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Desenho Técnico

Mecânico
Permaneça com a sua webcam e
microfone desligado.
Iniciaremos em breve.
Pra você, o que é desenho técnico????
Desenho Técnico
Quando alguém quer transmitir um recado, pode utilizar a fala ou passar seus pensamentos para o
papel na forma de palavras escritas. Quem lê a mensagem fica conhecendo os pensamentos de
quem a escreveu.
Quando alguém desenha, acontece o mesmo: passa seus pensamentos para o papel na forma de
desenho. A escrita, a fala e o desenho representam ideias e pensamentos.
Desenho Técnico
Quais as diferenças entre o desenho técnico e o desenho artístico?

Desenho Artístico:

Os artistas transmitiram suas ideias e seus sentimentos de maneira


pessoal. Um artista não tem o compromisso de retratar fielmente a
realidade. O desenho artístico reflete o gosto e a sensibilidade do artista
que o criou.
Desenho Técnico
Desenho Técnico:

Já o desenho técnico, ao contrário do artístico, deve


transmitir com exatidão todas as características do objeto
que representa. Para conseguir isso, o desenhista deve
seguir regras estabelecidas previamente, chamadas de
normas técnicas. Assim, todos os elementos do desenho
técnico obedecem a normas técnicas, ou seja, são
normalizados.
Desenho Técnico
Como é elaborado um desenho técnico?

Às vezes, a elaboração do desenho técnico mecânico envolve o trabalho de vários profissionais. O


profissional que planeja a peça é o engenheiro ou o projetista. Primeiro ele imagina como a peça deve
ser. Depois representa suas ideias por meio de um esboço, isto é, um desenho técnico à mão livre.

Esboço Desenho Preliminar Desenho Técnico Definitivo


ou Desenho Técnico para
Execução
Desenho Técnico
Geometria descritiva: a base do desenho técnico

O desenho técnico, tal como nós o entendemos hoje, foi desenvolvido


graças ao matemático francês Gaspar Monge (1746-1818). Os métodos de
representação gráfica que existiam até aquela época não possibilitavam
transmitir a ideia dos objetos de forma completa, correta e precisa.

• Monge criou um método que permite representar, com precisão,


os objetos que têm três dimensões.
Desenho Técnico
Esse método, que passou a ser conhecido como método mongeano, é usado na geometria
descritiva. E os princípios da geometria descritiva constituem a base do desenho técnico.
Desenho Técnico
Figuras geométricas

• As figuras geométricas foram criadas a partir da observação das formas existentes na natureza e
dos objetos produzidos pelo homem.
Desenho Técnico
Figuras geométricas elementares
Ponto

O ponto é a figura geométrica mais simples. Não tem dimensão, isto é, não tem comprimento, nem
largura, nem altura.

No desenho, o ponto é determinado pelo cruzamento de duas linhas. Para identificá-lo, usamos letras
maiúsculas do alfabeto latino, como mostram os exemplos:
Desenho Técnico
Linha
A linha tem uma única dimensão: o comprimento.
Você pode imaginar a linha como um conjunto infinito de pontos dispostos sucessivamente. O
deslocamento de um ponto também gera uma linha.

Linha reta ou reta


Para se ter a ideia de linha reta, observe um fio bem esticado. A reta é ilimitada, isto é, não tem
início nem fim. As retas são identificadas por letras minúsculas do alfabeto latino. Veja a
representação da uma reta r:
Desenho Técnico
Semi-reta
Tomando um ponto qualquer de uma reta, dividimos a reta em duas partes, chamadas semi-retas.
A semi-reta sempre tem um ponto de origem, mas não tem fim.
Desenho Técnico
Segmento de reta
Tomando dois pontos distintos sobre uma reta, obtemos um pedaço limitado de reta. A esse pedaço
de reta, limitado por dois pontos, chamamos segmento de reta. Os pontos que limitam o segmento de
reta são chamados de extremidades.
No exemplo a seguir temos o segmento de reta CD, que é representado da seguinte maneira: CD.
Desenho Técnico
Plano
Podemos ter uma ideia do que é o plano observando uma parede ou o tampo de uma mesa.

Para identificar o plano usamos letras gregas.

O plano tem duas dimensões,


normalmente chamadas comprimento
e largura. Se tomamos uma reta
qualquer de um plano, dividimos o
plano em duas partes, chamadas
semiplanos.
Desenho Técnico
Figuras geométricas planas
Uma figura qualquer é plana quando todos os seus pontos situam-se no mesmo plano.
Desenho Técnico
Sólidos geométricos
Quando uma figura geométrica tem pontos situados em diferentes planos, temos um sólido
geométrico.

• Os sólidos geométricos têm três dimensões:


comprimento, largura e altura.
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Prismas
O prisma é um sólido geométrico limitado por polígonos. Você pode imaginá-lo como uma pilha de
polígonos iguais muito próximos uns dos outros, como mostra a ilustração:
Desenho Técnico
Sólidos de revolução
Alguns sólidos geométricos, chamados sólidos de
revolução, podem ser formados pela rotação de
figuras planas em torno de um eixo. Rotação
significa ação de rodar, dar uma volta completa. A
figura plana que dá origem ao sólido de revolução
chama-se figura geradora. A linha que gira ao redor
do eixo formando a superfície de revolução é
chamada linha geratriz.
Desenho Técnico

A formação do cone pode ser imaginada


pela rotação de um triângulo retângulo em torno de
um eixo
Desenho Técnico

A esfera também é um sólido geométrico


limitado por uma superfície curva chamada
superfície esférica. Podemos imaginar a
formação da esfera a partir da rotação de um
semicírculo em torno de um eixo, que passa
pelo seu diâmetro.
Desenho Técnico
Materiais de desenho:

Para descrevermos um objeto é possível fazê-lo de forma manual, sem instrumentos e


sem escala, chamado de croqui ou esboço, ou por meio de instrumentos de desenho.

Alguns dos instrumentos mais usados são: régua de 30 cm, régua T, escalímetro,
esquadro de 45°, esquadro de 30°, compasso e transferidor.
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NORMAS ABNT
• Padronização

Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi necessário padronizar seus
procedimentos de representação gráfica.
A padronização é feita por normas técnicas seguidas e respeitadas internacionalmente.
No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela ABNT, fundada em 1940.

Os procedimentos para execução de desenhos técnicos aparecem em normas gerais que abordam
desde a denominação e classificação dos desenhos até as formas de representação gráfica:

 NBR 5984 – Norma geral de desenho técnico


 NBR 6402 – Execução de desenhos técnicos de máquinas e estruturas
metálicas
NORMAS ABNT

Existem também as normas que tratam os assuntos separadamente.

• NBR 10647 – Desenho Técnico – O objetivo é definir os termos


• empregados em desenho técnico.
• NBR 10068 – Folha de desenho layout e dimensões
• NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico, que normaliza a distribuição do
espaço da folha;
• NBR 13142 – Desenho técnico – dobramento de cópias;
• NBR 8402 – Execução de caracteres para escrita;
• NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos
NORMAS ABNT

 NBR10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico


• NBR 8196 – Desenho técnico – emprego de escalas
• NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico
• NBR10126 – Cotagem em desenho técnico
• NBR8404 – Indicação do estado de superfície
• NBR 6158 – Sistema de tolerâncias e ajustes
NORMAS ABNT - Benefícios da normalização:

Melhoria na comunicação fabricante / cliente;


• Redução no tempo de projeto, no custo da produção e do produto final; melhoria da qualidade do
produto;
• Utilização adequada dos recursos (equipamentos, materiais e mão de obra);
• Uniformização da produção; facilitação do treinamento da mão de obra, melhorando seu nível técnico;
• Possibilidade de registro do conhecimento tecnológico;
• Melhorar o processo de contratação e venda de tecnologia;
• Redução do consumo de materiais e do desperdício; padronização de equipamentos e componentes;
• Aumento de produtividade; melhoria da qualidade; controle de processos.
Desenho Técnico
Lothar Faber criou, no século XVIII, uma escala que se tornou um padrão internacional.
As graduações padrão disponíveis incluem os seguintes tipos: 6H, 5H, 4H, 3H, 2H, H, F, HB, B, 2B, 3B,
4B, 5B e 6B. Quanto maior o número H (HARD/duro), mais claro e mais duro é o traço. Por outro lado,
quanto maior o número B (BLACK/preto), mais preto e macio será o traço. Também existem as
graduações HB (HARD e BLACK), e F (FINE), que apresenta um traço fino e resistente.
Desenho Técnico
A caligrafia técnica é um elemento importante no complemento de um desenho técnico, indicando
informações necessárias à compreensão do desenho, como números, anotações e listas de materiais. É
importante também para a apresentação final do desenho.

ABNT NBR 8402: execução de caráter para escrita em desenho técnico, sendo que, na prática, a escrita é visual,

mantendo uma uniformidade no tamanho das letras maiúsculas e minúsculas, inclinadas 15° à direita ou

vertical, e conforme a importância da anotação. A altura da letra pode ser variada, usada para indicar um corte,

uma legenda, uma lista de materiais.


Desenho Técnico
Desenho Técnico
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VAMOS PRATICAR!
Faça o download do Caderno de Exercícios, disponibilizado na aba ATIVIDADES:

1 – Imprima as páginas 3 e 4 e realize a atividade.

2 – Tire uma foto e compartilhe no link disponibilizado pelo Professor.


OBS.: Para os alunos que não possuem impressora, em uma folha A4 ou de caderno,
com o auxílio de uma régua, siga as instruções do Docente.
Desenho Técnico
BOAS PRÁTICAS

• Trabalhar com prancheta e material de desenho limpos.

• Fixar a folha de desenho sobre a mesa com fita adesiva.

• Verificar os instrumentos antes de iniciar o trabalho.

• Usar a escala apenas para medir.

• Apontar o lápis ou lapiseira fora da mesa de desenho.

• Usar a borracha o mínimo indispensável e eliminando as partículas


com escova ou flanela.

• Não apoiar sobre o desenho objetos que possam sujá-lo.


Desenho Técnico
Os papéis a serem utilizados em desenho técnico
deverão corresponder a um dos formatos da série A
normalizados pela ABNT. Todos os formatos derivam-se
do formato A0, que possuindo as dimensões de 841 x
1189mm, possui uma área igual a 1m².
Desenho Técnico
MARGENS
• Dimensões em mm.
• A margem esquerda M1 será considerada de 25mm tal
como para arquivamento.
• Outros formatos poderão ser encontrados, pela combinação
de formatos sucessivos ou iguais.
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Desenho Técnico
VAMOS PRATICAR!

1 – Com o auxílio da régua e uma folha A4, faça as margens conforme


norma ABNT.

2 – Ao final da atividade, tire uma foto e poste no link disponibilizado


pelo Docente.
Desenho Técnico
Marcas de centro
Nos formatos da série A devem ser executadas quatro marcas de centro com uma
linha localizada no centro da folha, no lado da margem externa, estendendo-se 5
mm em direção ao centro da folha.
Desenho Técnico
Referência por malhas
Para permitir uma fácil localização de detalhes do
desenho, devem ser colocadas na parte externa da
folha colunas com números ao longo da margem
inferior e superior, e letras ao longo da margem
esquerda e direita. A largura das colunas deve ter no
mínimo 25 mm e no máximo 75 mm, devendo ser
distribuídas pela complexidade dos detalhes do
desenho em quantidade par.
Desenho Técnico

DICA Caso prático: um cliente envia um desenho para um


fornecedor em outro Estado. O fornecedor tem algumas
dúvidas em relação ao detalhamento da peça, e fica difícil o
entendimento por telefone. Porém quando indicada a malha
do desenho (número da coluna e letra da linha), com referência
ao detalhe da sua dúvida, fica mais fácil a localização do
detalhe no desenho.
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LEGENDA
Toda folha desenhada deve levar no canto inferior direito, um quadro destinado à legenda conforme
modelos.

• Identificação e designação do objeto desenhado;


• Identificação do responsável pelo desenho;
• Identificação do proprietário;
• Informações relativas a características do
desenho (escala, estado de
acabamento superficial, etc.);
• Anotação de alteração
VAMOS PRATICAR!

1 – Com posse do desenho realizado na atividade anterior, elabore uma


legenda para a sua folha de projeto.

2 - O padrão a ser utilizado, está disponível na aba ATIVIDADES.

3 – Tire uma foto e foto e poste no link disponibilizado pelo Docente.


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DOBRAS
Quando, tendo-se efetuado o desenho em formato maior do que o formato A4, e houver necessidade de
dobrá-lo, o resultado final da dobragem deverá corresponder às dimensões do formato A4, aparecendo a
legenda obrigatoriamente na face frontal.
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DOBRAS
Desenho Técnico
TIPOS DE LINHAS
As linhas são utilizadas em desenhos técnicos e documentos para definição clara do formato da peça.
Vários tipos de linhas são utilizadas para representar faces e arestas de diferentes maneiras e
diferentes vistas.
As linhas empregadas no desenho técnico dividem-se em: grosa, media e fina.
TIPOS DE LINHAS

Denominação Aplicação

 Continua larga  Contornos e arestas visíveis

 Linhas de interseção imaginárias,

 Continua Estreita cotas, linhas auxiliares, linhas de


chamada, hachuras, contorno de
seções rebatidas na própria vista e
de centro curtas.
TIPOS DE LINHAS
Aplicação
Denominação
 Continua e estreita em ziguezague  Desenhos feitos por máquinas.
Indicam quebra de continuidade.

 Tracejada larga  Contornos não visíveis e arestas


não visíveis.

 Traço e ponto estreito


 Linhas de centro e simetria
TIPOS DE LINHAS

Denominação
Aplicação
 Traço e ponto. Estreita e larga
 Indicam planos de corte
nas pontas e na mudança de
direção.

 Para linhas de superfícies


 Traço e ponto largo
especiais
TIPOS DE LINHAS

Denominação Aplicação

 Contorno de peças adjacentes;


 Traço e dois pontos.
Estreita. posição limite de peças móveis;
linhas de centro; detalhes.
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Caderno de Exercícios!!
ESCALAS
Para uma representação fiel ou detalhamento preciso das peças do projeto é necessário um
desenho de fácil leitura e interpretação, dessa forma o ideal é que as peças estejam
representadas de forma inequívoca nos seus desenhos representativos.

NBR 8196 – Emprego de Escalas em Desenho Técnico


Escala é a proporção definida existente entre as dimensões de uma peça, real palpável e as
do seu respectivo desenho.

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ESCALAS

A palavra escala pode ser abreviada por ”esc”;

Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha para desenho, estas devem estar
indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se refere. E, na legenda deve aparecer a
palavra “indicada”;

No caso de uso de apenas uma escala, esta deve estar indicada na legenda da folha para desenho;

A escolha da escala depende da complexidade do objeto ou elemento a ser representado e também


da finalidade.
ESCALAS DE REDUÇÃO
Quando uma peça for maior do que o formato da folha onde será desenhada, ela deverá ser
reduzida em relação às suas dimensões reais. Uma vez escolhida a escala, todas as dimensões da
peça devem ser divididas por ela.
Exemplos de escala de redução: 1:2; 1:2,5; 1:5; 1:10; 1:20; 1:50; 1:100.

ESCALAS DE AMPLIAÇÃO
Quando uma peça é pequena demais para o formato da folha onde será desenhada, ela deve ser
ampliada. Uma vez escolhida a escala, todas as dimensões da peça devem ser multiplicadas por
ela.
Exemplos de escala de ampliação: 2:1; 2,5:1; 5:1; 10:1; 20:1; 50:1; 100:1.
ESCALAS
Escala é a proporção definida existente entre as dimensões de uma peça real e seu respectivo
desenho.

Escala natural – 1:1


Escala de redução – 1:X
Escala de ampliação – X:1
sendo X>1.
ESCALAS

O desenho de um elemento de máquina pode estar em:

 Escala Natural (Ex: 1:1)

 Escala de Redução (Ex: 1:5)

 Escala de Ampliação (EX: 2:1)


LINHAS DE COTAS
A forma mais utilizada em desenho técnico é a definição as dimensões por meio de cotas que são
constituídas de linhas de chamada, linha de cota, setas e do valor numérico em uma determinada
unidade de medida.

As cotas devem ser distribuídas pelas vistas e dar todas as dimensões necessárias para viabilizar a
construção do objeto desenhado, com o cuidado de não colocar cotas desnecessárias.

Os desenhos de algo a ser fabricado ou construído devem levar todas as informações necessárias à
sua correção, como: medidas, espécie de material, indicação de acabamento, etc.
LINHAS DE COTAS
As linhas de medida de cota são finas, traçadas paralelamente às dimensões do objeto e distantes
aproximadamente 8mm do contorno medido. Nas extremidades dessas linhas desenham-se setas,
limitando a medida por linhas de extensão, perpendiculares às linhas de cola e de contorno. Exemplos:
LINHAS DE COTA

A linha de cota deve ter uma distância mínima de 8mm do desenho e 6mm de outra linha de
cota qualquer. As linhas de chamada devem exceder no máximo 2mm da linha de cota.
SETAS

A seta devem ter um comprimento aproximado de 2 a 3mm;


a sua largura pode ser calculada como 1/3 do comprimento
ou, simplesmente, dando-se à extremidade um ângulo de
15°

Para certos desenhos, é permitido as


setas por pequenos pontos.

Exemplo:
SETAS

Em desenho de arquitetura, a seta é substituída pelos pequenos pontos ou por um traço, de


comprimento reduzido, inclinado a 45º com a linha extensão e de cota.
MEDIDAS
As medidas são escritas acima das linhas de cota, quando estas horizontais ou inclinadas, e à
esquerda, quando são verticais, com a base dos algarismos junto às linhas de cota.

Exemplos:

Quando o espaço a cotar for pequeno de tal modo que não permita desenhar setas e algarismos, as
setas podem ser invertidas e colocadas exteriores à medida, na direção da linha de cota.

Exemplos:
BOAS PRÁTICAS
Para facilitar a leitura e a interpretação do desenho, deve-se evitar colocar cotas dentro dos
desenhos e, principalmente, cotas alinhadas com outras linhas do desenho.

Outro cuidado que se deve ter para melhorar a interpretação do desenho é evitar o cruzamento de
linha da cota com qualquer outra linha.
BOAS PRÁTICAS
Sempre que possível, as cotas devem ser colocadas alinhadas.
COTAS EM SÉRIE E EM PARALELO

As cotas são indicadas em série quando têm a mesma direção.

As cotas são indicadas em paralelo quando, tem a mesma direção, existe um mesmo ponto de
origem importante como referência de várias medidas.
COTAS EM SÉRIE E EM PARALELO
FUROS

Para especificar a quantidade de círculos de mesmo diâmetro - furos, por exemplo, a cotagem é
feita por uma notação em letras maiúsculas, dirigida a um dos centros:
CORDAS E ARCOS
O dimensionamento de cordas e arcos pode ser como mostram os exemplos:
SÍMBOLOS
Os símbolos de diâmetro Ø, de quadrado e de raio R devem preceder as medidas. Os dois primeiros
devem ter 2/3 da altura do algarismo; a secante diametral no símbolo Ø é inclinada 45º com a linha
de base do algarismo.
COTAGEM DE CIRCULO
Os círculos são cotados interior ou exteriormente, dependendo do espaço disponível, como nos
exemplos:
COTAGEM DE RAIOS
Cotagem de Ângulos, Chanfros e Escareados
Para cotar peças com truncamento, chanfrados em cilindros, acrescenta-se ao desenho
uma nota que simplifique o dimensionamento.
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Desenhando perspectiva isométrica
Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo. As partes que
estão mais próximas de nós parecem maiores e as partes mais distantes aparentam ser
menores.
A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo olho humano, pois
transmite a ideia de três dimensões: comprimento, largura e altura.
O desenho, para transmitir essa mesma ideia, precisa recorrer a um modo especial de
representação gráfica: a perspectiva. Ela representa graficamente as três dimensões de um
objeto em um único plano, de maneira a transmitir a ideia de profundidade e relevo.
Desenho Técnico
Existem diferentes tipos de perspectiva. Veja como fica a representação de um cubo em três tipos
diferentes de perspectiva:

Cada tipo de perspectiva mostra o objeto de um jeito. Comparando as três formas de representação,
você pode notar que a perspectiva isométrica é a que dá a ideia menos deformada do objeto.
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Ângulos
Para estudar a perspectiva isométrica, precisamos saber o que é um ângulo e a maneira como ele é
representado.
Ângulo é a figura geométrica formada por duas semi-retas de mesma origem. A medida do ângulo é
dada pela abertura entre seus lados.
Desenho Técnico

Uma das formas para se medir o ângulo


consiste em dividir a circunferência em 360
partes iguais. Cada uma dessas partes
corresponde a 1 grau (1º).
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Eixos isométricos
O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de três semi-retas que têm
o mesmo ponto de origem e formam entre si três ângulos de 120°.

Essas semi-retas, assim dispostas, recebem o


nome de eixos isométricos.
Cada uma das semi-retas é um eixo isométrico.
Desenho Técnico
Linha isométrica
Agora você vai conhecer outro elemento muito
importante para o traçado da perspectiva isométrica: as
linhas isométricas.
Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada
linha isométrica.
Desenho Técnico
As linhas não paralelas aos eixos isométricos são linhas não isométricas. A
reta v, na figura abaixo, é um exemplo de linha não isométrica.
Desenho Técnico
Para facilitar o traçado da perspectiva isométrica à mão livre, podemos usar um tipo de papel
reticulado que apresenta uma rede de linhas que formam entre si ângulos de 120º. Essas linhas
servem como guia para orientar o traçado do ângulo correto da perspectiva isométrica.
Desenho Técnico
Traçando a perspectiva isométrica do prisma

1ª fase - Trace levemente, à mão livre, os eixos isométricos e indique o comprimento, a largura e
a altura sobre cada eixo.
Desenho Técnico
2ª fase - A partir dos pontos onde você marcou o comprimento e a altura, trace duas
linhas isométricas que se cruzam. Assim ficará determinada a face da frente do modelo.
Desenho Técnico
3ª fase - Trace agora duas linhas isométricas que se cruzam a partir dos pontos onde
você marcou o comprimento e a largura. Assim ficará determinada a face superior do
modelo.
Desenho Técnico
4ª fase - E, finalmente, você encontrará a face lateral do modelo. Para tanto, basta
traçar duas linhas isométricas a partir dos pontos onde você indicou a largura e a altura.
Desenho Técnico
5ª fase (conclusão) - Apague os excessos das linhas de construção, isto é, das linhas e
dos eixos isométricos que serviram de base para a representação do modelo. Depois, é só
reforçar os contornos da figura e está concluído o traçado da perspectiva isométrica do
prisma retangular.
VISTAS - PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

A perspectiva isométrica é um método para representar


visualmente objetos tridimensionais em duas dimensões
em desenhos técnicos e de engenharia.

Os três eixos de coordenadas aparecem igualmente


encurtados e o ângulo entre dois deles é de 120 graus.

Em nossos
projetos,
usaremos essas
três vistas:
COMPRIMENTO X LARGURA X ALTURA
• Comprimento: a maior medida de um objeto;
• Largura: a dimensão mediana ou transversal de um objeto;
• Altura: a medida desde a base do objeto até o seu topo;
• Profundidade: dimensão total da parte interna de objeto, medindo desde seu topo até a
parte mais negativa verticalmente.
O método de representação de objetos em dois semiplanos perpendiculares entre si, criado por
Gaspar Monge, é também conhecido como método mongeano.
Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método mongeano adotam a projeção ortográfica
no 1º diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a representação no 1º diedro.
Entretanto, alguns países, como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá, representam seus
desenhos técnicos no 3º diedro
Desenho Técnico
Vistas

A letra A, na face da frente do modelo em perspectiva, aparece também na vista frontal. Isso ocorre porque
a vista frontal corresponde à face da frente do modelo.
Na perspectiva, as letras B e C indicam as faces de cima do modelo. Essas letras aparecem na vista
superior mostrando a correspondência entre as faces de cima do modelo e sua representação na vista
superior. Finalmente, as letras D e E, ou seja, as faces de lado do modelo - correspondem às faces D e E
na vista lateral esquerda.
CORTES
O corte é um recurso utilizado em desenho técnico, onde, para melhor representar a parte de uma
peça (ou de um conjunto), esta peça(ou este conjunto) foi supostamente cortada por um plano
secante, imaginário, e a parte anterior a este plano removida, deixando á mostra o interior da
peça.

De acordo com a complexidade ou com a forma da peça, o


corte a ser aplicado poderá ser:

- PLENO ou TOTAL
- MEIO CORTE
- EM DESVIO
- PARCIAL
- REBATIDO
CORTES

1. Corte Pleno ou
Total

Corte total é aquele que


atinge a peça em toda a
sua extensão.

• Poderá ser
longitudinal, ou
transversal.
CORTES

2. Meio Corte
Este tipo de corte é aplicado especificamente em peças simétricas, permitindo mostrar
metade da vista em corte (parte interna da peça), e a outra metade em vista externa, com
omissão do tracejado, salvo em casos em que a representação das linhas tracejadas
venham facilitar para uma melhor leitura e interpretação do desenho.
CORTES
3. Corte em Desvio
É aplicado quando em uma peça em que se deseja efetuar um corte, existir uma ou mais detalhes, em
que se simplesmente for aplicado um corte total, estes detalhes não serial atingidos pelo plano secante
por estarem fora do alcance do mesmo. Neste caso desvia-se a 90º o plano secante que se possa
atingir os detalhes, podendo desviar-se tantas vezes quantas forem necessário.
CORTES
3. Corte em Desvio
É aplicado quando em uma peça em que se deseja efetuar um corte, existir uma ou mais detalhes, em
que se simplesmente for aplicado um corte total, estes detalhes não serial atingidos pelo plano secante
por estarem fora do alcance do mesmo. Neste caso desvia-se a 90º o plano secante que se possa atingir
os detalhes, podendo desviar-se tantas vezes quantas forem necessário.
CORTES
4. Corte Parcial
Aplica-se este corte, quando deseja-se focalizar algum detalhe interno da peça em estudo, que pela
sua configuração não justifica a aplicação de nenhum dos cortes anteriormente conceituados.

O corte parcial é finalizado por uma linha de ruptura.


CORTES
5. Corte Rebatido
É consequência da rotação de detalhes situados oblíquos com relação à horizontal, visando representar
sem deformação os detalhes assim situados.
HACHURA
Hachuras são representações do material em regiões
de corte. Todo desenho representado em corte deve
conter hachuras, sendo específicas para cada tipo de
material.
Na projeção em corte, a superfície imaginada cortada
é preenchida com hachuras que são linhas estreitas
geralmente traçadas a 45º, porém em alguns casos é
permitido uma inclinação de 30º
As hachuras em uma peça composta (unidas ou montagem), são feitas em direções
diferentes. Cortes em componentes de paredes muito delgadas, como por exemplo:
chapas, juntas, guarnições, perfis estruturais, devem ser representadas em negrito com
espaçamento em branco.
As hachuras não devem ter a mesma inclinação de arestas das peças, nem
das cotas. Também não devem interceptar dimensões.

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