Você está na página 1de 35

Capítulo XXVI

Eletrocultura
355

Na área da agricultura, além de processos e sistemas


como a agricultura orgânica, biodinâmica, permacultura,
biocenose do solo, compostagem de cobertura, adubação
verde, minhocultura, apicultura, etc. & Tao, para apro-
veitar a fartura proporcionada pelo sistema de geração
de Energia Livre ‒ que produzia em abundância, a baixo
custo e no próprio local de consumo ‒ parte desta energia
inesgotável era utilizada para alimentar a tecnologia da
Eletrocultura.

Introdução

A aplicação de eletricidade, magnetismo, luz mono-


cromática e som podem estimular o crescimento de plan-
tas em grande parte. Essa tecnologia pouco conhecida,
chamada Eletrocultura, acelerava a taxa de crescimento,
aumentava o rendimento e melhorava a qualidade da
colheita. A Eletrocultura protegia as plantas de doenças,
insetos e congelamento. Esses métodos também reduziam
as exigências de fertilizantes e pesticidas. Os fazendeiros
356

eletrocultores cultivavam colheitas maiores e melhores


em menos tempo, com menos esforço, a um custo mais
baixo.
As várias abordagens em Eletrocultura incluíam: an-
tenas, eletricidade estática, corrente alternada e contínua,
magnetismo, frequências de rádio, iluminação monocro-
mática e intermitente e som. As energias eram aplicadas
às sementes, plantas, terra ou água e nutrientes.
Interessados em cannabis, B.R. Lazarenko e I.B. Gor-
batovoskaya anunciaram:
“Os relatos de que as características adquiridas pelas
plantas em solos tratados eletricamente são transmitidos
por herança à terceira geração são particularmente inte-
ressantes.”
“Sob a influência de corrente elétrica, as proporções
numéricas entre plantas de cânhamo de sexos diferentes
foram alteradas em comparação com o controle dando
um número aumentado de plantas femininas em 20 a
25%, em conexão com uma redução na intensidade de
processos oxidativos nos tecidos da planta.” (1)

Sistemas de antenas

O fazendeiro francês Justin Christofloreau chamou a


atenção, em 1925, com seu aparato para coletar energia
atmosférica para seus cultivos. O trevo tratado pelo seu
método cresceu sete pés de altura. O aparato de Chris-
tofloreau consistia em um poste de madeira de 25 pés;
no topo estava um ponteiro de metal alinhado norte-sul e
uma antena. Foram soldadas tiras de cobre e zinco juntas
357

para gerar eletricidade a partir do calor solar. Vários dos


postes foram fixados separados por cerca de 10 pés e os
fios que conduziam deles estavam estendidos aproxima-
damente por 1000 jardas. Christofloreau reivindicou que
a eletricidade acumulada destruiu parasitas e promoveu
processos químicos benéficos no solo. (2)
Em 1924, Georges Lakhovsky inventou seu Circuito
Oscilador, uma bobina de cobre de uma volta com ex-
tremidades sobrepostas separadas por uma abertura. A
capacitância gerava correntes oscilatórias que beneficia-
vam as plantas. O anel era apoiado por um isolante como
uma vara de plástico. Esse arranjo extremamente simples
estimulava o crescimento da planta. (3)
Outras configurações também aumentavam o cres-
cimento da planta. Uma bobina cônica de fio rígido feita
com nove voltas (sentido anti-horário no Hemisfério Norte
e horário no Sul), quando fixo no chão a aproximadamente
1 pé ao norte de uma planta, coletava eletricidade atmos-
férica. Ficava conectado um fio da cerca a uma vara de
metal perto das plantas. Uma antena de tv também podia
ser usada. Rebar1 podia ser afundado no chão a cada final
de fileira de plantas, conectado por um fio desencapado
sob o solo ou no ar. Uma orientação norte-sul aproveitava
melhor a polaridade geomagnética.

1
N.T.: Rebar = Barras reforçadoras usadas para aumentar a tensão
do concreto.
358

Sistemas eletrostáticos

O estudo experimental dos efeitos de eletricidade


no crescimento vegetal começou em 1746, quando o Dr.
Maimbray of Edinburg tratou plantas de murta com a des-
carga de um gerador eletrostático, aumentando o seu
crescimento e florescimento. Dois anos depois, o abade
francês Jean Nolet descobriu que as plantas respondiam
com taxas aceleradas de germinação e crescimento glo-
bal quando cultivadas debaixo de eletrodos carregados.
Começando em 1885, o cientista finlandês Selim
Laemstrom experimentou um sistema aéreo alimentado
por um gerador Wimhurst e jarros Leyden, e descobriu
que a descarga elétrica das pontas dos fios estimulavam
o crescimento de cultivos como batatas, cenouras e aipo
com um aumento médio de cerca de 40% (até 70%) den-
tro de oito semanas. Morangueiros cultivados em estufas
produziram frutos maduros na metade do tempo habitual;
rendimento de framboesas foi aumentado em 95% e o
rendimento de cenouras, em 125%. Colheitas de repolho,
nabos e linho, entretanto, cresceram melhor sem eletrifi-
cação do que com ela. O sistema de Laemstrom compre-
endia uma antena horizontal suspensa, alta o suficiente
para permitir arar, capinar e irrigar. A voltagem aplicada
à antena variava de 2 a 70 KV, dependendo da altura da
antena. A corrente era de aproximadamente 11 ampères.
(4, 5)
Spechniew e Bertholon obtiveram resultados seme-
lhantes alguns anos depois e assim fez o padre suíço J.J.
Gasner, em 1909. Também naquele ano, o Prof. G. Stone
demonstrou que umas poucas faíscas de eletricidade es-
tática descarregadas na terra a cada dia aumentavam as
bactérias do solo em até 600%.
359

Nos anos vinte do século XX, V.H. Blackman repor-


tou suas experiências com um sistema aéreo semelhante
àquele de Laemstrom. Ele aplicou 60 volts CC / 1 miliam-
pere através de três fios de aço de 32 pés cada, suspensos
em postes afastados por 6 pés e a 7 pés de altura. Esse
arranjo rendeu um aumento médio de cerca de 50% para
vários tipos de plantas. (6)
Em 1898, Grandeau e Leclerq estudaram o efeito da
eletricidade atmosférica em plantas, cobrindo parte de um
campo com uma rede de arame que as protegeu da ação
elétrica natural. As plantas descobertas cresceram 50 a
60% melhor do que as plantas protegidas. O solo molhado
melhorava o fluxo de corrente. Plantas eletrocultivadas re-
queriam aproximadamente 10% mais água que as plantas
controle, porque a água carregada era transpirada mais
rapidamente do que em condições normais. Resultados
positivos eram sempre obtidos, exceto quando ozônio era
formado por ionização. Íons aéreos negativos intensifica-
vam os processos de redução e oxidação celular, enquanto
os positivos os deprimiam.

Corrente contínua

Nos anos 40, W. Ross, de Nova Iorque, notificou que


obteve um aumento de várias vezes no rendimento de um
campo de batatas quando enterrou uma placa de cobre (5
pés x 14 pés) e uma placa de zinco das mesmas dimen-
sões 200 pés distante. As duas placas estavam conecta-
das por um fio acima do chão, formando assim uma célula
galvânica. Em experimentos semelhantes de Holdenfleiss
(1844) com bateria de placas de zinco e cobre carregados,
os rendimentos aumentaram até 25%. (7)
360

De 1918 a 1921, uns 500 fazendeiros britânicos de-


senvolveram um sistema compartilhado para tratar os
seus grãos em uma solução eletrificada de nutrientes. Os
grãos foram secos antes de semear. Os fazendeiros culti-
varam aproximadamente 2.000 acres com as sementes.
Os resultados foram reportados no Scientific American
(15 de fevereiro de 1919):
“Em primeiro lugar, há um aumento notável no rendi-
mento de grãos da semente eletrificada (...) o rendimento
da semente eletrificada excedeu o da não eletrificada por
4 a 16 alqueires (...) A média (...) estava entre 25 e 30%
de aumento (...) O aumento em peso variou de 1 libra a
até 4 libras por alqueire (...) Além do aumento no tamanho
do rendimento e do aumento no peso por alqueire, houve
um aumento na palha (...) considerando que o tamanho
das sementes não eletrificadas tinha gerado apenas duas
palhas por semente, as eletrificadas geraram 5 (...). A
palha que cresceu da semente eletrificada era mais longa
(...) A corpulência e a força da palha foram aumentadas
(...) a colheita ficou menos propensa a ser derrubada por
tempestades (...) O milho que cresceu de semente assim
tratada ficou menos suscetível aos ataques de doenças
de fungos e vermes cilíndricos. O efeito produzido sobre
a semente tinha duração limitada; ela retinha sua efici-
ência aumentada por apenas cerca de um mês após a
eletrificação, quando mantida em um lugar seco. O efeito
melhorava quando a semente era prontamente semeada
após ter sido eletrificada... O grão devia ser macerado em
água que contivesse um pouco de sal (nitrito de sódio)
dissolvido que agia como um condutor (...) A semente
era macerada nisto e uma fraca corrente elétrica passava
através de eletrodos (ferro) de grande superfície presos
a duas paredes extremas opostas do tanque. A semente
então era retirada e seca. A semente, que era para ser
361

semeada em um tipo de solo, rendia melhores resultados


com um sal de cálcio e a semente a ser semeada em outro
tipo de solo, produzia melhores resultados com um sal de
sódio ou outro. Um tipo de semente precisava de trata-
mento por umas tantas horas e um outro tipo, durante
muitas horas a mais ou a menos. Por exemplo, a cevada
precisava um tratamento duas vezes mais longo que com
o trigo ou a aveia. A força da solução e a força da corren-
te deviam ser apropriadas e adequadas às necessidades
específicas em cada caso. A secagem era importante. A
semente devia ser seca à temperatura certa, nem muito
rapidamente nem muito lentamente; devendo ser seca
no grau certo, nem muito mais nem muito menos”. (8, 9)
Em 1964, o USDA executou testes onde um eletrodo
negativo foi colocado no alto de uma árvore e o eletrodo
positivo foi conectado a um prego direcionado para a base
da árvore. A estimulação com 60 volts CC aumentou a
densidade de folhas substancialmente nos ramos eletrifi-
cadas depois de um mês. Dentro de um ano, a folhagem
aumentou 300% nesses ramos. (10)
A eletricidade também curava as árvores de algu-
mas doenças. Um método foi desenvolvido em 1966 para
tratar abacateiros afetados com cancro e laranjeiras com
cascas escamosas. Um eletrodo foi inserido no cambio
vivo e linhas do floema da árvore e a corrente passada
pelos ramos, raízes ou terra. O tratamento era melhor
administrado na primavera. A duração do tratamento de-
pendia do tamanho e da condição da árvore. Brotos novos
apareciam após um único ciclo de tratamento. Depois que
a casca era removida, as árvores começavam a frutificar.
O período de estratificação do enxerto também ficava
reduzido dessa maneira.
362

A passagem de uma corrente elétrica modificava as


propriedades físico-químicas do solo. Seu estado de agre-
gação aumentava e sua permeabilidade para a umidade
ficava melhorada. O conteúdo de nitrogênio absorvível,
fósforo e outras substâncias era aumentado e o pH mu-
dava. Normalmente, a alcalinidade era reduzida e a eva-
poração aumentada. Tanto correntes elétricas alternadas
como contínuas tinham uma ação bacteriana que afetava
também a microflora do solo. Até 95% de mofo de repolho
e outras bactérias e fungos podiam ser destruídos através
da desinfecção elétrica.
A breve exposição de sementes à corrente elétrica
quebrava sua dormência, acelerava o desenvolvimento
ao longo do período vegetativo e, no final das contas, au-
mentava os rendimentos. O efeito se tornava maior com
sementes que tinham uma baixa taxa de germinação. O
metabolismo das mudas ficava estimulado, a respiração
e a atividade enzimática hidrolítica eram intensificadas
para muitos tipos de plantas. Lazarenko e Gorbatovskaya
reportaram estes resultados:
“Ao término da vegetação a planta de algodão expe-
rimental teve duas ou três vezes mais vagens do que a
planta controle. O peso significativo das sementes e fibra
também era maior nas plantas experimentais. No caso da
beterraba de açúcar, o rendimento e conteúdo de açúcar
foi aumentado e, em locais próximos ao polo negativo,
o aumento em conteúdo de açúcar foi particularmente
alto. O rendimento do tomate aumentou em 10 a 30%, e
a composição química da fruta foi modificada. O conteúdo
de clorofila destas plantas foi sempre maior do que o con-
trole (...) Pés de milho absorveram o dobro de nitrogênio
do que as plantas controle durante o período vegetativo
(...) A transpiração da planta experimental era mais alta
do que o controle, especialmente ao anoitecer (...) A ação
363

estimulante da corrente alternada foi maior quando a den-


sidade da corrente foi de 0.5 mA/cm² (...) Uma corrente
contínua com densidade de 0.01 mA/cm² teve aproxima-
damente a mesma ação. Quando estas densidades de
corrente ótimas foram usadas em estufas, o rendimento
de massa verde pode ser aumentado em 40%.”
P.V. Kravtsov, e Cols, reportaram que a população
de bactérias amonificantes (especialmente do tipo espo-
rogênico) aumentava cerca de 150% quando o solo ou
composto era exposto continuamente à corrente contínua
de baixa intensidade. A atividade simbiótica das bactérias
do nódulo com as plantas de feijão foi caracterizada pelos
nódulos volumosos próximos à base da raiz. Experimentos
de campo foram conduzidos em 40 hectares. As ervilhas
tratadas com inoculante eletrificado produziram 34% mais
rendimento que um cultivo controle. A evolução do gás
carbônico no solo aumentou mais de 35%. Os autores
também informaram que o tratamento de semente com
descarga de faíscas elétricas destruiu a microflora e ativou
o processo germinativo. (11)
Uma cerca eletrificada foi inventada por Henry T.
Burkey, em 1947, para manter os peixes do lado de fora
dos diques de irrigação. A cerca consistiu em uma fileira
de eletrodos soltos conectada a um gerador que carregou
ligeiramente a água para eletrocutar os peixes sem feri-
-los. (12)

Corrente alternada

Deve-se tomar grande cuidado quando estiver usan-


do corrente alternada para evitar eletrocussão de si mes-
mo e das plantas. A corrente alternada geralmente tende
364

a retardar o crescimento vegetal, exceto dentro de certos


parâmetros estreitos de voltagem e amperagem. As plan-
tas dicotiledôneas aumentam de peso a 10 KV e a 100
KV, mas diminuem de peso (até 45%) entre 20 e 60 KV. A
corrente deve ser muito baixa ou o crescimento vegetal
será retardado.
L.E. Murr usou eletrodos de malha de fios de alumínio
carregados até 60 KV e descobriu que as monocotiledône-
as aumentam em peso seco dentro um campo eletrostáti-
co (ES), mas diminuem de peso em um campo oscilatório.
O peso seco de dicotiledôneas aumenta aproximadamen-
te 20% quando cultivada em um campo oscilatório, mas
diminui acima de 50 KV. A concentração de elementos
pequenos (Fe, Zn, Al) aumenta vários centenas por cento
nas pontas das folhas ativas, devido a um aumento em
oligoenzimas. A atividade destas substâncias é tão acele-
rada que a respiração celular é impedida, resultando em
deterioração e morte. Parece não ser nenhum benefício
continuar com a exposição ininterrupta de plantas a um
campo elétrico alternante. Se tal sistema for usado, as
voltagens não deveriam exceder 10 KV e a corrente deve
ser muito fraca. (13-15)
Os resultados podem valer a pena. Em um sistema
semelhante, o máximo de energia provida era 50 watts
(50 KV / 1 mA) por acre, por 6 horas diariamente, durante
6 meses. A energia total provida de fato era menos que
0,2% da energia absorvida pelas plantas de luz solar so-
mente. Apenas uma fração dessa energia adicional estava
disponível às plantas; contudo, o aumento médio foi acima
de 20% até 50%. Além disso, descobriu-se que uma des-
carga elétrica aplicada durante o primeiro mês de cultivo
pode ser tão eficiente quanto o tratamento contínuo ao
longo da sessão.
365

Em novembro de 1927 e janeiro de 1928, a revista


Popular Science Monthly anunciou a invenção de H. L. Roe,
um arado eletrificado que manda 103 KV entre as lâminas
do arado para matar pestes no solo. Em 1939, Fred Opp
inventou um cultivador de jardim que usa corrente elétrica
de alta tensão para aumentar o conteúdo de nitrogênio
do solo. O sistema foi descrito na Popular Science Monthly
(outubro de 1939):
“Um gerador com uma produção de 110 volts CA,
uma bateria de armazenamento para excitar o campo de
força e um transformador que aumenta a corrente para
15 KV (...) é montado em um trator de jardim do tipo de
andar equipado com um pequeno motor de gasolina que
aciona o trator e o gerador. A corrente é conduzida até um
par de eletrodos nos sulcos do solo feitos pelo cultivador.
Como os eletrodos são arrastados junto, a terra cai por
cima deles, fazendo o contato.”
O mesmo método foi incorporado ao “Eletrocultiva-
dor” construído por Gilbert M. Baker, como reportado na
Popular Science, de setembro de 1946:
“É um reboque que contém um gerador de 12,5 KVA
e um transformador especial. Dois ancinhos com eletro-
dos de cobre que, pelos dentes, aplicam uma corrente
de alta voltagem e baixa amperagem às ervas daninhas.
Conforme a máquina é movida a 1 mph., as ervas dani-
nhas queimam, dos topos às pontas das raízes, deixando
a terra pronta para novas safras. O tratamento pode ser
repetido para o cultivo seguinte.”
Em 1911, Emilio Olsson patenteou um sistema de
irrigação que usa chuva eletrificada. A água foi contida em
um tanque de ferro isolado, carregado positivamente com
110 V / 0.5 A. O polo negativo era um fio de cobre isolado,
descascado na ponta. Os irrigadores foram montados a 5
366

metros de altura. Olsson cultivou com sucesso 600 acres


de plantação com este método. A cidade de Buenos Aires
adotou o sistema para usar em seus parques. (16)
O tratamento de sementes em um campo elétrico
antes de semear promove um aumento consistente no
rendimento, geralmente cerca de 15 a 20 %. L.A. Azin e
F.Y. Izakov informaram estes resultados de sua pesquisa:
“O campo elétrico da descarga em corona difere
do campo eletrostático por possuir uma homogeneidade
considerável e pela precessão das cargas espaciais de
mesmo sinal em sua zona de funcionamento. Por causa
disto, qualquer partícula, inclusive uma semente, recebe
uma carga de mesmo sinal em um tal campo. O campo
eletrostático é homogêneo e não possui cargas espaciais,
embora possa carregar partículas nele, porque uma se-
mente, se colocada no eletrodo metálico, adquirindo uma
carga através do contato, corresponde em seu sinal à
polaridade do eletrodo.”
N.F. Kozhevnikova e S.A. Stanko fizeram experimen-
tos com CA. Eles descobriram que:
“Depois do tratamento em condições ideais, o rendi-
mento de massa verde é aumentado entre 10 a 30% e o
rendimento de grão, entre 10 a 20%. Além do rendimento
aumentado, o tratamento de sementes com uma corrente
alternada pode melhorar outras propriedades economica-
mente valiosas das safras cultivadas: a cobertura de folha
das plantas pode ser aumentada, o período vegetativo
pode ser encurtado, o peso absoluto do grão pode ser
aumentado e assim por diante (...).”
As sementes foram tratadas com 2 a 4 KV / cm, com
8 KV nos eletrodos da câmara de funcionamento. A expo-
sição foi por 30 segundos ou por 1 hora. Foi encontrado
367

que, se as sementes tratadas fossem guardadas por 10 a


17 dias antes de semear, as plantas maduras conteriam
até 86% mais clorofila e 50% mais carotenóides que as
controles. (17)
B.R. Lazarencko e J.B. Gorbatovska informaram re-
sultados semelhantes atingidos sob várias condições de
tratamentos com descarga em corona das sementes:
“(...) Depois de tratamento elétrico deste tipo, um
aumento em suas taxas de germinação e, em particular,
na energia de germinação foi observado. A melhoria foi
especialmente marcada nas propriedades das sementes
localizadas no eletrodo negativo durante o tratamento.
Neste caso, foi obtido um aumento no rendimento de 2
a 6 centners2/hectare com quase todas as condições de
tratamento usadas. O aumento de rendimento foi menor
para as plantas cujas sementes foram tratadas no eletrodo
positivo. Sementes de milho tratadas em um campo elé-
trico constante deram bons rendimentos; tomates verdes
amadureceram mais rapidamente quando foram coloca-
dos em um campo elétrico próximo ao eletrodo positivo ou
entre os polos de um ímã, especialmente perto do polo sul.
A viabilidade e o poder fertilizador do pólen aumen-
taram inicialmente e depois diminuíram conforme a dura-
ção do tratamento em um campo elétrico constante era
alongada. Em condições ideais, esse poder fertilizador
foi aumentado de duas a quatro vezes. O uso de campos
elétricos de alta voltagem para o tratamento de pólen
conduziu à modificação de suas propriedades bioelétricas
e tornou-se possível influenciar o processo de fertilização:
a taxa de frutificação foi aumentada durante a hibridação

2
N.T.: centner = Antiga unidade de medida de peso equivalente a cerca
de 110 libras (49,9kg).
368

de variedades das formas mais distantes e o fracasso


para se cruzar espécies distantes de plantas frutíferas foi
superado.” (18)
Bactéria, fungos e insetos da semente podem ser
destruídos sem prejudicar as sementes, através da apli-
cação de campos eletrostáticos de alta frequência entre
as placas de capacitor. As pestes são destruídas quando
desenvolve-se um grau letal de calor dentro de alguns
segundos. Uma exposição mais longa é necessária para
causar diminuição na germinação diminuída de sementes
do que é necessário para matar as pestes. (19, 20)
Com esse mesmo método, é possível aumentar o
poder de germinação de sementes velhas ou sementes
que são naturalmente difíceis de germinar. A goma é
aumentada, o açúcar invertido é aumentado e a albu-
mina é alterada através de tal tratamento. Uma maior
porcentagem de sementes tratadas brota mais cedo que
as sementes sem tratar. Os campos eletrostáticos de alta
frequência também podem ser usados tanto para inativar
quanto para aumentar o metabolismo enzimático de fru-
tas e legumes, prolongando, assim, sua estabilidade ou
acelerando o seu amadurecendo. Em um campo eletros-
tático de 36 KV/m, o polo negativo posicionado sobre as
sementes aumenta sua germinação. O polo positivo sobre
as sementes inibe a germinação. Nos anos 30, V. Lebedev
usou ondas ultracurtas de força muito baixa para irradiar
sementes, resultando em crescimento vegetativo acele-
rado em 20 a 45%. Foram obtidos resultados semelhantes
com tubérculos de batata e bulbos de gladíolo que foram
cultivados sem pré-tratamento no frio.
Pensa-se que os efeitos sejam causados por cor-
rentes condutivas ou antenas dipolares ressonantes. O
efeito letal começa com um comprimento de onda de
369

aproximadamente 10,4 metros (29 MHz) quando as pla-


cas condensadoras estão separadas por 2 a 3cm. Outros
pesquisadores informaram efeitos semelhantes com os
seguintes parâmetros: placas, 12 cm diâmetro; corrente,
5,5 ampères; comprimento de onda, 5,6 metros (50 MHz);
temperatura, 30 a 40 °C. Os efeitos letais dependem do
comprimento de onda e do gradiente de voltagem da
força de campo (a distância entre as placas condensado-
ras). Aumentando - ou a frequência ou a força do campo
- enquanto os outros fatores permanecem constantes,
aumenta a velocidade do efeito nas pestes. Um aumento
de qualquer fator requer mais corrente, contudo a certas
frequências (ao redor 3MHz), é necessária muito menos
corrente para resultados eficientes (aproximadamente
4KV por polegada linear). Quanto mais alta a frequência,
mais curto o tempo letal. A espessura das sementes e o
seu conteúdo de umidade também alteram a dose letal.
A temperatura das sementes e pestes pode atingir 60 °c.
Um método semelhante foi desenvolvido para destruir
térmitas na madeira, usando um sinal de 20 MHz para o
propósito.
Experimentos conduzidos por H. Kronig mostraram
que, depois de uma semana de desenvolvimento, se-
mentes expostas a campos de frequência extremamente
baixa (0,5 a 20Hz), as sementes de trigo cresceram em
média um comprimento 23% maior do que os controles
não eletrificados.
Outros experimentadores descobriram que as cor-
rentes de alta frequência geradas por uma bobina Tesla
protegerá plantas de temperaturas tão baixas quanto 10F
que destruiria plantas desprotegidas. (28)
Em 1920, Thomas Curtis usou uma bobina Tesla gran-
de, imersa em óleo (10 KV / 500 W) para suprir corrente de
370

alta tensão sobre um lote de 200 pés quadrados, plantado


com rabanetes e alfaces. As safras eletrificadas eram, pelo
menos, 50% maiores que as colheitas normais.

MAGNETISMO

O criador de plantas Alberto Pirovano publicou uns


50 trabalhos sobre alterações herdadas em plantas indu-
zidas por tratamento com baixa frequência ou campos
magnéticos constantes.
Albert R. Davis recebeu a patente norte-americana
n°. 3.030.590 para o seu sistema de jardinagem com mag-
netismo. Davis disse:
“ (...) Nós descobrimos que, tratando sementes sobre
o chão com o polo Sul de um ímã (1.500 a 2.500 Gauss),
aumenta a germinação e crescimento e as folhas desses
legumes são maiores.
Se você tratar sementes de beterrabas, batatas, ce-
nouras ou nabos, produzirá um resultado melhor usando
o polo Norte do ímã.”
A influência magnética também ameniza a tensão
superficial da água, a qual é mais prontamente absorvida
pelas sementes e plantas. U.J. Pittman conduziu experi-
mentos de campo extensivos com estes resultados:
”(...) O magnetismo da Terra pode afetar a direção
do crescimento das raízes de algumas plantas e também
a taxa de crescimento de algumas mudas. As raízes de
algumas plantas [trigo de inverno e primavera e aveias
selvagens] normalmente alinhadas num plano de N-S
aproximadamente paralelo à face horizontal do campo
371

magnético da Terra, semeadas em fileiras que correm


em ângulos retos com o N magnético, frequentemente
rendem mais que o trigo semeado em outra direção por
3 a 4 bushels / acre porque as raízes crescem em uma
direção N-S e utilizam os nutrientes das áreas entre as
fileiras mais extensivamente.
Descobriu-se que as sementes de algumas varieda-
des de trigo, cevada, linho e centeio germinam mais rapi-
damente e crescem mais durante as suas fases de muda
quando seus eixos longitudinais e terminais embrionários
são apontados para o polo N magnético do que quando
eles são apontados em qualquer outra direção.
Muitas sementes germinam e crescem cerca de duas
vezes mais rápido se são expostas ao polo N de um cam-
po artificial antes de serem plantadas do que se elas não
forem tratadas. A semente de trigo, em particular, cresce
cerca de 5 vezes mais nas primeiras 48 horas do que a
semente não exposta. Em algumas espécies, a taxa de
crescimento aumentada persiste até a maturidade. Feijões
verdes amadurecem mais uniformemente e rendem mais
que aqueles de semente sem tratar, plantadas aleatoria-
mente. Os efeitos do tratamento magnético antes da ger-
minação permanecem ativos dentro de algumas sementes
durante, pelo menos, 18 meses depois da aplicação. A
intensidade magnética exigida para dar resposta máxima
é entre 0,5 e 100 Oersted quando aplicada durante 240
horas. Por alguma razão desconhecida, acontece uma
maior resposta de crescimento se as sementes são sujei-
tas ao magnetismo por 48, 144, 240 ou 336 horas do que
se expostas por períodos intermediários. Uma exposição
durante 240 horas produz respostas máximas na maioria
das sementes.”(21)
372

Pittman descobriu que a determinação sexual de


plantas monóicas como milho e pepinos também é afe-
tada pelo campo geomagnético:
“Se o radical embrionário de tais plantas é orienta-
do para o Norte, um maior número de flores femininas é
formado do que no caso de sementes orientadas para o
Sul. Uma vez que as frutas do pepino são produzidas da
flor feminina, a orientação dos radicais das sementes em
direção ao norte levará, claro, a um maior rendimento
por planta.”
Em geral, a orientação em direção ao norte do radical
embrionário (particularmente do milho) promove masculi-
nidade. A resposta das sementes quando orientadas para
os polos geomagnéticos, depende da orientação destra
ou canhota da semente e as características sexuais do
tipo de planta. Quando orientadas com a ponta do radical
embrionário para o polo S geomagnético, as sementes
levógiras demonstram taxas mais altas de crescimen-
to, respiração, e atividade enzimática e rendimentos até
50% maiores. Sementes destrógiras respondem com taxas
de crescimento e rendimento aumentados em até 50%
quando as pontas de seus embriões são apontados para
o polo N.
Quando sementes de coníferas são cultivadas com
seu radical embrionário orientado para o S, elas germinam
4 a 5 dias mais cedo que sementes orientadas para o polo
N. As fases lunares também têm um efeito profundo na
germinação de coníferas. Elas irão brotar mais rapidamen-
te quando seus radicais embrionários são orientados para
o S durante a lua cheia, do que se elas fossem germinadas
durante a lua nova.
Se há alguma dúvida a respeito da orientação ou
gênero das sementes, resultados positivos podem ser ob-
373

tidos em qualquer caso tratando as sementes por duas


semanas no neutro magnético, a região quieta onde o
empuxo magnético é balanceado entre N e S. Esta região
é localizada observando-se os padrões formados por lima-
lha de ferro pulverizada em um painel de vidro colocado
sobre o ímã.
Pittman cultivou também batatas a partir de olhos
extirpados tratados magneticamente. A safra do campo
cultivado rendeu 17% mais tubérculos comerciáveis que
pesaram 38,5% mais que aqueles cultivados a partir de
olhos não tratados. Pittman concluiu:
“(...) O tratamento magnético pré-germinativo do
olho pode ter efetuado uma alteração no processo me-
tabólico no broto que, eventualmente, promoveu uma
iniciação maior e mais cedo do tubérculo. Os tubérculos
iniciados precocemente tiveram mais tempo para se de-
senvolver em tamanho do que os que iniciaram depois.”
A exposição de sementes a campos magnéticos tam-
bém aumenta a porcentagem de germinação de sementes
de abricó e maçã, aumenta os rendimentos de feijões
repentinos, apressa o crescimento de mudas de legumi-
nosas e cereais e a taxa de amadurecimento do tomate.
P.W. Ssawsotin relatou que um campo de baixa in-
tensidade (60 Oe) pode afetar alguns processos biológi-
cos tanto quanto ímãs de alta intensidade (1.600 Oe).
Algumas das “janelas” eficientes são bastante estreitas.
Strevoka e Cols. descobriram que uma força de campo
de 60 Oe aumentou a taxa de crescimento de feijões,
pepinos, tremoços, milho e centeio, mas o centeio não
foi afetado por um campo de 100 Oe. Os maiores resul-
tados foram obtidos às temperaturas que são ideais para
o crescimento de cada tipo de planta. (22)
374

Outros pesquisadores russos descobriram que se-


mentes de trigo e cevada pré-magnetizadas (2.000 Oe)
por 30 minutos com o eixo principal alinhado com o fluxo
magnético germinarão muito mais vigorosamente que
sementes controle. A germinação, na verdade, é retar-
dada quando as sementes são alinhadas de encontro ao
fluxo. As sementes de milho respondem diferentemente
de acordo com a sua orientação esquerda (l-), direita (d-)
ou simetria (s) quando tratadas por um campo magnético
constante (7 kOe) durante 15 minutos. As sementes l- são
muito responsivas, apresentando captação de água, po-
tássio e aminoácidos livres aumentadas 24 horas após o
tratamento. O efeito nas sementes l- é mais forte quando
o embrião saturado de água é orientado para o polo N
magnético. Lazarenko e Gorbatovskaya também relata-
ram outros efeitos estranhos:
“(...) Resultados mais curiosos ainda foram obtidos
em experimentos nos quais as sementes foram aquecidas
em um tubo de ensaio, sendo deixadas durante 30 minu-
tos em água fervente. Comparadas às sementes controle,
as sementes aquecidas (no estado seco descrito acima) e
expostas ao campo magnético exibiram maior atividade
de brotamento (...).”
Outros experimentos mostraram que o tratamento
do solo com água magnetizada e/ou corrente de baixa
frequência (0.5 ou 5 A) ativa o potássio e o fósforo do
solo, aumentando assim sua biodisponibilidade. (23, 24)
A.V. Krylov também demonstrou fenômenos magne-
totrópicos nos vegetais:
“(...) A germinação de sementes em um campo mag-
nético constante apressou o crescimento de brotos, radí-
culas e o desenvolvimento da planta, enquanto que um
aumento neste sinal positivo promoveu envelhecimento,
375

adoecimento e morte. A polaridade também desempenha


um papel na imunidade da planta. As mudas com suas ra-
dículas voltadas em direção ao polo N foram densamente
infestadas por parasitas e mofos, e a resistência destas
mudas estava obviamente deprimida. A aparência das
mudas confrontadas com o polo S (com todas as outras
condições mantidas) era completamente diferente.”
Em um campo de 1.500 Oe, o maior número de se-
mentes germinadas foi encontrado após uma exposição
de 10 a 30 e 300 minutos. Outros ganhos foram encontra-
dos a 2,800 Oe. Se o campo magnético for muito intenso,
a germinação pode ser retardada. Strevoka relatou um
achado contrário: um campo não homogêneo de 12.000
Oe suprime a germinação de feijões em até 40%. (25)
O Guarda-Geadas de DeLand ‒ A “Torre Guarda-
-Geadas” desenvolvida por John DeLand nos anos 40 ‒
usa magnetismo para substituir vasos repulsivamente
sufocantes. Ele obteve altos rendimentos de laranjeiras
classicamente consideradas muito velhas para serem pro-
dutivas. O sistema de DeLand pode proteger um acre de
árvores de geada, mas é ineficaz para plantas pequenas.
George van Tassel deu esta descrição do dispositivo:
“A Torre Guarda-Geadas de DeLand tem, aproximada-
mente, 32 pés de altura. É composta de três tubos de aço
galvanizado padrão de 12 pés de comprimento. A parte
mais baixa é um tubo de duas polegadas, fixado a 3 pés
de profundidade em concreto. Em cima disto, uma seção
de tubos de 12 pés de 1 1/2 polegada é fixada por meio de
um redutor. Sobre este, a parte de cima de tubo 12 pés,
com 1 polegada de diâmetro, é fixada por meio de um re-
dutor. São colocados horizontalmente sobre cada redutor
e à cabeça do mastro discos de 1 pé de diâmetro, 3/4 de
polegada, de madeira compensada impermeável. Próximo
376

ao diâmetro externo de cada disco ou colarinho de ma-


deira compensada são feitos sete furos. Estes furos são
paralelos ao mastro central e são espaçados igualmente
ao redor do diâmetro, afastados 51 1/2 graus. Iniciando
do topo do mastro, com uma extensão de 6 ou 7 polega-
das paralela ao chão, fios de cobre no. 10 desencapados
são passados para baixo através da extremidade exterior
da fundação de concreto. De lá, eles se ramificam para
fora, em trincheiras de 18 polegadas de profundidade,
para uma distância de não mais que 144 pés do centro
do mastro. Neste ponto, cada fio é embrulhado várias
vezes ao redor de um ímã permanente Alnico-V. A ponta
de cada fio é trazida sobre chão e dirigida de volta para
sua outra ponta em cima da torre. O ímã é coberto com
uma capa de plástico para protegê-lo de ferrugem e man-
ter os enrolamentos no lugar. As trincheiras e ímãs são
cobertas com terra. A profundidade de 18 polegadas é
para proteger os fios do cultivo, eles têm que permanecer
intactos para o sistema funcionar. Um dos fios na torre e,
consequentemente, na terra deve estar apontado para o
Norte magnético. A colocação deste primeiro ímã deve ser
feita com muita precisão, tanto quanto os demais.
Os conjuntos de ímãs são inclinados para o mastro
a 34 graus em relação à superfície do chão. Apontando
as barras magnéticas enterrados para o polo Norte mag-
nético, mas também as fixando então apontadas ou incli-
nadas para o mastro central dá uma inclinação ao fluxo
de energia. Este sistema protegeu arvoredos quando as
temperaturas caíram para tão baixo quanto 20F. O siste-
ma não altera a temperatura do ar no arvoredo. Mais que
isso, parece efetuar uma condição nas próprias plantas,
de forma que as temperaturas mais baixas não induzem
a geada. Os frutos caídos no chão gearão.” (26-28)
377

Tratamento eletrogênico
da semente

Nos anos setenta, A. Zaderej e C. Corson formaram


a Intertec Inc., para desenvolver e comercializar seu “Tra-
tamento Eletrogênico para Sementes”. O sistema da In-
tertec simula uma variedade de condições atmosféricas
conhecidas em beneficiar o desenvolvimento vegetal. As
sementes são condicionadas e rejuvenescidas, resultando
em germinação mais rápida e rendimentos aumentados.
As sementes são pulverizadas com uma solução de
minerais e enzimas implantados na cobertura da semente
através de eletroforese, o que apressa a atividade cro-
mossômica. Uma segunda exposição a íons negativos de
alta voltagem aumenta a implantação. Então, as semen-
tes são expostas a radiação infravermelha de modo a
reduzir a dureza e dormência da semente e aumentar o
metabolismo do ATP.
A próxima fase usa uma carga eletrostática para dar
proteção de catódica. Isto reduz a taxa de mortalidade
das sementes proporcionando uma fonte de elétrons para
tamponar a reação com os íons dos radicais livres dos
nutrientes. As sementes devem estar úmidas quando tra-
tadas com a proteção catódica. Sementes secas podem
ser danificadas por este tratamento, mas as sementes es-
tragadas podem ser consertadas um pouco se elas forem
umedecidas. A proteção catódica aumenta a viabilidade
e a germinação em até 200%.
A fase final do processo eletrogênico trata as semen-
tes com frequências de rádio selecionadas que estressam
a memória das moléculas de ADN, carregando as mito-
côndrias, intensificando outros processos metabólicos.
Este tratamento aumenta o grau de absorção de água, a
378

condutividade elétrica e a captação de oxigênio. As frequ-


ências variam de 800 KHz a 1,5 MHz com uma intensidade
de campo de 3,2 W / cm².
As sementes precisam ser tratadas o mais próximo
de quando elas serão semeadas. Por alguma razão des-
conhecida, os efeitos do tratamento eletrogênico não vão
longe.

Som

O crescimento de vegetais pode ser estimulado tam-


bém através do som; o efeito continua até 50 KHz. As
frequências de 4 a 5KHz são particularmente eficientes
para aumentar a germinação, atividade enzimática e res-
piração.
Normalmente, o movimento de protoplasma fluindo
nas células vegetais é reduzido no alvorecer e anoitecer,
mas esta fluidez pode ser acelerada por um gerador de
frequência auditiva usado durante 30 minutos a uma dis-
tância de cerca de 5 pés das plantas. Como resultado, a
quantidade e taxa de crescimento aumentam. As plantas
não devem ser tratadas dessa maneira por mais de 3 ho-
ras diárias ou, provavelmente, as plantas morram dentro
de um mês ou dois, dependendo da qualidade do som
e sua intensidade. Frequência muito alta, aguda, causa
rompimento celular e morte. Algumas músicas de Rock’n
Roll também fazem isso.
Um processo revolucionário chamado “Florescer Sô-
nico”, inventado por Dan Carlson, usa um tom de 3 KHz
(modulado para produzir gorjeios e assobios como o dos
pássaros) e um pulverizador foliar (55 minerais traço, al-
379

gas, giberelina e aminoácidos) para produzir “crescimento


indeterminado em vegetais”. O seu primeiro sucesso foi
com uma estufa de plantas de Paixão Roxa que normal-
mente crescem 8 polegadas. Sob a influência do Florescer
Sônico, a planta eventualmente cresceu mais de 1.200
pés e ganhou para si um lugar no Guinness Book of World
Records. (29)
Cultivadores que usam o Florescer Sônico relatam
aumentos dramáticos no rendimento, legumes e frutas
de melhor sabor, e flores mais brilhantes. Os cultivadores
podem esperar uma produção aumentada e uma maturi-
dade precoce. Brotos de alfafa aumentarão em peso em
1.200 % dentro de três dias. Os brotos terão uma vida de
prateleira mais longa (2 a 3 semanas) que a habitual (3 a
4 dias). Experimentos com o Florescer Sônico, na África,
produziram plantas que sobreviveram a climas extrema-
mente quentes e alagados. O Florescer Sônico também
produzirá frutas em árvores de primeiro ano. Fazendeiros
de maçã relataram rendimentos triplos, vida de prateleira
de 8 meses e um aumento enorme nos valores nutricio-
nais: 126 % mais potássio, 326 % mais cromo, 400 % mais
ferro e 1.750% mais zinco.
As perdas por doenças e pestes foram reduzidas em
mais de 80 %.
As possibilidades são ilimitadas. Carlson, diz:
“Uma de nossas maiores inovações em fazer todo o
mundo entender como é fácil alimentar grandes quanti-
dades de pessoas, envolveu um broto secundário em um
tomateiro. Um broto secundário normalmente é um ramo
estéril que aparece entre um broto lateral e o ramo prin-
cipal. Nossas plantas de tomate crescem duas polegadas
por dia. Se permitirmos um broto secundário crescer du-
rante sete dias ele terá, aproximadamente, 14 polegadas
380

de comprimento. Se o cortarmos e o pusermos na sombra,


borrifando uma vez por dia com uma solução de Florescer
Sônico de 1/4 de onça por galão, em 10 a 14 dias ele se
enraizará completamente e começará a crescer 2 pole-
gadas por dia. Cinquenta e cinco dias depois, terá 7 a 9
pés de altura. Agora, a produção normal de tomates é de
90 dias. Nós estamos fazendo isto em menos que 55; e
mais, estamos produzindo pelo menos duas vezes mais
frutos em quase a metade do tempo.
Água é adicionada à fórmula concentrada de Flores-
cer Sônico. O cassete (contendo um sinal de 3KHz e sons
da natureza) é tocado em alto volume com altos agudos e
médios graves durante 10 minutos antes de pulverizar as
plantas. As plantas são pulverizadas enquanto o cassete
está tocando e o som é mantido durante outros 20 minu-
tos após pulverizar. Ambos os lados das folhas devem ser
saturados. O tratamento tem melhor performance pela
manhã (antes das 9h.), de preferência em tempo nublado.
Nas manhãs frias, a pulverização deve ser atrasada para
o fim de tarde. Não pulverize as plantas quando a tempe-
ratura cair abaixo dos 50 F. A fórmula também pode ser
administrada na provisão de água regular, gotejamento,
hidroponia, etc. A solução nutriente deve ser aplicada uma
vez por mês durante o primeiro mês e duas vezes por
semana depois disso. As sementes devem ser saturadas
em uma solução diluída de nutriente durante 8 horas ou
ao longo da noite enquanto a fita sonora é tocada conti-
nuamente em um aparelho de cassete com capacidade
autorreversa. Plante as sementes imediatamente. A fita
deve ser tocada diariamente, por pelo menos 30 minutos
durante o período de luz do dia”
381

LUZ MONOCROMÁTICA & PULSÁTIL

Os vegetais respondem à luz com uma variedade


complexa de reações que são afetadas pela duração (fo-
toperíodo), intensidade e comprimento de onda da luz.
Durante o século XIX, Edward Babbitt e outros, relataram
que a germinação de sementes aumenta em até 50% sob
da influência de luz azul (provida através de filtros de vidro
azuis). A vitalidade da planta é aumentada, o crescimento
é acelerado, o desenvolvimento de talos e folhas melhora
e os rendimentos são aumentados.
Em 1861, o Gal. A.J Pleasanton, construiu uma estufa
de 2.200 pés quadrados na qual toda oitava vidraça era
azul. Pleasanton obteve resultados fenomenais em termos
de aumento de rendimento, melhora de sabor, etc., e rece-
beu a patente americana n°. 119.242 por “Melhoramentos
na Aceleração do Crescimento de Plantas e Animais.” Ele
recomendou uma relação de 8:1 entre luz branca e azul
para o crescimento vegetal ideal e uma razão de 1:1 para
o melhor desenvolvimento animal. A luz azul estimula a
resposta direcional das plantas para a luz. Os poros das
plantas abrem mais amplamente na presença de luz azul
(use isso com o Florescer Sônico). A evaporação e a fo-
tossíntese são intensificadas e a produção de clorofila é
acelerada. Porém, algumas células podem se romper e a
mitose pode ser inibida.
O laser He-Ne (632,8nm) pode influenciar a germi-
nação controlada por fitocromo, o crescimento e o desen-
volvimento de plantas a mais que um quarto de milha de
distância. O efeito máximo é obtido com apenas 1 ou 2
minutos de exposição à luz laser refletida. Mais que 10
minutos de irradiação irá inibir a resposta do fitocromo.
382

Em alguns casos, irradiações noturnas sucessivas de luz


de baixa intensidade têm um efeito significativamente
maior que uma única exposição de maior comprimento
ou intensidade. A resposta pode ser revertida alternando
a exposição ao laser e à luz infravermelha. (30-32)
G. Krustev e Cols. investigaram o efeito da irradia-
ção laser em produção de cânhamo e determinou que o
tratamento laser melhorou as qualidades de semeadu-
ra das sementes, encurtou as fases de desenvolvimento
da planta, produziu plantas mais vigorosas e aumentou
os rendimentos de talos e sementes em uma extensão
considerável. Os investigadores usaram um laser He-Ne
durante 15 e 30 minutos e um laser de nitrogênio com
225 e 450 pulsos. (33)
A luz vermelha pode ser usada para aumentar o cres-
cimento de algumas plantas (feijões, etc.) até dez vezes a
taxa normal estimulando a atividade fitocromática. A luz
vermelha a 660nm estimula crescimento, desenvolvimen-
to, florescimento e frutificação. Quando a luz vermelha a
700 nm está disponível com a luz vermelha a 650 nm, a
atividade fotossintética é consideravelmente maior que
com qualquer frequência sozinha. Luz azul a 420 nm au-
menta o efeito da luz vermelha a 650 nm. A fotossíntese
acontece a, aproximadamente, 440 nm.
A fotossíntese pode ser aumentada até 400% por
meio de luz intermitente. Os pesquisadores usaram um
disco giratório com uma seção cortada para mascarar a
luz de uma lâmpada. Eles descobriram que 75% da luz
obtida de uma fonte podem ser bloqueadas sem diminuir
a taxa de fotossíntese. Os rendimentos melhorados pro-
duzidos pela luz intermitente dependem da frequência
de lampejo. Uma frequência de quatro lampejos/minuto
resulta em 100% de aumento nos rendimentos. A quantia
383

de trabalho feita pela luz pode ser aumentada, encurtan-


do ambos os períodos claros e escuros. Por exemplo, os
rendimentos podem ser aumentados em 100% usando
133 lampejos/segundo. Emerson e Williams melhoraram
o rendimento em até 400 % (comparado com a luz contí-
nua) usando apenas 50 lampejos/segundo. Os lampejos
claros devem ser muito mais curtos que o período escuro.
O período escuro mínimo é de, aproximadamente, 0,03
a 25o C. A reação à luz começa com, aproximadamente,
0,001 segundo de lampejo e depende da concentração
de gás carbônico.
A. Shakhov e Cols. desenvolveram vários métodos
de aplicar Luz Solar Pulsada Concentrada (CPSL) para es-
timular a atividade fotoenergética de sementes e plantas.
Os lampejos de CPSL duram de 0,2 a 1 segundo e pro-
duzem efeitos significativos em processos fisiológicos e
aumentam a produtividade da planta. O efeito da CPSL
não é causado pela ação térmica da luz concentrada, mas
dotando plantas com uma “fotoenergia reserva” que au-
menta os rendimentos das colheitas de legumes em até
20 a 30% e colheitas de grãos em 5 a 10%.
São usadas disposições de placas de vidro e alumínio
para concentrar a luz solar em, até, 100 vezes. O aparato
é ligeiramente mexido por vários modos para pulsar a
irradiação que é dirigida para sementes ou plantas. Em
um dispositivo como esse, um grande refletor de alumí-
nio semicônico é girado por um motor em 100 a 130rpm.
As sementes são organizadas em uma única camada na
parede da panela e recebem a irradiação intermitente con-
forme elas atravessam uma mancha de foco fixa no lado
de dentro parede. Uma iluminação artificial (70.000lux)
384

pulsada a 120 lampejos / minuto foi encontrada para pro-


duzir efeitos ainda que a energia luminosa fosse muito
mais baixa que a de CPSL. Com Lemna{/i]3, foi obtido o
crescimento máximo com um período de pulso de 0,004
segundo.
Outros sistemas usam espelhos tingidos para produ-
zir cores simples. S.A. Stanko irradiou pés de soja com luz
vermelha pulsada por 30 min. / dia durante uma semana,
resultando em um aumento de 8% no conteúdo de pro-
teína dos feijões.
Thomas G. Hieronymous descobriu que uma planta
pode ser cultivada em lugar fechado em completa es-
curidão se estiver conectada por um fio isolado a uma
grande superfície de metal exposta à luz solar. A planta
deve estar a, pelo menos, 6 pés acima do chão e isolada
para gerar um potencial de voltagem ou efeito antena.
O tamanho ideal da folha metálica deve ser determinado
através de experimentos para evitar queimadura de sol
(muito grande) ou amarelamento (muito pequeno). As
plantas cultivadas desta maneira se desenvolverão nor-
malmente, enquanto as plantas controle serão retardadas.
O Dr. Wilhelm Reich (famoso pelo Orgone) também
descobriu que se podem cultivar plantas sem luz se elas
forem cultivadas com magnetita que tenha sido exposta à
luz solar. A magnetita absorve e reirradia energias solares
que são utilizadas pelas plantas.

3
N.T. [i]Lemna = tipo de planta flutuante da família Lemnaceae.
Referências
Bibliográficas
& Cybergráficas
422

Appl. Electr. Phenom. 6: 454-458 (Nov.-Dec. 1967)


Biol. Abstr. 84: 83306
BLACKMANN, V.H.: J. Agric. Sci. 14: 120-186 (1924)
BRIGGS, Lyman, et al.: USDA Departmental Bulletin #1379
(January 1926)
BURRIDGE, Gaston: Round Robin (Sept.-Oct. 1971), p. 17
Chemical Abstracts 96: 49235b; ibid., 96: 67828b
Dan Carlson Enterprises, Inc.: 708 - 119th Lane N.E., Blai-
ne MN 55434 USA; Tel. 1-612-757-8274; Agro-Sonic Res.
Farm: Tel. 1-715-425-1407; Fax 1-715-425-1727
DYCUS, A.M., & Schultz, Alice: Plant Physiology Supple-
ment #39
GRADENWITZ, Alfred: Popular Science Monthly (June 1925)
HEADLEE, T.: N.J. Experimental Station Bulletin # 568
(April 1929)
HEADLEE, T.: N.Y. Entomol. Soc. 37 (1): 59-64 (1929)
KHEVDELIDZE, M.A., et al.: Appl. Electr. Phenom. 1 (19):
52-59 (Jan.-Feb., 1968)
423

KOZHEVNIKOVA, N.F., & Stank, S.A.: Appl. Electr. Phenom.


#2 (Mar.-Apr. 1966)
KRAVSTOV, P., et al.: Appl. Electr. Phenom. 2 (20): 147-154
(Mar.-Apr. 1968)
Lakhovsky, G.: The Secret of Life; 1939, W. Heinemann,
London
LAZARENKO, B. & GORBATOVSKAYA, J.: Applied Electrical
Phenomena #6 (March-April 1966)
MOORE, A.D.: Electrostatics & Its Applications; 1972, Wiley
& Sons
MURR, L.E.: Advancing Frontiers of Plant Sciences 15: 97-
120
MURR, L.E.: N.Y. Acad. Sci. Trans. 27 (7): 761-771 (1965)
MURR, L.E.: Nature 201: 1305 (1964); ibid., 203: 467-469
(1965); ibid., 208: 1305 (1964)
PALEG, L.G., & Aspinall, D.: J. Gen. Physiol. 15: 391-420
(1932)
PALEG, L.G.: Nature 228: 970-973 (1970)
PITTMAN, U.J.: Canadian J. Plant Sci. 43: 513-518 (1963);
ibid., 52: 727-733 (Sept. 1972); ibid., 44: 283-287 (May
1964); ibid., 47: 389-393 (July 1967); ibid., 50: 350 (May
1970); ibid., 51: 64-65 (January 1971)
Popular Science (Oct. 1947), p. 94
Practical Electrics (Nov. 1921)
ROSS, W.: U.S. Commissioner of Patents Report 27: 370
(1844)
Scientific American (10 June 1905)
Scientific American. (15 Feb. 1920), pp. 142-143
424

Scientific American. (19 Aug. 1911)


Shakhov, A.A., et al.: Biofizika 10, No. 4 (1965)
SHAKHOV, A.A.: Applied Electrical Phenomena 2: 134-145
(1965)
STREVOKA, et al.: Planta 12: 327
VAN TASSEL, Geo.: Proc. College of Universal Wisdom;
1974, Big Rock, CA

Cybergrafia

ABONG ‒ Associação Brasileira de Organizações não Go-


vernamentais
A Cooperação Civil da Sociedade da União Europeia com
a América Latina
Agência Noticias Direitos Infância
Akatu ‒ Comunidade do Consumo Consciente
Central do Transporte
Centro de Referência Akatu
Circuito Compras
Eco Agents
Ecocentro IPEC
Fórum Brasileiro de Economia Solidária
Franquia Eco
Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adoles-
cente
Fundação Gaúcha dos Centros Sociais

Você também pode gostar