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Elicha Filipe

Marcos Filipe Armando

Momade António Rihele

Venâncio Mariano pedro

Leis de Newton, Lei de Conservação e Movimento unidimensional no sistema

Universidade Rovuma

Nampula

2024
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Elicha Filipe

Marcos Filipe Armando

Momade António Rihele

Venâncio Mariano pedro

Leis de Newton, Lei de Conservação e Movimento unidimensional no sistema

(curso de física aplicada,2º ano)

Relatório Mecânica Clássica apresentado a


Faculdade de Ciências Naturais,
Matemática e Estatística para fins
avaliativos, sob orientação de:
Mestre Fernando Murrula Oface

Universidade Rovuma

Nampula

2024
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Índice
1.Introdução ............................................................................................................................ 3

1.2. Objectivos ........................................................................................................................ 4

1.2.1. Objectivo geral .............................................................................................................. 4

1.2.2. Objectivo específicos .................................................................................................... 4

2. As leis de Newton ............................................................................................................... 5

2.1.Princípio da inércia (primeira lei de newton) ................................................................... 5

2.2.Segunda Lei (Lei fundamental da dinâmica) .................................................................... 5

2.3.Terceira lei de Newton (lei de Acão e reação) ................................................................. 6

3.Leis de conservação ............................................................................................................. 7

3.1.Quantidade de movimento ................................................................................................ 7

3.2.Colisões ............................................................................................................................. 8

3.3.O Impulso .......................................................................................................................... 9

4.Movimento Unidimensional num sistema. ........................................................................ 10

5.Exercícios de aplicação ...................................................................................................... 11

6. Conclusão.......................................................................................................................... 16

Bibliografia ........................................................................................................................... 17
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1.Introdução

A dinâmica é a área de estudos da Física que estuda as causas que produzem e modificam o
movimento. As três Leis de Newton são os pilares da dinâmica e, por isso, sua compreensão é
fundamental para essa área de estudo (Monteiro, 2016).
Um dos objectivos fundamentais da dinâmica é predizer, dentre os movimentos possíveis de
um sistema material qual movimento particular ocorreria numa dada situação.
A relação existente entre uma força e aceleração produzida por ela foi descoberta por Isaac
Newton (1642-1727). O estudo dessa relação, da forma como foi apresentada por Newton, é
chamado de mecânica newtoniana. Daí que vamos nos concentrar inicialmente nas três leis
básicas de movimento da mecânica newtoniana.

1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral

 Saber as leis de Newton, a lei de conservação e movimento unidimensional;

1.2.2. Objectivo específicos

 Apresentar leis de conservação;


 Detalhar o movimento de unidimensional;
 Identificar as leis de newton;
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2. As leis de Newton

2.1. Princípio da inércia (primeira lei de newton)

(Luiz. & Sergio, 2006) O Principio da Inercia, também conhecido como Primeira Lei de
Newton, afirma que: “Uma partícula permanecera em repouso ou em movimento retilíneo
uniforme se for nula a resultante das forças que agem sobre ela.”
Assim sendo, um corpo não pode por si mesmo alterar o seu estado de repouso ou de movimento
retilíneo uniforme. Na ausência de uma força resultante ele se mantem em
repouso ou em MR U. Chamamos inercia a esta propriedade e o primeiro axioma admite
que toda e qualquer espécie de matéria e inerte.

2.2. Segunda Lei (Lei fundamental da dinâmica)

Em muitos casos observamos o movimento de uma partícula, quer porque não temos
possibilidade de observar as outras partículas com as quais ela interagem, quer porque
propositadamente ignoramos essas outras partículas. Nessa situação, torna-se difícil utilizar
princípio de conservação da quantidade de movimento. Contudo há uma maneira pratica de
contornar essa dificuldade, que é pela introdução do conceito de força. A teoria matemática
correspondente é chamada de dinâmica de uma partícula.
Nos casos em que a massa do corpo não varia, esta lei
toma a forma mais conhecida:
𝑁

∑ 𝐹⃗𝑖 = 𝑚𝑎⃗
𝑖=1

(Luiz. & Sergio, 2006) O Principio Fundamental da Dinâmica pode ser enunciado do seguinte
modo: “A aceleração que uma partícula adquire tem a direção e o sentido da forca resultante
que age sobre ela e o seu modulo é proporcional ao modulo da força resultante.”

Figura 1: A inclinação do gráfico da força versus a aceleração indica a medida de massa do


corpo.
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⃗⃗ versus 𝒂
Pelo gráfico 𝑭 ⃗⃗ , podemos notar que, para cada valor de massa, temos uma inclinação
diferente para a rectal obtida. Assim, a tangente do ângulo é igual à massa do corpo, de maneira
que podemos escrever, matematicamente:
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝐹
tan 𝜃 = 𝑚 = =
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎
𝐹⃗𝑅 = 𝑚𝒂
⃗⃗
PESO (P): é a força de atração que a Terra exerce sobre um corpo. P=mg
FORÇA NORMAL: quando um corpo faz pressão para baixo em uma
superfície, esta exerce sobre o corpo uma força normal (N) perpendicular à superfície.
FORÇA DE ATRITO: quando empurramos ou tentamos empurrar um corpo sobre uma
superfície notamos que existe uma resistência ao movimento.
Essa resistência recebe o nome de força de atrito e é paralela à superfície e no sentido oposto
do movimento (ou da tendência de movimento).
TRAÇÃO: quando uma corda é presa a um corpo e esticada, aplica ao corpo
uma força de tração (T) na direção da corda e que aponta para longe do corpo.

2.3.Terceira lei de Newton (lei de Acão e reação)

Utilizando o conceito de força podemos escrever a equação na seguinte forma:


𝐹1 = −𝐹2
Logo concluímos que,
Quando duas partículas interagem, a força sobre uma partícula é igual em módulo, e de sentido
contrário, à força sobre outra.
Esse é o enunciado da terceira lei de Newton para o movimento, sendo também uma
consequência de definição de força e do princípio de conservação da quantidade de movimento.
Essa lei é também chamada de lei de Acão e reação.
É importante lembrar também que as forças de ação e reação não se equilibram, pois estão
aplicadas em corpos diferentes. Por exemplo, quando chutamos uma pedra, aplicamos uma
força de intensidade F (ação) na pedra e por consequência a pedra também exerce no nosso pé
uma força de intensidade F (reação).
Um corpo de massa m próximo à superfície da Terra é atraído por ela (a Terra exerce sobre o
corpo a força peso P). Pelo princípio da ação e reação, o corpo também exerce na terra uma
força de mesma intensidade P, com a mesma direção, porém com sentido contrário. Portanto,
é correto dizer que a Terra atrai o corpo da mesma forma que o corpo também atrai a Terra.
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3.Leis de conservação

3.1.Quantidade de movimento
A quantidade de movimento, também é denominada momento cinético, ou momento, ou
simplesmente, de uma partícula e é defina como sendo o produto de sua massa por sua
velocidade. Designando-a por 𝑃⃗⃗
𝑑𝑃⃗⃗
= 0 (1)
𝑑𝑡
Pois sabe-se que
𝑑𝑃⃗⃗
= 𝑎⃗ (2)
𝑑𝑡
𝑑𝑃⃗⃗
Então 𝐹 = , neste caso 𝐹 = 0 (3)
𝑑𝑡

𝑑𝑃⃗⃗ 𝑑𝑣⃗ 𝑑𝑣⃗


=m , 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑜 =0
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
Logo 𝑃 = 𝑚𝑣⃗ = 𝑘 (4)
Da equação (4), pode-se agora dar um outro enunciado à lei da inércia dizendo que:
Uma partícula livre move-se sempre com quantidade de movimento constante.
Princípio da conservação da quantidade de Movimento
Sejam duas partículas A e B, em dois instantes de tempo, então podemos escrever, que a
quantidade de movimento total do sistema, no instante t, é
𝑃1 = 𝑃𝐴1 + 𝑃𝐵1 = 𝑚𝐴 𝑣𝐴1 + 𝑚𝐴 𝑣𝐵1
𝑃2 = 𝑃𝐴2 + 𝑃𝐵2 = 𝑚𝐴 𝑣𝐴2 + 𝑚𝐴2 𝑣𝐵2
Em um sistema isolado (sem interacção):
𝑃1 − 𝑃2 = 0 ↔ 𝑃1 = 𝑃2
Halliday & Resnick, R. (2008). “A quantidade de movimento total de um sistema composto de
duas partículas sujeitas somente às suas interacções mútuas permanece constante - Princípio
da conservação da quantidade de movimento.”
A conservação da quantidade de movimento pode ser expressa matematicamente pela seguinte
equação:

𝑃 = ∑ 𝑃𝑖 = 𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃3 + ⋯ = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡
𝑖

A equação, implica que, para um sistema isolado, a variação da quantidade de movimento de


uma partícula durante um certo intervalo de tempo é igual em módulo e de sinal contrário à
variação da quantidade de movimento do resto do sistema durante o mesmo intervalo de tempo.
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Consideremos para o caso de duas partículas,


𝑃1 + 𝑃2 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡
ou
𝑃1 + 𝑃2 = 𝑃′1 + 𝑃′2
Logo nota-se que,
𝑃′1 − 𝑃1 = 𝑃′ 2 − 𝑃2 = −(𝑃′ ′2 − 𝑃2 )
Ou chamando de 𝑃′ − 𝑃 = ∆𝑃 a variação da quantidade de movimento entre os instantes t e
t’, podemos escrever:
∆𝑃1 = −∆𝑃2
Equação, indica que, para duas partículas em interacção, a variação de quantidade de
movimento de uma partícula durante o mesmo intervalo de tempo é igual em módulo. A partir
da equação ∆𝑃1 = −∆𝑃2 , relaciona as variações das quantidades de movimento das partículas
1 e 2 durante o intervalo de tempo∆𝑡 = 𝑡′ − 𝑡. Dividindo-se ambos os membros dessa equação
por ∆𝑡 pode-se escrever:
∆𝑃1 ∆𝑃2
=−
∆𝑡 ∆𝑡
O que indica que as variações (vetoriais) médias de quantidade de movimento das partículas no
intervalo de tempo são iguais em módulo e de sentidos opostos. Fazendo ∆𝑡 muito pequeno,
isto é, calculando o limite da equação, para ∆𝑡 → 0, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠:
∆𝑃1 ∆𝑃2
lim = lim (− )
∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡
∆𝑃1 ∆𝑃2
Então =−
∆𝑡 ∆𝑡

Desta forma, daremos à variação temporal da quantidade de movimento de uma partícula o


nome força. Ou seja, a força que actua numa partícula é:
𝑑𝑃⃗⃗
𝐹=
𝑑𝑡
A equação acima é a segunda lei de Newton para o movimento. Essa lei é também chamada de
lei de causa e efeito.
(Alonso & Finn, 1991) afirma que “Força é um conceito matemático que, por definição é igual
à variação temporal da quantidade de movimento de uma dada partícula, essa varrição é devido
à interacção da partícula com outras partículas”.
3.2.Colisões

Colisão é a interacção entre corpos que, não obstante transcorrer em um espaço de tempo
infinitesimal, provoca uma variação finita da velocidade dos corpos, (Alonso & Finn, 1991)
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As forças envolvidas na Colisão chamam-se forças impulsivas. Estas possuem intensidades


muito maiores do que as de qualquer força externa presente durante o fenómeno. As Forças de
Choque são medidas com a ajuda de seus impulsos vectores.
𝑑𝑃
𝐹⃗21 = 𝑑𝑡1 ⟹ 𝑑𝑃⃗⃗1 = 𝐹⃗21 ∙ 𝑑𝑡
2 𝑡2
∫ 𝑑𝑃⃗⃗1 = ∫ 𝑑𝑡
1 𝑡1
𝑡2
∆𝑃⃗⃗1 = 𝑚𝑢
⃗⃗ − 𝑚𝑣⃗ = ∫ 𝐹⃗21 ∙ 𝑑𝑡
𝑡1

A grandeza 𝐹⃗21 ∙ 𝑑𝑡, chama-se impulso elementar da força e é representada por :


𝑑𝐼⃗ = 𝐹⃗21 ∙ 𝑑𝑡
⃗⃗ − 𝑚𝑣⃗ = 𝐼⃗ → 𝐼⃗ = ∆𝑃⃗⃗1
Então: 𝑚𝑢
Este resultado é conhecido como o teorema do impulso e momento linear.
O Impulso da Força F agindo sobre a partícula é igual à variação do Momento Linear da
partícula provocada pela força. 𝐼⃗ = ∆𝑃⃗⃗
Durante a Colisão:
1. A Acão das forças ordinárias (Ex: a da força de gravidade, atrito, etc.) podem ser
menosprezadas, pois as forças impulsivas são muito mais intensas do que qualquer outra externa
presente.
2. Os deslocamentos dos pontos no corpo, durante a colisão, também podem ser
menosprezados.
3.3.O Impulso

É uma grandeza vectorial cujo sentido coincide com o da variação do Momento Linear ou
quantidade de movimento
A Colisão é concluída na 1ª fase quando os corpos são absolutamente inelásticos e o Choque
chama-se absolutamente inelástico.
Nesse tipo de Colisão, os corpos movem-se juntos, com a mesma velocidade, como se fosse um
único corpo. Portanto, a Lei de Conservação do Momento Linear será expressa na forma:
𝑚1 + 𝑣⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗
Se o Choque for unidimensional e ao longo de 𝒐𝒙, temos:
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗ ⟹ 𝑚1 ∙ 𝑣⃗1𝑥 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2𝑥 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗𝑥
Se a Colisão for bidimensional no plano xy, temos:
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1𝑥 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2𝑥 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗𝑥
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗ ⟹
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1𝑦 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2𝑦 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗𝑦
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Colisão Absolutamente Elástica


Na Colisão Absolutamente Elástica, a Energia Cinética que os corpos possuem no final é igual
à que possuíam no início.
A Lei de Conservação do Momento Linear terá a seguinte expressão:
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2 = (𝑚1 ∙ 𝑢
⃗⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑢
⃗⃗2
Para uma colisão unidimensional:
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2 = 𝑚1 ∙ 𝑢
⃗⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑢
⃗⃗2 ⟹ 𝑚1 ∙ 𝑣⃗1𝑥 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2𝑥 = 𝑚1 𝑢
⃗⃗1𝑥 + 𝑚2 ∙ 𝑢
⃗⃗2𝑥
Para uma colisão bidimensional:
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1𝑥 + 𝑚2𝑥 ∙ 𝑣⃗2𝑥 = 𝑚1 𝑢
⃗⃗1𝑥 + 𝑚2 ∙ 𝑢
⃗⃗2𝑥
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2 = 𝑚1 ∙ 𝑢
⃗⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑢
⃗⃗2 ⟹
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1𝑦 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2𝑦 = 𝑚1 𝑢
⃗⃗1𝑦 + 𝑚2 ∙ 𝑢
⃗⃗2𝑦
As colisões classificam-se em função da conservação ou não da energia cinética do sistema.
Se a energia cinética do sistema se conserva, a Colisão diz-se elástica. Neste tipo de colisão são
válidas as seguintes equações:
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2 = 𝑚1 𝑢
⃗⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑢
⃗⃗2
⟹1 1 1 1
𝑚1 ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣 21 + 𝑚2 ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣 2 2 = 𝑚1 ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑢21 + 𝑚2 ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑢2 2
2 2 2 2
Se a energia cinética do sistema variou, a colisão diz-se inelástica. Para uma Colisão
Absolutamente Inelástica são válidas as seguintes equações:
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗
⟹1 1 1
𝑚1 ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣 21 + 𝑚2 ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣 2 2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢 ⃗⃗⃗⃗⃗2 + ∆𝑄
2 2 2
onde ∆𝑄 é a parte da energia cinética convertida em outras formas de energia diferente da
energia mecânica (Ex: energia calorífica).

4.Movimento Unidimensional num sistema.

Determinação do centro de massa

Caso mais simples:


Consideremos um sistema de duas massas localizadas ao longo de uma dimensão

Se 𝑚1 = 𝑚2 facilmente diríamos que o centro de massa está localizado no ponto médio entre
𝑚1 𝑒 𝑚2 .
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Neste caso concreto o centro de massa a estará localizada mais próximo de do que.
E será determinado com ajuda da seguinte relação:
x1  x2
X Cm 
2
Escrevendo:
m1  m2  M
então:

X Cm 
1
m1 x1  m2 x2 
M

5.Exercícios de aplicação

Exercício 1: uma bola, de 1 kg de massa, desloca-se, sem atrito, numa pista degelo. Que tempo
levará a adquirir a velocidade de 10 m/s, partindo do repouso, se agir sobre ela forças
respectivamente de 10 N e 100 N?
Resolução
𝑡
∆𝒑 = ∫ 𝐹 . 𝑑𝑡 → 𝑚. 𝑣 − 𝑚𝑣𝑜
0

𝐹. ∆𝑡
𝑚𝑣𝑥
𝑚𝑣𝑥 = 𝐹. ∆𝑡 → ∆𝑡1 = =
𝐹1𝑥
1.10
∆𝑡1 = = 1𝑠
10
𝑚𝑣𝑥
∆𝑡2 =
𝐹2𝑥
1.10
∆𝑡2 =
100
∆𝑡2 = 0,1𝑠
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Exercícios 2. A Figura 1, mostra um bloco D (o bloco deslizante) de massa M=3,3kg. O bloco


está livre para se mover ao longo de uma superfície horizonta sem atrito e está ligado, por uma
corda que passa por uma polia se atrito, a um bloco P (o bloco pendente), de massa m = 2,1kg.
As massas da corda e da polia pode ser desprezada em comparação com a massa dos blocos.
Enquanto o bloco pendente P desce, o bloco deslizante D acelera para a direita.
Determine:
a) A aceleração do bloco D;
b) a aceleração do bloco P e
c) a tensão na corda

Figura 1

Resolução
Figura 2: as forças que agem sobre os dois
blocos:

Figura 3: Digramas

Bloco D
Como o bloco D não possui aceleração vertical 𝐹𝑟𝑒𝑠 = 𝑀𝑎𝑦 se torna
𝐹𝑁 − 𝐹𝑔𝐷 = 0 𝑜𝑢 𝐹𝑁 = 𝐹𝑔𝐷
Assim, na direção y o módulo da força norma N é igual ao módulo da força gravitacional.
Na direção x existe apenas uma componente de força, que é T. Assim, a equação
𝐹𝑟𝑒𝑠 = 𝑀𝑎𝑥
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se torn,
𝑻 = 𝑴𝒂
Bloco P:
Como a aceleração é ao longo do eixo y, e aplicando a segunda lei de Newton, de acordo com
o diagrama da figura 3, teremos:
𝐹𝑟𝑒𝑠 = 𝑚𝑎⃗; 𝐹𝑟𝑒𝑠𝑦 = 𝑇 − 𝐹𝑔𝑃
𝑇 − 𝐹𝑔𝑃 = 𝑚𝑎⃗
⃗⃗
𝑻 − 𝒎𝒈 = 𝒎𝒂
⃗⃗ formam um sistema de duas equações com duas
As equações 𝑻 = 𝑴𝒂 e, 𝑻 − 𝒎𝒈 = 𝒎𝒂
incógnitas, T e a.
𝑻 = 𝑴𝒂
⃗⃗
𝑻 − 𝒎𝒈 = 𝒎𝒂
Explicitando a, temos:
𝑚
𝑎= 𝑔
𝑀+𝑚
e
𝑀∙𝑚
𝑇=
𝑀+𝑚
e substituindo os valores numéricos.
2,1𝑘𝑔
𝑎= (9,8𝑚/𝑠 2 )
3,3𝑘𝑔 + 2,1𝑘𝑔
𝑎 = 3,8 𝑚/𝑠 2
3,3𝑘𝑔 ∙ 2,1𝑘𝑔
𝑇= (9,8𝑚/𝑠 2 )
3,3𝑘𝑔 + 2,1𝑘𝑔
𝑇 = 13𝑁
Exercícios 3
Um carro de massa 1800 kg, parado num semáforo, foi batido de trás por um outro de massa
900 kg, e os dois ficaram juntos. Se o carro pequeno, se movia à velocidade de 20,0 m/s, antes
da colisão,
a. Qual é a velocidade do conjunto, imediatamente após a colisão?
b. Que quantidade da energia cinética inicial do sistema se converte
em calor e a que percentagem (ou parte) da energia cinética inicial corresponde?
Resolução
Para resolver problemas deste género, você deve identificar primeiro o tipo de colisão
envolvido.
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Naturalmente que você nota que se trata duma Colisão Absolutamente


Inelastic:
a) 𝑚1 ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣1 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗
𝑚 = 1800𝑘𝑔 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑜 𝑣𝑜 = 0

𝑚2 ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣2𝑥 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗
𝑚2 ∙ 𝑣⃗2
𝑢
⃗⃗ =
𝑚1 + 𝑚2
900 ∙ 20,0
𝑢
⃗⃗ =
1800 + 900
𝑢
⃗⃗ = 6,67𝑚/𝑠
1 1 1
b) 𝑚1 . 𝑣1 2 + 2 𝑚1 . 𝑣2 2 = 2 (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢2 + ∆𝑄
2
1 1 1
∆𝑄 = 𝑚1 . 𝑣1 2 + 𝑚1 . 𝑣2 2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢2
2 2 2
1 1
∆𝑄 = 900 ∙ 400𝑗 − 2700 ∙ 44,5𝑗
2 2
∆𝑄 = 180000𝑗 − 60075𝑗 = 119925𝑗
∆𝑄 119925𝑗
= = 0,663 ⟹ 66,3%
𝐸𝑐𝑖 180000𝑗

Isto significa que 66,3% da energia cinética que sistema possuía imediatamente antes da
colisão converte-se em calor.
Exercício 4. Um navio em repouso explode, partindo-se em três pedaços. Dois deles, que têm
a mesma massa voam em direcções perpendiculares entre si, com a mesma velocidade de 30
m/s. O 3º pedaço tem massa três vezes maior que um dos outros. Qual é a sua velocidade, em
módulo e direção, imediatamente após a explosão?
Resolução:
Como o navio está inicialmente em repouso, temos 𝑃⃗⃗ = 0
No instante da explosão o sistema pode ser considerado isolado porque as forças internas são
mais intensas que a força de gravidade. Portanto os efeitos da força de gravidade podem ser
desprezados quando comparados com os efeitos das forças impulsivas. Como tal:
0 = 𝑃⃗⃗1 + 𝑃⃗⃗2 + 𝑃⃗⃗3 → 𝑃⃗⃗3 = (𝑃⃗⃗1 + 𝑃⃗⃗2 ) = −𝑃⃗⃗𝑟
ou seja, o momento lineado terceiro pedaço tem o módulo igual ao da soma dos momentos
lineares dos dois primeiros, mas com sentido oposto.
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𝑚1 = 𝑚2 = 𝑚
𝑣1 = 𝑣2 = 𝑣

|𝑃⃗⃗| = |𝑃
⃗⃗⃗⃗𝑟 | = √(𝑚. 𝑣)2 + (𝑚. 𝑣)2 = √2. 𝑚2 . 𝑣 2 = 𝑚. 𝑣. √2

𝑚3 . 𝑣2 = 𝑚. 𝑣√2 ⇔ 3. 𝑚. 𝑣3 = 𝑚. 𝑣. √2
𝑣. √2 30√2
𝑣3 = =
3 3
𝑣3 = 10√2

𝑣3 = 14𝑚/𝑠
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6. Conclusão

Já sabíamos intuitivamente que para se modificar o movimento de um corpo é necessária a ação de um


agente externo. De fato, na ausência completa de ação externa, o corpo permanece num estado de
movimento constante. A maneira pela qual o agente externo age sobre o corpo é através da atuação de
uma força. Portanto, a força nada mais é do que a quantificação da ação de um corpo sobre outro.
A força pode ser definida como uma grandeza física capaz de alterar o estado de movimento de um
corpo ou a forma deste corpo. O estado de movimento de um corpo é caracterizado pelo seu momentum
linear.
Quando discutimos as leis de Newton, introduzimos a grandeza física momento linear ou quantidade de
movimento duma partícula de massa m que se move à velocidade.
Em qualquer que seja a situação em que duas ou mais partículas, num sistema isolado, interagem, o Momento
Linear total do sistema permanece constante com o correr do tempo. O conceito de momento linear fornece
uma distinção quantitativa entre uma partícula pesada e outra leve, movendo-se à mesma velocidade
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Bibliografia
Alonso, M., & Finn, E. (1991). FÍSICA um curso universitário. São paulo-Brasil: 2ª edição Brasileira.
Luiz., A. M., & Sergio, L. G. (2006). Mecânica. Brasil: vestsller.

Guimaraes, V. (2013). Fisica1-Rotacao,momento de inercia e torque. Brazil.


Halliday, D., & Resnick, R. (2008). Fundamentos da Fisica: Mecanica. Espanha.
Silva, R. T. (6 de Junho de 2002). Aulas de Fisica1.
Monteiro, M. A. (2016). Ciências da Natureza.

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