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..

' DE CAMPOS GJJORGES


,
o papel da Topografia na Engenharia Civil
APLICADA A
É difícil encontrar uma atividade da engenharia civil .
que não necessite da cooperacão da Topografia. O ENGENHARIA
volume 1 aborda os meios básicos de levantamentos,
os aparelhos topográficos e os processos de cálculo CIVIL
de poligonais e de nivelamentos. O segundo volume
trata da aplicação da Topografia na engenharia civil.
Aborda todas as fases de planejamento, cálculos e
execução além de exercícios práticos. Ademais, os
capítulos que abordam os traçados geométricos dê
estradas são inéditos na bibliografia nacional e raráS
na estrangeira, e aqui tratados com extensão e detalhes
necessários.

Do mesmo Autor:
Prática das pequenas construções (Vol. 1 e Vol. 2)
Exercicios de Topografia
Topografia (Vol. 1)

~
EDITORA r - il-~~llllliil!ilfu"lll~
00118370000020 - OLlMPIA VOLUME 1
Topografia aplicada à engenhar .\ '
526.9 8731 2.ed. v.1
I

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Engenheiro ALBERTO DE CAMPOS BORGES
Professor Titular de Topografia e Fotomctria da Universidade Mackemie,
Ex#Professor Titular de Construções Civis da Univ~rsidade Mackemie •
. Professor Pleno de Topografia na Escola de Engenharia Mauá,
Professor Pleno de Construção de Ediffcios na Escola de Engenharia M~uá,
Professor Titular de Topografia da Faculdade de Engenharia da Fundação Armando Alvares Penteado

A Lei de Direito Autoral


(Lei no 9.610 de 19/2/98)
no Título VII, Capítulo I1diz
- Das Sanções Civis:
Art. 102 o titular cuja obra seja fraudulcntmncntc reproduzida, di v~ lgad a
ou de qualquer forma ut ili zada, poderá requerer ~ aprecn_sao dos
exemplares reproduzidos ou a suspe nsão da dlvlllg<\~ao, sem
prcjII ízoda indcniznçãocab fvcl. TOPOGRAFIA ',.r r ( • .

Art.l03 Quem editar obra literária, anística ou cientílica. sem autorização


do titular, perderá para este os exemplares que se apreenderem c
VOLUME 1
I
DATA ,," ~~-
pagar- Ihc-<i o preço dos que tiver vendido.
Parága ro lÍni co. Não se conht.:cendo o número de exemplares que
constituem a ed ição frnud ulcnta, pagará o transgressor o va lo r de
três mil exemp lares, além dos apree ndid os.
A,t.l04 Quem vender, expuser à venda. ocultar, adquirir, d~slribuir, ti ~er em
depósito o u util izar obra ou I"onogntma reprodu 7..Idos COI~l fr;'ludc.
com a final idade de vender, obter ganho. vantagem, proveito, lucro
direto o u indireto, para si ou para outrem, será solidariamente
responsável com o contrafator, nos lermos dos artigo.s pl:ec~dcntes,
rcsponclendo como contrafatores o importador c O distribUidor e m
caso de reprodução no exterior.

EDITORA EDGARD BLÜCHER LTOA.


(

(
c loteamentos, po rém se mpre como um " meio" para at in gir uma outra rinalidade.
Na Engenharia Mecânica ela é indispensável na " locação de bases de rnúquinas
e nas montagens rnccftnicas de alta precisão". Na Engenharia EJetrotécnica é ,f
u ti lizada nas hid relêtricas, subestações e linhas de transm issão. É co mum tam·
bém a aplicação de Coordenadas U.T.M. para arquivo de dados dos siste mas
de d istribuição primário e secundário. (
A Topografia procede aos leva ntamentos das galer ias de mineração, aj ud a
nas partilhas de propriedades e, na Agricultura, nas curvas de nível ou de desnível. Conteúdo
Por tud o isso, é lamentáve l que a En genharia atualmente praticada em nosso
país co loque a T opograria em posição sec undária, com tri stes conseqüências: capitulo
vias urba nas ex pressas com curvas maltraça das que ocasionam muitos acidentes,
co mplexos viários com espirais de tran sição ao co ntrário, viadutos e "elevados" Topografia: definição. objetivos, divisões e unidades usuais 1
co m terríveis sinuosidades, .imprev isão nos locais. de colocação indispensável 2 Equipamentos auxiliares da Topografia 7
de guard-rail (defensas), co locação imprópria de sinalização. Em apoio ao que 3
foi afirmado, podem testemunhar os engenheiros responsáveis pela execução Métodos de medição de distâncias horizontais 13
de p rojetos que constatam incoerências de medidas entre o projeto e a obra, 4
Levantamento de pequenas propriedades somente COm medidas lineares 24
sempre como conseq üência de levantamentos malfeitos. 5 Direções norte-sul magnética e norte-sul verdadeira 31
T oda ativ idade prática contém erro, e a Topogra fia não pode ser exceção.
6 Rumos e azimutes 3S
O que pretendemos, portanto, é que a Topografia seja praticada com erros
aceitáveis e, para isso, ê necessá rio que a tomemos como uma atividade im por- 7 Bússolas 44
tante dentro da Engen haria. E será, pondo seu estudo em nível realmente uni ver- 8 Correção de rumos e azimutes 48
sitário, q ue se conseguirá a plicá-la dent ro dos limites de erro aceitáveis.
9 Levantamento utiJizando poligonais como linhas básicas 62
lO
Cálculo de coordenadas parciais, de abscissas parciais e de ordenadas parciais 66
II O ponto mais a oeste e cálculo de coordenadas totais' 77
12 Cálculo de área de polígono 82
13 Poligonais secundárias, cálculo analítico de lados de poligonais 9S
14 Áreas extrapoligonais 102
15 Teodolito 113
16 Métodos de medição de ângulos 118
17 Retificações de trânsito 126
18 Altimetria-nivelamento geométrico 136
19 Retificação de níveis 14S
20 Taqueometria ISS
21
Cálcul~ das distâncias horizontal e vertical entre dois pontos pelo método das
pela rnua de base 179 rampas e
22 Alidade prancheta 183
23 Equipamento eletrônico 188
capítulo I
Topografia: definição, objetivos,
divisões e unidades usuais

A Topografia [do grego topos (lugar) c grapheill (descrever)) é a ciência


aplicada cujo objetivo é representar, no papel, a configuração de uma porção
de terreno com as benfeitorias que estão em sua superlicie. Ela permite a repre-
sentação, em planta, dos limites de urna propriedade, dos detalhes que estão
em seu interior (cercas, construções, campos cultivados e benfeitorias em geral,
córregos, vales, espigões, etc.).
t a Topografia que, através de plantas com curvas de nível, representa o
relevo do solo com todas as suas elevações e depressões. Também nos permite
conhecer a diferença de nível entre dois pontos, seja qual for a distância que os
separe; faz-nos conhecer o volume de terra que deverá ser retirado (corte) ou
colocado (aterro) para que um terreno, originalmente irregular, torne-se plano,
para nele se edificar ou para quaisquer outras finalidades. A Topografia pos-
sibilita-nos, ainda, iniciar a perfuração de um túnel simultaneamente de ambos
os lados da montanha com a certeza de perfurar apenas um túnel e não do is,
por um erro de direção, urna vez que fornece as direções exatas a seguir.
Quando se deseja represar um curso d'água pam explorar a energia hidráu-
lica para produção de energia elétrica, será a Topografia que, através de estudos
prévios da bacia hidrográfica, determinará as áreas do terreno que serão sub-
mersas, procedendo-se à evacuação e à desaprop'riação dessas terras.
Podemos afirmar, sem medo de exageros, que a Topografia encaixa-se
dentro de qualquer atividade do engenheiro, pois, de uma forma ou de outra,
é básica para os estudos necessários quando da construção de uma estrada,
uma ponte, uma barragem, um túnel, uma linha de transmissão de força, uma
grande indústria, uma edificação ou, ainda, na perfuração de minas, na distri-
buição de água numa cidade, etc. Seria muito longo, neste capítulo inicial, citar
todas as aplicações da Topografia; elas irão aparecendo à medida que o assunto
estiver sendo exposto.

DIVISOES DA TOPOGRAFIA
A Topografia comporta duas divisões principais, a planimetria e a altimetria.
Na plallimetria são medidas as grandezas sobre um plano horizontal. Essas
grandezas são as distâncias e os ângulos, portanto, as disllillcias horizontais c
2 TOPOGRAFIA Topogrilfia : definiçiio, objorivos, divisões ~, unidades usuais
3 (
os â/lgulo,\' IIO/'i:ollrais. Para reprcsentá·las lcremos de fazê-lo atraves de uma Exemplo 1.2 Numa planta em escala 1:250, do,·s
a, I d d 432 pontos, A e B, estão (
vista de cima, c elas aparecerão projetadas sob re um mesmo plano horizontal. as a os c ,cm. Qual a distâ ncia real entre eles?
Essa representação chama-se planta, portanto a plan irnctria será representada r
na planta. li = 0,432m x 250 = 108 m.
Peja altimelria fazemos as medições das distâ ncias e dos ângulos verticais . Quando se trata de áreas, os valores obtidos na planta devem ser multi-
que, na planta, não podem ser representados (exceção feita às curvas de nível, plicados pelo quadrado da escala, para se obter a grandeza real. (
que serão vistas mais adiante). Por essa razão, a altimetria usa co mo representação
a vista lateral, ou pellil, ou corle, ou elevaçcio; os detal hes da altimetria sâo re- eSCc.1IE~~;Ó6° ~~ . Medindo-se uma figura retangular sobre uma planta em
prese ntados sobre um plano vertical. A única exceção é constituída pelas curvas I
~ . I ,o tiveram-se lados de 12 e 5 cm. Qual a superficíc do terreno q ue
o re angu o representa?
de níve l, que, embora sendo um detalhe da altimetria, aparecem nas plantas;
porém é cedo para abordar esse assunto c, para ele, existem lo ngos ca pítulos Área na planta = a m 2 = 0,12 m x 0,05 m = 0,006 m2.
adiante. Área rea l = A = 0,006 m' x 200' = 240 m'.
As aplicações diversas da Topografia fazem com que surjam outras sub- Fazendo-se ~s ?perações parceladamente. facilmente se compreende ar ue
divisões para essa ciência: usos em Hidrografia, Topografia para galeria de se deve multlphcar pela escala ao quadrado· o lado de O 12 P q
minas, Topografia de precisão, Topografia para estradas, etc.; porém todas realidade, " m representa, na
elas se baseiam sempre nas duas divisões principais plallimetria e altimetria.
0,12m x 200 = 24m;
Nas plantas, para a planirnetria, e nos perfis, para a altimetria, necessitamos
usar uma esca la para reduzir as medidas reais a valores que ca ibam no papel o lado de 0,05 m representa
para a representação. Essa escala é a relação entre dois valores, o real e o do 0,05 x 200 = 10 m ;
desenho. Assim, quando usamos a escala 1: 100 (fala-se um para cem), cada portanto,
cem unidades reais se rão representados, no papel, por uma unidade, ou seja, ou, ainda, A = 24 x 10 m = 240 m'
100 m valerão, no desenho, apenas 1 m.
As escalas mais comuns usadas na topografia são citadas a seguir. Para a A = 0,12 m x 200 x 0,05 m x 200 = 0,12 m x 0,05 m x 200' = 240 m '
planimetria: !'ara facilidade de representação no desenho e depo,·s para s· I·fi
sua t t - 'h'· , , Imp J Icar
a) representação em plantas, de pequenos lotes urbanos, escalas 1:100 ou . I? :rp;~ a~ao, e ~bltO usar escalas cujos va lores sejam de multiplicação
d
e IVlsao laceis, ou seja, (
1:200;
b) p lantas de arruamentos e loteamentos urbano s, escalas 1:1000; 1:5,1:1O,1:20,1:50,1:100, 1:200,1:500,1:IOOO,ete.
c) p lantas de propriedades rurai s, dependendo de suas dimensões, escalas N Alguma,s vezes, podem ser empregadas, ainda, escalas 1 :250, 1:300 ou 1.400
1:1000, 1:2000, 1:5000; di~~~~d ~orem, se ~mprega 1 :372 ou val?res se melhantes, pois haveria ~uit~
d) escalas inferiores a essas são aplicadas em geral nas representações de a e em :eahzar o desenho e, depOIS, em converter as distâncias gráficas
grandes regiões, encaixando-se no campo dos mapas geográficos. em va Iores reais.

Para a altimetria:
l~s vezes ocor~e que um desenho, ao ser copiado em clichês para impressão
~: l vro~ ou revIstas, sofre red uções. fracionárias que tornam suas escalas
Geralmente as escalas são diferentes para representar os valores horizontais determlnada.s. Se, no desenho, aparecerem va lores marcados (cotados) pode-
e os valo res verticais; para realçar as diferenças de nível, a escata vertical cos- ~~~~~ ~etebrmt.dmar a f~scala da impressão dividindo a distância indicada pela
tuma ser maior que a horizontal; por exemplo, escala horizontal 1:1000 e es- cla o I a gra Icamente no desenho.
ca la vertical 1:100.
. . .Ex.em~/o IA Numa planta, ve llflcamos que os pontos I e 2 tê d·
Para sabermos com que valor se representa uma medida no desenho, bas- tancla Indicada de 820 m e m lima IS-
tará dividi-Ia pela escala. a escala? que aparecem, no dcsenho, afastados 37 cm. Qual
Exemplo 1.1 Representar, no de senho, o comprimento de 324 m em es-
820m
cala 1:500: E = - - = 22162·
O,37m •,
324m
d= 500 = 0,648 m, ou seja, 64,8 em.
~~r~al:~~aa ~~~Ia.é 1:~ 21~,2i ~essa forma, qualquer outra di stâ ncia, não-cotada
e se mIl : I· era sei ca cu a a desdc que se obtenha a distância no desenho
Para a o peração contrária, deve-se multiplicar pela escala. u 'p 'que por 2216,2.
4 TOPOGRAFIA
Topografia ; definição. Objetivos. divisões a unidades usuais
5
LIMITES DA TOPOGRAFIA
Na Topografia, para as representações e cálculos, supõe-se a Terra como
sendo plana, quando. na realidade, esta é um elipsóide de revo lução, achatado.
Esse elipsóide, na maio ria dos casos, pode ser interpretado como uma esfera.
Figura 1 .1
~~IM"'S~'
MO 3j}
P ode-se afirmar que, quando as distâ ncias forem muito pequenas, seus valores, ,,,
IOOOm
med idos sobre a superficie esférica, resultarão sensive lmente iguais àqueles
medidos sobre um plano. t necessário, porém, que se fixem os limites para que
'1
isso aco nteça. Acima desses limites, o erro será exagerado, e os métodos topo- Uma circunferência corri raio 1 00'9 ~ tem com9 comprimento C = 2rr:R =
gráficos deve rão se r substituídos pelos geodés icos, pois estes já levam em co n- .= 6283,185308 m; um .mc.tro represei)ta pois uma fração da circunferência
sideração a curvatura da Terra. Igual a 1/6283, 185308. Slgmfica que a circunferência tem 6283185308 ./ . .
E . I ' , ml esunos.
Segundo W. Jordan, o limite para se considerar uma superficie terrestre st,e e o va or e~~to do milesimo. Acontece que o grande emprego do milésimo
como plana é 55 km 2 , ou seja, 55000000 m 2 ; ou, ainda, numa unidade muito esta no. setor mlhtar por razões de rapidez de cálculos.
usada no Bras il (alqueire paulista = 24200 m'), cerca de 2272,7 alqueires pau- . , ~eJamos u~ . e.xemplo: um binóculo apresenta gravação de retícu los de
listas. Ainda assim, trata-se Q~ um limite para um trabalho de grande precisão. mlleslmo em rnI leslmo nas duas direções, horizo ntal e vertical. Observando
Para medições aprox imadas, · de propr iedades rurais, os métodos topográficos u.ma torre que s~ b:mo.s ter 40 m de a ltura, vemos que ela se encaixa em 5 milé-
podem satisfa zer a té o do bro da área ci tada, o u seja, cerca de 5000 alqueires. sllnos. Qual a dl stancJa entre nós e a torre?
Acima desses limites, a curvatura da Ter ra produzirá erros que não poderão
ser evitados nem por cuidados do operador, nem pela perfeição dos a parelhos. SoLução. Se 40 m corres po ndem a 5 milésimos; quantos metros de altura
corresponderão a 1 milésimo?
Num levantamento dos limites, de uma propriedade excessivamente grande,
por processo poligonal, mesmo supondo-se a medida de todos os ângulos e 40
distâncias sem qualquer erro, ainda assim, no cálculo, o polígono não fechará, h =S=8 m.
pois está suposto so bre um plano, quando, na rea lidade, está sobre uma esfera.
Já que 1 milésimo corresponde a 1 m para a distâ ncia de 1000 mo ·
lé ' . , mesmo ml -
slmo correspondera a 8 m a uma distância de 8 000 m.
UNIDADES EMPREGADAS NA TOPOGRAFIA
As grandezas mais freqüentes n~ Topografia são distâncias e â ngu los; R.esposta. Estamos a cerca de 8 000 m da torre. Nota: todo O cálculo é apena
aprOXimado. s
a lém destas aparecem áreas e volumes. Para distâncias, a unidade universal-
mente empregada é o metro co m seus submúltip los: decí metro, centímetro e C~~parando o milésimo com o radiano (unidade mais usada para lins
milímetro. Excepcionalmente pode-se empregar o quilômetro, porém, raramente, ma ~ematlco~) vemos que o milésimo corresponde a uma milés ima par te do
pois a Topografia não se destina a grandes distâncias. Para a expressão de áreas, radiano, dai o seu nome.
usa-se o metro quadrado, salvo em propriedades de zo nas rurais, onde ainda _ A circunferência tcm 2n. x 1 ~OO .milésimos enquanto que tem 2rr: R/R =
se fala em alqueire paulista ou mineiro; para volumes usa-se o metro cúbico. - 2n x 1 rad, port~nto o r~dtano e mIl vezes maior' do que o milésimo.
Adiante dare mos uma relação de va lores co mparativos de unidades lineares, Para uso prátICO o numero de milésimos da circunferência completa é
de área e de volumes. P ara ângulos, a Topo gra fia s6 emprega os graus sexage- ~umentado e arredo ndado pa ra 6400 (o número 6400 foi adotado por ser múl ~
simais o u grados centésimos; para fins militares existe o milésimo. tlplo de 2, 4, 5, 8, etc.). Assim cada quadrante corresponderá a 1600 milés o .
O gra u sexages imal é 1/ 360 da ci rcunferê ncia, sendo cada grau dividido 45° ~orrespo~dem a 800 milési mos, etc. J: na tura l que esta aproximação ~~rn~;
em 60 min e cada minuto em 60 s. P ortanto, já que a circunferência tem 360 os calculos 1unda menos co rretos, porém facilitam e aceleram
graus e o gra u tem 60 min, a circunferência tem 360 x 60 = 2 1600 min ; e te m Qua nto às medidas de distâ ncias, os po ucos países como os· Estados UIl ·do '
2 1 600 x 60 = 1 296 000 s. e Inglate~ra que não utilizavam o melro co mo unidade, já oficializaram o I se~
O grado centesimal é 1/ 400 da circunferência, sendo cada grado dividido uso: Loglc.a ment~ Ic.vará ~lgum tempo para que o uso pelo povo se generalize.
e m 100 min de grado, e cada minuto dividido em tOOs de grado; po rtanto, a ASSim os lI vros te~nlcos a mda falarão de polegadas, pés, jardas e milhas dura nte
c ircunferência tem 40000 min ou 4000000 s. Esta unidade é bem mais prática algum tempo mai s.
I para uso, pois, sendo deci mal, não exige os ca nsa tivos trabalhos de transror-
polegada = 2,54 em,
mação que o gra u sexagesimal implica.
I pé = 12 polegadas = 30,48 em,
Os cálc ulos militares e mpregam o milésimo. O mil ésimo é a abertura an-
I jarda = 3 pés = 9 1,44 e m = 0,9144 m,
g ul ar resultante da paralaxe de 1 a I OOOm de distância (Fig. 1.1).
I milha = I 760 jardas = I 609,34 m.
(
6 TOPOGRAFIA
(
Para avaliação de áreas de pequenas e médias ~r? prieda des u s~-se o metro (
. d . do Pan gn ndes áreas pode-se usa r o q udomctro quadrcldo, corres-
q Ud r d . , < B "I . da se e mprcfl'l o
pon d en t c a um ml"lh ,-a o de metros quadrados. No raSI am 2 O h ée-' (
2
"
(I re concspon d cn t e a 100 m " e o hectare valendo 10000 m ,. . rectare em-
pre~ado para áreas de p,ropriedades rU,rais. No entanto, o habito az com que (

ai nda se utilize o alqueire como medida. " m = 24 200 m 2 . capitulo 2 r


O alqueire paulista corresponde a um retan g ~llo de 110 x 220 _
(
O alqueire mineiro ou (Joiano corresponde a um quadrado de 220 x, 220 m - Equipamentos auxiliares da Topografia
= 48400 m 2. O a lqueire paulista é aproximadamente 2,5 vez~s o hect~re. o que t
facil ita as transformações; uma propriedade com 40 alqueires pauhstas co r-
res onde aproximadamente a 40 x 2,5 = 100 hectares. i
p A medida americana antiga para áreas é o acre que corresponde 4840 ~
.
Jardas qua d ra d as ou O,9144' x 4840 = 404686
, m'" Para cálculos aproximados Entre os equipamentos auxiliares para se efetuar os levantàmentos topo-
d e considerar o acre valendo 4000 m 2. gráficos incluem-se: balizas, fichas, trenas de aço, de lona, de fibra sintética e
po e;ara volumes usa-se o metro cúbico e, excepcion,al~ente, ~ara peqt~enos correntes de agrimensor. São esses equipamentos que estarão presentes em
volumes de água (medidas de vazão), o litro. Um metro cu bico contem 1 000 litros. todos os trabalhos to pográficos.

BALIZAS

São peças, geralmente de madeira, com 2 m de altura, de seção oelogonal,


pintadas, a cada 50 cm, em duas cores contrastantes (vermelho e branco) e tendo
na extremidade inferior um ponteiro de ferro, para facilitar sua fixação no ter-
rellO (Fig. 2.1), Poderá também ser de ferro e, nesse caso, de canos galvanizados
ou condutos elétricos; terão maior peso, o que representa uma inconveniência;
no entanto poderão ser compostas de duas metades, de um metro cada, conec-
tadas por uma luva com rosca, o que facilita seu transporte em veículos pequenos.
A baliza é um auxiliar indispensável para quaisquer traba lhos topográficos,
pois possibilita a medida de distâncias, os alinhamentos de pontos e serve ainda
para destacar um ponto sobre o terreno, tornando-o visível de locais muito
afastados. As balizas são chamadas também bandeirolas, porém essa deno-
minação é quase desconhecida em nosso país, sendo usada apenas .em Portugal.

FICHAS

São peças de ferro, de seção circular, com um diâ.metro de 1/ 4" ou 3/16",


COm cerca de 40 cm de altura; são ponteagudas na extremidade inferior, para
cravação no solo e, na extremidade superior, poderemos ter uma cabeça cir-
cular ou triangu lar (Fig. 2.2); deve-se dar preferência às formas triangulares,
pois estas dão, ao serem cravadas no solo, maior apoio para as mãos, Devem
ser pintadas em cor viva para maior visibilidade, o que evita também perdas
no meio da vegetação, As fichas destinam~se à marcação de um ponto sobre o
solo, por curto periodo, porque sua forma permite fácil e rápida cravação e
retirada do solo, As fichas compõem grupos de 5 ou 10, em argola de ferro, onde
são enfiadas pela extremidade superior. Suas diversas aplicações irão apare-
cendo durante os capítulos seguintes.
8 TOPOGRAFIA Equipamentos auxiliares da Topografia 9
.em barras com os respectivos elos com pletam um metro; de metro em metro, en-
contra-se presa uma medalha onde se acha gravado o número de metros desde
o início da corrente. A primeira e a última barras são diferentes, pois contêm
E
o
~
- BRANCO as manoplas (Fig. 2.4), as quais permitem a extensão com a força suficiente para
o eliminar a curvatura que o peso da própria corrente ocasiona (esta curva é chaM
mada catenária). A manopla fixaMse num pedaço da barra, munida de rosca
com porca e co ntrapo rca que permitem pequenas correções no comprimento
total da corrente. As correntes têm 20 m de comp rimen to. Seu emprego atua l
é limitado, com o aparecimento das Citas (trenas) de fibra sintética, muito mais
~ 5 práticas e precisas.
E
o ~ _ VERMELHO o
~
o "
PEDAÇOS DE BARRA BAR~A COMUM
'em
1
l
J
I
E PONTA_ I
o - AGUDA I
~
Figura 2.4 I
Ô
SEÇÃO kA E CONTRA -PORCA I
- B RANCO I oltovoda ) I
I
Figura 2.2 O,20m I
I ~ li
I ATE A fACE EXTERNA DA MANOPLA

E
o
~
I~ - V E RMELHO
I

Ô TRENA DE PA NO OU LONA
Figur a 2 .1
.t uma fita de lona graduada em centímetros enrolada no interior de um;!
caixa circular através de uma ma ni ve la; se us comprimentos variam de 10, l 5,
O,lOm
_ PONTEIRO DE FERRO 20, 25, 30 até 50 m. Algumas, para maior precisão, possuem um fio metálico
flexível no interior da fita de lona, fio es te que tem a função de reduzir a elon M
gação daquelas, quando solicitadas po r um esforço mu ito gra nde ou de diminu ir
sua co ntração quando do encolhimento da lona; ainda assim, a trena de pano
CO RRENTE DE AGRIMENSOR não oferece condições de co nfian ça pa ra se r usada -em medidas de responsa-
bilidade. A gra nde facilidade de manuseio a torna, porém, muito aconselhável
Trata-se de uma peça, para medida de distâncias, que, conforme seu no me, para medidas secu ndárias de pouca responsabilidade, principalmente na medida
assemelha-se a uma corrente. Tem grande racilidade de art iculação e rusticidade, de detalhes.
qua lidades que a fazem muito prática para se r usada no campo. É co~.posta .t indispensável que se esteja prevenido' sob re a'- gra nde facilidade que a
d e barras de ferro li gadas por elos, dois em cada extremidade, para faclht~lr a trena de pano tem em aumentar o seu co mprimento qu ando puxada co m força
artic ulação (Fig. 2.3); cada ba rra , com um elo dc cada lado, mede 20 em; CinCO superior à que se destina; au mentos de 5 a 10 em são com uns em trenas de 20 m.
após algu m tempo de uso.
Figura 2.3 Como material básico na cons trução das trenas de pa no, a lo na vem
0,20 m
sendo su bstituída por produto sintético (fibra de vidro), co m sensíveis melhoras
I na durabilidade e na precisão.
I
__~~~======~====~F'==
==~~~ TRENA DE AÇO

BARRA
V
2 ELOS B A RRA
V
2 ELOS BARRA
A trena de aço é uma peça idênlica à trena de pano, porém tem a fita em
aço. Geralmente o início (pr imeiro decímetro) é milimet rado para medidas de
Equipamentos au){ i liares d ,l Topogfafla (
10 TOPOGRAFIA 11
rú~tica, permitindo Jl1CSl11u ~!lI (; sCJ'a d (
maiO r precisão. Nesta peça, os erros ocasionados por uma extensão, através (Flg, 2.6). arrasta a pelo solo sem ser prejudicada I
de um esforço superior ao indicado, são muito reduzidos, e isto só é levado em (
co nsideração em operações especiais; pode sofrer influência da variação de ~as duas extremidad~s; pcquenas argolas permitem a passagem de uma I
I

temperatura (dilatação e contração do aço), existindo fórmulas para a sua cor- correia de couro para permItIr o seu eSlicamento em condições práticas (Fig, 2.7),
reção, o que ocorre também só em casos especiais, quando ainda se corrigem
os erros resultantes da catenária. Adiante, essas correções serão tratadas. As A F/TA ('
trenas de aço aparecem em comprimentos variáveis de 10, 15, 20, 25, 30, 40 até
50 m. As mais comuns são de 20 ou 30 m. Os esforços que devem se r aplicados
nas trenas de aço são de 8 kg para as trenas de 20 m, de 10 kg para as de 30 m
c de 15 kg para as de 50 m; as forças po.Qcrão ser medidas por um dinamômetro
colocado numa das extremidades, porém"-fal providência será tomada apenas
nas medidas de precisão, Apesar de ser a peça de maior exatidão na medida Fi~ura 2.6 Di spositivo para guardar
de dis tâncias, não é sempre usada porque exige uma série de cuidados que a a fita, quando não estiver em uso
tornam pouco prática nos trabalhos corriqueiros.
Pelo fato de ser guardada sempre enrolada nas caixas circulares, a fita de
aço tem a tendência de formar voltas que escondidas na vegetação ficam invi- ,
CABO DE MADE!RA

síveis; ao se esticar a trena, a volta se aperta (Fig. 2.5) e acaba por partir-se.
2
@
t
M ANIVELA

- ! ACIDENTE MUITO COMUM COM TRENAS DE AÇO)


FITA DE AÇO
CORREIA DE COURO PARA
SER PUXADA PELO PULSO
Figura 2.5

Outro incon veniente é que ela pode enferrujar-se rapidamente; ao final


j
de cada dia de trabalho, há necessidade de limpá-Ia com querosene e, a seg uir,
besun tá-la com vaselina; guardá-la sem esses cuidados na caixa, é certo que
será a tacada pela ferrugem.
Não pode ser arrastada pelo solo, pois gastará a gravação dos números e
dos traços que constituem sua marcação.
Todos estes fatores tornam a trena de aço muito pouco prática no uso Figura 2.7 Extremidad e da fita d ~ aço
comum, ficando reservada para as medidas de grande responsabilidade.
FITAS PLÁSTICAS
FITAS DE AÇO
São extremamente práticas e mais precisas do que as trenas de pano e
São também trenas de aço, porém no lugar de estarem em caixas circulares co~rentes de agrimensor. Naturalmente são menos duráveis .' as
fechadas, são enroladas em círculos descobertos munidos de l m cabo de madeira, CUIdadoso dura ·t " ' pOlem com uso
Outra diferença está no fato de não serem gravadas de ponta a ponta, apenas o zadas: fitas co~ ;o:~~~:n~~~~e ~~~25S~~d;0 :c~~r:~~~'lt~:i~ ~o~~~e~peci~li-rre13s
primeiro e o último decímetro é que são milimetrados; a parte intermediária tambem plástIcas, nas pontas. Vêm graduadas de 5 em 5 cm co f °d ,
é marcada apenas de 50 a 50 em, os metros inteiros com chapinhas rebitadas branco
,
e as grad .. • m un o em
uaçoes em preto e vermelho o que dá boa vis'bTd d A
na fita e com o número em baixo-relevo, e os meio-metros com pequeninos e~pednmentar-se sua resistência à tração, verifie~-se que uma fita d; ~~ ~ e, o
ori~cios na fita, sem qualquer outra indicação; é uma forma de torná-la mais sIta e uma força de 5 a 7 k para fiIcar razoa ve lmente bem estendida, Aumen-
neces-
12 TOPOGRAFIA

tando-se para cerca de 12 k constata-se uma extensão de I em em 20 m; resulta,


portanto, muito melhor do que as trenas de lona onde esses erros chegam a
cerca de 5 em.

CADERNETAS DE CAMPO
As anotações de campo devem ser feitas em cadernetas apropriadas. As
capítulo 3
condições de trabalho são rústicas e árduas obriga ndo o emprego de uma cader-
neta com encadernação especial, de capa dura, impermeabilizada e com papel
Métodos de medição de
resistente nas folhas internas. Algumas são vendidas já prontas com títul os distâncias horizontais
impressos para as tabelas de anotação, o que não nos parece bom por restringir
o seu emprego. É verdade que economiza tempo, no campo; por isso as firmas
que usam métodos padronizados podem mandar editá-Ias especialmente para
o seu uso.
A caderneta de campo, em certos trabalhos, principalmente oficiais, é uma percorrendo a linha: uso de diastúnetros [trena de aço, tre·
peça de extrema importância e deve ser mantida inalterada. Não podemos es- na de pano, COrrente de agrimensor, fi·
quecer que, ao calcular, sempre podem ser cometidos enganos. Ora, se alte- tas de plástico (PVC), fio de invar].
rarmos os dados originais, rica impossível nova verificação. Em alguns con- direto
tratos de serviço, as cadernetas de campo devem ser entregues, juntamente com taqueometria
as planilhas de cálculo. desenhos c demais documenlos. com aparelhos mira de base (sub/eme bar)
Métodos
especiais método das rampas
{ telemetria
equipamentos eletrônicos
indireto: emprego de trigon ometria

Dizemos que se emprega o método direto quando, para se conhecer a dis-


tância AB, mede-se a própria distância AS. É método indireto quando, para
determin ar AB, medem-se qualquer o utra reta e determinados ângulos que
permitem o cálculo por trigonometria. O método direto pode ser utilizado
percorrendo-se a linha com qualquer tipo de diastímetro, aplicando-o suces-
sivamente até o final; por exemplo, se ao medirmos uma distância com uma
trena de 20 m, conseguirmos aplicá-la quatro vezes e, no final, restar a distância rea-
cionária de 12,73 m, a distância total se.!J 4 x 20 m + 12,73 m = 92,73 ffi. Neste
mesmo capí tulo fazemos uma descriçao detalhada para aplicarmos este método
com o mínimo de erro possível:
Quanto à aplicação de apárelhos especiais, os assuntos se rão tralados em
capítulos posteriores, porém já damos uma noção neste capítulo.

TAQUEOMETRIA
É o emprego do taqueômetro, ou seja. um teodolito que possui linhas de
vista divergentes (Fig. 3.1). As linhas de vista FA e FB (divergentes) atingem uma
régua graduada (mira), permitindo a leitura da distância [; é conhecida a cons-
tante do aparelho Cf/i); pode·se assim calcular

s =/L,
I

sendo S a dislància entre o aparelho no ponto F e a mira no ponlo M .


{

TOPOGRAFIA M6todos de medição du dist5ncias horízontais 15


14
RÉGUA GRADUADA' MIRA A distância horizontal (H) é obtida pela seguinte fórmula:
Figura 3.1 Principio da taqueometria : ~ {

o desenho é" vista lateral A {

I
TELEMETRIA
Os telêmetros mecânicos ou ópticos são aparelhos que apl icam o princípio
da mira de base ao co ntrário , isto é, o telêmetro que constitui a base es tá no .
ponto A e o ponto B é apenas um ponto visado; em função da regulagem para
se visar B com as objetivas E e D do telêmetro, mede-se a distância AB (Fig. 3.4).
,

• E

F
MIRA DE BASE (,uble"," bar)
Esse equipamento emprega o mesmo princípio da taq~~om~tria. porém Figura 3.4 B
com urna inversão: aqui o valor I torna-se constante, ~ a var~avel e a abertura
angul ar das duas linhas de vista. Uma barra de 2 lU (de mvar) e. assent~d~1 sobre
um tripé, no ponto B, de modo a ficar horizontal, e perpendIcular a h~ha de O
vista que vem de A. O teodolito de alta pre,cis,ã o, col~c~do ,e m A , mede 0, angulo
visan do para a esquerda e depois para a direita; a dIstancia AB é a co-t(Ulgente Nas máquinas fotográficas existe também num telêmetro óptico, portanto,
ao se localizar a imagem para a foto, pode-se saber a distância em que ela se
de PJ2, já que EB = BD = I m (Fig. 3.2).
encontra da máquina, lendo-se na escala das distâncias, porém com baixa pre-
E cisão, pois, além dos 15 m, normalmente as máquinas consideram como infinito.
Qualquer tipo de telêmetro é sempre de precisão muito baixa, mas tem impor-
1m tância para fins militares porque é o processo que não necess ita enviar ninguém
Figura 3.2 (em planta) ao ponto B.
A~~=n'B 2m
EQUIPAMENTOS ELETRONICOS
O A aplicação de raios infravermelhos ou do faser, ou ainda, o emprego de
aparelhos de emissão de ondas de rádio de alta-freqüência (microondas) per-
MÉTODO DAS RAMPAS mitem o cálculo de distâncias que vão desde 10 m até cerca de 120 km com rapidez
O teodolito colocado em A visa para uma régua graduada (mi/'a), colocada e precisão. A importância desses equipamentos na Topografia e Geodésia mo-
em B com duas inclinações da luneta, <Xl e C(2; estes ângulos são medidos, jun- dernas merecerá capítulo especial, posteriormente.
tamente com as leituras 11 e 12 , na mira (Fig. 3.3).
DIASTIMETROS

---T, Medições com corrente


Supõem-se dois pontos A e B , fixados no terreno por mcio de estacas, que
Figura 3.3: Método das rampas, vista latera l são peças de madeira, geralmente de tamanho reduzido de seção 3 x 3 em e

JlJ comprimento de 15 em, com a função de marcar, no so lo, um determinado


ponto; para marcação por períodos mais longos, podem-se empregar estacas
maiores, chegando-se até o emprego de marcos de concreto, quando a demar-
-~-­ cação for de grande importância e responsabilidade.
I Quer-se conhecer a distância horizontal entre A e H, usando-se para isso
I a corren te. As peças aux iliares serão quatro balizas e um maço de fichas. São
I
I a inda indispensáveis dois operadores; um terceiro poderá ser útil , porém não
H indispensável.
'I
I
J
16 TOPOGRAFIA . Mt!todos de medição de disráncias horizontais ·
17
• Inicialmente, crava~se uma baliza junto e atrás da estaca B. est~ver na parte m.ais baixa levanta a manopla, enquanto que o operador que
• O primeiro operador, chamado homem de ré, seg ura uma baliza sobre esta no ponto mais elevado segura a manopla o ma is perto possível do so lo
a estaca A e, junto a ela, uma das manoplas da corrente. (Fig. 3.6). O operador que segura a manop la muito acima do solo deverá colo-
• O segundo operador, homem de vaDte, tem nas mãos outra baliza, o car·se lateralmente à direção da li nha, para poder contro lar a verticalidade da
maço de fichas e a outra manop la da corrente; segurando a baliza a cerca de 20 m baliza no sentido que mais in teressa (Fig. 3.7). Quando as balizas se inclinam
(comprimen to da corrente) do ponto A, solicita do ope rador de ré que lhe forneça para os lados, e não para frente ou para trás, os erros resultantes são re lativa-
alinhClmento. men te pequenos.
• O ho mem de ré, colocando-se atrás de sua baliza e ol hando para a baliza
co locada no ponto B, po r meio de gestos procura orienta r a baliza do homem • Term inada a medida desse setor de 20 m, o operador de vante crava uma
de vante de modo a ficar na mesma linha das outras duas; em seguida segura ficha no lugar da baliza e carrega esta, juntamen~e co m a c~rrente, para medir
a mano~la exatamente no eixo de sua baliza (Fig. 3.5) .

•I I Fig ura 3.6 ....------ BALIZAS~
i MANOPLA EXATAMENTE NO
i

I
I EIXO DA BALIZA
PR6xIMO

~)===~
CORRENTE 00 SOLO

Altura n~c~ssório
manter o corrente horizontal
poro

TERRENO iNCLINAOO
Figura 3.5

POSIÇÓES INCORRETAS OA BALIZA RESULTANDO EM ERRO GROSSEIRO

, ,
,,!-.!--SALlZA
: VERTICAL COMO O(vERIA SER
, ,,
f-t- M
- - - - - , . - , . - - . - . - - - - - •• _ • • _ _ _ •• _ •• _

!:
V BALIZA EXATA MENTE NO
CENTRO OA ESTACA A ,, ,,
"" ./

~~~Ifff'j':~m":'~
~/..' · "'::"'~:""'''''''''''r/f/I;<''''''''' _ III!W"'' ' '·'
V I STA LATERAL Figura 3.7
~-- ESTACA A

• O homem de vante estica a corrente <lté co nseguir que ela fique com uma
catenária relativamente pequena. Considera·se normal que uma corrente de
20 m tenha uma catenária, cuja flecha central tenha cerca de 30 ou 40 em, não
havendo necessidade de fazê- Ia uma reta perfeita (seria necessário um esforço
acima do normal). Esticando .a corrente, o operador de van tc traz sua baliza,
sempre Hcompanhando o alinhamento, para a posição da manop la. A corrente
J deverá estar horizontal ; para isso, nos terrenos inclinados, o operador Ljue VISTA EM PLANTA

)
(
18 TOPOGRAFIA Métodos da mediçiio de distâncias horiZOl/tais
I
19 (
I
o utra parcela. O homem de ré, carrega sua ba liza até o ponto onde se acha cra- FigU~ra

~
3.8 t-I'fE' (
l<.C~RE
vada a ficha, subs tituind o uma pe la out ra ; terá em suas mãos uma ficha, o que
sign ifica já ter sido medida uma correntad a. C = Vr::27l
- b-
(I Erro na medida = (I -C ~~ __ ~
,a ERRO CE NrVEL ' b
(
I

• Qua ndo o terreno tiver gran de inclinação, para estabelecer a corrcntada OlSTANCIA MARCADA I
horizontal, será necessário que uma das ma noplas seja colocada no topo da

I
Por esses va lores de erro, vê-se que um erro de 10 em no ní vel acarreta um
baliza ou até fora dela ; isso tornará a med ida impossível; nesse caso, deve-se erro des prezível de 0,2 mm ; apenas, ao chegar o erro de nível a 06 m é que o
parcelar fi correntada, medindo-se 10 m e depois os o ut ros 10 ITI. Quando houver erro na distância a tin ge cerca de 1 cm. ' ,
ai nda ma ior incl in ação, pode r-se-á medir de 5 em 5 m e assim sucessiva mente; e) erro provocado por catenária. Em virt ud e do peso elevado da corrente
porém exi stem duas regras que devem ser obedecidas: a cor rcrtada sempre devemos prever que, mes mo quando es ticada CO m força, ela apresentará uma'
deverá ser concluída completando -se a corre nt e, isto é, os primcir9s 10 m devem I
curvatura. Essa curvat ura é denominada catenária, cujo comportament o devi-
se r medidos com a pri meira parte da co rrente e os resta ntes 101m co m o resto I damente est udad o apresenta a fórmula
da corrente; a segunda regra determi na que, somente qua l~do a correntada se I
completar, o homem de vante cravará a ficha. . I 8/, ...
C =-'-_
, 31 I
• As fi chas, assim, terão tam bém o papel de servir para contar o número
de co rren tadas. Em linhas longas, pode-se esquecer o n úmero de vezes em que )
(desenvo lvimento em série onde apenas o pr,'me,'ro te nuo tem va i slgm'fi1-
ar '
se co mpl etou a corrente, pois a medida total se rá igual ao n úme ro de fichas
vezes 20 m, mais a última distâ nci a fracionária obtida. r ca tivo), o nde
Cc = erro provocado pela ca tenária, em met ros ;
Er/"Os. Co nsidera-se razoável a distância o btida com a corrente quando
seu erro está na relação menor ou igual a 1/ 1 000, ou seja, 1 m em cada quilô-
metro medido; isso é o mesmo que dizer 10 em em cada 100 m ou 2 em em cada
20 m (uma correntada). Por essa razão, é necessá rio o máximo cuidado para
que se enquad re dentro desse limi te. Citamos a seguir os principais motivos
I J = flecha cent ra l, em metros;
I = vão livre (entre os extremos) = comprimento da corrente.
Por sua vez a Oecha I pode ser calcu lada por

r= pl' ,
de erros, para que os principiantes estejam preve nid os contra eles: . 8F
a) colocar-se atrás das balizas, e não lateralmente; em posição errada , on de
o observador não poderá notar a incl inação das ba lizas pa ra frente e para trá s, p = peso por metro linear de corrente
provocando o maior de todos os erros; F = força de tensão, em quilogramas, '
ponanto
b) segurar as ma nop las fora do eixo da baliza;
c) est icar pouco a corrente;
d ) esticar a corrente fora da lin ha horizo nta l; esse erro aparece crescendo !
Subs tituind o, temos
em progressão geomé tri ca e, por isso, pequenas diferenças de ní vel não afetam
(Fig. 3.8). C =
8p' /4
,
I
Vejamos os val ores do erro (a - c) quando b varia de O a 1 m, de 10 em 10 em. porta nto
, 3/· 64F' L
C' = p'l' .
b (em m) a -c <' 24F 2
0,1 0,00025 . Para uma peça pesada como a corrente é ma is prático afer i-Ia COm uma
0,2 0,00100 nec~ul razoável, elimina ndo a necessidade de aplica rmos posteriormente a cor-
0,3 0,00250 reça.o. Uma corrente de 20 m terá uma flecha (I) razoável de 0,30 m. Então ao
0,4 0,00410 afen- Ia, comparando-a Com uma trena de aço precisa, devemos fazê-lo deixando
0,5 0,00630 esta flecha. No uso comum, procuraremos então es ticá-la deixando aproxima-
0,6 0,00910 damente a mesma flecha. Esse ass unto será comentado logo adiante.
0,7 0,01200 Ressa ltamos que a falta de comodidade no uso da corrente faz Com que ,
0,8
0,9
1,0
0,0 1600
0,02030
0,02500
atuCI.lmente, prefira-se o emprego das fitas de plástico (PVC), que são leves, mais
p:eclsas d~ que as correntes e apresentam a mesma rusticidade destas, isto é.
nao neceSS llam de cu id ados especiais para não se estragare m ou partirem.
I
[
20 TOPOGRAFIA MtJrodos do mediçio de distâncias hOrlzonteis 21

Medições com a trena de (IÇO, com a fita de aço ou com a .fiw de plástico (PVC) sendo
As medições com essas peças obedecem às mesmas regras das executadas Ir O comprimento real da linha, I", o comprimento medido com a corrente
com a corrente; excetuam-se as medidas de linhas de base para triangulações, errada. e (' o compr imento da corrente.
que exigem cuidados especiais e serão tratadas adiante. Nas medidas comuns. A regra de três é inversa porque, quanto medor for a corrente, menor número
a trena de aço apenas aumenta a precisão da operação. de ,'ezes caberá dentro da linha.
Aferiçc10 tia corrente - correção das medidas obridas com uma corrente errada. EXt.'lIIplo 3. 1 As linhas dadas neste exemplo (Tab. 3. I) fOr(lll1 medid;'ls
Além dos erros abordados, resultantes das fa lhas de medição, existem com uma corrente que , após aferidil , medi" 19.96 111. Deter minar os compri-
:.Iqucl cs que se originam de erro da corrente; esta poderá tcr um comprimento mentos corrigidos.
superior ou inferior ao fixado. Uma corrente de 20 m. por d iversas razões. poderá
medir 19.9 5 ou 20.04 etc. Para a constatação desse erro, deve-se aferir a corrente, Tabela 3. 1
comparando-a com uma trena de aço de confiança; no entanto essa aferição
deverá ser feita com a corrente nas mesmas condições em que será usada. Sabe- Comprimento Comprimel1to
Linha
mos que é praticamente impossível esticá-la entre duas balizas, eliminando medido corrigido
co mpletamente a catenária, por isso, aferi- Ia esti cada so bre um so lo perfeitamente
4-5 113.30 113,07
plano é errado, a não ser que se acrescente o erro que será cometido ao usá- Ia
5-6 142,85 142,56
com lOna determinada flecha. 6-7 7 1.10 19,96
Sabemos que uma flecha de 0,3 !TI red uz o co mprimento da corrente em H 42,75
70,96
42,66 Constante = 2õc = ---w- = 0,998.
12 rnm : 8-9 90,05 89,87
9-10 56,40 56,29
8r' 8 x 0,301' S x 0,09 0 72 lO-li 66, 17
c = 3T = 3 x 20 m = 60 60 = 0,Ol2 m. 66,30
- - - - - -- - -- - _. --
Os valores da coluna dos comprimentos corrigidos rora m obtidos pe lo produto dos com-
Portanto, comparando a corrente so br~ um soto plano , com uma trena de aço , primentos medidos por 0,998.
e encontrando-se 1 = 20,04, o comprimento rcal será
20,04 - 0 ,0 12 = 20 ,028 Exemplo 3.2 A linha A-H foi rnedid'l co m uma corrente que media 20,06 m.
obtendo-se 92,12 m. Qual o comprimento rea l da linha?
quando for usada com a flecha de 30 em.
c 20,06
Outro modo de aferição, porém menos exato, seria estender a corrente f,. = f", 20 = 92,12 x 20' = 92,40 m.
entre duas balizas, sem tocar o so lo, permitindo uma flecha normal. Para isso
será necessário cravar as balizas no solo para que fiquem fixas; a seguir, mede-se
a mesma distância com a trena de aço. Esse sistema é mais difícil e menos prá- M edidas de distância, com trel1a de aço, pam alta prec(são
tico. pois é problemático conseguir as duas balizas na posição exata sem tocá-las. Quando for necessária alta precisão na medida de uma distância, devemos
e também pouco provável a extensão da corren te. aplicar métodos/ éspeciais. Naturalmente, esses métodos exigirão dispêndio de
Tendo-se a ferido a corrente e co nstatando-se determinado erro, surgem muito temp<J.""Porém o tempo gasto torna-se po uco importante com ta is casos,
doi s cam inhos, a correção mecânica ou a correção a na lí tica. A co rreção mc- po is a prcCsào é fundamental. É o caso de uma distúncia que será uLilizada como
cânica é feita na própria co rrente: usa-se a barra inicia l anexa à mano pla, c que , UI/lia dI! bWi€ para triangu lações , isto é. baseados na medida de apenas uma linha
poss uind o rosca, porca e co ntraporC;l, permite pequenas retificações. Em ge ra l iremos ca lcular (trigonomctr ica mente) mu itas out ras.
se prefere a correção analítica, por ser mai s rá pida e exa ta. Consiste em usar Deve mos esco lher um terreno apropriado, relati vamente plano e o menos
norma lmente a corrente, corrigindo os va lores obtidos. Essa correção é feitl inclinado possível. Após a esco lha das extre midad es da linha, deve mos limpar
usando-se uma sim ples regra de três inversa: o terreno e estaqueá-lo, de forma que, de estaca em estaca, a distância seja alguns
ce ntímetros (de 2 a 5 em) menor que o comprimento da trena (F ig. 3.9). Os pontos
I = comprimento re.d da corrente _x I medido,
)' A c B são os extremos da linha a se r mcdid~l. As estacas I, 2, 3 e 4 deverão es tar
r comprimento nomina l de corrente
co locadas de tal forma que a trena possa ser esticada diretamente entre elas

,
)
'Cf,. "
20
f --"- f
r - 20 UI'
com a inclinação necessária, assim as dislüncias diretas (inclinadas) A-I. 1-2,
2-3 c 3-4 se rão de 2 a 5 em menores L10 que u compri mento da trena. Em cad"l

~.
22 TOPOGRAFIA Mérodos de medição de distâncias horizontais 23

Correçüo correspolldellt e à tensào. A trena tem o comp rimento exato para


uma tensão-padrão. Caso seja apli ca da numa fo rça superior, ela se es tenderá.
""", .. ,~: O fabrica nte deverá forne cer a ten são-padrão e o coeficiente de dilatação por
'1 ''''"
metro lin ear e por quilograma-força de variação.
Exemplo 3.4 A mes ma trena do exe mplo anter io r tem como tensão-pa-
Figura 3.9 drão = Fu = 8 kgf e co mo coefi ciente de dilataçã o = Cf = O,OOOO IOm por met ro
estaca será co locado um peq uen o prego para deflni r exata ment e um po~to. A e por quilograma; a rorÇ<1 ap li ca da (F) é 1I kgr.
di stância 4-B será a que sobra r. As trenas apresenta m os p rim eiros 10 cn{ mili- Co mo co rreção tota l de fo rça aplicada , lemo s :
melrad os; po r isso, poderemos med ir as di stâ ncias estica ndo diretan)e nte a C,. = Cf x I x (F - F o).
trena , lendo até os milímetro s. Su pondo que. ' ,lO co loca rmos a di visãó de 30 !TI C, = 0,000010 x 30(11 - 8) = 0,0009 m.
da tremi no prego em 1, lemos 0,023 m em A, a distância será 30,000 - 0,023 = Como a tensão foi maio r do qu e o padrão, o compr imento da trena a u-
= 29,977 m. Ao proceder as diversas medidas devemos anotar as temperaturas mentou, e a distância medid,1 apresentou um erro para menos. Portan to a cor-
ambientais e a tensão com que a trena está sendo esticada ; para isso aplica-se reção também será para mais: distância corrigida = 29,977 + 0 ,0009 =
um dinamômetro numa das extremidades da trena. Devemos proceder a um
= 29,9779 m.
número elevado de repetições das med idas (mínimo de q uat ro vezes) para ser
aplicada a teoria dos erros. Correção para a catenária. Para apli ca rmos a fórmula de co rreção da ca·
Serão aplicadas correções correspondentes à temperatura , à tensão e à tenãria , d evemos co nh ecer o peso (p) em quilogramas por met ro linear da trena.
catenária. Com isso te remos as d is tân cias illd inadas corrigidas entre A- I , 1-2, No mesmo exe mplo anterior, supo ndo p = 0,0 52 kgf po r metro linear.
2-3,3- 4 e 4- B (r I ' "2' 1"3' r* e r~). teremos:
Procedendo a um nivelamento geo métrico de precisão saberemos as di s- C = p'l' = 0,052' x 30' = 002514.
tâ nc ias ve rti cais (diferenças de co tas: V I ' v2 ' vJ ' v4 e v~) entre A- I , 1-2,2-3, 3A ' 24F' 24 x li' '
e 4-B. Por Pitágoras calcularemos as distâncias horizontais parciais (11 1 , 1t 2 ,
h), h4 e h ~ ) . Somando-as, teremos a distância horizontal total A -B. A ca tenária encurta o comprimento da trena, portanto, o erro é para mais e a
correção se rá para menos: distância corrigida = 29,977 - 0,02514 = 29,95 186 m.
Correção correspondente à tempera tura. Uma trena de aço de precisão Aplicando, agora, as três correções, vamos ter a distância final corrigida =
terá o comprimento exato na temperatura-padrão. Seu comprimento será leve- = 29,977 + 0,00432 + 0,0009 - 0,025 14 = 29,95708 m '" 29,957 m.
mente diferente se for utili za da numa temperatura diferente. Por isso, o fabri-
Ainda no mesmo exemp lo, supondo que, no trabalho de ni velamento geo-
cante deverá fornecer a temperatura -padrão e o coefi ciente de dilatação do
tipo de aço utiliz.:1d o - a temperatura-padrão em graus centígrados e o coe- métrico, tenha resu ltad o
ficiente de dilatação po r metro lin ea r e por grau cent ígra do. cota de A = 100,000 m e cota de I = 98,874 m,
ca lcula r a distân cia horizontal It, (v, = 100,000 - 98,874 = 1,126 m):
Exemplo 3.3 Correção da distância medida de A-I (29,977 m), sendo
It, = J ri - vi J= 29,957' - 1,126' = 29,9358 '" 29,936 m,
comprimento da trena = L = 30 m , It I = 29,936 m.
t emperatura-padrão = To = 20°C.
Como podemos observar, todos os cuidados empregados tornam demorad:l
coeficiente para a temperatura = C, = 0,0000 12 (por metro e por gra u
a operação, por isso, só de vemos empregá-los quando a precisão for necessár ia .
centígrado),
temperatura-ambiente = T = 32 0c.
Calculand o a correção to ta l pa ra a tempera tura-ambiente, temo s
eT = C, x I x (T - To),
e = 0,000012
T x 30(32-20) = 0,00432 m.
Uma vez que a elevação da temperatura aumentou o comprimento da
trena , a distância medida apresentou um erro para menos. Portanto a correção
será para mais :
distância corrigida será 29.977 + 0,00432 = 29,98132 m.

LlJvanramenro de p~quenas propriedades somlmte com medidas lineares 25

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capítulo 4 '""
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Levantamento de pequenas propriedades 1 1 , / I
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somente com medidas lineares Figura 4 .1 Triangu l ação para
I
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I
I
levantamento, s6 com medidas
I, I / " ---_ I
l ineares; processo certo " \ / ' __ H
" \ /" /1
Para proceder a um levantamento so mente COm med idas lineares, abor- ' ,-..,\L/ " , . /././ I
da re mos o conceito de triangulação pa ra a mo ntagem da rede de li nhas onde ~\- -- ____ ~./ I
serão amarrados os deta lhes. Em segu ida usaremos os métodos de amarração
de stes deta lhes nas linhas que estão sendo medidas e finalmente o processo de I ~ /"", i
anotação na "caderneta de campo". I //" I
Sabe-se que o triân g ulo é uma figura geométrica que se torna totalmente
dete rminada quando se co nhecem se us três lados; nào há necess idade de con hece r
\
\\ / / 'I
"~ I
'"
I.L---- ---
os ângu los. Por essa ra zão. nos levantamentos exclusivamente com medidas I // ~--
/
lineares, os triângulos constituirão a armação do levantamento. Ass im, dentro
o
da gleba que se pretende levantar, escolhem-se pontos que formem, entre eles,
triângulos encostados uns aos outros, de modo a abranger toda a região; porém,
para atender à necessidade de exatidão, torna-se necessário que tenha mos triân-
g ul os principais cobrindo toda a área e, a seg uir, triâ ngulos sec undários sub-
d ividi nd o os principais, para permitir a amarração dos detalhes.
Para esclarecer, vamos imaginar uma certa gleba e indicar, na Fig. 4.1, a
so lução ce rta da d isposição dos triângulos e, nu Fig. 4.2, a so lução errad;1. A
difere nça está no seg uinte :
a) na Fig. 4.1, ho uve preocupação em estabelecer dois triângulos principais
(A BC e ACD), e todos os outros triângu los são secu ndário s:
b) na Fig. 4.2, não existem triângulos principais, se ndo todos secundários;
nesse caso, haverá acumulação de erro; os erros irão passando e so mand o-se
de um para outro lriflllgu!O, sendo, po rtanto , muito maior a poss ibilidade de
deformação. I
Figura 4 .2 Triangul ação errada para
A fo rmação dos triân gu los secundá rios e meno res (A BE, BEH , AES, AGI. levantam ento com medidas lineares: o
GEF, EFH, DFG , CFH e CDF) é nec\:ssá ria para que se possa atingir, com (I erro está em não ter havido a prt:()C' upa -
trian gu lação, todos os detalhes que se queira le vantar. ção de formar triângulos principais,como
Um detalhe, por exemplo. como a construção M (Fig. 4.1), está muito
na Fig. 4.1
distante das linhas principais AC, AD e CD; no entanto. a linha secundária
CF, passa ndo perto, facilita a sua 1Ot.:a lização.
Desde que se esco lham os pontos que formam os triângulos co nstantes
da Fig. 4. 1, deve-se med ir cada uma das retas que consti tuem os lad os de todos
os triàn gulos. Essas medidas deverão ser feitas de prere rên cia co m trena de ,1\;(1;
110 caso de usar-se a co rren te de a grimensor, deve-se aferi- la diariamente cu m
1
'f J
26
TOPOGRAFIA Levantamento do pequenas propriedades somente com medidas fine8res 27
a trena para se proceder <I correção il llalit ica. As linhas poderão se r medidas
ANOTAÇÃ O NA CA DER NETA D E CAM PO
sem qu alquer ordem o briga tória, pois a seqüência em que forem feitas nã o
afetará o resultado. Quando medimos uma lin ha, nela pre nd endo deta lhes existentes em ambos
Ao med ir-se uma linha , os detalhes que a marginam serão nela amarrados. os lad os, existe um processo especial de anotação na caderneta de campo.
Para ,[ ammração de um detalhe sobre uma linha que se mede, existem dois .para exemplificar, vê-se na Fig. 4.5, em planta, a linha 3-4 que irá ser
processos básicos: o da perpendicular e o do triângu lo. medida. Ela atravessa um passeio cimentado e tem à sua esquerda uma co ns-
O processo da perpendicular consiste em projetar o ponto que se quer I t.ru ção ABB'. Na Fig. 4.6, te m-se a correspondente anotação na cade rneta. A
amarrar, so bre a linha, medindo o valor x ao longo da linha e o valor y
(perp endicular) entre a linha e o ponto em ques tão.
Na Fig. 4.3, ao medir-se a linha A B, para localização do ponto P, dete r-
I
I
linha 3-4 aparece na caderneta corno uma raixa; trata-se de um artifício para
se poder escrever dentro dela. Representa-se a esta ca co mo um triângulo e
dentro dele o se u núm ero correspondente. Dentro da rai xa anotH-se a distúncia
mina-se a distância AP' = x e p ' P = y. ortogo nal à reta AB. A perpen4icu lar ao lo ngo da linha c sempre ilclllTIulada desde a est~lca <l ré (3). É por es t.1 razão
P'P sobre AB é obtida a o lho , sem qua lquer apare lho e, por isso, sua f{ecisão q~e o ponto D, que se encontra 2.40 m além dos 20 m, a pa rece a notado 11<1
não é rigorosa. Por essa ra zão, tal sis tema só deve ser usado no le vantamento ral xa com 22,40 m; quando um detalhe atravessa a linha, como aco ntece nu
de deta lhes muito próximos da linha, 5 a 10 m ou, no max ima, 20-fu, o que já marge m cs querda do mesmo, no ponto D, na anotação dél cadern eta a travessiCl
é mu ito. Para deta lhes mais distantes, ou mes mo quando se quer maior exatidão, aparece como uma linha perpendicular ;1 faixa, pois não se deve esquecer quI..'
o seg undo processo, o da triangu lação, é bem mais adequado. A Fig. 4.4 indica .:t sua largura não existe, ela é artificial, para que se possa anotar no seu interior.
a amarração do po nto Q à re ta CD po r triangulação. Medem-se as di stân cias Outra re.gra é a que di~ não haver necess idade de escala na anotação d" c,a der-
QE e QF; os rOlltos E e F são também conhecid os, isto é, con hece m-se as netH, pO IS valem os va lores numéricos anotados.
dis tfm cias CE e CF . Este processo é bem ma is exala, portanto ideal para
amarração de pontos mais afastados da reta medida. Estes são os do is métodos
básicos e que deverão ser usados de acordo com a conveniência.
B
/ o primeiro processo pode ser empregado para levantamento
de um de talhe (um muro, por exemplo) que acompanha a
I tinha. Quando se deseja amarrar um ponto determinado, de-
I ve-se usar o triângulo.
I
I
I
/
I
/
I
/

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/ Fig ur a 4.3

p~~
"'"",p

A
c ,,-__ -----'ifé..- __ _ ;,F - - - - - -'<0
\ I
\ /
\ /
\ I
Figura 4.4 \ /
\ /
li
"
C)
Fig ura 4.5 Fig u ra 4 .6
28 TOPOG RAFIA LSllantamen(o de pequenas propriedades somente com medidss line/lres 29

Analisa nd o-se a planta (Fi g. 4.5) e a a notação da caderneta (Fig. 4.6), vê-se B C
que o caminho foi levantado por perpendiculares à linha tiradas a cada 20 m / "1
além dos pontos C e D onde as margens, direita e esquerda, cortaram a linha /
3-4. A const rução existente ABB' A' foi leva ntada pelos pontos A e B amar- /
rando-os por triangu lação no começo da linha (0,00 m), nos 20 e nos 40 m. /
/
No final da faixa , vê-se um tri ângulo que representa a estaca 4 e o número /
63, 10 m, que é distâ ncia total da es taca 3 até à 4, Figura 4 .9 E F
Quando se aplicar o processo do triângulo para a anotação de detalhes, "-
"-
será necessário lemb rar que a base do triângulo deverá estar na linha tendo
co mo vért ice o ponto do detalhe; o inverso estará errado (Fig. 4.7); se se quise r
"-
"- , "-
a marrar a reta M N ao ponto A da linha 5-6, ver-se-á que medindo apenas
"-
5-A = 3 1,10,
A
J ',I
o
A-M = 20,70, R UA

A-N = 28,20,
M -N = 16,40,
o deta lhe (construção) não fica rá fi xado porque poderá girar em torno de A .
A solução do It'iângulo , por usar apenas medidas lineares, pode se r ap li-
cada co m sucesso em grande quantidade de pequenos problemas, aliás, muito
co mun s. Por exemplo, para medição de um pequeno lote urbano irregular.
qua ndo não se pode contar com um apare lho para obtenção de ângulos.
Usando-se trena de aço, medem-se os quatro lados do trapézio e a diagonal
BD ou AC; a fi gura ficará determinada se m qualquer medida a ngular.

B C

6 '\ \
\
\
\ PRINCIPAL
\
\
\
/'-\-/ I-======;'~
\ \ /'
\
\ /
\ \ /'
I A
1
ALINHAMENTO DA D i. //' ;,~ h '10
'.i'" "".'}
11
Figura 4 .7 Figur a 4.8 RUA
(:)k::._. _ _ ._ -_. __ __ ._ .__
.
~..
.. . • I,"
.

• No caso do lote possuir mu ito fundo e pouca largura, a diagonal ficará


quase coincidente com os lados e a precisão se ria prejudicada ; neste caso,
deverá se proceder corno na Fig. 4.9: subdi vide-se o trapézio total em dois Figura 4 .10
menores, medindo-se AE, EB, BC. CF, FD, AD, EF e as dia go nais DE e CE.
°
Finaliza ndo capítulo, aparece um exe mplo de maior vulto, onde aparece A Fig. 4.11 corresponde ús anotações de caderne ta da linha AR da Fig. 4.10.
ini cialmente a planta det al hada de uma propriedade, q ue roi possível gr a ~as Caso o leitor se in leressar , poderá, usando os dados c medidas da Fig. 4.11 ,
a múdidas ape nas lineares. rCl;onstruir a panc corres pondente à Fig. 4.10.
30 TOPOGRAFIA

capítulo 5
Direções norte-sul magnética e
norte-sul verdadeira

Em virtude da existência das duas direções N-S, verdadeira e magnétic;1.


surgem os conceitos de declinação magnética e sua variação anual, linhas iso-
gônicas e isop6ricas.
Sabe-se que urna agulha imantada tende sempre a indicar a mesma direção ;
para isso, basta que seja eliminado, tanto quanto possível, o atrito entre ela c
o apoio sobre o qual está. Desde que a agulha possua na sua parte central uma
haste fina e esta esteja apoiada num orifício esférico, o atrito será pequeno e o
giro será livre (Fig. 5.1); resta ainda a necessidade do equilíbrio perfeito da
agulha, para que ela não se incline, aumentando o atrito. Uma das extremidades
da agulha aponta para um ponto do globo terrestre chamado pólo norte magné-
tico; a outra extremidade aponta para o pólo sul magnético. Esses pólos não
coincidem exatamente com os pólos norte e sul verdadeiros. A Terra, na sua
rotação diária, gira em torno de um eixo virtual; os pontos de encontro desse
eixo com a superfície terrestre chamam-se pólo norte e pólo sul verdadeiros
ou geográficos. Quando nos encontramos num certo ponto da terra, a direção
que nos liga ao pólo norte e ao pólo sul cha ma-se direção norte-sul verdadeira
LO'9uro cio pa.",oo eg.n. IOMe ou geográfica; a direção dada pela agulha imantada chama-se norte-sul magné-
tm 1_ eon lorno . 4 .50m
tica. Como vimos, estas duas direções não coi ncidem, a não ser acidentalmente
em certos pontos do globo, e o ângulo entre elas chama-se declinação magnética
local.

Figura 4.11 Anotação de caderneta da linha AS


Figura 5.1

~ ORIFiClO ESFtRICO PARA APOIO

Repetindo, para se firmar bem a definição: a declinação magnética local


é o ângulo que a direção norte-sul magnética faz com a norte-sul verdadeira
naquele ponto. Para cada ponto do globo haverá uma declinação magnética,
já que ela varia com a posição em que se encontra o ponto. A Fig. 5.2 representa
a esfera terrestre, vista por um observador colocado no pólo norte celeste (pólo
norte celeste é o ponto localizado no infinito, prolongando-se o eixo terrestre
32
TOPOGRAFIA Direções norte·sul magnétics e norte·sul verdsde;rs 33
A
,, As variações diurllas só são levadas em conta em trabalhos de grande
,, ,", precisão. Há declinações magnéticas diferentes para diferentes horas do dia.
/()(/'-'/ r-(1 8
Essas d iferenças são muito reduzida s sendo que as maiores atingem cerca de
3', porém, na maior parte dos casos, não alcançam um minuto.
I
PNM1 ___ '.-1.."1:--;-..:::"'
.f- _õ:J.-
Grandes massas minerais locais no subsolo podem ter ação magnéti ca
E t---'--"~=-p±é----1 C Figura 5.2 sob re as agulhas imantadas, provocando wriações loc.:ais. São as grandes ja zida s
de rochas magnét icas que produzem perturbações na agulha.
Nos5<1 atmosrera é atingida, às vezes. por tempestades magnéticas, COm
origem ora no nosso próprio planeta , ora provocada pelas manchas solares
ou de origem extraterrestre. Essas tempestades produzem variações acideJilais
o na declinação, mas são geralmente de curta duração.
As linhas isogônicas de uma certa região, quando estão representadas
na dire~ão norte). Na figura, vemos, IlLl centro da circunferência, o pólo norte sobre uma carta, constituem o mapa isogôllico. N os mapas onde são repre-
verdadetro (PNV) e, um pouco à esquerda, o pólo norte magnético (PNM). se ntadas as linhas isogônicas, são em ge ral também representadas as linhas iso-
Par;:~ o ~bservador colocado em A, a declinação magnética será a; para B a pó ricas rormadas pela liga ção dos pontos de mesma variação da declinação
declmaçao será P(menor do que a) e para C se rá nula porque C está no pro longa- magnética,
~e~to. do PNM e do PNV, ou seja, no mesmo meridiano. Para o ponto D, No Brasil imprimem-se os Anuários do Observatório Naciona l e neles
Slmetnco a A, a declinação voltará a ser a, porém com uma diferença, enquanto habitualmente existe o mapa de linha s isogônicas do nosso país.
em A o PNM está a leste do PNV, para D dá-se o contrário, isto é, o PNM está A carta isogônica (veja encarte) que anexamos é do ano de (965,0, isto
a oeste d~ P~V; ~iz-se que em A, a declinação ex é para leste, enquanto que em é, de primeiro de janeiro de 1966. O sinal negativo significa que a declinação
D. a dechnaçao e para oeste. magnética é para oeste (W) e o sina l positivo para leste (E). Nosso país. em
A declinação magnética não é constante para o mesmo local, pois sofre virtude de sua grande extensão na direção leste~oeste, apresenta também grande
variações de diferentes causas e efeitos. diferença de declinações entre seus extremos. A linha isogônica 21(\5 W corta
O pó lo norte magnético desloca-se em torno do pó lo norte verdadeiro os estados do nordeste e a linha isogônica 3° E passa pe lo Estado do Acre.
(também chamado de pólo norte geográfico) seguindo aproximadamente um Nota-se assim uma diferença de 24°,5 no total. Para utilização dessa carta
círculo (o fen ô meno ainda é desconhecido em vi sta de não se terem medidas devemos identificar a latitude e a lo ngitude do local requerido , trazendo-as
precisas senão recentemente). Esses deslocamentos são aproximadamente cons- para a carta, loca liza ndo assim o ponto e interpo lando para calcular, por
tantes num ce rto tempo e são chamados de variações seculares; o va lor destas aproximação, a declinação magnética local em 1965,0. Posterio rmente se calcula
variações num mesmo ano é diferente para os diversos pontos da Terra. Atual- a declinação loca l, em qualquer outra data, usando a carta de isop6ricas (veja
mente, no Brasil a variação anual é de 7 min sexagesimais para oeste, na quase encarte), que são as curvas de igua l variação anual da declinação. Vamos dar
totalidade do seu território. a seguir um exemplo,
Detcrmin :lf :1 declin~ção magnética. num local perto de Santarém. em
. Quando se unem os pontos do globo que têm a mesma declinação magné- primeiro Ú~ julho de 1977.
tica , formam-se as linhas isogônicas. Essas linhas ca minham aproximadamente
na direção norte-sul, porém não exatamente; por esta razão, a declinação Solução.
magn ética se modifica, principalmente em rllnção da longitude local. Como O
i. Determinação da longitude e da latitude de Santarém (cálculo aproxi-
Brasi l é um país de gra nde ex tensão na direção leste-oeste (cerca de 35 "W em
mado). Usando-se um mapa político qualquer, por interpo lação , ca lculo u-se:
Natal e de 74°W no Acre), as declinações são bem dirercntes. Em 19 55, em
Nat,d, Rio Grande do Norte, a declinação era de 21° para oeste; a declinação longitude 54",83 W,
d~crcscia à medida que se caminhava para oeste, chegando a zero próximo .1 latitude 2°,47 S.
RIO Branco, capital do Estado do Acre ; a seguir, a declinação passava a ser 2. Colocação de Santarém na carta de isogônicas. Essa carta apresent<l
para leste, alcançando 4° para leste, no extremo oeste do Estado do Acre. N,] os meridianos e paralelos de quatro em quatro graus. A distân cia entre os me ri-
época atual , a linha de declinação ze ro , chamada til/lia agônic.:a, atravessa nosso dülOos 54° e o 58° constata-se ser de 2,83 cm, T emos a seguinte proporção:
país.
4" - 2,83 cm,
Existem o utras variações que arctam a declinação , todas elas, poréll1, de
0",83 - x,
va lo r numérico muito mais reduzido.
x = 0.59 cm.
34 TOPOGRAFIA

P.ara lJ la titude int erpo lamos en tre O" c 4" d e btitude su l. A dis táncia e ntre
esses do is paralelos é de 2,85 em.
4° - 2.85 em,
2",47 - y,
y = 1.76 em.
3. Com as duas coordenadas (x = 0,59 em e y = 1,76 em) loca li za mos
capítulo 6
Santarém entre os meridianos 54° e 58" W e en tre os paralelos 0° e 4" S.
4. Determinação da declinação m,.gnética de Santarém na data da ca rta. Rumos e azimutes
is to é. em primeiro de janeiro de 1966 (196 5,0). Vê-se que Santarém fi ca entre
as cu rvas ti OW e 12° W. Fica. a O . ~ !TI distânc ia da CurVéI 11 0, A distância entre
as d ua s curvas, no local, é de 1,04 em. então
1,04 em - lO,
0,8 em - x, Serão ass untos abordad os neste capítu lo : definições, exemplos e conversões
x = 0",77 o u 46',2. de rumos em azimu tes c vice~versil, a tran sformação de rumos e azimutes
Logo, a declinação é de 11' 46',2 para W. magnéticos em verdadeiros e os pro blemas de alt eração de datas dos rumo s
S. Lo ca ndo Sanlarém na ou tra ca rta (de isopóricas) e interpolando da e azimutes magnéticos, chamados problemas de rea vivenlação.
mesma forma , enco ntra mos como variação anua l da declinação magnética
local o valor de 8',82 para W : RUMOS

primeiro de julho de 1977 ~ 1976,5 Rum o de uma linha é o â ngu lo hori zontal en tre a direção norte~sul e a
primeiro de janeiro de 1966 .... 1965,0 lin ha. medid o a pnrtir do norte o u do sul na direção da linh a, porém, não
ultraplIssando 90' ou 100 grd (Fig. 6.1).
-u,s anos
11 ,5 x 8',8 2 = 101 ',4 ou 1"41',4 W, N
lI ' 46,2 + I" 41,4 = 13" 27',6 W .
Resposta. A declinação magnética em Sa ntarém, em primeiro de julho 4
0
de 1977, é de 13 27',6 para W. (Observação importa/lfe: as di stân cias nas ca rtil s
de lin has isogô nicas e iso póricas anexas aparecem modificadas, quando com ~
°
paradas com texto, em vi rtude da red ução que sofreram os mapas para efeito
de impressão; os resultados, porém, estão corretos.)
Ressaltamos que se trata de um va lor aproxi mado.
Figura 6.1 W----------~~----------E
No capítulo seg uinte, após a explicação do que sejam rumos e azimutes,
p retende~se resolver alguns problemas onde se aplicam as declinações magné~
ticas e suas variações anuais - são os problemas chamados de reauiuelltaçào
de rumos e azimutes.

2
3
s
Diz~se qu e os rum os das lin has:

A-I = N 70'E.
A-2 = S 45' E,
A-3 = S 30" W,
A-4 = N 60·W.
fi
ri
j 36 TOPOGRAFIA Rumos e aâmutes
37
Será errado dizer que o rumo de CD (Fig. 6.2) é N J 10" E. O certo é ~ interess~nte notar que, estamos habituados a criticar os povos que ainda
S 70\> E, po is quando o número atinge os 90°, passa a decrescer alterando as empregam uOldades c?ITI.plexas como a polegada, o pé, a jarda, etc., esque-
suas letras, isto é; em lugar de medi-lo a partir do norte, passa-se a fazê-lo a cendo-nos de que aqUI amda se usa o grau, que também apresenta a mesma
partir do sul. comp lexidade.
Exercícios de transformação de rumos em azimutes à direita do norte
AZIMUTES (Tab. 6. t).
Azimute de urna linha é o ângulo qu e essa linha faz com a direção norte-s ul ,
medido a partir do norte ou do sul, pa ra a direita ou para a esquerda, e Tabela 6.1
variando de 0° a 3600 ou 400 grd (Fig. 6.3). Linha Rumo Azimute à direita
N =========-_.========
t -2 N 42' 15' W 317" 45'
N
AZIMUTE A ESOUERDA 2-3 S O"I5"W
DO NORTE 180" 15'
AZIMUTE À ESQUERDA )-4 S89" 40' E 90" 20'
\0 :y
00 SUL

ooJO,
4-S
S-6
SI0"t5'E
N89"40' E
169" 45'
89"40'
6- 7 Noo lQ'E O" 10'
//00
7-8 N [2'00' W 348" 00'

W
C E AZIMUTE 'A
DIREITA DO Exercícios de transformação de rumos em azimutes à esquerda do norte
NORTE
(Tab. 6.2).
J
2
,0' O /5'0 0 Ta b el a 6.2
J AZIMUTE À
Linha
I S
Figura 6.2
DIREITA 00 SUL

S
Fig ur a 6.3
Rumo Azimute à esquerda

[ -2 S t5"0 5' W 164" 55'


2-3 N O"SO'W 0"50'
Chama-se sentido à direita aque le que gira como os ponteiros do relógio )-4 N 89" SO' W 89"50'
e sen tido à esquerda, o contrário. Observando a Fig. 6.3, a linha 1-2 tem: 4-S St2"JS' E 192" 35'
5-6 S 7'SO'E 187" 50'
a) azimute, à direita do norte = 240"; 6-7 N 89"00' E 271" 00'
b) azimute. à esquerda do norte = 120": 7-8 N O"tO'E 359" 50'
c) azimute, à direita do sul = 60°;
d) azimute, à esquerda do sul = 300°,
No hemisfério su l, e portanto no Brasil, usa-se sempre medir o azimute Sentidos avante (! a ré lia medida dos rumos e azimutes
a partir do norte, sendo ainda mais comum no sentido horário , ou seja, à direita. , O sentido a vante I~uma linha é aquele que obedece ao sentido em que se
No hemisfério norte , em a lguns países, usa-se medi-los a partir do sul. Como esta percorrendo o camlllhamento e o sentido a ré, O contrário a es te sentido;
são muito raras as ocasiões em que usaremos outro tipo de azimute, quando assim, quando se está medindo uma sucessão de linhas cujas estacas estão
não for expressamente arirmado °
contrário, azimute será sempre à direita do numeradas co~o I, 2, 3, 4, 5, 6 etc., o sentido :.J vante da linha que liga o ponto
lIorte. 2 a~o ponto 3 e de 2 para 3, e o sentido a ré, o de 3 para 2.
Quanto à aplicação de graus ou grados, depende do aparelho utilizado O rumo a ré de uma linha deve ser numericamente igual ao rumo avante
para medir os rumos ou os azimutes. Quando a graduação do aparelho é em porém com as letras trocadas. Se o rumo vante 3-4 é N 32" E, o ré , isto é, 4-3',
grados, a leitura é sempre nesta unidade, havendo posteriormente a alternativa será S 32" W (Fig. 6.4). Vemos que sendo as linhas N, S em 3 e 4 paralelas.
de transformá-los ou não em graus, dependendo ainda das tabelas <I serem os ângulos de 3-4 com elas são iguais: J2U • As letras no entanto passam de N-E
emp l'egadas. O uso do grado é bem mais simples que o do grau, porém há certa para S-W. Os azimutes vante e ré da Jllesma linha guardam entre si uma dife-
dificuldade em se mudar um hábito. Esta c a única ra zão porque se emprega o rença de 180') aLi 200 grados. Se o azimute vante de AS é [10", o ré se rú 290" ;
gra u, apesar de su a maior complex idade. se o vantc de CO ror J20", o ré scrú ,20 - IXO = t40" (Fig. 6.5). O ângulo N BA
38 TOPOGRAFIA
Rumo s e azimutes 39
N
Exercíóo 6.1 Dados os rumos vantc das linhas da Tab. 6.3, enco ntrar
os az im utes a vanle c a ré, ti direita.
N Inicia lmente, calcula ram-se os azimutes a vante e a seguir os azimutes a
ré. Aconselha-se aos principiantes a reitura de gráficos para cada linha para
w____..4' -_ _ _ E melhor compreensão.

'l N Tabela 6.3


o.
N A Azimute a direita
s Linha R umo a vanlc
Vante ~.

AB N 31° 00' W 329" 00' 149' 00'


w ------~~----- BC S I 2°50'W 192" 50' 12" 50'
CD S O" 15' E 179" 45' 359' 45'
DE N88"SO' E 88" 50' 268" 50'
EF N O"IO'E Ou 10' 180" lO'
Figura 6 .4
I
s S
Exercício 6.2 O azimute á direita de CD é 189(1 .:lO' c o rumo de ED é
é o suplemento de t 10°, portanto 70°; o azimute à direita de BA é o rcp lcrne nto S 8° 10' E. Calcular o âng ulo CDE. medido com sentido à direita, isto é, no
de 70" : \ se ntido horário (Fig. 6.7).
Valor procurado, â ngu lo à direita CDE = 360" - (8" lO' + 9' 30') = 342' 20'.
,60 - 70 = 290". ou ,c.ia. 110" + 180" = 290".
N
Na Fig. 6.6 o azimute vantc de CD é 320": o seu replcmcJlt0 é NCD = 40";
N
em D o àngulo CDS é também 40°; portanto. o azimute à direita de D e sera
o ,eu su plemento, N DC ou seja. 180 - 40° = 140". ou ainda, 320 - 180 = 140".
E
w------f:---E
N
"
:'
~)
AZIMUTE
:ti DIREITA

"10')
RUMO DE EO
DE CO

N 8°\0'

Figura 6.7

Figura 6.6

Exercício 6.3 O rumo de 6-7 é S 88'05' W, o rumo de 7-8 é N 86' 55' W.


Calcular o ângulo à direita na estaca 7 (Fig. 6.8).
s Valor procurado: 360" - (88' 05' + 86' 55') = 185" 00'.
40 TOPOGRAFIA Rumos IJ Bzimutes 41

N N Passando 36" para minutos, temos


N
16'
óõ-;; = 0,6';
fica
172" 12' 36" = 172 12',6;
passando 12',6 para fração de grau,
12',6= 0'2 1
s s ... , 60' "
Figura 6.8
172" L2' 36" = 172" 12',6 = 172",2 1;
e por fim passando 172°,21 para grados, temos
TJ'{III~ro,.maçào de graus em grados e oke-versa
172,21 x ~O = 1 7~2, 1 = 191 ,3444 (dízima).
Apesar de excessivamente simp les e e lementar, a transformação de graus
I em grados e a operação inversa ca usam alguma confusão aos iniciantes. Por
esta razão , o assun to será abordado rapidamente. Apesar das calcu lad oras Exercício 6.7 Converter 2 12,2864 grd em graus.
I forn ece rem esta operação, se mpre é bom praticar. 9
A circunferência é dividida em J60° e em 400 grd, por isso a relação é 212,2864 x Tõ = 191",05776.
I
360 9 Passa ndo 0".05776 para minutos: 0".05776 x 60 = 3',4656; passa ndo 0',4656
\ 400 = 115" para seg undos : 0',4656 x 60 = 27",936; assim 212,2864 grd = 191",05776 =
I = 191" 03',4656 = 191" 03' 27",936.
Para se passarem graus para grados deve-se multiplicar o número de graus
( por 10/ 9, e para se passarem grados para graus, multiplicar o número de grados Rumos e azimutes, magnéticos e verdadeiros
por 9/ 10.
\ Até o momento , quando falamos em ru mos ou azimutes não especificamos
a sua referência, a partir do norte verdadeiro ou magnético. Quando o rumo
ExerCÍcio 6.4 Transfo rmar 132 32' 15" em grados.
0

J é medido a partir da linha norte-su l verdadeira ou geográfica, o rumo é verda-


I 15" deiro; quando é medido a partir da norte-s ul magnética, o rumO é magnético ;
60" = 0,25,
o mesmo se dá para os azimutes.
A diferença entre os dois rumos é a declinação magnética local (Fig. 6.9).
portanto 132" 32' 15" = 132" 32',25 ;
t muito importante respeitar o sen tido dos ângulos: a declinação magnética
32', 25
---w- = 0",5375;
é sempre medida na ponta norte e sempre do norre verdadeiro para o magnético
e os rumos são medidos sempre da reta NS para a linha . Inverter qualquer

portanto lJ2 u 32',25 = l32°,5375,


132",5375 x 10 grd 8
147,2639 grd.
I 9"
I Exercício 6.5 Transformar 8.1,4224 grd em graus, minutos e segundos.

t 83,4224 grd x 9"


10 grd ,
75",080 16. Figura 6.9

I 0,08016 x 60' = 4,8096,


I 0.X09t1 x tiO" = 48"j76.
' .' ..)224 = 75" 04' 48",576
Exercício 6.6 Con verter 172" 12' 36" em grados.
42 Rumos e azimutes
TOPOGRAFIA 43
NM NV
sentido é (,!Tcu/o! O rUl1ltl vc rd'ldl...'iro de AB = N 45" E. A dcdin<lção magnética
é d e 10° pant W. O rumo magnético é N 55" E.
As agulhas imantadas co locada s nas bússolas forn ecem os rumos ou os
azimutes magnéticos; para transformá~los em verdadeiros, é necessário que se
coo heca a declinação magnéticH local e fazer a operação aritmética adequada.
A posição do norte verdadeiro pode se r conhecida, diretament.e, através
de observações aos astros (sol e estrelas) e obterem-se, assim, os rumos e os
azimutes verdadeiros. Estas possibilidades serão abordadas mais adiante.
Uma planta de uma determinada propriedade, ex.ecutada anos atrás repre-
sent.a diversas linhas, especificando o se u rumo magnético. Quando se torna
necessária a recolocação destas linhas no terreno, passados diversos anos,
devem-se reajustar os rumos magnéticos para a época atual , já que se sabe
que a declinação magnética varia anualmente. Estes problemas, relativamente
B
Figura 6.10

RUMO MAGNÉTICO EM 1953,5 ' 32°30' ''27',


~S32°57'W
Figura 6.11 .
,•
comuns na prática, são chamados de reaviventação de rumos e azimutes.
A seguir, são propostos diversos d estes problemas e a sua resolução. (Fig. 6.11). Para so lução do problema. procura-se ob ter ambos os valores na
mesma data: o rumo magnético e a declinação magnética.
Exercício 6.8 O rumo magnético de AB, medido em primeiro de janeiro Resposta. O rumo verdadeiro de 1-2 c N 84" 51',75 para W.
de 1950, era de S 32° 30' W. Calcular o meSmo rumo em primeiro de julho d e
E:wrc:ícjo 6.10 Deseja-se representar a linha CD numa planta elaborada
1954.
em pnme ll'o de outubro de 1944. Sabe-se que o rumo verdadeiro da linha é
Os anuários do Observatório Nacional acusam a variação an ual da de- \
S 861> 50' ll/ll Na planta, a direção marcada é a do norte magn ético na data de
c1inação magnética de 6 min para oes te.
sua confecção pelos anuários: a declinaçã o magnética em primeiro de janeiro
A transformação da data de primeiro de janeiro de 1950 em valor decimal
de 1951 é de 8° 14' W e a variação allual da declinação magnética é 5' W ;
é 1949,0. Desde a co ntagem dos tempos d epois de Cristo, passaram-se 1949
anos inteiros. Não devemos esquecer que não tendo havido o ano zero, o pri- primeiro de janeiro de 19 51 = 1950,00
meiro ano só se completou no dia 31 de dezembro do ano 1, portanto só se primeiro de o utubro de [944 = 1943,75
completaram 1949 anos em 31 de dczcmb ro de 1949. intervalo de lempo 6,25 anos,
Temos pois: a va riação total em 6,25 anos é 6,25 x 5' = 31',25; esta var iação se fosse con-
primeiro de julho de 1954 = 1953,5 tada dc 1943,75 para 1950,00 seria J 1.15 para W ; porém se contarmos em sentido
primeiro de janeiro de 19 50 = 1949,0 contrário, islo é. de 1950,0 para 194,.75 será 31,25 para E.
in tervalo de tempo 4,5 ano,s, A decli l~ação em 1943.75 é 8" 14 - 31 ',25 = 7" 42',75 para W, portanto °
rUl110 magnetlco de CD, em 1943,75 é 86" 50' + 7' 42,75 = S 94' 32' 75 W
a variação total de declinação magnética é 4,5 x 6' = 27' para W (Fig. 6.10), Pa ssa ndo para ° quadrante NW = N 85' 27',25 W (Figs. 6.12 e 6.13). ' .
° rumo magnético em 1953,5 é 32' 30' + 27' = S 32' 57' W. Resposta. O rumo magnético de CD, em 1943,75, é N 85° 27',25 para W
R esposta. O rumo magnético de AB, em primeiro de julho de 1954, é e poderá ser representado na planta.
S 32" 57' para W. NM
'"' NV
1943,75
Exercício 6.9 O rumo ma gnético de 1-2. em primeiro de abril de 1960.
era N 72<'> 10' W. Calcu lar o rumo verdadeiro da linha. Pelos anuários. <:I declina-
ção magnéti ca em primeiro de janeiro de 1956 era 12<'> 12 ' para· W, a variação
anua l da declinação magnética 7' para W : <:Issim
primeiro de abri l de 1960 = 1959,25 I
primeiro de janeiro de 1956 = 1955,00
intervalo de tempo 4,25 anos, Figura 6.12
O~'-r--.--+c
Figura 6.13
I
!
,~ I
a variação total da declinação magnética é 4,25 x 7' = 29,75 min para W;
a declinação magnética em 19 59,25 é 12' 12' + 29',75 = 12" 41',75 para W
8ussofas 45

capítulo 7
Bússolas Figura 7.2 Graduação do circ ul o na s
bússolas para azimutes à esquerda

São assuntos deste capítulo: bússolas de círculo fixo e de circulo móvel.


O desvio da agulha imantada provocado por atrações diversas leva à neces-
sidade dos problemas de correção de rumos e azimutes. o "Ipoio da agu lha deve ser de forma a diminuir, ao mínimo, o atrito ,. aumen-
As bússolas são aparelhos destinados à medida de rumos ou azimutes, tando a sensibi lidade do aparelho (Fig. 7.3). A agulha deve estar pedcltamente
com precisão relativamente pequena. Normalmente a menor rração que se equilibrada para se manter horizo ntal apenas com o apoio centra l. Conformt:
I, pode ava liar, nas suas leituras, é cerca de 10 a 15 mino a latitude em que for usada , as atrações que sofrem a ponta norte e a pontl
Compõem-se, basicamente, de um círculo graduado em cujo centro se sul serão diferentes; por isso, para se equilibrar a agulha há necessidade de se
II apóia a agulha imantada. A graduação nas bússolas destinadas à leitura de empregar um contrapeso. No hemisfério sul, o contrapeso deve ser colocado
II fllmos é subdividida em quad rantes, isto é, a numeração inicia no norte com na ponta sul. porque a tendência é ha vcr um desequilíbrio caindo para él ponta
zero, crescendo para a direita e para fi esquerda até 900, passando a decrescer norte. No hemisfério norte, as agulhas eq uilibradas tendem a cair para o su l.
11 até zero ao chegar ao su l (Fig. 7. 1). Nas bússolas destinadas à leitura de azimutes. \ portanto os contrapesos aparecem na ponta norle. São ainda descon hecidas
" graduação é co ntínua , isto é, vai de ze ro no norte até 3600 no mesmo ponto as causas dt:stc fenô meno. P;Ira ;1 Topngrafia só int eressa saber que ele é real.
(Fig. 7.2).
No centro d o círculo graduado, apóia-se uma agulha imantada cujo com- AGULHA PERFEITAMENTE EOUILlBRADA

~
primento é sensivelmente igual ao diâmetro do círculo, para que suas pontas
se superponham à graduação, permitindo assim a leitura. As extremidades da
agulha devem ser suficientemente rinas para permitir leitun\s mais preôsas.
Figura 7.3

APOIO PARA EVITAR o ATRITO cíRCULO DA 8USSOLA

Para que se possa fazer a visada numa determinada direção, existem as


pílllllas presas ao círculo horizo ntal. São chamadas de pínulas duas peças que
formam um conjunto composto de uma fresta onde se encosta a v.ista e de um
retíc ulo através d o qual se orienta a linha de vista para determmado ponto
Figura 7.1 Graduação do circulo em
(Fig. 7.4). A Fig. 7.5 mostra que as pínulas estão adaptadas ao círcu lo d,\ bússola .
bússolas destinadas à leitura dos rumos
de modo a fazer com que giremos o conjunto todo quando queremos visar para
Ulm\ determinada direção. O conjunto do círcu lo e das pín ulas está ligad o a
um tripé que ficará sobre o so lo. A ligação é feita através de uma haste vert ical
que permite dois tipos de movimenlos. \) de rot:tção c o de nivelamento ; " !'is im .
o circulo pode se r co lo cado horizontalmente com o movimento de nivelamcnto.
e a visada pode se r orientada numa direção pelo movimento de rotação. Sabe-sI.;
quc o círculo cSlmú ho rizonwl quando exist ir tlcJc UIll co njunto de do is tubos
46 TOPOGRAFIA Bússol.:JS
47
,-- PíNUlAS

.
NORTE

FRESTA--f-.;>j, 1 RETíCULO

Figura 7.4 PONTO


~B
"

PONTA NORTE
DA AGULHA
PEÇA OUE CONTÉM PECA QUE CONTEM
A FRESTA o RETíCULO ,o
NESTA PEÇA SE
ENCOSTA 11 VISTA
RETíCULO
RETíCULO

POIITQ A

Figura 7 .5
JANELA
fR~TA --W-tI
\
JANElA

de bolha Oll uma bolha ci rcular. Quando ex istirem dois tubos de bolha. eles
/
estarão colocados CI 90° um do Qutro; quando os dois estiverem com as bolhas
centra das, o plano es tará horizonta l. Quando se emprega r a bo lha circular,
lima peça s6 será su fi ciente, porque a sua celltragem já d etermina o plano
ho ri zo ntal. Tratar~se-á especialmente da descrição das bo lhas em capítulo
npropriado.
SUL
Inversão das lerras E e W
Quem o bser va a Fig. 7. 1, imagina que houve enga no na troca das letras
E e W. A troca é proposital e necessária. Por quê? Basta lembrar que o sentido Figura 7.6
em que o rumo deve ser medido é do norte ou do sul para a linha. Como as
pínulas é que visam para a linha, levand o para lá a origem da grad uação (zero)
e a ag ulha , que fica na direção NS, é. que indica a leitura, há, po rtanto, u ma
in versão. O rumo é lid o da linha para o norte ou para o sul ; para co mpensar
essa in versão, as letras são trocadas.
Na Fig. 7.6 vemos que levand o a direção das pínulas Uanela e retículo)
para a reta AB, ta mbém carregamos a gradua ção zero, enquanto que a agu lha,
naturalmente apontando o norte, indica a leitura 50. Vê-se que o rumo passou
a ser medido da linha para o norte, o que é uma inversão; trocando-se as Ict ras
E e W compensa-se esta in versã o, e pod emos ler diretamente as let ras NE já
que a agulha está entre elas.
correç60 ds rumos e azimutes 49

tado pelo ângulo N AB, passa rá a ser N' AB, portanto, alterando o valor N' AN
que é o deslocamento da agulha. Sendo esse des locamento de efeito local, é
lógico imaginar-se que todos os outros rumos lidos, naque la mesma estaca e
na mes mo momento, sofrem iguais diferenças. Na Fig. 8.2, imagina-se um
exe mpl o.
capítulo 8
N'
Correção de rumos e azimutes '\ I
H
\ I

Quando obtemos os rumos o u os az imu tes por intermédio das bússo las ,
os va ~o~es podem vir, alterados por efeito de atra ções locais, que deslocando
a poslçao da agulha Imantada produzem erro nas le ituras. As atrações locais
p~dem ser ocasionadas por motivos diversos, seja por gra ndes massas de rerro,
Figura 8.2
seJéI por corre ntes elétricas nas proxi midades. As ma ssas de ferro podem se r
representadas, no campo, por jazida s de minérios que exerçam atração so bre
a agulha imantada.
A Fig. 8. 1 mostra a conseqüência da atração. des loca ndo a agulha e alte- 1\
rando o rumo magnético. O rumo magnético da linha AB deveria ser represen- I\
I\
N I\
5' 5
\
o aparelho estacion ado na es ta ca 3 irá ler o fumo ré 3-2 e o vante 3-4. A
linha NS é a direção norte-sul magnética 'e a linha N'S' a mes ma direção alterada
de 2" em virtude de atração local no ponto 3. O rumo 3-2, que deveria se r
N 30" W, será obtido com o erro de 2" a mais, N 32° W ; da mes ma for ma, o
( rumo va nte 3-4 que dever ia ser N 40° E, se rá lido N 38° E.
Vemos neste exemplo que, quando os rumos medidos na estaca têm sentidos
opostos e o erro é para mais num se ntido, se rá pa ra menos no sentido oposto.
O rumo NW, anti-horário o u à esquerda. tem o erro de 2° adicionado, enquanto
que o rumo NE, se ndo horário ou à direita. tem o mes mo erro subtra ído.
Figura 8.1 Para os azimutes, o erro é se mpre no mes mo se ntido, ou seja, quand o
somado para um se rá so mado para o o utro também, e quando subtraído no
azimute a ré , ta mbém o será no azimute avante (Fig. 8.3), porque os azimu tes
têm sempre o mes mo se ntid o. Vê-se na Fig. 8.3 que o azimute a ré (8-7) que
dever ia ser de J 1O0, em virtude do deslocamento da linha NS para N'S' (\!rro
de 2"), passa para 308", Também o va nte (8·9) passa de 60" para 58" (também
2° a menos).
\ \ Quando se medem sucessivamente os rumos ou os azimutes de diversas
\ linhas, pertence ntes a um polígono, pode-se estabelece r, por cálculo , uma s6
DESLOCAMENTO
DA AGULHA
-"""'1', \ \
posição para a linha NS em todas as estacas. Um exe mp lo ra ci litará a explicação.
PROVOCADA Na Tab. 8. 1, apa recem os rumos lidos a vante e a ré, em diversas cst;.\cas de
POR ATRACA0 ~
LOCAL \ \ um polígono.
5
50 TOPOGRAFIA
Correção de rumos aâmutes
fi
51 (
I
A Ta b. 8.2 já te m os rumos cor ri gidos. Supõe-se o rumo va ntc de 1-2 sejH (
N 50" 30' E co mo co rreto e ado ta-se-o co mo corrigido. O fumo ré S 50" 00' W I
para correspo nde r ao vante N 50" 30' E deve ser aume ntad o 30 ' por isso, o rumo J

I
van te de 2-3 também deve rá se r alterado de 30' . sendo necessári o, porém, ver i- (
7
Ss. ficar se ti co rreção de 30' será para mais o u para menos. As letras do rumo 2-.1
9 são NE , portanto es tão 110 mesmo sentido do rumo 2-1 (SW), se ndo então a
correção também no mesmo sentido. Uma vez que foi necessário acrescentar I
(
3D' no ré, da mes ma forma se ~Icresce nta 3D' no vante, pa ssa nd o de N 82° 10' E I
para N 82" 40' E.

Figura 8 .3
Tabela 8.2

RI/IU O lido Rum o


Estilca
a vantc ,I ré corrigido

N 50' 30' E S 50"00' W N 50" 30' E


2
N 82" 10' E S83"00' W N82"40' E
3
S35" 00' E N 14" 30' W S 35" 20' E
5' 5 4
\ 5
S I" 50' W N 1"20' E S 1"00' W
A co locação dos valores na tabela obed ece às seg uint es exp li cações: S 73" 40' W S73"20' W
6
a) o fumo N 50 n 30' E é o vanle da linha 1-2, portanto o aparelho es tava
eSI<lcionado na estaca 1 visando para a baliza colocada em 2;
b) o rumo S 50° 00' W é o ré da mesma linha, portanto o aparelho eslava Repetindo o raciocínio, ao rumo ré de 3-2 (S 83° 00' W) deverão ser dimi-
em 2 visando para a baliza em I ; nuíd os 20' para correspo nder ao vantt: corrigido (N 82° 40' E)_ No vante de
c) o rumo N 82° 10' E é o vaDte da linha 2-3, portanto o aparelho continua 3-4, já que o sentido é oposto (SE é oposto êl SW) os 20' serão acrescentados
na estaca 2, po rém agora visando para a baliza 3; passa ndo o rumo de S 35° 00' E para S 35° 20' E. Continuando se mpre no mcsm~
d) porta nt o, em cada es taca são lid os sempre do is rumos, um a ré e um processo, ao rumo ré de 4-3 deverão se r élcrescidos 50' para passar de N 34° 30' W
a vante, ligados na tabela por se tas que indi cam os fumos que, sendo lidos na para N 35° 20' W, e assim corresponder ao vante corrigido S 35° 20' E_ No
mes ma es taca devem, então, ter s0 rrido a mesma atração. vante da estaca 4 (de 4-5) os 50' deverão se r s ubtraídos porque o sentido é oposto
(SW é oposlo a NW) (Fig, 8.4), Vimos que NE e SW têm sentidos igua is e opostos
Tabela 8.1 a NW c SE. po rta nto o rumo passará de S 10 50' W para S 10 00' W_
,\0 rumo ré de 5-4 para combinar com o vallle co rrigido , deverào ser
Estaca subtraídos 20', passa ndo de N l ° 20' E para N lO 00' E, portanto ao vante de
avante a ré
N

N 50" 30' E S 50"00' W ANTI- HORÁR IO HORÁRIO OU DIR EITA


OU ESOUERDA
2
N 82" 10' E0s83"00' W
3
S 35"00' E ~ N 34"30' W Figura 8,4 w--- -t-----E
4
S 1"50' W / N 1"20'E ANTI-HORÁRIO
5 HORÁRIO ou DIREITA OU ESQUERDA
S73"40'W/
6
s
52 TOPOGRAFIA Correção de rumos o azimutes 53

5~6também deverão ser subtraídos 20', já que o sentido é o mesmo (NE e SW ele, excedendo aos 90°, passará pélra o quadrante NE. A diferença entre o ré
tem o mesmo sen tido), passando de S 73' 40" W para S 73' 20" W, e o van te corrigido será de apenas 20", pois S 89' 50" W + 20"
= S 90'" 10' W,
A Tab. 8.3 constitui um o.utro exemplo, porém agora sem comentários, ou seja, N 89" 50" W (Fig. 8,5),
sabendo-se apenas que o valor adotado como rumo corrigido inicia l é o da Correção de a:imutes : exemplificação na Tab. 8.4.
linh~ AB. Propositadamente não se fa z comentários para que os leitores possam
praticar, reso lvendo o exercício. T a bela 8.4

Tabe la 8.3 Azimute à direita


Linha
a vanCc a ré
RI/mo lido Rumo
Linha 322'00' 142' 30'
avante a ré corrigido 1-2
2-3 307' 50'---::::: 126' 00'
3-4 180' 20' ...--- _-' l' 20'
A·B S 40' 20' E N 40'00' W S40' 20' E
N81'40'E 4-5 104'00'''''''---- 285'00'
B·C SRI'20' W N81'20' E
5-6 42' 20·...-------- 221' 40'
C·D S 89' 50' E S89'50' W S89' 5O' E
6-7 118' 40'''-------- 298' 40'
D· E: S O' 20' E N O' 40' E S 0' 00'
E·F S42'00'W 7-8 178' 10''''''----
N44"20'E 54(°20' W
F·G S84'40'W N 81'00' E S81'40' W
C·fI S 89" 30' W S 89' 50' E N 89'50' W
li fI·1 N 70' 208W S 68'00' E N70'20' W
A co locação dos va lo res na Tab. 8.4 obedece ao mesmo crité rio das ante·
riores para rumo s:
Il I·}
}·K
N O' 40' E
N 38'20' W
S O' 40' E
S40'00' E
N 1'40'W
N 39'20' W a) o azimute vante de 1·2. 322 0 00', foi obtido com o aparelho na estaca
1I K·L N 27'00' E S27°1Q'W N27'40'E 1 e a baliza na 2;
L·M N 89' 30' E N 89'00' W 9Q' OO' E \ b) os azimu tes a rê de 2-1 e o vante~e 2-3 foram obtidos com o aparelho
1I M·N S 62' 00: E S63'00' E na mes ma estaca 2 e, portanto , deve m con ter os mes mos erros de atração loca l.
I( As se tas indicam os azimutes medidos na mesma estaca.
I Obs('ruações. A Tab. 8.5 já aparece com os azimutes corrigidos. O primeiro azimute
vante, 322 0 00', foi adotado como corrigido . A esse azimute corresponde o ré
1. O valor S 0° 00' aparece sem a indicação E ou W por mo tivos claros:
(2-1): 322' 0'0" - 180'" = 142" 0'0", portanto o ré, lido 142" 30", deverá ser dimi·
se o I:uma é 0° ao sul, não poderá ser nem para leste nem para oeste.
nuído de 30' e, então, também o vante 2-3 deverá ser diminuído de 30': 307 0 50' -
. 2. O valor 90° 00' E aparece sem a letra N o u S também por motivo óbvio ,
- 30" = 30'7' 20".
pOISse o rumo é 90 0 para leste, não pertence nem ao norte, nem ao sul.
O ré de 30'7" 20" é 30'7" 20" - 180''' = 127" 20"; portanto o ré , lido 126" 0'0" ,
J. Na linha CD há uma aparente incoe rência entre as letras do rumo vél nte
deverá ser aumentéldo de 1 20' para hav(:!' coincidência; então avante 3-4
(l
S 89° 50' E e o rumo ré S 89° 50' W, porém o que realmente acontece é que
sendo o rumo vante de quase 90°, bastará uma pequena correção para mais e
Tabe la 8.5
N
Azimule à direita Azimute
Linha corrigid o
• .9 avante a ré

C 1-2 322' 00' 142' 30' 322"00'


W E Figura 8.5 2-3 307' 50' 126' 00' ~07' 20'
O
3-4 180" 20' I" 20' 181 " 40'
4- 5 104"00' 285'00' 104' 20'
iJl-o. 5-6 42" 20' 221"40' 41"40'
6-7 11 8"40' 298" 40' 118' 40'
7-8 178' 10' 178' 10'
s -----
\
I
54 TOPOGRAFIA Corroção de rumo!> C azimutes
55
também deverá ser acrescido do mesmo valor (lo 20': :. I SO" 20' + 1" 20' = Tabe la 8,7 ,
= I SI" 40',
O ré de 181" 40' é I" 40'; portanto ao ré, lido dc 4-3 (I" 20'), deverá scr Linha RII'!!2.Jido Rumo
---'--
somado 20'; por isso, o va nte 4-5 passa rá de 104° 00' para 104° 20'. a vante are corrigido
O ré do valor 104'" 20' é 104 0 20' + 180') = 284 0 20', por essa razão , O ré,
lido 285 0 00' , es tá maior 40', que deverão se r su btraídos; também ao van le de 4-5 S 79" 30" W
-
N 79°30" E 579"30" W
5-6 haverá a subtração de 40': 42" 20' - 40' =
41' 40', 5-6 S 7" 50" E N 8" 30" W 5 7" 50' E
Já que o ré de 41" 40' é 41" 40' + 180" = 22 1' 40' e o ré lido têm idêntico
va lor, nã o haverá cor reção e també m o vH nte 6-7 não será corr igido: 11 8" 40'.
Fina lmen te, o ré de 11 8 0 40' é 298 0 40', que, co in cidindo co m o lido, não
provocará correção no va nte de 7-8: 178" lO'.
6-7
7-8
8-9
9-10'
10'-1
1-2
St5"0'0"W
S 69" 30" E
N81"0'0"E
N O" 10' E
N IO'°O'O"E
N 15°30" E
N69°40" W
S8 1"40"W
S 0''' tO" E
S lO'" tO' W
515"40" W
569° 20' E
N8t020' E
N 0° 10' W
N 10° 00" E
,
CO RREÇ ÃO DE R UMOS OU AZIM UTES EM POLIGONAIS FECHADAS N 8" lO" W S 7°20' E N 8' 20" W
2-3 N 80'''20' W S 80'" 0'0' E N8 1" 20' W
Quando as linhas de uma poligonal fizerem um circuito rechado, surgirá 3-4 Sn"O'O" w N71"30"E 5 70"40" W
uma part icularidade na co rreção de seus rumos. Será mais fácil analisarmos
num exemplo. Dez estacas, numerad as de 1 a 10, formam um polígono fechado
De ~ nde surge esse erro? Quando se coloca o apare lh o numa determinada
com os rumos vantes e a ré registrados na T ab. 8.6. Deve-se escolher uma das
estaca, diga-se es taca 5, medem-se dois rumos: o ré, de 5 para 4 = N 79° 30' E
linh as co mo rumo inicial corrigid o, send o o mais na tu ral escolher aq uela que
, \ e o va nte, ,de 5 par~1 6 = S 70 50' E; esses rumos formam entre si um ângu lo
Tabela 8.6 que podera ser facilmente calculado (Fig. 8.6).
-------- . . . Pelo mes mo processo, vamos ago ra calcular O ã ngulo na estaca 6, usa ndo
Rumo lido
Linha 1I1Icw lmen tc os rumos lidos (Fig. 8.7):
a va nte a ré 8° 30'
15° 00'
t-2 N 8" 10' W S 7° 20" E
2-3 N 80'''20'' W S 80'° 0'0" E + 180° 00'
3-4 S72"O'O"W N7t030"E 203° 30' = ângulo 5-6-7 (horário),
4-5 S 79' 30' W N 79° 30" E Quando usa rmos os rumos corri gidos teremos SE 7° 50' no lugar de
5-6 S 7" 50' E N 80 30' W 8° 30', SW 15" 40' no lugar de 15" 00', porta nto o â ng ulo é:
6- 7 S 15' 0'0" W N 15" 30" E
7-8 S 69" 30" E N 69"40" W ]O 50'
8-9 N81°0'0"E S81"40"W 15' 40'
9-10 N 0''' tO' E SO'°IO'E ,+ 180" 00'
IO- t N 10'''0'0'' E SW tO"W 203' 30' = ângulo 5-6-7 (h orário),
N 5 N
°
·tiver meno r diferença entre rumo vante e o rumo ré. Por um exame da tabela,
I
verificamos que a linha 4-5 apresenta rumos perfeitamente concordantes: vante
S 79° 30' W e ré N 79 ° 30' E; deve-se. portanto, de preferência, partir desta >
j.o.
linha. Na Tab. 8.7 têm-se os rumos corrigidos pelo processo já conhecido. I
Supo nd o que fôssemos recorrigir o rumo 4-5 no rec hamento, usando-se I
o mesmo processo da s linha s anter iores: I 4
w- - - __5L=-=-r'~-E
6
a) para se corrigir O rumo ré de 3-4 devem-se diminuir 50';
b) co rrigindo os mesmos 50' no vante de 4-5, devem-se, também, diminuir
50' resu ltando 79° 30' - 50' = S 78" 40' W,
Figura 8.6 Figura 8.7
Comparando-se o rumo de 4-5 inicial S 79° 3fJ W com o final da mesma
linha S 78 P 40' W nota-se a direrença de 50' que constitui o erro angular de 15"00'
fechamento do polígono.
7
Correçio do rumos azimutes
57
56 TOPOGRAFIA fi

6
Tal fato mostra que, ao corrigirmos os rumos lidos, os ângulos resultantes
ficam inalterados; portanto , quando corrigidos todos os rumos de um polí-
gono fechado, inclusive recorrigindo o primeiro, encontramos diferença entre
o rumo na partida e o mesmo na chegada, a diferença é o erro de fechamento
angular do perímetro.
180°00'
Devemos encontrar esse mesmo erro, se calcularmos todos os ângulos _ 85°00'
internos do polígono e os so marmos ; a somató ria deveria ser igual: 2: angs
95 QOO' = ângulo na estaca 7
internos = (N-2) 180°, onde N é o número de lados ou de vértices. A diferença
entre a soma encontrada e o va lor dado pela fórmula é também o erro de fec:ha- 8
melllO allgu/al' do polígono.
..,0
Vejamos no mesmo polígono. Para facilitar o cálcu lo dos ângulos internos
do polígono (Tab. 8.8), raremos um desenho aproximado, baseado nos rumos
.' Figura 8.9 Cálculo do ângulo na estaca 7
dos lados (claro que as distância s roram assumidas arbitrariamente , porque,
no momento , não nos interessam) (Fig. 8.8). Como podemos ve r, o erro de fechamento angular (O" 50') é igual ao encontrado nos

Tabe la 8 .8 rumos corrigidos.

Estaca Ângulo interno Para fi rmar bem, faremos outro exemp lo.
No poligono, cujos rumos estão na Tab. 8.9, tnlClou-se a correção dos
5 92' 40'
1: ângulos internos: (N-2)180' ~ (10-2)180' ~ 1440'. rumos pelo lado 6-7 , que na partida se adotou como SW 62", r~s ultando na
6 203' 30'
Erro de fechame nto angu lar : 1440" - l439 " lO' = volta SW 63" 30'; portanto, o erro é de 10 30', no sentido horáriO.
7 95' DO'
~ O" 50'.
8 150' 40'
Cálculo dos ,ingu los
9 98' 30' Tabe la 8 ,9
internos (Fig. 8.9):
lO
I
190' 10'
161 ' 40'
estaca I
l O" lO' Rumo lido
----
,
Rumo
2
3
107 00'
0

152'00' __--
+.•. 8' 10'
18' 20'
\ Linha
avante a ré
corrigido

4 188' 00'
+ 179" 60' 1-2 N 15' 00' E S WOO'W N 14° 00' E
1436' 190' 161 " 40' 2-3 N 37" 30' E S 37°00' W N37° 30' E
SOMA
1439' 10' 3-4 N 72°00' W S7J'30' E N71'30'W
estaca 2
4-5 S33°30'W N l4' 30' E S35°30' W
o esraca 8 179' 60'
5-6 N ll 030'W S 12"00' E N 10'30' W
2 69'40' - 80" 20' S 63" lO' W.
+ 81"00'
- ---
99"40' 6-7 562"00' W N 62° 00' E 562' 00' W
erro I " 30' .
4
150" 40' + 7"20' 545' 00' E
5
----
107" 00'
7-8 S 45'00' E N45" 30' W
NIJoOO'E 514' 00' W
{'S/aUI 9 8-9 S 13"30'W
9- 10 N 81°00' E S81"OO' W N82'OO' E
179"60'
lO- l i S 8"00' W N 8" .10' E 5 9"00' W
- 81"40' 80" 00'
11- 12 S 78" 00' E N77"OO' W 577'30' E
98" 20' + 72'00'
+ 0"10'
-152"00'
-- 12-1 N 13"00' W S 12"30' E
-
N 13"30' W
---_._------
._-- --_._.------
10 98" 30' l'SllU:a 4
{'s/aca 10 179"60' Calculando-se os ángulos internos pelos rumos vante e a ré lidos, a so ma -
- 71" lO' lória resu ltou 1801" 30', quando deveríamos obter 1800". O erro é de I" 30'
7 O" lO'
180"00' lOS" .10' pa ra mais (Tab. 8.10),
9 + 10" 00' + 79" lO'
----
1
Figura 8.8 8 IYO" lO' 188" 110'
58 TOPOGRAFIA Correçiio de fllmos c ilzimures 59

M,ds razoável se rá distribuir o er ro em parcclas iguais li menor kilura; I


Tab e la 8.1 0 (
nest e caso, o erro de 90 min deverá ser di stribuído em 3 linhas com 30 mi n I
Ângulo em cada uma .
To mand o como exem pl o o exercício anterior (Tab. 8.9), poderíamos es·
~O7" 30' colher. sob qua lquer critério, três Iinh,Is para receber a correção de 30 min
2 20)" 10'
em ca da uma. Di ga mos as linh as 1·2,3·4 e 11 ·12. A correção deverá ser feita
.1 7 1"00'
4 107"00'
de rorma acumu lativa , pois na verda de ú que se deseja co rrigir é o â ng ul o; ora ,
5 .1 14"00'
se desejamos corrigi r o ângul o 3 de 30 min e se o lado 2·3 já ro i modificado de
6 7 4"00' 30 min , o lad o vanle 3-4 deverá se r modifica do de 60 min pa ra q ue haja cor·
7 71" 00' reção de 30 min no ân gul o.
8 239"00' Por o utro lad o, a co rreção deve ser em se ntido oposto ao erro. Vimos,
9 68"00' no exe mplo, que o erra foi co metid o no se ntido ho rá ri o, portanto a correção
10 287" 00' será feita no sentid o anti-horário; por isso, nos rumos NE e SW a correção
11 9)" )0' será diminuída no rumo, enquanto que nos rumos NW e SE será so mada .
12 64 " 00'
Na Ta b. 8,11 fazemos a co rreção dos rum os do polígono (Fig, 8.10).
Soma 1 800" 90'
Tabe l a 8 .11
1 80 1" 30' ------------ ---------- -------
r â ng ulos inte rnos (12 - 2) 1800 =- I 800'" 00' Rumo lido Correção Rumo Rumo
Linha no se ntid o
erro Hn gublr = 1"30' \ .. vanle a re
corrigid o
anti-horltrio
definiti vo

6-7 S6rOO' w N 62"00' E 562" 00' W O S6r oo' w


LIMIT E DE ERR O D E F EC HAM ENT O ANGULAR EM POLlUO NOS 7·~ S 45"00' E N -t .~ .. 30' W 545"00' E O 545" 00' E
P ERCO RRIDO S CO M BÚSSOLA S-9 S 13" 30' W N 13"00' E S !4 n oo' W O 5 14 ~ OO ' W
9·10 N8 1"OO'E SSI"OQ'W N 82°00' E O N82 " OO' E
A bússola é um instrumento de ba ixa prec isão; como ta l, devemos ev itar 10-] 1 S S"OO' W N 8" ~O' E 5 9"00' W O 5 9" OO' W
o se u uso em tra balhos de certa importância. Podemos dizer que não d eve- 11- 12 5 7S"00' E N 77"00' W S 77" 30' E 30'(+) S78" 00' E
ría mos percorrer um po lígo no com tal aparelho; no entanto, certas vezes, na 12- 1 N13 " O()'W SI2"30'E N 13"30'W 30' (+1 N 14" 00' W
1-2 NI5"00'E S 14"00' W NI4"OO'E 60' ( - ) N 13° 00' E
falta de o utro instrumento e sen do o leva ntamento de impo rt ância secundária . 2-3 N 37" 30' E S37"OO' W N J7n 30' E 60' (-) N 36"30' E
poderemos usá-la. 3-4 N 72"OO' W 5 73" 30' E N 71"30' W 90'(+1 N 73" 00' W
Co nsiderando que a menor parcela de flO gulo q ue se pode avaliar no 4-5 S33°30'W N 34° 30' E S 35 ft 30' W 90' ( - ) S34° 00' W
círculo graduado da bússo la seja 30 min , admitiremos co mo limite de erro de 5-6 N r' ''30'W 5 J2 "00' E N 10"30' W 90'(+) N 12" 00' W
fechamento angu lar : fi
x 3D'; assi m, num po lígono de L2 lad os (/1 = 12)
teremos Da maneira C0 l110 foi d istri buído O erro, ho uve correção de 30' nas linhas
11-12 (quando se passo u de O a 30'), 1-2 (quando se passou de 30' para 60') e
fi x 30' 00< 4 x 30' = 120' = 2"; 3-4 (quando se passo u de 60' para 90'). Pa ra os que ainda não compreenderam,
reca1cularemos a seguir os ângu los intern os em cada uma das estacas; só que
portanto, O polígono do exe mp lo da Tab. 8.9 seria aceilável, porque houve ago ra, usa ndo os rumos d efiniti vos, veremos que foram rea lmente altera d os
um err o de 10 30', (em 30' cad a) os â ngulos nas estacas I J. 1 e 3 (se mpre em 30' para menos)
(Ta b, 8, 12),
Distribuição do erro Vejamos mais um exe mplo (Tab. 8. 13), porém ago ra com a direção da s
O erro, desde que ra zoáve l, poderá ser distribuído d ireta mente nos rum os, linhas medida s em az imut es à direita.
ob t endo~seassim os rumos derinitivos. Essa distribuição pod erá ser feita em Pa ra recorri gi~ o azim ule de 1-2 subtraímos I" 20' de 329" 20 ' para combinar
parcelas iguais em cada linha, ou seja, 90' : 12 = 7,5, em cada linha ; porém. Com o ré de 148" 00' (328" 00'), pOrlan to subtraí mos também I" 20' de 132" 00',
se ta l for feito, resultará uma falsa idé ia de precisão, pois o rumo de 2-3 fi cará dando o rumo de chegada de 1-2: 130 11 40'; portanto, com um erro de I" 20'
sendo N 37° 30' E - 7' 30" = N 3r' 22' 30" E; o rumo corrigido resul tará com no sentido anti-horário. Corrigimos }O 20' no sentid o horário em 4 parce las
fração d e até 30 s, quando sabemos que a bússo la s6 pode ler até 30 mino de 20' que fo i a melho r ava li ação lida l1a bússo la, Supo mos esco lher as linhas
61
Correçio de rumos e azimutes
60 TOPOGRAFIA

2·3.3-4,5-6 l! IO-l. As correções, nos :I/.imutes. foram fei tas se mpre para mais Tabela 8.12 eSCaca 1 estaca 2 estaca 3 estaca 4
porque de vemos corrigir no sentido horário e todos os azimutes sào horários 13'00' 13' 00' 7)' 00' 7)"00'
Estaca Angulo + 36' 30' + 34' 00'
(<I direita); portanto, as correções somam-se aos azimutes. + 14'00' 167'00' -107"
--
Podemos ver, portanto. que trabalhar com azimutes é menos complictdo 27' 00' + )6' )0' 109' 30' 00'
t 207 0 00'. 70' )0'
do que com rumos. Os az imutes quando são à direita, são sClTpre à direita. 2 20)' )0' + 180' 00' 20)' )0'
quando são <I esquerda, sào sempre .\ esquerda, enquanto que JS rumos s:.io ) 70' ) 0" 207'00'
ora ú direila (NE e SW), ora ú esq uerda (SE , NWI· 4 107' 00' estaca 5 estaca 6 estaca 7 estaca 8
5 314"00' 12' 00' 62' 00' 45" 00'
) 4'00'
6 74"00' + 14"00'
+ 12' 00' + 62' 00' + 45' 00'
7 7)"00'
46'00' 74' 00' 107'00' 59' 00'
8 239"00'
)14'00' 73°00' + 180' 00'
9 68 ' 00'
10 287' 00' 2)9'00'
ti 93° 00'· estaca 9 eSlaca 10 estaca 11 estaca 12
12 64'00' 82'00' 82" 00' 78'00' 78 '00'
14°00' 9'00' + 9'00' - 14° 00'
Soma 1 800 00' 0

.Angulos corrigidos em -30' [ver 68' 00' 7)' 00' 87' 00' 64"00'
e comparar com a tabela de ân- 287' 00' 9)'00'
guloS anterior (Tab. 8. LO)]

Tabela 8.13

, ?'b
J

,,3 Linha
A zimut e Ijdo (à direita) Azimute
cor-:,lgido
Distribuição
do erro
Azimut e
defi niti vo
7', ., ,, = =\
avante a ré
: 0.4ooJ I \
O 132'00'
136"30 ' ""':30' , 1-2 132'00' 31 " 40' 132°00'
!4'<><P 2-3 47' 20' 228' 00' 47' 40' 20'(+1 48' 00'
R9' 00' 270" 20' RR"40' 40'(+ 1 89"20'
J-4
[7.1" 20' )5~" 00' 40'( +) 352" 40'
4-5 ~5.'" 40'
,,, 5·6 307" 00' 126"00' 305" 40' 60'(+) 306' 40'
203' 00'
,, 6-7
7-8
202' 20'
265' 00'
23"00'
85' 00'
202" 00'
264" 00'
60'( + 1
60'(+1 265"00'
, 8-9 213'00' 32' 20' 212'00' 60'( + 1 213"00'
V _--'-...--t 10 175' 20' )55' 00' 175' 00' 60'( + 1 176'00'
9-10
148°00' 329' 20' 148" 00' 80'(+1 149" 20'
10-1
O· ---- - - --------

Figura 8.10

11
L e vlJ ntam ento OU fiZ,lndo pofigon{l/S como linhos b:lsicas 63
15
16

14

\ 2
13---_12
,I
capítulo 9
I
Levantamento utilizando poligonais 3 POLI GONA L
SECUNDÀR IA ,
como linhas básicas 11

4 5
10

Topografi camente cha.mamos poligonal li uma seqüência de rel<IS. Natural~ 8


mente have rá uma estaca no começo c outra no filllli de cada reta. Temos. 9
assim , estacas ou vértices e lados (ou linhas). Para o levantamento da poligonal 7
devem ser medidos os ângu los que as linhas fazem entre si, nas estacas, e os
comprimentos das linhas. A poligonal pode ser aberta, fechada ou amarrad:1. Fig u ra 9.2 Poligonal fechada: a estaca 1 é ao mesmo tempo o ponto inicial e final
da poligonal
P oligonal Hberta (Fig. 9.1) é aquela qu e a lém de não fec har. isto é. dç, nã{)
voltar ao ponto de partida, também não part e e nem chega em pontos já co nhe-
cidos (que tenham coordenada s já determinadêl s). NORTE
VERDAD EIRO

2
AZIMUTE VERDADE IRO DE A· 1
3 5
4
6 8 6
2
7 4 5
7

Fig ura 9.1 Poligonal aberta: os pontos 1 e 9 somente estão ligados pe la própria
poligonal 8

Poligonal fechada (Fig. 9.2) é aquela que retorna ao pon to inicial, pos-
sibilitando verificação.
Poligonal amarrada (Fig. 9.3) é a que parte e chega em pontos de coorde- Fi gu ra 9.3 Poligonal amarrada porque são conhecidas as coordenadas dos pontos
nadas já conhecidas, possibilitando também ver ificação , tal como a poligonal r.
A (X ri e r.,I) e 8(X 8 e 8) além do norte verdadeiro em qualquer estaca
Fechada.
Em todas as medições efetuadas sempre existirão os erros, e portanto teórica, para q ue não houvesse erro; em seguida roram introduzidos erros nos
também nas poligonais, teremos, pois, os erros angu lares ao serem medidos os comprimentos e nos ângu los, analisando·se a conseqüência nas deformações
ân gulos, . e os erros lineares ao serem medidos os comprimentos dos lados. do polígono. Tais traba lhos levaram a conclusões que já eram esperadas, con.
Ambos produzirão, como conseqüência, as distorções da poligonal. A respeito finnalldo-as:
das conseqüências dos erros angulares e lineares existem interessantes trabalhos a) erros de fechamentos (linear e angular) menores não significam que o
que constituíram teses de concurso dos engenheiros agrônomos Antonio Petta levantamento do polígono seja melhor do que outro levantamento com erros
e Reynaldo .Godoi, da Escola Superior Agrícola Luiz de Queiroz (Piracicaba). maiores; tal acontece porque pode ter havido somente maior compensação
Nesses trabalhos, de início, foi montada, em escrit6rio, uma poligonal fechada dos erros.
64 TOPOGRAFIA Levantamento utiliz;Jlldo pOligonais co m o linhas básicas 65

b) um levantamento com erros de fec hamen to aci ma dos limites pennis- ou de até 1:50000. Tal possibilidade veio amp liar o campo de aplicação das
síveis não deve ser aceito, porque está fatalmente com er ros intoleráveis ; porém, po ligonais, no transporte de coordenadas, na verificação de poligonais l evan~
um outro levantamento com erros menores do que o limite de aceitação não tadas com teodolito e trena, nas trilaterações etc. Em capítulos posteriores
nos dá a certeza da qualidade. Tal fato não devemos esquecer nunca para que abo rdaremos tais assuntos.
não se exagere na co nfiança que possamos ter no tra balho; desta forma, se mpre Quando as medidas de distância forem obtidas com trena, as estacas
que possível deve mos aplicar outros meios de verificação, tais co mo visadas deve rão se r escolhidas de tal forma que o percurso possa se r facilmente per~
diretas pa ra es tacas não-consec utivas, desde que haja visibilidade, medi ndo corrido. Nas medidas diretas co m taqueô metros o u distan ciômetros eletrô nicos
â n gul Q$ o u alé di stân cias (modernamente com os distan ciô metros eletrônicos). não importam as dificuldades do percurso, basta ha ver intervisibilidade.
Uma po ligo nal aberta menor confiança ainda deve merecer, pois neste
caso os erros nunca fica rão identificados. De uma ce rta forma os erros angu lares SEQÜÊNCIA DE CÁLCULO E DE AJUSTE DA POLIGONAL FECHADA
(erros de direção) podem ser conhecidos quando determina mos os rumos ou 1. Correção dos comprimentos.
os azi mutes verdadeiros dos primeiro e últi mo lados co m visadas aos astros, 2. Determinação do erro de fechamen to angular pelos rumos ou pelos
porém os erros lineares permanece rão desco nhecidos. azimutes calculados.
A poligonal amarrada tem as mesmas possibilidades de ve rificação da 3. Determinação do erro de fechamento angular pela so matória dos ângulos

I poligo nal fechada, desde que se parta da suposição de que as coo rdenadas dos
pontos de saída e chegada esteja m co m erros mínimos.
Apesar dos inconvenientes apontados, o método de levantamento por
poligo nal é o mais empregado na T opografia atual. As razões que levam a tão
internos (os itens 2 e 3 deve m chegar ao mesmo resultado).
4. Distribuição do erro de fechamento angular obtendo~se os rumos defi -
nitivos.
5. Cálculo das coordenadas parciais (x, y).
gra nde emprego são: 6. Determinação dos erros de fechamento linea r :
1) a relativa rapidez com que se atingem grandes distâncias (exemplo : ex = erro nas abscissas,
poligonais para a linha básica, em levanta mentos para projeto de estradas); e, == erro nas ordenadas,
2) a possibilidade de amarração de detalhes nos lados da poligonal (exemplo: Ef = erro de fec hame nto linea r absoluto,
poligonal principal para leva ntamento dos limites de uma propriedade e poli ~ 1: M = erro de rec hamen to linear rela tivo, o nde
gonais sec undárias pa ra levantame nto de deta lhes internos tais COmO c6rregos, M = P/Ef' sendo P o perímetro.
caminhos, etc.). -1-Distribuição dos erros ex e, ey e ass im fechando~se o polígo no.
As poligonais, dentro de um mesmo trabalh o, são classificadas em principal 8. Procura do pon to mais a oeste.
e secundárias. 9. Cálculo das coordenadas totais (X, Y).
Chamamos poligonal principal àquela que é fechada e que deve ser ca l~ 10. Cálculo da área do polígono.
culada e ajustada antes das demais; ger;lImente a po ligona l principal acompanha,
Será justamente essa seqüência que será estuda~a nos capítulos seguintes.
tão próximo quanto possível, os limites da propriedade.
As poligonais secundárias (Fig. 9.1) são aquelas q ue iniciam e terminam
e m estacas da po ligo nal principal ; o se u cálculo e seu ajuste só podem ser feitos
após os da principal, po ís as coordenadas das estacas 13 e 7 jã. devem estar
d eterminadas.
Quando os co mprimentos dos bdos forem o btidos por dista nciômet ros
eletrô nicos (po r eco nomia de pala vras podemos chamar de poligona l elet rô ni ca),
a precisão se rá substa ncial mente mai or. Sab e~se que os teodolitos, já de longa
data, vêm fornece ndo acuidade para medidas a ngulares de até I s, o que pode
ser co nsiderado como altamente satisfatório. O erro angular de um segundo
produz um deslocamento de 1 em à distân cia de 2 km, po rta nto um e~o de
1 :200 000, porém, as medidas lineares co m trena ou taqueôme tros. em trabalhos
normais, a prese ntam um erro médio de 1: 1 000 ou 1:2 000. V ê~se que há co m-
pleta di scordâ ncia entre as duas medidas <ll1g ulares e lineares.
Os distanciômetros e let rô nicos trOllXl.::ram maior grau dI.:: precisão nas
medidas lineares; dependendo do tipo. o ~rro médio poderá ser de 1: 10 UUQ
Cdfcufo de coorden,u/,u parciois. de ,1bsciSSiJS piJfC ;;)ÍS e de orde n ad:J s P ,JrClillS 67

1 Tab el a 10.1
naturais
Planilha de cálcu lo para obtenção de coordenadas por funções

- - \ ---- --- ----- -


Cornpri- Seno do
-------- -- ----
Co-seno
pC/rdals
- C(}Qrrf~ nada.\
]
Linha Rumo x'
capítul o 10 mc nlO fumo do fumo
E W N " S (
I

1-2 575°20' W 58,08 0,96742 0,25320 56,19 14,71 I


Cálculo de coordenadas parciais, de 2-3 549- 50' W 51.54 0,76417 0.6450 1 39.39 33,24

,.,J., S21~00'E 48,95 0,35837 0.93358 17,54 45,70

abscissas parciais e de ordenadas parciais '·6


5 69~ 30' E
N4!"40' E
5 1,75
1:12,6 1
0,93667
0,66480
0,3502 1
0,74703
48,48
54,92 61,7 1
18,12

6·] N 26- 30' W 56,20 0,44620 0,89493 25,08 5O,lO


ti .. 349,13 soma: 120.94 120,66 11 2.0 1 111.17
diferença: ek - 0.28 e, "" 0,24
São chamadas de coordenadas parciais as projeções de um lado do po lí- ·Obscrv:lção: os valores de x c y silo colocados lIa$ colunas E ou W c N ou S em função d:t$ lelras do ru mo
go n o, nos eixos norte-sul e leste-oeste (Fig. 10.1).
N
Tab ela 10.2 Planilha de cálcu lo para obtenção de coo rdenadas por logari tm os
______ __e.. _____
~~

--
O 8
1 Linha,
F?/}t.1
0 ..,o
1 CAlcu lo
d,
Câ lculo
d,
Coo rde nadas parci:, is
,
~ç..\\Ji.f(.
co"
,,:YA-B
,
comprimento
e rumo x , E
x
w N S

W E 1-2 log 1 _ 1,81776 log I .. 1.81776


A C 1_ 65,73 m log sen rumo ... 1,59039 log CO! rumo - 1,96429
rumo .. N 22- 55' W log.'( - 1.40815 log y - 1,7gto5
x_ 25,S9 ,- 60,40 25,59 60.40
2·J log I - 1,92609 log I - 1,92609
I .. 84.35 m loS scn rumo .. 1.82968 log CO! rum o ... 1,86763
rumo " N 42- 30' W log x = 1,75577 log y .. 1,79372
x_ 56,99 y- 62, 19 56.99 62, 19
s J., JoS I - J, 70260 log I - 1,70260
Figur a 10.1
1 - SO,42 m log seIO ru mo'"' T,890SO 108COS rumo _ 1,79887
rumo .. 55 1-00' W loS x .. 1,59310 lotl J''' 1,50 147
Seja o lado AB de um polígo no. F:,zemos passar as linhas norte-sul (NS)
e leste-oeste (EW) pela estaca A. O ângu lo N AB é o rumo de AR e no caso em ,., x _ 39,18
108 I _ 1,63949
.1' -
log I ..
31,73
1,63949
39,18 3 1,73

questão trata-se de um rumo NE. O co mprimento AB cha mamos de I. Temos, 1 - 43,60m log se IO ru mo .. 1,95052 log cos rumo .. 1,65456
rum o .. 563- 10' E 108 X" 1,5900 1 log J' - 1,29405
nesse caso, x_ 38,91 Y· 19,68 3g,9 1 19,68
abscissa de AB = X AB = I se n rumo, ( 1) J.6 108 I _ ~ ,02492 108 I _ 2,02492
ordenada de AB = YA B = I cos rumo. (2) I - 105.92 m log sen ru mo .. 1,41535 log cos rumo _ 1,98477
rumo .. ~ lj"U_' E 108 x - 1,44027 108 Y .. 2,00969
D izemos en tão que X AB é a abscissa pa rcial de AB e YAs é a ordenada parcia l x - 27,55 y- 102,26 27,55 102,26
de AB e os dois va lores em conjunto co nst ituem as coordenadas parciais do 6·] los 1 _ 1,79525 loS I .. 1.79525
1 .. 62.4Im loS sen rumo .. 1.93898 108 cos rumo _ 1,69456
lado AB. fumo .. N 60- 20' E 108 X " 1,73623 108 Y " 1,48981
O emprego das coordenadas parciais é indispensável pa ra a seqü,ê ncia do x - 54.48 y - 30,90 54,48 30,90
cálculo de uma poligonal, pois, através de las, é que co nseguiremos ap urar o p - r.1 .. 412,43m soma: 120,94 12 1.76 153,49 153,67
P - p<!rlmclro direrença: t .• .. 0,82 e, " 0,18
erro d e fechamen to linear, a distr ibuição deste erro e, fina lmente, o cálculo
da área do polígo no.
Para o emp rego das fór mul as (1) e (2), podemos usar uma ta bela de funções
na tura is ou uma tábua de logaritmos (Tab. 10.1 e Tab. 10.2), ou ainda, tabelas
especia is previa mente elaboradas co mo a do Eng. Ne lson Fernandes da Silva
q ue estudaremos mais adiante, assim como as calc uladoras elet rônicas.
68 TOPOGRAFIA Cálculo de coordsnadas parciais. de ttbscisss$ p,Jfc;sis ti de ordenadas parciais 69
CÁLCULO GRÁFICO DE COORDENADAS PARCIAIS peclivamenle das retas 6-1, 1-2, 2-3. 3-4, 4-5 e 5-6. As vert icais destes pon tos
U samos papel co mum o u papel milimetrado (Fig. 10.2). P artin do de uma a té o eixo leste-oeste representam, lidos na mesma escala, os valores y.. res-
mesma origem U e considera ndo a vertical como direção NS. marcamos a pectivos. As horizontais até o eixo norte-su l são os valores x.I respectivamente,
partir do norte os ângulos que representam os rumos (esta marcação é feita Na Tab. 10.3, colocamos os va lores de x e y, calculados apalítica e grafica-
com transferidor). Depois de traçados os raios a partir de 0, marcamos, com mente, para comparação (usamos dados da Tab. 10.1, já feitos analil icamente).
uma escala, os comprimentos, obtendo-se os po ntos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 finais, reg- Naturalmente sabe mos que o va lor obtido a na liticamente é o certo, sendo o
gráfico apenas aprox imado. No en ta nto, é um ó timo meio de verificação porque
é muito rápido e apo nta os erros grosse iros que por ventura vierem a ser co me-
I~'r;:'"
I I' tidos no cálculo analítico.

Tabe la 10.3

I " x y

I Linha
Valor
obtido
Va lor
ob[ jdo
Valor
obtido
Valor
obtido
! I,
"1'
ana lit icamente graficamcn[e ana liticamente graficamente
,
, 1-2 56,19 56.00 14,71 t4,75
2-3 39,39 39.50 33,24 33,25
; 3-4 17,5 4 17.70 45,70 45,75

+j
4-5
5-6
6-1
48,48
54,92
25,08
48.50
55,00
25,00
18,1 2
61 ,71
50,30
18,00
61,75
50,25

Por vezes acontece que, tendo-se colocado todas as.-eoo rdenadas anal itica-
mente,-Q.JJolígono não fecha; convém, antes de repetir todos os cálculos, faze r
uma verificação pelo mé todo grá fico; no caso de este apontar um erro grosseiro
em alguma das coordenadas, de~e mos refazer os cálc ulos analíticos apenas
desta, para ga nha r tempo,

EMPREGO DE TABELAS
Certos a utores já prepa ra ra m tabelas para cálculo de coordenadas, faze ndo
5' os co mprimentos va ria rem de ce ntímetro em ce ntímetro e os ângulos. dos rumos,
, de minuto em minuto. Uma destas tabelas é a do Eng. Nelso n Fernandes da
Sil va, que descreveremos em capítulos ad iante, pois ela serve ta mbém para
2
cálcu los de taqueometria e este assu nto s6 se rá abordado adiante.
O lfl
O .... ,
CALCU LADO RAS ELETRONICAS
!~
~
,;:, "
:., As calculadoras, mesmo as portáteis, têm tra nsformação direta de coorde-

88 \
.i
o o o o nadas polares em cartesianas e v i ce~versa. Co mo rumo e comprimento de linhas
o são coordenadas polares e x e y são coordenadas cartesianas, fica extrema-
"-
-
.... ",-
N
lfl
...
00- Il)' lD'"
lfllfl ESCALA DAS mente fácil o emprego des tas calculadoras. Como exemplo, a HP 25 possui
'< '<" ," '<
"
'< '<" DISTÂNCIA S : 1:500 esta trans formação co m muita rapidez e simplic idade. Este é o melhor método.
porém não deve mos desprezar outros, po is nem sempre temos a calculadora
Figura 10.2 Processo gráfico para a obtençã o de coo rdenadas pa rcia is ao nOSSo lado.
70 TOPOGRAFIA Cli/culo de coordon:Jdas p:JrClo7is, de :Jbscis.flu parciais o do ordenados parci.ú.~ 71

No seg ulldo exemplo dado (TlIb. 10.2) temos c, = 0,82, e" = 0,18 e P =
Err o de !eL'lul1/u!II(o Ii"ear
Tomemos como demo nstração a Tab. 10.1. Vemos quç a soma dos valores
= LI = 412,43, "Til"
x para leste res ultou 120,94 m, enquan to que a soma dos 'yalores x para oeste Ef = J 0,82' + 0.18 2 = 0,839 "" 0,84,
deu 120,66 m. Isto significa que, partindo da estaca 1, andlwdo 120,94 m para
leste e voltando (para oeste) apenas 120,66 m, não voltamos a~é um, mas paramos
M = 412,43 = 49 .
0,84 I,
a uma distância de 0,28 m deste ponto.
Vejamos um gráfico (Fig. 10.3) onde só nos preocupamos com os valores x. então, o erro relativo é 1/ 491 , ou seja, o erro foi de I m para cada 491 m de
O mesmo rac iocínio fa zemos para a direçã o norte-sul e vemos que a somatória
dos va lores y para o norte deu li2,01 m, enquanto que a somatória dos va lores
y para sul deu 111,77 m, portanto houve uma diferença de 0,24 m, aquela maior
perímetro.
Quando se fa zem levantament os de poligonais com medidas obtidas com
diastímetros (trena de aço ou corrente) e medidas de ângu los com trânsito
, J

do que esta. (aparel hos capazes de Icr até um minuto sexagesima l), a tolerância de erro de
"
Na Fig. 10.4 representamos os erros em x e y e vemos que o erro de fecha- fechamento linea r rela tivo é de 1 para 1000; portanto, para este critério, nenhum "
mento (E f) é a hipotenusa do triângulo retângulo. dos dois exemplos (Tabs. 10.1 e 10.2) seria aceitável, pois tanto 1/943,6 como
1/49 1 representam erro superior a 1/ 1000; porém, para poligonais levantadas,
2 56,19,.., com a bús~ola , com a corrente ou com a trena, a tolerância é em gera l ma io r,
:,, i(ERRO EM,· O,28m (Ix' 0,28 l' 1/500, e neste caso o primeiro exemplo (Tab. IO. I) estaria muito bom e o segundo
,, , /
(Tab. 10.2), quase bom.
, 1 25,08M 6
2:
f,, 39,~9m
_/ DISTRIBUIÇÃO DO ERRO DE FECHAMENTO LINEAR
: Quando o erro é superior ao limite aceitável, s6 resta o recurso de refazer
:, o trabalho total ou parcialmente. Quand o, porém, o erro é aceitáve l, ainda
1 17,54 ...., 54192 m
assim, é necessário distribuir este erro, pois não podemos prosseguir no cálculo
3 4',
,, ]5 6
do polígono enquanto ele não fechar (é impossível calcular a área de uma figura
, , Figura 10 .3 Figura 10.4
,, 48,48 rn : aberta). Não sabemos onde o erro foi cometido; se assim fosse iríamos corrigir
neste lugar. Por isto deveremos procurar uma maneira raciona l de dist ribuição.
4 5
Na prática, usam-se dois sistemas, ambos distribuindo o erro diretamente nas
Nesta figura, o ponto 1 representa a estaca na saída, e o ponto 1', a mesma coordenadas parciais, isto é, corrigindo-as diretamente em vez de alterar com-
estaca na vo lta. O erro de fechamento (E f ) é no entanto absoluto, isto é, não primentos e direções de lados.
se re laciona comparativamente a outro va lor. Por esta razão se indagarmos: Vejamos o primeiro sistema, usando a seguinte regra de três:
um polígono co m erro de 0,37 !TI (E f ) está bom? t aceitável ou não? A resposta C e
~=....!...,
seria: não sei. t necessária uma comparação com a dim,nsão do trabalho exe-
[' -2 P
cutado. Ora, já que Ef é uma medida linear, nada melhor como termo de
comparação a somatória dos comprimentos dos lados, isto é, o perímetTo (P); C'\'l_l = correção na abscissa do lado 1-2 (é também o crro nesta abscissa),
regra de três: ex = erro em x = l:XE-LX w em módulo (não interessa o sinal),
[1 _2 = comprimento do lado 1-2,
M =-,
P P = perímetro (somatória dos comprimentos dos lados).
Ef e,
onde P é o perímetro (r.f) e M servirá para expressão do erro relativo l :M CX1 _ 1 =]i 11 _ 2 ,
(um para M) ou 11M , então erro relativo: 11M, ou sejaJoi cometido o erro de
Apliquemos esta fórmula para o lado 1-2 do primeiro exemplo (Tab. 10.1):
1 m em M metros de perímetro.
No exemplo em questão (Tab. 10.1) temos L[ = P = 349,13, então C,,_, = 3~~~2 58,08 = 0,000802 x 58,08 = 0,04658 m "" 0,05 m;
M = 349,13 = 9436
0,37 ' . portanto, X l - 2 corrigido será 56,19 + 0,05 = 56,24. A correção foi somada ao
O err o relativo foi de para 943,6, ou seja, o erro foi de 1 m para cada valor de x porque a abscissa 1-2 é We a somatória de X w é menor do que a
943,6 m de perímetro. somatória de x f .
I 72
TOPOGRAFIA Cálculo do coordenadas parcia is. da ab scissas parcia (s s de ordonadas parc iais 73
Façamos mais um exemplo, agora com a abscissa do lado 3-4: onde C °
é erro e, po rtanto, a co rreção deve ser feita na abscissa do lado
ex 0,28 1·2; Xl ~f2- é a abscissa do lado 1·2; ex é? erro em x',ou seja, I:xF - !:XW; e,
C,,-, =]i [3 _ 4 = 349,13 48,95 = 0,000802 x 48,95 = 0,39258 '" 0,04; finalmente, !:x é a soma de todas as abSCIssas, quer sejam para leste ou para
oeste :
portanto, X 3 _ 4 corrigido = 17,54 - 0,04 = 17,50 m. O valor da correção foi e,
subtraído porque a a bscissa do lad o 3-4 é E e a somatória de x é maior do LX = !:x E + L X ", CX 1 _ 1 = ~ .\' L _ 2'

qu e a somatória de x W' E
Vemos então que, agora, a correção para os va lores de X é o produto da cons-
Vemos também que o va lor eJP é constante. Essa constante (e j P) é a tante efl x por cada uma das abscissas 'x. ,
co nstante de correção para as abscissas que deve ser multiplicada por cada Apliquemos este sistema para os mesmos exemplos antenores:
um dos comprimentos dos lados para se ter a correção em cada uma das
abscissas. LX = 120,94 + 120,66 = 241 ,60,
A distribuição nas ordenadas é semelha nte :
Cx, _, = 2~'1~~0 56,19 = 0,06518 '" 0,07,
CY1 _ 1 = ey ,
[' _ 2 p onde a constante de correção pa ra as abscissas = x = exl!.x :
portanto
c11 -1 = e, [
P 1- 2 . 2~'~ ~0 = 0,011 5;
portanto,
onde e/ P é a co nstante de correção para as ordenadas que de ve ser multiplicada X' _ 2 corrigido = 56,19 + 0,07 = 56,26 ;
por cada um dos comprimentos dos lados para se ter a correção em cada uma X _ co rrigido = 17,54 - 0,02 = 17,52.
3 4
das ordenadas.
Exemplificando para o lado 1-2, vamos ter: Da mesma forma para corrigir as ordenadas, temos:
ex
C ,-':L _ l =]i II _Z'
onde
C e,. 0,24 Ly = LYN + LYS'
,, -, = fi 1-2 = 349,13 58,08 = 0,000690 x 58,08 = 0,04007 '" 0,04 ; NQ...!loSSO exemplo, temos Ly = 11 2,0 1 + 111,77 = 223,78, " = 0,24/ 223,78 =
Y' - 2 co rrigido = 14,71 + 0,04 = 14,75 ITI. O valor da correção (0,04) foi somado = 0,00107, ass im :
ao Y l -Z porque ele é sul e a somatória de Ys é menor do que a soma tória de y ,
As r'esta ntes correções da Ta b, LO,l estão na tabela aba ixo, ' N
C,, _, = 2~3~;8 14,7 ; ,
CYl - 1 = 000107
'
x 14,71 = 0,0 1574 '" 0,02;
Tabela 10,4 Pl an ilha com a coordenadas parciai s co rri gidas portanto ,

Coordenadas parciais
y , _ 2 corrigido = 14,7 1 + 0,02 = 14.73.
Coo rdenadas parciais co rrigidas
x y
E x y
W N S E W N S Tabela 10. As res tantes c orreç õe s aparecem feitas diretamente na rab o 10. 4
~============~~~~~~-
1· 2 56,19 5 14,7 1 4 56,24 I r5 Coo rdenadas parcia is Coordenadus pa rciais co rrigidas
2·) 39,39 4
J.4 17,54 4
33,24
45.70
4
3 17,50
39,43 3.l.~~ ~•c x y x y
45,73 /
4· 5 48,48 4 18. 12 4 48.44 ::i
5-6 54.92 7
18. 16 E W N S E W N S
fo.71 54,8 5 6 1.66 =
6·1 25.0 8 4 5U.JU 4 25,12 50,26 !, 2 56,19 7 14.7 1 2 56,26 14,73
120.94 120,66 11 2,01 ----------~~-==----
111.77 120,79 120,79 1 J 1,92 111 ,92 23
4
39,39 5 -- 33.24 4 39 .44 JJ.28
]·4 17,54 2 45,70 5 17,52 45,75
4·5 48,48 5 !8.12 2 48,43 18, 14
o segundo sistema muda os termos da pro porção: 5·6 54,92 6 61.7 1 6 54,86 61.65
6· 1 25,08 3 50,30 5 25.11 50 ,25
C''( L- 1 ex
X' _2 = LX' 120.94
-----_. 112.0 1 111 .77 120,8 1 120,8 1 [ 11 ,90 111 ,90
II
74 TOPOGRAFIA Calculo de coordenadas parciais, de ab.fciss<J$ parCilll$ ede ordt' nadas parei,li$ 75

o primeiro siste ma denomina-se mérodo ele correçcio propordo/lal aos cOm - Tabe l a 10.7
primel!los lIos latlos e o segu ndo sis tema. método de co/'/'eçiio proporcioJ/ol ás -_._._--- --- --- --- -
!)J'(Ij1ria.\ coordel/adas. Coordenadas parciais
Comparando ago ra os dois siste mas (Tab. 10.6) e tomando o lado 3-4 para Linha Comprimento Rumo x y
di sc ussão, vemos que. no primeiro sistema o valor x foi corrigido em 4 em,
sendo de 17 m, enquanto que y, se ndo de 45 !TI foi corrigido apenas em hm. E W N S
la no segundo sistema, x foi corrigido em apenás 2 em, enquanto que y foi em
1·2 100.00 N 80"00' E 98.481 17,365
5 em (Fig. 10.5).
2·3 86.00 N 12"00' E 17.S·80 84,12 1
Tabela 10 .6
3·4 132.00 N R6" 30' W 131.753 8,059
Correção Corrcç:l0 4·1 99.S!! S 4"30' W 7,807 99. 194
L inha Abscissa x Ordenada y P =4 17.50 116,36 1 139,560 109.545 99.194
I," sistema 2." sistema LU sistema 2. 0 sistema - -- - - - , --
~m em em em (', = 23,199 (! ,. == 10,351
1·2
2·)
- 56,19
- 39,39
•• •

2
•5 5
- 14,7 1
- 33,24
Lx = 255,921 ~y - 208,739

3·' +17,54 2 - 45,70 )


4·5
5·6
+48,48
+54,92
•7 •5 2
6
5
6
- 18.12
+61,71
teremos as coo rdenadas parciais corrigidas conforme nos mostra a Tab. 10.8.

6·1 - 25.08 • 50.30 •


----------- --------==---
+ 5 3
Ta b e la 10.8
3
Coordcuad"s parciais Coordcnudus parciais corrigid:ls
\
\ x , , y
\ E c w c N c s c E w N s
\ o .-
\ ~
Figu ra 10.5
,,'3.' 17.36S 104.037 14,886
~. 98.481 5,556 2.479
\ I·'
\
\
\
" 17,880 4,779
131.753 7.n5
84,121
8.0 ~9
2.1.12
l27~
22.6S9
124.418
81.989
4 .7~6
\ '·1 7,807 5.529 99. 194 2.467 2.278 101.661
\ -------
.. _-
99./94 101 ,66 1
11,54 4 ---_
116•.16 1 139.560 /26,696 126.696 101.66 1

Tal fato mostra que, enqua nto no pr imeiro sistema, a d ireção do lado foi Apl ica ndo agora o segu ndo :-.I .... ..: ma ,
subs t ancialmente a lterada porq ue as cor reções não foram propo rcio na is às
coordenadas, no segundo sistema, a direção foi quase totalmente ma ntida. e,
C,\'1-1 = -~
LX X
1 -2
e etc_,
A seguir, vamos verificar as afirmações anteriores com um exemplo. As
afirmações que tentaremos provar são:
teremos as coordenadas parciais corrigidas, como são mostradas na Tab. 10.9.
a) quando se distribui o erro de fechamento linear pelo primei ro sistema.
isto é, proporcio nalmente aos compri mentos dos lados, as correções a lt eram
Ta b e la 10.9
tanto os compri mentos q uanto os rumos dos lados, em proporções quase igua is;
b) q uando se distribui o erro de fechamento li near pelo segundo sistema, Coordenadll S pnrciuis Coordenadas parciais corrigidóls
isto é, proporcio nalmente às própr ias coorde nadas, as co rreções alteram mais l!
.= x x ,
os comprimentos dos lados e m uito me nos os rumos. ~

E C W C N C S C E W N S
O exemplo que esco lhemos (Tab. 10.7) está com erros exagerados, porém propo-
sitais para tornar mais visível a va riação. ,.,
I,' 98,481
17,880
8,927
1,621
17,365
84,121
0,86 1
4,17 1
107,408
19.501
16,504
79,950
Aplicando o primeiro sistema, isto é. '-4
'·1
)31,7S3
7,807
7,)35
5.529
8.059 0.400
99,194 4,919
119,810
7,099
7,659
104,1 ]J
e CYI _ ~ _:2.
-
/
P 1 -2 etc., 116,361 139,560 109.545 99,194 126,909 126,909 104,1 ]J 104.113
,
I

76 TOPOGRAFIA

Em seguida , iremos recalcular comprimentos e rumos dos quatro lados,


baseados nas coordenadas corrigidas, po is sabemos que:
1= J x' + y',
x
rumo = arco tg - '
y capítulo I I
Baseado nos va lores x e y, corrigidos do primeiro sistema, e no seg und o
sistema, temos na Tab. 10.10 os comprimentos e os rumos recalculados. O ponto mais a oeste e cálculo de
Tabe la 10.10 coordenadas totais
Linha CA lculo b~seado Cálculo baseado
Dados origi na is
em x e y do I," sistema em x e y do 2," sistem u

_ _ o
Comprimento Rumo Comprimento Rumo Comprimento Rumo
Tarlto para o cálculo da área de um polígono co mo para desenhá- lo, é
I·'
, .)
100,00 N 80~OO' E 105,097 N8,on'E 108,889 N8'"12' E
va ntajoso q ue co nheçamos qual de suas estacas é a que está mais a oes te, Quando
86,00 N 12"00' E 8S ,062 NW21' E 82,293 N 13" 42' E
J.4 132,00 N 8ó" 30' W 124,429 N 87" 4S' W 120,054 N86°2rW formos desenhar o poligono, sabe ndo-se o ponto mais a oeste e colocando-o
4-1 99.50 S 4" 30' W 10 1.686 S , o '7' W 103,]54 S ] " S4' W à esque rda do papel, não correremos o risco de que parte do poligono que,
sendo ainda mais à esquerda, caia rara do papel.
, Estão, portanto confirmados as afirmações, pois podemos ver que no pri-
Para o cálculo de áreas, veremos em capítulo posterior, que certos va lores
I meiro sistema as variações a ngulares roram maiores do que no segundo sistema,
acontecendo o co nt rár io com as variações lineares. Ressalte-se que, neste exemplo, indispensáveis para o cômputo da área ser~o somente P,osit~vos qua,ndo cal-
ho uve para o segundo sistema variações angulares em virtude da grande ampli- culados a partir do ponto mais a oes te, eVitando comphcaçoes de smal. . ,
t ude dos erros. Quando os erros rorem peq uenos, as variações angulares são Para encontrar o ponto mais a oes te, partindo das coordenadas parCIaIS
desprezíveis. já corrigidas, devemos adotar uma das estacas co rno origem pro visória e, a
Usa ndo o exemplo da Tab. 10.1, já reito an teriormente, podemos co nstatar partir dela , acumularmos algebricamente as abscissas. A estaca que, ness~ a~u m u­
o que roi dito, confo rme nos mostra a Tab. 1O.l1. lação. ap resentar o maior valor negativo se rá o ponto procurado. Em virtude
da sIm plicidade da operação, passemos imed iatamente para um exemplo,
T a b e la 10.1'
Para acumular algebricamente, considera mos os valores de E e N como
Coordenadas parciais Rumos POSilivos e de W e S como negativos.
corrigidas 2. 0 sis tema calculados
baseados nas T abela 11.1
Linhll Rumo original x y coordenadas
parciais Coordenadas parciais
E W N S corrigidos Diferença
x y
1-2 S 75°20' W 56,26 14,73 S 75° 20' 13" W 13"
2-) S49" 5(1 W 39,44 )),28 S 49· 50' ) 1" W 31" Linha E W N S
)-4 S 21° 00' E 17,52 45,75 520· 57' 16" E 2' 44" - -
4-5 S 69· )0' E 48,43 18, 14 S 69· 27' 58" E 2' OZ' 1-2 8 6
5-6 N41 "40' E 54,86 61,65 N41·)9' 5)" E 01" 2-3 15 4
6-1 N 26" )0' w 25, 11 50,25 N26·))' WW J' 05" 3-4 3 5
4-5 4 )
Co mo conclusão, devemos aplicar cada sistema, em runção da maior ou / 5-6 2 5
menor precisão possível esperada em cada uma das unidades medidas; assim, 6-) 15 8
quando traba lharmos co m boa precisão angular e baixa precisão linear, será )-8 20 I
prererível o segundo sis tema, isto é, a proporcionalidade às próprias coordenadas; 8-9 5 10
é o caso em que se medem ângu los com o trânsito e as distâncias com trena o u 9-10 4 6
corrente. Q uando o polígo no é levantado com igual precisão em distâncias e 10- 1 4 12
fl ngu los, empregar-se-á o primeiro sistema, pois não há razão para querermos ---------
1: 40 40 32 32
manter, prererencialmentc, nenhum dos dois va lores. ---_._--
78 TOPOGRAFIA o ponto mais 8 oeste ti cá/culo de coordenadas toteis 79

EX ('III"lo 11 . 1 Dado o p olígo no, pe!,IS suas coord enada s parciais cor- estaca
ri g ida s Tab. 11.1 " ch"r O ponto mai s a oeste.
} o
Constata- se que o polí go no realmente fecha pela igualdade da s somas de +3
xE com XIV e de YN com Ys' I
Procura do ponto mais a oeste. tendo como origem provisória, o pontb 1: 4 +3
+4
estaca x
5 +7
o
-8 - -- - - - - - ,
6
-2
+5
,
2 -8 - 15
- 15
*7 - 10
3 - 23
+3
+20 •
4 - 20
8 +10
+5

+4
9 + 15
5 - 16 +4
-2
10 + 19
6 - 18 +4
- 15
+ 23
*7 - 33 -8
+20
2 + 15
8 -13 - 15
+5
3 O
9 -8

10
+4
-4
(·ponlo mais a oeste, porque
é o de maior valor negativo)
,
I
+4 '1
o
CÁLCULO DAS COORDENADAS TOTAIS
(*ponto mais a oesle, porque
é o de maior valor negativo) As coordenadas totais são as acumulações algébricas das coordenadas
parciais, tomando-se um ponto qualquer co mo origem, porém usa-se o ponto !
o ponto mais a oeste é a estaca 7, porque apresentou , nessa acumu lação màis a oeste como tal. As ordenadas totais são as acumulações algébricas das í
algébrica, o maior va lor negativo (- 33). Trabalhamos apenas com as abscissas ordenadas parciais, a partir da origem. As abscissas totais são as acumu lações
e não com as ordenadas (Ys)' porque não nos interessa a direção norte-sul, algébricas das abscissas parciais, a partir da origem.
quando se cogita de ponto mais a oeste. Desenhamos o polígono (Fig. 11.1) representado pelas coordenadas da
A escolha da origem provisória não afeta o encontro do ponto mais a Tab. 11.2, antes porém, procuramos o ponto mais a oeste, assumindo como
oeste? Evidentemente não, pois apenas altera os va lores dos Xs acumulados, origem provisória um ponto qualquer (digamos estaca C):
mantendo , porém, sempre O mesmo ponto com maior valor negativo. Mesmo
não se n do necessário , faremos uma outra procura, usando agora, como origem
provisória o ponto 3, e novamente se verifica que o ponto mais a oeste é a
estaca 7 com o maior valor negativo (- 10):
80 TOPOGRAFIA o ponto mais 6 oeste fi c41culo de coorden8d8$ tot~;$ 81

" Tabela 11,2 Passamos eixos definitivos pelo ponto B, que é o ponto mais' a oeste, e
1I usàndo a estaca B como origem para acumulação das coordenadas parciais
Coordenadas parciais e calculamos as coordenadas totais (Tab, 11.3),
a Já podemos ver então, com mais clareza, olhando a Fig, 11.1 e a Tab, 11.3,
x y
que as coordenadas totais são as distâncias do ponto aos eixos das coordenadas
E W N S que passam pelo ponto mais a oeste. Assim) no ponto D a abscissa total é igual
a 7 e a ordenada é - 3. Vemos na figura que estas são as distâncias do ponto D
AS 6 3 aos eixos referidos.
BC 4 5
CD 3 2 ~ ~

DE 7 3
EA 8 9
14 14 11 11

I
, Tabe la 11 ,3

Coordenadas totais
Estaca -- - ~ -

X Y

B o o
+ 4 -5
C + 4 -5
+ 3 +2
D + 7 -3
I + 7 -3
~ E +14 -6
• - 8 +9
A + 6 +3
6 -3
B o o
I estaca X
l
C o
+3 -6 -8
D
---------,
+3 I
+7 -3 I
I
E + 10 B
-8 I I
I I
A +2 1- 3 +91
I
-6 -5 _4:2 ___ 01 I •
--1
B* -4 ~+21 I ,. ,
+4
-+4-- C - +-3-...J
C O

·ponlO mais a oeste é B


(maior valor negativo) Figura " .1
Cálculo de Ares de pof{gono 83

o u seja,
(dm i _ 2Y I _ 2 + dm 2 _ J Y2 _ J)- (dm J _-'YJ _ -l. + dI1l 4 _.5Y4_S + dm 5_ i Y~ _ I)' (1 )

Regra práti ca para cálculo da s distâncias merid ianas: a distância meridia na


capítulo 12 de lado é iguaL à distância meridial1a do lado anterior mais a metade da abscissa
11m
do lado al1lerior, mais a metade da abscissa do próp/'io lado, por exemplo ,
Cálculo de área de polígono d1ll 1 _ 2 = d1n .5_ 1+
~
2
x, _,
+ 2 '
I
x -x
dm 2 _ J = dm l _ 2 + Y +7 (X 2_ J é negativo porque é para oeste).

Na prática, fica menos trabalhoso calcula r a dupla distância merid iana,


E ntre diversos processos geométricos e tri go nométricos de cálculo de área para não traba lharmos com as metades das abscissas; assim,
de r o lígo nos. selecionam os os dois mais empregados nas atividades práticas : ddm l _
2
= ddm s _ 1 + X S_ 1 + XI _ 2
1) processo das duplas d istâncias meridianas lddm); 2) prO~~SSll das coorde-
nad:t~ tOIaI:-'. (; ' lllb~1l1 Lll: llll atltl til.: CQ(\I'dl.:llildas ch )s \0rlil'l'-';, (dupla distância meridiana = ddm);
ddm 2 _ J = ddm t _ 2 + X I _ 2 + (- x 2 _J
DUPLAS DISTANCIAS MERIDIANAS (ddm)
Cálculo de área de poligonal fechada pelo método das duplas distâllcias Empregando na fórmula (1) a dupla di stâ ncia meridiana, iremos obter o dobro
meridianas da área A _ 2A:

Dedução da fórmula 2A = (ddm 1 -2Yl - 2 + ddm 2 _ JY2- J)- (ddm J - 4Y3 - 4 + ddm 4 _ SY4-.5 + ddm .5_ 1YS _ t).
Área do poÚgu llo = área 1-2-3-4-5-1 = área )'·3-2-2' + área 2'·2- 1-1' - á rea Vemos que todos os produtos entre os primeiros parênteses são com ys norte,
3'-3-4 -área 4-5-5' - área 5'-5- 1-1'. enquanto que nos segundos, são com ys sul, podemos, pois, chamar respectivaM
Vemo s na Fig. 12.1 que cada uma destas áreas, sejam trapézios ou triângulos, mente de produtos norte (PN) e produtos sul (PS) ; portanto,
é sempre o produto da dm pelo y respectivo, onde dm é a distância meridiana 2A = LPN - LPS,
do lado, ou seja, a distân cia do meio do lado até a origem no ponto mais ti
oeste (ponto 4) ; portanto, A = LPN - LPS
2 '
área do polígo no = dm l _ 2Y l _2 + dm 2_JY2_ J - dm J_4 YJ_4-
- dm 4 _.5Y4_.5 - dm .5_ 1Y.5 - I ' porém como não existe sentido topográfico para área nega ti va, devemos con~
siderar a di reren ça !PN - :EPS em módu lo, assim
3
" A = (LPN - LPS),
2
Exemplo num érico 12.1 Consideremos o polígono, representado na Tab.
12.1 com suas coo rdenadas parciais já corrigidas.
Figura 12 .'
A = 700 - 253 447 = 2235 1/'
2 2 '

...
dm
inl__---- - ----- 1
-=-2------- Nota. Empregaremos, genericamente, u2 = unidades ao quadrado, pois não
foi especificado o tipo de unidade das coordenadas parciais.
. ~rocuramos o po nto mais a oeste tomando a estaca 1 como origem proM
5' om------ 5 vIsóna:
Y~·1 ::-_~-_.._....
I' ::-3C::=-:::-:::::"" __-_-_-_J
84 TOPOGRAFIA Cá/cu lo de Ires d8 polfgono

Tabela 12.1 o ponto mais a oeste é o ponto 7 porque é o que


a partir dele portanto, na tabela, calculamos as du:plas!dlist,âtlc:ias
Coordenadas Duplas
Produtos Neste exemplo vemos que a somatória dos
Linha parciais corrigidas distâncias
x y meridianas norte que dos produtos sul; isto porque o polígono
-horário. No segundo exemplo. vamos percorrer no
E W N S
Exemplo /Jumérico 12.2 Consideremos um outro polígo~o.
1-2 2 6 26 -
2+ 2 - 26 26 x 6 - 156 nadas parciais já estão, também. corrigidas (Tab.
2-3 4 5 26 2+ 4 _ 32
+ 32 x 5 - [60
3-4 6 3 32 +
4 - 6 - 30 30 x 3 - 90 Tabela 12.2
4-5 2 3 30 -
6 - 2 - 22
5-6 I 7 Coordenadas
22 - 2 - 1 - 19 parciais corrigidas Duplas distâncias
6-7 9 6 19 - 1 - 9- 9 Linha
7-8
8-9
3 3 0+ 0+ 3- 3 X , meridiana ~

2 6 3+ 3 2_ 4
9-10
lO-ll
3
7
4 - 2 + 3- 5 5x l _ ? E W N S
5+ 3- 1- 7 1-2 18 18 99Jt 17 + 18 . [J4
11 - 12 II 3 7 - l + ll -17 2-' 134 t 18 + 22

..I'
22 22 .. 174
12-1 2 6 17+ll - 2 _ 26 J-4 10 114 + 22 - 2 - 194

23 23 28
4-'
,-O
24
10
194 - .:: + ~24
~I(i + ~~ - 10
..
..
2 16
:.\0
28 EPN =
'7-8-7 19 10 DO - 10 - 19 .. 201 20 1 x la

estaca
- - -O X 8-9
18
21 lO
• 201 - 19 - 18 .. 164
164 - 18 - 21 .. 125
I
+ 2
9·(0
lO- li
14
I'
18
125 - 21 - 14 ..
90 - 14 + 8 .. 84
90
84 x 18 ..
- 2 -·
+ 2
+ 4
11-12
12·1J ",
16
4
21
84 + 8 - 2~ .
67 - 25 - .5. ..
. 37.- 5 - 16·
67
37
16
67 x 4

13·14
14.[ 5 " 0+ 0+1'. 15
3 + 6
- 6
15-16
I 16-17
l'
11
l'
" 41
11
15 + 15 + 11 ..
41 + 11 +
41
15 .. 67
4
- 2
O 17-1 17
130

192 192
67 + 15 + 17 .. 99 99'

5 - 2
A ... 25,938 - 10,091 15,847 .. 7923 '"i 1
- I 2 .. ~ 2 '" 11 •

6 3- .
9 As duplas distâncias meridianas são calculadas )O~~~;i';~! ~":l
'7 - 12 é o ponto mais a oeste, conforme encontramos pelo_" j:álc:u~fs a
+ 3 Para o cálculo da dupla distância meridiana do
I 8 - 9 do ponto mais a oeste (lado 14-1 5), considera-se a dupla distânlcia'!neri,:i~na
- 2 do lado anterior como zero e a abscissa do lado anterior
• 9 - 11
+ 3
~

10 - 8
- I
II - 9
+11
12 + 2
- 2
O
86 TOPOGRAFIA Calculo do área de polígono 87

Procura do p011l0 mais a oeste: COO RDENADAS TOTAIS (coordenada dos vértices)
--_._- X
Calcu lo de área de poligonal fechada pelo método das coordenadas dos vérr ices
O
18 (coordenadas lotais )
- 2 ---_._-18
Dedução da fórmula
+ 22
3 40
Na Fig. 12.3, as distâncias 1'-1 ,2-2,3'3, 4'4 e 5'5 são as abscissas totais dos
- 2 po nt os, e as distância s l-A, 2-8, 3-C. 4-0 e 5-E são as ordenadas totais do s
mesmos pontos.
4 38
+24 2' -- - XZ - - --- 2
5 62
,,
- 10 ,.
6 52
- 19 ,:, :'
,,
7

8
33
- 18
15
- 21 Figura 12.3
3' -x -;,
3 I '
,
,
,
~ :
,
Y,
I
,
I

-9 - 6
5'
---- i--
' I
---:----xs - - ---- 51
I

- 14 r i
,, ,,
: , :,
10 - 20
~ -x - ~-- -- I ~ :
+ 8 4 r 41 I , I

11 - t2 >3~:
I I I
: :
I I
- 25 !c D: :8 lE IA
12 - 37
- 5 Área do polígono:
13 - 42 A = área 2'2 11' + área 1'155' + área 5'544 - área 4'433' - área 3'322';
- t6
mas a área
14' - 58
+ 15 2'211' x, + X, (Y - Y)
15 - 43 2 "
+ 11 e assim também as outras, portanto:
16 - 32
+ t5 _ X , + X, X, + X , X , + X.
A- 2 (Y,-Y,) + 2 (Y, - Y, ) + 2 (Y,-Y.)-
17 - 17
+ 17 X. ; X , (Y, _ Y.) X' ; X ' IY,_y,).
O Figura 12.2
Efetuando os produtos:
2A = X,Y, - X , Y, + X,Y,-X, Y, + X, Y, - X, Y, + X,Y, -
- X,Y, + X,Y,-X,Y. + X.Y,- X.Y. - X.Y, + X.Y. -
-X,Y, + X,Y. - X , Y, + X , Y,- X,Y, + X,Y,.
o po nto mais a oeste encontrado é a estaca 14 porque tem maior valor
negativo. Fizemos, portanto, o cálculo das duplas distâ.ncias meridianas a partir Simplificando e agrupando os termos positivos de um lado e os negativos de
da linha 14-15. Se desenharmos o polígono, tal como na Fig. 12.2, iremos cons- outro:
tatar que, de fato, o ponto 14 é aquele que se encontra mais à esquerda , 2A = (X, Y, + X , Y, + X.Y, + X,Y. + X , Y, )- (X,Y, + X, Y, + X , Y. -
portanto mais a oeste. - X . Y, + X , Y,).
88
TOPOGRAFIA
C61culo de 6rea de polfgono 89
Se observarmos, podemos ver que os termos que se agrupam nos produtos
positivos são aqueles que têm o Y da estaca seguinte ao X, enquanto que os Exercicio 12.3 Vamos aplicar este método para encontrar a área do
termos negativos são os que têm o Y da estaca anterior ao X. mesmo polígono da Fig. 12.1.
Podemos, então, aplicar a seguinte regra prática: Sabendo-se que o ponto mais a oes te é a estaca 7, calculamos as coorde-
nadas totais a partir dela (Tab. 12.3).
Aplicando a regra prática. temos:
O 3 1 4 3 14 12 14 18 12 10 9 O

O -3 -9 ::g -15 -18 - 12 -6 - 1 +2 - 1 +6 O

Produtos que não mudam de sinal:


PRODUTOS POSITIVOS
O x (- 3) - O
Arrumam-se os valores X e Yem rorma de fração pela ordem das estacas; no 3x(-9)=-27
último termo, repete-se o primeiro; efetuam-se os produtos em diagonal; num 1 x (- 8) = - 8
dos sentidos os produtos não terão sinal alterado, enquanto que no outro sentido 4 x (- 15) = - 60
s im, por exemplo, o produto X 2YJ permanece Com o sinal que tem, enquanto 3 x H8) - - 54 Positivos Negativos
que o produto X J Y2 terá sinal trocado . ou seja, dando positivo fica rá negativo, 14 x (- 12) "" - 168 36 27
dando negativo li ca rá positivo. A área será a soma total (soma algébrica) divi- 12 x (- 6) = 72 60 8
dida por 2, 14 x (- I) = - 14 3 60
18 x 2 = + 36 36
Tabe la 12.3 12 x (- 1) = - 12 24
IOx 6=+60 210
Estaca X Y 9x 0= O. 216
Pro'dutos que mudam de sinal: 168
7 O O 3x 0= 0_ O 108
3 - 3 1 x - 3 = - 3 .+ 3 12
8 3 - 3 4 ~ .: 9 :. 36 . 'I- 36 9
- 2 3x-8 __ 24_+ 2~ 882
- 6
9 I - 9 14 x -15 = 210 ...~+ 210
12 x -18 = _2 16 _ +216
• 10
3
4
I
- 8 14 x - 12 = -168 _ + 168 .
• 11
- I
3
- 7
-15
18 x - 6 = - 108 _ A-108
12x - l=--1 2--. rl- 12

( 12
11 - 3 10 x
9
2 = ", 20 _ .- 20'
'x""": ~ l =..;.. 9 -+ + 9
14 - 18
- 2 6 Ox ' 6= 0-+ O
12 - 12
2 6 Pode remos aplicar este método em planilha,
2 14 - 6 Na planilha, representada pela Tab, 12.4, chamamos de pro~uto me:mlO
4 5 " I àqueles que não mudam de sinal e de produtos sinal trocado aqueles que
3 18
- 6
- 1
3
~::em mudar de sinal. As setas indicam o caminho seguido pelos O valore~,
4 valor X I = 12 foi multiplicado por Y, = -6 sendo o produto (-72) colocado
12 +2 na coluna mesl1l<? sinal etc, L
- 2 - 3
5 10 - 1
- 1 7
6 9 +6
- 9 - 6
7 O O
,
(
Cálculo de área de paI/gano 91
90 TOPOGRAFIA
(
esta ca X Y estaca X y
Tabela 12,4
.. __ _-_._- ---
..
Coordclwdas
---- - --- - -----"--- 14 O
15
O
65
6 110
- 19
- 57
(
+10
e,Hciais Coords.
~ .. 10 t:l lS Produtos Pwdutos Produtos Produlo.~ 15 (5 65 7 91 --47
~ " m,','IIIQ sill <ll itwl lrfu;.rJo (+) t-I 11 --41 - 18 - 6 I
E W N X Y 16 26 24 (
8 73 - 53
- "-
____ o

15 - 11 - 21 - 19 (I
, 12
X - 12~
/12)( _6 .. -1- 14 )( - 12 '" - 168 16' 72 17 41 13 9 52 -72 I
2 14 -6
14 x _ 1 .. _ 14 18 x - 6 .. - 108
17 6 - 14 +16
5
18 -I
108
" 58 19 10 38 - 56
6 18)( 2 _ +36 J2 )( - I __ 12 3' 18 18 +8 +18
12
4 12 +2 2 76 37 11 46 - 38
12x- I __ 12 10)(2 _+20
12 22 - 22 - 25 + 4

,
20 3 98 15 12 21 -34
10 -I
9 x -I __ 9 60 - 2 -10 - 5 -21 I
10)(6 _ +60
9 4 96 5 13 16 - 55
6 9 +. 24 --46 - 16
9 x O '" O O x 6 .. O
+55
9 6
O O 5 120 -4 1 14 O O
3)( O _ O
0)( -3 .. O - 10 - 16
-3

9
• c9
3 )( -9--27 I li -3 - -)

4)( - 9 _ _36
21 6 110 -57

I x - 8 --8 36
10 -, 4)( - 15 __ 60 3)(-8 _ _ 24 24 60
Com a aplicação da regra práticél. temos

- 15 trocar sinal
" 3 x-1 8 a - 54 14 x - 15 '" - 210 210 54
O 15 26 41 58 76~0 110 91 73 52 3 46 21 16 O
12 " 14 - 18
6 14 x -12 "" - 168 12 x 18 .. -2 16 21' 168 O 65 24 i3 19 37 15 - -41 - 57 --47 - 53 ~ - 56 - 38 - 34 -55 O
12 - 12
mesmo SilWI
Som3 '82
'" Produtos mesmo si/101 Produtos trocar sillal
A. '" 882 ; 435 _ 2:!J5 u 1.
O x 65 = O 15 x O - O
15 x 24 = 360 26 x 65 = 1690
Faremos a seguir, como segundo exemplo da aplicação do método das 26 x 13= 338 41 x 24 = 984
coordenadas dos vértices, o mesmo Exemplo 12.2, feito pelo método das duplas 41 x 19 = 779 58 x 13 = 754
distâncias meridianas, 58 x 37 = 2146 76 x 19 = 1444
Calculamos as coordenadas totais a partir da estaca 14 (po nto mais a 76 x 15 = 1 140 98 x 37 = 3626
oeste) : 98 x 5- 490 96 x 15 - 1440
96 X - 41 - - 3936 120 x 5 - 600
120 x - 57 = - 6840 IlOx - 41 = 4510
110 x --47 = -5 170 91 x-57 - - 5 187
91 x-53 - --4823 73 x --47 = - 3431
73 x - 72 = - 5 256 52 x - 53 = - 2756
52 x-56 = - 2912 38 x - 72 = - 2736
38 x -38 = - 1 444 46 x-56 = - 2576
46 x - 34=-1564 21 x -38 = 798
21 x - 55 = - 1 155 16 x -34 = - 544
16 x 0 = O O x - 55 = O
I

92
Cálculo da á,a8 de polígono 93
Tabela 12.5
Coordenadas
Outro modo de aplicar o método das coordenadas dos vértices em planilha
parciais Coords. de cálculo é o que mostramos a seguir. Toda ordenadá JY é multiplicada pelo
~
totais Produtos X da estaca anterior, com sinal positivo, e com o X da l estaca posterior, com
• x y /lh'.IIIIO SIlI(I/ sinal negativo: f
.li X Y ~.
E W N S

58 19

" " 76 37
58, .17 .. 2 146 76,
portanto,.,te mos
22 22 76, IS _ I 140 ", . .,.
• " ", ,.
15

4
10
96
490 96, • ... + Y,X 2 -
:. +
Y,X,
Y, (X 2 - X.).
+ "',
( 24 46
120 -41
96 x - 41 - -3936 120 x ,- .
Assim num polígono de 6 vértices teremos
~ 6
10 16 120 x · 57- -6840
110 -57 2A = Y2 (X I - X,) + Y,(X 2 - X.) + Y..(X, - X,) +
•~ 19

18
10

6
91

7)
- 47

-53
!ta x ·H--5 17Q

9 1 x - 53 - -41123 73 x -41 _~~J I'


,+ ' Y.(X, - Xl)

+ XI(X. - X 2 ).


~ 10
9
21

14 16
19
52

."
- 72

- 56
73 x - 72 - -5256

52 x -56 ... - 29[2


Com base nisto, aplicamos na planilha, representaãa
mesmo exemplo anterior.
t A coluna X Seguinte - X Anterior é preparada an es
~
o

• li
25
18

4
46
-"
]8,

46 x - 34
.18 '"

'= - [
I 444

564 21 x -38
proautos; para facilitar e para evitar enganos. . ....
Repetimos} no começo, a última estaca (17) e, no,fim a primeira estaca (l)
~ facilitar o cálculo de X 17 -. X 2 e de X 16 - X l' ~'
~ 12
21
21 - 34
21 x -55 _ _ 1155
.

16 x - 34
~ \J 16 - 55 Positivos... Negativos
16 55 16 , 0 _ o O, SS _
14 O O 360 3936
I' 6S 338
I' 16 6S "' 65 '"' O Ih
779
6840
5170
I 16
11 41 Ih 24 _ .160 ", 2146 4823
) 17
I' 11 " 24

\J
", 1.1 .. .1.18 41 , 1140
490 .
5256
I 17
'I
19 _ 2912
'I ,
58 19 '" 58, 4510 '
5)87
1444
1564
1JO 1J O 192 192 343t 1 155
A _ 436 38-27~[ ... 2756 1690
2 2736
O fato de tomarmos COmo origem das coordenadas 984
2576 754
oeste (estaca 14), facilita os cálculos evitando também 798 1444
os va lores X são positivos (evita-se assim mais uma 544 3626 .
as outras já existentes). 27791 1440
Temos, então, o cálculo da área: 600

A = 164212 -574 = 7923 ,5 u 2 .

I. Estes mesmos cálculos anteriores aparecem agora feitos na, planilha, CQI1-
t .. '
forme nos mostra a Tab. 12.5.
~ .
(

(
94 TOPOGRAFIA (I
I
Tabela 12 .6 (
I
X. Seguinte Produtos Produtos I
Coordcnada~
Estaca
totais
positivos ncg<llivos I
X Anterior 1+) H (
-------------------
X y IX,) IX.) nX, - X.) nX, - X)
I
=======~ capítulo 13 I
17 41 13 (

2
58
76
19
37
76 -
98 -
41
58
+-'5
+40
19 x 35
37 x 40
665
1480
Poligonais secundárias, cálculo I

3 98 15 96 - 76 +20 15)( 20 300


analítico de lados de poligonais .J
,,•
4 96 5 120 - 98 +22 5 x 22 110
5 120 -4 1 110 - 96 + 14 4 1 )( 14 574
6 11 0 - 57 91 - 120 - 29 57 x 29 1653
7 91 -47 . 73 - 110 - 37 47 x 37 1739 POLIGONAIS SECUNDÁRIAS
8 73 - 53 52 - 91 - 39 53 x 39 2067
9 52 -72 38 - 73 - 35 72 x 35 2520 Constatamos, em capítulo anterior, a necessidade do emprego de poli-
lO 38 - 56 46 - 52 - 6 56 x 6 336 gonais secundárias, além da principal. no levantamento de áreas relativamente
li 46 - 38 21 - 38 - 17 38 )( 17 646 grandes. Já que a po li gonal principal deve acompanhar os limites da gleba,
12 21 - 34 16 - 46 - 30 34 x 30 1020 os detalhes internos necessitam das po ligonais secundárias para serem amar-
13 16 - 55 0- 21 - ~I 55 x 21 I I S5 rados. Este capítu lo abordará o cálculo e ajuste das pol igonais secundarias.
14 O O 15 - 16 - I
15 15 65 26 - O + ~6 65 x 26 1690
16 26 24 41 - 15 +~6 24 x 26 624 PROCEDIMENTO NO CAMPO
17 41 13 58 - 26 +-'2 13 x 32 4 16
58 19 Depois de escolhidas as estacas AI> A, (Fig. 13. 1), etc., que formam a poli-
gonal A, ligando a estaca 19 até 7, ambas da poligonal principal, os valores a
r = 16421 r= 574 serem medidos são ângulos e distâncias; deve-se observar, porém, que é indis-
pensável a medida dos ângu los na estac.'l 19 e na estaca 7 para ser feita a veri-
A _ 16421 -574 _ 7923,5 11 1 ficação do erro de fechamento angular (ou seja os ângulos 18-19-A. e A 6 -7-8).
2 Para não criar complicações que comumente levam a enganos. devemos medir
os ângulos da poligonal secundária do mesmo sentido (horário ou anti-horário)
dos que foram medidos na poligonal principal.

CÁLCULO E AJUSTE DA POLIGONAL


Não devemos esquecer que o cálculo e ajuste da poligonal principal deve
estar completo antes de iniciarmos o cálcu lo da secundária. Por isso, lembramos
que todas as linhas da principal já têm o seu rumo definitivo e todas as estacas
já têm coordenadas totais (X. Y) também definitivas.

1. Cálculo do erro de fechamel1co angular pelos rumos calcu lados


Partindo do rumo definitivo do lado 18-19. com os ângulos medidos, deve-
mos calcular sucessivamente os rumos de 19-A •• A I -A 2• A2AJ etc... até cal-
cularmos o rumo de 7-8. Compara-se este rumo calculado com o rumo definitivo
Uá conhecido) da mesma linha. A diferença entre os dois é o erro de fechamento
angulal',
96 TOPOGRAFIA Poligonllis secundárias. cálculo tJntJlltico dt! IlIdos de poligonais 97
~

20
estaca 4 (ponto mais a oeste). As coordenadas totais (X, Y) das estacas 19 e 7
X'9 já são conhecidas; supõem-se:
23 22
X,,=109, X,=36,
2 Y19 = 38, Y, = -43.

Tabela 13.1
Coordenadas parciais
Linha
E w N s
19-A, t7 9
A.-Al t6 5
A:z-AJ 2 15
AJ-A .. 15 12
A .. -A.$ 20 6
la AÇ A 6 8 17
Figura 13.1 Poligonal secundária : 19-A , .A::t-Al·A .. -A,-A6-7 Aó- 7 3 28
Sub-total 5 76 6 86
2. Cálculo do mesmo er/'o de fechamento angular pela somatória dos 7-19 73 8~
internos
Total 78 76 87 86
Verificando-se que a poligonal secundária juntamente com o trecho da
principal que vai da estaca 7 até a 19 constitui um polígono, basta todos
os ângulos internos e comparar esta soma com o valor (n - 2)180"; a dilfenoo(:o
será o mes mo erro de fechamento angular já calculado no item 1. No caso
exemplo, /I = 19, portanto (/1 - 2)180 = 3060· (/I é o número de vértices as coordenadas parciais do lado imaginário 7- 19:
de lados do poligono). x,_,. = X,.-X, = 109- 36 = 73 (E),

3. Distribuição do e/'/'o de fechamento angular


. y,_ ~. =: Y,.- Y,= 38,-(-43) =+8 1 (N)~
A abscissà parcial de um lad<? é igual a abscissa total da estaca final menos
Levando-se em conta que todos os ângulos da poligonal principal já foram
I ajustados, o erro de fechamento angular deve ser distribuído unicamente nos
a abscissa total da estaca inicial; a mesma fórmula é aplicada para a ordenad<l
, parciaL .. · . ' . . " •
I ângulos da poligonal sec undária, 19, AI' A 2 • AJ, A4' As. A6 e 7. Assim teremos.:1 No exempJo, o' lado 7-19 substitw 01 ffidos éJa; poligonal principal 7-8, 8-9
os rumos definitivos de seus lados, .
f etc. até 18-19, simplificando os cálculos.
ex = 2 é o erro nas abscissas,
4. Cálculo das coordenadas parciais (x. y) dos lados da poligOflG1 secundária e'l = 1 é 2: erro nas ordenadas.
Aplicando as fórmulas já co nhecidas:
O erro de fechamento
x =I sen rumo e y =f cos rumo
(onde I é o comprimento do lado), calcularemos lodos os valores x e y dos lados.

5. Cálculo do erro de fe chamento li/leal'


Para discussão deste item será melhor usar-se exemplo numérico. Basean- E é o erro de fechamento linear absoluto. Para se calcular o erro de fecha-
do -se na figura 1. supõem-se que os va lores de x, y (coorde nadas parciais) seja m rriento linear relativo devemos co mparar o valor E, com a somatória dos com-
os valores co nstantes na Tab. 111. A poligonal principal tem como origem a primentos dos lados, porém somente dos lados da poligonal secundária, já
I: 98 TOPOGRAFIA Poligonais secundarias, cálculo analifico de lados de poligontJis 99

qu e a po ligoll;.1I principal é imutável. Quando se quer calcular o comprimento e o rumo do lado 9- 10 (Fig. 13.2)
r.1 em função de va lores co nh ecidos dos demais lados do polígono. o procedimento
M = - , será o seguinte:
E.r
onde a) com os rumos e os comprimentos de todos os demais lad os calc ula remos
as coordenadas parciais x e y;
M = o erro de fechamento linear rehltivo ,
b) conhecidas as coordenadas parciais x e y de todos os lados, exceto do
1.1 = so matória dos comprimentos dos lados somente da poligo nal secund ária. lado 9-10, calcularemos as coorden adas totais X e Y de todos os vértices
Geralmente a to lerância é mHior para os erros de fechamento das poli- incluindo 9 e lO ;
go n ais secundárias, dobrando -se os se us li mites; por exem plo, c) a abscissa parcial x do lado 9-10 será
lim ite do erro linear na poligonal principal: 1 : 1000,
limite do erro linear nas poligonais secundárias : 1 : 500.
e a ordenada parcial y será
Des de que o erro esteja dentro de li mite ace itável será distribuído nas pró prias
coordenadas parciais por processo igual ao da poligonal principal. Y9-10 = YI0 - Y 9;

d) a seguir teremos , por Pitágoras.


6. Distribuição do erro de feclranU'llto lillea1' das poligonais secul1dárias
Seguindo-se o mesmo esqu ema da poligonal principal, usa-se um dos dois 19 - 10 = JX~ - I O-Y~- IO;
processos de dist ribuição: a) proporcional ao co mprimento dos lados; b) propor- e) o rumo do lado 9-10 será calculado por
ciona l às próprias co ordenadas parciai s.
X -
)C = 1 e.>:, arc tg rU111 0 9-10 = -9 -10,
a .( , 9_ ." 19 - .-1, LI C"I9 _.', = 11 " Y9 - 10
determinando-se assim o rumo de 9-10. Verifica-se que com esse procedimento ,
" o lado 9-10 absorve a totalidade dos erros angulares e lineares do polígono.
Portanto esse processo tem valor redu zido na prática , sendo aplicado apenas
Pela facilidade dos dados a disposição (Tab. 13. 1), exemplificamos com as como solução de emergência.
fórmulas b. Considerando que os cálcu los de coordenadas parciais e totais já fo ram
2 34 vistos em outros capítulos, mostraremos um ex.emplo , a partir das coordenadas
= 17 5 + 76 = SI = 0,42, totais já calculadas.
I
9 11
= 9 6 + 86 = 92 = 0,10.

A somatória de x(r.x) não inclui o lado 7- 19 (73) porque este não será alterado.
O mesmo raciocínio pa ra a somatória de Y(LY) que também não inclui o valor
do lado 7- 19 (81) porque este valor também não será alterado. Figura 13.2
9
O va lor corrigido de x 19 _ A , = 17 + 0,42 = 17,42. 5 7 ,"o
I
-T---- "
ORIGEM 6 e
O va lor corrigido de Y I9 -A , = 9 + 0,10 = 9,10.
As correções, em ambos os va lores , foram positivas po rque o que se o bjetiva é
a igua ldade na soma total (78 -76) e (87-86), e os va lores corrigidos estava m 4

nas colunas menores (76 e 86). Exemplo 13.1 Calcular o rumo e o comprimento do lado 20-21 (Fig. 13.3)
sabendo :
CÁLCULO ANALíTICO DE LADOS DE POLIGONAIS X ,O = 422, Xli = 346, Y,o = - 12, Y2I = + 34 ;
(rumos e comprimento) x'o _" = X,, - X,o = 346-422 = -76 ou x'O_lI = 76 W;
l.a hipótese. Cálculo do rumo e comprimento do mesmo lado Y'O - 21 = Y2I - Y20 = 34 - (- 12) = + 46 ou Y,o - 21 = 46 N.

100 poligonais secunddri~s, cálculo an~lftlco de lados de poligoflais 101


TOPOGRAFIA

21 o procedimento será:
a) Transportamos o lado 14-15, totalmente conhecido~ para o lado I3-A;
o lado 13-A terá, portanto, o mesmo comprimento e o mesmo mo do lado
Figura 13.3 IX r 14-15 ; logicamente, o lado A-15 terá o mesmo comprimento e o mesmo rumo
do lado 13-14. .
Xo-I b) Desta fo rma, esta terceira hipótese foi transformada na 2.- hipótese,
20 cuja solução foi apontada anteriormente. J
Assim:

120 - 21 = .j76' + 46' = 88,84 m, 10


76
tga = 46 = 1,652 1733;
portanto 11
a = 58° 49'.
R esposta: o comprimento do lado é 88,84 m, o rumo do lado é N 58° 49' W. 12

2,' hipótese. Cálculo do comprimento de um lado e o fumo do lado adjacente.


supondo os demais comprimentos e rumos conhecidos.
Queremos calcular o rumo do lado 4-5 (Fig. 13.4), do qual já sabemos o
comprimento, e calcular o comprimento do lado 5-6, do qual já temos o rumo; Conclusão. Não devemos esquecer que estas solluçÕe!i~- 'lO
I o procedimento será então: nhosas, têm reduzido valor prático" porque se as u~~~~~m~~I~~~~~J;
) gonais, ficaríamos sem saber as dimensões dos
a) depois de termos calculado as coordenadas totais X e Y de todos os
I, lineares de fechamento. Estes laDlçaljosi..p'OS
vértices, exceto do 5, calculamos as coordenadas parciais x e y do lado fictício 4w6; dos comprimt:ntos calculados.
b} em seguida, ca lculamos seu comprimento e seu rumo;
c) já que os rumos de 4-6 e também de 5-6 são conhecidos, calcuJarnos <.•_"",; ..
o ângu lo P(4-6-5) com vértice em 6;
d) verifica-se, agora, que o triângulo 4-5-6 está determinado porque dele
são conhecidos dois lados (4-6 e 4-5) e um ângulo (P). Por reso lução de triângulos,
ca lculamos o lado 5-6 e o ângulo l' com vértice em 4;
e) conhecido o ângu lo y e o rumo de 4-6, ca lcula-se o

Figura 13.4

3
I
RUMO?
5

l- hipótese. Cálculo do comprimen to de um lado e o rumo de outro lado lI(io


adjace nte, supo ndo os demais co mprimentos e rumos conhecidos.
São desconhecidos o comprimento de 13-14 e o rumo de 15- 16 (Fig. 13.5).
Arcas cx"apoligofliJis 103

sid crm.lo de po uco valor. () pon to A da divisil é um ponto importante porque


nele o limite mudou de direção e. por isso, Coi IcvHntmlo por lrÍ<lllguIaÇJ O. ( 1
procedimcnto Coi: no pro longame nt o de 2-1 marcou~ se o pon to 8 e mediram-sI.:
as distünci' ls 111 .1/ e p. amarrando ass im com prccisão o ponto A.
,
capítulo 14 A

Áreas extrapoligonais

Quando esco lhemos os pontos de uma po ligonal para levantamento de


uma propriedade, procuramos acompanhar seus limites COm a maior proxinli· o processo de medida por perpendiculares sem instr umento não pode ser
dade possível; no entanto, não podemos estabelecer a poligonal exatamente 110 apl icado nos casos em que 11 po ligonal foge muito da divisa , pois os erros pas-
limite, pois as divisas poderão ser cercas de arame. córregos, estradas etc. sariam a ser grosseiros. Nestes casos, devemos usar o taqueômetro para ob ter ,
P odemos ver pela Fig. 14.1 que a área fina l da propriedade será a área da por irrad iação taqueométrica, os pontos importantes da divi sa.
po ligo na l acrescida da somatória dns áreas cxtrapoligonais posi tiva s e diminuída
da soma l6ria das áreas extrapoligonais negat ivas. CÁLCULO DAS ÁREAS EXTRAPOLlGONAIS
Os métodos mais usados para avalia(,:ào das áreas extra po li gonais podem
ser divididos em analíticos, gráficos e mecânicos.
Entre os métodos analíticos, temos as fórmulas dos trapézios (Bezout). de
Simpson e de Poncelet. Entre os gráficos, temos o método da subdivisão da s
áreas em Ciguras geométricas de fácil aplicação de fórmula, para cálculo de área;
e o de maio r importância, a nosso ver. que é a aplicação gráfica da fórmula dos
trapézios (Bezout) co m auxílio de papel mi limetrado.
O emprego do planímetro é a solução mecânica. I
I
MtroDOS ANALlT ICOS
a) Fórmula do s trapézios ou de Bezou!.
,
Supomos uma sucessão de trapézios, todos com a mes ma altura d (Fig. 14.3).
I
LEGENDA
- - DIVISA
B C O
.4
,, ,,,
E
,, ,,
F G ,,
H
,:
POLIGONAL DIVISA
I=:J
ÁREAS EXTRAPOLIGONAIS NEGATIVAS :, ,,
~ ÁREAS EXTRAPOlIGONAtS POSITIVAS Fig ura 14. 1 Fi g u ra 14.3 :Y1 ,,:Y2 ,,:Y3 ,,:Y4 ~Y5 :Y6 ,,:Ye
,,, ,, ,,,
:Y7
d , d d d
, ,,
Lembramos que o processo usua l de amarração da linha limítrofe na reta I [J [J d [J d d
LINHA DA POLIGONAL
da poligonal é o de medirmos o afastamento perpend icularmente; de 20 em 20 !TI
ou d e 10 em 10 m; podemos complet.ar o leva ntamento, tr iangulando os pontos A área calculada pela Cór mula de Bezout (Su) ou dos trapézios será:
importantes da divisa.
A Fig. 14.2 mostra o levantamento da divisa amarrada à linha 1 ~2 da po~ S = y, + y, d + y, + y, d + y, + Y. + ... + Y. + Y7 d + Y7 + y, d
ligonal. De 1 para 2, a linha foi medida de 20 em 20 m, sendo que na extremidade B 2 2 2 2 2'
de cada medida foram levantadas perpendiculares e medidas as distâncias y"
pondo em evidência d/2,
yz' Y3 até Ys· As perpendiculares foram obtidas por avaliação sem instrumento,
pois, caso contrário, gastaríamos muito tempo. O erro resultante pode ser con- S. = dj2(y, + 2y, + 2YJ + ... + 2y, + y,).
I
104
TOPOGRAFIA
105
Rcsumindo:
d N
SB = 2(E + 2M),
,,C

ou seja, a área tota l é igual a d/2 multiplicada pela somatória dos Ys' sendó que ,,
os dos extremos (E), primeiro e último, somados uma vez e os Ys do meio (M)
somados duas vezes. A aproximação prática está no fato de supormos que os
,,
I
pon tos A, 8 , C, D, etc., são ligados por retas, o que não é rigorosamente exato. I
I
Esta fórmu la é de fácil aplicação e por esta razão tem largo emprego prin-. I
cipa lmente quando se usa graficamente o papel milimetrado. como I
I
mais adiante. I
,,
I
b) Fórmula de SimpsOI1.
~'f"
Seja um número par de trapézios de mesma altura d (Fig. ~4.4). ~ ,:Y3
I
I
C__~O____iE____~F,- I
,
I
G
d d
2 3

d d d d d d área pela rórmula de Simpson (Ss), temos:


2 3 4 5 6 7

A idéia foi de considerarmos cada trecho de dois trapézios COmo u~ ~e} .


mento de parábola, ou seja, ABe seria o segmento de uma parábola, CDE:O :''''",",,' ' ' l,fJ
de outra, assim por diante. Na Fig. 14.5 fazemos uma ampliação do trecho
sendo arco de parábola, temos: Afie é uma corda. MBN é a tangente pelo
ponto médio B e, portanto. paralela. a AHC: logo. MACN é um paralelogr'afnõ
e, portanto, a área compreendida entre a cur va e a corda é igual a 2/3 da... áreã
do paralelogramo. -o ,
extrem~s, J a somatória dos Ys ímpares e P dos
A área ABCHA = 2/3 da área AMBNCHA, portanto, a área que nn',~irlte_ do que a dos trapézios. parece
ressa da Fig. 14.5 é: " . _,'
di.visas forem linhas curvas;':l

al _, =- YI +Y,2i+
2 ( 22i(
3 ' y, • YI +Y3)
2 '
pondo dlJ em evidência, "UH V'. '" um ' número par de trapézios"' com a mesma altura d

d d
al _, = 3(3y, + 3y,) + 3(4y,-2Yj-2y,), foi considerar duas áreas:

d } " "a"
p . que .sera' . a . ar
' ea fof mada
( por ABCDE com a linha da poligonalt B1-7:
C
al 3 (4y, +)', + )',), .... 3 2.,.", qu"e e' a área dos trapézios
,.
_ , = . formados pelas tan gentes aos pon os ,
e' D também com a lin ba da poligonal 1-7.
Analogamente, a área entre 3 e 5 será:
Aseguir, considerand~ que a área a ser calculada seja:
d
a,_, = 3 (4Y4 + Y.l + y , ), aI
S,, = ~2- '
+ {/2
106 Arcas (!xlf,lpoligOfl ,lis 107
TOPOGRAFIA

"- Área pela rór mula de Sim pso n (Ss):


0
,:C = [23 + + + 5,8) + + + 5,4)} I
,,,
O, Ss (1 ,8 3,8) 2(4,7 4(3,5 5,5 (
,,
I

I,
, , Ss = 56 1,33 m',
I
,, , ,, I I

,,, ,,
I I
, I
I
Área pela fórmula de Poneelet (Sp) : (
, I
I
I
,I
,,,
I
,I I I
I Sp = d[2(3.5 + 5,5 + 5,4) + (1 ,8 + 3,8)~(3,5 + 5,41
,I I
I ,
I
,,,
,I I
I
,
I
I
Figura 14.6
,:Y3 Sp = 559,50 m',
:Y4
, ,:Y5 :Y6
, ,iY7 I
,, r
I
I
I I :, As di ferenças entre as fórmulas são visivelmen te peq uenas, podemos, po is,
,, I
I I
I I I aplica r a fórmula menos certa e mai s rápida que é a dos Trapézios (com muito

,•
I

d I d ,
I
d
I
I d
I
I d
I
I
d I bons resultados),
I I I I I
2 3 4 5 6 7 Lembramos que a fórmula dos Trapézios erra para menos quando a divisa
onde é convexa , porém errará para mais quando for cô ncava. Po r esta razão, ha verá,
na prática, uma certa compensação.
Y, + y, Y +Y
ai = 2 - d + (y ,+ y.)d+(Y.+Y6)d+ 6 ' d,
2 MÉTODOS GRÁFICOS
a, = 2dy, + 2dy. + 2dJ. .
a) Subdi vidim os a fai xa entre a divisa e a linha da poligonal em figuras
Então ,
como retângulos, trapézios e triân gulos. calculando-se suas áreas co m dados
+ a 2 _ d (YI Y2 tirados, em escala, do desenho. Naturalmente é um método apenas aproximado.
SI' -
_ ai
2
Y6
- T "2 + "2 + y, + 2y. + Y6 + "2 + i
Y
+ 2y, + 2Y4 + 21'6
)
' Quando o desenho fo r fe ito em esca la maior, o erro será menor e vice-versa.
Numa planta em escala de 1:1000. um milímetro vale um metro, portanto ,
Sp
d (Y I y, Y,
="2 T + T + T + 3y, + 3Y4 + 3 )'6
Y6)
+ "2 ; num triângu lo em que se tirou base e .lItura . iguais respectivam ent e a 15 e 18 mm,
daria a seguinte superfície:
somando e subtraindo Y2/2 e Y6/2, temos S = 15 x 18 m , = 135m' ,
2
Sp _- T
ti (YI y,
T + T + 4y,
y,
+ 4Y4 + 4Y' - T - T
Y6)
'
Se os va lores corre tos fossem 16 e 19 mm, a área seria

= 16 x 19 m ' = 152 m' '


Sp = ~ (4P + E;E} S 2
ou, Este erro cometido em múltiplas vezes pode ocasio nar diferenças de grande
Sp d (2P + E-E')
= - 4- ,
porte no cômputo final da área da propriedade.

b) Aplicação gráfica da fórmula dos trapéz ios.


onde P é a somatória dos Ys pares, E é a so matória dos y ex tremos e E' é a 50-
matória dos Ys adjacentes aos extremos, ou seja, segundo e penúltimo y. Preferimos exemp lificar com um caso geral. Calculemos, po r exemplo, a
úrea da Fig, 14,7,
Exercício aplicando as três fórmulas Iremos ca lcular de início, em centímetros quadrados, a área da parte su-
Seja na Fig. 14.6 os seguintes va lores: d = 20 m' Y1 = 18m Y = 35 m perior à linha AB desde a linha 1'·1 " até a linh a 17'-17" ,
, • 2 '
Y3 = ~ ,7 m, Y4 = 5,5 m, y~ = 5,8 m, Y6 = 5,4 m e Y7 = 3,8 m.
I
Relacionamos e so mamos to das as alturas y de centímet ro em centímetro,
Area pela fórmula dos trapézios (ST): lendo diretamente no papel milimetrado até a precisão do milímetro, po rém

20
• os primeiro e último y serão somados apenas pela metade:
ST =T [(1,8 + 3,8) + 2(3,5 + 4.7 + 5,5 + 5,8 + 5,4)], S, = (1 ,1 + 2,9 + 3,4 + 3,8 + 4,1 + 4.3 + 4,6 + 4,8 + 5,0 + 5,2 + 5,1 +
+ 5,2 + 5,2 + 5,1 + 5,0 + 4,7 + 4,3 + 3,6 + 1,0) x 1 em = 68,1 em',
ST = 554,00 m'.
1 09
AflUIS extrapoligono;s

Pelo mesmo sistema calculamos a área 52 entre a linha AB e a curva, na


parte inferior desde as linhas I' -I " até 17'-\7":
r S, = (0,5 + 1,8 + 2,3 + 2,7 + 2,9 + 3,0 + 3,0 + 3,0 + 3,0 + 3,0 + 2,9 + "'
+ 2,8 + 2,6 + 2,3 + 2,0 + 1,5 + 0,3) X I em = 39,6 em',
Para o cálculo da área total falta acrescentar as pequenas áreas da esquerda
de 1'- 1-1" e à direita de 17'-1 7- 17". Pelo mesmo sistema encontramos, então
8 = (O + 0,7 + 0,7 + 0,1) x I em = 1,5 em' ,
3
8. = (0,2 + 0,2) 1 em = 0,4 em',
A área total será:
S = S, + S, + S3 + S. = 109,6 em'.
Podemos notar com que rapidez os cálculos poderão ser feitos casa te-
nhamos uma máquina de somar, pois, à medida que as leituras dos valores Ys
rorem feitas no papel milimetrado, iremos registrando-as na somadora; no
final, bastará bater o lotai e teremos a área. Caso a figura não esteja sobre papel
milimetrado. usaremos um vegetal milimetrado sobrepondo-o sobre o desenho.
Acreditamos que a precisão e. a rapidez serão maiores do que as da aplicação
do planímetro.
PROCESSO MECANICO - APLICAÇÃO DO PLANíMETRO I

~
O pequeno instrumento chamado planímetro constitui o equipamento com
o qual podemos determinar a área de quaisquer figuras, desde que percorramos
o seu perímetro {dese nh3.do)"tom uma cf suas extremidades, enquanto a outra
permanece rIXa no papel. '
a
Podemos ver descrição do planimetro na Fig. 14.8.

TEORIA DO PLANíMETRO POLAR DE AMSLER


-Vamos analisar o usq do planimetro (Fig. 14.9).
"y- cih ...tr Q

'd~~!!t.I""co~-m~, eixo na direção de r ~- r (eixo)

Analisemos O que acontece quando o ponto móvel vai de f para f, ' pas-
sando por f: a leitura que em f era 11 passará para Ui em fi e o cilindro li passará
para a nova posição VI no final da reta f,b t · O ponto de articulação passará de
b para b,. A diferença de leituras (u, - u) multiplicada pelo vaio r , de uma di-
.. ,
---~---:'
' visão representará quanto o cilindro v girou ; mas o cilindro li para atingir a
O' nova posição girou h para baixo e depois voltou para cima o arco ou, ; en tão
I
I i.
I I:' :: r"-)
"-;-:-i- " ~ ~- --- ....
1_ h -vv, = I(", - U),
i, I,. ! ", mas vV = ar, substituindo temos:
l
11 - (lI' = r(ul - u),
11 = t(II,-U) + a.r.
110
TOPOGRAFIA Arcas ex trapoligon.Jis 111

o
v

Figura 14.8 Planlmetro polar (AMSLER), usado na medida de uma área com
o ponto fixo fora da área. 1 Ponto fixo : 2. lupa para acompanhar o contor~o da
área; 3, área que está sendo medida; 4. corpo do planlmetro com as escalas; 5.
braço graduado para variar a escala

A área s de Obfff, b ,0 é composta de 3 parcelas:


Figura 14.9
IIs , é a área do paralelogramo bff'b, '
O = origem (ponto fixo) = pólo 1 = valor de uma divisão do cilindro
AS2 é a área do setor circular b 1 I'f1 , RI = comprimento do 1.0 braço graduado
A,s ) é a área do setor circular Obb 1 ; R = comprimento do 2.° braço 11, UI ,tl 2 , etc = leituras do cilindro gra ~
11.5, = Rh = R[!(u , - II) + ar] = Rt(u , - II) + Rar, v = cilindro graduado duado
..6s2 = iR' Rct = taR 2 , exprimindo (X em radianos r = comprimento do braço externo, desde b [ponto de articulação até v
/j,s J = iR) . RI P = tPRi , exprimindo P em radia~os ; (cilindro graduado)]
s = l1,sl +.L\h + 6.s 3 •
S = 1aR' + t PRi + Ral' + R/(II , - U). Analisemos dois casos:
1.0 Caso. A origem O está dentro da área como é o caso da figura, se quj ~ I
Fazent!L) o meSlllo raciocínio para 12 , f J , etc., teremos a área total S = S + sJ + sermos medir a área total. Como LIX = 2n, 'i:.f3 = 2n, então:
+ ,\' z ")' " 3 + .. . . I
S = nR' + nRi + nRr + R/(u, - u),
s= ! aR + t PR~ + RrJ./' + Rt(II I - U) + !cx 1R 1 + tPJR~ +
2
S = n(R' + Ri + Rr) + Rt(u, - u). I
+ Ra.1' + RI(U2 - 11 1) + etc.,
S = t R ' ~a + !Ri~p + Rr~a + R/(u,-u),
Chamamos Rt = p = constante e n (R' - Ri + Rr) = q; então, I
S = p(u, - u) +q
sendo un ã leitura final. ou
112 TOPOGRAFIA

Chamamos
q/p ~ Q ~ constante do planímetro;
portanto,
s~ p(u" - u + Q),
a constante p é chamada de valor da divisão do planímetro e Q é simplesmente
a constante do planímetro.
2.° Caso. A origem O está fora da área, que seria o caso se quiséssemos

-....
calcular apenas a área assinalada na figura. ..
Como r. ~ 0, r{J ~ 0, então,
S ~ Rt(u" - u),

Determinação de p e Q
S ~ p (u" - u).
~ ~~,;~~~~~~:~:~:~:~:E~r~ é ângulos
atribuída
velrtíc;ais'
ao aparelho
horizontais) topográfico
porém que seobter
pode também des-
taqueometria. Geralmente é feita confusão

1. Construir um quadrado de 10 x 10 em.


2. Percorrer o perímetro com a origem (pólo) fora do quadrado, anotando a
~~:~~f'~\~~'!~~~;i;r~~~~~:Fr;~;tleUm""U No Podemos
ao assunto, final desteclassificar
capítulo, quando
. os de projeto americano e os de leituras
considerados de linha americana porque foram bas-
os tco- ~

leitura inicial u e a final un ' Assim determinamos p: 'f"


iníclo do. século por duas firmas americanas Gurley e
S ~ão produzidos também por algumas firmas japo-
p ~ (u" - u)' l~Olk!O,~' k'" etc. Os de leitura óptica são produzidos
WildJ Kern, Zeiss-Oberkochen, ,
onde S ~ 100 em ' . ..
'

s~ p(u; - u' + Q). L'Lptés.~.nt;l·úin , m'Jd(:lo de aparelho ' com as peças visíveis total-

Q~
S
~
- _p(II;,
.. _- 11') .
eficaz para ° ensino, pois torna mais
n~:~~~~~~~l~~l~:~ de seu manejo. Ele possui possibilidades
" a assim, qualquer acidente relativamente
Chamamos de Ó..Ll = lLtn - u), ó'u' =;= (u: - u') e S = pÓ.u~ para ' 6,:te,rlT!inaçã,) .i.••" tubo de bolha, pode ser reparado com
do Q, temos então: nó.terior'a.ius;te~ As retificações (ajustes! que o modelo '
Q ~ pL1u - p(L1u') ,
p .bolhas do círculo horizo ntal perpendiculares ao
Q ~ L1u - L1u'. àjIJst,~ser;L ll(:ito nos suportes dos tubos de bolha;
perpendicular ao eixo horizontal, o ajuste será
. !
(Observação: li" é a leitura final da est:ala e 1/ é a leitura inicia] da escala.)
perpendiculrlr ao eixo vertical, o ajuste será
._.. ''" ~'-- -wlPol'r~s do eixo horizo~ tal;
"""".,:-_ vista completamente coincidente com o eixo da luneta,
no central;


é feita "i
5. a ' ~ eixoifda bolha da luneta paralelo ;:\ linha de vista , a co rreção
supwtes desse ubo de bolha;
\
11 4 TOPOGRAFIA
Tt'odolito 115
6. 3 correção da pos iç.io do nônio no círcu lo vc rti cH I. o u part icu lar (8): cada um desses movimentos tem o parafuso principa l c () res-
A presença de tantas possibilidades de reti ficações faz co m que o aparelho pectivo pmafuso micrométri co. Poss ui a inda busso la cent ral (9). O movim ento
se to rne menos delicad o, isto é, menos vu lncrúve l li <lcidenles irrep,-,ráveis. da lun eta no plano verti ca l é controlad o pe lo para fu so de elevação (10) com res-
pectivo parafuso micro métrico (11). A foca li zação da imagem é feita com O
(

rJ
pa ra fuso (12) e a fo ca li zação dos reticulos com O anel ( 13).
As leituras d os círculos horizontai s são obtidas através de nôn ios. O uso f

de nôni os para leitura de círculos hori zo ntais permite a acuidade tranqüila até
(
o minuto sexages imal ou dois centésimos d e grado. No enta nto muitos mode los
estã o co nstruídos para lei tu ra até 20 seg und os sexages imais, o que é um tanto
,
forçado. Em ge ra l d o is traços d o nô nio apresentam coincidência, deixando o
leitor em dú vida. Porém a leitura até o min uto é perfeit a. P a ra precisão superior
somente com os ou tros modelos. isto é, os teod olitos com lei tura ópti ca.
Como se pode notar, apes.ar da co in cidên cia de fin a lidad es, as caracte-
ríst icas de cada modelo são muito diferentes, tendo em vista a maior ou menor
acuidade de leit uras. A so fist icação de um modelo influi fortemente no custo
de cada um, havendo variação até de 500~~ no preço. Sob o ponto de vista de I
apli cação profiss io nal , cada modelo apresenta a su a ut il idade, pois cada vez
que não for necessária grande precisão podem se r aplica dos os aparelhos de )
men or custo. Quando a precisão for pri o ritá ria ex iste um a ga ma variada de mo-
delos de acuidade crescente, até chegar aos mais sofistica dos.
() teod olito de leitu ra ó ptica (Iin lw européia) representado na Fig. 15.2 é
um modelo TH-2 da fábrica Curl Zeiss-O berkochen, Alemanha O ciden la l.
!
Apesar das finalid ades serem as mesmas , pode-se ver que o aspecto desse flpa-
relho é completamente diferente do modelo anterior. Apresenta apenas 2 pa-
rafusos ca lantes (1) para centragem da bolha prin cipal (2). Esses parafusos têm
um passo bem m icro métrico e campo de ação mu ito restrito, por isso não se 1
consegue centrar a bo lha sem o auxílio do parafuso (3) que, qu and o so lto, per-
I
0------:~· mit e a centragem da bo lha circu lar (4). O parafuso (5) pe rmite a retirada da
parte superior d o aparelho para proceder reciprocidade com a lvo co loca do em I
out ro tripé e base es tacionada em o utra estaca. O teod o li to tem apenas um
0)r-- ---'- mo vimento em torn o do eixo vertica l contro lado pelos parafusos (6), se ndo
I
um para a fi xação e o o ut ro micro métrico; esse movimento é o particular, isto é, I
sempre que giramos O aparelho a leitun l do círculo h orizontal se altera. Para
se alterar a leitura do círculo horizon tal sem girar o aparelho, existe o parafuso
(7). O movimento da luneta é controlado pelos parafusos (8), gera l e mi cro-
métrico. A lei tura, ta nto do cí rculo horizon tal como do círcu lo vertical, tem,
Figura 15.1 Teodolito da linha americana. Marca: World . de procedência japo· nesse modelo, uma acuidade excepc ional. Os circulos graduados em grados
nesa (foto cedida pela Politécnica Paulista)
cent esimais permit em a leitura a té a quarta decimal, isto é, a té décimo-mi lés imo
de grad o, o u seja, divide a ci rcun fe rência em quatro mi lh ões de partes. Para
o teodo lit o de linha americana (Fig. 15. I) usa quatro parafusos ca lantes (1) isso, usa-se o parafuso do micrômetro óptico (9), que permite o ajuste das três
par ..! 1:1 operação de nive lame nto de dois tubos de bo lha (2) sobre o círculo ho· J
faixa s (10) que são visíveis pelo microscóp io (11). Quan do as três faix as ficam
rizo n tal; (3) tem leit ura através de nônio (4) em duas janelas colocadas opostas co ntínuas, a leitura p ode ser efetuada: 378,8506. O va lor 378,8 é lido no se tor
pelo diâm etro. P ossui outro tubo de bolha (5) preso à luneta por meio de suportes. (12) e o va lor 0,0506 é lido no setor (13). O parafuso (14) permite avistar a leit ura
O círculo vertica l (6) indica a leitura zero quando a luneta está horizo ntal. isto do círculo horizontal sem a visão do círculo ver tical ou o contrário , quando
é, quando seu tubo de bo lha está ce ntrad o. Tem do is moviment os em torno do acionado para o utra posição. O espelho (1 5) tem movimento gi ratório e de
eixo vert ica l, ou seja, o movimento gera l ou inferior (7) e o movimento superior abertura para int rod uzir a luz so lar (ou d e lan terna, à noite) no interior do apa-
116
TOPOGRAFIA Teodolito 117
CAMPO
relh_o, O que permite as leituras dos círculos através do microscópio (11). Temos
ainda o focalizador dos retículos (16) e ú focalizador da imagem (17). A alça (18)
',-permite o transporte da parte superior do teodolito para mudança de tripé.
(
As denominações trânsito, teodolito e taqueõmetro são aplicadas com
r ~ alguma confusão, porém dependem apenas de algumas características do apa-
relho. Os dois modelos descritos são realmente e genuinamente teodolitos. O
~
trânsito é um aparelho que somente mede os ângulos horizontais, por isso não
f possuem círculo vertical, bolha da luneta e os dois retículos taqueométricos,
': tendo apenas o retículo vertical e o horizontal central. Tais aparelhos não são
1u. mais fabrícados atualmente, pois, com a introdução dessas três partes, o apa-

~ relho torna-se, mais completo, podendo fazer a taqueometria ' que será descrita
em capítulo posterior (Cap. 20). A taqueometria permite o cálculo de distâncias '
, horizontais e verticais entre dois pontos. Quando essa parte do aparelho apre-
.. senta muita sofisticação o aparelho é chamado de taqueômetro, já que foi dado
um grande destaque para o setor de taqueometria. No Capo '20 falaremos dos"
, tagueômetros auto-redutores, que nunca são chamados de teo'dolitos justamente
~ porque sua função principal é fazer taqueometria, no entanto, são também
. teodolitos. A correta escolha do aparelho para cada tipo de 'trabalho é muito
importante. Quando o trabalho não exige muita precisão, o emprego de apa-
<'-": relhqs sofisticados constituem, além de um risco inútil de qut;:bra, um desgaste
, desnecessário do instrumento. Quando, ao contrário, o trabalho exigir alta -
precisão e é empregado um aparelho de menor capaCidade, todo o serviço está
~ condenado, e constituiu simples perda de tempo, trabalho e custo, a tentativa

0!----C-- Fit'I-- de execução.

\
Fi~ura 15.2 Teodolito de leitura óptica (linha européia) Marca: Zeiss, da Carl :'l
.... A
Zetss-Oberkochen, Modelo TH-2, Alemanha Ocidental .
, .. ~ •
:';

Mé todo s de med ição d e ãn gu10s 119

Observação. A leitura do círculo horizontal será diferente, dependendo do


aparelho: com nônio, com estima direta, com circulo duplo, com micrômetro
6ptico ou mecânico etc.
É sempre bom que se verifiquem os valores obtidos. Adotar um valor obtido
por uma observação isolada constitui um risco. Se desejamos verificar o ângulo
capítulo 16 medido, podemos fazer pela medida do dobro deste ângulo. Vejamos como
proceder.
Métodos de medição de ângulos
11. Abrir o parafuso do movimento geral, girar o aparelho até a visada a
ré, fixando novamente este mesmo parafuso quando a visada estiver quase boa;
a seguir, com o parafuso micro métrico do movimento geral, fazer com que
a visada fique perfeita; se tivermos alguma dúvida a respeito do rumo a ré, este
Quando aplicamos o teodolito na obtenção de ângulos, podemos optar será o momento de verificar, pois a ponta norte da agulha estará registrando
por diferentes métod os. Entre eles, serão destacados os dois mais empregados. o rumo ré.
ou s eja, o método direLO e o método pOI' deflexões. 12. Abrir o parafuso do movimento particular, girar o aparelho para vante,
fixar novamente o mesmo parafuso quando a visada estiver pr6xima e terminar
MÉTODO DIRETO de acertá-la com o parafuso micro métrico do movimento particular. Ler o
ângulo dobrado no círculo horizontal e, se desejar. reler o rumo vante na ponta
Seqüência de operação norte da agulha.
1. Estacionar o aparelho sobre a estaca, de forma que o prumo esteja sobre A verificação é: o va lor lido na primeira vez, multiplicado por 2, deverá re-
o cen tro da estaca; em virtude da precisão do ângulo a ser medido, a coincidência sultar igual ao valor lido na segunda vez. A razão é evidente. Quando percor-
do p rumo com o centro da estaca, onde deve ser cravado um pequeno prego, remos na primeira vez o ângulo, partindo de zero na primeira visada a ré, O
deve ser perfeita. valor lido ao se completar a primeira visada a vante será o valor do ângulo,
digamos 60 0 ; ao voltarmos a ré, com o movimento geral aberto, esta ieitura
2. Nivelar a bolha do círculo horizontal (ou as bolhas) em duas direções
não se altera e, portanto, na visada a ré pela segunda vez, teremos registrado
perpendiculares entre si, de preferência nas direções de dois parafusos calantes
no círculo o valor de um ângulo (60°); quando percorremos o ângu lo pela se-
opostos (em caso de aparelhos com 4 parafusos calantes).
gunda vez, um novo valor de 600 se acumula ao primeiro, resultando 120°, por-
3. Soltar os parafusos de aperto dos dois movimentos, geral e particular. tanto o dobro da primeira leitura. É um bom meio de verificação,
4. Acertar, aproximadamente, o zero do nônio com o zero do círculo, fe- A diferença máxima aceitável entre o dobro do ângulo simples e o ângulo
chando os parafusos de aperto do movimento particular. dobrado deve ser a mínima fração de leitura que o aparelho permitir; por exem-
5. Acertar, exatamente, zero com zero, usando o parafuso micrométrico plo: no aparelho nacional "DF Vasconcellos" a leitura vai até um minuto, por-
do movimento particular (o movimento geral permanece aberto). tanto, se o ângulo simples resultou 108' 23' e o dobrado 216' 47', podemos
aceitar pois a' diferença é de um minuto. Tal tolerância é natural porque o valor
6. Girar o aparelho, procurando a visada a ré e, quando a visada estiver real do ângulo simples poderia ser 108 0 23',5, leitura esta impossível, uma vez
quase boa, fechar o parafuso de aperto do movimento geral.
q1Je o aparelho não fornece meio minuto e o dobro daria 216 0 47'.
7. Completar a perfeição da visada usando o parafuso micrométrico do
movimento geral.
Anotação de caderneta para medição de ângulo pelo método direto, verificado
8. Se o aparelho tiver bússola central (com a agu lha solta), ler na ponta pelo dobro.
nort e, o rumo ré.
A tabela de anotação para caderneta (Tab. 16.1) contém dados preenchidos
9. Abrir o movimento particular e girar o aparelho até a visada avante
que servem como exemplo.
(em qualquer dos sentidos, horário ou anti-horário). Quando a visada estiver
quase boa, apertar o parafuso do movimento particular e com o respectivo
micro métrico completar a perfeição da visada. Explicação das colunas e seu uso
10. Lei' o ângu lo horizontal simples, no circulo. e o rumo vante na ponta Na coluna (1) estão anotados os números das estacas onde se encontra
norte da agulha imantada. estacionado o instrumento.
I
120 •
TOPOGRAFIA Meroúos de m~diçio de ângulos 121 •
~ .
Tabela 16.1 Na coluna (2) anotamos os pontos (estacas) visados a ré e a vante. Por
(I) (2) (3)
esta razão, no ponto 4 logicamente a visada a ré é para 3 e a visada a van te é
(4) (5) (6) (7) para 5, .
(
Ponto Rumo Angu lo à direita Existem duas colunas para rumos, (]) e (4), Na coluna (3) anotamos os
Estaca Compri.
visado rumos lidos na extremidade norte da agu lha imantada. A coluna (4) destina-se
Lido Calculado Simples Dobrado mento (m)
aos rumos ca lculados, que são obtidos a partir do rumo ca lculado da linha
4 3 ,lnterior e o ângulo simples na estaca; o primeiro rumo calc ulado é simplesmente
5 S 15' 00' E S 15'00' E 215' 10' 70' 19' 102,15
adotado '(S 15° €lO' E) já que não ex iste o anterior. Os esquemas exp licam o
5 4 N 14' 30' W cálculo los rumos,
6 S 10'00' E S 10' 38' E 184' 22' 8(144'
~ A colun a (5) é usada para anotar os ângulos simples (no caso do exemplo,
40,08
6 5
. são ângulos à direi ta) e a coluna (6) para os ângulos dobrados. isto é, aqueles
N 10' 30' W
7 S 62' 30' E lidos na segunda vez, quando se acham acumulados dois âng" los.
S 62' 50' E 127' 48' 255' 35' 72,72 o Desta forma são feitas duas verificações: uma grosseira (entre o rumo lid o
7 6 N 62'00' W
J e o calculado da mesma linha), o ut ra apurada (entre o ângu lo simples e o do~
8 S 10'00' W S 9' 11' W 252' OI " 144'01' 12 1,90 brado). Como já 'dissemos, não devemos aceitar medidas que contenham dife-
f 8 7 N 9' 30' E regça maior c;lo que a mínima leitura possível no círculo horizontal ent re os
l 9 S32'00' E S32'16'E
\ 138' 33' 277'07' 48,26 P1tgulo imples vezes dóis e o ângulo dobrado. No exemplo, vemos que na
·CSl"C<;1 5 a veriricação é perreita, pois
( N
184 22 (184' 22') X 2 = ]68' 44' = 8'44' .

~t w E
- 15 00
169 22
S 10' 38 E
a diferença é de 1 min (;Jceitável), pois
I min).
4 127' 48' o e 8/" 'as diferenças também são de 1 min, portanto acei-
- 10 38' .DrI,cj"a"· do aparelho é de 1 min, como podemos ver pelas leituras.
? 117 10'
S 62' 50' E
surge,' uma pergunta mLtura l : se temos uma verificação tão
é .a co"!paração entre os ângulos simples e dobrado, porque usar
( grosseira entre o turno lid o e calculado?
( Realmente, nesta última comparação, admitimos diferenças bem maiores

5
.~,
N ~
um sex<lgesimal). A resposta· poderá ser dada com um exemplo. fma-
g::t~~a;(:l u:I a leitura do círculo horizontal seja a da, Fig. 16.3. A figura tenta ..".
gravação 110 círculo horizonta l graduado de meio em meio grau.
N
ângulo simples apo nta a leitura 3r 30'; porém. se não prestM
leitor pQderia interpretar 42° 30' , lendo no sen tido anti-horário
252 Ol' no sentido horá rio que é o co rreto. Poderíamos dizer que
- 62 50 facilmente descoberto quando fizéssemos a leitura do ângulo
Figura 16.1
Icf3S'
; 189' 11 ' ,dc.brad" :'llorém influenciados pelo cálculo mental do dobro de 42" 30' = 85" 00' ,
S 9' 11 ' W DoderíamllS ser levados a ler também no sentido anti-horário e considerar aS
/~
~,
p
138'33' como boas: O erro cometido seria de 5°, ou seja, 42° 30' - 37" 30' = 511 •
~. + 9' 11' : .. Qü1'fndo fôssemos procurar o rumo calculado da linha a vante iríamos
8
6 147' 44' obler um va lor com 5° de erro. Ora, a bússola, mesmo dando valo res impre-
S 32'16' E cisos, não iria chegar a tanto c, então verificando a diferença de 50 entre o rum o
lido e o t.a lcu lftdo . seríamos a lertados e. fazendo nova verificação, pnssivclmente
ti descobriríamos o enga no cometido. É evidente que essa verificação é útil, porém
61:t::J • não indispensá vel c po rtant o não é reita nos aparelhos sem bússola e sem dCl.: li-
Figura 16 .2 natória . ,.
122 TOPOGRAFIA
Mérodo s de medição de ângulos 1 23
POSICÃO DO ZERO DO NÔN IO POSiÇÃO DO ZERO 00 NÕNIO
NO ÂNGULO DOBRADO 6. G irar o apare lh o, procurand o a visada" ré , fcclw ndo o parafu so de
NO ANGULO SIMPLES
aperto do movimento gera l qUl:lndo est,l es tiver qu,lse boa.
oY-> c.,. O
7. Tornar exata a visada a ré usando o pmafuso micro métrico do mo-
vimento genll.
8. Inverter a lun eta. isto é, fazê-la girar cerca de 180" em torno do eiXo
Figura 16 .3 horizo ntal (es taremos pro long;mdo a visa da a ré).

A coluna (7) se des tina à anotação dos compr imentos d as linhas que po- 9. Abrir o pilfé1fuso de aper to do movimento particul a r e levar a linh a de
derão ser medidos Com d iastímctros (trena de aço, corre nte d e ag rimenso r, etc.) visw PH('(l a ViS,l d,l :1 van le; q ua ndo estive r quase boa, fec ha r o mov imento
ou por outro q ua lq uer método (taqueometria, sublellse bar, etc.). Neste último pllr ticu l:ll'.
caso , a co lu na (7) deverá ser su bdividida em d iversas outras que serão est udadas 10. Com o para fu so micromélrico, do movimento par ticu la r. acertar cOI.n
em c~pÍ tulo s posteriores. exatidão a visada avan te.

Mé.TODO DAS DEFLEXOES 11. No nó ni o A efetuar a leitura da deflexão simples (obse rvar que nô nio °
A , neste mo mento , está no lado da objetiva pois a lu neta está in ve rtida).
O método de medição de â ngulo por d enexão poderá se r executado com
invel"são ou sem inve,.são de luneta. AlJotarão de caderneta para metlição de ângulo pelo método das deflexões
C hama-se deflexào o â ngulo que a linha a vante fa z com O prolon gament o ve"({icadas pelas d~{lexões dobradas.
da lin ha a ré medido a partir desta para a direita ou à esquerda. A defl exão da
Fig. 16..:l é uma deflexào à direita. A dc flexào na estaca 3 é de 23° 14' à direit a. Na anotação de cad ern eta (Tab. 16 .2) aproveitamos para exemplificar co m
números.
..... ___ ___ .!~O~ON~~~!?,E.E 2~3
2 _ _ _ _ _ _ _ _--.::3"'

DEFLEXA . Tabe la 16.2


23"'4' o A DIREITA
Figura 16 .4
(I ) (2) (3) (4) (S) (6) (7)

A f ig. 16.5 mostra uma de flexão de 151'152' à esque rda.


• ~ o o
Rumo Deflexão simples Deflexão Compri~

• -"O
c. à à dobrada mento (rn)
lO .fi &. .~ Lid o Ca lculado
direita esquerda
12
1\
DEFlEXÃO h ESQUERDA 10 9
Figura 16 .5 - ----_ 15"52 '
PRO,r:7- li N 72'00' W N 72"00' W 5° 45' 1I ° 30' 7S,23
'-VIvGAMENrõ - - -
DE 10_ "
1i 10 S71 " 30'E
Seqüêl1cia de operação 12 S74'OO' W S73"48' W 34° 12' 68' IS' 181,OS
1. Esttlcionar o apare lho so bre H estaca de fo rma que o prumo fique sobre 12 1i N74'OO'E
o cent ro da estaca. 13 S 2'OO'W S I' 2S' W 72° 23' 144° 46' 28,13
2. Nivelar a bolha (o u bolhas) do círcu lo horizo ntal em duas direções 13 12 N 1'30' E
perpendiculares entre si, de preferência nas direções de dois parafusos ca lantes 14 SIO'OO'W SIO' 16' W 8" 51' 17'42' 8S,44
opostos.
14 13 N lO' 30' E
3. Soltar os parafusos d e aperto tanto d o movimento ge ral como do mo~ IS S33'OO'E S33'48' E 44 ° 04' 88' 07' 102,9 1
vime nto particuhu.
IS 14 N33 '30' W
4. Acertar aproximadamente o zero do nónio com o zero do círculo hori- 16 S44'OO'E S44' OI ' E !O" 13' 20" 2S' 115,42
zontal e fechar o parafuso de aperto do movimento pa rticular.
16 15 N44'OO'W
5. Colocar exatamente zero com zero com o parafuso micro métrico do 17 S4 1'OO'E S4 1'43' E 2' 18' 4° 36' 63,10
movimento particular. O movimento geral permanecerá aberto.
124
TOPOGRAFIA Métodos de medIção de ângulos 125
Na co luna (1) são anotadas as estacas onde está estacionado o teodolito'
na coluna (2), as estacas visadas a ré e a vaDte (logicamente de 10 para 9 éfê Como no primeiro cálculo o rumo de 10-11 é N72°00' W; somando-se
34' 12' temos 106' 12' passando, portanto, para o quadrante SW e devemos
e de 10 para 11 é vante), Na coluna (3) são anotados os rumos lidos na agulha
Imantada. Na coluna (4) são colocados os rumos após serem calculados con- calcular o suplemento 180' - 106 12' = 73' 48',
forme exemplo que será feito a seguir. Na coluna (5) são anotadas as denexôes Os iniciantes deverão acompanhar os cálculos com esquemas (Fig. 16 .7).
que, como vimos, podem ser à direita ou à esquerda. Na coluna (6) são regis-
tra~as as de~ex?e~ dobradas, e não há necessidade de separação, pois quando
N

a slmpl,es é a direita, dobrada também é; geralmente tolera-se uma diferença


de 1, m,muto entre duas vezes a denexão simples ao comparar cOm a dobrada. --" ''o.,,~ ..
Na ultIma coluna (7) anotam-se os comprimentos das linhas) geralmente me~ w--7'f'::::--
..... .. 11
N
didos COm a trena.
Agora, partindo
n
do rumo lido inicial da linha 1O~ 11 assumido como cal-
culado N 72 00' W, iremos calcular os rumos das linhas seguintes usando as w-----"'t - - -
deflexões simples:

10-11 N 72' 00' W (à esquerda)


+ 34° 12' (ã esquerda) Figura 16 .7 s
106' 12'
180' -106' 11' = 7J'48' Como se vê na Tab. 16.2, a denexão simples foi verificada pela deflcxão
11-12 S 7J'48' W (à direita) dobrada, Como atuar?
72'2J' (ã esquerda) ·'Ao terminar a operação n.O 11, verifica~se que a luneta está invertida; então:
12-13 S 1'25' W (à direita) 12. Abrir o parafuso de aperto do movimento geral e levar a linha de vista
+ 8° 51' (à direita) para ~ visada a ré, conservando a luneta invertida; quando estiver quase boa,
IJ-14 S lO' 16' W (ã direita) fechar o movimento geral.
44°04' (â esquerda) _ 13. Com o parafuso micrpmétrico do movimento geral, acertar" com exa-
(4-15 S JJ'48' E (à esquerda) tidão, a visada a ré.
+ - -lO',13'
- - - (à esquer2a) 14. Endireitar a luneta, fazendo~a girar em torno do eixo horizontal, pro-
15-16 S 44"01 ' E (à esquerda) longando novamente a linha a ré. Agora a lu neta ficou direta outra vez.
2' 18' (à direita) I S. Abrir o parafuso de aperto do movimento particular e levar a linha de
16-17 S 41 ' 4J' E vista para a visada a vante, fechando esse movimento quando a visada eslíver
elc. qúase boa. k- ,

16'-"'Com o parafuso micrométrico do movimento particular, tornar exata


Quando os ângulos forem medidos pelo método das denexões O'~~~~~~:1~hlit:~,~;~~.; a visada a ré, '
dos rumos fica mais fácil, aplicando-se a regra prática: quando.4l'umo'e d 17. Novamente, no nõnio A, efetuar a leitura da denexâo dobrada, ob,scr-
são d? mesmo sentido, isto é, direitá-direitu ou esquerda~esquerda, vando que, agora, o nõnio A se encontra novamente no lado da ocula r, pois
os dOIS va lore.s : .quando forem de sentidos contrários, isto é, direita-esquerda a luneta está direta.
ou esquerda~dlrelta. subtrai-se o menor do maior. Para identificar as letras dos 18. A leitura dos rumos ré deve ser efetuada na primeira vez que visamos
rumos bastará olhar para os quadrantes (Fig. 16.6): a ré, pois, na segunda vez, a lu neta estará invertida, e haverá troca das letras
dos rumos.
N
19. A leitura dos rumos vante deve ser efetuada na segunda vez que visa-
mos a vante. pois. na primeira vez. a luncl:1 estará invertida, e haverá troca •
das letras dos rUIllLb.
Figura 16.6 W---t-----E

1
R lJ tif;clJções de trônsito 127

3.:\ eix o hori zonta l, em torn o do qual gira a luneta (E.H .) ;


(
4.11 linha de vista , que inicia no orifício da ocular, atrav essa o cruzamento
dos doi s retículos e sai pelo centro óptico da objetiva (L. V. ). (

capitulo 17 f

(
Retificações de trânsito (
(

Figura 17 .1
Generalidades
Retificação não é um simples concerto do aparelho. Quando um parafuso
qualquer tem a sua rosca espanada e é substituído por outro, isto é concerto;
quan do um tubo de bolha se parte e é trocado por outro, isto é concerto; porém
este novo tubo não tem as mesmas características do anterior e necessita ser )
ajustado para funcionar bem e preencher sua finalidade, e isto agora não é con-
certo, mas, retificação. Para retificar um instrumento precisamos conhecer o I
seu funcionamento e seus fundamentos teóricos. Retificar é alterar posições de )
seus eixos ou linhas fundamentais, tais como eixo vertical, eixo horizontal,
eixo da bolha, linha de vista, etc. A condição para que um trânsito esteja retificado, isto é, ob ;enha ângulos
Deve um profissional aprender a retificar um instrumento, uma vez que horizontais corretos, é que as quatro linhas teóricas fundamentais sejam per·
existem oficinas especializadas para fazê-lo? Nos grandes centros urbanos, de pendiculares entre si, naturalmente duas a duas, ou seja:
fato, existem tais oficinas, porém não nos núcleos menores. Como também as
1. a retificação, tornar o eixo da bolha perpendicular ao eixo vertical;
desretificações podem surgir no momento do trabalho, na operação de campo,
não será conveniente interromper o trabalho para levarmos o aparelho até uma
oficina distante, quando se poderia retificar um trânsito, completamente, em
2.a retificação, tornar a linha de vista perpendicular ao eixo horizontal;
3. 11 retificação, tornar o eixo horizontal perpendicular ao eixo vertical. II
30 min (quem tem prática). Por outro lado, o conhecimento das retificações Após a obtenção destas 3 condições, tranqüilamente poderemos ter os ângulos
leva o profissional a dominar o aparelho, adquirindo segurança diante de qual- horizontais medidos corretamente. I
quer falha deste. Muitas vezes, é possível usar o aparelho desretificado sem
cometer erro, se soubermos como fazê-lo. RETIFICAÇOES
Estudaremos as retificações em etapas bem definidas:
1.11 retificação de trânsito
a) objetivo;
b) verificação do aparelho; a) Objetivo: tornar o eixo da bolha perpendicular ao eixo vertical.
c) análise gráfica do problema; b) Verificação do aparelho: mesmo nos aparelhos que tenham dois tubos
d) correção; de bolha sobre o círculo horizontal, devemos cuidar de um de cada vez.
e) vários. Nivela-se o instrumento e a seguir dá-se um giro de cerca de 180 0 em torno
do eixo vertical. Se a bolha em questão sair de centro, é sinal de que está des-
Linhas teóricas fundamentais do trânsito retificada, devendo ser corrigida.
c) Análise gráfica: a Fig. 17.2 indica, esquematicamente, o aparelho com
São quatro (Fig. 17.1): a bolha centrada, estando esta porém, com os suportes a e b em alturas dife-
1.- eixo vertical, em torno do qual gira todo o instrumento (E. Y.); rentes. Os suportes a e b do tubo de bolha, estando em comprimentos diferentes,
2.- eixo da bolha, linha imaginária que fica horizontal quando a bolha são os responsáveis peja falta de perpendicularidade entre o eixo da bolha e o
está centrada (E.B.); eixo vertical.
128 129
TOPOGRAFIA RetíficBçÕfU dB trânsito

BOLHA CENTRADA seja, fazemos com que a bolha volte metade da distância que saiu do centro ao
E=~/qR~~.É.!x~OA.aOLHA IE.S.! girar 180 0 em torno do eixo vertical, porém. em vez de fazê-lo com os parafusos
de retificação da bolha, fazemos com os parafusos calantes.

'-""CíRCUlO
HORtZONTAL
e
__J._'-_Tlr--'-_ _ _ _ _~ crR cuLO HORIZONTAL

Figura 17.2

A Fig. 17.J indica o aparelho depois do giro de cerca de 180'. Os suportes Figura 17.4
a e b trocam de lado e já que se mantém a mesma inclinação no círculo bari.
zantal, a bolha sairá de centro. Naturalmente, se estivermos utilizando um só tubo de bolha para nivelar
o aparelho, devemos nivelar também a mesma bolha na direção perpendicular
à anterior e, ao fazê-lo, não poremos a bolha no centro, porém, com o afasta-
mento que sabemos, teremos o eixo vertical realmente vertical. Nas estacas
Figura 17.3
. seguintes, ao estacionar e nivelar o aparelho, também já acertaremos a b~lha
na posição que sabemos que nos dará o eixo vertical, verdadeira~ente vert~cal.
Nos aparelhos que possuem dois tubos de bolha sobre o cICculo vertical,
o procedimento com a segunda bolha será idêntico ao da primeira.
CiRCULO HOR1Z0NTAL
. 2. 1 retificação de trânsito
( (
a) Objetivo: tornar a linha de vista perpendicular ao eixo horizo~ta1.
( " O erro r~al ~ o ~ngulo ~, porém na Fig. 17.3 vemos que o erro aparen~e é: b) Verificação do aparelho: visamos um ponto A qualquer, bem ~Istante,
o angulo 2e (mchnaçao do eixo da bolha que provoca o afastamento da bolha fazendo pontaria com o cruzamento do retículo vertical e do reticulo honzont~l;
(. do centro). fo
invertemos a luneta, fazendo com o retículo vertical uma leitura numa mICa
r Conclusão: O erro aparente é o dobro do erro real. . ~ colocada, horizontalmente, a uma distância de 30 a 60 m do aparelho (cha-
d) Correção: já que o erro aparente é o dobro do real, vamos corrig{r apenas · mamos esta leitura de I ); giramos o aparelho em torno do eixo vertical visando
a sua metade; faremos com que a bolha volte metade da distância que fugiu i novamente o ponto A,' porém, agora, com a luneta inve~tida. Endireitamos a
do centro, usando para isso os parafusos retificadores que se encontram nas luneta, fazendo nova leitura na mira (chamamos esta leItura de 12 ); se 12 for
extremidades do tubo de bolha. diferente de 11 • o aparelho está desretificado.
e) Vários: . c) Análise gráfica.
11
1. pergunta. Qual a consequencia de usarmos o aparelho desretificado? Quando uma retã é perpendicular à outra que serve de eixo, ao girar em
Resposta. A Fig. 17.2 mostra que quando se centra a bolha (tstindoi \:la torno desse eixQ, descreve um plano perpendicular a esse eixo; qualqu~r outra
desretIflcada) o círculo horizontal fica inclinado, portanto não serão medidos reta não perPendicular ao eixo descreve um cone. Por esse motivo, e desmem-
os ângulos horizontais, e sim os ângulos inclinados, errados e maiores do que brando a Fig. 17.5, vemos na Fig. 17.6 (repito que a Fig. 17.6 é uma parte da
os horizontais. Fig. 17.5) que, enquanto a linha de vista (linha contínua) visa para o ponto A,
1l
2. perguflta. l! possível usarmos o aparelho desretificado sem Cometer erro? a normal (N 1 I linha tracejada) está naturalmente perpendicular ao eixo h~f1-
. Resposta. Sim, desde que se faça a bolha voltar metade da distância que zontal- ao invertermos a luneta, esta linha tracejada (perpendicular ao eixo
rugIu do centro (partindo da Fig. 17.3) Com os parafusos colantes. A Eig. 17.4 horizo~tal) se prolonga como uma linha reta, enquanto que a linha de vista
mostra como ficará o instrumento. rorma uma linha quebrada, produzindo a leitura lI' na mira (Fig. 17.6). Em
Ao corrigir metade do ângulo 2e, estaremos anulando o erro e entre o seguida, quando giramos o aparelho em torno do eixo vertical, natural~ente
círculo horizontal e o plano horizontal. A bolha ficará fora de centro por erro mantendo a luneta invertida, a linha de vista incidindo sobre o ponto A deixará
del~ mesmo. Ora, desde que o círculo esteja horizontal, os ângulos medidos agora a linha normal (N 2 ) do lado oposto ao ponto A , lado em que estava na
serao corretos. Portanto, ra zemos uma operação semelhante à retificação, ou primeira visada.
130
'I TOPOGRAFIA Retificações de trânsito

posição dos retícu los) e co nslil uem um par lateral. is to é, um à d ireita c oul ro
131

,, ,, à esq uerda do eixo da luneta (Fig. 17.8).


"
""
-~----=':':::-==","::1'f..'",-õ:'
--~ -------\-~P~~~LHO--------N2--
--- -~ - - - 2:,- 4e
Figura 17.5
~_ _ _ ANEL M ETÁUCO ONDE SE COLA
A CHAPA DE V I DROINo cha pa
N,
--- de vidro acham· se gravadas os

.9àD~
retículos) .
,, ,, CD ®
E PAR DE PARAFUSOS
RETIFICADORES 00 RETíCULO
MIRA VERTICAL .

® E @) PAR DE PARAFUSOS
RETIFICADORES 00 RETlcULO
Figura 17.8 HORIZONTAL MEDIO.

Figura 17.6
e) Vário s:

,
EIXO HORIZONTAL
L' pergunta. Que acontecerá se lIsarmos o aparelho desretificado, inver-
tendo-se a luneta?
Resposta. A linha de vista não se prolongará como uma reta, mas pro-
A Fig. 17.7 é a seg unda parte do desmembramento da Fig. 17.5. duzirá um desvi o 2e com o prolongamento correto; portanto, ao tentarmos
medir um ângulo pelo método da deOexão. com inversão da luneta. a deflexão
,
'.' '"
H2
sairã com erro de ± 2e (Fig. 17.9).

O
7
, o.
I
ERR~OO
--- ' Figura 17.9 d'
._
B'
PR()LONG
AMENTO

, I -- -----_
---
Figura 17.7
5 ____________ ~~ 2'
- _ PROLONGAMENTO cORRETO
~o,.;:--.i.._<"
: G 8 OE 5-6

A Fig. 17.9 mostra que ao tentar prolongar 5-6 cairemos em B ' em vez
de B, e acabaremos medindo d' em lugar de d; d' = d - 2e; portanto a deflexão
5-6-7 resu ltará com erro de 2e.
Quando giramos novamente a luneta em torno do eixo horizontal, endi~ Se, no entanto, repetirmos a operação voltando à ré, sem endireitar a luneta,
reitando-a tiá que se encontrava invertida), a linha normal N 2 prolonga-se portanto girando em torno do eixo vertical e ainda mantendo o valor d' re-
como uma reta, enquanto que a linha de vista faz uma linha quebrada, pas- gistrado no círculo horizontal e, agora sim, endireitando a luneta e medindo
sando de A para /2· Completa-se assim a explicação da Fig. 17.5. Nela vemos mais uma vez a deflexão, encontraremos um valor D = d' + d", onde (Fig. 17.10):
que a distância entre 12 e 11 representa quatro vezes o erro rea l, já que este é e,
e a dis tância ll-ll é 4e. d=-,
D d' + d"
po rque d = --
2- ;
d) Correção: utilizando os parafusos retificadores do reticulo vertical, des- 2
locamos a leitura de 12 para. lJ tal que: d = d' + 2e
/2 - I, d = d" - 2e
lJ = 12 - -- , 2d = d' + d" = D (deflexão dobrada);
4
ou seja, I) es tará na quarta parte da distância de ' 2 para / 1 ; os parafusos que B' é o ponto atingido pela linha de vista na primei ra inversão da luneta,
deslocam o r~tfculo vertical estão colocados na luneta (próximo da ocular, na isto é, passando de direla para invertida;
132
TOPOGRAFIA RetlficsçõOII de trânsito 133

7 que já está perpend icular ao eixo horizontal (2,- retificação) descreverá um plano
perpendicular a esse eixo; portanto, estando o eixo horizontal inclinado, a
5 - - - - - -________ ~
linha de vista descerá inclinada do ponto A para a leitura 11 (Fig. 17.14). O suporte
6
maior 11 se encontra à direita do aparelho. Quando visarmos, pela segunda
vez o pont o A, porém agora com a luneta di reta, devemos girar o aparelho de
Figura 17.10 180°, em torno do eixo vertical, o que colocará o suporte fI (ma ior) à esquerda
U
do aparelho; por esta razão, quando a linha de vista descer do po nto A até a
B é o ponto atingido pela linha de vista na segunda inversão da luneta,
quand o passa de invertida para direta. mira, a inclinação será para a esquerda, atingindo a leitura '2
(Fig. 17. 14). Já

2.' pe"gunta. epossível usar o aparelho desre tificado sem cometer erro?
.
que o erro é igual a ambos os lados da vertical (e), o ponto certo se rá 13 =
I I
1; 1.
Resposta. Sim, desde que empreguemos processo que não envolva inversão
PONTO A
de luneta, pois só quando a invertemos é que o erro aparece. Se medirmos dire- .,
tamente, o ângu lo horizontal sairá correto.
3.' pergunta. t possível prolongar uma linha utilizando inversão da luneta
sem cometer erro?
Resposta. Sim, desde que se repita a operação, sendo que, d~' primeira vez,
passemos de luneta direta para invertida, marcando 0 ponto B' e da segunda
vez, pa~se mos de luneta invertida para direta ma rca ndo o ponto B". O ponto"
8, média de 8 ' e 8 " é o prolongamento correio de AO (Fig. 17.11). 8 é o ponto
médio entre B' e B". .

A ________ -=~ __ ~

Figura 17.11 A

(
I 3." retificação de trânsito
LUNETA
~ EIXO HORIZONTAL
,L
I CAM INHO OA LINHA Il \ CAM INHO DA LINHA
a) Objetivo: tornar o eixo hori~ontal perpendicular ao, eixo vertical. DE VISTA OUANDO " I i\ DE VISTA QUANDO
b) Verificação do aparelho: miramos um ponto A, distante e elevado com A LUNETA SE l \ A LUNETA SE

a luneta invertida [para que o ponto A seja distante e elevado, deve ser um ~onto I ENCON TRA DIRETA, 1f \ ENCONTRA INVERTlOA
SUPORTE I I SUPORTE 11
~STO É, SUPORTE 1 I i !STO t, SUPORTE II
qualquer de um edifício (por .esta razão não é fácil fazermQs esta 'verificação ImfMrl
'-"
li ...,
Imalcr)
A DIREITA I \ ~ A DIRE ITA .
no campo)]; a pontaria deve ser feita com o cruzamento doa reticulos v.,rl1c:al i ---z.....1 jl ..r-'
( e horizontal; a seguir, baixamos a visada até a horizontal o~e áé\êmos
'I ' c{RCÓLO ~JRlloNTAL I ~: \ 'I + I,
com o ,retículo verticàl, uma leiturá numa mira co rocadà'" hor~ontalmente, I ~, J " '-2-
==~r=='=f
'2 r,l ='=lF==<
se posslvel na mesma cola do aparelho (Fig. 17.12). Em seguida repetimos a i
operação, poré m co m a luneta direta, isto é, visamos o ponto A e, baixando a I
EI)(O M'RA
linha de vista, atingimos a mira numa leitu ra 12 , Se 12 for diferente de 1 o eixo VERTICAL h
horizonta l não estará perpendicular ao eixo vertical, ou seja, o apar~JtlO está
desretific(ldo. Figura 17.13 Figura 17.14

c) Análise yrciJica: pela Fig. 17. 13. que representa o trâ nsito, pode~nos ver d) Corre(:ão: conduzimos a leitura de 12 para I;, utilizando um dos para-
que. quando o eixo horizontal não é perpendicular ao eixo vertical, a razão ê fusos micro métricos ou do movimento geral ou do movimento particular (enfim,
a diferença de altu ra dos supo rt es r e li do eixo horizo ntal. P or isto, quando o gir<tndo em torno do eixo vertical); até aqui, não retificamos nada , apenas pre-
a.parelho. está nivelado, o circulo horizo nta l fica horizontal (l.' retificação), o paramos; em seguida levanta mos a visada até a altura do ponto A, co ntudo
eixo vert ical fica vert ical e o eixo horizo ntal fica inclinado. Ora, a linha de vista sem a tin gi- la porque a visada subi rá paralelamente a 12 A, atingindo o ponto A' ,
RfHlficsções de tr,;nsiro 135
134 TOPOGRAFiA

ao lado de A (Fig. 17.15). Agora, sim, iremos fazer"l retificação; usando os pa- \- I
1\'
rafu sos retificadores do eixo horizontal (colocados em um dos se us extremos) I \\~
levaremos a linha de vista de A' para A. II \ \
RETICULO
A
~ ~J
A' I\I~ \
I rv (
VERTICAL
RETICULO If\ / I
I
\%
\"-
\~a
'-\v..
/ 1\ /
HORIZONTAL
1 '0.
I I
<tI \"1>' \~_
A 1:'1 lI< \
/ ! \/ ffil \~ \
Figura 17.15 >I ~ \ ÂNGULO MEDIDO
1 \r'l \ I ERRADO )
/ j :\

/ j 1\ --_.......... \_-1
L=-t--- \ t- _-=- ______
__ ---
--_. . . . . . ~ -;:::!:;-",.""
__o

/ !! \
-\,-~i~I\ÃN:~~:~:~:'
VlsAo NA LUNETA AO ATINGIR
A ALTURA DO PONTO A
/ i \
/, i, /, Figura 17.16 /

e} Vários:
La pergunta. Quando medimos um ângulo com o aparelho desretificado, 3. 1 pe"gunta. Por que as leituras 11 ' 12 e 13 devem ser sobre a mira colocada
o que poderá ocorrer? no plano do aparelho?
R esposta. Sempre que, para passar a visada ré para vante, for necessário Resposta. Porque só assim a distância 1213 será o erro verdadeiro. Caso
girar a luneta em torno do eixo horizontal, será introduzido um erro (positivo a mira seja colocada acima do plano do aparelho, a distância entre 12 e I) seria
ou negativo) no ângulo. Isto acontece porque, para medir um ângulo, dois serão menor do que o erro; se a mira estivesse abaixo do plano, a distância seria maior
os movimentos no trânsito: um em torno do eixo vertical - que é aquele G,..ue do que o erro (Figs. 17. 17 e 17.18).
mede o ângulo realmente; outro, da luneta em torno do eixo horizontal, para
visar para ré e para vante nas inclinações necessárias. Ora, se este último mo- A A"A A "ti .4 ,M
vimento não acontecer sobre um plano vertical, a linha de vista abandonará a
vertical, medindo um ângulo diferente do verdadeiro (Fig. 17. 16).
~ I• I•
1I1 I /
,,\ 1 I
I~I
11\
rr
I I
I I \ I J
JJ:, \1
d/ J l \1 I
2. pergunta. É possível medir ângulos sem erro com o aparelho retificado?
1 i I \ I
I : A: / II i1\VI
Resposta. Somente é possível numa hipótese teórica em que tanto visada I " \1
a ré como visada a vaDte possam ser efetuadas sem movimentar a luneta em
i "X I 11"
I\
/2i "V/3/V) 1
I :/
r I )
PLANO 00
torno do eixo horizontal. Outra hipótese seria medir o ângulo duas vezes: uma
com luneta direta, outra com luneta invertida ; a média aritmética dos dois
r
I
f 1/
I \
\
I MIRA

i
I
I I I
II
'\
\
\
APARELHO

va lores será a medida correta. Supondo que , ao medir o ângulo com a luneta I
J ::
Ii
\
\ II 'iI \I
direta, obtenhamos um va lor maior do que o verdadeiro, ao medir com a lu- I V \ PLANO 00 j , ~ I MIRA
APARELHO i, i,
neta invertida. o valor obtido será menor que o verdadeiro e com erro igual, i.
po rtan to a soma destes dois ângulos, fará desaparecer o erro. Figura 17.17 Figúra 17.18
1.° ângulo = a + erro
2.° ângulo = a - erro
Soma = 2«
Média =« (ângulo correto).
Altimtltritl·nivel8mento geométrico 137

nível arbitrária escolhendo-se, nesse caso, u.m valor inteiro qualquer, estip~­
lando-se que um determinado ponto pOSSUI, por exemplo, cota ou elevaçao
de 100 mo o 0t o
Ve'amos qual a teoria básica dos trabalhos de Olvelameo_to geome n:o.
capítulo r8 A JFigo 18.1 mostra a determinação da diferença de elevaçao (ou de dIfe-
rença de cota) entre 2 pontos A e B determinados por niv~lamento geo~étflco.
Altimetria-nivelamento geométrico Consiste em se fazer passar uma reta horizontal sobre os dOIS pontos medIndo-se
as distâncias verticais 11 e 12 entre a reta e os pontos A e B. O :,al?r. 12 -.1 1 ,re-
presenta a diferença de elevação entre os 2 pontos. Este é o pnnclplO te6nco
do nivelamento geométrico,
LINHA HORIZONTAL •
Neste capítulo, ao introduzirmos a altimetria, estudaremos o nivelamento
geométrico, seu princípio básico, o nível topográfico e as miras ou estádías.
Desde o início do livro, temos estudado apenas problemas que se referem
à planimetria, isto é, relacionados ao plano horizontal; temos sempre nos pI:eo~
cupado com ângulos e distâncias horizontais. Somente agora iniciaremos a
parte de altimetria, onde nosso objetivo é medir gra ndezas verticais, distâncias
e ângu los verticais.
Nas áreas que são objeto de levantamentos topográficos, de extensão rela- Figura 18.1 Teoria básica do nivelamento geométrico
tivamente pequena, podemos considerar a superfície como plana e não esférica.
Neste caso, um plano é chamado horizontal quando é perpendicular à vertical Vamos agora matenahzar a reta horizontal e as medidas vertlcais 11 e 12 ;
do lugar ; por sua vez, vertical do lugar é a linha que partindo do ponto em que A reta horizontal é a linha de vista dada pelo .nível t?p~gráflco, a.parelh? ate
nos encontramos liga-se ao centro da terra, linha esta representada Pelo fio certo ponto, semelhante ao trânsito, porém mUlto .mals slm~les pOIS destina-se
de prumo. O plano horizontal de referência para os trabalhos de nivelamento unicamente a nos fornecer uma linha de vista honzontal, nao se pr~ocupa~do
é o do oivel do mar, isto é, o plano horizontal local que guarda a mesma dis- com ângulos verticais e honzontais. A Fig" 18.2 mos.tra a fotografIa d~ ntv~l
tância do nível do mar ao centro da terra. O nivel do mar fica então sendo o GK-l da Fábrica KERNo Basicamente, o Dlvel pOSSUI um tubo de bolha cUJo
plano de referência para todos os trabalhos de altimetria, seja qual for o local eixo é paralelo à linha de vista, então, qUàndo centramos a bolha, a lmh~ de
ista estará horizontal. Em outro capítulo, abordaremos os dIferentes tipOS
~e aparelhos das diversas fábrIcas. Neste capítulo, basta saber que ele nos for-
da terra em que nos encontramos; ele servirá sempre como termo de comparação.
Podemos dizer que o Monte Everest, no Himalaya, é mais alto do que o Monte
Aconcágua, nos Andes, sem que tenha sido fcito um trabalho de nivelamento nece a linha de vista horizontal.
direto entre as duas elevações. O que já se fez, foi a determinação da diferença
de nível entre o Everest e o mar (no Oceano índico ou Pacífico) e entre o Acon-
cágua e o mar (no Oceano Pacifico). Já que os mart;S guardam sensivelmente
o mesmo nível, a diferença entre as diferenças nos dá o desnível entre as duas
cord ilheiras tão distantes uma da outra.
O nível do mar é conduzido para o interior dos continentes por trabalhos
de nivelamento de alta precisão, sendo então colocadas marcas de referência de
nível, em pontos previamente planejados, para que outros traba lhos se baseiem
neles. Este transporte do nível do mar, por ser traba lho de grande responsabi-
lidade. é"geralmente efetuado por entidades especializadas. Marcas de referência de
nível podem ser encontrados nas estações de estrada de ferro, nas praças centrais
das cidades, nos reservatórios de água para distribuição urbana, etc.
Sempre que necessitarmos nivelamentos que serão utilizados em projetos
de importância, eles devem se referir ao nível do mar, porém, quando efetuarmos
levantamento de interesse apenas particular, podemos fixar uma referência de
Figura 18,2 Nível GK - 1, da Fábrica Kern (de Aa(au-Suíça)
138 TOPOG RAFIA Altimetria·nivelamento geométrico
139

Os valores I L e 12 res ultam de leituras feitas sobre uma régua graduada


chamada MIRA (alguns chamam de "estádia"). A mira é uma peça com 4 m
de a ltura, graduada de ce ntímetro em centímetro, destin ada a se r lida at ravés da
luneta do aparelho, por tanto a grandes di stâncias. A distân cia mínima de visada •
é de cerca de 2 m e a máxima de cerca de 70 m (com precisão) o u de cerca de
100 m (sem precisão). Já que deve ser lida à gra nde d istância, a mira precisa ser
graduada de forma especial que permita a sua leitura mesmo que se possa ver
5
apenas uma pequena parcela do seu comprimento; por esta razão, a separação
de centímetro em centímetro, em lugar de ser feita com traços como numa escala
comum de desen ho, é feita com fai xas, uma branca e o utra preta, cada uma
delas com a larg ura de um centímetro; isto a umenta a visibilidade. A Fig. 18.3
E
u
c:::-- _....::.-1__-0'.
representa um pedaço de mira ; a graduação representada é apenas de um dos
di versos tipos enco ntrados no mercado ; ex istem muitos o utros. A leitura é
2
4
sempre feita com quatro algarismos que representam, da esquerda para a di·
reita: metro, decímetro, centimetro e milímetro ; o número de metros é lido Figura 18.3 Mira, tipo de graduação
através do número de círculos sobre os algarismos; o número de decímetros é o
pr6prio a lgarismo; o núme ro de centímetros é contado a partir de zero na pas· •
sagem de preto para branco mais sa li ente, e o número de milímetros é avaliado.
Voltando à Fig. 18.1, vemos que o princípio a li representado explica a
teoria do nivelamento geométrico, porém, aplicado para o con hecimento da
3
diferença de nível entre apenas do is pontos. Quando temos um número grande ~A'---~~~~_+-1lB (I. 265 1

I)
de pontos, distanciados entre si, apa rece a necessidade de metodizar o pro-
cesso de forma a tornar possível a anotação nas cadernetas de campo. Por essa
razã o , surgirão títulos como: visada a ré, visada a vante, altura de instrumento;
5 cm _ _

por sua vez as visadas a vante serão subdivididas em visadas avante interme·
diárias e visadas a vante de mudança. P ara melhor explicação daremos um
2 ZERO CENTíMETRO
A PARTIR DESTA
MUDANCA DE PRETO
exemplo em que aparece um corte do terreno com diversa s estacas, leituras de PARA BRANCO
I
mira e diversas posições do instrumento [(Tab. 18.1) e (Fig. 18.4)] ; os aparelhos
desen hados são apenas indicativos (esquemáticos), sendo a sua posição se m I
qua lquer importância, valendo apenas a cota da linha de vista. Alertamos que LEITURA AS · '.26 5
RN significa qu e a estaca 1 fo i usada como referência de nível.

Prova de cálculo (Tab. 18.1):


Cota inicial 100,000 Em todos os cálculos, foi utiUzada I'" POSICAo DO APARELHO

+ soma de visadas a ré 2,792 apenas uma fórmuJa : I,),:z) ,.60~.


Z·POSIC,5.0 00 APARELHO

~~ ~'O' >:,'~7
altura do instrumento - cota do
102,792 ponto + visada, -- -- 3 '!' POSICÁO

~~-"'~"",J1 /~"
ou DO APARELHO

.)
" I'
- soma de visadas avante cota - altura do instrumen to I~~ ,(_1922__
-- -- ____ _
"
de mudança
Co ta final
13,635
89,157
- visada.
Ii ,"
Conclusões e definições que podem ser verificadas no exemplo dado : g < 7 .
à
1. Altura do instrumento é a distância vertical entre 2 planos horizontais:
o de cota zero e o plano do aparelho, isto é, aquele que contém a linha de vista __
.__ .PLANO DE._-_.
REFERÊNCIA" __ __ __
. ZERO
COTA . .

a
do nível ; rigor, altura do instrumento é a cota do aparelho. Vemos, portanto,
q ue não é a altura do próprio aparelho, e sim a sua cota. Figura 18.4
140 TOPOGRAFIA A ftimlltrill -nivefsmento geom6trico

Tabela 18.1 inversa, ou seja, sendo conhecidos resultados posteriores


as medidas que permitam o seu cálc~lo.
Visada Altura do Visada a varlle Cota ou
Estaca
a ré instrument o elevação
Exercício 18.1. Completar a Tab. 18.2 ~om os valores
intermediária de mudança
r prova de cálculo.
RN-l 0,842 100,842 100,000
Tabela 18,2
2 1,352 99,490
3 3,604 97,238
0,508 97,746 Visada ( Altura do
4 2,981 94,765 Estaca a ré instrumento
0,327 95,092
5 1,922 93,170
3,028 RN-l
6 ,92,064 (52,592
7 3,904 ,91,188 .-
1,115 J 92,303 2
8 3,146 3
8.9,157 0,708
soma c= 2,792 13,635 4
( 5
1,102
2. VlSada a ré pode ser feita para frente, para trás, ou para os lados, por~
6
tanto não é a direção da visada que faz com que ela seja a ré, e sim a sua finalidade.
7
Visada a ré é aquela que é feita para wn ponto de cota conhecida, com a fina-
lidade de determinarmos a altura do instrumento. 8
3. Visada a vante também não depende da direção e sim do seu objetivo. 9
Por isto, chamamos visada a- vante àquela que é feita com o intuito de se deter- 10
minar a cota do ponto onde está a mira. l! por esta razão que as visadas para os 0,804
pontqs 2, 5, 6 e 8 chamam-se a vame, mesmo sendo feitas para trás. 11
4. Não importa () local em que está o aparelho e sim a sua altura, jsto é, 12
a sua cota; por esta razão, o nível não necessita de fio de prumo, pois não será 13
colocado sobre uma estaca. 14
15
5. A prova de cálculo, como o próprio nome indica, é feita com a finalidade
de verificarmos as operações aritméticas.
Devemos descobrir onde faltam va lo.r.es !la Tab: 1
6. Qual é a diferenciação entre visadas a vante de mudança e intermediária?
Bem, ambas são visadas a vante, portanto ambas servem para determinar,
a cota do ponto onde está a mira; a diferença é que, num caso, este ponto vem a
Em vix:tude da dificuldade em ex.plic~ c~~o
resotv,et:
seguinte expediente: as opcraJões aritmet:cas real,lzad3,Strelil'lS
° :x:í~~~~i~~~;!~.~~
sua orde;n representa a seqüência da 1so1uçl!0; no fmal
r
receber ~steriormente uma visada aré porque o instrumentO mudou de posição
da tabela com os valores, calculados em lIegrito (Tab. 18.
(então teremos tido ·uma visada a vante de mudança) e no outro caso tal não
acontece (e teremos tido uma simples visada a vaDte intermediária).
Solução.
.
( 7. Porque esta diferenciação?
152,592
Porque a visada a vante de mudança influencia a cota final,enquanto que
a intermediária não; esta afeta apenas a cota do ponto visado; um erro pra~
I) 152,592
152,423 Visada
..2) 150,137
I
ticado na visada a vaQte intermediária afeta apenas a cota do ponto visado 0,169 -
_.
.s 2,455
) (o erro morre aí), enquanto que um erro na visada a vante de mudança afeta a ré
I
todo o trabalbo em seqüência. b por esta razão, também, que a prova de 149,064
152,592 4)
cálculo citada no item 5 só utiliza a somatória das visadas a vante de mudança. 3) + 0,708
\ A seguir faremos exercícios cuja finalidade é obrigar ao raciocínio sobre
este assunto: não tem relação .com a prática pois usa freqUentemente ordem
3,528 cota do
149,064 ponto 3
149,772
142
TOPOGRAFIA AJtimetris -n ivolamon to ge om6trico 143 •
Estaca
Visada Altura do
Tabela 18.3

Visada a lJante
15) 142,538
0,912 cota do
16) 142,538
1,215 cota do
,•
,•
a ré instrumento Cota 141 ,626 ponto 11 141,323
intermediária de mudança
ponto 12 I
17) 142,538 18) 142,538
R N- I 1i
152,423 140,238 visada avante 3,008 cota do

0,169 152,592
2 2,300 intermediária 139,530 ponto 14
2,455 150, 137

,•
3 para l3
3,528 149,064
0,708 149,772
4 Prova de cálcul o
1,559 148,213
5 19) 142,538 Cota inicial 152,423
3,052 146,720
1,102 147,822 138,912 visada avante + soma de visadas a ré 3,643
6
2,955 144,867 3,626 de mudança 156,066
7
3,513 144,309 para 15
0,860 145,169
B (visada final) - soma de visadas a vaDte
1,257 143,912
9 2,113 de mudança 17, 154
10 143,056
3,435 141,734 Cota final 138,9 12
0,804 142,538
II 0,912
12 141,626
1,21 5 141,323 Exercício 18.2. Baseado no esquema da Fig. 18.5, organizar a tabela de
13
2,300 140,2 38 ni velamen to preenchendo com todos os va lores (dados e calcu lados) e fazer
14
3,008 139,530 a prova de cálculo.
15
3,626 138,9 12
3,643
17,154

5) 149,772
148,213 visada avante
6)
+
144,867
2,955 altura do
---- --~ -If\- s ------ 37

1,559 intermediária 147,822 instrumento 36 17111.1161


para 4
7) 147,822 8) 149,772
1,102 cota do 146,720 visada a vaDte de
146,720 ponto 5 Figura 18.5
3,052 mudança para 5
9) 147,822 10) 145,169
3,513 cota do 144,309 visada a ré para Usaremos o mesmo sistema do exercício anterior, isto é, faremos as ope-
144,309 ponto 7 rações aritméticas pela ordem para melhor entendimento; a Tab. 18.4 apresenta
0,860 o ponto 7
11) 145,169 12)
em neg,.ito os valores calculados e em impressão normal os valores dados.
145,169
143,912 visada a vaDte 2,113 cota do
1,257 intermediária 1) 785,345 2) 788,823
143,056 ponto 9
para 8 + 3,478 LI altura 1,812 cota do
13) 788,823 do instrumento 787,011 ponto 33
145,169 14) 141,734
141 ,734 visada a vaDte + 0,804 altura do 3) 788,823 4) + 789,523
3,435 de mudança 788,780 visada avante 2,281 2,1 altura do
142,538 instrumento
para 10 0,043 de mudança 791,804 instrumento
para 34
144
TOPOGRAFIA

i Tabela 18.4
!1
Visada Altura do Visada avance
Estaca
a ré instrumento Cota
intermediária de mudança
32
3,478 785,345 capítulo 19
788,823
33
34
1,8 12 787,01l Retificação de níveis':
0,043 788,780
3,024 791,804
35
36
2,281 789,523 '- :~
1,045 790,759
37
0,688 791,1I6
3,836 794,952 Os níveis apresentam três linhas fundamentais:
38
1,908 793,044
39 a) linha de vista,
0,902 . 794,050 b) eixo da bolha,
10,338 - - '"
1,633 c) eixo vertical:

Estas três linhas estão presentes em todos os modelos de nível, exceto nos
5) 791,804 6) 791,804 modelos automáticos onde não existem as bolhas de alta sensibilida~e, já que ,
788,780 visada a ré o automático elimina a necessidade. Permanece um dispositivo de bolha circular
1,045
3,024 para 34 de baixa sensibilidade.
790,759
7) 791,804 Estabelecem-se, então, entre as três linhas,
, ' duas condições:
8) 794,952
791,116 visada a van te
791,116 L Linha de vista J'aralela ao eixo da bolha.' Esta condição é indispensãvel _
- 0,688 de mudança (,: pois sem ela não podemos colocar a linha de vista em posição .horizonfál, o',
3,836
para 37 qu,e é fundamental. .;.
9) 794,952 2. Eixo da bolha perpendicular ao eixo vertical. Esta condição é neces-
lO) 794,952
( 793,044 visada a vaDte sária para que a bolha permaneça centrada em todas as direções de visadas.
0,902
1,908 intermediãria Não é porém indispensável, porque podemos centrar a bolha em cada visadaJ
• 794,050
para o ponto 38 , o que dá mais trabalho, mas permite o uso do nível. ... , ~
As duas condições devem \ser procuradas em qualquer modelo de nivel
Prova de cálculo ' com algumas pequenas diferenças. . . . t. ; .
A seguir veremos como se consegue as duas condições em cada. ~ipo de
Cota inicial
+ soma de visadas a ré
785,345
10,338
nível . .. .( v . .• ~ . ' ...

795,683
- Soma de visadas a vaDte NlvEL TIPO ÍPSILON (Y) OU AMERICANO
de mudança 1,633 Este modelo (Fig. 19.1) apresenta a característica de ter a luneta removível.
Cota final 794,050 (correto) A luneta pode girar em torno do seu próprio ,eixo e pode ser retirada e reco- ....
locada com as extremidades trocadas. "-
• Em todos os tipos de aparelhos~ as retificãções devem opedecer a uma se-
qüência determinada. Neste modelo a seqü.ência é:
1." retificação: tornar a linha de vista paralela ao ~xo da bolha;
2." retificação: tornar o eixo da bolha perpendicular ao eixo vertical.
146
TOPOGRAFIA Retificação de n/veis 147 ,
MIRA t
Fi gura 19.2



•r
(1) parafuso s retificadores do re- ......... 50 M
tículo horizontal r
(2) parafusos retificadores do su-
porte do tubo de bolha 2. a etapa: tornar o eixo da bolha paralelo à linha dos fpsilol1S.
(3) parafusos retificadores dos su-
portes ípsilons Verificação do nível. Mantemos ainda as braçadeiras dos ípsilons abertas
e centramos rigorosamente a bolha. Retiramos a lu neta dos suportes e a reco-
loéamos com as extremidades trocadas. Caso a bolha não permaneça centrada
Figura 19.1 Nlver tipo Y é prova de que o nível está desretificado.
(fabricação Keuffel e Esser)
Identificação do defeito. Vemos na Fig. 19.3 que ao centrar a bolha, colo-
cando seu eixo horizontal, a linha dos ípsilons ficará inclinada formando um
errO angular e. Quando recolocamos a luneta com as extremidades trocadas,
vemos, na Fig. 19.4, que a bolha saiu de centro, já que houve um â.ngulo 2e do
eixo da bolha com a horizontal; este é o erro aparente (2e). O erro real é e. Por-
Tornar a linha de vista paralela ao eixo da bolha tanto, D erro aparente é o dobro do erro real. Os suportes ípsilons A e B não
mudaram de posição durante a verificação.
Esta retificação é conseguida em duas etapas:
1.. etapa: tornar a linha de vista paralela à linha dos lpsilons. Figura 19.3
A linha dos {psilons é a reta que liga os dois pontos de apoio da luneta
nos suportes.

Verificação do nlvel. Com as braçadeiras dos ípsilons abertas para permitir


o movimento da luneta, faremos a leitura 11 ' numa mira colocada a cerca de
50 m. Giramos a luneta 180 0 em torno do seu pr6prio eixo longitudinal e fa-
zemos, na mira, a leitura 12 , Caso a leitura 12 seja diferente de L ,o nível estará
desretificado. 1
:::-[~~~-:.-,--~
op.,0~-r--
Identificação do defeito. A Fig. 19.2 mostra que, se a linha de vista não
estiver paralela à linha dos ípsilons, a leitura, em lugar de incidir em I (correta),
incidirá em out ra leitura, digamos 11' Estamos supondo um erro 3angular e
t!;.0_-- ___::::TES
A r~
8 Figura 19.4

para cima. Ao girarmos a luneta em torno do seu próprio eixo, o erro e passará Correção do níveL. Com os parafusos retificadores dos suportes da bolha,
para baixo e a leitura resultará 12 , Se não houvesse erro, as duas leituras (l e 1 ) corrigimos a metade da d istância que saiu do centro; fazemos a correção com
coincidir iam em 13 , sinal de que o nível estaria correto. Vemos, então~ q~e os parafusos (2) da Fig. 19.1.
I, = (/, + 1,)/2. Para constatar se o erro foi corrigido totalmente, em seguida, acabamos
de centrar a bolha com os parafusos calantes e novamente trocamos as extre-
Correção do aparelho. Deslocamos a leitura de 12 para 13' usando para isso midades da luneta sobre os suportes ípsilons. Se a bolha permanecer centrada,
os parafusos "retificadores do retículo horizo ntal, colocados na luneta próximos todo o erro terá sido corrigido. Caso contrário, devemos corrigir novamente
à ocular, um em cima, outro embaixo [(1) da Fig. 19.1]. metade do erro que sobrou, sempre com os parafusos retificadores da bolha.
148
TOPOGRAFIA Retificsç60 de n(veis 149
Tornar o eixo da bolha perpendicular ao eixo vertical
Correção do nível. Utilizando os parafusos retificados dos' suportes ípsilons
Verificação do nível Centramos .
direção de dois parafus~s cal t rIgorosamente a bolha, preferivelmente na faremos com que a bolha volte metade da distância que havia fugido do centro.
es
do eixo vertical' se a bolha 5 ~n d opostos. Giramos o aparelho 1800 em torno Para constatar se o erro foi totalmente corrigido, acabamos de centrar a bolha
ld ifi : ale o centro é prova que o nível está desretificado com os parafusos calantes e tornamos a girar 1800 em torno do eixo vertical.
entl Icaçao do defeito. A Fig 195 '. ' A bolha deve permanecer centrada, caso contrário corrigiremos novamente
centramos a bolha cujos 5U ortes 'a . b ~ostr: com? fIca o mveI quando nós metade do erro restante, até ficar perfeito.
sUportes Y A e B d P e Já estao retificados. Porém COmo os
. .I' po em estar com comprimentos d'~ , Este modelo de nível, tipo ípsilon ou americano, já teve muita importância
eixo vertical será errada isto é r. d I erentes, a posição do
no passado. Atualmente o nível tipo inglês, também conheci4o como dumpy
Quando giramos 1800 e~ to • ~rm~n o um erro angular e com a vertical
levei, é o modelo preferido pelos melhores fabricantes, Zeiss, Wild, Kern, etc.
mesmo erro e, resulta a Fi :;~ ~ eixo . vertical, este, permanecendo COm ~
Estas fábricas só produzem o tipo inglês, alguns deles já automatizados, isto é,
A e B trocaram de lado, lev~'ndo' ~ ei;~t~ fl~u:a ven:os ~ue ,05 suportes ípsiIons com dispositivos que fazem as pequenas inclinações serem automaticamente
2e que é o erro aparente Portanto est a o ha a fIcar InclInado de um ângulo eliminadas (sob ação da força da gravidade). _
(que deve ser corrigido)·. e erro aparente 2e é o dobro do erro real e
No entanto, durante muitos anos, os modelos ípsilons foram os melhores
porque permitiam correções melhores e mais rápidas. Com o adiantamento
- ---rl-----:--:=----r--,~~ ~_ da técnica de produção de lentes e de tubos de bolha cada vez mais sensíveis
o ó e perfeitos, o tipo dumpy passou a... ser preferido.
A, ' - - - - ....-_----.J _ _Erx'U'~~A .' Alguns níveis do tipo ípsilon apresentam ai,nda a correção do desvio lateral
BOLHA CENTRADA

---=~6:':::':::'.]!=:
e
8

~HA PARALELA AO EIXO


DA êõLHA,r;c,RTANTO,
do tubo da bolha.

Correção do desvio lateral do tubo da bolha


. .
.,
HORIZONTAL O tubo da -bolha deve ter seu eixo no mesmo plano vertical qúe con1ém a
linha de vista. Quando isto não acontece, ao girarmos levemente a luneta em
torno do seu próprio eixo longitudinal, a bolha sairá do centro. Neste caso
devemos centrá-Ia completamente (portanto corrigindo ..; erro total) com os
, parafusos laterais de correção da bolha, como indica a Fig. 19.7. O par de pa-
Figura 19.5 rafusos verticais é utilizado para corrigir o erro da 2.- etapa da 1.- retificação
8, b = Suportes da bolha (já retificados, portanto e o par lateral é que serve para corrigir O desvio lateral. .
iguais)
A, B = Suportes fpsilons (ainda não retificados) ... ~ .."

PAR DE PARAfUSOS
VERT ICA IS

,
I

I
PAR DE ~
PARAFUSOS
-,oI-'

..
.'

Figura 19.7
I LATERAIS
'.
I Figura 19.6
I
l- VERTICAL NíVEL TIPO INGLÊS (DUMPY LEVEL)
I
É O modelo preferido atualmente. Com o avanço da óptica, as lentes podem
ter maior grau conservando a exatidão; por outro lado, os tubos de bolha po-
150 TOPOGRAFIA Retificação de n{vois 151

dem ser mais sensíveis (menor curvatura) sem perder também a precisão. Com
estes dois fatores, podem ser fabricados níveis pequenos e de alta sensibilidade
e precisão. f o que acontece com os níveis cipo inglês atuais. Os modelos mais
precisos possuem o chamado para/ruiO de elevação, enquanto que os modelos
mais econômicos não têm. O parafuso de elevação altera o estudo das retifi-
cações. Por esta razão estudaremos inicialmente o modelo mais simples isto é
sem parafuso de elevação (Figs. 19.8 e 19.9). ' ,

Figura 19.9 Nível tipo inglês sem pa rafuso de elevação (dumpy leveI). (1)
Parafusos retificadores dos retículos. (2) parafusos retificadores da bolha

NlvEL TIPO lNGLbS SEM PARAFUSO DE ELEVAÇÃO

To/'nar o eixo da bolha perpendicular ao eixo vertical


Verificação do nivelo Partindo da bolha rigorosamente centrada, giramos o
aparelho 180 0 em torno do eixo vertical. Caso a bolha não permaneça centrada,
o aparelho necessita ser corrigido.
Identificação do defeito. Vemos na Fig. 19.10 que, ao centrar a bolha, o
eixo vertical fica inclinado com um erro e em relação à vertical. Isso por que os
suportes a e b do tubo da bolha têm comprimentos diferentes. Ao girar 180 0
em torno do eixo vertical o nível assume a posição representada pela Fig. 19.11,
Figura 19.8 Nlllel tipo inglês com parafuso de elevação, modelo GK-', marca isto é, com o eixo da bolha inclinado com valor 2e em relação à horizontal.
Kern. (1) Parafuso de elevação O valor 2e é o erro aparente, enquanto que o erro real é somente e. A conclusão
é: o erro aparente é o dobro do erro real.
Co/'reção do nivelo Fazemos a bolha voltar metade da distância que fugiu
do centro com os parafusos retificadores do tubo da bolha [(2) da Fig. 19.9].
152
TOPOGRAFIA Re tlficaç60 de n/ysls 153
Para constatar a total correção devemos co
os pa~afusos calantes e tornar ~ girar 1800 =I::r a cent~agem ~ bolha com Em seguida, estacionamos o nível atrás de uma das es tacas, A ·o u B, di-
devera perm~necer centrada. no do eIxo vertical. A bolha gamos A. O aparelho deve ser colocado o mais pr6ximo possível de A contanto
f que se possa focalizar a mira sobre a estaca A. Com a bolha rigorosamente
I centrada fazemos uma leitura na mira em A, seja IJ' Agora calculamos a leitura
14 que deve ser feita sobre a mira em B para que a linha de vista seja horizo ntal.
I A leitura I. é calculada pela fó rmula:
I. = I, ±(diferença de cota).
Os sinais + ou - dependem do sentido da declividade do terreno. No exemplo
da Fig. 19.12 em que o ponto A é mais elevado do que B, temos diferença de
cota = 12 - I, ' então
Figura 19.10

Se ao visarmos para a mira so bre a estaca B não obtivermos a leitura 14


calculada, será prova de que o ní vel está desretíficado.
-- -- 0-.... ......... __
Ide1ltificação do defeito. Enquanto o nível estava na estaca O com a bolha
rigorosamente centrada, se no caso a 'linha de vista já fosse paralela a ela, as
leituras não seriam em " e 17. e sim em C e D. No entanto, supond o a linha der
HOR IZONTAL - - - ' -.........
-----'--L-I+- -- -- --:::::.~
- - ---- vista com um erro angular e obtemos I, e 12 errados, porém com erros iguais
já que AO = OB, É por essa razão que a diferença de leituras elimina os erros
e resulta na diferença correta de cotas entre A e B. Quando o nível vai para
trás do ponto A podemos considerar a leitura 13 como correta em virtude da
Figura 19.11
pequena distância até :4, Por isso, para que a linha de vista seja horizo ntal é
necessário que
Tornar a linha de vista paralela ao eixo da bolha , I. = I, +(1, - I,~'
Verificação do nlvel. Marcamos três o . Correção do nível, Constatando que a leitura na mira so bre a estaca B nãó'
O e B) num terreno horizontal rela!' p nto: alInhados e eqüidistantes (A coincide com 14 , fazemos chegar a este va lor utilizando os parafusos~ retificadores'
devem ser cerca de 30 a 40 m (F' 19 ;;;IJ~en:e Impo. As distâncias AO = 08 do retículo horizo ntal (trata-se de um par de parafusos colocados verticalmente,
o. Com a bolha rigorosamentel~ent~ad~ fa Dlvel deve s~r estacionado DO ponto na lune(a, próximo à ocular) [(I) da Fig. 19.9].
a estaca A e /2 na mira sobre a estaca B A d'li zemos as le~turas /1 na mira sobte
dará a diferença de cota correta entr~ A : ~ença das leIturas (/, - I,) ou (I, - I,) NlvEL TIPO ING.LÊS COM PARAl'USO DE ELEVAÇÃO
tilicado, Corno pode ser constatado na Fig. '1~~~~0 que o nivel esteja desre-
O parafuso de elevação tem á' finalidade de provocar pequenas inclinações
na linha de vista e no eixo dá bolha sem necessidade de usarmos os parafusos
calantes, É de passo micrométrico e de curto campo de ação, Este parafuso
de elevação s6 é encontrado nos ní veis .des tinados a maiores precisões,
Qual seria a sua razão de ser? Tentaremos argumentar. Um nível de alta
precisão necessariamente será de alta sensibilidade, isto é, o tubo de bolha de·
ve rá acusar qu alquer erro de inclinação da linha de vista, por menor que seja.
Este erro só pode ser den unciado por uma saída da bolha do centro exato do
DISTÂNCIA ......_ _ _ _ _-.--_--.:0
tubo. De fato, nos ní ve is de alta precisão, a bolha é tão sensível que pequenos
I M(NIMAOEI ?; fatores já a deslocam: o vento ag indo sobre o apare lho, a mudança da focali-
FOCALlZAÇAo _ ~\, I" - -17 - - - - --J8 zação, um giro em torno do eixo vertical, etc. Já que a linha de vista é paralela
DISTANCIAS HORIZONTAIS IGUAIS
110= 08 ao eixo da bolha , ela s6 ficará realmente horizontal quando a bolha estiver
Figura 19.12 rigo rosamente centrada. Num aparelho sem parafuso de elevação esta cenl ragem
154 TOPOGRAFIA

deverá ser feita com os parafusos calantes, que pela sua natureza tornam a (
operação difícil e pouco precisa. O parafuso de elevação vem sanar esta falta , (
pois, sendo micrométrico, é de movimento fácil e preciso.
E qual sua innuência na tarefa das retificações? f evidente que o uso do
parafuso altera a posição relativa entre o eixo do fubo de bolha e o eixo vertical,
e não terá sentido fazer a retificação para tornar estas duas linhas perpendi-
capítulo 20
culares entre si; portanto, nos níveis do tipo inglês com parafuso de elevação,
só se fará uma retificação: "tornar a linha de vista para lela ao eixo da bolha"
Taq ueometria
pe lo processo já estudado nos níveis tipo inglês sem parafuso de elevação. Con-
seqüentemente a outra retificação ("tornar o eixo da bolha perpendicular ao
eixo vertical") não será feita.

NlvEIS AUTOMÁTICOS Quando utilizamos um teodo lito para medir apenas ângu los horizontais,
Estes níveis tais como o Ni-2 e Ni-4 da Zeiss, o GKOA e GKIA da Kern percebemos que algumas das suas peças não são usadas: o círculo vertical, o
e tant os outros, têm dispositivos que agindo sob o efeito da gravidade corrigem tubo de bolha da luneta e dois dos quatro retícu los, o horizontal inferior e o ho-
automaticamente pequenos erros de inclinação da linha de vista. Nestes apa- rizontal superior que podem ser chamados de retículos taqueométricos ou
relhos, desaparece, é claro, a necessidade dos parafusos de elevação. E depen· estadimétricos (Fig. 20.1). Realmente. estas peças não têm utilidade para me-
dendo da sofisticação do dispositivo, os níveis automáticos poderão ser tão °
didas de ângu los horizontais. Elas completam aparelho permitindo a obtenção
precisos quanto os melhores níveis não-automáticos, ou menos precisos nos de distâncias horizontais e verticais.
modelos menos sofisticados. De qua lquer forma, todo o dispositivo automático
pode apresentar defeito e portanto devemos proceder a verificações periódicas.
Como fazê-las? Devemos aplicar método igual ao empregado no nível tipo
RETíCULOS
. inglês não-automático, com ou sem parafuso de elevação: marcar os três pontos TAQUEOMÊTRICOS
A, O, B, alinhados e eqüidistantes, etc. Geralmente os níveis automáticos possuem
parafusos que regulam os dispositivos e devem ser usados para levar a leitura Figura 20. 1 RETICUlO
para o valor I" já estudado. Para isso, devem ser consultados os catálogos dos HORIZONTAL
CENTRAL
fa bricantes.

RETicULO VERTICAL

Analisemos o que se passa na luneta com as linhas de vista; de início, colo-


caremos a luneta em posição horizontal, isto é, o ângulo vertical ((X) igual a
zero (Fig. 20.2).
A vista do observador está no ponto P. O eixo vertical do aparelho está I
no ponto C estacionado na estaca 1 inicial. F é o foco do sistema; o-o é a lente
ocular e 01~01 é a objetiva. A mira está na estaca 2. Os triângulos 01 ~ 01-F e
I
ABF são semelhantes: I
S AB I
T= 0,-0,
01-01 é igual a ab, que é a distância entre os 2 reticulos que chamamos de inter~
valo i. Em A é feita a leitura superior de mira (lJ e em B é feita a leitura inferior
(I,). A diferença de leitura I, - I, nos dá o intervalo de leitura de mira (l). AB é
156
TOPOGRAFIA Tsqueometrls 157
igual a l, portanto
portanto,
S I
T=T' a distância D = S' + I + c, portanto,
s=IL
i D = A'B' f + (.f + c);
I

Mas queremos obter D; a distância entre as estacas 1 e 2 é D = S + f + c, porém, não conhecemos a distância A' B' )á que a ~ira é colocada n~ p~sição
portanto
vertical e A'B', imaginariamente, seria obtida se a mIra f~sse coloca~a, IOchnada
perpendicularmente à linha de vista central eM. ~elacIOnamos A B com AB
D = I I + (.f + c);
L fazendo uma ampliação de parte da Fig. 20.3, na Flg., 20.4; pode~os ver que a
reta A' B' é perpendicular à linha de vista central e loglcament~ os angulos p ':. y
a relação I/i é chamada de constante multiplicativa e (.f + c) é chamada de
são diferentes do ângulo reto, já que as linhas de vista supenor e mfe~lOr na?
cOI?stante aditiva. Ambas são con hecidas como constantes de Reichembach.
são paralelas à linha de vista central. Mas s up~n_hamos que fi e y _= 90 I de~,Ols
discutiremos a validade ou não desta Suposlçao; supondo cntao fi = 90 c
y = 90', temos:
A'M = AMcos~
LENTE 09J(T1VA B'M = BMcos~
A'M + B'M = (AM + BM)cos~

LINHA V T NTRA
CI1ORIZONTAlI M ,

,
0,

I
I Ot~Zé~
,rl--~c---tl~j~,__~____________~s__________~
~I
o
'~ __~________~D________________~

2
Figura 20.2
Então a distância entre os dois pontos, isto é, o ponto onde está o taqueô-
metro e o ponto onde está a mira (em posição vertical), desde que a luneta esteja
em posição horizontal, é igual ao inte rvalo de leituras de mira (I) multiplicado
pela constante I/i, geralmente, igual a 100 por motivos de ordem práticas, I,
enquanto que a constante (I + c) procura-se fazer igual a zero, também para Figura 20.3
tornar mais fácil o emprego da taqueometria. Voltaremos ao assunto mais
adia nte.
Vamos agora inclinar a luneta para ser estudado o caso geral. A Fig. 20.3 Portanto,
representa a luneta inclinada de um ângu lo qualquer (ex). Novamente por se-
melhança de triângulos temos: A'B' = ABcos~,
mas AB = I = intervalo de leituras de mira, A'B' = I cos 0:; logo,
S A'B'
T=-j- '
D= I fI cos ~ + U + e).
158 TOPOGRAFIA Toqu(Jomoui a 159

Pela Fig. 20.5 (fo ra de esca la) ve mos qu e, para a constante multiplicati va
f/ i =100 (que é a comum), o valor de e será

tg e = .~~ = 0.005.
portanto
e = O'I1'II".
Para AB = Im e a =10", apli ca ndo a fórmula (3), temos
I
2 n
A'B' = 1 x cos lOo _ l scn 10 tg 2 Qo 17' 11",
cos 10°
, , 0,0301 537 ,
A B = 0,9848078 - 0,9848078 x 0,003 ,
A'B' = 0,9848078 - 0.000000765.

HORIZONTAL Este exemplo prova que o segundo termo da fórmula (3) é realmente desprezível,
podendo-se tranqüilamente aceitar A' B' = AB cos IX como foi feito na dedução.
Figura 20.4

Como o que desejamos conhecer é J-J e V. vo ltemos à Fig. 20.3, H


e V = D sen a; subst ituindo, teremos
= D cos Cl
Figura 20.5 -=======~Ie30'.p;.~o:::
-- J '~Om
,
H=/f cos'a+(f+(')cosa
. , (1)
Vamos reescrever as fórmulas (I) e (2) para comentar os seus termos:
v = / .; sen a cos a + U + c) sen a. (2) H = / f, cos ' a + I.r + c) cos a ,
Estas são as duas fórmulas básicas da taqueomctria.
Voltemos agora a analisar a suposição de p e y serem igualados a 90°, Real- v = / f, sen a cos a + (f + c) sen a,
m<;,nte não são, porém a diferença é desprezível. P é um pouco maior do que H a distância horizontal; 1 o intervalo de leitura de mira;
90 e y é um pouco menor. Fazemos p = 90 + e e i' = 90- e sendo e a diferença .r/i a constante multiplicadora; o: o ângulo de inclinação;
para 90'. Dos triângulos A'AM e B'BM da Fig. 20.4: '
f + c a constante aditiva ; e V a difere~ça de cota entre dois pontos.
AM sen 90 + e A distância horizontal (H) é a distância entre as duas estacas [a estaca 1
A'M = sen [90 -(a + ' eJ] , onde está estacionado o taqueômetro e a estaca 2 onde foi colocada a mira
BM sen 90 - e (verticalmente)]. O intervalo (1) entre as leituras de mira é a leitura superior
B'M = sen [90 (a e)]' menos a leitura inferior {I = l., - IJ; I é também chamado de "número gerador".
portanto, A constante multiplicativa f/i resulta da divisão da distância focal (f)
AM+BM = (A 'M+B'M) cos e + cose, pelo intervalo entre os dois retículos estadimétricos (i). Atualmente todos os
cos (a + e) cos (a - e) fabricantes , com pouquíssimas exceções, usam .r/i = 100, que, além de ser um

AB = A'B'[ cose
cos (a + e)
+ COse J'
cos(a - e) '
valor razoável, facilita os cálculos.
O ângulo de inclinação (ex) da linha de vista central é lido no círculo vertical
do taqueômetro.
por transformações trigonométricas, temos A constante aditiva (f + c) resulta da soma da distância focal (f) com o
, valor c que é a distância entre o centro do aparelho e a objetiva, portanto (f + c)
A'B' = ABcosa - AB~tg'e. (3)
é a distância entre o centro C do aparelho e o foco F. A maioria dos fabricantes
cos Cl constroem taqueômetros com (f + c) = zero facilitando também os cálculos.
1 60 161
TOPOGRAFIA Tsqueometrls

P ara isso, por meios ópticos, colocam o foco F no centro C da luneta, aplicando Anotação em cadernetas de campo .
lentes objetivas divergentes.
Juntamente com a tabela de anotação de caderneta (Tab. 20.1) aprovelta-
A diferença de cota (V) vem da distância entre o ponto M e o ponto e,
isto é, a distância vertical entre o ponto em que a linha de vista central atinge remos para fazer alguns exemplos,
a mira (M) e o centro da luneta (e). o ponto e, cama já vimos, está na vertical Tabe la 20 .1
do aparelho, isto é, na mesma vertical que co ntém o eixo vertical e o rio de prumo. ,.,....-
Ângulo
Por outro lado, também o eixo horizo ntal em torno do qual gira a luneta (e a Ponto
Leitura Leitur:l s de mir:.
H V Cota
vert ica l
linha de vista) passa pelo ponto C. Eslllf:a
visado
do circulo
Superior (<<)
Qual a utilidade do valor V? Serve para calcular a cota do ponto 2 em
horizon tal Inferior Central
-- -- _o;:;=;.
100.00
função da cota do pon to 1 (veja a Fig. 20.6):
Cota 2 = Cota 1 + A.A + V-I, .
",.
:-C. 1,S2 32" 12'
46- 53'
1.000
0.600
1,242
1,111
i :484
1,623
+ 4"00'
- 1 12'14'
7~
48, 16
100,69
+ l3
. 12,72
107,02
~1.69

115" 14' 1,200 1,6)5 2,070 -+ 10"22'


ft
86,98
43,68
- 1,87
+ 7,86
'J1I ~2
107~8
O valor A.A (altura do aparelh o) é a distância vert ical entre a estaca 1 e o ponto
C. Na prática esse valor pode ser obtido de três formas diferentes: a) pode ser ,
4 86~ 30'
145" 24'
1,278
1,715
1.000
1,500
2.000
1.142
1,722
2,285
1,284
+ 7"04'
-- S"3" 53'
56,07
28,33
+ 6,96
- 1,92
106,48
98-,46
6 120·08' 8897
medido Com uma pequena trena de bolso; b) podemos obtê-lo com a própria 1,260 1.630 2.000 2 1' 73,22 - \0,9 2
1
, 208" 3J'
- 10,01 89,5 1
, - \ 5· 14' 38, 11
mira, colocando-a a poiada sobre a es taca 1 e procurando verticalizá-Ia O mais 8 275· 10' 1,805 2,002 2.200
+ 10,09 )10211
304· 58' 1,000 \,33 3 1,665 + 8° 50' 65,7 1
possível; c) ou ainda com certos taqueômetros que possuem uma barra cilín- 0,800 1.040 1.280 + J " 16' 47,92 + 2,73 IO~.21
10 320"45'
drica no lugar do fio de prumo; es ta barra, quando abaixada até encostar na
estaca 1, permite a leitura da altura do apare lho (A.A); como exemplo, temos
o tripé centrado r da Kern; esta mesma barra serve para controlar a centrali (f + c = zero). O valor
. as constantes (fi'I -- , 100) ema
O taqueômetro coluna pode ser ana-
M

pOSSUI
zação do taqueômetro sobre a estaca, substituindo o fio de prumo e o 'prumo elho que para economlzar u ' .. d'
óptico. Como, quando aplicamos a a ltimetria à taqueometria não hâ grande, 1,52 m é ~ a tura o apar
I d ~ tro foi estacionado na estaca A e Irra I~ U
precisão, a leitura de A.A pode ser até o centímetro, não interessando o milímetro, ~ tado abaIXO da estaca A. ~ t~que~~e Vamos fazer o exemplo completo para .0
visadas para dez pontos (e a . os demais nove pontos. Desde q ue
onto 1 e apenas fornecer as respostas para f ' .
. :ue a consta~te aditiya (f + c) seja zero as fórmulaS;I) e (2) Ic~m .

E = JooI COS'~,
Figura 20.6 V = lool sen~, cos~, ou V = 50l sen 2._
E = loo(I,484-1,ooO)cos' 4'00' - ~'.. I (, 111 .
V = 50(1,484 - 1,000) sen 8' 00' ." ,.1 ..1 ' " ..

Observação: o sinal, positivo ou nega.tivo de ~. depende do


Cota 1 = Cota A + A,A + V - I" . ,I

Cota 1 = 100,000 + 1,52 + 6,74-1,242 = 107,018 "" 107,02.


t ã m o valo r zero do círculo
Os taqueômetros eur ~peus em gera n °de~~a ca usar engano de sfnal na
J

vertical para a luneta hOClzo ntal, porq~e po alar zero no zenit ou no nadir.
leitura do ângulo vertical (1,. Prefe,re~ co ,ocar ~r~ baixo Os aparelhos fornecem,
Zenic é a vertical para ci~a. e fladlr :. vaei:t~c~ll~gar dos â~gulos verticais. Quando
----------p~~~~~~--------
port~nto , os ãngul~s zemtalS ou na Ir . I .t ra será o ângulo zenital Z e~ cal-
.0 círculo vert ical tiver o zero n~ zeml, a CI . u
cuIa mos o ângulo verti·c al ~ (Flg. 20.7) por.
~ = 90 - 2.
As cotas obtidas através de taqueometria co nstituem o chamado nivela~
mento trigonométrico, que é menos preciso do que o lIive/amemo geométrico,
porém ma is rápido, principalmente nos levantamentos por irradiação.
Quando fi leitura de Z for menor do .que .' Q'
90° o v'llor IX resultará positivo. Quando
1 lo o zero I.!sti\ \.'1' nO I/(/flir,
Z for Illaior dtl quI.: 90", '1. resultara ncgaltvo. 1l ~\I l
162 TOPOGRAF IA TaquoQm ctris 163

o cá lcu lo <l efe tuar será


o: =
sendo n a leitura do ângulo nadiral.
IJ - 90°, ----- ~-I--- -1(-)
-
A.A M Ic
()( = 90-z
®
CD Figura 20.9

Simplificações das fórmulas de caqueometria


Inegavelmente as fórmulas básicas de taqueometria (I) e (2) são de difíci l
HORIZONTAL
aplicação:
H = 1001 cos'a + (f + c) cos a,
V = 1001 sen a cos a + (f + c) sen a.
Podemos até pensar que, caso não surgissem meios de simplificá-las, a taqueo-
Figura 20 .7 metria seria um processo abandonado, nos tempos atuais. Analisemos as sim-
plificações do método.
1. Tornar a constant e multipfi("at iva Cf/i) igual a cem. Praticamente os
fabri cantes abandonaram a idéia de modificá-la para 50 ou 200 como em alguns
aparelhos bem antigos. O método taqueométrico não oferece condições de ser
É interessante destacar que o fato de IX ser positivo não significa, neces- aplicado para distâncias superiores a cerca de 100 m, pois cada milímetro de
sariamente, que o ponto visado tenha cota superior à do ponto onde está o intervalo de leituras de mira (1) significa 10 em na distância horizontal (H) .
taqueômetro , como mostra a Fig. 20.8, onde, apesar de o: e V serem positivos, Mesmo com lunetas possantes, com cerca de 30 vezes de aumento, não é pos-
a cota de 2 é menor do que a cota de I porque a leitura le é muito grande (lem- sível a leitura precisa do milímetro na mira à distância superior a 100 m. Ora.
bramos que a mira comumente tem 4 m). a constan te f li sendo cem, resulta um intervalo de leitura de mira (J) de 1 m a
uma distância de 100 m, o que é razoável.
2. Tornar a constante aditiva (f + c) igual a zero. Esta providência, como
M já foi visto torna as fórmulas bem mais simples:
V(+I H = 100/ cos'a,
------- V = SOl sen 2a.
Ic Para que (f + c) seja igual a zero é necessário que o foco (F) do sistema óptico
Figura 20.8 da luneta coincida com O ponto C. Tal fato é conseguido por projetos ópticos que
se baseiem na aplicação da lente analáti ca, in ventada por Ignácio Porro, ou
ainda por sistema de focalização central ou interna.
CD 3. Tabe/as ou gráficos para (f + c) cos a e II + c) sen •. Quando o laqueô-
metro tiver (f + c) diferente de zero (geralmente os taqueômetros antigos),
® " podemos tabelar os valores de II + c) cos a e (f + c) seo a, para eli minar os
cálculos repetidos cada vez que o: for igual.
o mesmo acontece com a negativo que, necessariamente, não significa Vejamos um exemplo: supondo (f + c) = 0,30 m, organizamos uma tabela
que o ponto visado tenha cota inferior à cota do ponto onde estâ o taqueômetro para a de O" a 20", variando de grau em grau (Tab. 20.2).
(Fig. 20.9), onde A.A é maior do que V + /" resultando assim a cota de 2 su- Como podemos constatar pela Tab. 20.2, a variação de (f + c) cos a é
perior à cota de 1, apesar de a e V serem negativos. muito pequena, enquanto que a variação de (f + c) sen a é quase uniforme.
I'

164
TOPOGRAFIA Tsqu80metrla 165
,. Tabela 20.3
Tabela 20.2

• (/+clco, • (/+ el,en. Minutos


O' 1' 2' 3'

O' H V H - V H V H V
0,300 0,000
1' 0,300 0,005 O 100,00 0,00 99,97 1,74 99,88 3,49 99,73 5,2 3
2' 0,300 0,010 2 100,00 0,06 99,97 1,80 99,87 3,55 99,72 5,28
3' 0,300 0,016 4 100,00 0,12 99,97 1,86 99 ,87 3,60 99,7 1 5,34
4' 0,299 0,021 6 100,00 0,17 99,96 1,92 99,87 3,66 99,71 5,40
5' 0,299
~
0,026 8 100,00 0,23 99,96 1,98 99,86 3,72 . 99,70 5,46
6' 0,298 0,031 10 100,00 0,29 99,96 2,04 99,86 3,78 99,69 5,52
f
f
7"
8'
9'
0,298
0,29 7
0,296
0,037
0,042
0,047
12
14
100,00
100,00
0,35
0,41
99,96
99,95
2,09
2,15
99,85
99,85
3,84
3,90
99,69
99,68
5,5 7
5,63 -
!O' 16 100,00 0,47 99,95 2,21 99,84 3,95 99,68 5,69
0,295 0,052

, 18 100,00 0,52 99,95 2,27 99,84 4,01 99,67 5,75


11 0,294 0,057 20 100,00 - 0,58 99,95 2,33 99,83 4,07 99,66 5,80
12 0,29 3 0,062
13 22 100,00 0,64 99,94 2,38 99,83 4,13 99,66 5,86
0,292 0,067 5,92
14 24 100,00 0,70 99,94 2,44 99,82 4,18 99,65
0,291
1 15 0,290
0,073
0,078
26 99,99 0,76 99,94 2,50 99,82 4,24 99,64 5,98
16 28 99,99 0,81 99,93 2,56 .99,81 4,30 99,63 6.04
I 17
0,288 0,083 30 99,99 0,87 99,93 2,62 99,81 4,36 99,63 6,09
0,287 0,088
~ 18 32 99,99 0,93 99,93 2,67 99,80 4,42 ' 99,62 6.15
0,285 0,093 6,21
34 99,99 0,99 99,93 ~ 2,73 99,80 4,48 99,62
19 0,284
f 20 0,28 2
0,098
0,103
36 99,99 1,05 99,92 2,79 99,79
99,79
4,53
4,59
99,61
99,60
6,27
6,3 3
38 99,99 1,11 99,92 2,85
~ 40 99,99 1,16 99,92 2,91 ' 99,78 4,65 _99,59 6,38
4. Tabelas comuns para H = 100/ cos 2 a e V = 501 sen 2a ' . 42 99,99 1,22 99,91 2,97 9978 4,71 99,59 6,44
f j~e ~~pu~~r~i~~'e.prinCipalmente os de autores americanos, inclue~ ~~~~O~a~;~:s~ 44 · 99,98 1,28 99,9 ( 3,02 99,77 . ~ 99,58 6,50
6,56 '
1 46 99,98 1,34 99,9Ó ,3,08 99,77 4,82 99,57

I de °
As fórmulas apresentam duas variáveis' 1 e IX Supo d
a 12 d T ' .
, m, e mllmetro em milímetro temos 1 200
variando de 0° a 30 11 de mi t . '
. - S
.
n o uma vanação de
vanaçoes. upondo tX
48
50
52
99,98
99,98
99,98'
1,40
1,45
1,51
99,90
99,90
99,89
3, 14
3,20
3,26
99,76
99,76
99,75
4,88
4,94
4,99
99,56
99,56
99,5 5
6,61
6,67
6,73
, nu o em minuto temos 1800 varia ões C f
~rganizadas tabelas com estas variações te:íamos 1200 x 18~ _. 2 t~~~sem 54 99,98 1,57 99,89 3,31 99,74 5,05 99,54 6,78

. '
;
n~~S~~ri~: ~o::~:~a ~:~~~~xceSSivame~te extensa. Por essa r;zão as tabe~:~
-o sempre Igual a 100m R t
'fi 99.97
91J.lJ 7
99,n " Il~
1.63
1 69
,
99,89-
99,88
9,.9,88
3,37

9,49
99,74
3,43 . 99,73
?9,73
5,11
5,17
5,23
9,9,53
99,52
99,51
6,84
6,90
6.96
vanação de a simplificado também para 2 min (T~b. 20.3)es a, portanto, só •
Daremos um exemplo de Como utilizar a Tab. 20.3: 5. Tabela p~~a taq~eometri(l e cálculo de coordenadas do Enge)Jf, eiro Nelson
O taqueôme1ro está em A, cuja co ta é 32541 m vsa d . Femalldo da Silva. Traia-se de umá tabela (Tab. 20.4) com dupla finalidade :
, I ,n o para a mira em B;
cálculos de H e V de taqueometria e cálculos das coordenadas parciais x e y.
1,000 a = +2'44'
leituras O autor, engenheiro civil.1o'Nelson Fernandes da Silva, teve uma excelente idéia:
de mira
0,641 percebendo a semelhança das fórmulas taqueometricas com as das coordenadas, ~
1,359 utilizou a mesma tabela, fazendo variar apenas a entrada do ~ngulo .
Altura do aparelho em A = A.A = 1,54 m ,
I ~ .• T aqueometn3
-. Coyrdenadas
= 1,359 - 0,641 = 0,718 m,
H = 1001 cos'a y = I cas rumo
H = 0,718 x 99,77 = 71,63111,
V = 0.718 x 4,76 = 3,42 m , Comparando as duas fórmulas vemos que 100/ é uma dis1ância (valor
Cota 8 = 352,41 + 1,5 4 + 3,42 - 1,00 = 356,37. linea r) tanto quanto I que é o comprimento de um lado. A única diferença é
Tabela 20.4 ~

'"'"

eH7Rf:).[)R f'I~ d .::::t.


lo·a· -..... ~ ,;I"lt' 10'lI' Re<l . ......... 1")" lrlt' 100lO' êI'lT~ A.-lJA,.J
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168
TOPOGRAFIA Tsqu80metrfs 169
que enquanto H usa o quadrado do co-seno, y utiliza apenas o co-seno. P0rém,
como geralmente os valores de <X (ângulo vertical) utilizados na J prática são economia de espaço, pois caso contrário a tabela ficaria extensa dema~~; tor- ...

::~dd~~~s :~;~::v:::~;,~~:~i~;:r~c~:~t~t~i~~;fe~;~::~~~;ld:So~~~~~a~~~:;
pequenos, portanto cos o: próximos de 1, os seus quadrados tarnb€m são pró-
ximos de 1.

( v = 501 sen 2a, x = I sen rumo.


Nestas duas fórmulas agora não é só semelhança, é igualdade mesmo. As 6. Arco de Beaman. T rata-se de uma aplicação . em forma de escalas, das
eletrônicas.
I duas fórmulas são intrinsecamente iguais pois ambas compõem-se de uma . fórmulas taqueométricas:,
I distância (501 ou I) multiplicada por um seno. •
H = l001 cos'a
Vejamos a seguir um exemplo desta dupla utilidade. O lado AB tem 100 m
( de comprimento e seu rumo é N 14°42' E; calculamos x e y: e } ,. V = 50(sen 2a,
e x = I sen rumo = 100 sen 14° 42' = 25,38 m de tal fo~ma que, substitui~do a leitur~ d~ â~~~~od;e~~i~~:n n:o~;~~~ c:;~~~:!
por dois outros valores (h e v) nas esca as .0
y = 1cos rumo = 100 cos 14° 42' = 96,73 m, ,

H e V sem o emprego de funções naturais. F: 20 11 mostra


valores assinalados na tabela. Vamos agora descobrir a qual ângulo vertical
. A Fig. 20.10 mostra a vista lateral do arco de Beaman e a os~g:. o horizontal,
corresponde o valor V = 26,38 m e 1O01 = 100 m, ou seja, I = intervalo de
leitura de mira = 1 m: a vista de frente com as duas escalas h e v. Para a luneta ~Im Pua:o a luneta se

f

o índice de leitura indica 5~ na escala I) e zero ,n.a es~a:~di:X~e leitura indicará


( Portanto V = 501 sen 2•. inclina com um ângul,o verdtlcal ct.u5~qQu~a~:oO:1~~~O~egativo, o índice indicará na
na escala v valores maIOres o que ,
V 25,38 m escala v valores meno~es do que 50,
sen 2a = 501 = 50XT = 0,5076,
2a = 30°,504099
h v
a = 15°,25205 = 15° 15'.
~ po r essa razão que podemos ver na tabela esse valor aSl,imtla,jo) ,
10 80
do x so b a letra V.
4 70
J
Em seguida, descobriremos a que valor a: de ângulo vertical cà:rresp()pcle 2
H = 96,73 In e I = 1 m, ou seja, lOOI = 100 m:
60

Portanto H = lOOI cos'.


, H 96,73 O 3 iNOICE DE LEITURA O 50
cos a = l001 = 100 = ,967, {'

cosa =j 0,9673 = 0,9835 1411 40


a = 10°,41819 = 10° 25', '2
3
e esse valor pode ser visto assinalado na tabela, na coluna dos y,
perior. ,4
30

10
... Figura 20.10 20
Podemos então verificar que a tabela sendo a mesma, devemos unicamente
modificar a entrada do âng ulo. Se o ângulo for o rumo do lado para o cáléulo
de x e y a entrada é pela entrada I. h v
Outra excelente idéia foi a de fazer a parte principal da tabela variando as
distâncias de 10 em 10 m para valores de 10 m até 250 m, enquanto que, pa a Os valores lidos h e v no arco de Beaman, serão usados nas seguintes fórmulas:
valores menores de 10 m, colocou na parte inferior, tornando os valore~ de x e y
vá lidos para uma variação do fumo até 10 mino Na página reproduzida, para
distâncias inferiores a 10 m, os valores de x c y são os mesmos desde o rumo
H = 100f(I - I~0)
11
14 40' até o rumo 14" 49', salvo um erro máximo de 1 em. Com isto houve uma
e V = I(u - 50).
170 TOPOGRAFIA
TaqueomBtria 171

Exemplo. O taqueômetro está no ponto A visando para o po nto B: signirica que na escala v estará gravado este valor quando inclinarmos a luneta r
+10'.
1,000 (central), Usando o mesmo exemplo, com 1 ~ 0,542 me. ~ + 10: pela fórmula
leituras de mira 0,635 (inferior), clássica, V ~ 50 x 0,542 sen 20' ~ 9,2687 m; pela fórmula do arco de Beaman,
1,365 (superior); V ~ 0,542(67,101 - 50) ~ 9,2687 m.
leituras no arco de Beaman h = 1, Este processo, apesar de engenhoso, carece de precisão pois as escalas h e v,
v ~ 40; não sendo uniformes, não permitem o emprego de nônios para melhorar a
cota de A ~ 75,340; precisão de leitura. Encontramos o arco de Beaman aplicado em aparelhos
muito antigos (década de 1920), principalmente trânsitos da Guriey (americanos)
c em a lgumas alidades-pranchelêls também Gurley e anligas.
Sedução: 7. Taqueômetros auto-redutores. São chamados auto-redutores os taqueô-
H ~ 100(1,365 - 0,635)(1 - 1/100) ~ 72,27 m; metros que dispensam as funções naturais (senos, co-senos, etc.) nas fórmulas
V= (1,365 - 0,635)(40 -50) ~ - 7,30m; para H e V. Isto torna-se possível porque os fabricantes) através de dispositivos
mecânicos ou 6pticos, ou ainda, combinados, fazem com que o valor I (inter-
cota B ~ cota A + A.A + V - 1, ~ 75 ..140 + 1,48 -7,30 - 1,00 ~ 68,520 m. va lo de leituras de mira) permaneça constante) qualquer que seja a inclinação
Como Beaman teria construído as duas escalas? da luneta. Tal fato não pode ser conseguido nos taqueômetros comuns (Fig. 20.12).
Basta comparar as fórmu las cláss icas de H e V, com as do arco de Beaman. MIRA

PtH"O 11 .
fórmula clássica, H ~ 1001 cos'., _~~_iÕ_·_. I~IO'(f "" IX. 'O·)
fórmu la do arco de Beaman, H ~ 1001(1 - h/l00),
igualando H, l - h/ lOO ~ cos' •.
-'---'",,"0'''''",'!!.!'""""""'/- } . I[e". ex, O')
Portanto ---- :..__

h ~ l00(I-cos'.),
h - 100 sen' •.
Portanto a escala dos va lores h varia 100 vezes o valor do seno ao quadrado
do ângulo vertical.
Para uma inclinação de ex = + 10°, por exemplo, qual é então o valor que
deve ser lido na escala li?
Figura 20 .12 H
,I
Sfl /llrÚO:
h ~ 100 sen' 10" ~ 3.U 153690: aplicando as duas fórmu las devemos obter Nos taqueômetros comuns, como os retículos guardam entre si a mesma
o mesmo resultado supondo um 1 (intervalo de leitura de mira) ~ 0'40 m distância i, qualquer que seja o ângulo IX, o ângulo P permanece constante. Por
e a. = 10°, .. - isso o intervalo de leituras de mira (1) cresce à medida que IX aumenta. Por isso
fórmula clássica, H ~ 100 x 0,542 cos' 10' ~ 52,56567 m, o 1 10 é maior do que 10. ; para que H seja constante o valor 1 100 deve ser re-
0

a rco de Beaman, H~ 100 x 0,542 (1 3,0;gg69) ~ 52,56567 m. duzido antes de ser multiplicado pela constante multiplicativa (f/i
por esta razão que aparece a função 2
COS IX,
~ 100), e é

Para V, H ~ 1001 cos' •.


fórmula clássica, V ~ 501 sen'., Nos taqueõmetros auto-redutores os retículos se aproximam quando incli-
fórmula do arco de Beaman: V ~ l(v-50). namos a luneta, de tal forma que o intervalo I permanece constante para a mesma
Portanto distância horizontal (H). Isto faz com que H seja sempre calculado pelo intervalo
50sen 2. ~ v-50, I multiplicado por uma constante 100 ou outra, conforme o fabricante. O mesmo
v ~ 50sen 2. + 50, ocorre com a maneira de calcularmos o valor V. isto é. um outro intervalo mul-
tiplicado por uma constante.
v ~ 50 sen 20' + 50 ~ 67,101,
r
173
172 TOPOGRAFIA Taquflometria

Estes taqueômetros auto-redutores tornam-se muito práticos, o que veio .. A "ausa principal da imprecisão da taqueometria para o Cálc~loddaI d!s-
..' . 1 (H) tá m ue cada milímetro de erro na obtençao e Slg-
tornar o método da taqueometria compatível com o dinamismo da época atual.
Podemos acreditar mesmo que, sem eles, a taqueometria teria se tornado um
~~i: l~o:::~~t:rro nae~ist:ncí~ horizontal, por causa da constante multiplicativa
r
Ções sejam rápidas a mira deve ser segura ma-
process.o semi-superado. No entanto a idéia não é moderna pois desde o co- U/i = (00). Para que ~ls. opeAram ira assim oscilará não ficando completamente
meço do século já houve diversas tentativas tais como os auto-redutores de nualmente por um auxl lar. '. (I I) d
J errcou, de Sanguet e outros. Os auto-redutores antigos na simplificação perdiam imóvel Já que o valor I é obtido pela diferença de duas leituras ,- I ~ aS(l )a~
_ .d er feitas instantaneamente, acontece que, ao ler a se~uo ~ s'
em muito a precisão. Atualmente os auto-redutores conseguem simplificar sem
perder a precisão e alguns até melhorando.
A fábrica Wild fabrica o modelo RDS e RDH.
~~r::E~~~ :e;~n:~ ~~t:~~aod~e~~;~~;::, ~::;é:l~~r~a~:~~~' ~~~:~:~:~t;~:
A fábrica Zeiss (Oberk6chen) fabrica o modelo RTa4. A fábrica Kern (Aaran) mamente demorada. \ ' bé a cota do

I
que a cerca de 15 anos possuía apenas o modelo DKR, hoje possui três modelos:
o KIRA, o DKRV e o DKRT. O modelo KlRA, pelas suas características, é pont~ v~;:~~~j:~;~~:~~ac~:;~::~~~i.1t~~;~é~r~:~f;~t~;~~~~:~: t~~~~
extremamente rápido, apesar de não ser de tão grande precisão como o DKRV
e DKRT. Aconselhamos que sejam consultados os respectivos catálogos para
~:s~~:~~::le~~!~s::~e~e;~e~no. Este processo será examinado em outro capítulo.
maiores detalhes.
,\1~1I1l " Il1ndch,,, apresentam a leitura do círculo vertical já com o valor SimplijÍcação para o cálculo da cota. do ponto visado
da tangente do ângulo vertical (Fig. 20.13). pois V = H tg 0:. Desta forma as leituras Pela fórm~l" cota 2 = cota 1 + A.A + V - I, vemos que a ".!tura do apa-
de mira ficam reduzidas a apenas duas que são usadas para o cálculo de H (é o em re somada enquanro 'que a leitura central (ir) e sempre sub-
caso do modelo KlRA da Kern): H = K x I (K geralmente igual a 1(0) e :;!~~a(~~!;d~ a feitura centr~l (I,) for igual à altura do aparelho (A.A) a fórmula
V = H tg ~ (o valor da tangente é lido diretamente no aparelho). Isto é muito ficará reduzida para cota 2 = cota 1 + V.
importante pois o que realmente retarda a taqueometria, no campo, são as uando o taqueômetro estiver estacionado numa. s6 e~taca, portanto .c~m
leituras de mira. Qso' alcu/'Q do aparelho visando para muitos pontos (lrra<:h~ndo) fica~á pratico
uma, . .'t nuras que tem a gra-
fazer as leituras centrais ig~ais a A.A. ~ara Isto, ~XIS ee:os extensíveis. Quando

~v H
Figura 20.13
duação zero a um metro aCima de sua ase, e sup e~olocaremos o suplemento
a altura do · aparelho for, por exemplo'c~e 1~;6 m· . á
- d
com 0,56 m e esta d
°
forma zero éIa gr""ua.,..o fIcar a ,
boi'
156 ro da cabeça da
leitura (I). Tal mira é extremamente útil
.
estaca portanto po emos a lf a e
para ~s taqueôme!ros auto-redutores (Fig. 20.15).
Comparação entre taqueometria e medidas com trena ,
Depois de estudarmos os diversos aspectos da taqueornetria, fica uma SUPLEMENTO EXTENSíVEL
E GRADUAOO
pergunta no ar. O método da taqueometria é melhor ou pior do que as medidas -,
com trena? A comparação não é justa, pois ambos os métodos são ,.válidos e,
conforme as circunstâncias, devemos aplicar um ou outro.
U ma medida cuidadosa com trena supera a taqueometrfa em precisão,
mas a taqueometria não nos obriga a percorrer a linha pois as linhas de vista
vão direto do taqueômetro à mira. Portanto a taqueometria atravessa um rio
ou um pântano sem problemas. O mesmo ocorre para a hipótese da Fig. 20.14, MIRAS DE INVAR ,1
pois percorrendo com a trena, a precisão seria prejudicada petas declividades Sabemos que o invar é uma liga de níquel e ferro que ~prese~ta d;:ft~~~~:!
.:. coeficiente de dilatação por variação de temperatu~~. E~~aâ~ 7~:~~ e madeira
do terreno.
, a trabalhos de alta precisão podem ser uma com maça
(Fig. 20.16).
,
Figura 20.14 RETlFICAÇOES DE TAQUEOMETROS , ' . •
Em muit os taqueô metros, principalmente os de de.senho a~c~lca~o, o re-
tículo horizontal central é retificável. São aparelhos de diversas fabn cas. Gurley,
1 74 TOPOGRAFIA
TaquoomotrlD 175
Kc urfe l e Esse r, Toko, Fuji, Zuiho, Ogawa Seiki, Tokio Soki, etc. O retículo
horizo nt al central pode ser movid o a través de dois parafusos colocados no
sen t ido vertical (um em cima e outro em baixo) ; esses parafusos movimentam I, 12
1
a chapa de vidro onde estão gravados os retículos para cima ou para baixo, 1t--=-=oE::::::====-===-.:-.:-
---______ -----fe;.-----j
e I" --2-
1+
2
3

leva ndo os retículos a subirem ou descerem (Fig. 20.17). - ---<I,


PAR DE PARAFU SOS QUE
MOVIMENTAM 11 CHAPA
Figura 20 .18
PARA CIMA ou PARA BAIX O

~• • PART ES LATERA IS
oproxlmOdomentt 5 0m

OE MADEIRA ONDE
EsrAo PINTADOS Supondo que ao mudar o foco de A para B, na primeira vez, com a luneta
0$ NÚMEROS
direta, a leitura mostre o ângulo e errado para ·cima; ao inverter a luneta, o
erro e será para baixo. Logicamente o valor ideal (certo) será 14' média aritmética
entre 12 e 13'
PA RTE CENTRAL DE
"INVAR" ONDE É FEITA PAR DE PARAFUSOS O fato de fazermos a leitura '1
duas vezes em A é para nos assegurar de
11 SU BDIVI SÃO, DE QU E MOVIMENTAM A que a luneta tenha ficado na mesma direção (inclinação) nas duas vezes.
, U/METRO
• CENTiMETRO EM
'--
CHAPA PAR A 11
~ ESQUERDA
Ou 11 DIREITA
d) Correção do aparelho: usando o par de parafusos retificadores do retículo
horizontal central (médio) leva mos a leitura de IJ para 14' Em seguida repetimos
a letra b para verificar,
Nos taqueômetros que não possuírem estes parafusos retificadores é evi-
Figura 20.16 Figura 20,17 dente que esta retificação não será feita; os fabricantes devem ter·se assegurado
de que nunca ocorrerá esta desretificação. A maioria dos taqueômetros da linha
o par de parafusos laterais já foi usado para efetuar a 2.. retificação de européia não usa esta retificação.
trânsito (tornar a linha de vista perpendicular ao eixo horizontal), movimen~
tando o retículo vertical para direita ou esquerda. 2. I R etificação de taqueômetro
A movimentação do ret1culo horizontal central é utilizada para a LI reti- a) Objetivo : tornar o eixo da bolha da luneta paralela à linha de vista.
ficação de taqueõmetros ou 4.· da ordem geral, porque as três de trânsito já Os taqueômetros de projeto americano sempre possuem um tubo de bolha
devem ter sido feita s. preso ao movimento da luneta, Alguns da linha européia também, porém a
maioria não possui, e aqui se incluem aqueles que têm estabilizador automático
1. 11 Retificação de taqu eômelro do circulo vertical. Este tubo de bolha serve para controlar a horizontabilidade
da linha de vista, quando a bolha estiver centrada.
a) Objetivo : tornar a linha de vista coincidente com o eixo da luneta, b) e c) Verificação do aparelho e identificação do defeito: aplica-se processo
b) Verificação do aparelho: com a luneta na posição direta e próxima da idêntico ao empregado na retificação de nível tipo inglês de idêntico objetivo -
horizontal fazemos uma leitura 11 , em mira colocada no ponto A. O ponto A tornar a linha de vista paralela ao eixo da bolha. Solicitamos que consultem
deve estar colocado o mais pr6ximo possivel do aparelho, contanto que se possa o Capo 19.
focaJiza r, Em seguida, e sem mover a luneta, somente mudando a focalização, d) Correção do aparelho: conduzimos a leitura do · valor errado para o
fazemos a leitura 12 na mira no ponto B (situado cerca de 50 m), Com a luneta
invertida ajustamos a ' 1 na mira em A e novamente mudando o foco, fazemos
valor '4 = lJ ± diferença de cota, usa ndo o parafuso micrométrico do movi-
mento de elevação da luneta, Nesta operação a bolha que se encontrava cen-
a leitura IJ na mira em B. Caso 13 seja diferente de ' 2 o aparelho está desretificado. trada sairá de centro; então corrigimos o erro total, fa zendo a bolha vo ltar
c) Identificação do defeito: caso o retículo horizontal central estiver des- ao centro, usa ndo os parafusos retificadores do tubo da bolha da luneta.
locado, ele ricará fora do eixo óptico da luneta; então, quando modiricarmos
a focalização, a linha de vista sofrerá desvio, porque não está atravessando o 3.- Retificação de taqueômetro
centro óptico da lente que se moverá para a frente ou para trás. t o que pro-
vocamos ao passar a leitura I, do ponto A (próximo) para I, ou I, no ponto B a) Objetivo: correção do nônio do círculo vertical.
(afastado) (Fig. 20.18). Esta retificação também só é comum nos aparelhos de linha americana.
Ao terminar a retificação anterior, o taqueômetro está:
/1
I
176
Taqueometría

com as bolhas do círculo horizontal centradas, ANEL QUE CONTÉM OS RETíCULOS •


com a linha de vista horizontal porque estâ visando para 14' VERTICAL E HORIZONTAL CENT~Al

com a bolha de luneta centrada porque acabou de ser corrigida.

Então a leitura do círculo vertical deverá ser zero. Caso seja diferente é porque
o nônio se encontra deslocado. A correção será feita através de seus parafusos
retificadores, geralmente colocados atrãs do próprio nônio, levando a leitura
para zero.

4. a Retificação de taqueômetl'o
a) Objetivo; correção dos retículos estadimétricos. ~
Esta retificação só existe nos aparelhos realmente muito antigos, de fa-
bricação anterior talvez a 1930. Vamos explicar: atualmente os fabricantes {
colocam os retículos (todos eles) gravados numa mesma chapa de vidro; a placa Figura 20.21
de vidro é recoberta com parafina ou outra substâ.ncia protetora; sobre a pa-
rafina são riscadas estrias correspondentes às posições dos retículos; nestes
lugares o vidro ficará desprotegido; a placa será submetida a vapor de lcido p,ara que a constante ' multiplicativa (f/i) fique igual a 190': ]'rocedemos
fluorídrico que atacará o vidro nas estrias, formando sulcos; em seguida serão da seguinte maneira: num .ter reno horizontal e Ii~po relatl.cva~.ent~ p~~~n~~ .. ~e-t,
estes sulcos escurecidos, formando os retículos. Ora, os retículos assim gra- dimos uma clistância horizontal, c'om trena, que seja um valor lD.tel~o aClcscldo
vados, guardam entre si um afastamento constante e portanto não são retifi- · do v alor da constante aditiva (f + e). Exemplo: supondo (f 'f ' c) = 0,32 m.
cáveis. Porém os aparelhos antigos possuem retículos de fio e os :'estadimétricos • ""medimos 60,00 m + 0,32 m = 60,32 m (esta medida deve ser ngoro:ameJl.te cor·
são independentes dos demais e independentes entre si. Eles possuem os: se- ~!reta pOIS 'servirá de ·base para a correção). EstacIonamos o taque?m~tro num
I guintes parafusos retificadores de retículos (Figs. 20.19, 20.20 e 20.21): dos' extre'mos da distância e a mira no outro e~tremo. ~ preferencla a
( deverá sé, fixada para não balançar. Com a luneta honzontal p~pCl,de:~n(>s
a) 1 par vertical que desloca o retículo horizontal central,
( · . leituras dos 3 retículos, seja como exemrlo, supenor = f.,343,
b) 1 par lateral que desloca o retículo vertical,
"ferior' =' 0,739. Vejamos. então se \Já erre.
( c)
d)
1 parafuso em cima que desloca o retículo estaaimétrico superior.
1 parafuso embaixo que desloca o retículo estadimétrico inferior.
.: Para luneta horizon.tal: .o!

H = 1001 + (f + e),
DESLOCAM o RETíCULO
HOR!ZONTAL CENTRAL
. H -U + e)
'J ,= 100 .
. ~',

deveríamos. ter um intervalo de 0,600 m, enquanto que estamo~ obtend~:


1,343 _ 0,739 = 0,604. Devemos corrigir, movendo apenas os retícul~s. est"dl'
""I étricos, sem mexer no 'retícu lo horizontal central, pOIS, caso contrano, _de~s-'
. . .. * ,~ truiremos a 1. retificação já feita e todas as seguintes. DeslocamÇls entao o
U

~'~.~~;' '.~ retículo e~tadimétrico superior de 1,343 para 1,340 e o. inferior de 0,739 para

t l .~.11. '"0.740, Eles"ficarã,? finalmente com as leituras ,lidas na Fig, 20.22. ~, t


DES LQCAM D RETrcULO VERTICAL o
DESLOC~ RETlCÚLO j I Voltamos a repetir que esta retificação s6 ap~rece em apa.relho,s re<t~mcn C V'

ESTADIMETR!CO INFERIOR muito antigos, ou seja, aqueles que foram constrUidos com ~et~culos d~ fl~. me~
tálico (alguns que tiveram estes fios pi.l~ tid os, ro~am substttUldos pOI tem de
Figura 20.19 Figura 20.20 aranha, único material suficientemente flOo e resistente).
i
178 TOPOGRAFIA
I
t I
I
1,340
> -t. > 0.300 I
1.040

0.740
> 2'
J
0 .300
J • 0.600 Figura 20.22
capítulo 2 I
I
I
Cálculo das distâncias horizontal e I
Os taqueômc tros que possuem es tabil izadores automáticos para o cí rculo vertical entre dois pontos pel.o método
ve rtica l necessitam de verificações temporárias de se u funcionamento. P" ra isto,
colocamos a leitura do círculo vertical em zero c verificamos da mesma forma das rampas e pela mira de base
que o ní ve l tipo inglês. na retifi cação, cujo objetivo é tornar a linha de vista
para lela ao eixo da bolha (veja o Capo 19). Geralmente os dispositi vos automáticos
poss ucm regulagem.

Quando visamos com o teodolito do ponto A para uma mira em D, com


duas inclinações diferentes, pode-se calcular a distância AB horizonta l e a
direrença de cotas entre A e B. Vejamos como (Fig: 21.1):

VI
H = tg a l o VI = Btg a l ; (I)

V,
H = tg a,. V, = Htg a,; (2)

VI - V, = Htg a , - Htg a,.


VI - V, = H (tga l - tga,).
VI - V2 - 11 - /2 ;
portanto
(3)

A fórmu la (3) nos permite calcular H pois conhecemos '1' '2 , a i ' e a 2 . Em
seguida entramos com H em (I) e (2) c calculamos VI e V,.
A Fig. 21.21 mostra que
COla B = Cota A = A.A + VI - lI
ou
Cota B = Cota A + AA + V, - l ,.
onde A.A é a altura do aparelho, ou seja, a distância vertical desde a estaca A
até o eixo horizontal do teodolito.
Este método é conhecido como método das rampas porque a tangente do
ângu lo de inclinação de uma linha expressa a sua rampa, ou seja, 100 tga é
a rampa expressa em porcentagem. Se uma linha tiver um ângulo de in c lin a~o
de 30 dizemos que tem rampa de 57,7 % porque tg 30 = 0,577. Se a inclinação
0 0

for para cima do horizonte, a rampa é de +57,7%; caso contrário será - 57,7%.
180
TOPOGRAFIA CAlculo das dis táncills hOrizont61 e lIerti~111 entre do is pontal 181
I
Figura 21 .1

i
I _-- ... ------
.0'
_}~-~~----
20 VISAOA
----------f-------------
(K,

---f'::;--- ---- - ------, -


r- I
-/'----1:-v.-,-1v.-, -
EMPREGO DA ~UBTENSE BAR OU MIRA DE BASE PARA CÁLCULO
DAS DISTANCIAS HORIZONTAIS E DA COTA DO PONTO VISADO
Subtense bar ou mira de base é uma barra de 2 m de comprimento que é
adaptada a um tripé; a barra deve permanecer horizontal e, para isso, possui
-::':._=--==--=--====-== ..e um nível de bolha (circular); esta barra é de invar (liga de níquel e ferro que

........
2 /2,

:~~J. ",P:L:A:NO: D :~;:AR:':LH;O,H:O:R':ZO:N:~:L~ --j:-~-;-1':8~::


apresenta baixo coeficiente de dilatação por diferença de temperatura). A barra
deve ser colocada na estaca (B) a ser visada usando-se o tripé e um fio de prumo
..
OIf"ERE'~ÇA OE COTA para ajustá,a na estaca O aparelbo colocado em outra estaca (A) deve visá-Ia
-___
ENTRE ,A E B
I para medir o ângulo de paralaxe, ou seja, o ângu lo horizontal com que enxerga-
---- -;-- mos a barra de 2 m (ângulo (J); para isso a barra deve ser ajustada de forma a
I ficar perpendicular â reta AB, ' ou seja, a linha de vista que vem do aparelho em
H~ OrSTÃNCrA HOR IZONTAL EN TRE AEB I
A; e para isto a barra possui u~a pínula (mira) para fazer pontaria. Quando da
barra, através da mira~ fazemos pontaria sobre o aparelho em A, a barra fica
Exercido. Aparelho em 10 visando a automaticamente perpendicular à reta AB. O teodolito, em A, fará visadas para
do aparelho em 10 = 152 m' Íe't' d P ra ll; cota de 10 = 742,225; altura as extremidades à esquerda e à direita, lendo o ângulo horizontal p. Existem nas
IeI't uras d ' . I uras
os"angu los vertical's'. mesa em 11 .' I I -- I>000> I2 = 2,250;
_ I"e10'
• 1 - - , «2 = + 2° 02'. duas extremid!ldes da barra alvo que aumenta!" a precisão das visadas; a
Solução: seguir, o aparelh",visa para o alvo,central da barra para ler o ângulo vertícal.,
Devemos ainda medir a altura do apareUlO (da estaca até o eixo horizontal do
teodolito) e a altura da barra (da estaca até O eixo do alvo central), As fórmulas
H I, - I, I,- I , 2,250-1,000 para cálculo de fI e V' estão nas Figs, 21.2 e 21.3,
> '
tg.,-tg., tg.,-tg., tg(+2"2'- tg(- I'IO')'
- Exercício. Do ponto A visamos o ponto B e anotamos as seguintes leituras:
fI 1,25 125
0,0352 - (- 0,0204) = 0,0556 = 22,48 m,
ângulo ' p= vertical. = -3" 12'; altura do aparelho em

V, = fI tg., = '22,48 x (-0,0204) = - 0,459:


V, = Fltg. , = 22,48 x 0,0352 = +0,791.
Cota II = Cota 10 + A,A + V - I
Cota II = 742,225
, "
+ 1,520 - 0,459 - 1,000 = 742,286 m
Ou
Cota II = Cota 10 + A.A V, - I" +
Cota II = 742,225 + 1,520 + 0,791 - 2,250 = 742,286 m,
e
Observação. importante verificar .na I d .. ... ,
enganos, pois é comum' enganos p o o s'd osI angu los -vertIcais para evitar
. r voca os pc a confusão d ' , C
meIO de evitar enganos a fórmul'. d II d . e SinaIS. Orno
, ,e po e ser eSCrIta:

fI = diferença de leituras •
diferença de tangentes'
Portanto, quando uma tangente é positiva .
forma em soma como no caso d . e. outra negatIva, a diferença se trans-
• o exerCI CIO
Observar também que o va lor V é '.
tanto o va lor V é medido do I I 1. negatIvo porque ((1 é negativo) par- H
I pano lonzontal do aparelh b '
que V2 , sendo positivo , é me1 d ' dcima.
o para ' o para alxo, enq uanto " VzH/gO<
Figura 21.3 COTA 8 • COTA A + A .A +V- A.e


I

1 82 TOPOGRAFIA •
.4 = A .A = 1,50 m, altura da barra em B = A.B = 1,32 m; cota de A = 715,220 m. •
Calcular a distância AB (horizontal) (Fig. 21.2) e a cota de B (Fig. 21.3). •
I
Solução:

H = cotg ~ = cotg 1°10'.15 = 49.15111, I


V = H tg. = 49,15 x tg 3" 12' = 49.15 x 0,059087,
capítulo 22 {

V = - 2,747 m;
Cota B = Co ta A + A.A + V - A.B,
Alidade prancheta
Cota B = 715,220+ 1,50 - 2,747 - 1,32 = 7 12,653m.

Os frabricantes das rriiras de base fornecem tabelas de cotangente de P12, o aparelho alidade WQJldteca possui uma prancheta de desenho (de pe-
variando de segundo em segundo ou de mi lésimo em milésimo de grado, para qucllas dimensões: cerca de 0,40 x 0,40 m), fixada na base do tripé. Sobre esta
o cálculo de H. prancheta é fixado o papel de desenho. É sobre prancheta ainda que trabalha
Nota-se que o processo só pode ser ap licado desde que o ângulo horizontal a ,Ilidade, basicamente constituída de uma luneta com dispositivo taqueomé-
p seja obtido com teodolito de segundo ou de milésimo de grado. Caso contrá- trico (de preferência auto- redutor); a base da lun eta é uma régua cuja direção
rio, a precisão do processo cairá muito. é rigorosame nte paralela à linha de vista da luneta; possui círculo vertical, porem
Esse método tem a virtude de não perder a precisão em terrenos de grande não possui círculo horizonta l, pois, em lugar de lermos os ângulos horizon tais,
inclinação, já que não será afe tada a precisão da leitura de p. . as direções das visadas já serão desenhadas COm a régua.
O aparelho destina-se a levantamentos a serem feitos por irradiação ta-
queométrica , porém, desenhados diretamente no campo. O desenho será levado
substa ncialmente pronto ao escritório, onde apenas será aperfeiçoado e acabado.
A alidade prancheta auto-redutora RK (da fábrica Kern) que é mostrada
na Fig. 22. 1, é um aparelho moderno q ue faz os levanta mentos e executa os
desenhos com exatidão (sem erro) dentro da escala escolhida. Naturalmente,
não obtém valores ana líticos, como ângulos e distâncias e, sim, simplesmente
os desenha.
Co m a alidade prancheta podemos caminhar e irradiar, isto é, de um certo
ponto irradiamos visada para diversos out ros (F ig. 22.2). Vemos pela figura
que a alidade prancheta está fixada no ponto A , do qual irradiou visadas para
os pontos de 1 a 12, completando o leva ntamento. Cada ponto foi marcado
no desenho Com direção dada pela régua e a distância obtida pelo dispositivo
taqueo métrico da lun eta e reduzida à escala do desenho. Fez portanto somente
irradiação.
Na Fig. 22.3, vemos que a prancheta foi estacio na da inicialmente no ponto
A de onde irradiou ~isadas para os pontos de 1 a 7 e finalmente loca lizou o
ponto B para onde seria deslocada. A seguir, de B irradiou as visadas restantes
de 8 a 13. Portanto, fez caminhamelllO e irradiação.
O levantamento com prancheta só deve ser executado quando apenas o
desen ho já satisfizer ao que se quer. Para obter a área de uma propriedade, o
método não é indicado, pois deveríamos calcular a partir do desenho, sem va-
lores analíticos, portanto apenas gráfica e naturalmente, absorvendo com os
erros de escala. Supondo uma propriedade de forma quadrada de 200 x 200 m
(portanto área de 40 000 m 2) para ser desenhada numa prancheta de 45 x 45 em'
teríamos que usar a escala 1:500 (com esta escala, o desenho ficaria de 40 x 40 em).
184
TOPOGRAFIA
1 Alidsdtl pranchets 185

---- - -. --.-- 2

Figura 22.2 Apenas irradiação

-- ---- 3

Figura 22.3 Caminhamento e irradiação

Figura 22.1 Alidade prancheta auto ~ redutora RK (Fábrica Kern). 1, ocular; 2. Nesta escala, c~da mÜÍI:netro valerá 500 mm, po;t~nto 0,5 m. 'Portanto s~ er~ãs-
ocular para leitura do circulo vertical; 3, parafuso que controla o movimento vertical -".."semos 1 mm apenas em cada direção (digamos para menos), o~ lados flcana~
da linha de vista; 4, prisma da objetiva (móvel para permitir a elevação da linha <o ' . com 199,5 'li ~ a á,ea resultaria ,199,5 X, !99'k= 3jl8 QO ,25 m , O ,erlo .~ef1~
de vista); 5, colimador da imagem (peça que permite a pontaria da Imagem); ~ •• '. ~. t.40000- ,
39. 800
t '
25 rIl t "
= 199,75,/Y'·.
.
Um eno. ctetYY.75
(
ri!2 em 40 000 m Slgnl lea,
,. ,
pa rafuso que aciona o movimento de elevação; 7, parafuso de focalização da
imagem; 8, pino que marca o ponto visado, através de um estilete que perfura o • 4000Q =20025
papel; 9, parafuso micrométrico de ajuste horizontal da pontaria; 10. parafuso 199,75 "
de nivelamento no sen tido transversal; 11. parafuso de nivelamento no sentido
lon'g itudinal ; 12, parafuso micrométrico de ajuste vertical da pontaria (56 tem ação
erro relativo 1:200,25.
quando o parafuso (3) está apertado; 13, escala metálica graduada em escala Facilmente podemos ter um erro superior a 1 m~, até, porque o papel
1 :1 000 (pode ser substituida por outras com diferentes escalas) que está sempre ·pode se encolher ou dilatar, e neste caso o erro será maceltavel.
p arale la à linha de vista; 14, ~istema de articulação que permite Que a escala - ' O método é especialmente indicado em 2 casos:
me tá lica se afaste Ou se aproxime do aparelho e que avance Ou rec ue sem perder
o paralelismo com a linha de vista 1) levantamento de pequena extensão co m muitos detalhes, po~ exempl?~
,I
uma propriedade correspondente uma quadra de cerca de 10000 m com bcn
feitorias: cons truções, cercas, cam inhos, postes, ele.;
187
186 TOPOGRAFIA A/idade prancheta

2) le vantamento de pequena extensãn de terreno com a finalidade de serem


E desenhadas curvas de nível, para cálculo expedito de movimento de terra.
G
z
.~
o
•• ~
Anexamos um exemplo da L' hipótese (Fig. 22.4) onde podemos verificar
•~ • que os alinhamentos retos resultaram completamente exatos. Pode·se afirmar
• •~z , que um levantamento clássico com teodolito li trtntt j feito com o m 'LX lmo
•• o • cuidado, desenhado na mesma escala~ não resultarlt'\ ml:lhor.
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Equip4melllo elelrónico
Abertura de saída do laser

Parafuso para nivelar o RL-25 quando deilada


(pl conslruir o plano verllcal)

capitulo 23 Nível de bolha para cenlrar


o aparelho quando deitado

Equipamento eletrônico
Tampa do recipiente das baterias

A topografia é uma ciência apl icada mi lenar. Mas isso não impede que venha Nlvol de bolha a ser centrado
se atualizando através de aparelhos. A ba:;e é sempre a mesma: a geometri a é parte quando o aparelho em pé ..
da trigonometria. Alguns chamam a topografia de geometria apli cada. Os italianos (pl construir plana harlzonlal)
denominam de geômetras os topógrafos. A mais recente modernização é através Direção X
do emprego da eletrônica e do raio laser. quando a aparelho em pé
Vamos, então, descrever esses instrumentos. Jo Parafusa para centrngem de bolha (P/ ~pstrulr-;ano hOd,zontal)
1) Nível rotatório com raio laser
•~ quando o aporelho em pê íiIi.1ao t~
Direçôo X
2) Estação total eletrônica Panduso para cenlragem da
bolha quando,.o aparelho em pé
3) G. P. S. (Global Position System) - sistema de posição global.
NíVEL ROTATÓRIO COM RAIO LASER ", ~ireçâo Y)
~
O aparelho é conlposto de caixa que pode ser fixada sobre um tripé ou sobre
Verde Indica
dica allJdo da,ootarla . \ •
terias 0#as, Verw.elha balérl"s desêamga~as,
uma mesa (uma base horizontal). A caixa tem dois parafusos calantes, que Ralo laser e çõo cabeç Jorom: rocá-Id j1)das,
permitem o nivelamento em suas direções perpendicu lares (X e Y). Através desses
" ... :~ I. ~ .
parafusos são centrados dois tubos de bolha. Quando as bolhas estão no centfo '
de cada tubo, o aparelh,o está corretamente nivelado. Q9ando ligam.os o aparelho,
a) n.io dllccion. I P,lr.l o sol sem ;\ devld_" p~o1ao. , ..
ele emite um raio laser perfeitamente horizontal. Podemos ligar também o b) quando as baLCrI.ls plecis;rcl11 ser tt:c1daSIJ,CVCj'3a. SCI substitoíd,ls l.Od.1S
movimento de rotação e será então estabelecido um plano horizontal pela luz que (ger,ll11ellle três): Il,h l11is~.,r,,"do 110V~S e v tas. ~. . .
está girando. O aparelho pode ser também colocado com um giro tle 90· com a
vertical, ficando com o eixo de rotação na horizontal. Ao girar a lu.z estabelecerá ." . H ESTJ\ÇÃQ TOtJ\l' TRIN I . iJ . ~
um p lano vertica l. Podemos ainda colocar seu eixo de rotação com uma ""d eterm i- '"
Essc ap.uclho é .um c.omprt;.llÍel1~do t'c
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dol,~ e C~I1 I ~?AJ)OI~C ~ c'l,'
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nada inclinação com a' vertical, por exemplo, 2% de inclinação e então, ao girar,
lorneccr ;lS leituras dos círculos horizonlal crtt§l ntlt~m.ltl~~llcnt , c.\m cm
será estabelecido um plano i inclinado de 2%. Essa última hipótese pode ser
lê n distC1nci'l dircta,' jú qu~ é taltnbélll um d' bnci#~Jlletr~ O únICO tr'lbalho ~o
utilizada quando queremos que um trator formc um plano inclinado, ta lvez para
o caimcnto de âguas pluviais. Será co locado no trator um alvo, onde o laser deverá opcr;ldor é at . . .. os ~ Ivos ( rc· 11 ctores ) a t'e. e
ingir v·,,,to
' " e a~elt"r . os' ..botoes
" , '
.' corrcspondentes, O ~'I);Hclfto rori,ece C\lt~o .11Ieltll~s dos clrCl~I, s c as dlSt.lllCl.lS,
atingi-lo, fazendo com que esteja na altura correta para estabelecer o p I 3~o. Dessa.
forma, o próprio tratorista. poderá contraiu a altura correta, Esses v~11ol"cS rodc In ~a parcçcr l~O ;tisor do :' p;'l~lho Th1 ra :.lt1otaç'l na ~a,clcr.n~_ta ~l~
-f
podc m ir diretos p/"
lI l}l disquete, que elw\ ..t os (t.,ldos ;Ha l\ pr?gr.llll<lç"O
O aparelho funciona com baterias de n:c,ucl·cádmio. d!culo USOrlW.lrC", ,às ~sõfh" p~dcJll opcd .. qll"lqucr-trpo d~ cnlculos: ~Ic~dc
, . . .. .. • letl"'de de$enho gco1l1ctnco
Igual como um nível comum, o nívcllaser deve ser ver:f.cado p;Ha eventual si mplcs fcc:h;lIllCnIO dc pollgon:ll~ ,1 te u In proJeto COo) p ~
ajuste, Os cat âlogos dós aparelhos indicam os r-rocedimentos necessários, aliás de estLltbs.
bast:.. ltC simples, Também são indicados os cuidados básicos, tais como:
190 TOPOGRAFIA Equipomonto olctrônico 191
Alça p/ carregar
. não expor o aparelho a grandes e bruscas vari::lções de temperatura.
Travador da alça
·yerificar se a batcri:1 está com carga suficien te.
Colimlldor (prisma refletor)
G. P. S. (GLOBAL POSITION SYSTEM) c
Esse apuelho, através de contato com satélites artificiais, fornece as coorde- (
nacl;:ls do loca l onde se encontra. As coorclel1<ld,lS podem ser geográficas (latitude
e longitude) ou ret:mgub res (X c Y). É um :1p;:lrelho portátil (sem tripé). É munido f
de uma antcl1;:l, que devc ser orient;:ld;:l para melhor recepção do satélite. O
Lente
Centro do eixo cquipnl11ento pnra uso civil tem pouca precisão, por motivos estratégicos. Já os de
horizontal
uso mi lit:lr podem chegar a precisão centímétrica. Usa b<lterias alcalinas ou de
níqucl-ddmio. Fornece também a altitude do local acima do nível médio do mar.
No uso civil, em virtude da baix<l precisão, o aparelho é uS<1do mais para navegação,
principalmente marítima em pequenas embarc:lções, substituindo as observ:lções
ParufusD regulagem
do solou das cstrcbs.
horizontal Prumo 6pllco

Botão localizador
movo

Nível circular Parafuso calanta


Acesso às balerias
ESTAÇÁO TOTAL
(VISTA DA OBJETIVA)
Parafuso do ajuste
Parafuso fixador à base Centro do eUco
Parafuso reguJagem horizontal
Base vertical
Nlvel do pralo
Micrômetro movo vertical
A aparência é semelhante a um teodolito comum, não deixando antever a sua
real capacidade de trabalho. Conector
Os c::ltálogos recomendam algulTIJS prcc;1uçõCS: não focalizar diretamente ao
sol; a lém de causar dano aos olhos pode prejudic:H o sistema óptico da luneta.
- não mergulh:H o apJrclho em água.
Visor
- melhor usar um tripé de madeira a um metálico, para evitar vibrações.
- fixar corretamente o aparelho at ravés do parafuso próprio para isso.
ESTAÇÃO TOTAL .
- evitar pancadas no aparelho. (VISTA DA OCULAR)
- carregar sempre o aparelho pela alça.
- não deixar o aparelho sob alta temperatura por muito tempo.

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