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MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO

Disciplina: Eletrônica de potência


Introdução

• Todo motor elétrico converte energia elétrica


em energia mecânica.
• O processo de conversão de energia dos
motores de indução baseia-se na lei de
indução de Faraday e na lei de Lenz, daí
derivando seu nome.
• O motor de indução é o tipo de motor elétrico
mais utilizado devido à sua simplicidade,
robustez e pouca manutenção.
Introdução
• Normalmente, cerca de 60 % da carga de uma
instalação industrial é constituída por motores
de indução.
• considerando a carga total em regiões
industrializadas, os motores de indução são
responsáveis por cerca de 40 % dessa carga.
• Por essa razão, os motores de indução são
também chamados motores industriais.
Base Tecnológica
• Eletroímã e a regra da mão direita
– Como se sabe, um eletroímã é constituído de uma
bobina enrolada em um núcleo de material
ferromagnético. O primeiro princípio a ser
mencionado pode ser enunciado, de modo
simplificado, da seguinte maneira: “Uma corrente
elétrica circulando pela bobina de um eletroímã
cria um fluxo magnético”. Veja a ilustração na
figura abaixo.
Ilustração regra da mão direita

Se a corrente for alternada senoidal, o sentido do fluxo


magnético muda periodicamente, seguindo a mudança de
sentido da corrente, fazendo a polaridade N-S do
eletroímã também se inverter.
Regra da mão direita
• coloque os dedos da mão direita seguindo as
espiras da bobina no sentido da corrente;
• o sentido do fluxo magnético será aquele
apontado pelo dedo polegar
Força eletromagnética
• “Um condutor transportando uma corrente
elétrica e atravessado por um fluxo magnético
fica submetido a uma força de natureza
eletromagnética”
Campo girante a partir de três bobinas
fixas (Nikola Tesla)
• “Três correntes alternadas senoidais, com mesma amplitude e
defasadas de 1200 , circulando por três bobinas fixas, cujos
eixos magnéticos distam 1200 entre si, produzem um campo
magnético girante de intensidade constante”.
Nikola Tesla
• Essa engenhosa maneira de criar um campo
girante é uma extensão da descoberta feita
por Nikola Tesla (1856-1943), um brilhante
engenheiro de origem croata, que apresentou
no dia 16 de maio de 1888, em um congresso
do American Institute of Electrical Engineers.
Princípio de funcionamento
• Em um motor de indução, a criação do torque no rotor
baseia-se na lei de indução de Faraday e na lei de Lenz. O
princípio pode ser entendido com a ajuda da figura abaixo.

http://youtu.be/t_BzJZwOL6Y

Imagine que o imã permanente começa a girar em torno de seu eixo,


enquanto o disco está parado. O fluxo magnético NS produzido pelo imã
começa a varrer a superfície do disco, caracterizando um fluxo variável ao
longo do tempo. Essa variação produz a indução de uma tensão no disco,
pela lei de Faraday, e conseqüentemente a circulação de correntes. (O fluxo
criado por elas deve se opor à variação do fluxo gerador), de tal modo que
criam no disco polaridades magnéticas opostas aos pólos do imã
permanente. Sob o pólo norte do imã cria-se um pólo sul no disco, que se
atraem.
Motor de indução trifásico
• Corte ilustrativo

http://youtu.be/ZRGlAu0uCHY
Velocidade do campo girante
• A velocidade do campo girante em um motor de indução é
chamada velocidade síncrona. Essa velocidade depende da
freqüência da tensão trifásica e do numero de polos.

Onde: ns = velocidade síncrona


f = Frequência da rede
p = numero de polos do motor
Velocidade do rotor
• Em qualquer motor de indução, a velocidade do rotor (que é
a mesma do eixo) é sempre menor que a velocidade
síncrona (do campo girante). Se, por hipótese, o rotor
conseguisse alcançar a velocidade síncrona, então o campo
girante e o rotor gaiola estariam efetivamente parados (um
em relação ao outro), não haveria variação relativa de fluxo e
portanto indução.

Onde: fr = frequência do rotor


nr = velocidade do rotor
Escorregamento
• A diferença relativa entre a velocidade do rotor e a velocidade
síncrona em um motor de indução é expressa através de um
parâmetro chamado escorregamento, símbolo s, definido
• da seguinte maneira:
Onde: s = escorregamento
ns = velocidade do campo girante
nr = velocidade do rotor

Assim teremos:
Variação da velocidade com a
carga
Curva torque-escorregamento
• Note, antes de mais nada, que o escorregamento s é plotado do maior
valor (100 %) para o menor valor (0 %), correspondendo aos valores de
velocidade do rotor nula (motor parado) e à velocidade síncrona ,
respectivamente. O valor de torque nominal, Tn corresponde ao ponto de
operação normal para o qual o motor foi projetado, sendo que o
respectivo escorregamento é o escorregamento nominal,
Curvas de torque e corrente versus
velocidade
Categorias e aplicações

• categoria D : torque de partida alto, corrente de partida normal, grande


escorregamento, prensas excêntricas (picos periódicos de carga);
• categoria H : torque de partida alto, corrente de partida normal,
pequeno escorregamento, correias transportadoras, peneiras, britadores,
elevadores, cargas de alta inércia;
• categoria N : torque de partida normal, corrente de partida normal,
pequeno escorregamento, bombas, ventiladores, máquinas operatrizes.
Significado dos dados de placa
Significado dos dados de placa
Dados de placa

• A rotação nominal acontece quando o


motor opera com tensão, freqüência e
torque nominal
• Os motores normais podem trabalhar
até100Hz, podendo alcançar ate 120Hz
para pequenos motores.
Dados de placa
.
Proteção IP
• As normas IEC e ABNT – NBR 6146 definem os graus de proteção dos equipamentos elétricos por meio das
letras características IP seguidas por dois algarismos.
• 1° Algarismo – indica o grau de proteção contra penetração de corpos sólidos estranhos e
contato acidental.
• 0 – Sem proteção;
• 1 – Corpos estranhos com dimensões acima de 50 mm;
• 2 – Corpos estranhos com dimensões acima de 12 mm;
• 4 – Corpos estranhos com dimensões acima de 1 mm;
• 5 – Proteção contra acúmulo de poeiras prejudiciais ao gerador;
• 2° Algarismo – Indica o grau de proteção contra penetração de água no interior do gerador.
• 0 – Sem proteção;
• 1 – Pingos de água na vertical;
• 2 – Pingos de água na inclinação de 15° com a vertical;
• 3 – Água da chuva na inclinação de 60° com a vertical;
• 4 – Respingos de água em todas as direções;
• 5 – Jatos de água em todas as direções;
• 6 – Água de vagalhões (BALDE);
• 7 – Imersão temporária;
• 8 – Imersão permanente.
Fonte: http://pt.shvoong.com/exact-sciences/engineering/1808551-grau-prote%C3%A7%C3%A3o-ip-motores-el%C3%A9tricos/#ixzz1dzj3gsKp

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