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Elicha Filipe
Universidade Rovuma
Nampula
2024
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Elicha Filipe
Universidade Rovuma
Nampula
2024
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Índice
1.Introdução ............................................................................................................................ 3
3.2.Colisões ............................................................................................................................. 8
6. Conclusão.......................................................................................................................... 16
Bibliografia ........................................................................................................................... 17
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1.Introdução
A dinâmica é a área de estudos da Física que estuda as causas que produzem e modificam o
movimento. As três Leis de Newton são os pilares da dinâmica e, por isso, sua compreensão é
fundamental para essa área de estudo (Monteiro, 2016).
Um dos objectivos fundamentais da dinâmica é predizer, dentre os movimentos possíveis de
um sistema material qual movimento particular ocorreria numa dada situação.
A relação existente entre uma força e aceleração produzida por ela foi descoberta por Isaac
Newton (1642-1727). O estudo dessa relação, da forma como foi apresentada por Newton, é
chamado de mecânica newtoniana. Daí que vamos nos concentrar inicialmente nas três leis
básicas de movimento da mecânica newtoniana.
1.2. Objectivos
2. As leis de Newton
(Luiz. & Sergio, 2006) O Principio da Inercia, também conhecido como Primeira Lei de
Newton, afirma que: “Uma partícula permanecera em repouso ou em movimento retilíneo
uniforme se for nula a resultante das forças que agem sobre ela.”
Assim sendo, um corpo não pode por si mesmo alterar o seu estado de repouso ou de movimento
retilíneo uniforme. Na ausência de uma força resultante ele se mantem em
repouso ou em MR U. Chamamos inercia a esta propriedade e o primeiro axioma admite
que toda e qualquer espécie de matéria e inerte.
Em muitos casos observamos o movimento de uma partícula, quer porque não temos
possibilidade de observar as outras partículas com as quais ela interagem, quer porque
propositadamente ignoramos essas outras partículas. Nessa situação, torna-se difícil utilizar
princípio de conservação da quantidade de movimento. Contudo há uma maneira pratica de
contornar essa dificuldade, que é pela introdução do conceito de força. A teoria matemática
correspondente é chamada de dinâmica de uma partícula.
Nos casos em que a massa do corpo não varia, esta lei
toma a forma mais conhecida:
𝑁
∑ 𝐹⃗𝑖 = 𝑚𝑎⃗
𝑖=1
(Luiz. & Sergio, 2006) O Principio Fundamental da Dinâmica pode ser enunciado do seguinte
modo: “A aceleração que uma partícula adquire tem a direção e o sentido da forca resultante
que age sobre ela e o seu modulo é proporcional ao modulo da força resultante.”
⃗⃗ versus 𝒂
Pelo gráfico 𝑭 ⃗⃗ , podemos notar que, para cada valor de massa, temos uma inclinação
diferente para a rectal obtida. Assim, a tangente do ângulo é igual à massa do corpo, de maneira
que podemos escrever, matematicamente:
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝐹
tan 𝜃 = 𝑚 = =
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎
𝐹⃗𝑅 = 𝑚𝒂
⃗⃗
PESO (P): é a força de atração que a Terra exerce sobre um corpo. P=mg
FORÇA NORMAL: quando um corpo faz pressão para baixo em uma
superfície, esta exerce sobre o corpo uma força normal (N) perpendicular à superfície.
FORÇA DE ATRITO: quando empurramos ou tentamos empurrar um corpo sobre uma
superfície notamos que existe uma resistência ao movimento.
Essa resistência recebe o nome de força de atrito e é paralela à superfície e no sentido oposto
do movimento (ou da tendência de movimento).
TRAÇÃO: quando uma corda é presa a um corpo e esticada, aplica ao corpo
uma força de tração (T) na direção da corda e que aponta para longe do corpo.
3.Leis de conservação
3.1.Quantidade de movimento
A quantidade de movimento, também é denominada momento cinético, ou momento, ou
simplesmente, de uma partícula e é defina como sendo o produto de sua massa por sua
velocidade. Designando-a por 𝑃⃗⃗
𝑑𝑃⃗⃗
= 0 (1)
𝑑𝑡
Pois sabe-se que
𝑑𝑃⃗⃗
= 𝑎⃗ (2)
𝑑𝑡
𝑑𝑃⃗⃗
Então 𝐹 = , neste caso 𝐹 = 0 (3)
𝑑𝑡
𝑃 = ∑ 𝑃𝑖 = 𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃3 + ⋯ = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡
𝑖
Colisão é a interacção entre corpos que, não obstante transcorrer em um espaço de tempo
infinitesimal, provoca uma variação finita da velocidade dos corpos, (Alonso & Finn, 1991)
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É uma grandeza vectorial cujo sentido coincide com o da variação do Momento Linear ou
quantidade de movimento
A Colisão é concluída na 1ª fase quando os corpos são absolutamente inelásticos e o Choque
chama-se absolutamente inelástico.
Nesse tipo de Colisão, os corpos movem-se juntos, com a mesma velocidade, como se fosse um
único corpo. Portanto, a Lei de Conservação do Momento Linear será expressa na forma:
𝑚1 + 𝑣⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗
Se o Choque for unidimensional e ao longo de 𝒐𝒙, temos:
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗ ⟹ 𝑚1 ∙ 𝑣⃗1𝑥 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2𝑥 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗𝑥
Se a Colisão for bidimensional no plano xy, temos:
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1𝑥 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2𝑥 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗𝑥
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗ ⟹
𝑚1 ∙ 𝑣⃗1𝑦 + 𝑚2 ∙ 𝑣⃗2𝑦 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗𝑦
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Se 𝑚1 = 𝑚2 facilmente diríamos que o centro de massa está localizado no ponto médio entre
𝑚1 𝑒 𝑚2 .
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Neste caso concreto o centro de massa a estará localizada mais próximo de do que.
E será determinado com ajuda da seguinte relação:
x1 x2
X Cm
2
Escrevendo:
m1 m2 M
então:
X Cm
1
m1 x1 m2 x2
M
5.Exercícios de aplicação
Exercício 1: uma bola, de 1 kg de massa, desloca-se, sem atrito, numa pista degelo. Que tempo
levará a adquirir a velocidade de 10 m/s, partindo do repouso, se agir sobre ela forças
respectivamente de 10 N e 100 N?
Resolução
𝑡
∆𝒑 = ∫ 𝐹 . 𝑑𝑡 → 𝑚. 𝑣 − 𝑚𝑣𝑜
0
𝐹. ∆𝑡
𝑚𝑣𝑥
𝑚𝑣𝑥 = 𝐹. ∆𝑡 → ∆𝑡1 = =
𝐹1𝑥
1.10
∆𝑡1 = = 1𝑠
10
𝑚𝑣𝑥
∆𝑡2 =
𝐹2𝑥
1.10
∆𝑡2 =
100
∆𝑡2 = 0,1𝑠
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Figura 1
Resolução
Figura 2: as forças que agem sobre os dois
blocos:
Figura 3: Digramas
Bloco D
Como o bloco D não possui aceleração vertical 𝐹𝑟𝑒𝑠 = 𝑀𝑎𝑦 se torna
𝐹𝑁 − 𝐹𝑔𝐷 = 0 𝑜𝑢 𝐹𝑁 = 𝐹𝑔𝐷
Assim, na direção y o módulo da força norma N é igual ao módulo da força gravitacional.
Na direção x existe apenas uma componente de força, que é T. Assim, a equação
𝐹𝑟𝑒𝑠 = 𝑀𝑎𝑥
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se torn,
𝑻 = 𝑴𝒂
Bloco P:
Como a aceleração é ao longo do eixo y, e aplicando a segunda lei de Newton, de acordo com
o diagrama da figura 3, teremos:
𝐹𝑟𝑒𝑠 = 𝑚𝑎⃗; 𝐹𝑟𝑒𝑠𝑦 = 𝑇 − 𝐹𝑔𝑃
𝑇 − 𝐹𝑔𝑃 = 𝑚𝑎⃗
⃗⃗
𝑻 − 𝒎𝒈 = 𝒎𝒂
⃗⃗ formam um sistema de duas equações com duas
As equações 𝑻 = 𝑴𝒂 e, 𝑻 − 𝒎𝒈 = 𝒎𝒂
incógnitas, T e a.
𝑻 = 𝑴𝒂
⃗⃗
𝑻 − 𝒎𝒈 = 𝒎𝒂
Explicitando a, temos:
𝑚
𝑎= 𝑔
𝑀+𝑚
e
𝑀∙𝑚
𝑇=
𝑀+𝑚
e substituindo os valores numéricos.
2,1𝑘𝑔
𝑎= (9,8𝑚/𝑠 2 )
3,3𝑘𝑔 + 2,1𝑘𝑔
𝑎 = 3,8 𝑚/𝑠 2
3,3𝑘𝑔 ∙ 2,1𝑘𝑔
𝑇= (9,8𝑚/𝑠 2 )
3,3𝑘𝑔 + 2,1𝑘𝑔
𝑇 = 13𝑁
Exercícios 3
Um carro de massa 1800 kg, parado num semáforo, foi batido de trás por um outro de massa
900 kg, e os dois ficaram juntos. Se o carro pequeno, se movia à velocidade de 20,0 m/s, antes
da colisão,
a. Qual é a velocidade do conjunto, imediatamente após a colisão?
b. Que quantidade da energia cinética inicial do sistema se converte
em calor e a que percentagem (ou parte) da energia cinética inicial corresponde?
Resolução
Para resolver problemas deste género, você deve identificar primeiro o tipo de colisão
envolvido.
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𝑚2 ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣2𝑥 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢
⃗⃗
𝑚2 ∙ 𝑣⃗2
𝑢
⃗⃗ =
𝑚1 + 𝑚2
900 ∙ 20,0
𝑢
⃗⃗ =
1800 + 900
𝑢
⃗⃗ = 6,67𝑚/𝑠
1 1 1
b) 𝑚1 . 𝑣1 2 + 2 𝑚1 . 𝑣2 2 = 2 (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢2 + ∆𝑄
2
1 1 1
∆𝑄 = 𝑚1 . 𝑣1 2 + 𝑚1 . 𝑣2 2 = (𝑚1 + 𝑚2 )𝑢2
2 2 2
1 1
∆𝑄 = 900 ∙ 400𝑗 − 2700 ∙ 44,5𝑗
2 2
∆𝑄 = 180000𝑗 − 60075𝑗 = 119925𝑗
∆𝑄 119925𝑗
= = 0,663 ⟹ 66,3%
𝐸𝑐𝑖 180000𝑗
Isto significa que 66,3% da energia cinética que sistema possuía imediatamente antes da
colisão converte-se em calor.
Exercício 4. Um navio em repouso explode, partindo-se em três pedaços. Dois deles, que têm
a mesma massa voam em direcções perpendiculares entre si, com a mesma velocidade de 30
m/s. O 3º pedaço tem massa três vezes maior que um dos outros. Qual é a sua velocidade, em
módulo e direção, imediatamente após a explosão?
Resolução:
Como o navio está inicialmente em repouso, temos 𝑃⃗⃗ = 0
No instante da explosão o sistema pode ser considerado isolado porque as forças internas são
mais intensas que a força de gravidade. Portanto os efeitos da força de gravidade podem ser
desprezados quando comparados com os efeitos das forças impulsivas. Como tal:
0 = 𝑃⃗⃗1 + 𝑃⃗⃗2 + 𝑃⃗⃗3 → 𝑃⃗⃗3 = (𝑃⃗⃗1 + 𝑃⃗⃗2 ) = −𝑃⃗⃗𝑟
ou seja, o momento lineado terceiro pedaço tem o módulo igual ao da soma dos momentos
lineares dos dois primeiros, mas com sentido oposto.
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𝑚1 = 𝑚2 = 𝑚
𝑣1 = 𝑣2 = 𝑣
|𝑃⃗⃗| = |𝑃
⃗⃗⃗⃗𝑟 | = √(𝑚. 𝑣)2 + (𝑚. 𝑣)2 = √2. 𝑚2 . 𝑣 2 = 𝑚. 𝑣. √2
𝑚3 . 𝑣2 = 𝑚. 𝑣√2 ⇔ 3. 𝑚. 𝑣3 = 𝑚. 𝑣. √2
𝑣. √2 30√2
𝑣3 = =
3 3
𝑣3 = 10√2
𝑣3 = 14𝑚/𝑠
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6. Conclusão
Bibliografia
Alonso, M., & Finn, E. (1991). FÍSICA um curso universitário. São paulo-Brasil: 2ª edição Brasileira.
Luiz., A. M., & Sergio, L. G. (2006). Mecânica. Brasil: vestsller.