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SUMÁRIO
1 Conceito – Finalidade do Controle – Medição –
Método – Instrumento e Operador – Laboratório de Metrologia 06
1.1 Metrologia 06
1.2 Finalidade do Controle 06
1.3 Medição 06
1.3.1 Unidade 07
1.3.2 Padrão 07
1.4 Método, Instrumento e Operador 07
1.4.1 Método 07
1.4.2 Instrumento de Medição 07
1.4.3 Operador 08
1.5 Laboratório de Metrologia 08
1.5.1 Temperatura, Umidade, Vibração e Espaço 08
1.5.2 Iluminação e Limpeza 08
2 Unidades Dimensionais 09
2.1 Unidades Dimensionais Lineares 09
2.1.1 Sistema Métrico Decimal 09
2.1.2 A definição do Metro Padrão 09
2.1.2.1 A definição atual 09
2.1.2.2 A Definição Anterior 09
2.1.3 Metro Padrão Universal 10
2.1.3.1 Protótipo e Réplicas do Metro/A cópia do Brasil 10
2.1.4 Múltiplos e Submúltiplos do Metro 11
2.1.5 Unidades não Oficiais 11
2.1.5.1 Sistemas Inglês e Americano 11
2.2 Normas Gerais de Medição 12
3 Régua Graduada – Tipos e Usos Graduações da Escala 13
3.1 Sistema Métrico 13
3.2 Sistema Inglês 13
3.3 Graduações da Escala 15
3.3.1 Sistema Inglês Ordinário 15
3.4 Graduações da Escala 18
3.4.1 Sistema Métrico Decimal 18
4 Paquímetro 21
4.1 Princípio do Nônio 21
4.2 Cálculo de Aproximação (Sensibilidade) 23
4.3 Erros de Leitura 23
4.3.1 Paralaxe 23
4.3.2 Pressão de Medição 24
4.3.3 Erros de Medição 24
5 Paquímetro – Sistema Inglês Ordinário 27
5.1 Uso do Vernier (Nônio) 27
5.2 Processo de Execução 33
6 Paquímetro Sistema Métrico Decimal 35
6.1 Leitura da Escala Fixa 35
6.2 Uso do Vernier (Nônio) 35
6.3 Cálculo de aproximação 36
6.3.1 Leitura de Medidas 36
7 Paquímetro Sistema Inglês Decimal 38
7.1 Graduação da Escala Fixa 38
7.2 Uso do Vernier (Nônio) 39
7.2.1 Leitura de Medidas 40
8 Transformação de Medidas 42
8.1 Transformar polegada em milímetro 42
8.2 Transformar milímetro em polegada 43
8.2.1 Aplicando outro processo 43
4
8.3 Transformar sistema inglês ordinário em decimal 44
8.4 Transformar sistema inglês decimal em ordinário 44
8.5 Transformar polegada decimal em milímetro 44
8.6 Transformar milímetro em polegada 45
8.6.1 1º Processo – Divide-se o valor em milímetro por 25,4 45
8.6.2 2º Processo – Multiplica-se o valor em milímetro pela constante 0,03937” 45
9 Micrômetro 48
9.1 Características do Micrômetro 49
9.2 Tipos e Usos 49
9.3 Outros 52
9.4 Micrômetro Digital (adaptável ao computador) 53
9.5 O IMICRO 54
10 Micrômetro, Sistema Inglês Decimal 56
10.1 Leitura do Tambor 57
10.2 Uso do Nônio 58
10.3 Leitura por Estimativa 59
10.4 Calibração do Micrômetro 59
10.5 Processo de Execução 61
11 Micrômetro, Sistema Métrico Decimal 63
11.1 Leitura do Tambor 64
11.2 Uso do Nônio 65
11.3 Leitura por Estimativa 66
12 Medição Angular 68
12.1 Unidades de Medição Angular 68
12.1.1 Sistema Sexagesimal 68
12.1.2 Sistema Centesimal 68
12.3 Ângulos: Agudo, Obtuso e Raso 68
12.3.1 Ângulo agudo 68
12.3.2 Ângulo obtuso 69
12.3.3 Ângulo raso 69
12.4 Ângulos Complementares e Suplementares 69
12.4.1 Ângulos complementares 69
12.4.2 Ângulos Suplementares 69
12.5 Soma dos Ângulos Internos dos Triângulos 70
13 Goniômetro 71
13.1 Tipos e Usos 71
13.2 Divisão Angular 72
13.3 Leitura do Goniômetro 73
13.4 Utilização do Nônio 73
14 Noções de Tolerância 76
14.1 Tolerância 76
14.2 Sistema Internacional I.S.0. 76
14.3 Elementos Característicos do Sistema Internacional I.S.O. 77
14.4 Utilização da Tabela 77
15 Relógio Comparador 79
15.1 Tipos e Características 79
15.2 Princípio 79
15.2.1 Sistema de Engrenagem 79
15.2.2 Sistema de Alavanca 80
15.2.3 Amplificação Mista 80
15.3 Leitura do Relógio 80
15.4 Controle do Relógio 81
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 83
5
APRESENTAÇÃO
II – Uma medida exata é difícil de obter na prática. Isso produz erros inevitáveis. E as causas
são:
III – Produção em série, isto é, as peças são produzidas em larga escala, tais como as de
automóveis, de bicicletas, de televisores, de equipamentos, etc. São executados decompondo-se ao
máximo as suas operações, de modo que cada empregado faz apenas uma parcela do trabalho.
Mas o homem é o elemento mais importante. É ele a parte inteligente na apreciação das medidas.
De sua habilidade depende, em grande parte, a precisão conseguida. Um bom operador, servindo-se
de instrumentos relativamente débeis, consegue melhores resultados do que um operador inábil com
excelentes instrumentos.
Deve, pois, o operador, conhecer perfeitamente os instrumentos que utiliza, ter iniciativa para se
adaptar às circunstâncias. O método mais aconselhável é possuir conhecimentos suficientes para
interpretar os resultados encontrados. Por tais motivos, verificou-se ser de grande vantagem, para
atender as exigências técnicas das indústrias, a atualização dos cursos de Metrologia básica.
O êxito desse curso depende em grande parte da colaboração de profissionais receptivos às
inovações, capacitados a buscar e a aplicar novos conhecimentos. Esses profissionais crescerão
junto com suas empresas.
Renan vilella
Pedagogo Empresarial
Instrutor de Metrologia / Desenho
6
7
METROLOGIA
Aula 01
1.1 Metrologia
A metrologia aplica-se a todas as grandezas determinadas, em particular, às dimensões
lineares e angulares das peças mecânicas. Nenhum processo de usinagem permite que se obtenha
rigorosamente uma dimensão prefixada. Por essa razão, é necessário conhecer a grandeza do erro
tolerável, antes de se escolherem os meios de fabricação e controle convenientes.
1.3 Medição
O conceito de medir traz, em si, uma idéia de comparação. Como só se podem comparar
“coisas” da mesma espécie, cabe apresentar para a medição a seguinte definição, que, como as
demais, está sujeita a contestações:
"Medir é comparar uma dada grandeza com outra da mesma espécie, tomada como
unidade".
Uma contestação que pode ser feita é aquela que se refere à medição de temperatura, pois,
nesse caso, não se comparam grandezas, mas, sim, estados.
A expressão "medida de temperatura", embora consagrada, parece trazer em si alguma
inexatidão: além de não ser grandeza, ela não resiste também à condição de soma e subtração, que
pode ser considerada implícita na própria definição de medir.
Quando se diz que um determinado comprimento tem dois metros, pode-se afirmar que ele é a
metade de outro de quatro metros; entretanto, não se pode afirmar que a temperatura de quarenta
graus centígrados é duas vezes maior que uma de vinte graus, e nem a metade de outra de oitenta.
Portanto, para se medir um comprimento, deve-se primeiramente escolher outro que sirva
como unidade e verificar quantas vezes a unidade cabe dentro do comprimento por medir. Uma
superfície só pode ser medida com unidade de superfície; um volume, com unidade de volume; uma
8
velocidade, com unidade de velocidade; uma pressão, com unidade de pressão, etc.
1.3.1 Unidade
Entende-se por unidade um determinado valor em função do qual outros valores são
enunciados. Usando-se a unidade METRO, pode-se dizer, por exemplo, qual é o comprimento de um
corredor. A unidade é fixada por definição e independe do prevalecimento de condições físicas como
temperatura, grau higroscópico (umidade), pressão, etc.
1.3.2 Padrão
O padrão é a materialização da unidade; é influenciada por condições físicas, podendo-se
mesmo dizer que é a materialização da unidade, somente sob condições específicas . O metro-
padrão, por exemplo, tem o comprimento de um metro, somente quando está a uma determinada
temperatura, a uma determinada pressão, de um modo definido. É óbvio que a mudança de qualquer
uma dessas condições alterará o comprimento original.
1.4.1 Método
a) Medição Direta
Consiste em avaliar a grandeza por medir, por comparação direta com instrumentos, aparelhos
e máquinas de medir.
Esse método é, por exemplo, empregado na confecção de peças-protótipos, isto é, peças
originais utilizadas como referência, ou, ainda, quando o número de peças por executar for
relativamente pequeno.
1.4.3 Operador
O operador é, talvez, dos três, o elemento mais importante. É ele a parte inteligente na
apreciação das medidas. De sua habilidade depende, em grande parte, a precisão conseguida. Um
bom operador, servindo-se de instrumentos relativamente débeis, consegue melhores resultados do
que um operador inábil com excelentes instrumentos.
Deve, pois, o operador, conhecer perfeitamente os instrumentos que utiliza, ter iniciativa para
adaptar às circunstâncias o método mais aconselhável e possuir conhecimentos suficientes para
interpretar os resultados encontrados.
Para se protegerem as máquinas e aparelhos contra a vibração do prédio, forra-se a mesa com
tapete de borracha, com espessura de 15 a 20 mm, e sobre este se coloca uma chapa de aço, de 6
mm.
No laboratório, o espaço deve ser suficiente para acomodar em armários todos os instrumentos
e, ainda, proporcionar bem estar a todos que nele trabalham.
10
Aula 02
2 Unidades Dimensionais
➢ As unidades de medidas dimensionais representam valores de referência, que permitem:
➢ expressar as dimensões de objetos (realização de leitura de desenhos mecânicos);
➢ confeccionar e, em seguida, controlar as dimensões desses objetos (utilização de aparelhos
e instrumentos de medidas).
Exemplo: A altura da torre EIFFEL é de 300 metros; a espessura de uma folha de papel para
cigarros é de 30 micrometros.
Fig. 01
2.1.2 A definição do Metro Padrão
Fig. 03
11
2.1.2.2 A Definição Anterior
Anteriormente, em outubro de 1960 (11ª Reunião do “Le Bureau Internacional des Poids el
Measures”), o metro era definido como sendo 1.670.763,73 vezes o comprimento de onda de uma
luz emitida pela transição entre os níveis de energia 210 5d5 do átomo de Kriptônio 86 (Kr ) no
86
vácuo. Desta forma conseguia-se uma reprodução do metro com um erro de 0,010m (10nm).
Assim, a fascinante história do metro se perde no tempo, acreditando-se que por volta do ano de
1790, teve início sua definição especificamente na França, onde procurava-se a definição de um
padrão de comprimento que não dependesse nem do corpo humano nem de materializações
deterioráveis pelo tempo.
Observação:
A 26 de junho de 1862, a lei imperial nº 1.157 adotava, no Brasil, o sistema métrico decimal.
Fig. 02
12
2.1.4 Múltiplos e Submúltiplos do Metro
Observação:
Muito embora a polegada estivesse com data de extinção marcada, na Inglaterra, para 1975,
será aplicada em nosso curso, em virtude do grande número de máquinas e aparelhos utilizados
pelas indústrias no Brasil que obedecem a esse sistema.
13
2.2 Normas Gerais de Medição
Medição é uma operação simples, porém só poderá ser bem efetuada por aqueles que se
preparam para tal fim.
O aprendizado de medição deverá ser acompanhado por um treinamento, quando o aluno será
orientado segundo as normas gerais de medição.
1. Tranqüilidade;
2. Limpeza;
3. Cuidado;
4. Paciência;
5. Senso de responsabilidade;
6. Sensibilidade;
7. Finalidade de posição medida;
8. Instrumento adequado;
9. Domínio sobre o instrumento.
Recomendações
Os instrumentos de medição são utilizados para determinar grandezas. A grandeza pode ser
determinada por comparação e por leitura em escala ou régua graduada.
É dever de todos os profissionais zelar pelo bom estado dos instrumentos de medição,
mantendo-se assim por maior tempo sua real precisão.
Evite:
Cuidados:
A escala ou régua graduada é constituída de aço, tendo sua graduação inicial situada na
extremidade esquerda. É fabricada em diversos comprimentos:
6” (152,4mm), 12” (304,8mm).
Fig. 01
A régua graduada apresenta-se em vários tipos, conforme mostram as figuras 02, 03, 04.
Fig. 02
Fig. 03
Fig. 04
15
O uso da régua graduada torna-se freqüente nas oficinas, conforme mostram as figuras 04, 05,
06, 07, 08.
Fig. 05
Fig. 06
Fig. 07 Fig. 08
16
Fig. 09
Conservação
Fig. 10
17
Fig. 11
1 1
Dividindo 1" por 2, teremos... 1 : 2 = 1 x =
2 2
Fig. 12
1 1
Dividindo 1" por 4, teremos... 1 : 4 = 1 x =
4 4
1
A distância entre traços = . Somando as frações, teremos:
4
1 1 2 (2) 1 1 1 1 3
+ = = ; + + =
4 4 4 (2) 2 4 4 4 4
Observação:
Operando com frações ordinárias, sempre que o resultado for numerador par, devemos
simplificar a fração.
1 1 2 2 (2) 1
Exemplo: + = . Simplificando, teremos: =
4 4 4 4 (2) 2
Fig. 13
1
Dividindo 1" por 8, teremos... 1 : 8 = 1 x
8
1 1
Dividindo 1" por 8, teremos: 1:8 = 1 x =
8 8
18
1
A distância entre traços = . Somando as frações, teremos:
8
1 1 (2) 1 1 1 1 = 3
+ = 2 = ;
8 8 8 (2) + +
4 8 8 8 8
1 1 1 1 4 (2) 2 (2) 1
+ + + = = = .
8 8 8 8 8 (2) 4 (2) 2
1 1
Dividindo 1" por 32, teremos... 1:32 = 1 x =
32 32
19
1 1 2 (2) 1 1 1 1 3
+ = = = ; + + = .
32 32 32 (2) 16 32 32 32 32
1 Metro = 10 Decímetros
1m = 10 dm
1 Decímetro = 10 Centímetro
1 dm = 10 cm
1 Centímetro = 10 Milímetros
1 cm = 10 mm
Fig. 16
Fig. 17
1cm : 10 = 1mm
A distância entre traços = 1mm
Fig. 18
20
Régua graduada
Exercício de leitura
Respostas
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
21
Régua graduada
Exercício de leitura
Respostas
15 16 17 18 19 20
22
Aula 04
4 Paquímetro
Utilizado para medição de peças, quando a quantidade não justifica um instrumental específico
1"
e a precisão requerida não desce a menos de 0, 02mm, e 0,001" (Fig. 1).
128
Fig. 01
23
Fig. 02
Tomando o comprimento total do nônio, que é igual a 9mm (Fig. 02), e dividindo pelo nº de
divisões do mesmo (10 divisões), concluímos que cada intervalo da divisão do nônio mede 0,9mm
(Fig. 03).
Fig. 03
Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa e uma divisão do nônio (Fig. 04),
concluímos que cada divisão é menor 0,1mm do que cada divisão da escala fixa. Essa diferença é
também à aproximação máxima fornecida pelo instrumento.
Fig. 04
Assim sendo, se fizermos coincidir o 1º traço do nônio com o da escala fixa, o paquímetro
estará aberto em 0,1mm (Fig. 05), coincidindo o 2º traço com 0,2mm (Fig. 06), o 3º traço com 0,3mm
(Fig. 07) e assim sucessivamente.
24
4.2 Cálculo de Aproximação (Sensibilidade)
Para se calcular a aproximação (também chamada sensibilidade) dos paquímetros, divide-se o
menor valor da escala principal (escala fixa), pelo número de divisões da escala móvel (nônio).
e a = aproximação
A= e = menor valor da escala principal (Fixa)
n
n = número de divisões do nônio (vernier)
e = 1mm
n = 20 divisões
1mm
a= = 0,05mm
20
Fig. 08
Observação:
O cálculo de aproximação obtido pela divisão do menor valor da escala principal pelo número
de divisões do nônio, é aplicado a todo e qualquer instrumento de medição possuidor de nônio, tais
como: paquímetros, micrômetros, goniômetros, etc.
4.3.1 Paralaxe
O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas, tem uma espessura mínima, a. Assim os
traços do nônio TN são mais elevados que os traços da régua TM (Fig. 09).
Fig. 09
25
Colocando-se o paquímetro perpendicularmente
a nossa vista e estando superpostos os traços TN e
TM, cada olho projeta o traço TN em posições opostas
(Fig. 10).
Fig. 10
A maioria das pessoas possuem maior acuidade visual em um dos olhos, o que provoca erro
de leitura.
Recomenda-se a leitura feita com um só olho, apesar das dificuldades em encontrar-se a
posição certa.
Fig. 11 Fig. 12
- erros de planidade;
- erros de paralelismo;
- erros da divisão da régua;
- erros da divisão do nônio;
- erros da colocação em zero.
26
Observação:
Fig. 13
Fig. 14
27
Fig. 15
28
Aula 05
Fig. 01
Assim sendo, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o traço zero do nônio coincida
com o primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida será de 1/16" (Fig. 02), no segundo traço,
1/8" (Fig. 03), no décimo traço, 5/8" (Fig. 04).
e
a= a = 1/16 : 8 = 1/16 x 1/8 = 1/128"
n
e = 1/16" a = 1/128"
N = 8 divisões
Fig. 05
29
Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa e uma divisão do nônio (Fig. 06)
concluímos que cada divisão do nônio é menor 1/128" do que cada divisão da escala fixa.
Fig. 06
Assim sendo, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio
coincida com o da escala fixa, a leitura da medida será 1/128" (Fig. 07), o segundo traço 1/64" (Fig.
08), o terceiro traço 3/128" (Fig. 09), o quarto traço 1/32", e assim sucessivamente.
Observação
Para a colocação de medidas, assim como para a leituras de medidas feitas em paquímetro do
sistema inglês ordinário, utilizaremos os seguintes processos:
Fig. 10
30
O quociente encontrado na divisão será o número de traços por deslocar na escala fixa pelo
zero do nônio (4 traços). O resto encontrado na divisão será a concordância do nônio, utilizando-se o
denominador da fração pedida (128) (Fig. 10).
Fig. 10
Fig. 11
Fig. 11
31
Processo para a Leitura de Medidas
Fig.12
Fig. 13
Fig .13
32
3º Exemplo – Ler a medida da figura 14.
Fig. 14
Fig. 15
Observação:
Fig. 15
33
34
Medir diâmetro externo é uma operação freqüentemente realizada pelo Inspetor de Medição, a
qual deve ser feita corretamente, a fim de se obter uma medida precisa e sem se danificar o
instrumento de medição.
Fig. 01 Fig. 02
Observação:
Utilize a mão direita (Fig. 03).
Fig. 03
Observação:
35
4º Passo – Faça a primeira medida.
a) Desloque o cursor, até que o encosto apresente uma abertura maior que a primeira medida
por fazer no padrão.
b) Encoste o centro do encosto fixo em uma das extremidades do diâmetro por medir (Fig. 04).
Fig. 04
c) Feche o paquímetro
suavemente, até que o
encosto móvel toque a outra
extremidade do diâmetro.
d) Exerça uma pressão
suficiente para manter a peça
ligeiramente presa entre os
encosto.
e) Posicione os encostos do
paquímetro na peça, de
maneira que estejam no
plano de medição.
f) Utilize a mão esquerda, para
melhor sentir o plano de Fig. 05
medição. (Fig. 05).
g) Faça a leitura da medida.
h) Abra o paquímetro e retire-o da peça, sem que os encostos a toquem.
i) Registre a medida feita na folha de tarefa, no local indicado, de acordo com o número do
padrão.
36
Aula 06
Fig. 01
Daí concluímos que, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o zero do nônio coincida
com o primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida será de 1mm (Fig. 02), no segundo traço
2mm (Fig. 03), no terceiro traço 3mm (Fig. 04), no décimo sétimo traço 17mm (Fig. 05), e assim
sucessivamente.
Fig. 05
Fig. 06
37
6.3 Cálculo de aproximação
e
a=
n
1mm
a= e = 1mm
50
a = 0,02mm n = 50 divisões
Fig. 07
Cada divisão do nônio é menor 0,02mm do que cada divisão da escala (Fig. 07).
Se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio coincida com o da
escala, a medida será 0,02mm (Fig. 08) o segundo traço 0,04mm (Fig. 09), o terceiro traço 0,06mm
(Fig. 10), o décimo sexto, 0,32mm (Fig. 11).
Fig. 11
Fig. 12
38
39
Aula 07
Fig. 01
Conforme mostra a figura 01, no intervalo de 1" temos 40 divisões. Operando a divisão,
teremos 1" : 40 = 0,025".
Fig. 02
Se deslocarmos o cursor de paquímetro até que o zero do nônio coincida com o primeiro traço
da escala, a leitura será 0,025" (Fig. 03), no segundo traço 0,050" (Fig. 04), no terceiro traço, 0,075"
(Fig. 05), no décimo traço 0,250" (Fig. 06), e assim sucessivamente.
Fig. 03 Fig. 04
Fig. 05 Fig. 06
40
7.2 Uso do Vernier (Nônio)
Sabendo-se que o menor valor da escala fixa é 0,025" e que o nônio (Fig. 07), possui 25
0,025"
divisões, teremos: a = = 0,001"
25
Fig. 07
Cada divisão do nônio é menor 0,001" do que duas divisões da escala (Fig. 08).
Fig. 08
Se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio coincida com a
escala, a leitura será 0,001" (Fig. 09), o segundo traço 0,002" (Fig. 10), o terceiro traço 0,003" (Fig.
11), o décimo segundo traço 0,012" (Fig. 12).
41
Fig. 09 Fig. 10 Fig. 11
Fig. 12
Para se efetuar leitura de medidas com paquímetro do sistema inglês decimal, procede-se da
seguinte forma: observa-se a que quantidade de milésimos corresponde ao traço da escala fixa,
ultrapassado pelo zero do nônio (Fig. 13) 0,150".
A seguir, observa-se a concordância do nônio (Fig. 13) 0,009". Somando-se os valores 0,150"
+ 0,009", a leitura da medida será 0,159".
Fig. 13
Exemplo:
Fig. 14
42
43
Aula 08
8 Transformação de Medidas
Agora você vai aprender vários tipos de transformação de medidas, os quais serão
mencionados de acordo com a aprendizagem dos diversos sistemas de unidades de medidas.
1º Transformação
Para se transformar polegada inteira em milímetros, multiplica-se 25, 4mm pela quantidade de
polegadas por transformar.
Quando o número for misto, inicialmente se transforma o número misto em uma fração
imprópria e, a seguir, opera-se como no 2º caso.
3"
Exemplo: Transformar 1 em milímetros.
4
3" 1x4 + 3 7
1 = =
4 4 4
7 25,4 X7
= = 44,45mm
4 4
44
2ª Transformação
9,525X 5,04 48
=
128 128
128
Nota: 5,03937 5,04
25,4
45
3ª Transformação
Para se transformar sistema inglês ordinário em decimal, divide-se o numerador da fração pelo
denominador.
4ª Transformação
Para se transformar sistema inglês decimal em ordinário, multiplica-se valor em decimal por
uma das divisões da polegada, dando-se para denominador a mesma divisão tomada, simplificando-
se a fração, quando necessário.
0,3125" x128 40
=
128 128
5ª Transformação
46
Exemplo – Transformar 0,875" em milímetro.
6ª Transformação
Observação
1mm = 0,03937
1"
Nota 0,03937"
25,4
Observação
47
Exercícios
7/32" =
11/16" =
1/128" =
1 7/8" =
19,05mm =
25,00mm =
1,5875mm =
3/64" =
7/16" =
3/32" =
48
4) Transforme em polegada ordinária: Cálculo
0,375" =
0,3125" =
1,125" =
11,1125mm =
6,35mm =
79,375mm =
60,325mm =
0,0625" =
0,001" =
1,500" =
49
Aula 09
Micrômetros, Nomenclatura tipos e usos
9 Micrômetro
A precisão de medição que se obtém com o paquímetro, às vezes, não é suficiente. Para
medições mais rigorosas, utiliza-se o micrômetro, que assegura uma exatidão de 0,01mm.
O micrômetro é um instrumento de dimensão variável que permite medir, por leitura direta, as
dimensões reais com uma aproximação de até 0,001mm (Fig. 01).
Fig. 01
O princípio utilizado é o do sistema parafuso e porca. Assim, se, numa porca fixa, um parafuso
der um giro de uma volta, haverá um avanço de uma distância igual ao seu passo.
50
9.1 Características do Micrômetro
Arco
É construído de aço especial e tratado termicamente, a fim de eliminar as tensões, e munido de
protetor antitérmico, para evitar a dilatação pelo calor das mãos.
Parafuso Micrométrico
É construído de aço de alto teor de liga, temperado a uma dureza de 63 RC. Rosca retificada,
garantindo alta precisão no passo.
Contatores
Apresentam-se rigorosamente planos e paralelos, e em alguns instrumentos são de metal duro,
de alta resistência ao desgaste.
Fixador ou Trava
Permite a fixação de medidas.
Luva Externa
Onde é gravada a escala, de acordo com a capacidade de medição do instrumento.
Tambor
Com seu movimento rotativo e através de sua escala, permite a complementação das medidas.
Porca de Ajuste
Quando necessário, permite o ajuste do parafuso micrométrico.
Catraca
Assegura uma pressão de medição constante.
Fig. 02
51
Fig. 03 – Micrômetro para medição de espessura de tubos.
Fig. 03
Fig. 04 – Micrômetro com discos, para medição de papel, cartolina, couro e borracha. Também
é empregado para a medição de passo de engrenagem.
Fig. 04
Fig. 05 – Micrômetro Oltilmeter. Utilizado para medição de diâmetros externos de peças com
números ímpares de divisões, tais como: machos, fresas, eixos entalhados, etc.
Fig. 05
52
Fig. 06 – Micrômetro para a medição de roscas.
Fig. 06
Fig. 07
Fig. 08 – Micrômetro com relógio. Utilizado para a medição de peças em série. Fixado em
grampo antitérmico.
Fig. 08
53
Fig. 09 – Micrômetro para medição externa, com hastes intercambiáveis.
Fig. 09
9.3 Outros
54
9.4 Micrômetro Digital (adaptável ao computador)
Fig. 10
Fig. 11 Fig. 12
55
Fig. 13
Fig. 14
9.5 O IMICRO
é um instrumento de alta precisão: os seus três contatores permitem um alojamento perfeito do
instrumento no furo por medir, encontrando-se facilmente a posição correta de medição.
Fig. 15
56
Fig. 16 – Mecanismo do IMICRO.
Fig. 16
Recomendações:
Conservação:
57
Aula 10
10 Micrômetro, Sistema Inglês Decimal
Para efetuarmos leitura com o micrômetro do sistema inglês decimal, é necessário
conhecermos inicialmente as divisões da escala da luva (Fig. 01).
Fig. 01
Conforme mostra a Fig. 01, a escala da luva é formada por uma reta longitudinal (linha de
referência), na qual o comprimento de 1" é dividido em 40 partes iguais. Daí concluímos que a
distância entre as divisões da escala da luva é igual a 0,025", que corresponde ao passo do parafuso
micrométrico (Fig. 02).
Fig. 02
Observação:
Estando o micrômetro fechado, se dermos uma volta completa no tambor rotativo, teremos um
deslocamento do parafuso micrométrico igual ao seu passo (0,025"), aparecendo o primeiro traço na
escala da luva (Fig. 03). A leitura da medida será 0,025". Dando-se duas voltas completas, aparecerá
o segundo traço: a leitura da medida será 0,050" (Fig. 04). E assim sucessivamente.
Fig. 03 Fig. 04
58
10.1 Leitura do Tambor
Sabendo-se que uma volta no tambor equivale a 0,025", tendo o tambor 25 divisões (Fig. 05),
conclui-se que cada divisão do tambor equivale a 0,001".
Nº de divisões do tambor = 25
0,025"
Cada divisão do tambor = = 0,001"
25
Fig. 05
Assim sendo, se fizermos coincidir o primeiro traço do tambor com a linha de referência da
luva, a leitura será 0,001" (Fig. 06), o segundo traço 0,002" (Fig. 07), o vigésimo quarto traço 0,024"
(Fig. 08).
Sabendo-se a leitura da escala da luva e do tambor, podemos ler qualquer medida registrada
no micrômetro (Fig. 09).
Fig. 09
59
Leitura da escala da luva = 0,225"
Leitura do tambor = 0,012"
Para efetuarmos a leitura da medida, soma-se a leitura da escala da luva com a do tambor:
0,225" + 0,012" = 0,237" (Fig. 09).
Fig. 10
a = aproximação
e = menor valor da escala do tambor = 0,001"
n = nº de divisões do nônio = 10 divisões.
0,001"
a= = 0,0001"
10
Se girarmos o tambor até que o primeiro traço coincida com o do nônio, a leitura da medida
será 0,0001" (Fig. 11), o segundo 0,0002" (Fig. 12), o oitavo 0,0008” (Fig. 13).
60
10.3 Leitura por Estimativa
Grande quantidade dos micrômetros utilizados nas indústrias não possuem nônio, obrigando
assim a todos que os utilizam a fazer a leitura por estimativa (Fig. 14).
Fig. 14
Sendo 0,001" = 0,0010", se girarmos o tambor até que a linha de referência da escala da luva
fique na metade do intervalo entre o zero do tambor e o primeiro traço, fazemos a leitura, por
estimativa, 0,0005" (Fig. 14).
Fig. 15
Nos micrômetros de 1" a 2", 2" a 3", etc., utiliza-se a barra-padrão para calibração do
instrumento (Fig. 16 e 17). Não havendo a concordância perfeita, faz-se a regulagem do micrômetro
através de uma chave especial, para o deslocamento da luva ou do tambor, de acordo com o tipo do
instrumento.
Fig. 16
Fig. 17
61
62
A aplicação do micrômetro para a medição de diâmetros externos requer do Inspetor de Medição
cuidados especiais, não só para obtenção de medidas precisas, como para a conservação do
instrumento.
Fig. 01 Fig. 02
a – Feche o micrômetro através da catraca até que se faça ouvir o funcionamento da mesma.
b – Observe a concordância do zero da escala da luva com o do tambor.
Observação:
Caso o micrômetro apresente diferença de concordância entre o zero da luva e o do tambor,
deverá ser feita a regulagem do instrumento.
63
4º Passo – Faça a primeira medida.
c – Prenda o padrão entre os dedos indicador e médio da mão esquerda (Fig. 04).
Fig. 04
d – Encoste o contator fixo em uma das extremidades de diâmetro do padrão por medir.
e – Feche o micrômetro, através da catraca, até que se faça ouvir o funcionamento da mesma.
f – Faça a leitura da medida.
g – Registre a medida na Folha de Tarefa.
h – Abra o micrômetro e retire-o do padrão, sem que os contatores toquem a peça.
64
Aula 11
Fig. 01
Fig. 02
Sabendo-se que, nos micrômetros do sistema métrico, o comprimento da escala da luva mede
25,00mm, se dividirmos o comprimento da escala pelo nº de divisões existentes, encontraremos o
valor da distância entre as divisões (0,50mm), que é igual ao passo do parafuso micrométrico (Fig.
03).
Fig. 03
Estando o micrômetro fechado, dando uma volta completa no tambor rotativo, teremos um
deslocamento do parafuso micrométrico igual ao seu passo (0,50mm), aparecendo o primeiro traço
na escala de luva (Fig. 04). A leitura da medida será 0,50mm. Dando-se duas voltas completas,
aparecerá o segundo traço, e a leitura será 1,00mm (Fig. 05). E assim sucessivamente.
65
Fig. 04 Fig. 05
Fig. 06
66
Sabendo a leitura da escala da luva e do tambor, podemos ler qualquer medida registrada no
micrômetro (Fig. 10).
Fig. 10
Para efetuarmos a leitura da medida, somamos a leitura da escala da luva com a do tambor:
8,50 + 0,32 = 8,82mm.
Na figura 11, mostramos outro exemplo, com a utilização do micrômetro em que a escala da
luva apresenta a posição dos traços de forma diferente.
Fig. 11
Fig. 12
67
a = aproximação
e = menor valor da escala do tambor = 0,01mm
n = nº de divisões do nônio = 10 divisões
e
a=
n
0,01
a= = 0,001mm
10
Observação:
Se girarmos o tambor até que o primeiro traço coincida com o do nônio, a medida será
0,001mm = 1 m (Fig. 13), o segundo 0,002mm = 2 m (Fig. 14), o oitavo 0,008mm = 5m (Fig. 15).
Fig. 16
68
69
Aula 12
12 Medição Angular
Exemplo: 27,4583g = 27g 45c 83cc lê-se: 27 grados, 45 novos minutos, e 83 novos segundos.
A unidade legal é o ângulo formado por duas retas que cortam, formando ângulos adjacentes
iguais (Fig. 01). Esse valor, chamado ângulo reto (90°), é subdividido de acordo com os sistemas
existentes.
Fig. 01
Fig. 02
70
12.3.2 Ângulo obtuso
É aquele cuja abertura é maior do que a do ângulo
reto (Fig. 03).
Fig. 03
Fig. 04
12.4.1 Ângulos complementares – são aqueles cuja soma é igual a um ângulo reto ( Fig. 05).
Fig. 05
Fig. 06
Observação:
Para somarmos ou subtrairmos graus, devemos colocar as unidades iguais sob as outras.
Devemos operar da mesma forma, quando temos as unidades graus, minutos e segundos.
Convertendo 90° em graus, minutos e segundos, teremos: 90° - 89° 59' 60"
Fig. 07 Fig. 08
 + B̂ + Ĉ = 180°
Ĉ = 180° - (Â + B̂ ) =
Ĉ = 180° - 130°
Ĉ = 50°
Fig. 09
 = 70°
B̂ = 60°
72
Aula 13
13 Goniômetro
O goniômetro é um instrumento que serve para medir ou verificar ângulos.
Na figura 01, temos um goniômetro de precisão. O disco graduado e o esquadro formam uma
só peça, apresentando quatro graduações de 0° a 90°. O articulador gira com o disco do vernier e,
em sua extremidade, há um ressalto adaptável à régua.
Fig. 01
Fig. 02 Fig. 03
Fig. 04
73
As figuras de 5 a 9 dão exemplos de diferentes medições de ângulos de peças ou ferramentas,
mostrando várias posições da lâmina.
Fig. 05
Fig. 06 Fig. 07
Fig. 08 Fig. 09
Fig. 10
74
13.3 Leitura do Goniômetro
Lêem-se os graus inteiros na graduação do disco com o traço zero do nônio (Fig. 11). O
sentido da leitura tanto pode ser da direita para a esquerda, como da esquerda para a direita (Fig.
12).
Fig. 11 Fig. 12
Fig. 13
Cálculo de Aproximação
a = aproximação
e = menor valor do disco graduado = 1°
n = número de divisões do nônio = 12 divisões
e
a=
n
1° 60'
a= = = 5'
12 12
75
Cada divisão do nônio é menor 5'do que duas divisões do disco graduado.
Se fizermos coincidir o primeiro traço do Nônio, a leitura será 0° 5'(Fig. 14); o segundo traço, a
leitura será 0° 10'(Fig. 15); o nono traço, a leitura será 0° 50'(Fig. 16).
Fig. 14 Fig. 15
Fig. 16
Fig. 17
76
77
Aula 14
14 Noções de Tolerância
14.1 Tolerância
Nos desenhos utilizados nas indústrias mecânicas, encontramos certas medidas das peças,
+ 0,02
acompanhadas de algarismos adicionais precedidos de sinais positivos e negativos .
30 - 0,01
Em tais casos se diz que qualquer dessas medidas fixa uma tolerância de fabricação ou uma
tolerância de usinagem. O número principal, em algarismo maior, indica a dimensão nominal. Os
números em algarismo menores, precedidos de sinal, representam os limites da tolerância admitida
para a usinagem, em relação à dimensão nominal.
+ 0,02
A medida admite dois limites.
30 - 0,01
Limite Superior: 30,00 + 0,02 = 30, 02mm = DIMENSÃO MÁXIMA permitida na execução da
peça.
Limite Inferior: 30,00 – 0,01 = 29,99mm = DIMENSÃO MÍNIMA permitida na execução da peça.
2º) Uma medida exata, que seja rigorosamente a dimensão nominal indicada no desenho, é
difícil de obter na prática, pelas seguintes causas, que produzem erros inevitáveis.
3º) Produção em série, isto é, as peças são produzidas em larga escala, tais como as de
automóveis, bicicletas, máquinas de costura, armas de fogo, etc. São executadas, decompondo-se
ao máximo as suas operações de modo que cada empregado faz nela apenas uma parcela do
trabalho.
78
É também comum, na produção industrial, que certa empresa encomende a diversas outras,
mediante um desenho ou um projeto-padrão, séries ou partidas de uma mesma peça. Por tais
motivos, verificou-se ser de grande vantagem, para atender às exigências técnicas e econômicas das
indústrias, que se criasse um sistema uniforme ou normalizado de tolerância.
1º) ÍNDICE LITERAL, corresponde à posição da tolerância; é designado por letras maiúsculas
de A a Z para os furos e por letras minúsculas de a a z para os eixos.
Exemplo de um ajuste furo e eixo, onde podemos observar a dimensão nominal, o índice literal
e o índice numérico.
H7
25
j6
Observação:
+ 21
Furo 25 0
+9
Eixo 25 -4
79
Ajustes Recomendados – Sistema Furo Base H7
Tolerância em milésimo de milímetros = m
Dimensão
Furo
Nominal Eixo
mm
Acima
Até H7 f7 g6 h6 j6 k6 m6 n6 r6 s6
de
- 3 +9 - 7 - 3 0 +6 +6 +9 +13 +19 +22
0 -16 -10 -7 -1 0 +2 + 6 +12 +15
3 6 +12 -10 - 4 0 +7 +9 +12 +16 +23 +27
0 -22 -12 -8 -1 +1 + 4 + 8 +15 +19
6 10 +15 -13 - 5 0 +7 +10 +15 +19 +28 +32
0 -28 -14 -9 -2 + 1 + 6 +10 +19 +23
10 18 +18 -16 - 6 0 +8 +12 +18 +23 +34 +39
0 -34 -17 -11 -3 + 1 + 7 +12 +23 +28
18 30 +21 -20 - 7 0 +9 +15 +21 +28 +41 +48
0 -41 -20 -13 -4 + 2 + 8 +15 +28 +35
30 50 +25 -25 - 9 0 +11 +18 +25 +33 +50 +59
0 -50 -25 -16 - 5 + 2 + 9 +17 +34 +45
+60 +72
50 65 +30 -30 -10 0 +12 +21 +30 +38 +41 +53
+62 +78
65 80 0 -60 -29 -19 - 7 + 2 +11 +20
+43 +59
+73 + 93
80 100 +35 -36 -12 0 +13 +25 +35 +45 +51 + 71
+76 +101
100 120 0 -71 -34 -22 - 9 + 3 +13 +23 +54 + 79
+88 +117
120 140 +40 -43 -14 0 +14 +28 +40 +52 +63 + 92
+90 +125
140 160 0 -83 -39 -25 -11 +3 +15 +27 +65 +100
+93 +133
160 180 +68 +108
+106 +151
180 200 +46 -50 -15 0 +16 +33 +46 +60 + 77 +122
+109 +159
200 225 0 -96 -44 -29 -13 + 4 +17 +31 + 80 +130
+113 +169
225 250 + 84 +140
280 +52 - 56 -17 0 +16 +36 +12 +66 +126 +190
250 +158
+ 94
+130 +202
280 315 0 -108 -49 -32 -16 +4 +20 +34 + 98 +170
+144 +226
315 355 +57 - 62 -18 0 +18 +40 +57 +73 +108 +190
+150 +244
355 400 0 -119 -54 -36 -18 +4 +21 +37
+114 +208
+166 +272
400 450 +63 -68 -20 0 +20 +45 +63 +80 +126 +232
+172 +292
450 500 0 -131 -60 -40 -20 + 5 +23 +40 +132 +252
Nota: Para ajustes com outros campos de tolerâncias. Existem outras tabelas.
80
Aula 15
15 Relógio Comparador
Fig. 01 Fig. 02
15.2 Princípio
A ponta apalpadora fica em contato com a peça. A diferença de medida da peça provoca um
deslocamento retilíneo da ponta, transmitido por um sistema de amplificação ao ponteiro do relógio.
A posição do ponteiro no mostrador indica a leitura da medida.
Fig. 03
81
15.2.2 Sistema de Alavanca
Consiste no movimento da mesma, provocado pela subida da ponta apalpadora. Este sistema,
embora tenha um campo de medição restrito, alcança uma precisão de até 0,001mm (Fig. 04).
Fig. 04
Fig. 05
82
Dois índices reguláveis, presos na caixa do
mostrador, permite situar facilmente a tolerância
entre duas referências (Fig. 06).
Uma mola mantém a ponta apalpadora em
contato permanente com a peça, a uma pressão de
50 a 100g.
Fig. 06
Fig. 07
Recomendações:
1) Ao utilizar o relógio, desça suavemente o apalpador sobre a peça.
2) Ao retirar a peça, levante ligeiramente o apalpador.
3) O relógio deverá estar perpendicular à superfície da peça, para que não se cometam erros
de medidas.
4) Evite choques, arranhões e sujeiras.
5) Mantenha o relógio guardado em estojo próprio.
83
Tipos de aplicações (Figs. 8,9,10,11,12,13, e 14)
Fig. 08 Fig. 09
Fig. 10 Fig. 11
84
85
Para medidas de distâncias entre furos e rasgos, existem relógios especiais com pontas longas
e reversíveis, ajustáveis a vários ângulos (Fig. 12).
Fig. 12
Fig. 13 Fig. 14
86
Observação:
Fig. 15
Fig. 16
Fig. 17
87
88
Anotacoes
__________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________
_
89