da função financeira TAXA


Fonte: MS-Excel XP

O primeiro argumento da função é o período (NPER); depois o


capital atual (VP); e, por fim, o valor futuro (VF).

Lembre-se de que ao usar funções financeiras, que


prazo e taxa devem estar sempre na mesma unidade
de tempo.

Unidade 2 81

iac.indb 81 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Funções lógicas e de procura


Função Resultado Sintaxe
Analisa uma condição, direcionando para =SE(condição;valor_se_verdadeiro;valor_se_
SE uma resposta se verdadeira, ou para outra falso)
resposta de falsa a condição
Analisa se todas as condições informadas são
E =E(condição1;condição2;...)
verdadeiras
Analisa se pelo menos uma condição informada
OU =OU((condição1;condição2;...)
é verdadeira

As funções lógicas possibilitam comparações entre valores; para


tal utilizam operadores lógicos. Os operadores possíveis estão
listados no Quadro 2.2.

Operadores lógicos Símbolo Exemplo


Igual = A1=A2
Maior que > A1>A2
Menor que < A1<A2
Maior ou igual que >= A1>=A2
Menor ou igual que <= A1<=A2
Diferente de <> A1<>A2

Quadro 2.2 - Operadores lógicos


Fonte: Elaborado pelas autoras

A planilha ilustrada na Figura 2.30 pode auxiliar um órgão de


serviços públicos na cobrança de suas faturas. Após 45 dias de
atraso no pagamento de uma fatura, a área de cobrança deve
emitir uma carta de aviso.

Figura 2.30 - Exemplo de uso da função SE


Fonte: MS-Excel XP

Veja que o primeiro argumento da função (C2-B2<=45) indica


a condição a ser testada; caso o resultado da condição seja
verdadeiro, a célula na qual está a formula assumirá o conteúdo
“ok”; caso contrário, assumirá o conteúdo “carta”.

82

iac.indb 82 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Veja um outro exemplo com uso da função SE. Considerando


a folha de pagamento apontada na Figura 2.13, vamos elaborar
uma nova Folha de Pagamento usando a função SE para calcular
o Desconto, de acordo com os seguintes valores de Sal.Bruto:

„„ se Sal.Bruto < 1000, então Desconto = 6% do Sal.Bruto


„„ se Sal.Bruto >= 1000, então Desconto = 8% do Sal.Bruto
Analise o resultado na Figura 2.31.

Figura 2.31 - Exemplo de uso da função SE


Fonte: MS-Excel XP

O primeiro argumento da função (C2<1000) indica a condição


a ser testada; caso o resultado do teste desta condição seja
verdadeiro, a célula na qual está a fórmula assumirá a operação
aritmética de multiplicação do percentual de 6% ao Sal.Bruto;
caso contrário, assumirá a operação aritmética de multiplicação
do percentual de 8% ao Sal.Bruto.

As funções SE podem ser aninhadas. Isto significa que, dentro


de uma função SE, podemos usar outra função SE para um dos
valores retornado ou para ambos.

=SE(A1>10;SE(A1>100;”Grande”;”Médio”);”Pequeno”)

Para entender a expressão acima, vamos começar ignorando o


segundo SE (mais interno). Veja que, quando a condição A1>10 é
falsa, o primeiro SE retorna Pequeno.

O que acontece se esta condição é verdadeira? O segundo SE


(mais interno) entra em ação, ou seja, uma nova condição será
testada. Se A1>100, o resultado será Grande, caso contrário,
Médio.

Suponha que um fornecedor dá desconto de 15% somente para


compras à vista acima de R$ 10.000,00. A Figura 2.32 ilustra o
uso da função E, necessária para o cálculo dos descontos a serem
auferidos.

Unidade 2 83

iac.indb 83 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 2.32 - Exemplo de uso da função E


Fonte: MS-Excel XP

Para conseguir o desconto, a compra deve ter valor superior a R$


10.000,00 e ser à vista; as duas condições devem ser verdadeiras;
caso alguma seja falsa não haverá desconto.

Usaremos a função OU se as condições mudarem para o


fornecedor dar desconto de 15% para compras à vista ou de valor
acima de R$ 10.000,00. Neste caso, teremos a planilha ilustrada
na Figura 2.33.

Figura 2.33 - Exemplo de uso da função OU


Fonte: MS-Excel XP

Será concedido desconto se, pelo menos, uma das duas condições
for atendida: compra à vista ou de valor superior a R$ 10.000,00.

À medida que aumenta o número de condições em uma única


fórmula, pode não ser tão simples utilizar a função SE. Neste
caso, o uso das funções PROCV ou PROCH pode ser mais
interessante. Veremos estas funções logo adiante.

Função Resultado Sintaxe


=PROCH(valor_de_pesquisa;
Procura informação em uma tabela, de forma
PROCV tabela_a_pesquisar; índice_coluna_retorno;
vertical, a partir de sua primeira coluna
procurar_intervalo)
=PROCH(valor_de_pesquisa;
Procura informação em uma tabela, de forma
PROCH tabela_a_pesquisar; índice_linha_retorno;
horizontal, a partir de sua primeira linha
procurar_intervalo)

84

iac.indb 84 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Legenda:

1) Valor_procurado  é o valor a ser localizado na primeira coluna


ou primeira linha da matriz. Valor_procurado pode ser um valor,
uma referência ou uma sequência de caracteres de texto.

2) Matriz_tabela  é a tabela de informações em que os dados são


procurados. Use uma referência para um intervalo ou nome de
intervalo, tal como Banco de dados ou Lista.

„„ Se procurar_intervalo for VERDADEIRO, os valores na


primeira coluna de matriz_tabela deverão ser colocados
em ordem ascendente: ..., -2, -1, 0, 1, 2, ... , A-Z,
FALSO, VERDADEIRO; caso contrário, PROCV
ou PROCH podem não retornar o valor correto. Se
procurar_intervalo for FALSO, matriz_tabela não
precisará ser ordenada.
„„ Você pode colocar os valores em ordem ascendente
escolhendo o comando Classificar no menu Dados e
selecionando Crescente.
„„ Os valores na primeira coluna ou primeira linha de
matriz_tabela podem ser texto, números ou valores
lógicos.
„„ Textos em maiúsculas e minúsculas são equivalentes.
3) Núm_índice_coluna  e num_índice_lina é o número da
coluna ou da linha em matriz_tabela a partir do qual o valor
correspondente deve ser retornado. Um núm_índice_coluna de
1 retornará o valor na primeira coluna em matriz_tabela; um
núm_índice_coluna de 2 retornará o valor na segunda coluna
em matriz_tabela, e assim por diante. Se núm_índice_coluna for
menor do que 1, PROCV retornará o valor de erro #VALOR!;
se núm_índice_coluna for maior do que o número de colunas
em matriz_tabela, PROCV retornará o valor de erro #REF!. A
mesma lógica vale para o núm_índice_linha.

4) Procurar_intervalo  é um valor lógico que especifica se você


quer que PROCV ou PROCH encontre a correspondência exata
ou uma correspondência aproximada. Se VERDADEIRO ou
omitido, uma correspondência aproximada é retornada; em
outras palavras, se uma correspondência exata não for encontrada,
o valor maior mais próximo que é menor que o valor_procurado

Unidade 2 85

iac.indb 85 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

é retornado. Se FALSO, PROCV/PROCH encontrará uma


correspondência exata. Se nenhuma correspondência for
encontrada, o valor de erro #N/D é retornado.

Comentários

„„ Se PROCV/PROCH não localizar valor_procurado e


procurar_intervalo for VERDADEIRO ou omitido,
ela usará o maior valor que for menor ou igual a valor_
procurado.
„„ Se valor_procurado for menor do que o menor valor
na primeira coluna/linha de matriz_tabela, PROCV/
PROCH fornecerá o valor de erro #N/D.
„„ Se PROCV/PROCH não localizar valor_procurado
e procurar_intervalo for FALSO, PROCV/PROCH
fornecerá o valor #N/D.
Exemplo

Talvez seja mais fácil compreender através de um exemplo.

O cálculo do imposto de renda retido na fonte por uma pessoa


física envolve, simplificadamente, uma alíquota que é aplicada
sobre uma base cálculo (obtida a partir do rendimento e deduções
de acordo com a legislação vigente).

Após a aplicação da alíquota, deduz-se deste cálculo, um valor


fixo de desconto.

A alíquota e o valor a deduzir são determinados em uma tabela


fornecida pela Receita Federal, estando disponível no site deste
órgão (Tabela 2.1)

Rendimentos do Trabalho: 15% e 27,5% conforme tabela


progressiva mensal abaixo reproduzida, para fatos geradores
ocorridos no ano-calendário de 2007:

Base de cálculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a deduzir do imposto em R$


Até 1.313,69 0,0 0,0
De 1.313,70 até 2.625,12 15,0 197,05
Acima de 2.625,12 27,5 525,19

Tabela 2.1 - Tabela do IRRF

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iac.indb 86 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Tabela de dedução por dependente na determinação da Base de Cálculo do IRRF


Ano-calendário Quantia a deduzir, por dependente, em R$
2007 132,05
Fonte: BRASIL/MF. Alíquotas do Imposto de Renda Retido na Fonte. Disponível em <http://www.
receita.fazenda.gov.br/Aliquotas/ContribFont.htm>. Último acesso em 06 Mai 2007. 

Vamos verificar como ficaria um exemplo do cálculo do imposto


de renda usando a função PROCV. Na Figura 2.34, temos
uma planilha que calcula o valor do IR a ser retido na célula
C7, a partir de uma base de cálculo colocada na célula C6,
considerando a tabela de IR constante das linhas 2 a 4.

Figura 2.34 - Exemplo de uso da função PROCV


Fonte: Adaptado [Cor01]

A células D2:F4 contêm as faixas de IR: a primeira linha


contém as alíquotas e deduções referentes a rendimentos de 0 até
1.313,69; a segunda linha, de 1.313,70 até 2.625,12; e a terceira é
para valores de rendimento a partir de 2.625,13.

A fórmula indicada em C7 envolve a pesquisa da alíquota e da


dedução referente à faixa de rendimento. As duas funções são
semelhantes.

Veja, então a primeira (cálculo da alíquota):

„„ o primeiro argumento (C6) indica o endereço da célula


que contém o valor a ser pesquisado na tabela;
„„ já o segundo (D2:F4) indica a faixa de células que
contém a tabela a ser utilizada (como estamos utilizando
uma procura vertical – PROCV -, as faixas da tabela
devem estar dispostas no sentido vertical em ordem
crescente).

Unidade 2 87

iac.indb 87 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

„„ o último argumento diz respeito ao deslocamento a


ser efetuado a partir da primeira coluna da tabela para
encontrar a coluna que tem o resultado buscado, que no
caso é a 2ª. coluna.
A diferença da primeira função para a segunda (cálculo da
dedução) na fórmula em C7 é exclusivamente referente ao último
argumento – o deslocamento 3, que no caso indica que a dedução
procurada está na 3ª coluna da tabela.

Se quisermos resolver o mesmo problema do imposto de renda


utilizando a função PROCH (pesquisa horizontal), precisaremos
inverter nossa tabela na planilha. Veja na Figura 2.35 como seria
isto.

Figura 2.35 - Exemplo de uso da função PROCH


Fonte: Elaborada pelas autoras

Como você pode observar, a procura em tabelas pode se dar


de forma vertical ou horizontal. Irá depender da forma como a
tabela está montada. Veja na Figura 2.36 mais um exemplo de
aplicação da função PROCH.

Figura 2.36 - Exemplo de uso da função PROCH


Fonte: MS-Excel XP

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iac.indb 88 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Neste exemplo, o argumento procurar intervalo aparece como


falso, para que o valor exato do mês desejado seja encontrado.

Nosso objetivo é desenvolver uma planilha de folha de


pagamento simplificada (esta planilha é apenas um exercício, não
levando em consideração diversas condições do mundo real).

1. No Excel, abra uma nova planilha e digite os dados que


seguem nas células indicadas:
A1: Folha de Pagamento – Simulação
A2: Salário mínimo – R$
A4: Funcionários
B4: Depend
C4: Código
D4: Cargo
E4: Nr. Sal.
F4: Sal. Bruto
G4: INSS
H4: Sal. Fam.
I4: Base Calc. IRRF.
J4: IRRF
K4: Tot. Desc.
L4: Sal. Liq.

2. Selecione toda a planilha e padronize a fonte para Arial


10.

3. Altere a largura das colunas A e D para o tamanho 23.

4. Na célula B2 informe o valor do salário mínimo vigente.


Formate a célula para o formato moeda, sem símbolo da
moeda e com 2 casas decimais.

5. Formate as colunas F, G, H, I, J, K e L para o formato


moeda, sem símbolo da moeda e com 2 casas decimais.

6. Na coluna Funcionários você deverá digitar, à sua


escolha, o nome de dez funcionários fictícios. Então,
preencha as células de A6 a A15.

7. A coluna Depend. deverá ser preenchida por você, à


sua escolha também, com o número de dependentes
do funcionário. Este número será usado no cálculo
do salário-família. Informe o número de dependentes

Unidade 2 89

iac.indb 89 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

nas células B6 a G6 (note que não é obrigatório haver


dependentes para um funcionário).

8. Na coluna Código você deverá fornecer o código de cargo


de cada funcionário. Este código deverá estar entre 1 e
17, de acordo com a tabela a seguir:

Código Cargo Salário


1 Analista de Salários 9
2 Auxiliar de Contabilidade 6
3 Chefe de Cobrança 8
4 Chefe de Expedição 8
5 Contador 15
6 Gerente de Divisão 22
7 Escriturário 5
8 Faxineiro 3
9 Gerente Administrativo 10
10 Gerente Comercial 10
11 Gerente de Pessoal 10
12 Gerente de Treinamento 10
13 Gerente Financeiro 16
14 Contínuo 2
15 Operador de Micro 6
16 Programador 9
17 Secretária 7

9. Sua planilha, até aqui, deve estar semelhante a ilustrada


na Figura 2.37.

Figura 2.37 - Planilha final da seção 4 – estágio inicial


Fonte: Adaptado de [MM99b].

90

iac.indb 90 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

10. Digite a tabela de cargos e salários relacionada no item


7 a partir da célula N1, pois esta tabela será a base para
as próximas colunas. Observe o exemplo com a tabela
digitada na posição indicada na Figura 2.38.

Figura 2.38 - Planilha final da seção 4 – Tabela de cargos e salários


Fonte: [MM99b].

11. A coluna Cargo será preenchida conforme a tabela


criada no item anterior, usando a função PROCV,
que fará a pesquisa no código e retornará o
cargo correspondente. Além de retornar o cargo
correspondente ao código, é interessante efetuar a
checagem do código, para saber se ele é válido dentro
da faixa de 1 a 17. Desta forma, digite na célula D6 a
fórmula:

=SE(OU(C6<=0;C6>=18);“Erro - Cargo não


existe”;PROCV(C6;N$2:P$18;2))

12. A coluna Nr. Sal também será preenchida conforme


a Tabela de cargos e salários, usando-se, mais uma
vez, a função PROCV, que fará a pesquisa no código
e retornará o salário correspondente. Vamos também
checar a validade do código na faixa de 1 a 17. Caso seja
um código inválido, deverá ser retornado o valor zero.
Para tanto, digite na célula E6 a fórmula:

Unidade 2 91

iac.indb 91 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

=SE(OU(C6<=0;C6>=18);0;PROCV(C6;N$2:P$18;3))

Observe que, nesta coluna, a função PROCV está fazendo


referência à coluna 3 e não à coluna 2 como no campo Cargo.
Isto ocorre pelo fato de na Tabela de cargos e salários ser
necessário, nesse momento, extrair a informação da coluna de
salário.

13. A coluna Sal. Bruto será a multiplicação do salário


mínimo vigente pelo número de salários mínimos
recebidos. Note que você deverá fixar a referência ao
salário mínimo vigente (referência absoluta). Portanto,
posicione o cursor na célula F6 e digite a fórmula
=E6*B$2.

14. O cálculo do valor de desconto para o INSS é feito


com base nas alíquotas indicadas na Tabela 2.2.

Tabela 2.1 -Tabela do INSS


Salário
de até Alíquota
0 840,55 7,65 %
840,56 1.050,00 8,65%
1.050,01 1.400,91 9%
1.400,92 2.801,82 11%
Fonte: MPAS (2007)

Assim, digite a Tabela 2.2 a partir da célula R2. Na


Figura 2.39 você tem o modelo da tela com a tabela
digitada na posição indicada. Observe que foi incluída
a faixa de salário-limite sobre a qual incide a maior
alíquota. Isto será útil para o cálculo do valor referente ao
desconto do INSS, a ser desenvolvido no próximo passo.

Figura 2.39 - Planilha final da seção 4 – Tabela para cálculo dos valores do INSS
Fonte: MS-Excel XP

92

iac.indb 92 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

15. Para calcular a coluna INSS, que contém o valor do


INSS, vamos usar o salário bruto recebido e a tabela de
alíquotas criada no item anterior. Observe que há um
salário-limite para aplicação das alíquotas. Assim, na
célula G6, digite a fórmula =SE(F6>$R$8;$R$8;F6)*PR
OCV(F6;$R$4:$S$8;2).

Note que na primeira parte da fórmula com o uso da função SE,


calculamos a base de cálculo (que será o valor-limite quando
o salário bruto exceder o limite da tabela, ou o próprio salário
bruto quando este não ultrapassar o limite), para multiplicá-la na
segunda parte pela alíquota correspondente encontrada com a
função PROCV.

16. A coluna Sal. Fam. será calculada de acordo


com o número de dependentes do funcionário,
verificando-se primeiro se o cargo deste funcionário
existe. O salário-família será o valor do salário mínimo
vigente dividido por oito e multiplicado pelo número de
dependentes. Caso o cargo seja inexistente, o seu salário
bruto correspondente é zero. Mesmo que o funcionário
tenha dependentes, o salário-família não será calculado
se o salário bruto for igual a zero. Portanto, digite na
célula H6 a fórmula =SE(OU(C6<=0;C6>=18);0;(B$2/8)
*B6).

17. A coluna base de cálculo do IRRF será obtida de acordo


com o valor do salário bruto deduzido do valor do INSS e
do valor de dedução por dependente (que é de 132,05 no
ano de 2007). Assim, digite na célula I6 a fórmula =F6-
G6-(B6*132,05).

18. O valor do IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte)


será calculado de acordo com as alíquotas indicadas na
Tabela 2.1. Assim, digite esta tabela a partir da célula
U2. Observe a Figura 2.40, com a tela contendo a
tabela digitada na posição indicada.

Unidade 2 93

iac.indb 93 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 2.40 - Planilha final da seção 4 – Tabela para cálculo dos valores do IRRF
Fonte: MS-Excel XP

19. Para o cálculo da coluna IRRF, usaremos a base


de cálculo da coluna I. A este valor multiplicamos
a alíquota correspondente e descontamos a
parcela a deduzir equivalente. Assim, digite na
célula J6 a fórmula =I6*PROCV(I6;$U$5:$X$7;2)-
PROCV(I6;$U$5:$X$7;3).

20. Na coluna Tot. Desc. você deverá totalizar os descontos


efetuados na folha de pagamento para cada funcionário.
Ela é a soma do desconto do valor do INSS mais o
desconto do valor do IRRF. Portanto, na célula K6 digite
a fórmula =J6+G6.

21. A coluna Sal. Liq. será a soma do salário bruto com o


salário-família e a dedução do total de descontos. Então,
na célula L6 digite a fórmula =F6+H6-K6.

22. Com todas as fórmulas definidas, copie-as para as


linhas de baixo a fim de calcular a folha para os demais
funcionários, ou seja, copie os conteúdos das células F6 a
L6 para as células F7 a L15.

94

iac.indb 94 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

23. Vamos, agora, criar um pequeno resumo ao final


da planilha. Digite os dados que seguem nas células
indicadas:

A17: Total de Salários Pagos (bruto)

A18: Média de Salários Pagos (bruto)

A19: Maior Salário Pago (bruto)

A20: Menor Salário Pago (bruto)

24. Para calcular o Total de Salários Pagos digite na célula F17


a fórmula =SOMA(F6:F15).

25. A Média de Salários Pagos será calculada digitando na


célula F19 a fórmula =MEDIA(F6:F15).

26. O Maior Salário Pago é calculado digitando na célula F19


a fórmula =MAXIMO(F6:F15).

27. O Menor Salário Pago será calculado com a fórmula


=MINIMO(F6:F15) digitada na célula F20.

28. Salve seu trabalho.

Sua planilha deve estar conforme ilustrado na Figura 2.41.

Figura 2.41 - Planilha final da seção 4 – estágio final


Fonte: Adaptado de [MM99b]

Se você, como no nosso exemplo, digitou um código de cargo


inválido, altere-o para um valor válido (entre 1 e 17) e verifique o
recálculo automático de todas as variáveis.

Unidade 2 95

iac.indb 95 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

SEÇÃO 5 – Compartilhando dados entre planilhas


Algumas vezes, é interessante dividirmos os nossos dados em
diferentes planilhas para melhor organizar o trabalho. Como
vimos na seção 1, isto é possível, pois uma planilha está contida
em uma pasta de trabalho. Assim, em uma pasta de trabalho
podemos ter várias planilhas. Neste caso, como fazer para
referenciar células que estão em outra planilha?

Você já sabe que para referenciar uma célula dentro de uma


mesma planilha dizemos o endereço da célula (exemplo: A1).
Para referenciar células de outras planilhas, precisamos dizer
o nome da planilha e então da célula, separados pelo ponto de
exclamação (exemplo: Plan2!A1).

Podemos, também, referenciar células de uma planilha contida


em outra pasta de trabalho (ou arquivo). Neste caso, precisamos
indicar a unidade de disco, o(s) diretório(s), o nome da pasta de
trabalho (ou arquivo), separados por contra-barra (“\”), e então
o nome da planilha e a célula (exemplo: C:\Meus documentos\
[teste.xls]Plan2!A1).

Vamos entender melhor a aplicação deste conceito a


partir de uma aplicação prática

Nosso objetivo será demonstrar a Posição Financeira de


determinados itens orçamentários em um trimestre.

1. No Excel, abra um novo arquivo de planilha (pasta de


Como vimos na seção 1, as guias trabalho), no qual vamos criar algumas planilhas.
referentes às planilhas da pasta
de trabalho ficam na parte inferior 2. A primeira planilha será criada em Plan1.
esquerda da planilha. Ela deve ser montada conforme ilustrado na Figura 2.42.

96

iac.indb 96 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Figura 2.42 - Planilha seção 5 – Plan1


Fonte: [San06]

3. Crie em Plan2 a Posição Financeira de fevereiro. O


resultado deve ser semelhante à Figura 2.43.

Figura 2.43 - Planilha seção 5 – Plan2


Fonte: MS-Excel XP

4. Crie mais uma planilha referente à Posição Financeira


de março, usando Plan3. O resultado deve ser como a
Figura 2.44.

Unidade 2 97

iac.indb 97 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 2.44 - Planilha seção 5 – Plan3


Fonte: MS-Excel XP

5. Gere Plan4 para conter a Posição dos Saldos do


Trimestre. Esta planilha conterá os saldos de cada um
dos meses e o saldo acumulado do trimestre. Crie esta
nova planilha (Plan4) conforme ilustrado na Figura 2.45.
Para incluir mais uma planilha na pasta selecione os
menus Inserir – Planilha.

O padrão do Excel é abrir uma pasta nova com três


planilhas!

Figura 2.45 - Planilha seção 5 – Plan4


Fonte: Adaptado de [San06]

98

iac.indb 98 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

6. Para gerar a coluna do mês de janeiro, usaremos os dados


de Plan1. Assim, digite as fórmulas que seguem nas
células indicadas:

B7: =Plan1!D7

B8: =Plan1!D8

B9: =Plan1!D9

B10:=Plan1!D10

B11:=Plan1!D11

7. Para gerar as outras colunas de saldos dos meses, acesse


Plan2 para gerar a coluna de fevereiro e Plan3 para gerar
a coluna de março, de forma semelhante ao que foi feito
no item anterior. Assim:

C7: =Plan2!D7

C8: =Plan2!D8

C9: =Plan2!D9

C10:=Plan2!D10

C11:=Plan2!D11

D7: =Plan3!D7

D8: =Plan3!D8

D9: =Plan3!D9

D10:=Plan3!D10

D11:=Plan3!D11

8. Para gerar a coluna Trimestre some os três meses. Assim,


digite em E7: =B7+C7+D7 ou =SOMA(B7:D7). Copie
esta fórmula (ajustando as referencias às células) para D8
a D11.
Sua planilha deve ficar conforme ilustrado na Figura
2.46.

Unidade 2 99

iac.indb 99 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 2.46 - Planilha final seção 5 – Plan4


Fonte: Adaptado de [San06].

9. Salve seu trabalho.

Síntese

Nesta unidade procuramos abordar as principais funcionalidades


das planilhas eletrônicas no apoio a atividades de apresentação e
cálculo.

Você pôde verificar como criar e formatar planilhas. Uma célula


pode ser formatada para mudar o modo como seu valor é exibido.
Usamos formatação numérica para alterar a forma como um número
é exibido (por exemplo, a quantidade de casas decimais, com um
símbolo de moeda, com separadores de milhares etc.). Formatar
uma célula não altera o valor armazenado nela. Outros tipos de
formatação modificam a fonte usada para exibir uma célula, o
alinhamento dentro dela (à esquerda, à direita ou centralizado), a

100

iac.indb 100 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

cor do valor ou do plano de fundo da célula. A formatação também


pode ser usada para aplicar bordas em um intervalo.

Você também pôde entender como se constroem fórmulas.


Uma fórmula no Excel consiste em um símbolo de igualdade
(=) seguido de uma expressão aritmética. Uma expressão
matemática é composta de valores numéricos, referências de
célula e operadores aritméticos. Os operadores aritméticos, em
ordem de precedência, são: [-] (negação), [% ] (porcentagem),
[^] (potenciação/radiciação), [*] (multiplicação), [/] (divisão), [+]
(adição) e [-] (subtração). Os operadores [*] e [/] têm o mesmo
nível de precedência, assim como os operadores [+] e [-]. O Excel
executa dois operadores do mesmo nível na ordem da esquerda
para a direita. Os parênteses anulam a ordem de precedência e
também podem ser usados para tornar uma fórmula mais clara.

Destacamos que quando uma célula com uma fórmula usando


uma referência relativa (por exemplo, = 2*Al) é copiada para outra
célula, a referência é alterada. Nenhuma alteração ocorre quando
a fórmula é movida para outra célula. Quando a referência
é absoluta (por exemplo, = 2*$A$1), a referência permanece
inalterada quando a célula é copiada. As referências mistas (por
exemplo, = 2*$A2] permitem especificar que apenas a coluna ou
a linha deve mudar na cópia. A tecla [F4] pode ser usada para
inserir símbolos de cifrão ($) nas fórmulas.

Vimos, ainda, algumas das funções disponíveis para cálculo no


Excel. As funções são fórmulas pré-definidas, variando das muito
simples, como SOMA, às funções mais complexas, como SE ou
PROCV. Uma função é incluída em uma fórmula isoladamente ou
em uma expressão. Uma função pode servir como um argumento
de outra função. Isto é chamado de aninhamento. A ferramenta
Inserir Função representa um meio fácil de inserir funções.

Adicionalmente, você teve a oportunidade de verificar como


compartilhar dados entre planilhas. Em uma planilha para
referenciar células de outras planilhas, dizemos o nome da
planilha e então a célula, separados pelo ponto de exclamação.

Unidade 2 101

iac.indb 101 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Atividades de autoavaliação
1) Que tipo de necessidade é atendida por uma planilha eletrônica?

2) O que é uma célula de uma planilha eletrônica? Como é representada?

3) Suponha que o usuário precise atribuir à célula B6 a palavra TOTAL.


Se desejar que a palavra seja centralizada (nos limites da célula), qual
deverá ser o procedimento?

102

iac.indb 102 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

4) Como formatar o conteúdo da faixa AC32: AG55 como “moeda” e com


duas casas decimais?

5) Qual o conteúdo de determinada célula para que devolva a raiz


quadrada do conteúdo da célula Z14 arredondado até a 1ª casa
decimal?

6) Qual o conteúdo de determinada célula para que devolva a média


aritmética dos elementos contidos na faixa X14:X38?

Unidade 2 103

iac.indb 103 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

7) Qual o conteúdo de determinada célula para que devolva a média


aritmética, arredondada até a 2ª casa decimal, da faixa de elementos
contidos em X14:X38?

8) Qual o conteúdo de determinada célula para que devolva o somatório


dos elementos contidos na faixa A1:A23?

9) Qual o conteúdo de determinada célula para que devolva a divisão


entre os valores de B2 e B5, arredondado até a 1ª casa decimal?

104

iac.indb 104 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

10) Qual o conteúdo de determinada célula para que devolva o maior


valor entre os elementos contidos na faixa B31:B54?

11) Qual o conteúdo de determinada célula para que devolva o menor


valor entre os elementos contidos na faixa B31:B54?

12) Qual o conteúdo de determinada célula para que devolva a


quantidade de elementos não nulos da faixa F3:Z3?

Unidade 2 105

iac.indb 105 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

13) Considerando uma planilha na qual foram digitados os valores 1,


2, 3, 1, 2, 3 nas células A2 a F2 (respectivamente), qual a fórmula e o
resultado das seguintes operações:
a) metade da soma de A2 com F2?
b) 10% da soma de A2 a F2?
c) a décima parte do produto entre A2, B2 e 0,05?
d) valor de B2 com desconto de 10%?
e) somatório de A2 a F2 menos o valor médio deste mesmo intervalo?

14) Em termos de tratamento de datas, qual o conteúdo de determinada


célula para que devolva:
a) o mês de hoje?
b) o ano de hoje?
c) o dia de hoje?
d) o dia da semana de hoje?
e) o dia da semana de amanhã?
15) Qual a fórmula que calcula o vencimento de uma duplicata que tem
como prazo 60 dias a contar de hoje?

16) Qual a fórmula que calcula o dia da semana do vencimento de uma


operação financeira, sabendo que ocorrerá 180 dias após o dia de hoje?

106

iac.indb 106 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

17) Qual o conteúdo de determinada célula, usando as funções


financeiras, para calcular:
a) em quanto tempo teremos acumulado a quantia de $10.000,
depositando a soma de $300 à taxa de juros de 5% ao mês?
b) em quanto tempo teremos acumulado a quantia de $10.000,
depositando hoje a soma de $7.000 à taxa de juros de 4,5% ao mês?
c) se formos depositando a quantia de $500 à taxa de juros de 3% ao
mês durante 12 meses, quanto teremos acumulado ao final do período?
d) qual é o valor presente de 5 parcelas de $100 a serem pagas, sabendo
que a taxa de juros é de 8% ao mês?
e) qual é a taxa de juros embutida em uma operação de 10 períodos,
que tem como valor presente $5.000 e como valor futuro $7.000?
f) qual é o valor fixo das parcelas a serem pagas para quitar um principal
de $6.000, supondo taxa de juros de 3,5% ao mês em 6 meses?
18) Qual a finalidade da função SE?

19) Quando usamos uma função de procura como a PROCV ou PROCH?

Unidade 2 107

iac.indb 107 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

20) Para que serve a caractere “$” colocado em um endereço de planilha?

Saiba mais
Se você ficou interessado em conhecer mais detalhes sobre o
conteúdo desta unidade, veja os livros:

„„ LIENGME, B. Microsoft Excel 2002 para negócios e


gestão. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
„„ MANZANO, J; MANZANO, A. Estudo dirigido de
Excel 2000. São Paulo: Érica, 1999.
Na web você encontrará diversos sites com tutoriais e dicas sobre
o uso do MS-Excel. Consulte, por exemplo:

„„ <http://www.lemon.com.br/canais/tutoriais>
„„ <http://www.planetadownload.com.br/apostilas>

108

iac.indb 108 11/05/30 13:41


3
UNIDADE 3

A planilha eletrônica como


ferramenta de análise

Objetivos de aprendizagem
„„ Ser capaz de construir um gráfico a partir de uma
planilha de dados.
„„ Saber como utilizar recursos de classificação, filtro de
dados e totalização rápida em listas de dados.
„„ Conhecer na prática o recurso tabela dinâmica e seu
potencial na análise de informações.
„„ Compreender o uso do recurso atingir meta.

„„ Ser capaz de salvar cenários.

„„ Entender como funciona o recurso auditar fórmulas.

Seções de estudo
Seção 1 Gerando gráficos
Seção 2 Fazendo da planilha um banco de dados
Seção 3 Tabelas e gráficos dinâmicos
Seção 4 O recurso atingir meta
Seção 5 O recurso cenários
Seção 6 A ferramenta auditoria

iac.indb 109 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de estudo

Além das funcionalidades vistas até aqui, o Excel possui uma


série de outros recursos. Veremos nesta unidade alguns desses
recursos que nos permitem visualizar e analisar as informações
no suporte à gestão das organizações tanto públicas quanto
privadas.

Ressaltamos que é fundamental, ao longo de toda a unidade, que


você experimente e exercite cada um dos recursos apresentados.
Particularmente, esta é uma unidade de estudo eminentemente
prática. O entendimento das funcionalidades aqui apresentadas
ficará facilitado com a prática proposta.

Bom trabalho!

SEÇÃO 1 – Gerando gráficos


Gráficos são uma poderosa ferramenta de apresentação da
informação. O Excel oferece diversos tipos de gráficos: setores,
barras, colunas, linhas, dispersão e radar. Antes de passarmos
à construção de gráficos propriamente dita, vamos entender a
anatomia de um gráfico.

Os componentes de um gráfico são tecnicamente chamados de


objetos. A Figura 3.1 identifica muito desses objetos. No Excel,
você pode formatar cada objeto, ou seja, você pode mudar a
aparência do objeto [Lie02].

Figura 3.1 - Objetos de um gráfico


Fonte: [Lie02]

110

iac.indb 110 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

A área do gráfico abrange todo o gráfico. A borda pode ser


removida ou receber uma cor diferente, e o espaço interno pode
ser preenchido com uma cor e/ou um padrão ou uma textura.

A área de plotagem inclui tudo o que não for títulos e legendas.


As linhas de grade são opcionais; você pode incluir linhas de grade
verticais e/ou horizontais.

O gráfico possui uma sequência de dados. Cada item na sequência é


conhecido como um ponto de dados. O gráfico ilustrado na Figura
3.1 foi criado com marcadores (os losangos) e uma linha que une
esses marcadores. A linha permite diversas opções de espessura e
estilo (por exemplo, sólida ou pontilhada). Do mesmo modo, a
forma dos marcadores pode ser alterada.

A escala (valores máximo e mínimo) de cada eixo pode


ser alterada e existem opções para mudar o número e o
posicionamento das marcas de escala em cada eixo, a fonte etc.

Os dados usados para criar um gráfico podem estar em linhas,


como na Figura 3.2, ou em colunas, como na Figura 3.4. Não
há vantagem ou desvantagem em nenhum dos dois. Os dados da
Figura 3.2 foram usados para criar o gráfico mostrado na Figura
3.3, e estes dados criaram o gráfico ilustrado na Figura 3.5.
Analise as diferenças!

Figura 3.2 - Exemplo de planilha com dados em linha


Fonte: Adpatado de [Lie02]

Figura 3.3 - Gráfico criado a partir dos dados em linha da planilha Figura 3.2
Fonte: MS-Excel XP

Unidade 3 111

iac.indb 111 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 3.4 - Exemplo de planilha com dados em linha


Fonte: [Lie02]

Figura 3.5 - Gráfico criado a partir dos dados em coluna da planilha da Figura 3.4
Fonte: MS-Excel XP

Os dados a serem usados no eixo X dos gráficos de colunas e


de linhas (eixo horizontal), ou em um gráfico de barras (eixo
vertical), são chamados de dados de categoria. Esses dados
podem ser texto ou números. Na Figura 3.2, os dados que
formarão a categoria do eixo X estão na linha l, enquanto na
Figura 3.4 eles estão na coluna A. Observe que nos gráficos
apresentados como exemplo, o eixo X é o vertical por se tratar
de gráfico de barras (figuras 3.3 e 3.5). Os dados de categoria do
eixo X são opcionais. Se forem omitidos, o Excel usa os números
1, 2, 3 etc. para os dados de categoria do eixo X.

Os dados a serem representados no gráfico são chamados de


sequência de dados. Um gráfico pode ter mais de uma sequência

112

iac.indb 112 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

de dados. Os valores Y podem incluir um nome. Na Figura 3.2,


a célula A2 contém o nome para os dados em B2:E2.
Da mesma forma, a célula B1 da Figura 3.4 contém o nome
para os dados em B2:B13. Se selecionarmos o intervalo Al:C13
(ou seja, os nomes e os dados), então, a sequência de dados
B2:B13 receberá o nome em B1 (nesse caso, o nome será A). O
nome é usado na legenda do gráfico. Se os dados selecionados
para um gráfico não incluírem nomes, o Excel utiliza os nomes
Sequência 1, Sequência 2 etc.

Um gráfico pode ser criado dentro de uma planilha ou em uma


folha separada contendo apenas esse gráfico. No primeiro caso,
dizemos que o gráfico está incorporado. No segundo, dizemos que
o gráfico está em uma folha de gráfico e não em uma planilha. O
processo para criar e modificar um gráfico em sua própria folha é o
mesmo para criar um gráfico incorporado.

O Excel possui um excelente recurso para criação de gráficos: o


Assistente de Gráfico, que funciona em quatro etapas:

„„ Etapa 1 – Seleção do tipo de gráfico;


„„ Etapa 2 – Seleção do intervalo de dados;
„„ Etapa 3 – Definição de formatações: título, legenda etc.;
„„ Etapa 4 – Definição do local de criação do gráfico.

Vamos criar um gráfico na prática para melhor


visualização dessas etapas e entender a anatomia de
um deles?

Primeiro, precisamos de uma planilha para construir um gráfico.

No Excel, crie a planilha ilustrada na Figura 3.6.

Figura 3.6 - Planilha exemplo para criação de gráfico


Fonte: MS-Excel XP

Unidade 3 113

iac.indb 113 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Acione o assistente de gráfico via menu Inserir – Gráfico.... Com


a janela do assistente de gráfico aberta, vamos realizar as ações
sugeridas para cada etapa.

Tipo de Gráfico (etapa 1 de 4):

Existem vários tipos e subtipos de gráficos que deverão ser


aplicados conforme a necessidade e/ou formato das informações
que se deseja representar graficamente.

1. Selecione o tipo (Colunas) e o subtipo do gráfico


(Colunas agrupadas), conforme ilustrado na Figura 3.7.

Figura 3.7 - Assistente de gráfico – etapa 1 de 4: tipo de gráfico


Fonte: MS-Excel XP

Pressione o botão [Avançar] para acessar a próxima etapa.

Dados de Origem do Gráfico (etapa 2 de 4):

2. Selecione a faixa de células que contém as informações


que deverão ser representadas no gráfico (A2:B8).
Certifique-se que em Sequências você tem selecionado
Linhas (os dados deste gráfico estão dispostos em
linhas!). O resultado deve ser como mostrado na Figura
3.8.

114

iac.indb 114 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Figura 3.8 - Assistente de gráfico – etapa 2 de 4: dados de origem


Fonte: MS-Excel XP

Pressione o botão [Avançar] novamente para acessar a próxima


etapa.

Opções de Gráfico (etapa 3 de 4):

Nesta etapa você poderá definir informações referentes ao título,


legenda e rótulos de dados do gráfico, sendo que cada um destes
grupos de elementos está disponível em guias diferentes dentro
da janela.

3. Na guia Título digite em Titulo do Gráfico a expressão


Indicadores de Investimentos e em Eixo das categorias
(X), Investimentos e Escala Percentual em Eixo dos
valores (Y): (Figura 3.9). Na guia Legenda, mantenha
marcada a caixa de verificação Mostrar legenda, e na caixa
de opção Posicionamento, selecione o item: Abaixo (Figura
3.10).

Unidade 3 115

iac.indb 115 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 3.9 - Assistente de gráfico – etapa 3 de 4: opções de gráfico – guia Títulos


Fonte: MS-Excel XP

Figura 3.10 - Assistente de gráfico – etapa 3 de 4: opções de gráfico – guia Legenda


Fonte: MS-Excel XP

Pressione o botão [Avançar] para ir para a última etapa da criação


do gráfico.

Local do Gráfico (etapa 4 de 4):

Nesta etapa você definirá a localização do gráfico, que pode ser:

„„ Como gerar nova planilha - você poderá alterar o nome


Gráfico1 sugerido para a criação da nova planilha na qual
o gráfico será inserido, ou
„„ Você poderá escolher em qual das planilhas da pasta de
trabalho atual o gráfico será inserido - Como objeto em.
4. Crie este gráfico em uma nova planilha, marcando a
opção conforme ilustrado na Figura 3.11.

116

iac.indb 116 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Figura 3.11 - Assistente de gráfico – etapa 4 de 4: local de gráfico


Fonte: MS-Excel XP

Pressione o botão [Concluir] para que o gráfico seja gerado. O


resultado deve ser como mostrado na Figura 3.12.

Figura 3.12 - Gráfico criado a partir dos dados da planilha Figura 3.6
Fonte: MS-Excel XP

Após ter concluído a criação do gráfico, o foco do cursor será


posicionado sobre o mesmo, e você poderá formatar algumas
características dos seus grupos de elementos, como:

„„ área do gráfico,
„„ sequências dos dados,
„„ título do gráfico,
„„ legenda etc.

Unidade 3 117

iac.indb 117 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para realizar essas outras formatações do gráfico, clique com o


botão direito do mouse sobre a área a ser modificada, conforme
ilustrado na Figura 3.13.

Figura 3.13 - Formatação de gráfico


Fonte: MS-Excel XP

Vamos praticar mais um pouco?

1. No Excel, abra a planilha criada e salva ao final da seção


4 da Unidade 2. Com base nos saldos do Trimestre
dessa planilha, desenhe um gráfico de setores (pizza),
mostrando os percentuais dos saldos de Materiais, Mão
de obra, Serviços e Outras Despesas.

2. Acione o assistente de gráfico via menu Inserir –


Gráfico....

3. Na primeira etapa (tipo de gráfico), selecione o tipo Setor


ou Pizza e o subtipo do gráfico Setor ou Pizza com efeito
visual 3D. Pressione o botão [Avançar] para passar a
próxima etapa.

4. Na segunda etapa (dados de origem), vamos selecionar a


faixa de células que contém as informações que deverão ser
representadas o gráfico. Note que os dados que queremos
representar não são adjacentes na planilha (coluna A e
coluna E). Selecione o primeiro intervalo (A7:A10).

118

iac.indb 118 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Mantendo a tecla [Ctrl] do teclado pressionada, selecione


o segundo intervalo (E7:E10). Certifique-se que você
tem selecionado Colunas (os dados desta planilha estão
dispostos em Colunas). Pressione o botão [Avançar]
novamente para acessar a próxima etapa.

5. Estando na terceira etapa (opções de gráfico), na guia


Título digite em Titulo do Gráfico a expressão Posição
dos Saldos do Trimestre. Na guia Legenda, desmarque
a caixa de verificação Mostrar legenda. Na guia Rótulos de
dados, marque as caixas de verificação Nome da categoria
e Porcentagem. Pressione o botão [Avançar] para ir para a
última etapa na criação do gráfico.

6. Na quarta e última etapa (local do gráfico), selecione a


opção Como objeto em. Pressione o botão [Concluir] para
que o gráfico seja gerado.

7. Salve seu trabalho. Seu gráfico deve estar conforme


ilustrado na Figura 3.14.

Figura 3.14 - Gráfico final seção 1 – gráfico de setor


Fonte: Elaborado pelas autoras

Os gráficos de setores (ou pizzas) são mais apropriados quando


o número de pontos de dados é pequeno e você quer demonstrar
sua relação de tamanho. Para destacar um setor de dados (ou fatia
da pizza), fazemos o seguinte:

„„ clique uma vez no setor ou fatia que deseja destacar;

Unidade 3 119

iac.indb 119 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

„„ agora, clique novamente na fatia para destacá-la (esse não


é um clique duplo, mas dois cliques separados);
„„ finalmente, arraste a fatia ou setor até o ponto desejado
e o rótulo de dados se moverá juntamente com a fatia (se
você arrastar antes do segundo clique, o gráfico inteiro
irá explodir!).
Lembre-se: se você não tiver êxito de início, use o comando
desfazer. O resultado deve ser semelhante ao ilustrado na Figura
3.15.

Figura 3.15 - Gráfico final seção 1 – gráfico com setor destacado


Fonte: Elaborado pelas autoras

SEÇÃO 2 – Fazendo da planilha um banco de dados


Os recursos de banco de dados são tratados no Excel com o nome
de listas de dados. Listas de dados permitem a organização, o
gerenciamento e a recuperação de informações para fins diversos.
Uma lista é uma planilha em que cada linha é vista como um
registro de dados e cada coluna como um campo do registro. A
primeira linha da planilha deve possuir os nomes dos campos.

Além dos recursos disponíveis de planilhas, as listas de dados


incorporam ferramentas de formulários para manutenção
de dados, filtros para consultas seletivas e subtotais para
agrupamento de série de dados.

120

iac.indb 120 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Vamos conhecer alguns desses recursos na prática?

Imaginemos um exemplo no qual se quer uma tabela no Excel


contendo dados sobre títulos a pagar.

1. Crie a planilha ilustrada na Figura 3.16. Observe que as


colunas D e E são obtidas por fórmulas de cálculo.

Figura 3.16 - Exemplo de planilha para conter uma lista de dados


Fonte: MS-Excel XP

A manutenção dos dados em uma lista (incluir novas linhas,


alterar as já existentes ou mesmo excluir uma linha) pode ser feita
diretamente na planilha, ou por meio da ferramenta Formulário.

Como criar formulários para manutenção de dados em


planilhas?

O recurso Formulário abre uma tela na qual se visualiza uma


linha da planilha de cada vez.

2. Coloque o cursor sobre a célula A1 da planilha que você


acabou de criar e acione o menu Dados – Formulário.... A
Figura 3.17 ilustra o formulário criado automaticamente
pelo Excel. Repare que as colunas ISS e PAGAR
são inibidas de digitação evitando, assim, quaisquer
problemas relacionados à digitação involuntária sobre
esses dados calculados.

Unidade 3 121

iac.indb 121 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 3.17 - Exemplo de tela de Formulário gerado automaticamente pelo Excel


Fonte: MS-Excel XP

Para incluir novas linhas de dados na planilha basta clicar


no botão [Novo] e digitar os conteúdos para os campos. Para
navegar entre os campos no formulário, use a tecla [TAB] do
teclado ou clique com o mouse dentro do campo desejado. Para
ver as demais linhas utilize os botões [Localizar anterior] e
[Localizar próximo].

3. Clique no botão [Novo] e inclua, nos campos


correspondentes, os dados listados na Tabela 3.1.
Observe que os campos de fórmulas são calculados
automaticamente à medida que você digita os registros
no formulário.

DATA NOME VALOR


10/1 ABC & Cia 520,00
10/1 Delta Ltda. 1.000,00
12/1 João Alves 540,00
20/1 Antonio Gomes 5.400,00
25/1 Joana Marcondes 1.250,00
5/2 ABC & Cia 1.950,00
6/2 Glaucia Pires 1.800,00
6/2 Delta Ltda. 800,00
6/3 Delta Ltda. 400,00
10/3 Joana Marcondes 2.000,00
Tabela 3.1 - Exemplo de dados de pagamento
Fonte: Elaborado pelas autoras

122

iac.indb 122 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

Salve seu trabalho! Sua planilha ao final deve estar semelhante à


Figura 3.18.

Figura 3.18 - Exemplo de lista de dados com dados de pagamento


Fonte: MS-Excel XP

Agora que temos uma lista de dados, vamos analisar como


podemos fazer consultas sobre esses dados usando filtros, um
recurso bastante interessante!

Como fazer filtros de dados em planilhas?

Podemos estabelecer critérios de consultas à lista, produzindo-se


uma sublista de dados específicos. A sublista é um subconjunto
de dados da lista que atende às condições especificadas. Vamos
ver como isto funciona!

4. Coloque o cursor em qualquer célula preenchida do


cabeçalho e acesse o menu Dados - Filtrar - AutoFiltro.
Verifique que na planilha todas as células que contêm os
títulos de colunas (linha 1) se transformaram em caixas
de seleção (a pequena seta no canto direito das células de
título, conforme ilustrado na Figura 3.19).

Unidade 3 123

iac.indb 123 11/05/30 13:41


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 3.19 - Apresentação das caixas de seleção nos nomes dos campos
Fonte: MS-Excel XP

5. Clique na pequena seta da coluna Nome e verá, na


caixa de seleção (ilustrada na Figura 3.20), alguns itens
de escolha: (Tudo), (10 Primeiros...), (Personalizar...) e
uma lista de todos os nomes de fornecedores existentes
na planilha. Escolha o nome ABC & Cia e verifique o
resultado.

Figura 3.20 - Apresentação da caixa de seleção no campo Nome


Fonte: MS-Excel XP

Sua planilha deve ter encolhido, passando a exibir somente as


linhas referentes ao fornecedor ABC & Cia, conforme ilustrado
na Figura 3.21.

Figura 3.21 - Apresentação do resultado do filtro ABC & Cia


Fonte: MS-Excel XP

Outra mudança aconteceu: a seta da caixa Nome mudou de cor,


assim como os números que identificam as linhas (em geral,
todos passam a ser azuis). A cor indica que os dados estão
filtrados e em qual campo o filtro foi aplicado.
124

iac.indb 124 11/05/30 13:41


Informática Aplicada à Contabilidade

6. Para retornar à lista de dados original, selecione a opção


(Tudo) na caixa de seleção do campo Nome, ou acione o
menu Dados - Filtrar – Mostrar todos.

7. Clique novamente na pequena seta da coluna Nome e


escolha (Personalizar) de forma a usarmos um critério de
pesquisa, como, por exemplo, todos os nomes começados
por Jo. Digite Jo*, na caixa de diálogo Personalizar
AutoFiltro, conforme ilustra a Figura 3.22.

Figura 3.22 - Caixa de diálogo Personalizar AutoFiltro


Fonte: MS-Excel XP

Sua planilha deve ter encolhido novamente, passando a exibir


somente os fornecedores que têm nome iniciados por Jo, como
apresentado na Figura 3.23.

Figura 3.23 - Apresentação do resultado do filtro Jo*


Fonte: MS-Excel XP

É possível elaborar filtros baseados em mais de um campo.

A alternativa (10 Primeiros) só funciona para colunas numéricas.


Experimente na coluna Valor recuperando os 5 primeiros itens e
analise o resultado obtido.

Unidade 3 125

iac.indb 125 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

8. Acione o menu Dados - Filtrar - AutoFiltro novamente


para desativar a opção de filtro na tabela, porque nossas
opções de recursos não param por aqui!

Também é possível totalizar dados de uma lista, na quebra


(mudança) de valor de determinada coluna. Para obter os
totais adequados é necessário que você agrupe os registros pela
categoria desejada. Para isto, você deve classificar a lista pelo
critério agrupador.

Como ordenar dados em uma planilha?

Por meio do menu Dados – Classificar é possível ordenar uma


lista de dados. Para atender à necessidade presente, precisamos
ordenar a lista de dados que estamos trabalhando por nome do
fornecedor.

9. Para classificar a nossa lista, selecione toda a tabela e


acione o menu Dados - Classificar. Selecione nome na
primeira caixa e opção crescente, conforme ilustra a
Figura 3.24.

Figura 3.24 - Caixa de diálogo Classificar


Fonte: MS-Excel XP

Agora, com a tabela reordenada, podemos calcular quanto


receberá ao todo cada fornecedor, por meio do uso de subtotais.

126

iac.indb 126 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Como gerar subtotais em planilhas?

Coloque o cursor na célula A1 da planilha em uso e acione


o menu Dados - Subtotais. Será então apresentada a Caixa de
Diálogo Subtotais, ilustrada Figura 3.25.

Figura 3.25 - Caixa de diálogo Subtotais


Fonte: MS-Excel XP

Esta caixa apresenta as seguintes opções [MM99b]:

„„ A cada alteração em: é o local em que se determina por


qual campo será feito o subtotal.
„„ Usar função: permite escolher qual função estatística
será usada em cada intervalo de subtotal. O padrão é
Soma, mas pode ser também Média, Máximo etc.
„„ Adicionar subtotais a: neste local é(são) determinado(s)
qual(is) o(s) campo(s) que terá(ão) abaixo um subtotal.
„„ Substituir subtotais atuais: quando ligado, serve
para substituir subtotais que já tenham sido feitos
anteriormente.

Unidade 3 127

iac.indb 127 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

„„ Quebra de página entre grupos: permite que, a


cada mudança de dados de um mesmo campo, ele
automaticamente quebre a página facilitando, desta
forma, a impressão de um relatório por grupo de dados.
„„ Resumir abaixo dos dados: quando ligado faz a
colocação do total geral de todos os grupos abaixo destes.
„„ Remover todos: usado quando se deseja desligar este
recurso da lista de dados.
11. Na caixa de diálogo Subtotais, escolha NOME na caixa
A cada alteração em. No campo Usar função, selecione
Soma. Em Adicionar total a, indique PAGAR. Por fim,
marque as opções Substituir subtotais atuais e Resumir
abaixo dos dados. Clique no botão [OK].

Observe como ficaram os dados na planilha (Figura 3.26). A


planilha apresenta a soma a pagar para cada grupo que tem o
mesmo nome.

Figura 3.26 - Planilha com os subtotais ativados


Fonte: MS-Excel XP

À esquerda da tela, apareceram três novos botões numerados


como 1, 2 e 3. Este esquema hierárquico lhe dá a chance de ver
três níveis de informações: os fornecedores e seus subtotais (nível
3); somente os subtotais para cada fornecedor (nível 2); ou o total
geral a pagar (nível 1).
128

iac.indb 128 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

12. Clique no pequeno botão 2 à esquerda da tela e veja o


resultado (Figura 3.27).

Figura 3.27 - Visão de subtotal quando clicando o número 2


Fonte: MS-Excel XP

13. Clique no pequeno botão 1 para visualizar o total geral


(Figura 3.36).

Figura 3.28 - Visão de subtotal quando clicando o número 1


Fonte: MS-Excel XP

Para retornar à visão geral basta clicar no botão 3 novamente.


E para voltar a planilha a seu estado original acione o menu
Dados - Subtotais e na caixa de diálogo Subtotais clique no botão
[Remover todos].

SEÇÃO 3 - Tabelas e gráficos dinâmicos


Tabela dinâmica é um recurso do Excel que permite resumir
dados tabulares, de forma interativa e fácil. É uma poderosa
ferramenta de análise de dados. A denominação tabela dinâmica
advêm do fato de o usuário girar os cabeçalhos de linha e de
coluna em torno da área principal de dados para obter diferentes
visões dos dados.

Unidade 3 129

iac.indb 129 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Como funciona uma tabela dinâmica?

1. No Excel, crie um novo arquivo contendo a planilha


ilustrada na Figura 3.29. Esta planilha reflete o
orçamento projetado para cada projeto em cada
departamento de uma organização pública, indicando os
valores por item de despesa.

Figura 3.29 - Planilha de dados: orçamento


Fonte: MS-Excel XP

2. Para montar uma tabela dinâmica, basta selecionar


qualquer célula que contenha os dados da tabela a
utilizar e acionar o Assistente de tabela dinâmica do Excel.

Assim, selecione a faixa de células A2:E24 e, em seguida, acione


o menu Dados – Relatório de tabela e gráfico dinâmico...

130

iac.indb 130 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

3. É apresentada a caixa de diálogo Assistente da tabela


dinâmica e gráfico dinâmico – etapa 1 de 3, ilustrada na
Figura 3.30. Esta caixa de diálogo permite a criação de
uma tabela dinâmica ou de um gráfico dinâmico em
três etapas. Como estamos analisando dados de uma
lista do Excel, certifique-se de que estão selecionadas as
opções: Banco de dados ou lista do Microsoft Excel e Tabela
dinâmica. Clique no botão [Avançar].

Figura 3.30 - Caixa de diálogo Assistente de tabela e gráfico dinâmico – etapa 1 de 3


Fonte: MS-Excel XP

4. Na etapa 2 do assistente, ilustrada na Figura 3.31,


mantenha a seleção do intervalo de células $A$1:$E$24,
que será utilizado para obter a tabela dinâmica. Clique
no botão [Avançar].

Figura 3.31 - Caixa de diálogo Assistente de tabela e gráfico dinâmico – etapa 2 de 3


Fonte: MS-Excel XP

5. Na etapa 3 do assistente (Figura 3.32), precisamos


especificar onde desejamos que a tabela dinâmica seja
construída. Selecione a opção Nova planilha.

Unidade 3 131

iac.indb 131 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 3.32 - Caixa de diálogo Assistente de tabela e gráfico dinâmico – etapa 3 de 3


Fonte: MS-Excel XP

6. Neste momento, também deve ser montado o layout da


tabela para definir quais dados deseja-se visualizar na
tabela dinâmica. Esta etapa permite que você escolha
qual a distribuição dos campos a serem utilizados como
rótulos de campo de linha, coluna e página na tabela
dinâmica. Portanto, dê um clique no botão [Layout...]
para abrir a caixa de diálogo do layout, mostrada na
Figura 3.33.

Figura 3.33 - Caixa de diálogo para definição do layout da tabela dinâmica


Fonte: MS-Excel XP

132

iac.indb 132 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

7. Para efetuar a montagem da tabela, basta arrastar os


títulos de campo situados à direita da caixa de diálogo
para dentro das áreas apropriadas. Veja que no lado
direito da caixa de diálogo existe um grupo de botões
de títulos de campo - um para cada título de coluna de
nossa tabela. Com o mouse, arraste o botão de campo
Projeto para a área LINHA, arraste o botão de campo
Depto para a área COLUNA e arraste o botão de campo
Valor para a área DADOS. Quando você soltar o mouse,
este último botão mudará para Soma de Valor. A caixa
de diálogo, agora, se parecerá com a da Figura 3.34.
Clique no botão [OK] para retornar à tela do assistente
situada na etapa 3 de 3.

Figura 3.34 - Caixa de diálogo com layout da tabela dinâmica definido


Fonte: MS-Excel XP

8. Antes de concluir a montagem da tabela, é possível


selecionar a forma de apresentação dos resultados, por
meio do botão [Opções...], que ao ser clicado apresentará
a caixa de diálogo Opções da tabela dinâmica, ilustrada
na Figura 3.35. Nesta caixa, você pode selecionar
a forma como a tabela deverá ser apresentada. Para
retornar ao assistente, clique no botão [OK].

Unidade 3 133

iac.indb 133 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 3.35 - Caixa de diálogo Opções da tabela dinâmica


Fonte: MS-Excel XP

9. Estando de volta ao assistente etapa 3 de 3, clique no


botão [Concluir]. Neste momento, é apresentada a tabela
criada, segundo a configuração selecionada, como mostra
a Figura 3.36.

A Lista de Campos de Tabela Dinâmica e a barra de ferramentas


Tabela Dinâmica podem ser fechadas clicando-se em seus botões
Fechar [X].

Você pode formatar os dados para exibirem duas casas decimais


em todas as células. A tabela dinâmica que geramos resume os
valores orçados para cada projeto, em cada departamento da
organização.

134

iac.indb 134 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Figura 3.36 - Tabela dinâmica


Fonte: MS-Excel XP

A tabela mostra a soma dos valores orçados para


cada projeto em cada departamento. Se quiséssemos
saber o valor médio, por exemplo, bastaria clicar com
o botão direito do mouse em uma célula da tabela
dinâmica exibindo dados numéricos e selecionar o
item Configurações de Campo. Na caixa de diálogo
que se abre mudar de Soma para Média (Figura 3.37).

Figura 3.37 - Caixa de diálogo Configurações de Campo


Fonte: MS-Excel XP

Vamos analisar um pouco mais das possibilidades da tabela


dinâmica.

Unidade 3 135

iac.indb 135 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

10. Dê um clique duplo na célula que contém o valor


relacionado a P2 sob Administração. O Excel gera um
minirrelatório (Figura 3.38) em uma nova planilha
sobre as despesas do projeto P2 para o departamento
Administração.

Figura 3.38 - Minirrelatório gerado por Tabela Dinâmica


Fonte: MS-Excel XP

11. Retorne à tabela dinâmica (Figura 3.36) e posicione o


cursor em uma das suas células, por exemplo, na célula
A5, e acione o menu Dados – Relatório de tabela e gráfico
dinâmicos... Será apresentada a caixa de diálogo Assistente
da tabela dinâmica e gráfico dinâmico – etapa 3 de 3. Clique
no botão [Layout] e na caixa de diálogo Layout arraste
o campo Item para a área LINHA, colocando-o abaixo
do campo Projeto (Figura 3.39). Clique no botão [OK]
e, em seguida, clique no botão [Concluir]. A Figura
3.40 mostra a inserção do segundo campo como uma
subcategoria.

Figura 3.39 - Caixa de diálogo com subcategoria no layout da tabela dinâmica


Fonte: MS-Excel XP

136

iac.indb 136 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Figura 3.40 - Tabela dinâmica com subcategoria


Fonte: MS-Excel XP

12. Retorne à planilha com a lista original da base de


dados. Tecle [Ctrl] [PgDn] no teclado, ou selecione a
guia com o nome Plan1.

13. Estando na base de dados original (Plan1), acione


novamente o comando Dados - Relatório de Tabela
e gráficos dinâmicos... Avance pelas duas primeiras
etapas como já visto. Estando na etapa 3 de 3, monte
o layout da tabela, arrastando o botão de campo Item
para a área LINHA, o botão de campo Depto para
a área COLUNA, o botão de campo Valor para a
área DADOS, e o botão de campo Projeto para a
área PÁGINA (Figura 3.41). Clique no botão [OK]
para retornar à tela da etapa 3 de 3 e clique no botão

Unidade 3 137

iac.indb 137 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

[Opções...]. Na caixa de diálogo Opções da tabela


dinâmica, desabilite a opção Totais gerais para linhas.
Clique no botão [OK] e em seguida clique o botão
[Concluir]. A Figura 3.42 ilustra o resultado obtido.

Figura 3.41 - Caixa de diálogo com novo layout da tabela dinâmica


Fonte: MS-Excel XP

Figura 3.42 - Tabela dinâmica separada por projeto


Fonte: MS-Excel XP

Para remover um campo de uma tabela, o processo


é semelhante ao de adição. Primeiro selecione uma
das células da tabela, acione o menu Dados – Relatório
de tabela e gráfico dinâmico... Selecione o campo do
layout e arraste-o para fora.

138

iac.indb 138 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

14. Observe na Figura 3.42 a apresentação da opção (Tudo)


na célula B1. Selecione na lista que se abre ao clicar na
pequena seta à direita desta célula o projeto P3. O que
você observa? A Figura 3.43 ilustra o resultado.

Figura 3.43 - Tabela dinâmica separada por projeto


Fonte: MS-Excel XP

É importante observar que os dados em uma tabela


dinâmica não são dados dinâmicos, ou seja, se um
item na lista original for alterado, a tabela dinâmica
não refletirá automaticamente a mudança.
Para atualizar a tabela dinâmica, clique com o botão
direito do mouse na tabela dinâmica e no menu de
contexto que aparece selecione e clique no item
Atualizar Dados. Outra forma é colocar o cursor dentro
da área da tabela dinâmica, em qualquer célula, e
acionar o menu Dados – Atualizar dados.

A tabela dinâmica mostra uma flexibilidade notável, não é


mesmo! Com este recurso podemos elaborar vários tipos de
combinação de uma forma bastante fácil, e assim conseguir obter
respostas de várias formas.

Como criar um gráfico a partir de uma tabela


dinâmica?

Você pode criar um gráfico exibindo os vários níveis de categorias


da tabela dinâmica. Ao ocultar e exibir os detalhes da tabela
dinâmica ou ao mover os campos, estas mudanças serão,
automaticamente, refletidas no gráfico.

Para utilizar um gráfico dinâmico, o processo de definição é


semelhante ao processo de obtenção de uma tabela dinâmica.

Unidade 3 139

iac.indb 139 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

15. Selecione a guia Plan1 que contém a lista de dados


original. Em seguida, selecione a faixa de células
A2:E24 e acione o menu Dados – Relatório de tabela
e gráfico dinâmico... Ao aparecer a caixa de diálogo
Assistente da tabela dinâmica e gráfico dinâmico – etapa 1 de
3, mantenha como seleção a opção Banco de dados ou lista
do Microsoft Excel e escolha a opção Gráfico dinâmico (com
tabela dinâmica). Clique no botão [Avançar].

16. Na etapa 2 do assistente, mantenha a seleção do


intervalo de células $A$1:$E$24. Clique no botão
[Avançar].

17. Na etapa 3 do assistente, mantenha selecionada a opção


Nova planilha. Clique no botão [Layout...] e monte uma
nova formatação para a tabela dinâmica: arraste o botão
de campo Projeto para a área LINHA, o botão de campo
Item para a área COLUNA e o botão de campo Valor
para a área DADOS. Clique no botão [OK] e, depois, no
botão [Concluir] no assistente etapa 3 de 3. Será exibida
a guia Graf1 com o gráfico vinculado à tabela dinâmica.
A Figura 3.44 retrata o gráfico resultante, que apresenta
os totais de cada projeto, mostrando em cada coluna a
composição de cada item por projeto.

Figura 3.44 - Gráfico dinâmico


Fonte: MS-Excel XP

140

iac.indb 140 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Pratique mais o uso de tabelas e gráficos! Use a lista


de dados criada na seção 2 (Figura 3.18) e defina você
mesmo algumas análises.

SEÇÃO 4 – O recurso atingir meta


Através do menu Ferramentas - Atingir meta..., você irá descobrir
um recurso muito interessante. Na realidade, o recurso atingir
meta não acrescenta qualquer funcionalidade extra ao Excel. Os
problemas que ele resolve poderiam ser resolvidos facilmente por
métodos matemáticos simples. A vantagem desta ferramenta é
nos poupar do trabalho de realizar essas operações matemáticas.

Vamos usar um problema simples para entender como funciona


este recurso.

Em que porcentagem um salário de $3.600 precisa ser


aumentado para resultar $4.000?
Podemos resolver este problema de duas formas:
„„ Por meio de uma expressão aritmética, com uma
única variável: como SalárioNovo = SalárioAntigo x (1
+ %aumento). Para calcular o %aumento poderíamos
usar a fórmula %aumento = (SalárioNovo/
SaláríoAntigo) – 1 e encontrarmos a resposta
desejada.
„„ Podemos experimentar valores de percentual até
que o SalárioNovo apresentasse um valor em torno
de 4.000: podemos ver que 5% é muito pouco e,
então, tentar 10%, 15% etc., até ultrapassarmos
o valor de destino de 4.000; depois, voltamos
reduzindo o percentual em incrementos menores.
Basicamente, esse é o mesmo método usado pelo
recurso atingir meta, mas suas “deduções” são
calculadas usando o método conhecido como o
Método das Aproximações Sucessivas de Newton.
[Lie02]

Unidade 3 141

iac.indb 141 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Vamos ver, então, como usamos o recurso atingir meta para


resolver este problema.

1. No Excel, abra uma nova planilha e digite o conteúdo


indicado nas respectivas células:

A1: Salário anterior A2: 3600


B1: Aumento B2: 5%
C1: Salário novo C2: =A2*(1+B2)

2. Acione o recurso Atingir Meta pelo menu Ferramentas.


Na caixa de diálogo que aparece ilustrada na Figura 3.45,
a célula especificada na caixa Definir Célula é a célula
em que desejamos ter um valor especifico (C2); o valor
definido em Para Valor é a meta de 4.000; e a célula
definida em Alternando Célula (B2) é a célula a ser
alterada para atingir a meta.

Veja que você pode digitar diretamente as referências de célula


(sem os símbolos de cifrão, ou seja, como endereços relativos)
ou Pode clicar na célula para inserir sua referência (neste caso o
Excel exibirá uma referência de célula absoluta). Quando essas
entradas tiverem sido feitas, clique no botão [OK].

Figura 3.45 - Exemplo de uso do recurso Atingir Meta


Fonte: Adaptado de [Lie02]

3. Aparece uma segunda caixa de diálogo (Figura 3.46) e,


como Atingir Meta encontrou o resultado necessário, o
Excel oferece a opção de aceitar o resultado. Um aumento
de 11,1% fornece o resultado necessário. Talvez você
precise usar a ferramenta Aumentar Casas Decimais para
exibir o resultado com uma casa decimal.

142

iac.indb 142 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Figura 3.46 - Exemplo de uso do recurso Atingir Meta


Fonte: MS-Excel XP

Vamos praticar?

Queremos obter a taxa de juros necessária para dobrar um


investimento em 5 anos.

1. No Excel, abra uma nova planilha e digite os textos


mostrados na linha 1 e os valores mostrados em A1:C1
da planilha ilustrada na Figura 3.47. Em D2, insira a
fórmula =ABS(VF(C2;B2;;A2)).

Figura 3.47 - Exemplo de uso do recurso Atingir Meta


Fonte: Adaptado de [Lie02]

2. Acione o recurso Atingir Meta e na caixa de diálogo use


a célula D2 na linha Definir Célula, 2000 em Para Valor
(meta) e C2 em Alternando Célula (B2). Você deve obter
uma taxa de juros de 14,9% como taxa necessária para ter
2.000 em 5 anos.

3. Usando a mesma planilha ilustrada na Figura 3.47


podemos responder a outra pergunta: quanto tempo
levará para um depósito de $1.000 valer $5.000 quando
a taxa de juros é de 5%? Restabeleça os valores das

Unidade 3 143

iac.indb 143 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

células A2:C2 conforme ilustrado na Figura 3.47. Acione


novamente o recurso Atingir Meta usando a célula D2
na linha Definir Célula, 5000 em Para Valor (meta) e B2
na caixa Alterando Célula. Você deve descobrir que são
necessários aproximadamente 33 anos (Uma boa razão
para começar a poupar cedo para a aposentadoria!).
[Lie02]

SEÇÃO 5 – O recurso cenários


Como vimos até aqui, o Excel contribui muito no sentido de
organizar o raciocínio em simulações e resolução de equações.
Uma de suas grandes vantagens é que podemos alterar um valor,
e todas as células que dependem dele ou usam-no como referência
são alteradas instantaneamente. Isto nos permite fazer análises
do tipo “e-se”. Por exemplo, na planilha ilustrada na Figura 3.47,
partimos de um valor inicial de $1.000; se o valor inicial fosse
$2.000 quanto tempo levaria para alcançarmos o montante de
$5.000 usando a mesma taxa?

Há situações em que queremos compartilhar essas análises


com outras pessoas. Uma maneira seria imprimir a planilha
com cada um dos parâmetros utilizados. Outra forma seria
exibirmos os resultados na tela para que possamos experimentar
também outros parâmetros sugeridos (neste caso, cada análise se
sobreporia à anterior).

Havendo a necessidade de efetuar a comparação de resultados


diferentes para um mesmo tipo de dado, pode ser utilizado o
recurso de cenários. Esse recurso é bastante útil na elaboração
de simulações, pois permite que sejam efetuados cruzamentos de
valores sem que haja a necessidade de ficar modificando-os a toda
hora dentro da planilha.

Vamos verificar como esse recurso funciona com um exemplo


bem simples e objetivo [MM99b].

144

iac.indb 144 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

1. Digite a planilha ilustrada na Figura 3.48. Observe que


a célula C4 deverá possuir a função =SOMA(C1:C3),
a célula C9 será preenchida com a função
=SOMA(C6:C8) e a célula C11 deverá conter a fórmula
=C4-C9.

Figura 3.48 - Planilha a ser usada com a ferramenta Cenários


Fonte [MM99b]

2. Digite os valores das receitas nas células indicadas:

C1: 400,00

C2: 700,00

C3: 400,00

3. Vamos, agora, usar o gerenciador de cenários para criar


uma versão da planilha com o nome Receitas Normais
para a faixa de células C1:C3. Para acionar o gerenciador
de cenários, selecione a faixa de células C1:C3 e escolha
o menu Ferramentas – Cenários...

4. Será apresentada a caixa de diálogo Gerenciador de


cenários, ilustrada na Figura 3.49.

Unidade 3 145

iac.indb 145 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 3.49 - Caixa de diálogo Gerenciador de Cenários


Fonte: MS-Excel XP

Nesta tela, dê um clique no botão [Adicionar...] e será


apresentada a caixa de diálogo Adicionar cenário, conforme
Figura 3.50.

Figura 3.50 - Caixa de diálogo Gerenciador de Cenários


Fonte: MS-Excel XP

146

iac.indb 146 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Digite em Nome do cenário o nome da versão: Receitas Normais.


Dê um clique no botão [OK]. Será apresentada a Caixa de
diálogo Valores de cenário. Dê mais um clique sobre o botão
[OK] desta caixa, para retornar à caixa de diálogo Gerenciador
de cenários.

5. Dê um clique sobre o botão [Adicionar...] e digite o


título Receitas Altas, dando um clique no botão [OK].
Em seguida é apresentada a caixa de diálogo Valores
de cenário, na qual devem ser digitados os valores
considerados altos. A Figura 3.51 mostra a definição
desses valores.

Figura 3.51 - Caixa de diálogo Valores de cenário com valores mais altos que os normais
Fonte: [MM99b]

6. Dê um clique no botão [OK] para voltar ao Gerenciador


de cenários. Neste momento, existem duas versões de
valores para a região de receitas, uma sendo com valores
normais e outra com valores altos.

7. Vamos, agora, definir uma terceira versão com valores


baixos. Clique no botão [Adicionar...]. Na caixa de
diálogo Adicionar cenário digite o título Receitas Baixas.
Dê um clique no botão [OK] e informe os valores para
as receitas baixas, conforme mostra a Figura 3.52. Em
seguida, clique no botão [OK].

Unidade 3 147

iac.indb 147 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 3.52 - Caixa de diálogo Valores de cenário com valores mais baixos que os normais
Fonte: [MM99b]

8. Neste momento, poderá ser selecionada uma das versões


listadas na área de seleção de Cenários (Figura 3.53).
Escolha um dos cenários e dê um clique sobre o botão
[Mostrar]. Desta forma serão apresentados os valores
constantes no cenário selecionado. Cada versão armazena
um valor diferente. No final, dê um clique no botão
[Fechar] para voltar à planilha.

Figura 3.53 - Caixa de diálogo Gerenciador de cenários com as opções de cenário.


Fonte: MS-Excel XP

148

iac.indb 148 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

9. De forma análoga, será criada uma sequência de três


versões para as despesas. Portanto, digite na faixa de
células C6:C8 valores a serem considerados como
despesas normais:

C6: 80,00

C7: 50,00

C8: 150,00

10. Selecione a faixa de valores C6:C8 e acione o menu


Ferramentas – Cenários... Na caixa de diálogo que
aparece, dê um clique no botão [Adicionar...] definindo
o nome Despesas Normais. Em seguida, estabeleça para
o campo Células variáveis a faixa de células C6:C8, dando
um clique no botão [OK]. Na caixa de diálogo Valores
de cenário, clique o botão [OK]. Agora serão definidas as
despesas altas, portanto, clique no botão [Adicionar...] e
estabeleça o nome Despesas Altas, clique no botão [OK]
e efetue a alteração dos valores de despesas, conforme
indicado a seguir:

$C$6: 200

$C$7: 300

$C$8: 800

11. Defina, ainda, a sequência de valores para as despesas


baixas. Portanto, clique no botão [Adicionar...], definindo
o nome da versão como Despesas Baixas, clique no
botão [OK] e digite valores baixos apresentados a seguir:

$C$6: 20

$C$7: 30

$C$8: 70

Unidade 3 149

iac.indb 149 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

12. Nesse nosso exemplo, há duas regiões distintas, sendo


uma de receitas e outra de despesas, contendo cada
uma três versões, as quais poderão ser combinadas
entre si. Desta forma, poderão ser criados diferentes
cenários de qualquer região nomeada de uma planilha.
Usa-se o Gerenciador de cenários para exibir as diferentes
combinações dos cenários, por meio da seleção destes.
Com este recurso é possível efetuar diversas análises,
por exemplo, a questão: o que acontecerá com o saldo
se a receita for baixa e a despesa for alta? A Figura 3.54
mostra um exemplo dessa situação. Para utilizar este
recurso não se esqueça de, quando estiver na planilha,
executar o comando: Ferramentas - Cenários... A partir
daí, selecione o cenário desejado dando um clique no
botão [Mostrar] e, no final, no botão [Fechar] para voltar à
planilha e visualizar o cruzamento dos valores.

Figura 3.54 - Planilha com despesas altas e receitas baixas trabalhada com a ferramenta cenário
Fonte: [MM99b]

A caixa de diálogo Gerenciador de Cenários apresenta


oito botões. Utilizamos no nosso exemplo os botões
[Adicionar...], [Mostrar] e [Fechar]. O botão [Excluir]
possibilita o cancelamento de um cenário definido,
o botão [Editar...] abre a caixa de diálogo Editar
cenário, que tem como finalidade modificar e efetuar
a manutenção de cenários. O botão [Mesclar...]
possibilita mesclar cenários de pastas abertas e o
botão [Resumir...] cria um relatório com todos os valores
estabelecidos em um cenário.

150

iac.indb 150 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Vamos analisar um investimento em caderneta de poupança por


1 (um) mês e avaliar conjuntamente o comportamento do câmbio
(dólar). [Cor01]

1. No Excel, crie uma nova planilha com os seguintes


valores nas células indicadas:

A1: Cotação atual do dólar


A2: Previsão do rendimento da poupança para o período
A3: Previsão de variação do dólar para o período
A4: Valor a ser aplicado (em reais)
A6: Valor a ser aplicado (convertido - em dólares)
A7: Valor a ser resgatado (em reais) após o período
A8: Valor a ser resgatado (convertido - em dólares)
B1: 2,08
B2: 1,0%
B3: 0,5%
B4: 1000
B6: =B4/B1
B7: =B4*(1+B2)
B8: =B7/(B1*(1+B3))

Sua planilha deve estar conforme a ilustrada na Figura 3.55.

Figura 3.55 - Planilha a ser usada com a ferramenta Cenários com cotação de dólar, poupança e
investimento
Fonte: Adaptado de [Cor01]

Unidade 3 151

iac.indb 151 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

2. Supondo que queremos assumir três cenários para fazer


nossa análise:

Otimista: Poupança = 1,2% e Câmbio = 1,3%


Provável: Poupança = 1,0% e Câmbio = 0,5%
Pessimista: Poupança = 0,8% e Câmbio = 1,7%

Vamos acionar o recurso Ferramentas - Cenários..., que irá


apresentar a caixa de diálogo Gerenciador de cenários. Vamos clicar
no botão [Adicionar...] e preencher:

Nome do cenário: Otimista


Células variáveis: B2;B3

Na sequência, após pressionarmos o botão [Ok], o Excel irá


solicitar que informemos os valores para as células indicadas:

B2: 1,2%
B3: 1,3%

Pronto! Assim que o botão [Ok] for pressionado, já será possível


vermos o cenário Otimista no Gerenciador de cenários. Agora
basta repetirmos a operação para cadastrar os cenários Provável e
Pessimista.

3. Ao apontarmos para um dos cenários e pressionar o


botão [Mostrar] do Gerenciador de cenários vemos a
planilha ser alimentada com o referido cenário! Ou basta
fazermos duplo clique sobre o nome do cenário, o efeito
é o mesmo. Repare no valor da aplicação em dólares
(futuro), para cada cenário:

Otimista: 480,29
Provável: 483,16
Pessimista: 476,51

Todas as definições de cenários, feitas por meio desse


recurso que acabamos de analisar, são armazenadas
junto da pasta de trabalho. Quando se grava o
arquivo, os cenários também são gravados. Assim,
os cenários estarão disponíveis na próxima sessão
quando o arquivo for aberto novamente.

152

iac.indb 152 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

SEÇÃO 6 – A ferramenta auditoria


Quando construímos uma planilha mais complexa, com várias
fórmulas contendo referências a outras células, interativamente,
é possível chegarmos a um ponto em que precisamos
rapidamente recuperar essas interações entre células. O recurso
Auditoria, acessível pelo menu Ferramentas, auxilia neste
trabalho.

O auditor é uma ferramenta que ajuda a analisar a estrutura de


uma planilha, possibilitando localizar fórmulas e erros que possam
existir em seu trabalho, destacando fórmulas ou a relação existente
entre os valores e as fórmulas de uma planilha.

Parte do trabalho de auditoria é feito automaticamente pelo Excel,


quando da edição de uma fórmula já definida. Se você posicionar o
cursor sobre uma célula e, em seguida, pressionar a tecla de função
[F2] do teclado, verá a apresentação das células envolvidas no
cálculo com uma borda colorida fazendo referência na mesma cor
às células envolvidas na fórmula. [MM99b]

O uso do recurso Auditoria desenha setas de todas as células


referenciadas pela célula ativa, ou seja, com o cursor apontando
para uma célula específica, ao acionar o recurso Auditoria, podemos
visualizar graficamente, via setas, quais as células interligadas à
célula vigente (selecionada).

A execução do comando de Auditoria apresenta quatro opções


básicas:

„„ Rastrear precedentes
Esta opção permite que sejam identificadas todas as células ou
faixas de células que fornecem informações para alguma fórmula.
Uma célula tem precedentes quando possui uma fórmula
referenciada em outra célula.

Suponha que na célula A3 esteja a fórmula:


=B1*(C1+B2).
As células precedentes da célula A3 são C1, B1 e B2,
pois estas possuem dados que estão referenciados
na célula A3. A Figura 3.56 ilustra o resultado quando
acionamos esta opção.

Unidade 3 153

iac.indb 153 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 3.56 Uso do recurso Auditoria – Rastrear precedentes


Fonte: MS-Excel XP

„„ Rastrear dependentes
Esta opção permite que sejam identificadas todas as fórmulas que
fornecem informações para alguma célula. Uma fórmula tem
dependentes quando possui uma informação referenciada em uma
célula ou faixa de células.

Suponha, o mesmo exemplo anterior, em que na


célula A3 está a fórmula =B1*(C1+B2). Neste caso, a
célula A3 é dependente das células C1, B1 e B2, pois
precisa destas células para calcular um resultado. A
Figura 3.57 ilustra o resultado quando acionamos esta
opção.

Figura 3.57 - Uso do recurso Auditoria – Rastrear dependentes


Fonte: MS-Excel XP

„„ Rastrear erro
Esta opção permite identificar quais células referenciadas pela
célula ativa estariam, potencialmente, causando o erro. A célula
ativa deve conter um valor de erro, do contrário este comando
não tem efeito. Caso apareçam setas vermelhas ou pontilhadas,
elas apontarão para a primeira fórmula precedente que contém um
erro. No caso de setas azuis ou cheias, apontarão para as células
que possuem os valores precedentes da primeira fórmula que
contém um erro.

154

iac.indb 154 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Supondo, ainda, o exemplo anterior, em que na célula


A3 temos a fórmula =B1*(C1+B2), e na célula B2 temos
a letra A, o que impede o cálculo da fórmula em A3. A
Figura 3.58 ilustra o resultado quando acionamos esta
opção.

Figura 3.58 - Uso do recurso Auditoria – Rastrear dependentes


Fonte: MS-Excel XP

„„ Remover todas as setas


Esta opção possibilita eliminar da planilha todas as setas
rastreadoras que foram inseridas na planilha por meio das opções
Rastrear Dependentes e Precedentes.

O que você estudou até aqui é apenas a ponta


do iceberg! Não há espaço para ir além. Nós o
encorajamos a experimentar mais!

Unidade 3 155

iac.indb 155 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Síntese
Nesta unidade vimos alguns recursos do Excel voltados à análise
e interpretação de dados.

Começamos verificando como desenvolver gráficos a partir de


uma planilha existente. O Excel oferece muitos formatos para
gráficos, todos estes compostos de diversos objetos, como: área
do gráfico, área de plotagem, sequência de dados, eixos das
categorias e eixo dos valores, linhas de grade etc. O Excel possui
um excelente recurso para criação de gráficos, o Assistente de Gráfico.

Você teve a oportunidade, também, de verificar como trabalhar


com listas de dados por meio de formulários, elaborar filtros de
dados e gerar totais por categorias de dados. Todos esses recursos
são acessíveis pelo menu Dados.

Exploramos, ainda, a tabela dinâmica, que é uma ferramenta


bastante poderosa. Lembre-se de que podemos usar a tabela
dinâmica para gerar um gráfico. Este recurso é acionado pelo
Assistente da tabela dinâmica e gráfico dinâmico.

Outros recursos trabalhados nesta unidade foram as ferramentas


cenários, atingir meta e auditoria de células. Estes recursos estão
disponíveis no menu Dados.

156

iac.indb 156 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Atividades de autoavaliação
1) Comente a geração de gráficos a partir de dados de uma planilha.

2) Qual é a forma para se ordenar uma tabela com dados presentes em


uma dada planilha?

Unidade 3 157

iac.indb 157 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

3) Comente um possível uso para o recurso formulários.

4) Explique a finalidade de trabalhar com filtros em uma planilha.

5) Como se faz para utilizar os recursos de subtotais do Excel?

158

iac.indb 158 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

6) Qual é a circunstância que justifica a utilização de uma tabela dinâmica,


e como acionar esta ferramenta?

7) O que é e para que serve um cenário?

8) O que é e para que serve a ferramenta atingir meta?

Unidade 3 159

iac.indb 159 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

9) O que faz o recurso auditar células e para que utilizá-lo?

Saiba mais
Se você ficou interessado em conhecer mais detalhes sobre o
conteúdo desta unidade, veja os livros:

„„ LIENGME, B. Microsoft Excel 2002 para negócios e


gestão. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
„„ MANZANO, J.; MANZANO, A. Estudo dirigido de
Excel 2000 Avançado. São Paulo: Érica, 1999.

160

iac.indb 160 11/05/30 13:42


4
UNIDADE 4

Redes de comunicação e a
internet

Objetivos de aprendizagem
n Compreender como as redes de telecomunicações se
estruturam e apoiam as organizações.

n Conhecer como funciona a internet e que serviços ela


disponibiliza.

n Entender como se dá a pesquisa e a recuperação de


informação na web.

n Identificar as principais possibilidades de comunicação


na rede.

Seções de estudo
Seção 1 O que é uma rede de telecomunicações?
Seção 2 Entendendo a internet
Seção 3 Navegando, pesquisando e recuperando
informações na web

Seção 4 Comunicando-se na net


Seção 5 Reflexões sobre o segmento da internet e a
sociedade da informação

iac.indb 161 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de estudo


As aplicações contábeis estão sendo afetadas pelas tecnologias
de rede e pela internet. As redes internas e a internet alteram
o modo como os sistemas de informação contábil monitoram
e acompanham as atividades das empresas. A natureza on-line
e interativa de tais redes exige novas formas de documentos,
procedimentos e controles de transações. Muitas empresas
estão utilizando ou desenvolvendo ligações de rede com seus
parceiros comerciais por meio da internet ou de outras redes para
aplicações como processamento de pedidos, controle de estoques,
contas a receber e contas a pagar.

Um entendimento básico das principais alternativas em relação


às redes de comunicação ajudará os usuários finais das empresas
a participarem efetivamente das decisões envolvendo questões
de telecomunicações e de como tirar melhor proveito de suas
potencialidades.

Você sabe como se dá esse processo de comunicação em rede?


Vamos começar analisando o que é uma rede de telecomunicação.

SEÇÃO 1 - O que é uma rede de telecomunicação?


A comunicação de dados é elemento indispensável quando se
pensa em sistemas de informação corporativos e integrados.
Computadores isolados, sem integração entre si, não têm mais
espaço no ambiente das empresas. As redes de computadores,
mais do que conectar computadores entre si, permitem que as
informações de diferentes partes e setores de uma organização
sejam compartilhadas.

162

iac.indb 162 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Em geral, uma rede de telecomunicação é qualquer


arranjo no qual um emissor transmite uma mensagem
(voz, dados, texto, imagens, áudio, vídeo) para um
receptor por um canal que consiste em algum tipo de
veículo.

A Figura 4.1 ilustra um modelo conceitual simples de uma rede


de telecomunicações.

Figura 4.1 - Modelo simplificado de uma rede de telecomunicação


Fonte: Elaborada pelas autoras

Encontramos, na formação das redes de telecomunicações:


computadores (tanto clientes quanto servidores), processadores de
comunicações e software de comunicações [6].

Os servidores são computadores dedicados que prestam serviços


específicos (tais como, gerência de arquivos, aplicações, correio
eletrônico, comunicação com redes externas) para os clientes da
rede.

Os clientes (também conhecidos como ponto de rede ou nó


de rede) podem ser desktops, laptops, palmtops e todos os outros
dispositivos e periféricos que podem ser compartilhados por
todos os usuários da rede de computadores.

Os processadores de comunicação são dispositivos de hardware


que apoiam a transmissão e recepção de dados por meio de um
sistema de comunicações. Estes dispositivos englobam placas
de rede, modems, concentradores (hubs), comutadores (switches),
roteadores (routers), gateways etc.

Unidade 4 163

iac.indb 163 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Muita gente sabe que placa de rede, modem,


hub, switch, roteador, gateway são nomes dados
a equipamentos que possibilitam a conexão de
computadores em redes. Mas qual a utilidade de cada
um?
A placa de rede é responsável por ligar os vários
computadores em uma rede, cada computador terá
uma placa, na qual o cabo de rede será conectado.
Os modems convertem os sinais digitais de um
computador em uma das extremidades de uma
conexão de rede em sinal analógico que possa ser
transmitido por linhas telefônicas comuns. Na outra
extremidade, o modem faz o papel inverso (converte
os dados transmitidos de volta à forma digital).
O hub é um dispositivo que tem a função de interligar
os computadores de uma rede local. Ele recebe
dados vindos de um computador e os transmite as
outras máquinas. No momento em que isto ocorre,
nenhum outro computador consegue enviar sinal.
Sua liberação acontece após o sinal anterior ter sido
completamente distribuído. Em um hub é possível ter
várias portas, ou seja, entradas para conectar o cabo
de rede de cada computador.
O switch é um aparelho muito semelhante ao hub,
mas tem uma grande diferença: os dados vindos do
computador de origem somente são repassados ao
computador de destino. Isso porque os switches criam
uma espécie de canal de comunicação exclusiva
entre a origem e o destino. Desta forma, a rede não
fica “presa” a um único computador no envio de
informações. Esta característica também diminui a
ocorrência de erros (colisões de pacotes, por exemplo).
Assim como no hub, um switch pode ter várias portas.
O roteador é um equipamento utilizado em redes de
maior porte. Ele é mais “inteligente” que o switch, pois
além de poder fazer a mesma função deste último
também tem a capacidade de escolher a melhor rota
que um determinado pacote de dados deve seguir
para chegar a seu destino.
Os gateways conectam duas ou mais redes,
permitindo a troca de dados entre elas.

164

iac.indb 164 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

O software de comunicação executa várias funções em uma


rede, como verificação de erros, formatação de mensagens,
registros de comunicações, segurança e privacidade de dados e
recursos de conversão.

Para que os dados sejam transmitidos de um local para outro,


é necessário utilizar alguma forma de percurso ou meio – os
canais de comunicação (ilustrados na Figura 4.1): meios a cabo
ou por difusão (as redes sem fio ou wireless).

Como organizar uma rede de computadores?

Existem vários modos diferentes de organizar os componentes


para formar uma rede. As três topologias (ou formas) mais
comuns são em estrela, barramento e anel.

A rede estrela (Figura 4.2) consiste em um computador central


conectado a vários computadores e outros dispositivos de
hardware. Em uma configuração de rede estrela, um computador
central atua como controlador de tráfego para os outros
componentes da rede. Toda comunicação entre computadores,
impressoras e outros dispositivos deve primeiro passar através
do computador central. Assim, a comunicação na rede parará
se o computador principal parar de funcionar. Essa topologia
é útil para aplicações em que algum processamento precisa ser
centralizado.

Figura 4.2 – Uma topologia de rede em estrela


Fonte: Adaptado [6]

Unidade 4 165

iac.indb 165 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

A rede de barramento (Figura 4.3) liga vários computadores


por um único circuito. Esta topologia permite que todas as
mensagens sejam transmitidas por toda a rede através de
um circuito simples. Não existe um computador central e as
mensagens podem viajar em ambas as direções por toda a rede.
Se um dos computadores falha, nenhum dos outros é afetado.
Contudo, o canal só pode lidar com uma mensagem por vez e,
desta forma, o seu desempenho pode diminuir se houver um alto
volume de tráfego na rede.

Figura 4.3 - Uma rede de barramento


Fonte: Adaptado de [6]

Numa configuração de rede anel (Figura 4.4), as mensagens são


transmitidas de um computador para outro, fluindo numa única
direção através de um laço fechado. Cada computador opera
independentemente, de modo que, se um falha, a comunicação
através da rede é interrompida.

Figura 4.4 – Uma topologia de rede anel


Fonte: Adaptado [6]

166

iac.indb 166 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Cada uma dessas topologias é adequada para tarefas específicas


e possui suas vantagens e desvantagens. Veja no Quadro 4.1
algumas dessas vantagens e desvantagens [26].

Topologia Vantagens Desvantagens


Estrela Fácil de modificar e acrescentar novos Se o dispositivo centralizador falhar (hub),
nós. Falha em um dos computadores não toda a rede cai. Investimento razoável em
afeta o restante da rede. cabeamento e conectorização, porém menor
do que a topologia em barramento.
Barramento Economia de cabos. A rede pode ficar muito lenta com tráfego
Possibilidade de ampliação de nós. intenso.
Problemas difíceis de serem isolados na rede.
Rompimento do cabeamento derruba toda a
rede.
Investimento elevado em tecnologia de
conectorização.
Anel O acesso é idêntico para todos os Falha de um computador pode afetar o
computadores. restante da rede.
Desempenho uniforme, mesmo com Problemas são difíceis de serem isolados.
muitos usuários.

Quadro 4.1 – Topologia: vantagens e desvantagens


Fonte: Elaborado pelas autoras

Qual a abrangência das redes de telecomunicação?

As redes também podem ser classificadas pela sua abrangência


geográfica. Nesta visão, podem ser locais ou remotas.

As redes locais (LAN - Local Area Networks) conectam


computadores e outros dispositivos de processamento de
informações dentro de uma área física limitada, como um
escritório, prédio, fábrica, loja. Uma LAN permite que usuários
se comuniquem eletronicamente, evitando a necessidade da
circulação de documentos em papel, e que compartilhem recursos
de hardware, software e dados. Em um escritório, uma LAN
pode oferecer aos usuários acesso rápido e eficiente a um banco
comum de informações e também permite que o escritório
agrupe recursos, como impressoras e máquinas de fax. Uma LAN
bem construída também pode evitar a necessidade da circulação
de documentos em papel, distribuindo memos eletrônicos e

Unidade 4 167

iac.indb 167 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

outros materiais para o terminal de cada trabalhador. A Figura


4.5 ilustra uma rede local.

Banco de dados e
pacotes de software
compartilhados

Impressora
compartilhada

Processador interconectado
a outras redes

Figura 4.5 - Estrutura de uma rede local


Fonte: Adaptado [12]

As redes remotas (WAN – Wide Area Networks) surgiram da


necessidade de se compartilhar recursos especializados por uma
maior comunidade de usuários geograficamente dispersos. As
redes WAN são redes de longa distância, que cobrem grandes
áreas geográficas. Estas grandes redes se tornam uma necessidade
para realizar as atividades cotidianas de muitas empresas e
organizações governamentais. As WANs, por exemplo, são
utilizadas por muitas empresas multinacionais para transmitir
e receber informações entre seus funcionários, clientes,
fornecedores e outras organizações.

168

iac.indb 168 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Como é medida a velocidade de tráfego dos dados


nas redes?
A velocidade da comunicação é medida em bits por
segundo (bps). Cada tecla acionada no teclado gera
8 bits (ou 1 byte). Assim, abc gera 24 bits a serem
transmitidos. A conexão por meio da rede telefônica,
entre uma residência e o provedor, tem uma
velocidade em torno de 28 Kbps, ou 3500 toques de
teclado por segundo [10].
Canais de banda estreita geralmente realizam
transmissões em baixa velocidade (de até 64 Kbps).
Costumam ser linhas de fios de pares trançados,
geralmente utilizadas para comunicações por voz, de
dados por microcomputador e máquinas de fax.
Canais de banda larga realizam transmissões a partir
de 256 Kbps. Normalmente, utilizam transmissão
por micro-onda, fibra ótica ou satélite. Este tipo de
conexão é necessária ao tráfego de videoconferência,
TV e filmes.

SEÇÃO 2 - Entendendo a internet


Em poucas palavras, podemos considerar a internet como sendo
um conjunto de facilidades de comunicação e conectividade
[3]. A internet é uma rede de computadores de
alcance mundial com milhões de computadores
interligados por meio de uma grande estrutura
de telecomunicações. Ela é constituída por
milhões de computadores hospedeiros, contendo
informações que podem ser acessadas por milhões
de internautas.

Um computador hospedeiro, ou servidor de internet, é todo


aquele que hospeda algum conteúdo (informações) para
ser acessado pelos internautas. Os servidores de internet
são computadores, geralmente poderosos, que armazenam
informações e as entregam a outros computadores da rede. Se a
informação for pública, qualquer computador que a solicitar será
atendido. Se a informação for sigilosa, será necessário identificar-
se para liberá-la.

Unidade 4 169

iac.indb 169 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

A conexão à internet tanto pode ser direta, usada por empresas


médias e grandes que possuem um link próprio, quanto por meio
de um provedor de acesso à internet, preferido por empresas
pequenas e usuários domésticos. O provedor é uma empresa com
computadores ligados o tempo todo à internet e que tem como
função básica dar acesso à internet para seus clientes.

Como isto é feito?

Por uma linha de transmissão, o computador do cliente


se comunica com o computador do provedor e pede uma
informação. O computador do provedor se comunica com os
servidores da internet e consegue a informação solicitada pelo
cliente. O provedor funciona como um intermediário entre o
internauta e os servidores da internet. Há provedores para todos
os gostos. Desde os pequenos que só atendem a uma cidade até os
gigantes que atuam em cidades do mundo inteiro. Há provedores
que cobram pelos serviços e há grátis. Exemplos de provedores
conhecidos são o Terra e o UOL.

A conexão entre links é feita por meio de uma grande rede de


alta velocidade chamada backbone (espinha dorsal). Backbones
são grandes estruturas de telecomunicações que interligam os
servidores de internet espalhados por diferentes cidades e países.
Cada país pode ter vários backbones interligados. No Brasil,
os maiores são o da Rede Nacional de Pesquisa (veja a Figura
4.6), usado por universidades e pelo governo, e o da Embratel
(privado), usado por empresas. Os backbones dos vários países se
interligam por meio de fibras ópticas e satélites, fazendo com
que a internet seja uma rede espalhada por todo o planeta. A
comunicação entre dois computadores em qualquer lugar do
mundo pode ser feita em poucos segundos. [10]

170

iac.indb 170 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Figura 4.6 - Backbone da Rede Nacional de Pesquisa (RNP)


Fonte: <http://www.rnp.br/backbone>

Para ilustrar os conceitos vistos até aqui, veja o caminho que a


informação percorre para ir do seu computador doméstico a um
servidor da internet. Acompanhe a descrição que segue.

No seu computador você usa um software cliente de


navegação, como o Internet Explorer, para solicitar uma
informação da internet. Esse software se encarrega de
passar adiante os pedidos que você faz.

Seu pedido passa pelo modem, pela linha telefônica


e chega ao provedor. O modem é um dispositivo que
transforma os sinais de computador em sinais que passam
por linhas telefônicas ou outras linhas de dados. O modem
se liga a uma linha de transmissão, que geralmente é a linha
telefônica normal. Também se usam os cabos das TVs por
assinatura para fazer conexões de internet (empresas que
precisam passar volumes maiores de informação podem
optar por outras tecnologias de transmissão, mais rápidas,
mais seguras e geralmente mais caras).

O computador do provedor verifica se você é um cliente


em situação regular. Se tudo estiver certo, ele encaminha
sua solicitação para frente. Esta solicitação viaja pelos
backbones da internet e chega ao servidor de internet
que armazena o que você está procurando. Este servidor
entrega a informação e ela faz o caminho de volta até
chegar à janela do seu navegador.

Unidade 4 171

iac.indb 171 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Modem

backbones

Internet
Figura 4.7 – Os caminhos da internet
Fonte: Elaborada pelas autoras

Todo computador na rede pode ser localizado no meio de outros


milhões porque possui um endereço IP, um número único que
o identifica. Podemos comparar o endereço IP com o CPF dos
brasileiros ou, talvez, com os números de telefone.

Para facilitar a vida dos “internautas”, a internet trabalha com


dois sistemas de identificação de computadores: o número IP e,
normalmente, um nome associado (domínio).

„„ Os endereços IP são números, de quatro agrupamentos,


como este: 192.168.100.201.
„„ O domínio são nomes separados por ponto, como por
exemplo: www.receita.fazenda.gov.br.

Um domínio é formado de subdomínios. Para entender


este conceito, compare a descrição a seguir com o nome de
domínio www.receita.gov.br.
O primeiro nome da direita para a esquerda é o subdomínio
de mais alta ordem, e normalmente indica o país de
procedência:
ar – Argentina br - Brasil
ca – Canadá es – Espanha
it – Itália jp - Japão
uk - Reino Unido etc

172

iac.indb 172 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Os Estados Unidos não adotam sigla de identificação do


país, portanto, se um endereço não tem sigla de país,
conclui-se que é de origem norte-americana.
O segundo nome da direita para a esquerda, geralmente,
indica o tipo da organização:
com - empresas comerciais e sites pessoais
org - organizações não lucrativas e não governamentais
(ONGs)
gov - órgãos do governo
edu - universidades e escolas
mil - órgãos militares
net - operadores de backbones
O terceiro representa o nome do servidor e/ou da
organização proprietária do endereço.

Toda a comunicação na internet é possível graças a uma


linguagem comum a toda ela – seu protocolo, que se chama
TCP/IP (Transmission Control Protocol – Internet Protocol), ou seja,
Protocolo de Controle de Transmissão – Protocolo da Internet.
Protocolos são métodos ou padrões utilizados para transportar
dados entre computadores, que identificam tipos de serviços.
Exemplos:
- http: serviço de hipertexto, páginas web (ou seja,
queremos transferir uma página em multimídia,
contendo textos, hipertextos, sons, imagens etc);
- https: serviço de hipertexto funcionando em ambiente de
servidor seguro (os dados que estão sendo trocados são
criptografados);
- mail to: serviço de correio eletrônico;
- ftp: serviços de transferência de arquivos (trazer arquivos
de outros computadores para o nosso-download,
ou transportar arquivos locais para computadores a
distância-upload).

Como nasceu a internet?

Unidade 4 173

iac.indb 173 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

A internet começou nos Estados Unidos na década


de sessenta. Os americanos queriam criar um sistema
de comunicação entre os computadores militares que
continuasse operando em caso de um bombardeio. Era o
período da Guerra Fria.

Surgiu, então, o conceito de uma rede em que todos os


pontos se equivalessem, sem um comando central. Assim,
se determinado ponto deixasse de funcionar, outros poderiam
continuar comunicando-se. A ideia criada foi que cada mensagem
enviada pela rede se dividisse em pequenas partes, chamadas
pacotes.

Estes pacotes tinham o “endereço” do destinatário e do


remetente. Os pacotes eram tratados individualmente e podiam
viajar por caminhos distintos, dependendo da carga nas redes,
até chegar ao seu destino onde, então, eram reagrupados,
montados e apresentados ao destinatário. Com isto, se uma parte
da rede fosse bombardeada, rotas alternativas seriam utilizadas
pelos roteadores (que são os equipamentos responsáveis pelo
encaminhamento dos pacotes aos vários pontos da rede). É assim
que funciona a internet!

Com o tempo, a ideia de manter computadores interligados


começou a ser usada nas universidades americanas e outras
espalhadas pelo mundo. Durante quase duas décadas, a internet
ficou restrita ao ambiente acadêmico e científico. Com a
criação de novas aplicações para a rede, no início da década de
noventa, a rede ganhou outros adeptos que começaram a usar
e disponibilizar informações na rede. Rapidamente, empresas
comerciais começaram a se conectar na internet, a instalar
servidores e publicar home pages, e o correio eletrônico se
popularizou.

Em menos de uma década multiplicaram-se os servidores de


internet, os serviços oferecidos e os usuários. Na virada do ano
2000, havia mais de cem milhões de usuários no mundo. Hoje,
todas as empresas e organizações importantes estão presentes na
internet e o número de usuários cresce muito rapidamente. Veja
no Quadro 4.2 o sucesso meteórico da internet.

174

iac.indb 174 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Quanto tempo levou para atingir 50 milhões de usuários


Automóvel 55 anos
Eletricidade 46 anos
Telefone 35 anos
Forno de micro-ondas 30 anos
Televisão 26 anos
Rádio 22 anos
Microcomputador 16 anos
Telefone celular 13 anos
Internet 4 anos
Quadro 4.2 - O sucesso meteórico da internet
Fonte: Revista Veja (29 jul. 1998).

Intranet e extranet, o que são?

Uma das consequências da internet foi a padronização das


redes, que antes eram privadas e proprietárias, com protocolos
e sistemas próprios. As empresas começaram a adotar o padrão
internet em suas redes internas. Uma rede interna, com padrão
internet, mas de acesso controlado, chama-se intranet (rede
para dentro), hoje usada pela maioria das organizações. E,
quando duas intranets se conectam (fornecedor e comprador,
por exemplo), cada uma podendo acessar a outra, temos uma
extranet (rede para fora).

As intranets usam a tecnologia da internet (tais como


navegadores e servidores de rede, protocolo TCP/
IP, editoração de documentos, hipermídia e assim
por diante) para fornecer um ambiente de internet
dentro da empresa para compartilhamento de
informações, comunicações, colaboração e suporte a
processos empresariais. Um departamento de recursos
humanos, por exemplo, pode estabelecer um site
de rede intranet para que os funcionários possam
facilmente acessar informações sobre as opções de
benefícios da empresa. Uma intranet é protegida por medidas de
segurança, como senhas, criptografia e firewalls e, por isto, pode
ser acessada pela internet por usuários autorizados.

Unidade 4 175

iac.indb 175 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Firewall é a parede corta-fogo usada para evitar que


os incêndios se propaguem. Em redes, consiste em
um software ou hardware que evita a passagem de
mensagens não autorizadas para dentro da rede, ou
de dentro para fora, protegendo a rede interna da
empresa.

As extranets permitem, por exemplo, que os clientes,


fornecedores, subcontratados, consultores e outros acessem sites
de rede intranet selecionados e bancos de dados. As organizações
podem estabelecer extranets privadas entre elas, chamadas de
redes privadas virtuais (VPN), ou utilizar a internet como parte
das conexões de rede entre elas.

Uma VPN é um tipo específico de ligação entre redes


intranet que utiliza a internet como meio de conexão.
Todas as informações trafegam criptografadas entre
as redes, enquanto estão passando pela internet.
Sua implantação se dá por meio de firewalls, que
instalados nas “pontas” das redes (entre as redes e
a internet) funcionam como uma espécie de “túnel”
para comunicação entre estas redes conectadas,
autenticando e criptografando os dados que ali
trafegam, protegendo a conexão de acessos exteriores
provenientes do restante da internet.

As intranets e extranets são exemplificadas na Figura 4.8.


Observe que nesta figura há também um roteador e um firewall,
que consistem em dispositivos intermediários de hardware ou
software que fzem parte da infraestrutura da rede.

176

iac.indb 176 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Intranet Internet
Firewall

Extranet

Firewall
internet

Intranet intranet

Figura 4.8 - Um exemplo de intranet e extranet


Fonte: O’brien (2004).

O Quadro 4.3 sumariza as principais diferenças entre internet,


intranet e extranet [26].

Aspecto Internet Intranet Extranet


Tipo de acesso Público Privado Restritos a funcionários da
organização, clientes e parceiros
comerciais
Tipo de usuário Qualquer pessoa Funcionário da Redes conectadas ou autorizadas
organização
Tipo de informação Pulverizada e Privada, Compartilhada entre
normalmente compartilhada dentro determinadas organizações
superficial da organização

Quadro 4.3 – Diferenças entre internet, intranet e extranet


Fonte: Elaborado pelas autoras

O que se pode fazer na internet?

Unidade 4 177

iac.indb 177 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Podem se desenvolver na internet as mais variadas atividades [16]:

„„ trocar correspondências com usuários da rede espalhados


pelo mundo;
„„ discutir assuntos específicos com grupos de pessoas;
„„ obter programas e arquivos de textos, imagens, fotos,
sons, animação;
„„ utilizar, à distância, recursos de outros computadores e
organizações;
„„ acessar banco de dados, notícias de jornais, dados
financeiros, de pesquisas, meteorológicos e outros;
„„ fazer pesquisas bibliográficas;
„„ navegar “folheando” páginas com informações pessoais
ou de empresas;
„„ estabelecer comunicação ágil entre empregados de
empresas;
„„ promover ou gerenciar atividades de empresa de diversas
partes do mundo;
„„ disponibilizar serviços, vendas e atendimento a clientes;
„„ contactar clientes e fornecedores;
„„ exibir vitrines de produtos da empresa;
„„ fazer compras ou solicitar serviços;
„„ conversar ao vivo por meio de videoconferências;
„„ bater papo com outras pessoas;
„„ divertir-se em sites de entretenimento.
As mais conhecidas aplicações da internet são o e-mail, a
navegação em sites na rede e a participação em salas de bate-
papo. A internet fornece, ainda, fóruns de discussão eletrônica
formados por milhares de grupos com interesse especial. Você
pode participar de discussões ou postar mensagens sobre
milhares de tópicos para outros usuários com os mesmos
interesses em lê-las e respondê-las. Outras aplicações incluem o

178

iac.indb 178 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

downloading de arquivos de software e informações e o acesso a


bancos de dados fornecidos por milhares de empresas, governos
e outras organizações.

SEÇÃO 3 - Navegando, pesquisando e recuperando


informações na web
A web, também conhecida por WWW (World Wide Web –
Grande Teia Mundial) é a parte que cresce mais rápido e a
mais inovadora da internet. Quando você navega na web, vê
páginas multimídia compostas de texto, imagens, som e vídeo.
As páginas são ligadas umas às outras usando hipertexto. Um
hipertexto é uma palavra, frase ou figura em uma página que, ao
ser clicada com o mouse, leva a outro ponto na mesma página ou
a outra página (que pode estar em outro local da internet).

Para acessar a web, utilizamos em nosso microcomputador um


programa chamado de navegador internet (browser). De modo
geral, os atuais programas navegadores apresentam estruturas
e funções semelhantes. Portanto, quem conhecer um deles não
encontrará dificuldades em utilizar os demais. O navegador mais
popular atualmente é o Internet Explorer, da Microsoft.

As páginas da web são construídas usando uma linguagem


específica chamada HTML (hypertext markup language, ou
linguagem para marcação de hipertexto). Cada página possui
um endereço único, composto (da direita para a esquerda) pelo
nome da página que será exibida quando acessada, diretório onde
está a página, nome do domínio onde está a página e o método
(protocolo) pelo qual ela deve ser acessada. O endereço de uma
página tem, normalmente, o formato: http://www.exemplo.com.
br/diretório/página.htm.

Existem diversas formas de ter acesso a páginas da web e


pesquisar um assunto. Se soubermos o endereço da página,
torna-se quase resolvida nossa tarefa de achá-la. Todo navegador
possui uma linha ou local no qual você pode digitar esse
endereço. Basta clicar com o mouse em cima deste local, digitar o
endereço desejado e, após isto, teclar [ENTER]. Imediatamente,

Unidade 4 179

iac.indb 179 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

o navegador tentará se conectar com o endereço especificado. Isto


é o que chamamos de pesquisa direta.

Figura 4.9 - Um exemplo de pesquisa direta

Existe também a pesquisa indireta, aquela feita pelo uso de links


ou ligações de hipertexto em páginas.

Visite alguns endereços ligados à área contábil como:


<http://www.cfc.org.br/>; quando na página do
Conselho Federal de Contabilidade, navegue até a
página do Conselho Regional de seu estado, usando
os hiperlinks disponíveis.

Quando não sabemos o endereço da página a acessar, ou onde


podemos encontrar informações sobre determinado assunto,
devemos fazer uso das ferramentas de busca. As ferramentas
de busca são sistemas que fazem a indexação dos documentos.
A forma como é feita essa indexação vai influir diretamente na
quantidade e na qualidade dos resultados que serão obtidos na
pesquisa. As ferramentas de busca mais sofisticadas utilizam
programas de indexação denominados “robôs” ou “aranhas”, que
periodicamente vasculham a rede em busca de novos documentos
a serem indexados no seu banco de dados, atualizam endereços
que tenham mudado e excluem aqueles que já não possuem
nenhum documento [27].

A seguir estão algumas das principais ferramentas de busca


(nacionais e internacionais), atualmente, disponíveis na web [28].

http://www.achei.com.br

http://www.brbusca.com

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Informática Aplicada à Contabilidade

http://radar.uol.com.br/

http://br.cade.yahoo.com/

http://www.google.com.br/

http://www.altavista.com

http://www.excite.com

http://www.live.com/

http://www.webcrawler.com

http://www.yahoo.com

http://www.jarbas.com.br
Busca simultaneamente no Google, Yahoo, ltavista e Jayde.

http://www.dogpile.com
Busca simultaneamente no Google, Yahoo e Ask Jeeves.

http://www.metacrawler.com
Busca simultaneamente no Google, Yahoo, Ask Jeeves, About,
Overture e Findwhat.

http://www.search.com
Busca simultaneamente no Google, Altavista, Ask Jeeves,
Business.com, Kanoodlle, LokSmart, MSN e Open Directory Sites.

http://www.tay.com.br
Busca simultaneamente em diversas ferramentas nacionais ou
nas ferramentas nacionais escolhidas pelo usuário.
Quadro 4.4 – Principais ferramentas de busca na web
Fonte: Elaborado pelas autoras

A busca de informações usando essas ferramentas pode ser


feita de duas maneiras: pesquisa por assuntos/categorias ou
por assuntos específicos. Na Figura 4.10, você pode visualizar
essas duas alternativas de busca de informação. Os resultados
destas pesquisas são apresentados em páginas que trazem um
Unidade 4 181

iac.indb 181 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

pequeno resumo dos documentos encontrados e links para estes


documentos, conforme ilustrado na Figura 4.11.

Figura 4.10 – Exemplo de tela de diretório de busca


Fonte: <http://www.google.com.br>

Figura 4.11 – Exemplo de tela de resultado de pesquisas


Fonte: <http://www.google.com.br>

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iac.indb 182 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

A busca por assuntos/categorias é feita por tópicos que estão


indexados por categorias e subcategorias de assuntos. Já na busca
por assuntos específicos você deve informar a palavra-chave
ou a frase que caracteriza o que quer pesquisar. Essa forma de
pesquisa pode ser feita de dois modos:

„„ pesquisa simples: pode ser feita na própria página inicial


das ferramentas e oferece a opção de uso de comandos
mais gerais;
„„ pesquisa avançada: ou mais refinada, só pode ser
feita na página das ferramentas de busca, abrindo uma
janela especial, na qual é possível usar comandos mais
específicos para aproximar ao máximo o resultado da
pesquisa daquilo que se quer.

Como fazer uso de comandos e operadores booleanos


na pesquisa de informações?

Na busca de informações, você pode simplesmente digitar uma


palavra (por exemplo, qualidade) na janela indicada e clicar para
buscar. Provavelmente uma lista será mostrada sobre o assunto
com centenas de documentos. Contudo, nem sempre esse tipo
de busca pode ser considerada satisfatória, isto porque você não
terá provavelmente tempo para analisar o grande volume de
documentos resultantes de uma pesquisa tão ampla e vaga.

As ferramentas de busca oferecem comandos e recursos para você


resolver este problema, isto é, possibilitar que suas buscas tenham
resultados mais depurados e precisos. No sistema de ajuda de
cada ferramenta, você identificará quais são os comandos que
poderão ser usados.

Geralmente os comandos utilizados na busca de informações são:

„„ uso de sinais: aspas “ “, o asterisco *, o sinal de inclusão +


(mais) e o sinal de exclusão – (menos);

Unidade 4 183

iac.indb 183 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

O uso de aspas “ “
As aspas são utilizadas para que a ferramenta de busca
considere as palavras como sendo uma frase. Por exemplo,
ao colocar duas palavras entre as aspas, “contabilidade
empresarial”, a busca ficará limitada a documentos que
contenham exatamente essa expressão.
O uso do asterisco *
O asterisco é utilizado para solicitar ao programa de busca
que busque todos os documentos que contenham a parte
inicial da palavra (até o asterisco) com qualquer terminação.
Por exemplo: info*, para recuperar informação, informática,
informe, informar, informativo.
O uso do sinal de mais +
O sinal de inclusão + deve ser utilizado antes de uma
palavra ou frase para informar ao programa de busca
que ele deve selecionar os documentos que tenham
obrigatoriamente todas as palavras precedidas do sinal +,
em qualquer ordem que seja.
Por exemplo: +sistema +”contabilidade empresarial”
O uso do sinal de menos –
O sinal de exclusão deve ser utilizado antes de uma palavra
ou frase para informar ao programa de busca que ele
não deve incluir os documentos que contenha aquela(s)
palavra(s) ou frase(s).
Por exemplo: +contabilidade–sistema
O uso de sinais pode ser combinado, e estes devem ser
utilizados de forma lógica; a primeira palavra ou frase deve
ser sempre a de inclusão.
Veja este exemplo: +”contabilidade empresarial” –sistema
No caso acima, a ferramenta trará como resultado da
pesquisa uma lista de documentos que tenha a expressão
“contabilidade empresarial”, mas não contenha a palavra
“sistema”.

184

iac.indb 184 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

„„ uso de operadores booleanos: AND (e), OR (ou) e


AND NOT (não) e também o uso dos parênteses ( ).
A relação lógica entre os termos a serem pesquisados é
estabelecida pelos operadores lógicos também conhecidos como
operadores booleanos. Tais operadores são derivados da teoria
de conjuntos e são de uso universal para aplicação na busca da
informação. Os operadores booleanos são usados nas buscas
para possibilitar a ampliação ou a restrição (refinamento) dos
resultados.

O uso do AND (Intersecção)


O operador AND traz como resultado da pesquisa páginas
que possuam obrigatoriamente todas as palavras ligadas
por esse operador.
Por exemplo, na solicitação: “Contabilidade pública” AND
sistema; o resultado da pesquisa será uma lista com todos
os documentos com a expressão “contabilidade pública”
que também tenham a palavra sistema.
O uso do OR (União)
O uso do operador OR traz como resultado da pesquisa
documentos que possuam tanto uma palavra como a(s)
outra(s) ligada(s) por esse conectivo.
Por exemplo, na solicitação: “Contabilidade pública”
OR sistema, o resultado da pesquisa incluirá todos os
documentos que possuam a expressão “contabilidade
pública” e a palavra sistema não necessariamente no
mesmo documento.
O uso do AND NOT (Exclusão)
O uso dos operadores AND NOT traz como resultado da
pesquisa páginas que possuam a palavra que precede
o operador AND e excluam as palavras que sucedem o
operador NOT.

Por exemplo, na seguinte solicitação: “Contabilidade


pública” AND NOT sistema, o resultado da pesquisa
incluirá todos os documentos que possuam a expressão
“contabilidade pública”, mas que não contenham a palavra
sistema.
O uso de PARÊNTESES ( )
Os parênteses são utilizados para agrupar várias palavras
ligadas pelos conectivos.

Por exemplo: sistema AND (empresas OR organizações)

Unidade 4 185

iac.indb 185 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

A web é uma fonte inesgotável de informações. Você deve utilizá-


la, mas deve ser seletivo no uso dessas informações. Alguns
critérios de seleção devem ser adotados como, por exemplo,
verificar as credenciais do autor, como está escrito o documento
(linguagem, correção ortográfica e gramatical) e a atualidade do
site.

„„ Visite o endereço <http://www.ufsc.br/expl/


ferramentas.html> e conheça vários dos
mecanismos nacionais e internacionais de busca
disponíveis na web.
„„ Pesquise na internet, por meio de dois ou mais
programas de busca, algumas das seguintes
palavras-chave:
„„ contabilidade;
„„ contabilidade gerencial;
„„ contabilidade financeira;
„„ sistema contabilidade financeira.
„„ Compare a quantidade e qualidade dos links
retornados.
„„ Refine suas pesquisas usando a
expressão pesquisada entre aspas (“); por
exemplo,“contabilidade gerencial”.
„„ Experimente o uso dos sinais e operadores
booleanos.

Guarde, nos Favoritos, endereços de sites que você


utiliza frequentemente.

Se você acessa com frequência um mesmo site, então torne


esta operação automática e mais prática. Uma vez no endereço
que pretende, acesse o menu Favoritos do Internet Explorer
e escolha Adicionar aos Favoritos. Na janela que se abre,
pode atribuir um nome à página (ela assume um nome) e
eventualmente colocá-la em uma pasta já existente, clicando no
botão Criar em >>, que disponibiliza uma nova caixa de diálogo
na qual você pode também criar uma pasta própria (botão Nova
Pasta).

186

iac.indb 186 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Figura 4.12 – Adicionar Favorito

Da próxima vez que quiser acessar a página, tudo será mais


simples. A partir do momento em que entra no Internet Explorer,
acesse Favoritos e na lista que aparece encontrará a sua página
‘favorita’.

Integrando informação da internet em outras


aplicações do Office (no Word ou no PowerPoint, por
exemplo).

Você finalmente descobriu o artigo que queria e pretende copiar


uma parte para um documento de trabalho, acrescentando um
comentário crítico seu.

Com o cursor do mouse, selecione (‘arrastando’) a parte do artigo


que pretende; dê um clique com o botão do lado direito e escolha
Copiar. Este texto permanecerá transitoriamente numa Área
de Transferência. Acesse agora o Word e, no seu documento,
coloque o cursor no local onde pretende inserir o texto e escolha
Editar – Colar (ou clique no botão do lado direito do mouse e
escolha Colar).

Figura 4.13 – Copiando conteúdo da internet

Se for uma imagem, terá que realizar uma operação


independente.

Unidade 4 187

iac.indb 187 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Uma vez com a imagem em memória, coloque o cursor do mouse


sobre ela, clique no botão do lado direito e escolha Copiar ou
Salvar Imagem como... Para inseri-la, por exemplo, em um texto
do Word (Inserir – Figura – Do arquivo...) ou em um slide do
PowerPoint (com o slide selecionado, escolha Inserir – Figura –
Do Arquivo...).

Construindo no Word uma tabela de ligações para a


internet.

Uma coisa que pode auxiliá-lo é criar no Word a sua base de


informação com links para a internet, contendo um pequeno
resumo do site. A qualquer momento você pode acessar o arquivo
do Word e com um simples clique no site que tem o hyperlink
(normalmente destacado em outra cor) acessar esse endereço na
internet, desde que esteja conectado no momento. Se não estiver,
o programa lhe pedirá para estabelecer a ligação.

Como fazer?

1. Construa uma tabela no Word com 2 colunas e várias


linhas.

2. Na primeira coluna, coloque o texto ou imagem de


referência do respectivo site. Ao lado, na outra coluna,
pode registrar uma pequena descrição do que contém.

3. Assinale agora o texto ou a imagem que colocou na


primeira coluna e acesse o ícone da hiperligação .

4. Na janela que se abre em Digite o nome do arquivo ou


página da Web, escreva o endereço da página à qual
pretende ligar. É preferível clicar em Página da Web e
selecionar o respectivo endereço. Clique OK.

5. Agora, quando fizer um clique sobre a imagem ou o


texto, no lado esquerdo da tabela, acessará o site da
internet que pretende.

188

iac.indb 188 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Este “banco de dados” vai crescendo na medida de suas


necessidades. É apenas uma questão de tempo e paciência, mas
pode ser muito útil para suas aulas ou trabalho.

Site Descrição
Página do Conselho Federal de
Contabilidade com links para demais
Conselhos Regionais.

Portal da Contabilidade Portal de Contabilidade da FEA -


Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da USP, com acesso à revista
de Contabilidade&Finanças.

Verifique na prática cada uma das ferramentas


apresentadas nesta seção. Pratique!

SEÇÃO 4 - Comunicando-se na net

As ferramentas de comunicação via internet

Uma das principais vantagens que a comunicação pela internet


nos oferece é a possibilidade de estabelecer um diálogo com
outra pessoa, como numa ligação telefônica, mas também poderá
estabelecer comunicação com várias pessoas simultaneamente ou
não, estabelecendo debates em grupo e discussões virtuais. Pode-
se conversar de maneira síncrona, ou seja, ao mesmo tempo,
por meio de sistemas de bate-papo (chat), ou assincronamente,
usando para isso ferramentas desenvolvidas para proporcionar
o diálogo, como correio eletrônico, fóruns on-line e listas de
discussão.

Unidade 4 189

iac.indb 189 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para que você compreenda melhor a aplicabilidade das


ferramentas de comunicação, iremos abordar isoladamente cada
uma delas, oferecendo-lhe dicas de uso desses instrumentos no
seu cotidiano.

Os serviços de correio eletrônico da internet (e-mail) imitam o


correio convencional. Você escreve mensagens e as envia para o
endereço do destinatário. A mensagem viaja pela internet e chega
até a caixa de correio do destinatário, que nada mais é do que um
espaço de memória em um servidor da internet. A mensagem
fica lá até que o destinatário a solicite. Uma mensagem de
e-mail pode ser destinada a um endereço ou a um conjunto de
endereços.

Cada destinatário possui um endereço único, composto (da


direita para a esquerda) pelo nome do domínio onde está
localizada a caixa postal, o símbolo @ (do inglês at) e nome do
usuário capaz de identificá-lo de forma única no domínio. Veja
um exemplo de endereço:

>>> nome@domínio <<<

Os programas de correio eletrônico disponíveis são muito


parecidos. Assim, geralmente, a composição da mensagem
eletrônica possui as seguintes informações:

Para : endereço(s) eletrônico(s) do(s) destinatário(s) da mensagem.


De : endereço eletrônico do remetente da mensagem
Cc (Com cópia): endereço(s) eletrônico(s) daquele(s) que você deseja enviar uma cópia
da mesma mensagem; neste caso, todos os destinatários das cópias
serão informados das pessoas que também receberão uma cópia da
sua mensagem.
Cco (Com cópia oculta): endereço(s) eletrônico(s) daquele(s) que você deseja enviar uma
cópia da mesma mensagem; neste caso os destinatários não serão
informados de que outras pessoas também receberão cópias da sua
mensagem.
Anexo: Diretório - arquivo anexo à mensagem (se for o caso)
Assunto: título da mensagem
Texto da mensagem: corpo da mensagem
Quadro 4.5 – Informações da mensagem eletrônica
Fonte: Elaborado pelas autoras

Após preparada a mensagem, clica-se no botão ou link “Enviar”


do seu programa de e-mail.

190

iac.indb 190 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

As principais funções de tratamento de mensagens recebidas são


responder e encaminhar.

Ao acionar Responder, destinatário e remetente são trocados


automaticamente. Desta forma, o endereço da pessoa para
quem estamos respondendo não precisa ser digitado. O assunto
também é mantido; são incluídas no início do título as letras
Re: (de Replay). Assim, quando o remetente receber a resposta,
saberá que ela se refere a uma mensagem enviada por ele mesmo,
anteriormente.

A opção Encaminhar repassa a mensagem recebida a uma


terceira pessoa. Neste caso, o campo De recebe o nome do
usuário que está dando o Encaminhar e o texto entra em edição,
podendo ser modificado ou complementado pelo atual remetente.

Esta ferramenta pode ser utilizada para troca de mensagens


entre você, seus colegas, sua chefia, órgãos públicos etc. Também
pode ser utilizada para o exercício da consciência cidadã. Um
exemplo é o envio de mensagens com reivindicações, a serem
enviadas por e-mail para autoridades governamentais. O lado
científico e cultural também pode ser incentivado por meio de
correspondência com nomes da literatura, pesquisadores, artistas
e outras personalidades de áreas de interesse de seu conteúdo
didático. Muitas outras atividades podem ser desenvolvidas por
e-mail como a construção de textos em grupos, correspondência
com estrangeiros, dentre outras. Procure exercitar sua
criatividade, vale a pena tentar!

Para saber mais sobre o uso do e-mail acesse os links


a seguir:
Sobre uso pessoal do e-mail:
http://www.infowester.com/dicasemail.php
http://www.infowester.com/dicasmailsfalsos.php
Informações sobre aplicações do e-mail, instruções
sobre uso de um programa para troca de mensagens
e dicas sobre a linguagem, uso de acrônimos e
emotions, além de dicas de boa educação para uso de
e-mail:
http://www.malhatlantica.pt/teresadeca/email/
funcoes-basicas.htm

Unidade 4 191

iac.indb 191 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Outros recursos de comunicação bastante usados,


também, são as listas de discussão e os serviços de
bate-papo.

Lista de discussão é um serviço derivado do correio eletrônico.


É um recurso usado para trocar informações entre grupos de
pessoas de mesmo interesse. Cada membro envia mensagens para
os outros membros e lê as mensagens que os demais enviam para
o grupo. As listas podem ser restritas ou de caráter público.

O funcionamento (ilustrado na Figura 4.14) baseia-se na


criação de um endereço eletrônico específico para a lista, em
um site (provedor deste tipo de serviço) que passará a gerenciar
automaticamente a lista. Portanto, este e-mail não é de nenhuma
pessoa, mas um recurso de servidor.

Quando um usuário quer compartilhar um determinado assunto


de interesse comum, ele envia a mensagem para o e-mail da lista.
A mensagem é recebida pelo administrador de lista e reenviada,
automaticamente, para todas as outras pessoas que estão
cadastradas na lista.

Figura 4.14 - Esquema de funcionamento de listas de discussão


Fonte: Adaptado [16]

192

iac.indb 192 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

As listas de discussão, como o próprio nome diz, são úteis para


debater os mais diversos assuntos, divulgar informações e outros
fins.

Este recurso ajuda a desenvolver, por exemplo,


a habilidade de argumentação e a aprofundar
os estudos do tema debatido, seja ao receber
informações dos demais participantes ou porque
o debate exige que se consulte outra fonte de
informações para enriquecer a própria argumentação.

A lista de discussão também pode auxiliar você no exercício da


curiosidade e esta, por sua vez, “[...] convoca a imaginação, a
intuição, as emoções, a capacidade de conjecturar, de comparar,
na busca da perfilização do objeto ou do achado de sua razão de
ser”. (Freire, 1999, p. 98).

Se você nunca participou de uma lista de discussão, experimente


inscrever-se em uma. Escolha um assunto que lhe interessa,
pesquise sites que disponibilizam inscrições para este recurso e
cadastre seu e-mail.

Você sabia que é fácil participar ou criar uma lista de


discussão? Mas preste atenção, estas atividades exigem
alguns cuidados e tempo de dedicação.
Conheça estes cuidados, outras dicas e informações sobre o
uso pedagógico de listas de discussão e grupos de notícias
no site: http://www.malhatlantica.pt/teresadeca/email/
funcoes-basicas2.htm.

Os fóruns de debate

Assim como a lista de discussão, este recurso permite desenvolver


a argumentação e contra-argumentação em assuntos de interesse
do participante.

Unidade 4 193

iac.indb 193 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

A diferença é que nos fóruns os temas e os comentários ficam


armazenados num único local, podendo ser acessados a qualquer
momento.

Normalmente, um fórum é armazenado de forma hierárquica,


ficando na ordem de realização dos comentários e suas
derivações, sendo identificada com autor, data e hora da
realização do comentário. Você pode conferir este processo
observando os fóruns realizados até o momento em nosso
Ambiente Virtual de Aprendizagem.

O Chat

Assim como os recursos assíncronos – são recursos


comunicacionais que você pode acessar sem estar conectado ao
mesmo tempo, como o e-mail, - os recursos de comunicação
síncrona - em tempo real - permitem ao profissional
desenvolver as habilidades de argumentação e contra-
argumentação, dentre outras. Sendo uma ferramenta
em tempo real, tem suas limitações de uso, dentre elas a
necessidade dos participantes estarem conectados na mesma
hora.

O chat é eficiente em situações como:

„„ para integração com seus colegas e tomada de decisões


de um pequeno grupo com dificuldades de encontrar-se
fisicamente;
„„ conversar com um convidado ou interagir com
personalidades em sites que ofereçam salas específicas
(há vários deles na internet).
No entanto, procure evitar:

„„ conversas com grupos muito grandes, pois pode


ocasionar dificuldade no acompanhamento das “falas”;
„„ estudo de temas muito polêmicos ou de grande
profundidade teórica. Este tipo de assunto gera falas
muito longas, de difícil leitura e argumentação pela
rapidez exigida nas respostas num chat.

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iac.indb 194 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Blog, Fotolog, Mensagens on-line !!!! O que é isso?

Nesta seção você irá conhecer outros recursos encontrados


na internet bastante divulgados atualmente, para a formação
de comunidades, divulgação e debates de temas até por
personalidades. Mesmo que, muitos destes recursos não tenham
a finalidade de trabalhar os conteúdos da contabilidade, são
ótimos para entender o mundo no qual os internautas estão
inseridos, permitindo ao profissional integrar-se a esta realidade.
Há excelentes experiências de formação de comunidades de
aprendizagem a partir de alguns destes recursos, além da
possibilidade de construção de trabalhos num processo efetivo de
colaboração.

O que é um weblog ou blog?

Blog vem do termo inglês Web Log, cujo significado


atual é algo como “diário da web”. É uma página web
atualizada frequentemente, composta por pequenos
parágrafos apresentados de forma cronológica. É
como uma página de notícias ou um jornal que segue
uma linha de tempo com um fato após o outro. O
conteúdo e tema dos blogs abrangem uma infinidade
de assuntos que vão desde diários, piadas, links,
notícias, poesia, ideias, fotografias, enfim, tudo que a
imaginação do autor permitir. Há inúmeros blogs de
profissionais conceituados como jornalistas, escritores,
dentre outras áreas.

Usar um blog é como mandar uma mensagem instantânea para


toda a web: você escreve sempre que tiver vontade e todos que
visitam o blog têm acesso ao que você escreveu.

Vários blogs são pessoais, exprimem ideias ou sentimentos


do autor. Outros são resultados da colaboração de um
grupo de pessoas que se reúnem para atualizar um
mesmo blog. Alguns blogs são voltados para diversão,
outros para trabalho e há, até mesmo, os que misturam
tudo.

Os blogs também são uma excelente forma de comunicação


entre uma família, amigos, grupo de trabalho, ou até mesmo

Unidade 4 195

iac.indb 195 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

empresas. Ele permite que grupos se comuniquem de forma


mais simples e organizada do que através do e-mail ou grupos de
discussão, por exemplo. Crie um blog privativo para sua equipe
de trabalho discutir projetos e apresentar soluções. Ou crie um
blog familiar para que seus parentes troquem notícias e fotos a
todos os membros.

A melhor forma de entender o funcionamento de um blog é


visitando um.

Dicas de blogs:

http://pequenoagronegocio.blogspot.com/
http://greenpeacerio.blogspot.com/
http://janainaamaral.blog.uol.com.br/ - uma espécie de
“jornal livre”
http://patebia.blogs.com/blog/ um verdadeiro diário
virtual, que conta o dia a dia de uma família carioca.
http://blogger.globo.com/br/about.jsp

O que é FotoLog?

O FotoLog é uma ferramenta de internet que ajuda você a


publicar e atualizar seu diário de fotos a todo instante, de
qualquer lugar do planeta, sem complicação ou programação.

O FotoLog é uma página web atualizada


frequentemente, composta por uma foto e
uma pequena descrição apresentados de forma
cronológica. É como uma página de notícias ou um
jornal que segue uma linha de tempo com um fato
após o outro. O conteúdo e tema das mensagens
abrangem uma infinidade de assuntos que vão
desde diários, piadas, links, notícias, poesia, ideias,
fotografias, enfim, tudo que a imaginação do autor
permitir.

196

iac.indb 196 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Usar um FotoLog é como mandar uma mensagem instantânea


para toda a web: você envia a foto e escreve um breve comentário
e todos que visitam seu FotoLog têm acesso à foto enviada e
aquilo que você escreveu.

Os FotoLogs são pessoais, exprimem ideias ou sentimentos


do autor. Outros são resultado da colaboração de um grupo de
pessoas que se reúnem para atualizar um mesmo FotoLog.

Os FotoLogs, assim como os blogs, também são uma excelente


forma de comunicação entre uma família, amigos, grupo de
trabalho, ou até mesmo empresas. Ele permite que grupos
se comuniquem de forma mais simples e organizada do que
através do e-mail ou grupos de discussão, por exemplo. Crie
um FotoLog para sua equipe de trabalho discutir projetos e
apresentar soluções. Ou crie um FotoLog familiar para que seus
parentes troquem notícias e fotos de todos os membros.

A melhor forma de entender o funcionamento de um


FotoLog é visitando um.
http://www.fotolog.net/cedejorpr
http://viajenaviagem.zip.net/ um diário de viagens muito
interessante
http://fotolog.terra.com.br/toninho.htm - fotlog de um
cobrador de ônibus de São Paulo, que conta a história das
ruas e registra as particularidades da grande cidade.

O que são mensagens instantâneas?

Você lembra do desenho animado dos Jetsons? Aquele em que os


carros eram voadores, a empregada era “uma robô inteligente”, a
comida aparecia instantaneamente e nas conversas telefônicas era
possível visualizar os interlocutores?

Unidade 4 197

iac.indb 197 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Muitas destas situações ainda estão somente na imaginação


dos autores, mas a “vídeo-conversa” já é uma realidade. Através
de programas de mensagens instantâneas, uma webcam e um
microfone instalado, é possível, por exemplo, estabelecer um
bate-papo parecendo que você está pessoalmente com seu amigo
usando vídeo e áudio em tempo real. Há diversos softwares que
permitem a realização destas conversas, o mais conhecido deles é
o MSN, Messenger.

Com este recurso você pode, ainda, bater papo usando a escrita
ou expressar suas ideias com emotions ou winks (imagens fixas ou
animadas) transmitindo, assim, o que ou como você se sente.

Com um programa de mensagens instantâneas, é


possível discutir e construir trabalhos em duplas
ou pequenos grupos, orientar tarefas, resolver
dúvidas, dentre outras possibilidades.

Como você deve ter observado, são inúmeras


as formas de utilização da internet. Cabe ao
profissional cuidar para que suas tarefas não
se percam e seus objetivos não afundem no
oceano de informações. E neste processo o que não pode faltar é
a criatividade, a reflexão e a ética, necessárias ao desenvolvimento
de “ciber-cidadãos”.

Conheça a história da internet, especialmente os 10


anos de internet no Brasil: http://tecnologia.terra.com.
br/internet10anos/index.html.

Dicas segurança na Internet:


http://cadernos.futuro.usp.br/caderno8.php
http://www.infowester.com/dicaseguranca.php
http://cadernos.futuro.usp.br/caderno9.php

Bem, ficamos por aqui nesta unidade. Esperamos que, ao


concluir mais este tema relativo à informática, você tenha
alcançado os objetivos propostos.

198

iac.indb 198 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

SEÇÃO 5 - Reflexões sobre o surgimento da Internet e a


sociedade da informação
Para alguns autores, a exemplo de Castells (idem, p. 42), a
revolução da tecnologia da informação, especialmente a internet,
deve ser utilizada como ponto de partida para analisar as
mudanças econômicas, sociais e culturais da sociedade.

Para qual caminho está sendo conduzido este


processo de transformação?

São muitas as transformações em direção à sociedade da


informação, elas estão em estágio avançado nos países
industrializados, são tendência dominante mesmo nas economias
menos industrializadas e definem um novo paradigma, o da
tecnologia da informação, a qual expressa a essência da presente
transformação tecnológica em suas relações com a economia e a
sociedade.

Observe, no entanto, que a democratização do acesso à TI, bem


como da sua utilização ainda não é um processo cotidiano em
todos os países e para todos os indivíduos!

Também conhecida por “divisão digital”, esta situação é


“[...] criada entre os indivíduos, firmas, instituições, regiões
e sociedades que têm as condições materiais e culturais para
operar no mundo digital, e os que não têm, ou não conseguem se
adaptar à velocidade da mudança.”. (CASTELLS, 1999, p.221).

E como se apresenta esta situação no Brasil?

No final de 2006, a União Internacional de Telecomunicações


(UIT) publicou que o número de usuários ativos da internet
brasileira era de 21,2 milhões de usuários, o que representa 11,3%
da população brasileira e coloca o Brasil como o décimo país em
número de usuários. (IDGNOW, 2007, p. 1).

Unidade 4 199

iac.indb 199 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Em uma pesquisa, divulgada pelo CGIBR/CETIC (2006),


sobre o número de domicílios com computador em 2006, era
de 19,63% sobre o total de domicílios no Brasil. Observou nesta
pesquisa que “a posse do computador é fortemente influenciada
pela classe social, pela renda e pela escolaridade do respondente:
quanto mais alta a classe, a renda e o nível de instrução do
respondente, maior a proporção dos domicílios que possuem
computador.”. (Idem).

Em relação ao percentual de conexão domiciliar com a internet,


apenas 14,49% dos lares possuem este recurso. As barreiras
relatadas para a falta de acesso doméstico à internet estão no
quadro a seguir:

Motivo Percentual (%)


Falta do computador/ custo do equipamento é muito elevado 67,55
O custo do acesso é muito elevado 31,69
Moradores têm acesso à Internet em outro lugar 5,21
Moradores têm preocupação com segurança e/ou privacidade 1
Acesso à internet inexistente na localidade 0,89
Outros motivos 13,03
Não sabe 1,94
Quadro 4.6 – A barreira ao acesso à internet no domicílio
Fonte: http://www.cetic.br/usuarios/tic/2006/rel-geral-14.htm

Por outro lado, esta mesma pesquisa mostra que há interesse no


uso da internet pela população, mesmo os que não têm acesso em
casa, pois o número de pessoas que já usaram a internet em 2006,
ao menos uma vez, é de 33,32% da população. Mas existem
desigualdades neste acesso, tanto por frequência deu uso como
por região, como mostra a Tabela 4.1.

Tabela 4.1 – Uso da internet


Nos últimos 3 Entre 3 meses Nos últimos Mais de 12 Nunca acessou
Percentual (%) meses e 12 meses 12 meses meses atrás a internet
Total 27,82 3,43 31,25 2,07 66,68
Sudeste 30,76 3,8 34,56 2,33 63,11
Nordeste 18,38 2,65 21,02 1,38 77,59
Regiões Sul 29,37 4,21 33,57 2,61 63,81
do país
Norte 21,59 2,61 24,2 1,34 74,46
Centro-Oeste 34,37 2,69 37,06 1,88 61,06
200 Percentual da população brasileira usuária de internet em 2006.
Fonte: CGIBR/CETIC (2006)

iac.indb 200 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Você observou como temos acentuadas diferenças entre as


regiões, especialmente no acesso dos últimos 3 meses de 2006?

É possível superar as barreiras sociais e tecnológicas? O


que está acontecendo no rumo à formação da sociedade da
informação?

Para Castells (1999, p. 221), esses processos podem ser alcançados


a partir das ações humanas, “contudo, isso não é apenas uma
questão de conhecimento e vontade política, embora estas
sejam condições indispensáveis para qualquer curso alternativo
de ação”. Segundo a linha de pensamento do autor, observe
que a superação da divisão digital está atrelada a uma série de
características sociais, econômicas, educacionais, dentre outras.

Algumas iniciativas no Brasil representam indícios da


preocupação do governo com este quadro.

Uma das primeiras ações governamentais nesta área foi o projeto


denominado “Livro Verde para a Sociedade da Informação”,
iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) lançado
O livro verde para
em 2000. A finalidade do livro verde, segundo Ronaldo Motta sociedade da informação
Sardenberg, então ministro da Ciência e Tecnologia naquele ano por ser lido na íntegra
foi de: no endereço: http://
www.mct.gov.br/
upd_blob/4795.pdf.
Lançar os alicerces de um projeto estratégico, de
amplitude nacional, para integrar e coordenar o
desenvolvimento e a utilização de serviços avançados
de computação, comunicação e informação e de suas
aplicações na sociedade. O livro verde contém as metas
de implementação do programa sociedade da informação
e constitui a súmula consolidada das possíveis aplicações
das tecnologias da informação. (apud TAKAHASHI,
2000, p.9).

O organizador do Livro Verde, Tadao Takahashi (Idem, p. 31),


expõe que perante o novo paradigma, a universalização dos
serviços de informação e comunicação, é condição fundamental,
não exclusiva, para se construir uma sociedade da informação
para todos. É urgente trabalhar no sentido da busca de soluções
efetivas para que as pessoas dos diferentes segmentos sociais e
regiões tenham amplo acesso à internet, evitando assim que se
crie uma classe de info-excluídos.

Unidade 4 201

iac.indb 201 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Neste sentido, o governo é um importante agente, viabilizando


ações que promovam o acesso e a democratização às informações
e serviços públicos para os cidadãos.

Com o surgimento da Tecnologia da Informação (TI), os órgãos


governamentais passaram a utilizá-la de forma progressiva.
Este procedimento foi rotulado de “Governo-eletrônico” ou
simplesmente e-Gov.

O que é “e-Gov”?

Para o entendimento deste cenário, você deve partir do princípio


que as administrações públicas modernas são entidades
prestadoras de “serviços públicos” de várias naturezas, incluindo a
informativa.

Observe o quanto é importante não só a análise deste fenômeno,


como também o registro do surgimento de uma nova forma de
governar. Este novo modelo de relacionamento, da sociedade
com o poder público, foi chamado de “governança eletrônica”.
(Frey, 2002, p.146).

Os atores institucionais envolvidos nos serviços governamentais,


segundo o Livro Verde (2000, p.69), são “o próprio Governo
(“G”), Instituições Externas (“B”, de business) e o Cidadão
(“C”)”. Eles podem interagir conforme três tipos de relações com
as aplicações governamentais:
É importante observar que „„ G2G (Government Government) - são as funções
esta classificação não pode ser
que integram ações do Governo horizontalmente
aplicada isoladamente para um
site governamental, já que muitas (exemplo: no nível Federal, ou dentro do Executivo) ou
aplicações acabam por atender a verticalmente (exemplo: entre o Governo Federal e um
todos estes envolvidos. Governo Estadual).
„„ G2B e B2G (Business Government) - são as ações do
Governo que envolvem interação com entidades externas.
Por exemplo, as compras, contratações, licitações
etc. entre o governo e as empresas privadas via meios
eletrônicos.

202

iac.indb 202 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

„„ G2C e C2G (Citizen Government) - são as ações


do Governo para a prestação (ou recebimento) de
informações e serviços ao cidadão via meios eletrônicos.
Por exemplo, a veiculação de informações em um website
de um órgão do governo, aberto a quaisquer interessados.

Você conhece iniciativas de e-gov no Brasil? Quais vêm


apresentando resultados positivos para o acesso a
informações, serviços e o debate público com o uso da
internet?

No Brasil, o uso da TI pelo governo deu-se em primeiro lugar


como fonte de disseminação de informações e de propaganda,
em seguida, de forma mais geral, para dar apoio e informações
individualizadas e atualizadas dos serviços públicos.

Um dos primeiros desafios do Comitê Executivo, que tem como O site oficial do governo
função a criação do Governo Eletrônico, foi a criação de páginas federal é http://www.
brasil.gov.br.
na internet de órgão públicos como o da presidência, dos diversos
ministérios, do Senado e da Câmara dos Deputados, assembleias
legislativas, câmaras municipais e outros.

Atualmente é possível encontrar na internet sites onde o acesso


à informação e o contato com governos federais, estaduais e
municipais podem ser agilizados. Partidos políticos e candidatos
vêm colocando seus programas na rede, debates e decisões sobre
legislação, orçamento público e outras informações.

Um importante projeto neste sentido é o Portal Interlegis,


Conheça o Interlegis no
Um programa desenvolvido pelo Congresso Nacional, endereço: http://www2.
em parceria com o Banco Interamericano de interlegis.gov.br/.
Desenvolvimento (BID), de modernização e integração
do Poder Legislativo nos seus níveis federal, estadual
e municipal e de promoção da maior transparência
e interação desse Poder com a sociedade. Os meios
utilizados são as novas tecnologias de informação
(internet, videoconferência e transmissão de dados), que
permitem a comunicação e a troca de experiências entre
as Casas Legislativas e os legisladores e entre o Poder
Legislativo e o público, visando aumentar a participação
da população no processo legislativo.

Unidade 4 203

iac.indb 203 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Observe a seguir outro exemplo referente às páginas de alguns


municípios do estado do Rio de Janeiro.

Ponto Cidadania - O mapa on-line dos municípios


fluminenses
14 de abril de 2006
Pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado
do Rio de Janeiro, em 2005, demonstra que 68% dos
municípios do Estado têm página na internet.
Dos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro, 62 têm
página na internet, mas apenas oito estão em estágio
mais avançado, permitindo a realização de transações
via web, como pagamento de contas e impostos,
obtenção de documentos fiscais e realização de
matrículas escolares, entre outros. [...]
Outros 38 sites são interativos, isto é, permitem que
o cidadão interaja com a prefeitura, por meio de
serviços como ouvidoria, e obtendo informações
sobre endereços; e 16 páginas são apenas
informativas, não prestando nenhum tipo de serviço.
[...] No quesito nível técnico, a pesquisa da Firjan
demonstrou que, de um modo geral, os sites oficiais
do Estado do Rio não têm boa qualidade: a média
das notas ficou em 4,73. Esse baixo desempenho
é resultado de vários erros, comuns a diversas
páginas, como: identificação deficiente, problemas
de navegação, deficiência de formatação, ausência
de ferramenta de busca e mau uso de imagens e
animações.
E, para ajudar as prefeituras a aumentar a eficiência
dos serviços e informações prestados via web, a Firjan
incluiu, no corpo do documento que descreve a
pesquisa, uma série de recomendações, entre as quais
a construção de sites sob a ótica do usuário/cidadão,
a integração de bases de dados dos diversos níveis
de governo, a definição de padrões de qualidade e
design, para dar unidade aos diversos ambientes, e a
criação de um ambiente virtual de negócios.
Para os municípios sem site ou para os que obtiveram
notas mais baixas na pesquisa, as recomendações
são de adoção de um pacote mínimo de conteúdos
e serviços. Os assuntos sugeridos são notícias,
estrutura administrativa, finanças públicas, história do
município, localização geográfica,

204

iac.indb 204 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

cultura/entretenimento, informações turísticas,


saúde e educação, investimentos e tributação. A
Firjan se dispõe a apoiar o aperfeiçoamento dos
sites das prefeituras, oferecendo o trabalho de seus
programadores.
www.firjan.org.br/notas/media/desburoc_municip_
2005.pdf • Íntegra da pesquisa, incluindo os endereços
dos sites de todos os municípios.
Texto adaptado do site: http://www.arede.inf.br/index.php?option=com_
content&task=view&id=522&Itemid=99.

Além deste, há outros setores do governo que estão preocupados


com a oferta de serviços, onde o cidadão realiza serviços como
certidões negativas, contagem simulada do tempo de serviço,
acompanhamento de processos e muitos outros.

O tribunal de contas da união é um dos órgãos preocupados em


proporcionar informações para o controle das contas do governo
com o apoio da TI e de seus usuários.

Tecnologia para a Transparência

Presidente do Tribunal de Contas da União no biênio 2005-


2006, o ministro Adylson Motta, que deixa o cargo neste
mês de agosto, priorizou, durante sua gestão à frente do
principal órgão de fiscalização do gasto público no país, a
participação social no controle do governo. [...]
Como a tecnologia da informação tem contribuído para
o controle e fiscalização da administração pública no
Brasil?
A tecnologia da informação possibilita novas formas de
controle e fiscalização, pois torna disponíveis ferramentas
automatizadas que permitem uma atuação mais eficiente e
eficaz por parte das equipes de fiscalização e conduzem a
resultados mais efetivos.
O que deve ser feito para que essa contribuição seja
cada vez maior?
Capacitar as pessoas envolvidas com controle e fiscalização
para utilizarem a tecnologia da informação a seu favor,
extraindo ao máximo suas vantagens, seu potencial para
suporte à melhoria de desempenho e ao alcance de metas.

Unidade 4 205

iac.indb 205 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Além disso, os sistemas poderiam ter mais informações que


facilitassem o controle e a fiscalização da administração
pública.
O setor de TI evolui em ritmo acelerado. Em sua
opinião, os gestores públicos das diversas esferas têm
conseguido acompanhar essa evolução?
A informatização atinge todas as áreas do governo.
Entretanto, o ritmo está aquém do necessário, como
nos casos de aplicação dos recursos do Fust e da
implementação do governo eletrônico no Brasil, só para
citar dois exemplos. Portanto, atualmente é de extrema
importância o acompanhamento da aplicação dos recursos
na área de TI pelo governo federal, inclusive para que
se possa avaliar operacionalmente a ação dos gestores
públicos nessa área vital para qualquer nação. Nessa linha,
propus recentemente ao plenário do TCU, e foi aprovada,
a criação de uma Secretaria de Fiscalização de Tecnologia
da Informação, como unidade técnica especializada na
fiscalização de TI no setor público federal.
“Somente com a utilização da tecnologia da informação é
possível alcançar maior transparência dos gastos públicos.”
Texto adaptado de: http://www.serpro.gov.br/publicacoes/tema_186/materias/
ent_186_01.
Acesse este site e leia o restante desta entrevista!

Como você já percebeu, aqui o objetivo de estudo não é conhecer


os serviços destes sites em detalhes, mas é importante refletir:
que a internet, enquanto um instrumento do Estado, está sendo
capaz de propiciar uma real interação entre cidadãos e governo.

Em pesquisa sobre a proporção de indivíduos em 2005 que


utilizaram o governo eletrônico, foi de 14,01% em relação ao
total de população brasileira. Os principais serviços utilizados são
mostrados a seguir:

206

iac.indb 206 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Serviços de e-gov (%)


Consulta ao CPF - Cadastro de Pessoa Física 51,49
Declaração de Imposto de Renda 39,67
Informações sobre direitos do trabalhador (Previdência etc.) 10,62
Informações sobre emprego 18,07
Informações sobre serviços públicos de educação 22,02
Informações sobre serviços públicos de saúde 11,56
Inscrição em concursos públicos (Polícia Militar etc.) 27,57
Pagamento de IPVA, multas, licenciamento 17,29
Quadro 4.7 – Proporção de indivíduos que utilizam governo eletrônico
Fonte: http://www.cetic.br/usuarios/tic/2005/rel-gov-02.htm

Você deve ficar atento que, além do acesso a serviços públicos,


a tecnologia da informação deve permitir ao cidadão participar
ativamente do governo da sua cidade, estado, região ou até nação.
Neste contexto, deve haver a possibilidade do debate acerca de
questões fundamentais para a integração dos processos sociais,
econômicos e tecnológicos no sentido de agilizar a efetiva
participação da população na sociedade do conhecimento.

Você sabia que por meio da internet é possível


conhecer rapidamente os valores encaminhados aos
municípios pelo governo federal para áreas como a
saúde, educação, segurança pública e outras?

Leia um trecho da reportagem “Como abrir a caixa-preta do


poder”, publicada na revista “A Rede”.

Como abrir a caixa-preta do poder

04 de outubro de 2006
Entidades da sociedade civil usam a internet para atuar
em rede e controlar os gastos dos governos. A web
oferece informação sobre os orçamentos públicos, além
de cursos e cartilhas para conseguir entendê-los.
[...] Em várias cidades do Brasil, entidades da sociedade
civil estão aprendendo a ler e a entender os orçamentos
municipais, estaduais e o federal, de modo a poderem
intervir e influenciar na decisão sobre os gastos públicos

Unidade 4 207

iac.indb 207 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

— ou seja, participar da formulação das políticas públicas.


Seus representantes, vinculados a sindicatos, associações,
grupos religiosos, movimentos culturais, articulam-se
em rede com organizações não governamentais que
já acumulam, há algum tempo, experiência na análise
orçamentária. E que, na sua maioria, oferecem capacitações
gratuitas – presenciais ou a distância —, assessoria técnica e
estratégica, além de guias e manuais para baixar da web.
Um grande passo para o controle social dos gastos
governamentais foi dado, nos últimos anos, com a
publicação na internet de dados orçamentários, análises
e cartilhas para compreendê-los. De acordo com o diretor
do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas
(Ibase), João Sucupira, encontra-se um volume razoável
de informação na rede, especialmente sobre o governo
federal, os governos estaduais, as capitais ou grandes
municípios. Falta, contudo, na sua opinião, uma ação mais
abrangente de formação da sociedade para apropriar-se
desse conhecimento. “Há um descompasso entre o que
já existe de informação na internet sobre orçamento e
a capacidade de a sociedade digerir esses dados e atuar
politicamente”, diz Sucupira. Ele acredita que os telecentros,
ao lado das rádios comunitárias, são um espaço importante
para expandir essa massa crítica. Por exemplo, com a
introdução do tema nas capacitações dos educadores e
implementadores sociais.
Fonte: http://www.arede.inf.br/index.php?option=com_content&task=view&id=
689&Itemid=99
Acesse e leia a reportagem completa!

Ao tomarmos contato com estas iniciativa,s surgem outras


dúvidas como: por que estas iniciativas não se expandem ainda
mais? O que impede prefeituras, governos estaduais e federais
de disponibilizarem aos cidadãos cada vez mais oportunidades
de acesso a informações, execução de serviços públicos, controle
das ações públicas e participação nas decisões via internet? E nos
casos em que estes recursos estão disponíveis, o que falta para o
efetivo engajamento popular no seu uso?

É muita ousadia nossa responder a todas estas questões, uma


vez que envolvem temas que ultrapassariam os limites de nossa
discussão. O que é possível perceber, sem adentrar a polêmica
da vontade política, é que um dos grandes problemas para a

208

iac.indb 208 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

realização da democracia eletrônica, principalmente no Brasil,


é o acesso e a apropriação da Tecnologia da Informação pelos
indivíduos no seu cotidiano. Assim, para o engajamento dos
cidadãos neste processo, são necessários estímulos, tal como
podem ser encontrados nos movimentos da sociedade civil, que
estão de alguma maneira ligados ao uso do ciberespaço. Fique
atento para a importância dos movimentos que visam a inclusão
digital dos cidadãos!

Síntese

Nesta unidade, você estudou que as organizações estão se


tornando empresas interconectadas que utilizam a internet,
intranets e outras redes de telecomunicação para apoiar
operações e colaboração dentro da empresa e com seus clientes,
fornecedores e outros parceiros.

Você viu que em uma rede de telecomunicação os principais


componentes genéricos são computadores, processadores
de telecomunicações, canais de comunicação e softwares
de telecomunicações. Viu, também, que as redes podem ser
classificadas por sua forma ou configuração ou por seu escopo
geográfico e tipos de serviços fornecidos.

As três topologias de rede mais comuns são a rede estrela, a


rede de barramento e a rede anel. Em uma rede estrela, todas as
comunicações precisam passar por um computador central. A
rede de barramento liga alguns dispositivos a um único canal e
transmite todos os sinais para toda a rede. Em uma rede anel,
cada computador na rede pode comunicar-se diretamente com
qualquer outro computador e os dados passam por todo o anel de
um computador para outro.

As redes locais (LANs) são usadas para ligar escritórios e prédios


próximos. As redes remotas (WANs) cruzam uma grande
distância, que varia desde vários quilômetros até entre um
continente e outro.

Unidade 4 209

iac.indb 209 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Você pôde verificar que o crescimento explosivo da internet


e o uso de suas tecnologias viabilizadoras têm revolucionado
a computação e as telecomunicações. A internet se tornou a
plataforma-chave para a lista em rápido crescimento de serviços
de informação e entretenimento e aplicações comerciais.

Concluímos a unidade destacando as mais conhecidas aplicações


da internet, que são o e-mail e a navegação em sites na rede.
Outros serviços bastante usados são as salas de bate-papo, os
fóruns de discussão eletrônica, e o downloading de arquivos de
software e informações.

Atividades de autoavaliação

1) O que é uma rede de computadores?

2) Enumere e descreva resumidamente cada um dos componentes de


um sistema de telecomunicações. Cite, também, alguns meios de
transmissão usados em telecomunicações.

210

iac.indb 210 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

3) Qual a diferença entre uma rede local e uma rede remota?

4) Cite alguns serviços que a internet nos oferece.

5) Coloque em ordem a sequência para que seja possível a um internauta


receber uma informação pela internet: servidor de internet – modem –
backbone – provedor – software de navegação – linha de transmissão

Unidade 4 211

iac.indb 211 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

6) Há dois modos de identificar um computador na internet. Quais são?

7) A que tipo de comunicação melhor se aplicam os serviços de correio


eletrônico, listas de discussão e bate-papo?

8) Quais os principais meios para se encontrar um site com as informações


desejadas?

212

iac.indb 212 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

9) Qual a diferença entre intranet e extranet?

Saiba mais

Se você ficou interessado em conhecer mais detalhes sobre o


conteúdo desta unidade, sugerimos que:

Veja o filme Warriors of the net (Guerreiros da Rede), disponível a


em um destes três sites (há versões em espanhol):

<http://www.warriorsofthe.net/movie.html>
<http://ftp.sunet.se/pub/tv+movies/warriors/download.html>
<ftp://ftp.luth.se/.1/www.warriorsofthe.net/>

Leia na internet: Desafio para uma contabilidade interativa.


Disponível em:
<http://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/cad25/
Revista25_parte_2.pdf > Acesso em: 05 fev. 2007.

Unidade 4 213

iac.indb 213 11/05/30 13:42


iac.indb 214 11/05/30 13:42
5
UNIDADE 5

Conhecendo Sistemas de
Informação

Objetivos de aprendizagem
n Entender o que é um sistema de informação e como eles
apoiam a atividade organizacional.

n Compreender como se dá o desenvolvimento de


sistemas de informação baseados em computador.
n Identificar os principais sistemas de informação
que apoiam a atividade contábil e financeira nas
organizações.

Seções de estudo
Seção 1 O que é um sistema de informação?
Seção 2 Como são desenvolvidos os sistemas de
informação?
Seção 3 Sistemas de informações na área contábil-
financeira

iac.indb 215 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de estudo


Na unidade anterior estudamos alguns dos conceitos
concernentes à informática. Vamos, agora, entender como a
informática pode ser aplicada à atividade contábil.

Alguns procedimentos são necessários para que os resultados da


informática aplicada à contabilidade sejam plenamente favoráveis
à empresa e aos profissionais que atuam na área.

Assim, nesta unidade, vamos avaliar o que está envolvido no


processo de desenvolvimento de sistemas de informação para
atender à atividade contábil e quais as principais aplicações
contábeis informatizadas que, normalmente, são encontradas nas
organizações.

Siga em frente!

Esses são alguns dos aspectos positivos que justificam o uso da


informática na atividade contábil das empresas, assim como em
outras áreas de uma organização.

A que tipos de aplicações a informática pode dar suporte na


atividade contábil? Isto é o que veremos na próxima seção.

SEÇÃO 1 - O que é um sistema de informação?


Um sistema de informação pode ser definido como um conjunto
de componentes inter-relacionados que coleta (ou recupera),
processa, armazena e distribui informação para dar suporte à
tomada de decisão e ao controle da organização. Além de apoiar,
coordenar e controlar, os sistemas de informação também podem
ajudar a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar
novos produtos ou serviços [6].

Os sistemas de informação contêm informações sobre pessoas,


lugares e coisas de interesse dentro da organização ou do
ambiente que a cerca.

216

iac.indb 216 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Dado e informação: qual a diferença?


Dados são fatos brutos que representam eventos que
acontecem em organizações ou no ambiente físico,
que, por si só, não conduzem à compreensão de uma
situação. [13]
Informações são dados coletados, organizados,
ordenados, aos quais são atribuídos significados e
contexto. [11]
Para clarear a diferença, veja o seguinte exemplo: as
características de um indivíduo, como o peso de 63 kg
e sua idade de 10 anos, representam alguns de seus
dados. A associação entre eles indica uma criança
obesa (informação).

Uma importante competência a ser desenvolvida pelas


organizações e pelos indivíduos que nelas trabalham é
saber selecionar, avaliar e utilizar as informações. Gerar
informações de qualidade é fator decisivo na gestão de qualquer
empreendimento. As informações de qualidade devem possuir
algumas características, conforme relacionamos no Quadro 5.1

Características Definições e exemplos


Precisa A informação precisa não contém erro. Em alguns casos, a informação imprecisa é gerada porque
dados imprecisos são alimentados no processo de transformação (“quando entra lixo, sai lixo”).
A informação completa contém todos os fatos importantes. Por exemplo, um relatório de
Completa investimentos que não inclua todos os custos importantes não está completo.

Econômica A informação também deve ser relativamente econômica para que possa ser viabilizada. Os
tomadores de decisão sempre precisam equilibrar o valor da informação com o custo da sua
produção.
A informação flexível pode ser usada para uma variedade de propósitos, atendendo, por exemplo,
Flexível às necessidades operacionais ou às necessidades estratégicas.
A informação confiável pode ser dependente de algum outro fator. Em alguns casos, a
Confiável confiabilidade da informação depende do método de coleta de dados. Em outros, a confiabilidade
depende da fonte de informação. Por exemplo, um rumor, sem fonte conhecida, não pode ser
confiável.

Unidade 5 217

iac.indb 217 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

A informação relevante é essencial para o tomador de decisão. A queda de preço da madeira não é
Relevante relevante para um fabricante de chip de computador.
A informação deve ser simples, não deve ser exageradamente complexa. Informação sofisticada
Simples e detalhada pode não ser necessária, pode até gerar sobrecarga de informações. Quando um
tomador de decisão dispõe de muita informação, há dificuldade em determinar qual delas é
realmente importante.
Em tempo
Informação pontual é aquela obtida no momento em que é necessária ou oportuna.
(pontual)
Verificável A informação deve ser verificável, ou seja, você pode conferi-la e assegurar-se que está correta.

Quadro 5.1 - Características da Informação de Qualidade


Fonte: Stair (2002).

Três atividades em um sistema de informação produzem as


informações necessárias a uma organização. Estas atividades são
entrada, processamento e saída.
Lembra das atividades de
processamento de dados que vimos Os sistemas de informação computadorizados captam dados de
na unidade anterior? fora ou de dentro da organização, usualmente por intermédio de
formulários que os registram e os colocam diretamente em um
computador, com o auxílio de um teclado ou outro dispositivo de
entrada de dados.

Durante o processamento, os dados são organizados, analisados


e manipulados através de cálculos, comparações, resumos
e classificações, objetivando uma forma de disposição mais
significativa e útil.

As atividades de saída transmitem os resultados do


processamento a locais onde serão usados. A saída dos sistemas
de informação toma várias formas: relatórios impressos,
apresentações gráficas, vídeos, som ou dados a serem enviados
a outros sistemas de informação, além de armazenar dados
e informações de uma forma organizada, de modo que sejam
facilmente acessíveis para processamento ou saída posterior.

218

iac.indb 218 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Ao se produzir cheques de pagamento (saída) por


um sistema informatizado, por exemplo, as horas
trabalhadas de cada empregado (entrada) devem ser
informadas antes que o cheque seja efetivamente
calculado e emitido.
As horas trabalhadas de cada empregado, junto com
o valor da hora de trabalho, devem ser multiplicadas,
bem como deve ser calculado o pagamento
líquido, as horas-extras e descontos, segundo as
regras (processamento) para o cálculo da folha de
pagamentos.

Um sistema de informação baseado em computador usa a


tecnologia da computação para executar parte das funções de
processamento de um sistema de informação e também algumas
das funções de entrada e saída. Sistemas de informação são mais
que computadores, são uma parte integrante de uma organização
e produto de três componentes: tecnologias, organizações
e pessoas. A seguir, veja o que significa cada um desses
componentes.

Organizações
As organizações podem ser vistas como uma grande coleção de
processos operacionais (aqueles que criam, produzem e entregam
os bens e serviços consumidos pela sociedade) e processos
administrativos (aqueles responsáveis pelo planejamento e
controle da gestão da organização). [5]

Esses processos seguem uma série de procedimentos que podem


estar formalizados e escritos ou compor práticas de trabalho
informais. Muitos desses procedimentos organizacionais são
incorporados aos sistemas de informação como, por exemplo,
pagar um fornecedor ou contratar um serviço. Pense em uma
organização governamental, em uma pequena indústria ou uma
grande rede de lojas e você visualizará sistemas de informações
muito diferentes entre si.

Unidade 5 219

iac.indb 219 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Pessoas
As pessoas são os usuários efetivos que usam as informações
de um sistema para executar seu trabalho. São as pessoas
que possibilitam as entradas no sistema, utilizam suas saídas,
enfim, tornam o sistema produtivo. Neste contexto, esses
indivíduos devem ser preparados para realizar suas tarefas e usar
eficientemente os sistemas de informação.

A atitude das pessoas perante as organizações pode afetar


profundamente o seu desempenho no uso dos sistemas de
informação. Indivíduos desmotivados, sem capacitação ou, ainda,
inseridos em um ambiente em que não têm clareza sobre o que
é esperado de seu trabalho, provavelmente, não serão usuários
produtivos de um sistema de informação. Condições adequadas,
conforto, um ambiente saudável de trabalho representam forte
suporte para o moral, a produtividade e a receptividade dos
indivíduos aos sistemas de informação. Deve-se, portanto, ter
a preocupação de construir sistemas adequados às necessidades
daqueles que os utilizam, e não o contrário.

Tecnologia
A tecnologia é o meio pelo qual os sistemas de informação
podem ser implementados. Deve ser vista como ferramenta e não
ter um fim em si mesma. A tecnologia envolve o computador
propriamente dito e demais equipamentos (hardware), os
programas de computadores (software), as tecnologias de
armazenamento para organizar e armazenar os dados (bancos de
dados) e os recursos de telecomunicações que interconectam os
computadores em rede.

Observe a Figura 5.1, que reúne as atividades e os componentes


de um sistema de informação baseado em computador.

220

iac.indb 220 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Figura 5.1 - Atividades e componentes de um sistema de informações baseado em computador


Fonte: O’brien (2004).

Não existe um único grande sistema de informações que atenda


a todas as necessidades de informação existentes em uma
organização. O que se observa é a existência de diversos tipos
de sistemas de informação para atender aos distintos níveis de
problemas e às diferentes funções e processos existentes dentro
das empresas.

Quais são os principais tipos de sistemas de


informação encontrados nas organizações?

Os sistemas de informação podem ser categorizados de acordo


com o tipo de suporte que proporcionam: apoio às operações e
apoio gerencial. Esta categorização destaca o propósito principal
do sistema de informação. Como você pode observar na Figura
5.2, vários são os tipos de sistemas de informação a apoiar
as operações e dar suporte à tomada de decisões. A seguir,
examinaremos as características gerais desses vários tipos de
sistemas de informação encontrados nas empresas, com o intuito
de entender e melhor explorar a capacidade de processamento e a
obtenção de informação para uma gestão efetiva.

Unidade 5 221

iac.indb 221 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Figura 5.2 - Tipos de sistemas de informação segundo o suporte que proporcionam


Fonte: O’brien (2004).

Sistemas de apoio às operações empresariais

Os sistemas de apoio às operações empresariais processam dados


gerados e utilizados em operações empresariais. O papel dos
sistemas de apoio às operações de uma empresa é: processar
transações eficientemente, controlar processos industriais e apoiar
a colaboração [12].

„„ Os sistemas de processamento de transações objetivam


dar suporte no processamento e acompanhamento das
atividades cotidianas e transações rotineiras estruturadas,
em que são claros os procedimentos, as regras de decisão,
e os fluxos de informação.

Os sistemas contábeis operacionais incluem os


sistemas de processamento de transações de pedidos,
controle de estoque, contas a receber, contas a pagar,
folha de pagamento e livro-razão geral, que você
conhecerá na seção 3.

Independentemente dos dados específicos, processados pelos


sistemas de processamento de transações, ocorre um processo
relativamente padrão nesse tipo de sistema. Simplificadamente,
eles captam e processam dados das transações empresariais,
em seguida, atualizam arquivos e bancos de dados e, por fim,

222

iac.indb 222 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

produzem saídas de informação na forma de relatórios e consultas


para uso interno e externo. Esses sistemas mantêm a maioria
dos dados relativos ao negócio da organização, e os dados são
processados de dois modos básicos: processamento em lote ou
processamento on-line.

Qual a diferença entre processamento em


lotes e processamento on-line? [18]
No processamento em lote (batch), os dados das
transações são acumulados durante um período de
tempo e periodicamente processados (por exemplo,
todas as noites).
No processamento on-line, os dados são processados
imediatamente após a ocorrência de uma transação
ou no momento exato em que ela ocorre (tempo real).

„„ Os sistemas de controle de processo monitoram


e controlam processos industriais. Esses sistemas
controlam um processo físico em curso, em indústrias
como refinarias de petróleo, fábricas de cimento,
siderúrgicas, fábricas de produtos químicos, de produtos
alimentícios, de papel e celulose, usinas de energia
elétrica e outras.
„„ Os sistemas colaborativos utilizam uma diversidade de
tecnologias de informação com o objetivo de aumentar
a comunicação e a colaboração de equipes e grupos
de trabalho e, também, permitir que as organizações
tenham maior controle sobre a criação, o armazenamento
e a distribuição de documentos.

Uso de correio eletrônico para enviar e receber


mensagens eletrônicas por membros de uma equipe
de projeto; uso de videoconferência para realizar
reuniões e coordenar suas atividades.

Unidade 5 223

iac.indb 223 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Sistemas de apoio à tomada de decisão gerencial

Os sistemas de apoio gerencial se concentram em fornecer


informações e apoiar o nível gerencial. Esse apoio se dá com
geração de sínteses, consolidações, projeções, comparações
e muitos outros tipos de transformação sobre os dados
disponíveis, de forma a respaldar a tomada de decisões em
nível gerencial. Aqui se enquadram os sistemas contábeis
voltados ao planejamento e controle das operações das empresas.
Eles enfatizam os relatórios de contabilidade de custos, o
desenvolvimento de orçamentos e demonstrativos financeiros
projetados e os relatórios analíticos que comparam desempenho
atual com desempenho previsto. Vários tipos principais de
sistemas de informação apoiam as atividades gerenciais: sistemas
de informação gerencial, sistemas de apoio à decisão e sistemas de
informação executiva. [12]

„„ Os sistemas de informações gerenciais proporcionam


aos gerentes relatórios e consultas sobre o desempenho
atual e registros históricos da empresa, de forma
a apoiar as atividades de planejamento, controle e
tomada de decisão. Estes sistemas, de modo geral,
fornecem resumos sobre as operações básicas (transações
operacionais) da empresa. Os dados de transações
básicas, arquivados pelos sistemas de processamento
de transações, são agrupados (ou sintetizados) e
apresentados em um formato preestabelecido. A maioria
dos sistemas usa rotinas simples para processamento dos
dados, tais como totais, percentuais, acumuladores e
comparações.

Os sistemas de informações gerenciais enfocam


situações de decisão estruturadas, que são conhecidas
antecipadamente. Este tipo de sistema geralmente atende
gerentes interessados em resultados semanais, mensais e
anuais – e não atividades diárias. Os relatórios gerados
por esses sistemas, normalmente, assumem a forma de
respostas imediatas a consultas e relatórios periódicos, de
exceção.

São exemplos de sistemas de informações gerenciais:


orçamento anual e análise de investimento de capital.

224

iac.indb 224 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

„„ Os sistemas de apoio à decisão tem por objetivo dar


suporte a decisões menos rotineiras e estruturadas e não
facilmente especificadas com antecipação. Este tipo de
sistema fornece suporte computacional interativo durante
o processo de tomada de decisão. Os usuários podem
trocar suposições, fazer perguntas novas e incluir novos
dados. “Isso é diferente das respostas por demanda de
sistemas de relatórios de informações, uma vez que
os gerentes não estão solicitando informações pré-
especificadas, mas explorando alternativas possíveis. Por
isso eles não precisam especificar antecipadamente suas
necessidades de informações. Em vez disso, utilizam o
sistema para encontrar as informações que precisam para
ajudá-los a tomar uma decisão.” [10]

Usar um sistema de apoio à decisão envolve quatro tipos


básicos de atividades de modelagem analítica: análise do
tipo e-se (what if ), análise de sensibilidade, análise de
busca de metas (goal seeking) e análise de otimização.

São exemplos de sistemas de apoio à decisão na área


contábil-financeira: análise de custos e análise de
preços/lucratividade.

„„ A alta administração usa uma categoria de sistema


de informação chamada de sistema de informação
executiva ou, como são mais comumente conhecidos,
EIS, sigla em inglês que significa Executive Information
System. Este tipo de sistema tem por objetivo fornecer
acesso rápido e de forma bastante amigável a informações
atualizadas, fazendo uso intensivo de recursos gráficos
(cores, símbolos, ícones, botões, imagens e gráficos) e
capacidade de multivisão (manuseio de diversas mídias,
mostrando em uma mesma tela gráficos, textos e tabelas).

Previsão do orçamento quinquenal e Planejamento


de lucros são exemplos de sistemas de informação de
suporte executivo.

Unidade 5 225

iac.indb 225 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

A partir da década de 90, novas categorias de sistemas de


informação vêm se fortalecendo e sua aplicação torna-se cada
vez mais comum nas empresas de todo tipo, ramo ou tamanho.
Entre os sistemas que têm recebido destaque e atenção por parte
das empresas, na construção de sua arquitetura de sistemas de
informação, destacam-se os sistemas integrados de gestão, ou ERP
(Enterprise Resource Planning), como são mais conhecidos. Além
disso, também têm recebido destaque ferramentas que permitem
análises para a tomada de decisão conhecidas como BI (Business
Intelligence). Estes sistemas podem apoiar muitas das atividades
operacionais e gerenciais do processo contábil-financeiro.

Você sabe o que significam e o que focam nas


organizações estes novos tipos de sistemas?

„„ ERP - Sistemas Integrados de Gestão


O Sistema Integrado de Gestão (ou, conforme sua
tradução literal, Sistema de Planejamento de Recursos
Empresariais – Enterprise Resource Planning - ERP) é
uma aplicação interfuncional, que integra e automatiza
muitos dos processos operacionais realizados
pelas funções de produção, logística, distribuição,
contabilidade, finanças e de recursos humanos de uma
empresa. O software ERP consiste, normalmente, de
vários módulos que apoiam as atividades da empresa
envolvidas nesses processos vitais internos como, por
exemplo, expedição, estoques, faturamento, planejamento
das necessidades de matérias-primas, recursos humanos e
registros contábeis. [12]
Entre alguns dos benefícios esperados pela utilização de
sistemas ERP estão a integração das operações internas
da empresa, ganhos de eficiência, aumento de controle
sobre os processos da empresa e acesso a informações de
qualidade sobre a operação dos negócios, no momento
necessário para a tomada de decisões.

A implementação dos sistemas ERP nas empresas não é


uma tarefa simples, pois exige um processo de mudança
cultural. A integração das atividades operacionais

226

iac.indb 226 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

em tempo real impõe uma visão de processos àquelas


empresas que os implementam, obrigando-as a
compreender e transpor suas barreiras.

Uniodonto implementa ERP e acelera processos


A aceleração de processos é o maior benefício que a
Uniodonto Curitiba acredita ter conseguido após a
implementação do sistema de gestão empresarial nas
áreas de finanças, recursos humanos, contabilidade
e estoque. A rede de atendimento odontológico do
Paraná adotou o ERP com o objetivo de padronizar
as informações geradas nas unidades de Cascavel,
Campo Mourão, Ubiratã, Paranaguá e nas três de
Curitiba.
Outras vantagens de utilizar o sistema, segundo
a empresa, foi o aumento da credibilidade das
informações administrativas e redução do custo da
operação.
Antes da solução fornecida pela RM Sistemas, a
empresa fazia o controle manual das informações,
o que gerava a necessidade de vários funcionários
para redigitar e contabilizar os dados. Hoje, no
departamento de estoque, a empresa controla dados
fiscais, legislativos e financeiros, dos seis mil produtos
que a Uniodonto distribui para os cirurgiões dentistas
cooperados - o que também era feito de forma
manual. Agora a nota fiscal vai diretamente para o
departamento de contas a pagar, que está integrado
ao financeiro, e controla eletronicamente as datas dos
vencimentos.
Fonte: Computerworld, 18/02/2005 em: <www.computerworld.com.br>

„„ BI – Business Intelligence
Traduzido para o português como Inteligência
Empresarial, o BI é um conjunto de ferramentas e
aplicativos que transforma grandes quantidades de dados
em informações de qualidade para a tomada de decisões.
As ferramentas de BI permitem cruzar dados, visualizar
informações em vários cenários e analisar os principais
indicadores de desempenho empresarial [1].

Veja um exemplo de uso destas ferramentas!

Unidade 5 227

iac.indb 227 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Rhodia analisa vendas com uso de BI


A fabricante de produtos químicos Rhodia adotou
um sistema de business intelligence para monitorar e
gerenciar o desempenho de diversas áreas de atuação
da empresa. O projeto resultou na construção de uma
base de dados que reúne informações de vendas,
estoques e rentabilidade em âmbito mundial.
Com o sistema, a Rhodia passou a acompanhar o ciclo
diário do faturamento, incluindo a comercialização
e a cadeia de suprimentos, além de fazer a medição
da entrega aos clientes, monitoração dos estoques e
análise da rentabilidade sobre as vendas.
Aproximadamente 400 funcionários da empresa
em todo o mundo têm acesso aos dados utilizados
na rotina de tomada de decisões estratégicas. As
informações são consolidadas na matriz, na França, e
cada unidade possui versão local. No Brasil estão os
dados do País e da Venezuela.
O sistema brasileiro, conhecido como DW Brasil,
abrange seis das 13 unidades de negócios da Rhodia
e está dividido em duas áreas. Uma é de análise das
operações de vendas e cadeia de suprimentos, que
conta com 50 usuários e deve chegar a 150 em um
ano, e a outra é de gestão de pessoal, para controle
do bônus, que integra dados sobre cargos, salários,
custos, histórico dos pagamentos e estatísticas, e
conta com 12 usuários.
Os benefícios do sistema, de acordo com a Rhodia,
são o aumento de produtividade na análise de dados
com a melhoria de processos e identificação de
oportunidades.
A empresa diz que o tempo gasto para coletar e
organizar informações foi reduzido e, em alguns
casos, o que era feito em dois ou três dias passou a ser
realizado em alguns minutos.
O DW Brasil está sendo expandido horizontal e
verticalmente, com a adição de dados de novas
unidades de negócios e áreas internas. Neste
momento, a Rhodia planeja a implementação global
da metodologia Balanced Scorecard para 2005.

228

iac.indb 228 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

A adoção do BSC deve acompanhar o projeto global


para integração única do sistema de gestão da SAP,
que deverá ser concluído em 2007.
Fonte: Computerworld, 8/4/2005 disponível em
<www.computerworld.com.br>

SEÇÃO 2 - Como são desenvolvidos os sistemas de


informação?
O processo de desenvolvimento de sistemas de informação é
comumente associado a uma visão restrita de definições
tecnológicas e confecção de programas de computador.
Para os leigos na área, não raro, concentra-se em
adquirir hardware, instalar uma rede, contratar um
analista-programador ou simplesmente comprar um
software já pronto. Estas, certamente, são atividades
que fazem parte do processo de desenvolvimento de
sistemas, mas sob cada uma dessas atitudes encontram-se
uma série de variáveis que devem ser bem observadas para o
sucesso dessa empreitada.

Já vimos que um sistema de informação não é só tecnologia; a


organização e as pessoas também são componentes de um sistema
de informação. Assim, é preciso planejar o desenvolvimento de
novos sistemas, de modo que eles dêem conta dos elementos
técnicos e sociais, formando uma única entidade. É preciso
considerar, por exemplo, as mudanças nas atividades, tais como
velocidade de realização, natureza de controle (frequência e
intensidade), quem tem a informação e de quem é a tomada de
decisão.

Para atender a todos os requisitos de desenvolvimento dos


sistemas de informação e para garantir a efetividade, segurança e
implementação do mesmo, os especialistas seguem um processo
que compreende as seguintes etapas: definição, análise, projeto,
implantação, operação e manutenção, conforme ilustrado na
Figura 5.3.

Unidade 5 229

iac.indb 229 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Entender o Produto:
Problema ou Anteprojeto do Sistema
Oportunidade Definição do Sistema
Empresarial

Análise do Sistema Requisitos do Sistema


Desenvolver uma
solução do Sistema
de Informação
Projeto do Sistema Especificação do Sistema

Implementação do Sistema Sistema Operacional


Implantar a solução
de Sistema de
Informação
Manutenção do Sistema Melhoria do Sistema

Figura 5.3 - Processo de desenvolvimento de sistema de informação


Fonte: Adaptado de O’brien (2004).

Vejamos as principais atividades desenvolvidas em cada uma


dessas etapas!

„„ Definição do sistema
Nesta primeira etapa do processo de desenvolvimento
de sistemas de informação, é avaliada a dimensão do
problema e feito um estudo preliminar das soluções
possíveis. Este estudo preliminar deve investigar as
necessidades de informação dos usuários e determinar os
requisitos de recursos, custos, benefícios e viabilidade do
projeto proposto.
„„ Análise do sistema
A análise do sistema de informação é um estudo em
profundidade sobre as necessidades de informação. O
produto desta etapa é uma lista de requisitos funcionais
utilizados como base para o projeto do novo sistema ou
melhoria do já existente.

230

iac.indb 230 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

„„ Projeto do sistema
Enquanto a análise do sistema descreve o que um sistema
de informação deve fazer para atender às necessidades
de informação dos usuários, o projeto de um sistema de
informação especifica como o sistema de informação
realizará este objetivo. A etapa de projeto do sistema
consiste em atividades que produzem especificações
de sistemas que satisfazem os requisitos funcionais
desenvolvidos na etapa de análise do sistema.
„„ Implantação do sistema
Uma vez projetado o Sistema de Informação, ele deve
ser implantado. A etapa de implantação de sistemas de
informação envolve atividades de: aquisição de hardware,
software e serviços; desenvolvimento ou modificação
de software (programação); treinamento do usuário
final; teste de programas, procedimentos e hardware;
documentação do sistema e conversão do antigo sistema
para o novo.
„„ Manutenção do sistema
Uma vez que o sistema de informação esteja implantado
e sendo usado pelos usuários finais, começa a função
de manutenção, que compreende ajustes, melhorias,
adaptação e expansão do sistema, para fazer frente às
mudanças na organização ou no ambiente dos negócios.
A manutenção de sistemas envolve, ainda, a monitoração
e avaliação dos resultados e do desempenho da solução
em uso. Esta avaliação auxilia a empresa a melhorar a
solução e refiná-la.

Quem participa do processo de desenvolvimento de


sistemas?

Durante todo o ciclo de desenvolvimento de sistemas, participam


especialistas técnicos (analistas de sistemas de informação,
programadores, analistas de banco de dados e de redes), assim
como especialistas empresariais (nas áreas funcionais e nos
processos organizacionais), conforme sintetizado no Quadro 5.2.
O número de pessoas envolvidas varia conforme o tamanho e a
complexidade do projeto.

Unidade 5 231

iac.indb 231 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Ciclo de vida dos sistemas Especialistas empresariais Especialistas técnicos


Determinar se o problema requer
Definição do Sistema Identificar áreas/questões problemáticas. mais pesquisa e projetar a solução.
Coletar e sintetizar informações.
Fornecer documentos e fazer entrevistas. Analisar problemas.
Análise do Sistema Descrever problemas e requisitos. Fornecer restrições técnicas.
Fornecer restrições. Projetar soluções alternativas.
Avaliar a viabilidade.
Fornecer especificações do projeto. Modelar e documentar as
Projeto do Sistema
Aprovar especificações. especificações do projeto.
Contribuir com planos de teste e dados. Codificar a solução e fazer os testes.
Implantação do Sistema Validar os resultados dos testes. Finalizar documentação.
Participar da conversão. Supervisionar a conversão.
Avaliar o desempenho funcional do
sistema. Avaliar o desempenho técnico do
Manutenção do Sistema sistema.
Suprir novas exigências.
Executar a manutenção.
Utilizar o sistema.

Quadro 5.2 - Responsabilidades de especialistas técnicos e funcionais no ciclo de desenvolvimento de sistemas de


informação
Fonte: Adaptado de Batista (2004).

Quando se pensa em desenvolver um sistema de informação,


precisamos, ainda, definir uma estratégia para a sua construção.

Qual estratégia usar no desenvolvimento de Sistemas


de Informação?

Em termos de estratégias de desenvolvimento de sistemas de


informação, existem quatro alternativas básicas:

„„ desenvolver o sistema “em casa” (in-house);


„„ desenvolver o sistema por meio da contratação de
parceiros e especialistas externos (terceirização de
serviços);
„„ adquirir um sistema já existente no mercado chamado de
“software de prateleira” ou “pacote”;

„„ desenvolvimento pelo usuário final.

232

iac.indb 232 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

O desenvolvimento de sistemas in-house tradicionalmente é feito


por especialistas técnicos. Mas ainda dentro da estratégia de
desenvolvimento “em casa”, pode-se optar por uma política
de estímulo ao desenvolvimento de sistema (segundo
alguns critérios) pelo usuário final, como alternativa ao
tradicional desenvolvimento por especialistas em TI
da própria empresa. O desenvolvimento pelo usuário
final tem sido possível pela disponibilização cada vez
maior de ferramentas amigáveis voltadas aos usuários,
em que é apenas necessário especificar o que se quer fazer.
Com o auxílio dessas ferramentas, das interfaces gráficas e de
microcomputadores, os usuários podem acessar dados, criar
relatórios, desenvolver sistemas de informação sem a intervenção
direta ou mesmo nenhuma participação de especialistas em TI.

No caso de se optar pela compra de software já existente no


mercado (pacote), o mesmo deverá ser avaliado com relação
ao desempenho das seguintes características: funcionalidade,
desempenho, segurança, capacidade de auditoria, capacidade
de expansão, flexibilidade, capacidade de modificação,
suporte e assistência técnica, facilidade de uso, facilidade de
aprendizado, documentação, testabilidade, consumo de recursos
computacionais, portabilidade, integração e compatibilidade,
qualidade do fornecedor, custo e condições de pagamento.

Muitos pacotes de software contábil estão disponíveis


no mercado, voltados, em sua maioria, a atender às
aplicações operacionais: processamento de pedidos,
controle de estoques, contas a receber, contas a pagar,
folha de pagamento e livro-razão geral.

A opção de desenvolvimento de um software específico por meio


da contratação de terceiros (outsourcing – terceirização) pode
abranger todo o ciclo de vida do desenvolvimento, ou parte(s)
dele. A opção pela terceirização total ou parcial tem sido uma
tendência nos últimos anos.

Compare a seguir algumas vantagens e desvantagens de


adotarmos cada uma dessas estratégias apontadas.

Unidade 5 233

iac.indb 233 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Vantagens Desvantagens
Alto custo de manutenção da equipe
Aumenta as possibilidades e garantias de que os especializada.
pré-requisitos do sistema serão atendidos. Dificuldade de acompanhamento
Desenvolvimento
Manutenção e atualização do sistema a qualquer da evolução tecnológica na área
(In-house) instante, facilitando o acompanhamento da e dificuldade na substituição
dinâmica da empresa. de membros da equipe de
desenvolvimento.
Economia (transformação de custos fixos em
variáveis).
Qualidade do serviço (especificações mais Vulnerabilidade de informações
Terceirização do serviço detalhadas). estratégicas.
(out sourcing) Previsibilidade (redução da incerteza de custo/ Dependência de fornecedores externos
tempo). (especialmente em atualização
tecnológica e inovação).
Liberação de recursos humanos internos para
outros projetos.
Redução do trabalho de projeto, programação,
instalação e manutenção. Pode não atender requerimentos
próprios da empresa.
Aquisição de pacotes Ganho de tempo e dinheiro.
A customização aumenta o gasto do
Redução de recursos internos em sistemas de desenvolvimento.
informação.
Desenvolvimento controlado pelo usuário.
Pode levar à proliferação descontrolada
Menor tempo de desenvolvimento e menor de sistemas de informação.
Desenvolvimento pelo custo.
usuário final Os sistemas não atendem padrões de
Reduz o número de solicitações ainda não qualidade e segurança.
atendidas (backlog).

Quadro 5.3 – Estratégias de desenvolvimento: vantagens e desvantagens

Para concluir o estudo desta seção, pense na


Organização em que você trabalha ou outra que você
tenha conhecimento e identifique os tipos de sistemas
de informação que apoiam a atividade contábil-
financeira. Investigue como eles foram desenvolvidos.

234

iac.indb 234 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

SEÇÃO 3 - Sistemas de informações na área contábil-


financeira
Em muitas organizações, contabilidade e finanças são tratadas
em uma única divisão, mesmo que sejam funções relativamente
distintas. As finanças representam a função de administrar
os ativos financeiros da empresa. O processo de contabilidade
gerencia os registros financeiros. Embora elas possam ser
suportadas por sistemas de informação separados, uma grande
quantidade de informação flui entre essas duas funções.

Vejamos então quais são os principais sistemas de informação


envolvidos em cada uma dessas funções.

Quais são os principais sistemas de informação


contábil?

Os sistemas de informação contábil são os mais antigos e de


uso mais difundido nas empresas. Eles focalizam o controle e o
planejamento das operações das empresas. Os sistemas contábeis
registram e informam o fluxo de fundos pela organização em
uma base histórica e produzem importantes demonstrativos
financeiros como os balancetes e declarações de renda. Esses
sistemas também produzem previsões de condições futuras
como os demonstrativos e orçamentos financeiros projetados.
O desempenho financeiro de uma empresa é medido em
comparação com essas previsões feitas por outros relatórios
contábeis analíticos.

Os sistemas contábeis enfatizam a manutenção de registros legais


e históricos e a produção de demonstrativos financeiros precisos.
A Figura 5.4 resume os sistemas de informação contábil mais
comuns, porém importantes, e as inter-relações existentes entre
eles, em termos de fluxos de entrada e saída. Observe que estes
sistemas são integrados.

Unidade 5 235

iac.indb 235 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Livros Sistemas
Contábeis Financeiros

Figura 5.4 - Principais sistemas de informação contábil


Fonte: Adaptado de O’brien (2004).

A seguir, veja o que compreende os principais sistemas contábeis


[12].

Processamento de pedidos de venda


O processamento de pedidos capta e processa os pedidos dos
clientes e produz dados necessários para análise de vendas e
controle de estoques e contas a receber. Em muitas empresas, este
sistema também acompanha a situação dos pedidos dos clientes
até que os produtos sejam entregues.

Controle de estoque
O sistema de controle de estoque processa dados que mostram
as mudanças nos níveis de estoque e fornece informações sobre
expedição e novos pedidos. Depois que os dados sobre pedidos
dos clientes são recebidos do sistema de processamento de
pedidos, o sistema de controle de estoque registra as mudanças

236

iac.indb 236 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

nos níveis de estoque e prepara os devidos documentos de


expedição, além de notificar os responsáveis sobre artigos que
precisam ser encomendados novamente e fornecer-lhes uma série
de relatórios de situação de estoque.

Faturamentos e contas a receber


Estes sistemas registram os totais em débito dos clientes e
produzem faturas para clientes, demonstrativos mensais e
relatórios de administração de crédito. Este sistema tem como
fonte de entrada os dados gerados pelos pedidos de vendas dos
clientes e pelos pagamentos efetuados por eles (recebimentos de
caixa).

Contas a pagar e desembolsos de caixa


O sistema de contas a pagar registra compras feitas nos
fornecedores, totais devidos e pagamentos efetuados a estes
fornecedores. Este sistema propicia um rigoroso controle
financeiro sobre todos os desembolsos de caixa da empresa.

Folha de pagamento
O sistema de folha de pagamento registra dados de trabalho
e remuneração dos funcionários e produz contracheques e
outros documentos e relatórios de folha de pagamento. Esses
sistemas podem fornecer informações para análise de custos e
produtividade da força de trabalho. Ele recebe e mantém dados
de frequência dos funcionários e outros registros de trabalho.

Livros contábeis
O sistema de livros contábeis consolida dados de outros sistemas
contábeis (contas a receber, contas a pagar, folha de pagamento
e outros) e produz os demonstrativos e relatórios financeiros
periódicos da empresa. Ao final de cada período contábil, ele
fecha os registros de uma empresa e produz o balancete contábil,
o demonstrativo de resultados e o balanço geral da empresa.

E quais são os principais sistemas de informação


financeira?

Unidade 5 237

iac.indb 237 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Sistemas financeiros

Estes sistemas apoiam os gerentes financeiros nas decisões


relativas ao financiamento de uma empresa e à alocação e
controle dos recursos financeiros dentro de uma empresa.

As principais categorias de sistemas financeiros incluem a


administração de caixa e investimentos, orçamentos de capital e
planejamento financeiro [12]. Veja, a seguir, o objetivo de cada
um desses sistemas.

Administração de caixa
Faz a previsão e gerência da posição de caixa. Ele coleta
informações dos livros contábeis sobre todos os recebimentos e
desembolsos de caixa da empresa. Essas informações permitem às
empresas depositarem ou investirem os fundos em excesso. Esses
sistemas também produzem previsões diárias, semanais e mensais
de recebimentos ou desembolsos (previsões de fluxo de caixa).

Administração de investimentos
O sistema de administração de investimentos gerencia o portfólio
de títulos de curto prazo e outros. Esse sistema ajuda o gerente
financeiro a tomar decisões de compra, venda ou retenção para
cada tipo de título, de forma a desenvolver uma composição
ótima de títulos que minimize riscos e maximize receitas de
investimento para a empresa.

Orçamentos de capital
O sistema de orçamento de capital permite avaliar a rentabilidade
e o impacto financeiro de propostas de dispêndio de capital.
Este tipo de aplicação faz uso intenso de modelos de planilha
eletrônica que incorporam a análise do valor atual dos fluxos
de caixa esperados e a análise de probabilidade de riscos para
determinar a combinação ótima de projetos de capitalização para
a empresa.

Planejamento financeiro
O sistema de planejamento financeiro possibilita avaliar o
desempenho financeiro e as necessidades de financiamento.

238

iac.indb 238 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Você viu uma série de sistemas de informação que dão suporte à


atividade contábil e financeira. Fica, então, uma pergunta: você
sabe definir o que é um sistema de informação e como se dá o seu
desenvolvimento? Bem, este é o objeto das próximas seções de
estudo.

Síntese

Nesta unidade vimos que a informática proporciona inúmeras


facilidades à contabilidade, que vão desde o lançamento e
processamento das informações até a geração dos relatórios que
podem ser produzidos pelo sistema. Além dessas facilidades,
podem-se associar outros fatores, como segurança, confiabilidade
e rapidez nas informações prestadas.

Destacamos, ainda, os principais sistemas que apoiam os


processos de contabilidade e finanças. Os sistemas de informação
contábil registram e dão informações sobre transações e eventos
comerciais para as empresas e outras organizações. Os sistemas
contábeis operacionais enfatizam a manutenção de registros legais
e históricos e a produção de demonstrativos financeiros precisos.
Os sistemas contábeis gerenciais se concentram no planejamento
e controle das operações das empresas. Os sistemas financeiros
ajudam o nível gerencial nas decisões relativas ao financiamento
de uma empresa e à alocação de recursos financeiros,
administração de caixa, administração de investimentos on-line,
orçamentos de capital e previsão e planejamento financeiros.

Você viu, também, o que é um sistema de informações e que,


na sua composição, destacam-se três componentes de igual
importância: tecnologia, organização e pessoas.

Por fim, você teve a oportunidade de conhecer as principais fases


do desenvolvimento de sistemas de informação, assim como as
principais estratégias adotadas para esse desenvolvimento.

Esperamos que os conceitos discutidos ao longo desta unidade


tenham permitido que você alcance os objetivos propostos.

Unidade 5 239

iac.indb 239 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Atividades de autoavaliação

1) Quais benefícios a contabilidade pode obter a partir de sua


informatização?

2) Quais sistemas de informação devem ser melhorados se as seguintes


reclamações fossem trazidas à sua consideração?
a) “Os fechamentos de fim de mês estão sempre atrasados”.
b) “Nunca temos certeza sobre a quantidade de produtos que temos
nas prateleiras”.
c) “Muitos de nós não recebemos um extrato de ganhos e deduções
esta semana”.
d) “Estamos cansados de redigir manualmente um recibo toda vez que
um cliente pede alguma coisa”.
e) “Nossos fornecedores estão reclamando que não estão sendo pagos
em dia”.
f) “Nossos clientes se ressentem por receberem notificações exigindo
pagamento quando já pagaram o que devem”.
g) “Por que investimos demais em títulos de curto prazo?”

240

iac.indb 240 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

3) Consulte na internet o site http://www.transparencia.gov.br. Investigue


as informações nele disponibilizadas, associe esta experiência com as
características da informação de qualidade e registre suas conclusões.

4) Quais são os três componentes dos sistemas de informação? Qual a


importância de cada um desses componentes para o sucesso de um
sistema de informação?

Unidade 5 241

iac.indb 241 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

5) Quais são os diferentes tipos de sistemas de informação segundo os


suportes que proporcionam à atividade organizacional? Comente sobre
o objetivo de cada um.

6) Cite e descreva com suas palavras as fases do processo de


desenvolvimento de sistemas de informação.

242

iac.indb 242 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

7) Quais as vantagens e desvantagens de desenvolver sistemas de


informação baseados em pacotes de software?

8) O que significa desenvolvimento pelo usuário final? Quais os


benefícios e os problemas resultantes deste tipo de abordagem no
desenvolvimento de sistemas de informação?

Unidade 5 243

iac.indb 243 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

9) O que é terceirização? Sob que circunstâncias deve ser usada para


construir sistemas de informação?

244

iac.indb 244 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Saiba mais

Você pode se aprofundar no assunto pesquisando em:

GIL, A.L. Sistemas de informações: contábil/financeiros. 3. ed.


São Paulo: Atlas, 1999.

LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Gerenciamento de


Sistemas de informação. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.

O’BRIEN, James A. Sistemas de informação e as decisões


gerenciais na era da internet. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

Veja também os artigos:

SETZER, V.W. Dado, Informação, Conhecimento e


Competência. Disponível em: <http://www.ime.usp.br/
~vwsetzer/dado-info.html>

SOUZA, C. S.; ZWICKER, R. Ciclo de vida de sistemas ERP.


Caderno de Pesquisa em Administração. São Paulo, v. 1, n. 11,
1º. Trim/2000.

Procure outras informações em:

Conselho Federal de Contabilidade – CFC


<http://www.cfc.org.br/>

Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina


<http://www.crcsc.org.br/>

Unidade 5 245

iac.indb 245 11/05/30 13:42


iac.indb 246 11/05/30 13:42
6
UNIDADE 6

Mudanças organizacionais,
segurança e tendências em TI

Objetivos de aprendizagem
n Identificar soluções de administração de mudanças para
fazer frente à resistência do usuário final à implantação
de novas aplicações de sistemas de informação.

n Compreender as principais vulnerabilidades dos


sistemas de informação e que medidas de segurança
podem ser adotadas.

n Conhecer as tendências relacionadas a sistemas de


informação e como lidar com essas tendências.

Seções de estudo
Seção 1 Administrando a mudança organizacional

Seção 2 A segurança preocupa a todos

Seção 3 Quais são as tendências da TI?

iac.indb 247 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Para início de estudo


Na unidade anterior, analisamos os vários tipos de sistemas de
informação que podem apoiar a atividade contábil e financeira
e como se dá o processo de construção desses sistemas. Uma
vez desenvolvidos, eles são implementados, incorporando-se
às atividades organizacionais. Você sabe que ao implantarmos
qualquer novo sistema de informação ou mesmo uma alteração
em algum sistema já existente estamos provocando uma mudança
organizacional? O que pode ser feito para minimizar reações
contrárias e aumentar as chances de sucesso?

Outra questão é a segurança das informações manipuladas por


esses sistemas de informação. Quando as informações eram
armazenadas em papel, a segurança era relativamente simples;
bastava trancá-las em algum ambiente especial e controlar o
acesso físico aos documentos. Hoje, com a distribuição em
rede das informações, as invasões a sites e computadores pela
internet, a preocupação com a segurança cresceu, demandando
uma atenção especial ao tema. Quais as principais fontes de
problemas? Por que eles ocorrem? O que pode ser feito para
melhorar a segurança das informações?

Se não bastassem as preocupações acima, ainda temos de lidar


com a evolução constante e rápida da tecnologia. Para onde
caminha essa evolução e como lidar com essas tendências?

Siga em frente para conferir algumas respostas às questões aqui


colocadas e outras.

248

iac.indb 248 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

SEÇÃO 1 - Administrando a mudança organizacional


As diversas abordagens de construção de sistemas que estudamos
na unidade anterior são processos que podem facilitar a
concepção de sistemas ou de atualização deles. Mas é importante
destacar que a introdução ou alteração de
um sistema de informações é uma mudança
organizacional, que afeta o modo como
diversos indivíduos e grupos trabalham e
interagem na empresa.

A tecnologia da informação pode promover


vários graus de mudança organizacional,
indo desde uma mudança marginal até mudanças de longo
alcance. Estas mudanças podem se classificar em: automação,
racionalização, reengenharia e mudança de paradigma, conforme
ilustrado na Figura 6.1. Observe que a cada nível de mudança
existe um grau de risco e retorno associado.

alto

m
ud
an
ça
re de
en pa
ge
RISCO

nh ra
re ar dig
cio ia m
na a
au liz
to aç
m ão
baixo aç
ão

baixo RETORNO alto

Figura 6.1 - Graus de mudança organizacional


Fonte: Laudon e Laudon (2001).

Unidade 6 249

iac.indb 249 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

A automação e a racionalização são as formas mais comuns


de mudança organizacional, com retornos modestos, mas
riscos pequenos. Enquanto a primeira possibilita executar mais
eficientemente atividades rotineiras, a segunda visa a ajustar
os procedimentos operacionais padrões, eliminando gargalos,
normalmente decorrentes de um processo de automação. A
reengenharia empresarial e a mudança de paradigma são
processos de mudança mais abrangentes e por isto de impacto
maior. Enquanto na reengenharia os processos são analisados,
simplificados e reprojetados, a mudança de paradigma envolve a
reconsideração da natureza do próprio negócio da organização.
[6]

Muitos sistemas de informação falham no fornecimento de


benefícios ou na solução de problemas para os quais foram
idealizados, porque o processo de mudança organizacional
associado com a construção de sistemas não foi tratado
adequadamente. Além de determinar quais fatores causam
problema, devemos identificar os impactos de pessoal,
tecnológicos e organizacionais das soluções propostas, ainda
nas etapas iniciais do processo de desenvolvimento de sistemas.
Uma solução bem projetada pode não funcionar se não
estiver cuidadosamente planejada e preparada para lidar com
as resistências comuns das pessoas a novos procedimentos
organizacionais, novos relacionamentos de trabalho e, até mesmo,
novas tecnologias. Leia, a seguir, um caso hipotético, mas
bastante ilustrativo neste sentido.

A ESCOLA PEQUENINO
A Escola Pequenino atua com crianças no maternal (0 a 4
anos), pré (5 a 6 anos) e ensino fundamental. Localizada
numa grande cidade, com mais de 1 milhão de habitantes,
a escola mantém em seus dois períodos uma clientela de
cerca de 1.000 alunos. Para tanto, dispõe de 86 funcionários,
desde auxiliares até professores. As tarefas administrativas
são coordenadas pela secretária, uma profissional com
mais de 15 anos de experiência em escolas (foi a principal
responsável pelos procedimentos administrativos adotados
pela escola).

250

iac.indb 250 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Há alguns anos, a direção da escola decidiu-se pela compra


de um microcomputador para auxiliar na administração
acadêmica e financeira da escola.
Após rápida busca no mercado de software, foi decidida
a contratação de um analista para o desenvolvimento dos
sistemas necessários para a escola (os sistemas existentes
no mercado não eram “adequados” para aquela escola).
Por questões de custos, foi contratado um parente de um
dos proprietários da escola: um analista de sistemas recém-
formado.
O início do processo foi bastante motivador, com a
participação intensiva de todos os funcionários. Após
a fase inicial de levantamento e estudos, o analista
começou o desenvolvimento do sistema. O processo
de desenvolvimento durou 11 meses, após os quais foi
apresentado o Sistema Integrado de Administração Escolar
(SIAE).
Logo no início da implantação do SIAE descobriu-se que o
equipamento disponível não suportaria a massa de dados
da escola durante um ano letivo. Foram feitas aquisições
de mais computadores e a modernização do equipamento
original. Foi solicitada também a instalação de uma rede
de dados interligando os computadores. Após estas
exigências, o sistema foi implantado.
Com a implantação do SIAE, a principal oponente a ele era a
secretária. Suas queixas referiam-se à pequena flexibilidade
que o sistema oferecia. O clima ficou tão insuportável para
a administração que acabou culminando com a demissão
da secretária e sua substituição por uma das auxiliares.
Acreditava-se que, com o novo sistema, a super-secretária
poderia ser substituída.
O SIAE conseguiu sobreviver às primeiras crises e conflitos,
mais por imposição da administração do que por solidez
do sistema, que acabou sendo soterrado pelo primeiro
plano econômico que teve de enfrentar. Descobriu-se que
ele não permitia renegociações amplas de pagamento,
nem pagamentos parciais de dívidas e, principalmente, não
aceitava transferência de alunos no meio do período letivo.

Unidade 6 251

iac.indb 251 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Quando questionado sobre essas limitações, o analista


defendeu-se afirmando que o sistema implantado era
exatamente aquele que lhe fora solicitado e todos os
usuários consultados previamente estavam de acordo com
as funções e limitações impostas. Por fim, as alterações
necessárias demandariam cerca de oito meses e um custo
com o qual a diretoria da escola não estava disposta a arcar,
principalmente em momentos de crise.
O resultado final foi a recontratação da secretária e o
aproveitamento dos computadores para uma recém-criada
sala de informática. Todos os processos voltaram a ser feitos
manualmente.

FONTE: Adaptado [22]

Como podemos proceder para diminuir as resistências


a um novo sistema de informação?

Estratégias comuns para superar a resistência do usuário incluem


[6]:

„„ envolvimento do usuário final durante o desenvolvimento


de novos sistemas de informação, para obter
comprometimento e melhorar o projeto;
„„ melhor comunicação entre usuários e especialistas
técnicos;
„„ educação e treinamento adequados do usuário;
„„ apoio da alta administração;
„„ ajustes nos processos organizacionais antes da
implantação do novo sistema.

Estimular os diversos setores da empresa a participar ativamente


do desenvolvimento de uma determinada solução pode tornar as
pessoas mais comprometidas na sua execução. Este envolvimento
ajuda a garantir que os usuários finais “assumam autoria” de um
sistema e que a sua concepção atenda as suas necessidades.
252

iac.indb 252 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Especialistas técnicos frequentemente têm uma orientação


altamente técnica para a resolução de problemas, buscando
soluções elegantes e sofisticadas nas quais a eficiência
do hardware e do software é otimizada à custa da
facilidade de uso ou da eficácia organizacional. São
exemplos de preocupações comuns dos projetistas:

„„ Quanto espaço de armazenamento em


disco os arquivos irão consumir?
„„ Como reduzir o tempo de uso da CPU
quando os programas estiverem “rodando”?
„„ Qual o sistema de gerenciamento de banco de
dados devemos usar e em qual linguagem escrever os
programas?
Os usuários, por outro lado, estão preocupados com as tarefas
organizacionais como por exemplo:

„„ Com que velocidade posso acessar os dados?


„„ Com que facilidade posso recuperar os dados?
„„ Quanto pessoal de escritório será necessário para entrar
com os dados no sistema?
A orientação de ambos os grupos tem tão pouco em comum que
parecem falar línguas diferentes.

O treinamento dos usuários na operação adequada do novo


sistema é vital para sua aceitação e uso. Além disto, gerentes e
usuários finais devem ser educados quanto ao modo como a nova
tecnologia afetará as operações e a administração do negócio.

Uma outra questão importante é o envolvimento da alta


administração (proprietários, diretores e gerentes da organização)
no processo de projeto global do sistema, especialmente para ter
o apoio e a força de implantação de novas políticas e processos
necessários ao novo sistema.

Finalmente, os usuários serão mais cooperativos se os problemas


organizacionais forem resolvidos antes da introdução de um novo
sistema. Se há a necessidade de modificar um procedimento na
organização, isto deve ser definido e implantado antes do novo
sistema, para não criar a impressão de que o “novo programa

Unidade 6 253

iac.indb 253 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

de computador” vai mudar a forma de trabalho de algum


funcionário ou grupo.

A implantação de um sistema que foi desenvolvido observando


as estratégias acima não define 100% de sua aceitação, pois cada
empresa possui a sua realidade, seu conhecimento em negócios
e tecnologias específicas e cada grupo de funcionários pode
reagir de forma diferente a cada abordagem de desenvolvimento
e implantação do sistema. Assim, cabe aos especialistas técnicos
e ao gestor de TI desenvolver o sentimento de percepção de
necessidades do grupo envolvido para supri-las da forma mais
eficiente possível.

Além da atenção à mudança organizacional provocada pelos


sistemas de informação, outra questão a considerar quando se
implementam soluções informatizadas diz respeito à segurança
das informações.

SEÇÃO 2 - A segurança preocupa a todos


Uma das tecnologias que mais tem contribuído para a
informatização das organizações é a tecnologia de redes. Ao
mesmo tempo, ela também é responsável pela multiplicação dos
problemas relacionados à segurança dos sistemas de informação.

Segundo o Centro de Atendimento de Incidentes de Segurança


da Rede Nacional de Pesquisa (CAIS/RNP – <www.rnp.
org.br/cais>), o índice de ocorrências relatadas de incidentes
que ameaçam a segurança de rede tem crescido muito. Estes
incidentes são de vários tipos, como, por exemplo, a invasão
em sites de empresas e a deliberada violação de informações
privadas que ocorrem por iniciativa de alguém mal intencionado.
Há também incidentes que ocorrem sem haver uma intenção
explícita de gerar dano, mas que, por omissão ou até mesmo por
desconhecimento, provocam danos à segurança das informações.

O que todos os incidentes têm em comum é que eles afetam


a confidencialidade, a integridade ou a disponibilidade das
informações.

254

iac.indb 254 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Entender o que significam confidencialidade,


integridade e disponibilidade é importante para a
compreensão do tema segurança da informação. [17]
„„ Confidencialidade: toda informação deve ser
protegida conforme o grau de sigilo de seu
conteúdo e seu acesso deve ser dado apenas às
pessoas a quem é destinada.
„„ Integridade: toda informação deve ser protegida
e mantida conforme disponibilizada por seu
proprietário, visando a protegê-la de alterações
indevidas, sejam elas intencionais ou acidentais.
Além disto, as informações resultantes do
processamento de um sistema também devem ser
íntegras e livres de erros. Disseminar informações
erradas pode gerar prejuízos e danos aos
indivíduos e às organizações.
„„ Disponibilidade: toda informação útil deve estar
disponível a quem necessita dela, no momento em
que esta necessidade se manifesta. Organizações
que prestam serviços, por exemplo, necessitam
da informação disponível no momento do
atendimento a seu cliente e a indisponibilidade
pode comprometer o próprio negócio.

Para garantir confidencialidade, integridade e disponibilidade da


informação, as organizações podem adotar diferentes estratégias
de segurança. Para isto, é preciso também compreender o que
pode ameaçar os sistemas de informação e onde se encontram
suas vulnerabilidades.

Quais são as principais vulnerabilidades dos sistemas


de informação?

Uma das primeiras constatações que é preciso assumir quando


discutimos sobre a segurança dos sistemas de informação é que
eles são falíveis e vulneráveis a ataques ou ameaças. A cada
dia surgem novos casos de invasões e agressões à segurança de
sistemas de informação.

Unidade 6 255

iac.indb 255 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

A ameaças podem ser classificadas quanto a sua intencionalidade


em três grupos [17]:

„„ Naturais: são as decorrentes de fatores da natureza como


incêndios naturais, enchentes, terremotos, tempestades
eletromagnéticas, maremotos, aquecimento, poluição etc.
„„ Involuntárias: são ameaças inconscientes, quase
sempre causadas por falta de conhecimento. Podem ser
provocadas por acidentes, erros, falta de energia etc.
Os usuários podem provocar falhas involuntariamente
quando não compreendem a implicação técnica de
muitas de suas ações na interação com um sistema de
informações.
„„ Voluntárias: são ameaças propositais causadas por
agentes humanos como hackers, invasores, espiões,
ladrões, incendiários, criadores e disseminadores de vírus
de computador. Este grupo é comumente formado por
indivíduos com conhecimentos especializados que lhes
permitem burlar sistemas de segurança já existentes.

As principais ameaças são decorrências de vulnerabilidades dos


sistemas de informação computadorizados, que podem ter origem
desde em desastres como incêndios e terremotos até falhas
elétricas, mau funcionamento do hardware, erros de software e
de seus usuários. A seguir, estão categorizadas as diversas origens
das vulnerabilidades dos sistemas de informação [17]:

„„ Físicas: referem-se às vulnerabilidades das instalações


físicas que servem de suporte aos sistemas de informação.
Podem ter origem em instalações prediais fora do padrão,
salas de computação mal planejadas, falta de extintores,
detectores de fumaça e outros recursos para combate a
incêndio em sala com armários e fichários estratégicos,
riscos de explosões, vazamentos ou incêndio.
„„ Naturais: computadores são muito sensíveis a fenômenos
da natureza como enchentes, terremotos, tempestades,
falta de energia, acúmulo de poeira, aumento de umidade
e de temperatura etc.
„„ Hardware: falhas nos recursos tecnológicos resultantes
de desgaste ou obsolescência dos equipamentos ou,
ainda, de erros de instalação.

256

iac.indb 256 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

„„ Software: erros de instalação e configuração podem


acarretar acessos indevidos a sistemas, vazamento de
informações, perda de dados ou indisponibilidade do
recurso quando necessário.
„„ Mídias: discos, fitas e relatórios impressos que registram
os dados podem ser perdidos ou danificados sem
haver possibilidade da sua recuperação. A radiação
eletromagnética, por exemplo, pode provocar danos em
diversos tipos de mídias magnéticas.
„„ Comunicação: acessos não autorizados ou perda de
comunicação.
„„ Humanas: estão relacionadas à falta de treinamento,
compartilhamento de informações confidenciais, não
execução de rotinas de segurança, erros ou omissões. As
ameaças de origem humana podem estar relacionadas até
mesmo a ameaças de bomba, sabotagem, distúrbios civis,
greves, vandalismo, roubo, destruição da propriedade ou
dados, invasões ou guerras.

Quais são os principais tipos de ataques aos sistemas


de informação?

Os ataques aos sistemas de informação exploram algumas de suas


vulnerabilidades. Destacamos, a seguir, os tipos de ataques mais
comuns, aos quais a grande maioria de usuários de sistemas de
informação podem estar expostos. [25]

Unidade 6 257

iac.indb 257 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Vírus

O vírus é um programa de computador malicioso criado para


gerar resultados indesejados, que se autodissemina sem o
conhecimento do usuário, “contagiando” os computadores
que tiverem contato com ele. A disseminação ocorre
quando ele é copiado automaticamente em um outro
programa ou em arquivos nos quais possa ser armazenado
e replicado. Quando estes arquivos são transportados e
copiados para outros computadores, o vírus pega uma
“carona” neles e assim que o arquivo é utilizado pode
repetir a operação de duplicação.

Um computador pode receber um vírus como anexo de um


e-mail, em um disquete infectado ou em qualquer arquivo
copiado da internet. Um vírus precisa de um programa executável
para nele se instalar. É como se fosse “parasita” de programa.
Uma vez instalado, ele envia e-mails para outras pessoas com
uma cópia do vírus, usando a lista de endereços de e-mail da
vítima, e executa a função para o qual foi criado, por exemplo,
apagar arquivos do disco.

Worms

Os worms (vermes) são programas capazes de se autopropagar por


meio de redes. São programas maliciosos muito parecidos com
os vírus, mas ao contrário destes não necessitam ser
explicitamente executados para se propagar. Ele pode
ser executado a partir de um anexo de e-mail, quando
então se duplica e envia uma cópia para outra pessoa,
continuando o processo. Um worm não precisa parasitar
nenhum programa. Worms podem consumir muitos
recursos, degradando sensivelmente o desempenho
de redes, assim como podem lotar o disco rígido de
computadores, devido à quantidade de cópias de si mesmo que
costumam propagar.

258

iac.indb 258 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Trojan

Um trojan (cavalo de Tróia) é um invasor que não se reproduz.


Ele se instala, geralmente via e-mail, e toda vez que o
computador é ligado o trojan é automaticamente executado
sem o conhecimento do usuário. As ações maliciosas
mais comuns são as alterações ou destruições de
arquivos, o furto de senhas e outras informações
(como número de cartões de crédito e contas
bancárias) e, também, a inclusão de programas
espiões, que podem ficar registrando os hábitos
do usuário (sites visitados, programas usados,
produtos comprados etc.) e passando estes dados a
outros (sem conhecimento da vítima).

Ataque de negação de serviços

Um ataque de negação de serviços (DoS -Denial of Service) ocorre


quando um número excessivamente grande de comunicações
é enviado de propósito a um computador para sobrecarregar a
sua capacidade de lidar com elas. Quando há esta sobrecarga, o
computador se torna lento e pode não mais corresponder ao que
se espera dele. Os alvos deste tipo de ataque são os computadores
de organizações que os usam para prestar algum serviço pela
internet. Esses ataques visam a causar a indisponibilidade dos
serviços oferecidos.

Spam

O spam consiste no envio em grandes volumes de mensagens não


solicitadas por seus destinatários. O conteúdo do spam pode ser
propaganda de produtos e serviços, pedidos de doação, correntes
da sorte, propostas de ganho de dinheiro fácil, boatos, dentre
outros. Os problemas que o spam pode provocar são: estouro da
capacidade de armazenamento da caixa postal do destinatário
pelo acúmulo de mensagens; gasto desnecessário de tempo e
perda de produtividade com a identificação e remoção dos spams
na caixa postal; envio de conteúdo impróprio; sobrecarga da
infraestrutura tecnológica e humana para lidar com os spams em
função do aumento de tráfego provocado por eles.

Unidade 6 259

iac.indb 259 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Spyware

O spyware é um software muito similar ao “cavalo de tróia”, sua


principal função é “espionar” (spy) seu PC para roubar senhas e
informações de seu acesso na internet (páginas visitadas, dados de
usuário etc.).

Um spyware pode se instalar no seu computador ao baixar


arquivos da internet, receber um e-mail, ou instalar programas
que possuam “adwares” (geralmente anúncios dos patrocinadores
do software que você está instalando). O spyware coleta
informações de seu PC sem nenhum aviso, ou pedido de
autorização de coleta.

Qual a motivação de um indivíduo para gerar dano a


um sistema de informações?

Os agentes ameaçadores podem ter diversos tipos de motivação.


Podem ser empregados insatisfeitos com a organização,
concorrentes desleais, pessoal terceirizado descomprometido,
pessoas que se sentem prejudicadas ou lesadas, indivíduos
com pontos de vista radicalmente opostos aos princípios de
uma organização ou, ainda, indivíduos que querem ganhar
notoriedade ou visibilidade pública a partir de sua ação de
invasão. Este último é o caso dos hackers.

Os ataques são as tentativas feitas por invasores de agredir a


confidencialidade, a integridade ou disponibilidade de um
sistema de informações. Eles exploram as vulnerabilidades
existentes nos sistemas de informação.

Observe que novos tipos de vulnerabilidades têm surgido com


muita rapidez. O volume de ataques é também crescente. Para
qualquer indivíduo que lida com os sistemas de informação, é
importante manter-se atualizado para não ser surpreendido por
elas.

Como garantir a segurança dos sistemas de


informação?

260

iac.indb 260 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Toda organização depende de informações para realizar seu


trabalho e precisa, naturalmente, estabelecer mecanismos que
garantam a segurança deste importante recurso. São notórios
os casos de empresas que, por diversos motivos, tiveram
significativas perdas em virtude de problemas de segurança
de seus sistemas de informação. O mesmo ocorre no plano
individual.

Quem não conhece alguém que teve significativa perda por


problemas no seu computador? Quem perdeu aquele documento
importante que levou dias ou meses para ser redigido? Ou aquele
conjunto de arquivos com dados que levaram anos para serem
reunidos?

Sendo assim, é importante conhecer os mecanismos e medidas de


proteção contra falhas e ameaças. Estas medidas podem ser [17]:

„„ Preventivas: visam a evitar que os acidentes venham


a ocorrer. São obtidas por mecanismos já instalados
que estabelecem condutas e posturas éticas que evitam
a ocorrência de danos. São as políticas de segurança,
instruções e procedimentos de trabalho, as campanhas de
sensibilização e conscientização de usuários. São também
medidas preventivas, o uso de antivírus, de configurações
adequadas da rede e dos sistemas operacionais, o uso de
senhas, a realização de cópias de segurança etc.
„„ Detectáveis: são aquelas que identificam a ocorrência de
alguma vulnerabilidade nos sistemas de informação. São
exemplos os sistemas de detecção de intrusão em redes,
os alertas de segurança, as câmeras de vídeo, alarmes etc.
Neste caso, não se consegue evitar a tentativa do agente
ameaçador, mas se pretende evitar que a ameaça se
converta em um dano real.
„„ Corretivas: são as ações voltadas à correção de uma
estrutura danificada de modo a garantir a restauração
de um padrão mínimo de segurança que a organização
necessita. Isto pode ser obtido por meio de planos de
contingência, planos de recuperação de desastres, a
restauração de cópias de segurança (backups) etc.

Para garantir a segurança dos sistemas de informação, deve-se


observar com atenção a segurança de dados, a proteção física

Unidade 6 261

iac.indb 261 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

de computadores e redes e o desenvolvimento de planos de


recuperação de desastres. Veja, a seguir, medidas comumente
usadas para garantir a segurança dos sistemas de informação [6].

Uso de senhas - elas possibilitam a identificação de


um usuário e a autenticação de seu acesso ao sistema.
Cada usuário pode ter uma senha que o habilita a um
tipo de permissão de acesso ao sistema. Um problema
comum com o uso de senhas ocorre quando elas não
são guardadas por seu proprietário com o cuidado
necessário. Se forem escritas em um papel ou em um
arquivo, pessoas não autorizadas podem facilmente
descobri-las. Por outro lado, memorizar senhas pode
ser uma dificuldade para indivíduos que são usuários
de diversos sistemas, ainda mais se forem trocadas
periodicamente.
Criptografia de dados - consiste no embaralhamento
dos dados em forma codificada antes de sua
transmissão por uma rede de telecomunicações. Ao
chegar ao seu destino, os dados são desembaralhados
(decodificados). A regra de codificação deve ser
secreta para que a criptografia não seja quebrada por
alguém que capture os dados em algum ponto de seu
caminho pela rede.
Certificados digitais – o certificado digital é um
arquivo eletrônico que contém dados de uma
pessoa ou instituição, utilizados para comprovar sua
identidade por meio de uma assinatura digital. O
objetivo do certificado digital é garantir a veracidade
das informações contidas no site certificado. Há uma
autoridade certificadora, aquela entidade responsável
por emitir certificados digitais, que possui idoneidade
reconhecida por todos como confiável, fazendo o
papel de “Cartório Eletrônico”.
Cópia de dados críticos (backup) - consiste na
cópia de dados em mídias externas para que possam
ser restaurados em caso de falhas no hardware,
danificação ou destruição dos dados.
Uso de servidores ou unidades de discos
redundantes - consiste em manter equipamentos
alternativos caso o hardware apresente problemas. Em
situação de emergência, a organização tem condições
de ativar o sistema redundante e manter o sistema
ativo sem impactos sobre suas atividades. Esta é uma
estratégia cara e, por isto, não acessível a todas as
organizações.

262

iac.indb 262 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Controle de acesso às estações de trabalho


- consiste em permitir que computadores sejam
fisicamente acessados apenas por aqueles em quem
se confia e que necessitam utilizar o sistema.
Classificação dos usuários da rede - consiste em
classificar o usuário conforme as atividades que
executa e atribuir acesso à rede de acordo com sua
necessidade.
Documentação - procedimentos de segurança
devem estar documentados e atualizados para que
no momento da emergência estejam acessíveis para
facilitar o trabalho de recuperação.
Software antivírus - úteis para detectar e erradicar
vírus, worms e trojans. Devem estar sempre
atualizados.

Essas são as estratégias mais comuns, porém, elas não cobrem


todos os tipos de vulnerabilidades existentes. O que fazer então?

Em muitas situações em que medidas preventivas não são


suficientes, deve-se elaborar um plano de recuperação de
desastres. Este plano deve prever como as empresas podem
retomar suas atividades em casos de grave agressão aos sistemas
de informação. Normalmente, deve prever o
acesso a hardware alternativo, a restauração
de softwares, de dados e de instalações de
telecomunicações. Os sistemas de informação
considerados mais críticos devem receber prioridade
em sua recuperação.

Existem, hoje, no mercado, diversas empresas que


oferecem serviços especializados para recuperação
de desastres. Elas fornecem recursos plenamente
operacionais para o processamento de dados e backups de seus
clientes e podem ser acionadas em menos de 24 horas após a
notificação de uma emergência. Outra opção é que a própria
organização mantenha estes recursos alternativos ativos e
disponíveis para uso em caso de desastre.

Acompanhe a reportagem a seguir e observe o valor de uma


estratégia de segurança bem elaborada para a recuperação de
desastres.

Unidade 6 263

iac.indb 263 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

TRAGÉDIA DESPERTA PARA SEGURANÇA DE


DADOS
Publicado na Gazeta Mercantil em 12/09/2001

Ontem, um dia após a tragédia que destruiu o World


Trade Center, em Nova York (EUA), bancos ali instalados,
como o Morgan Stanley e o Deutsche Bank, reiniciaram
suas operações. Apesar da dimensão da tragédia, as
instituições não perderam informações armazenadas
nos computadores dos escritórios que vieram abaixo.
Para evitar a perda total de dados, o Morgan, banco de
investimento norte-americano, por exemplo, mantinha um
plano de contingência. As informações estavam guardadas
em equipamentos instalados no quartel-general, instalado
em outro ponto de Manhattan.
Analistas do instituto de pesquisas norte-americano
Gartner realizaram também ontem uma teleconferência
com seus clientes que estavam instalados no WTC para
discutir problemas de segurança. “Nova York possui
gargalos de infraestrutura e muitas empresas possuem sites
alternativos, que funcionam fora de Manhattan”, diz o vice-
presidente e diretor de pesquisas do Gartner para a América
Latina, Cássio Dreyfuss.
A destruição de bancos de dados e sistemas eletrônicos, em
situações como a de Nova York ou provocadas pelo apagão,
no caso do Brasil, pode provocar a quebra de empresas.
Se o sistema de uma companhia cai e ela não consegue
recuperar as informações, o estrago é grande.
(...)
Em situações extremas como a do WTC, a empresa só
consegue minimizar as consequências se tiver um site de
“backup remoto”. Isso significa que a empresa possui a
mesma infraestrutura de sistemas funcionando em outro
local.
(...)

264

iac.indb 264 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

A tecnologia que guarda a salvo todas as informações


gerenciadas por uma instituição financeira é conhecida
pelo termo em inglês ‘business continuity’ (continuidade do
negócio). Trata-se de uma atividade custosa, cujo desafio
é manter ativas e atualizadas cópias da base de dados
necessária à continuidade das operações, a despeito da
hipótese de que as réplicas nunca sejam utilizadas.
Há vários anos, todo esse arsenal preventivo era mantido
em funcionamento pelo Deutsche Bank. Anteontem,
chegou a hora de mostrar sua eficiência. O banco alemão
ocupava dois andares das torres gêmeas destruídas
pelos ataques terroristas e mais um prédio de escritórios,
localizado à frente do mais belo cartão postal nova-
iorquino. Segundo Pedro Paulo Cunha, chefe da área de
tecnologia do Deutsche Bank no Brasil, todas as atividades
de processamento do banco foram mantidas nas condições
anteriores ao acidente, sem perda de informação. O sistema
de continuidade do banco alemão funciona em tempo real.
Todos os programas de informática possuem seus
respectivos espelhos, sempre atualizados, que funcionam
em paralelo nas várias salas de escritório do banco. Um
dos grandes centros de backup dos sistemas que estavam
no World Trade Center encontrava-se em um prédio de
escritórios do Deutsche, próximo à ilha de Manhattan, em
Nova Jersey. É um seguro muito caro, mas imprescindível,
afirma o executivo do banco alemão.
Além da distribuição de réplicas de sistemas, os bancos
costumam utilizar serviços de terceiros para a recuperação
de sistemas. Grandes empresas de tecnologia, como a
IBM, fornecem salas em lugares afastados, totalmente
aparelhadas, para que as empresas possam utilizá-las
em situações de emergência. São verdadeiros ‘bunkers’
tecnológicos sempre atualizados e testados para estar a
postos nas situações de emergência. (...)
O BankBoston, com sede em São Paulo, tem um “plano
de recuperação” para cada área da instituição financeira.
Somente o departamento de mercado de capitais, por
exemplo, dispõe de uma área reservada em escritório
no Rio de Janeiro, onde todas as informações são
atualizadas uma vez ao dia. (...) Os dados são guardados
eletronicamente por uma empresa especializada e uma sala
de contingência equipada e mantida em Campinas (SP). (...)
(grifos do original)

Unidade 6 265

iac.indb 265 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Na estratégia de segurança evidenciada nessa reportagem, a


infraestrutura física do hardware não pôde ser mantida em
segurança, mas as informações que garantem o negócio das
organizações citadas foram preservadas graças às medidas
preventivas e corretivas para a segurança de dados. Entretanto,
nem todas as empresas que trabalhavam no World Trade Center
tiveram a mesma sorte. Várias pequenas empresas não tinham
um plano para desastres. Algumas não dispunham sequer de
cópias de segurança. A empresa chinesa Jan He Law, que operava
no 77º andar, perdeu todos os dados de clientes que estavam
armazenados nos computadores destruídos. A empresa não pôde
nem entrar em contato com seus clientes, pois todos os números
de telefones de clientes estavam nos arquivos perdidos [20].

Quem é o responsável pela segurança dos sistemas de


informação?

Todos os indivíduos envolvidos com o fluxo das informações são


co-responsáveis por sua segurança, sejam eles colaboradores da
própria organização ou agentes externos que interagem com seus
sistemas. Entretanto, seu grau de responsabilidade é variável e
depende do grau de envolvimento com o sistema.

Aos profissionais de informática, cabe o estabelecimento e a


implantação de controles especializados, que demandam o
conhecimento profundo da infraestrutura de tecnologia e da
implementação de sistemas de informação. Estão envolvidos na
segurança especialistas em redes, analistas de sistemas, auditores
de sistemas, administradores de bancos de dados e outros.

Ao responsável pela gestão da tecnologia da informação


de uma organização, cabe garantir que esta possua
um bom nível de segurança. Para isto, deve assumir a
gestão do processo de construção e manutenção da
segurança dos sistemas de informação. Compete a
ele cuidar para que uma política de segurança seja
implementada, divulgada e esteja de acordo com
as necessidades e a capacidade da organização de
investir nela.

266

iac.indb 266 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Com frequência, a implantação de uma política de segurança


envolve mudanças culturais e comportamentais, o que muitas
vezes é obstáculo significativo nesta tarefa. O apoio da alta
administração é muito importante para que esta mudança ocorra.

Os problemas com segurança de informação nos mostram como


estamos envolvidos com a tecnologia, seja no campo individual,
seja nas organizações. E elas não param de evoluir.

SEÇÃO 3 - Quais são as tendências em TI?


Na atualidade, podemos ver a informática presente em muitas
transações e processos, não é mesmo?

E a tendência é que essas tecnologias, que seguem em constante


evolução, estejam cada vez mais inseridas nas nossas vidas e nas
organizações. Veja, a seguir, um caso hipotético, mas bastante
ilustrativo neste sentido.

Pela manhã, uma pessoa é acordada por uma música


ambiente, previamente programada em um computador.
Ao mesmo tempo, as cortinas do quarto são abertas e o
café da manhã começa a ser feito, automaticamente, pela
cafeteira. Enquanto toma o café, é possível, por meio do
computador, ver as notícias dos principais jornais do Brasil
e do mundo, ler as mensagens de amigos, consultar saldo
bancário e revisar os compromissos do dia (além de lembrar
de datas importantes, como aniversários, pagamento de
contas etc.).
Antes de sair da residência, nosso personagem deixa
programado no computador para que a banheira esteja
cheia e com a temperatura de 30ºC às 19:30 e que o frango
esteja assado, ao ponto, às 20:30. Ao sair, as portas são
automaticamente travadas e no caso de algum acidente
(incêndio, assalto etc.) é feita discagem automática para
o proprietário, para a polícia e para os bombeiros, se for o
caso.

Unidade 6 267

iac.indb 267 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

No caminho para o trabalho, nosso personagem pode, por


meio de um computador de bordo, planejar a melhor rota,
de forma a evitar congestionamento ou trechos em obras.
Ao chegar à empresa, nosso personagem participará de
um curso sobre custos, ministrado a distância por um
especialista de uma universidade localizada em outro
estado do Brasil. Durante o curso, é possível fazer perguntas
ao professor como se ele estivesse presente na sala de aula.
Este curso é assistido, ao mesmo tempo, por funcionários
de 10 empresas, localizadas em 10 cidades diferentes (6
cidades brasileiras e 4 cidades de países da América Latina).
Ao sair do curso, nosso personagem é informado por seu
computador de que estão faltando alguns itens no estoque
da empresa. Em função disto, ele faz contato com os
fornecedores, através da internet, solicitando os produtos
necessários. Um funcionário do fornecedor autoriza a
venda dos produtos solicitados. Assim, o computador
do fornecedor emite a fatura, dá baixa no estoque e,
se for necessário, alerta para a necessidade de compra
de matéria-prima. O caminhão que irá fazer a entrega é
monitorado por satélite, para evitar roubos, extravios e para
diminuir o tempo de entrega.
Após fazer as solicitações de compra, nosso personagem
lembra que tem médico marcado para aquela tarde e
que, além disto, precisa comprar alguns produtos no
supermercado. Pelo computador, faz contato com o
supermercado e solicita os produtos necessários. O débito
é feito em seu cartão de crédito e a entrega dos produtos
será feita em sua casa, em horário combinado.
Ao chegar ao hospital, o médico faz uma tomografia
computadorizada. Após análise dos resultados, ele acha
necessária a opinião de um outro especialista. Os resultados
são enviados, via internet, para um especialista nos EUA. O
especialista faz algumas anotações na imagem dos exames,
enquanto fala com o médico aqui do Brasil. Caso houvesse
divergência de diagnóstico, o médico poderia consultar
outro especialista em um outro hospital de um outro país.
Ao retornar à empresa, nosso personagem, por meio do
computador, contacta a biblioteca da universidade para
pesquisar alguns livros, fazendo solicitação de empréstimo
daqueles que lhe interessam.
Fonte: Adaptado de [2]

268

iac.indb 268 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

No campo do conhecimento relacionado às tecnologias e sistemas


de informação, podem-se identificar algumas tendências, como as
destacadas a seguir [23]:

„„ crescente disseminação dos computadores nas


organizações;
„„ crescente convergência da computação com as
telecomunicações;
„„ crescente automação do trabalho individual e coletivo;
„„ convergência entre a mídia, computadores e redes de
telecomunicações;
„„ maior agregação de valor proporcionado pelas tecnologias
da informação;
„„ difusão e adoção de padrões tecnológicos globais.

Em um cenário de transformações organizacionais, podemos


identificar como tendência a aplicação cada vez maior do uso
intensivo da tecnologia da informação no suporte às ações
organizacionais.

Embora a tecnologia da informação esteja ocupando


uma parte da agenda estratégica das empresas
atualmente, este é um fato recente.

Pode-se dizer que a evolução da tecnologia da informação nas


organizações vem se dando em fases, conforme relatado a seguir
[24].

Durante os anos 60, a Era do Processamento de Dados, a


utilização da TI era caracterizada por sistemas centralizados,
cujo principal objetivo era o de automatizar funções operacionais
em larga escala com a finalidade de aumentar a eficiência das
operações, sendo utilizados basicamente para automatizar
processos como contabilidade e folha de pagamentos.

Unidade 6 269

iac.indb 269 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

No início dos anos 70, com a redução no custo e aumento da


velocidade de processamento, foi possível utilizar os
computadores para fornecer relatórios gerenciais. Iniciou-
se o uso dos dados (de pedidos, clientes, estoques etc.)
pelos gerentes de nível médio envolvidos em relatar as
exceções, resumir as informações e controlar os recursos
monetários e estoques.

Naquele momento, a Era dos Sistemas de Informação,


a TI começou a aumentar sua importância nos níveis
intermediários da organização, embora a alta gerência ainda visse
a TI como despesa ou mera utilidade.

Com o advento dos microcomputadores, no início dos anos 80,


houve uma mudança de paradigma na computação empresarial.
Os dados, antes centralizados nos mainframes, passaram a ser
colocados nas mesas dos usuários e gerentes. Embora a expertise
continuasse no departamento de TI, o controle moveu-se, mesmo
que marginalmente, em direção aos usuários. Ainda que a TI
atingisse os níveis mais altos da organização, seu foco estava no
aumento da eficiência interna e no aumento da produtividade
pessoal.

A partir do meio da década de 80, muitos sistemas de informação


desenvolvidos em empresas foram reconhecidos como estratégicos
por terem apresentado impactos na competitividade de empresas.

Nos anos 90, a TI tomou conta das corporações e aspectos


como o alinhamento da TI aos negócios e a convergência da
informática com as telecomunicações tornaram-se prementes
para as empresas. Iniciou-se, então, a Era da Tecnologia da
Informação. A importância estratégica da TI foi definitivamente
incorporada nas empresas, que procuraram novas maneiras de
administrá-la a fim de obter plenamente seus benefícios, com a
terceirização como uma das alternativas. No final da década, a
internet reforçou esta tendência e presenciou-se o nascimento
do e-business que, sem dúvida, marcou o início de nova era na
computação empresarial.

270

iac.indb 270 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Dois grandes fatores poderiam ser utilizados para representar o


momento atual da TI nas organizações: a internet e a computação
móvel, representada pelo crescente uso de dispositivos móveis
com acesso a dados, tais como celulares e palmtops. Por conta
destas tecnologias, as informações podem ser acessadas e
utilizadas em qualquer momento ou local. Além da
disponibilização das informações aos membros das
organizações, a internet vem permitindo que estas
também sejam disponibilizadas, em qualquer local,
para parceiros, clientes e consumidores. Daí a ideia
de ubiquidade ou onipresença da TI, o que permite
classificar o momento atual como o início da Era da
Computação Ubíqüa.

Esta tendência já está ocorrendo. As empresas já buscam auferir


suas vantagens competitivas com a utilização de sistemas de
informação que permitam entregar a informação correta, no
momento adequado, em qualquer local onde ela seja necessária.
Elas são, ainda, combinadas com uma verdadeira “abertura”
controlada, que permite a integração destes sistemas com os de
seus fornecedores, clientes e consumidores.

Como lidar com as tendências?

Muitas tendências tecnológicas podem ser observadas. É


importante saber para onde caminham e, mais ainda, como se
posicionar diante delas.

Quando uma tecnologia se dissemina em larga escala, deixa


de ser uma mera tendência e passa a incorporar o conjunto de
soluções tecnológicas consagradas e amplamente utilizadas por
diversas organizações. Algumas tecnologias, inclusive, acabam
por se tornar commodities, sem as quais se torna praticamente
impossível estabelecer um negócio. Este é o exemplo da
tecnologia de redes que, no passado, foi uma tendência e hoje é
indispensável para qualquer organização que deseja fazer uso de
sistemas informatizados.

Unidade 6 271

iac.indb 271 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Por outro lado, é também fundamental tomar cuidado com os


altos riscos relacionados aos investimentos em tecnologias ainda
não amadurecidas (este é o risco inerente a qualquer tipo de
inovação, tecnológica ou não). Outro cuidado que se deve tomar
é não se deixar levar por modismos. Os interesses
econômicos de fornecedores e os altos valores que
podem estar associados a vendas de serviços e produtos
relacionados à tecnologia da informação requerem
uma postura bastante crítica por parte daqueles que
decidirão pela seleção de tecnologias a serem adotadas
nas organizações.

Muitos erros têm sido cometidos pelas organizações na adoção


de novas tecnologias por estarem baseados em modismos. Não
são raros os casos em que organizações adotaram tecnologias
simplesmente porque há uma aparente tendência no mercado
que valoriza aquela tecnologia ou porque seus concorrentes
divulgaram que usavam aquela tecnologia. A avaliação das
tendências deve estar associada à real necessidade da organização
e à avaliação criteriosa dos benefícios que podem ser auferidos
com a adoção da nova tecnologia.

Por fim, se você está interessado em se manter atualizado sobre


tendências em tecnologia da informação e deseja promover o uso
na sua área ou na organização como um todo, sugerimos que
acompanhe periódicos especializados sobre o assunto.

Esperamos que os conceitos discutidos ao longo desta unidade


tenham permitido uma reflexão sobre os impactos da informática
nas organizações e na própria sociedade.

272

iac.indb 272 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Síntese

Nesta unidade você pôde verificar que muitos sistemas de


informação falham no fornecimento de benefícios ou na solução
de problemas para os quais foram idealizados, porque o processo
de mudança organizacional não foi tratado adequadamente.
Algumas estratégias para superar a resistência do usuário são:
a sua participação ativa durante todo o ciclo de vida; melhor
comunicação entre técnicos e usuários; educação e treinamento
adequados; apoio da alta administração; ajustes dos processos
organizacionais antes da introdução do novo sistema.

Você teve, também, a oportunidade de compreender a


vulnerabilidade dos sistemas de informação e os tipos de medidas
que contribuem para a redução dos problemas decorrentes da
falta segurança.

Vimos, ainda, que a informática passou a ter um papel maior


na vida das organizações. Num primeiro momento, provocou
mudanças amplamente técnicas que eram relativamente fáceis de
alcançar. Depois passou a afetar o controle e o comportamento
administrativo e, por fim, passou a influenciar o cerne das
atividades institucionais relativas a produtos, mercados,
fornecedores e clientes.

Por fim, foram sugeridas algumas posturas consideradas


adequadas e seguras para lidar com as tendências tecnológicas
diante de um contexto de rápidas transformações.

Unidade 6 273

iac.indb 273 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Atividades de autoavaliação

1) Releia o caso A Escola Pequenino apresentado na Seção 1 desta unidade.


Quais estratégias poderiam ser aplicadas de forma a minimizar as
resistências ao sistema de informações SIAE?

2) Associe as colunas.

( ) Registro incorreto das notas de alunos por uma escola


(a) Quebra de confidencialidade
( ) Saldo da conta bancária não pode ser consultado porque
(b) Quebra de integridade a página da internet do banco está fora do ar

(c) Quebra de disponibilidade ( ) Informações de sua declaração de Imposto de Renda


divulgadas sem o seu consentimento

274

iac.indb 274 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

3) Com relação à segurança de um sistema de informações disponível a


todos os usuários da rede de uma empresa, relacione cinco medidas
úteis para minimizar as vulnerabilidades do sistema. Para cada uma
das medidas informe se é preventiva, corretiva ou para detecção de
ameaça.

4) Em relação à reportagem apresentada na seção 2 desta unidade, sobre


os bancos no World Trade Center, responda às questões a seguir.
a) O acidente provocou a violação de:
( ) confidencialidade ( ) integridade ( ) disponibilidade
b) O tipo de vulnerabilidade caracterizado no acidente é:
( ) natural ( ) involuntário ( ) voluntário
c) A origem das ameaças que tornaram vulneráveis os sistemas de
informação naquele acidente foi:
( ) física ( ) natural ( ) de hardware
( ) de software ( ) de mídia ( ) de comunicação
( ) humana

Unidade 6 275

iac.indb 275 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

5) É possível estabelecer tendências de futuro em tecnologias da


informação? Justifique.

6) Que postura é recomendada para lidar com as tendências de futuro?

276

iac.indb 276 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Saiba mais

Se você ficou interessado em conhecer mais detalhes sobre o


conteúdo desta unidade, sugerimos:

„„ Sobre a gestão da segurança na internet consulte


<http://www.nbso.nic.br/> ou <http://www.rnp.br/cais/>.
Estas páginas apresentam excelentes referências técnicas
sobre o assunto.
„„ A Cartilha de Segurança para Internet do CERT –
Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes
de Segurança no Brasil, em <http://www.nbso.nic.br/
docs/cartilha>. Este material é gratuito, atualizado
periodicamente e contém importantes orientações sobre o
uso seguro da tecnologia da informação.
„„ Assista ao filme Invasão de Privacidade. É uma ficção
interessante se observada pela ótica do impacto que a
tecnologia pode ter sobre a privacidade de um indivíduo
e sobre o modo de vida da sociedade. Este filme pode
estimular um bom debate entre amigos ou, então, uma
boa reflexão individual.
„„ Para manter-se informado sobre as tendências em
tecnologias da informação, acesse periódicos on-line
como o <http://www.idgnow.com.br> e <http://www.
informationweek.com.br> (leia este tipo de periódico
com senso crítico, pois, como a maioria deles é
patrocinado por fornecedores, podem ser tendenciosos).
„„ Para saber mais sobre spyware, acesse o site: http://www.
superdicas.com.br/infovir/spyware.asp.
„„ Para baixar os softwares anti-spyware, como, por
exemplo, o Spybot, acesse o site: http://baixaki.ig.com.br/
download/Spybot-Search-Destroy.htm ou o Ad-aware,
acesse: http://baixaki.ig.com.br/download/Ad-aware-
2007-Definitions-File.htm.

Unidade 6 277

iac.indb 277 11/05/30 13:42


iac.indb 278 11/05/30 13:42
Para concluir o estudo

Parabéns por ter concluído o estudo desta disciplina!


Desfrute o sabor de ter vencido mais uma etapa do seu
curso e da sua formação profissional.

O esperado até aqui é que você tenha compreendido


adequadamente como a informática se aplica à atividade
contábil. Se você conseguiu realizar todas as atividades
propostas, pode estar certo que já domina alguns dos
principais conceitos relativos à informática e também
começa a dominar algumas ferramentas para suporte à
informatização de algumas atividades no desempenho da
atividade contábil.

Mas vá com calma! Lembre-se que por limitação de


carga horária esta disciplina apenas cumpriu a função de
lançá-lo no caminho deste estudo, ela não esgota o vasto
conhecimento para uma prática efetiva na área.

Para o aluno que ficou contagiado com o tema, fica a


sugestão de leitura das referências apresentadas. E siga
adiante, procurando sempre estar bem-informado neste
mundo de constante e rápida evolução da tecnologia da
informação.

Espero, sinceramente, que além dos novos


conhecimentos tenha sido prazeroso aprender.

Um grande abraço!

Profªs Nilce Ayres e Angelita Marçal Flores

iac.indb 279 11/05/30 13:42


iac.indb 280 11/05/30 13:42
Sobre as professoras conteudistas

Nilce Miranda Ayres é Doutoranda e Mestre em


Engenharia de Produção pela Universidade Federal
de Santa Catarina – UFSC, tendo como linha
de pesquisa a Gestão Estratégica da Tecnologia e
Informação. Bacharel em Administração de Empresas e
Tecnóloga em Processamento de Dados pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC/RJ.
Atualmente é responsável pela coordenação dos sistemas
de informação da Empresa de Pesquisa Agropecuária
e Extensão Rural de Santa Catarina – EPAGRI e
professora da UNISUL. É também pesquisadora
do Núcleo de Estudos em Gestão da Informação e
Tecnologia - IGTI da UFSC. Profissional com vivência
de vários anos na área de sistemas de informação, em
empresas nacionais de grande e médio porte, tanto
públicas quanto privadas, exerce atividades nas áreas de
administração de sistemas de informação, administração
de dados, e desenvolvimento de sistemas de informação.
Como professora de nível superior, leciona disciplinas
nas áreas de Administração da Informática, Bancos de
Dados, Informática Aplicada, Organização e Métodos, e
Sistemas de Informação.

Angelita Marçal Flores é formada no curso de


Tecnólogo em Processamento de Dados pela
Universidade Regional de Blumenau (FURB),
especialista em informática e Mestre em Educação.
Participou de 2003 a 2004, na condição de aluna
especial, de disciplinas do programa de pós-
graduação em sociologia política da UFSC. No
início de sua carreira, atuou em empresas privadas
e, posteriormente, como consultora independente na
função de desenvolvimento de sistemas. Docente nos

iac.indb 281 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

cursos presenciais da Unisul desde 1992, atuou em paralelo na


Assessoria de Tecnologia da Informação da universidade, de
1993 até 2001, nas áreas de treinamento em TI, de helpdesk e de
infraestrutura. Atualmente coordena a equipe de capacitação e
assessoria ao docente, é autora de materiais didáticos e professora
tutora nos cursos a distância da UnisulVirtual, onde atua desde
2002. Voluntária no Comitê para Democratização da Informática
(CDI), na função de Diretora Pedagógica da Regional Santa
Catarina - Florianópolis (SC), desde julho de 2001.

282

iac.indb 282 11/05/30 13:42


Referências

1) BATISTA, E. O. Sistemas de informação: o uso consciente da


tecnologia para o gerenciamento. São Paulo: Saraiva, 2004.
2) BIZZOTTO, C. et al. Informática básica: passo a passo conciso e
objetivo. 2. ed. Florianópolis: Visual, 1998.
3) CORNACHIONE, Jr. E. Informática aplicada às áreas de
contabilidade, administração e economia. 3. ed. São Paulo:
Atlas, 2001.
4) GEHRINGER, M.; LONDON, J. Odisséia digital. São Paulo: [S. l.]:
Editora Abril, 2001.
5) GONÇALVES, J. E. L. As empresas são grandes coleções de
processos. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v.
40, n. 1, jan/mar 2000.
6) LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Gerenciamento de sistemas de
informação. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
7) LIENGME, B. Microsoft Excel 2002 para negócios e gestão.
Rio de Janeiro: Campus, 2002.
8) MANZANO, J.; MANZANO, A. Estudo dirigido de Excel 2000
avançado. São Paulo: Érica, 1999.
9) .Estudo dirigido de Excel 2000. São Paulo: Érica,
1999.
10) MATTOS, A. C. M. Sistemas de informação: uma visão
executiva. São Paulo: Saraiva, 2005.
11) MCGEE, J. V.; PRUSAK, L. Gerenciamento estratégico da
informação. Rio de Janeiro: Campus, 1994.
12) O’BRIEN, James A. Sistemas de informação e as decisões
gerenciais na era da internet. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
13) OLIVEIRA, D.P.R Sistemas de informações gerenciais. São
Paulo: Atlas, 1998.
14) OLIVEIRA, E. Contabilidade informatizada: teoria e prática.
São Paulo: Atlas, 1997.
15) RAMALHO, J. Introdução à informática: teoria e prática. São
Paulo: Berkeley Brasil, 2000.

iac.indb 283 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

16) SANTOS, A. Informática na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.


17) SEMOLA, M. Gestão da segurança da informação: uma visão
executiva. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
18) STAIR, R. Princípios de sistema de informação: uma abordagem
gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
19) TOSI, A. Matemática financeira com utilização do Microsoft Excel
2000: Aplicável às versões 5.0, 7.0 e 97. São Paulo: Atlas, 2000.
20) TURBAN, E.; RAINER, R. K.; POTTER, R. E. Administração de tecnologia
da informação: teoria e prática. Rio de Janeiro: Campus, 2003. (Guias on-
line disponíveis em www.bookman.com.br)
21) VELLOSO, F. Informática: conceitos básicos. 5. ed. Rio de Janeiro:
Campus, 1999.
22) FOINA, P. R. Tecnologia de informação: planejamento e gestão. São
Paulo: Atlas, 2001.
23) BRITO, M. J.; ANTONIALLI, L. M.; SANTOS, A. C. Tecnologia da
informação e processo produtivo de gestão em uma organização
cooperativa: um enfoque estratégico. In: Revista de Administração
Contemporânea. Vol. 1, n.3. Disponível em: <http://anpad.org.br/rac/vol
01/dwn/rac-v1-n3-mjb.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2005.
24) SOUZA, C. A.; SZAFIR, C. G. Tecnologia da informação aplicada à
gestão empresarial: um modelo para a empresa digital. VI SEMEAD /
FEA-USP, 2003. Disponível em: <http://cyta.com.ar/elearn/syma/textos/
empresa_digital_archivos/modelo_empresa_digital.pdf>. Aceso em: 03
jul. 2005.
25) Cartilha de Segurança para Internet. Centro de Estudos, Resposta e
Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil. Disponível em: <http://
www.nbso.nic.br/docs/cartilha/cartilha-01-conceitos.pdf. CERT.br>. Acesso
em 11 jun. 2005.
26) SILVA, A., RIBEIRO, A. e RODRIGUES, L. Sistemas de informação na
administração pública. Rio de Janeiro: Revan, 2004.
27) BRAD,H. Pesquisa na Internet. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
28) SILVA,E.L. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação, 4.
ed. rev. atual. Florianópolis: UFSC, 2005.

284

iac.indb 284 11/05/30 13:42


Respostas e comentários das
atividades de autoavaliação

Unidade 1
1) O computador é uma máquina que recebe dados do
ambiente externo (entrada), transforma-os (processamento) e
os envia transformados (saída) de volta ao ambiente externo
(ou os deixa arquivados). Este processo de captar dados,
transformá-los e emitir os resultados desejados é o que se
chama de processamento de dados.
2) Algumas das vantagens que podem ser citadas são: facilidade
de armazenamento e recuperação de informação, melhoria
e reengenharia de processos organizacionais, velocidade
de respostas às necessidades informacionais, melhor
planejamento e controle das atividades organizacionais,
maior segurança e confiabilidade das informações, redução
dos custos, integração de dados, geração de novos produtos e
serviços.
3) A cada nova geração, os computadores se tornam menores,
mais rápidos, baratos e confiáveis, além de uma maior
facilidade de acesso e manutenção.
4) Os computadores podem ser classificados como de grande
porte, médio porte e microcomputadores. Os computadores
de grande porte são computadores que possuem alta
capacidade de processamento e de armazenamento.
Os computadores de médio porte são menores e mais
baratos que os computadores de grande porte. Eles atuam
nas organizações como servidores de rede e, em usos
específicos, como monitoração e controle de processos
industriais, pesquisa científica e aplicações de engenharia. Os
microcomputadores são a menor categoria de computadores
de uso geral, atendendo tanto a necessidades organizacionais
quanto pessoais.

iac.indb 285 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

5) Os principais componentes de hardware de um computador são a


unidade central de processamento, a memória principal, os dispositivos
de armazenamento permanente, os dispositivos de entrada e os
dispositivos de saída. A unidade central de processamento manipula
os dados e controla as tarefas realizadas pelos outros componentes.
A memória principal armazena temporariamente os dados e as
instruções de programação durante o processamento. Os dispositivos
de armazenamento armazenam dados e programas para uso futuro.
Os dispositivos de entrada aceitam dados e instruções e os convertem
em uma forma que o computador possa entendê-los. Os dispositivos
de saída apresentam os dados de uma forma que as pessoas possam
entendê-los.
6) Existem dois tipos principais de softwares: básico e aplicativo. O
software básico consiste de programas genéricos para gerenciar os
recursos do computador e fazer a intermediação entre o software
aplicativo e o hardware de computadores. O software aplicativo
compõe-se de programas projetados para fazer o computador
solucionar um determinado problema. O software básico engloba
os programas de gerenciamento e desenvolvimento de sistemas. Os
softwares aplicativos podem ser de uso geral ou específicos.
7) Entrada de dados: digitação da análise do estudo de caso por meio
do teclado. Processamento: edição e formatação do texto, que é
feita usando o processador, a memória principal. Saída: impressão de
uma cópia do trabalho, utilizando uma impressora. Armazenamento:
gravação em disquete do texto resultante. Para a execução destas
tarefas, foram utilizados os softwares de processamento de textos e o
sistema operacional.
8) a) scanner; b) mesa digitalizadora; c) impressora; d) plotadora; e)
impressora ou monitor de vídeo; f) teclado
9) a) navegador de rede; b) correio eletrônico; c) gerenciador de
informações pessoais; d) processador de textos; e) planilha eletrônica; f)
programa de apresentações gráficas.
10) 4 – 5 – 6 – 3 – 1 - 2

Unidade 2
1) Uma planilha eletrônica possibilita armazenar, manipular, calcular e
analisar dados numéricos e textos; elaborar gráficos de forma a facilitar
a visualização de resultados; pesquisar em listas de dados (bancos de
dados).
2) É a interseção de uma linha com uma coluna em uma planilha. É a
unidade básica da planilha, onde ficam armazenados os dados.

286

iac.indb 286 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

3) Selecionar a célula B6, digitar a palavra TOTAL e acionar FORMATAR–


CÉLULA – ALINHAMENTO – HORIZONTAL: CENTRAL.
4) Selecionar as células no intervalo AC32:AG55 e acionar FORMATAR–
CÉLULA – NÚMERO – CATEGORIA: MOEDA (normalmente, casas
decimais são padrão 2).
5) =ARRED(Z14^(1/2);1)
6) =MEDIA(X14:X38)
7) =ARRED(MEDIA(X14:X38);2)
8) =SOMA(A1:A23)
9) =ARRED(B2/B5;1)
10) =MAXIMO(B31:B54)
11) =MINIMO(B31:B54)
12) =CONT.VALORES(F3:Z3)
13) a) =(A2+F2)/2 R: 2
b) =10%*SOMA(A2:F2) ..R: 1,2
c) =(A2*B2*0,05)/10 ..R:0,01
d) =B2-(B2*10%) ..R:1,8
e) =SOMA(A2:F2)-MEDIA(A2:F2)
14) a) =MÊS(HOJE())
b) =ANO(HOJE())
c) =DIA(HOJE())
d) =DIA.DA.SEMANA(HOJE())
e) =DIA.DA.SEMANA(HOJE()+1)
15) =HOJE()+60.
16) =DIA.DA.SEMANA(HOJE()+180).
17) a) =NPER(5%;-300;;10000) R. 20,1
b) =NPER(4,5%;;-7000;10000) R. 8,1
c) =VF(3%;12;-500) R. 7096,01
d) =VP(8%;5;-100) R.399,27
e) =TAXA(10;;-5000;7000) R. 3%
f) =PGTO(3,5%;6;-6000) R. 1126,01

287

iac.indb 287 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

18) A função SE é usada quando se deseja que uma fórmula retorne


valores diferentes, dependendo do valor de uma condição.
19) As funções de procura possuem diversos usos. Sempre que estamos
compondo uma função SE multianinhada, devemos considerar se uma
função de procura seria mais apropriada.
20) Fixa a linha e/ou coluna do endereço de uma célula em uma fórmula
quando a copiamos para outras células.

Unidade 3
1) A geração de gráficos no Excel se dá por meio do Assistente de Gráfico
e ocorre em quatro etapas: a) seleção do tipo de gráfico; b) seleção do
intervalo de dados; c) definição de formatações: título, legenda etc.; e,
d) definição do local de criação do gráfico.
2) Para classificar uma tabela, é necessário selecionar toda a tabela e
acionar o menu Dados - Classificar. Aí, selecionar até 3 chaves de
ordenação e indicar para cada uma se é crescente ou decrescente.
3) Formulários permitem consultar, alterar, adicionar e excluir registros de
uma lista de dados.
4) Filtros possibilitam selecionar registros em uma lista de dados, a
partir de critérios definidos; o resultado é uma sublista que atende às
condições especificadas.
5) Após a ordenação pelo campo de quebra, aciona-se o menu Dados
– Subtotais, no qual deve ser informado o campo que determinará o
subtotal, a função estatística a ser usada em cada intervalo de subtotal,
entre outros.
6) Uma tabela dinâmica é usada para estabelecer a obtenção de
cruzamento de informações em uma lista de dados. Essa ferramenta é
acionada pelo menu Dados – Relatório de tabela e gráfico dinâmico.
7) Usa-se o recurso cenário quando há a necessidade de efetuar a
comparação de resultados diferentes para um mesmo tipo de
dado. Este recurso é bastante útil na elaboração de simulações, pois
permite que sejam efetuados cruzamentos de valores sem que haja a
necessidade de ficar modificando-os a toda hora dentro da planilha.
8) A ferramenta atingir meta auxilia na obtenção de soluções de
problemas matemáticos em uma planilha, resolvendo problemas que
possuam mais de uma resposta.

O auditor é uma ferramenta que ajuda a analisar a estrutura de uma


planilha, possibilitando localizar fórmulas e erros que possua.

288

iac.indb 288 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

Unidade 4
1) Uma rede de computadores é qualquer arranjo no qual um emissor
transmite uma mensagem (voz, dados, texto, imagens, áudio, vídeo)
para um receptor por um canal que consiste em algum tipo de veículo.
2) Os componentes essenciais de uma rede de telecomunicações são
computadores, dispositivos de entrada/saída, canais de comunicação,
processadores de comunicações (modems, concentradores etc.) e
software de telecomunicações. Os diferentes componentes de uma
rede de telecomunicações podem se comunicar entre si com um
conjunto comum de regras chamado protocolos. Alguns meios de
transmissão em telecomunicações são o par trançado, o cabo coaxial,
o cabo de fibras óticas, as micro-ondas, o rádio, o rádio celular e os
satélites.
3) As redes locais (LANs) são utilizadas em sistemas locais, de curto
alcance, de escritório e prédios. Uma LAN normalmente consiste de um
grupo de PCs interligados. As redes remotas (WANs) abrangem grandes
áreas geográficas.
4) As mais conhecidas aplicações da internet são o e-mail, a navegação
em sites na rede e a participação em salas de bate-papo. A internet,
ainda, fornece fóruns de discussão eletrônica formados por milhares
de grupos de interesse especial. Você pode participar de discussões
ou postar mensagens sobre milhares de tópicos para outros usuários
com os mesmos interesses em lê-las e respondê-las. Outras aplicações
incluem o downloading de arquivos de software e informações e
o acesso a bancos de dados fornecidos por milhares de empresas,
governos e outras organizações.
5) Software de navegação – modem - linha de transmissão – provedor –
backbone - servidor de internet .
6) O número IP e o nome de domínio.
7) O correio eletrônico é um tipo de comunicação assíncrona; destinatário
e remetente da mensagem não precisam estar conectados à internet
no momento do envio da mensagem. O bate-papo, ao contrário, é uma
forma de comunicação síncrona, exigindo que os participantes estejam
conectados no momento da conversação. As listas de discussão usam
a mesma tecnologia do correio eletrônico e são voltadas para troca de
informações entre grupos de pessoas em um mesmo assunto.
8) A pesquisa por informações na internet se dá basicamente de três
formas: pesquisa direta (o endereço do site desejado é conhecido e se
digita seu endereço diretamente no navegador para acesso); pesquisa
indireta (aquela feita por meio de links em outras páginas visitadas); e
através de palavras-chave usadas em mecanismos de busca disponíveis
na web ou via diretórios também nela disponíveis.

289

iac.indb 289 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

9) As intranets têm por objetivo (1) melhorar as comunicações e a


colaboração entre indivíduos e as equipes dentro da empresa; (2)
publicar e compartilhar facilmente as informações da empresa, de
modo barato e eficaz, por meio de portais de informações, websites
e outros serviços de intranet; e (3) desenvolver e distribuir aplicativos
importantes para suporte às operações e às tomadas de decisão da
empresa. O principal papel das extranets é conectar os recursos da
intranet de uma empresa às intranets de seus clientes, fornecedores
e outros parceiros de negócios. As extranets apresentam um valor
empresarial considerável, por facilitar e fortalecer as relações de uma
empresa com seus clientes e fornecedores, por melhorar a colaboração
com seus parceiros de negócios e possibilitar-lhes o desenvolvimento
de novos tipos de serviços por meio de rede.

Unidade 5
1) Como benefícios da informatização da contabilidade podem ser
citados: aumento da produtividade; melhoria da qualidade dos
serviços; mais estímulo aos profissionais da área; facilidade para leitura
prévia dos relatórios; atendimento às exigências dos órgãos quanto
ao cumprimento de prazos; facilidade de acesso às informações da
empresa; maior segurança das informações; menos espaço físico nos
ambientes de trabalho.
2) a) livros contábeis; b) controle de estoque; c) folha de pagamento; d)
faturamento; e) contas a pagar; f) contas a receber; g) administração de
investimentos.
3) O Portal da Transparência é um site no qual se disponibilizam relatórios
abertos à população com informações sobre a aplicação dos recursos
financeiros do Governo Federal. Pode ser considerado um sistema
de informações que permite observar informações aparentemente
precisas, apresentadas de modo flexível, pois podem ser vistas em
diferentes níveis de detalhamento. Se as informações publicadas nesse
site são consideradas importantes pela população e/ou pelas empresas
que interagem com o governo, podem ser consideradas também
relevantes.
4) Os componentes de um sistema de informação são: tecnologia,
organização e pessoas. Todas têm igual importância. Falhas em
algum desses 3 aspectos podem comprometer o sucesso do sistema.
Para o sucesso, pessoas devem estar preparadas, tecnologias devem
ser adequadamente desenvolvidas e organizações devem ser
determinantes para moldar seus sistemas em busca da realização de
seus objetivos.
5) No apoio às operações, existem os sistemas de processamento de
transações, que executam e gravam transações rotineiras necessárias
à condução dos negócios; sistemas de controle de processos, que

290

iac.indb 290 11/05/30 13:42


Informática Aplicada à Contabilidade

monitoram e controlam processos industriais; e sistemas colaborativos,


que buscam aumentar a comunicação e a colaboração de equipes e
grupos de trabalho. No suporte gerencial, três tipos de sistemas de
informação se destacam: os sistemas de informações gerenciais, que
auxiliam na monitoração e no controle das atividades rotineiras; os
sistemas de apoio à decisão, que dão apoio à tomada de decisão não
rotineira, por meio de simulações e análise de cenários; e os sistemas
de informação executiva, que fornecem acesso rápido a informações
atualizadas sobre a empresa.
6) As fases do processo de desenvolvimento de sistemas de informação
são: definição, análise, projeto, implantação e manutenção. A fase de
definição do sistema tem por objetivo definir claramente o problema
e um estudo preliminar das soluções possíveis. Na etapa de análise são
identificados, em detalhes, os requisitos que o sistema deve atender.
Durante o projeto do sistema são detalhadas as interfaces, as estruturas
de dados, os programas e os procedimentos necessários. A etapa de
implantação do sistema envolve aposição de hardware, software,
programação, treinamento, teste, documentação e conversão do antigo
sistema para o novo. A manutenção do sistema compreende ajustes,
melhorias, monitoração e avaliação dos resultados.
7) São vantagens do uso de pacotes de software: redução do trabalho
de projeto, programação, instalação e manutenção; ganho de tempo
e dinheiro; redução de recursos internos em sistemas de informação.
Como desvantagens têm-se: não atendimento a requerimentos
próprios da empresa; necessidade de customização que pode
aumentar o gasto do desenvolvimento.
8) O desenvolvimento pelo usuário final, tanto sozinho quanto com uma
assistência mínima de especialistas técnicos, permite a criação de
aplicações de forma rápida e informal usando ferramentas amigáveis.
Os principais benefícios no desenvolvimento pelo usuário final são
melhorar a determinação de exigências, reduzir o backlog e aumentar a
sua participação no controle do processo de desenvolvimento. Todavia,
introduz novos riscos organizacionais pela propagação de aplicações
e recursos de dados que não necessariamente atendam a padrões de
garantia de qualidade.
9) A terceirização consiste em usar um fornecedor externo para construir
ou operar sistemas de informação. Com ela, pode-se economizar nos
custos de desenvolvimento ou permitir que as empresas desenvolvam
sistemas sem o pessoal interno especializado em sistemas de
informação, mas isso pode fazer com que a empresa perca o controle
sobre seus sistemas e os tornar dependentes de fornecedores externos.

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iac.indb 291 11/05/30 13:42


Universidade do Sul de Santa Catarina

Unidade 6
1) Envolvimento do usuário final durante todo o processo de
desenvolvimento do SIAE e não somente na fase inicial de
levantamento e estudos, buscando, assim, um maior comprometimento
dos usuários e a maior adequação aos requisitos funcionais da escola;
análise mais detalhada da infraestrutura existente e dos requisitos a
suportar o novo sistema, evitando só descobrir após a implantação
a insuficiência do hardware instalado; educação e treinamento
adequados dos usuários do novo sistema; avaliação da necessidade de
ajustes nos processos da escola antes da implantação do novo sistema.
2) b – c – a
3) Medidas de segurança possíveis:
- realizar cópias de segurança (medida preventiva);
- restaurar cópias de segurança (medida corretiva);
- fazer uso de antivírus (medida preventiva);
- controlar o acesso aos sistemas por meio de senhas (medida
preventiva);
- contratar especialistas em redes para configurá-las de modo mais
seguro (medida preventiva);
- implementar um plano de recuperação de desastres (medida
corretiva).
4) a) disponibilidade
b) voluntário
c) físicas e humanas
5) Sim, é possível estabelecer tendências abrangentes. No entanto, é
sempre importante ter a noção dos riscos relacionados às tendências.
Tendências seguras devem estar baseadas em fortes evidências e não
apenas em interesses momentâneos e parciais.
6) Neste caso, não recomendamos adotar nenhum extremo. Ignorar
tendências pode nos fazer perder o “bonde da história”; podemos
não estar preparados para lidar com o futuro tecnológico. Por outro
lado, seguir cegamente as tecnologias pode nos levar a cometer erros
estratégicos e ser alvo da manipulação de interesses de mercado.
Assim, é importante adotarmos uma postura crítica e seletiva, de
modo a seguir tendências bem fundamentadas, ou então estarmos
conscientes dos riscos inerentes à adoção de tecnologias ainda
precoces.

292

iac.indb 292 11/05/30 13:42


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iac.indb 293 11/05/30 13:42


iac.indb 294 11/05/30 13:42

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