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Procedimentos de
Manutenção
Comuns em Oficinas
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
CDU 629
ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 6
1 Introdução 8
1.1.2 Calibradores 10
1.1.3 Paquímetro 11
1.1.4 Micrômetro 13
1.2.1 Compasso 16
1.2.2 Lima 16
1.2.5 Raspagem 20
1.4 Solda 26
3
1.4.2 Inspeção em Solda 28
1.5.3 Frenagem 31
1.6 Tubulações 32
1.6.1 Curvatura 32
1.6.2 Flangeamento 32
1.6.3 Frisamento 33
1.7 Corrosão 34
Glossário 37
Atividades 39
Referências 40
1 Introdução 42
1.1.3 Eletricidade 44
1.2 Extintores 45
4
1.2.1 Tipos e operação 45
1.3.1 Choque 47
1.3.3 Queimaduras 49
1.3.4 Feridas 50
Atividades 52
Referências 53
Gabarito 54
5
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Este curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 2 unidades,
conforme a tabela a seguir.
Bons estudos!
6
UNIDADE 1 | PROCEDIMENTOS
BÁSICOS DE OFICINA
7
Unidade 1 | Procedimentos Básicos de Oficina
1 Introdução
Instrumentos de medição são utilizados para obter as medidas das peças durante o
processo de ajustagens. Há a possibilidade de eles apresentarem valores numéricos ou
não, sendo apenas padrões para comparação.
8
Figura 1: Régua graduada
A leitura da régua (figuras 2.A a 2.D) é feita de forma simples. Todavia, como a indicação
0 (zero) é feita pelo começo da régua, é possível utilizar o ponto 1 cm para iniciar a
medição, lembrando sempre de subtrair esse valor da medida encontrada.
Figura 2.A: Medição interna com régua Figura 2.B: Medição externa com
graduada régua graduada
9
• 1 polegada equivale a 25,4 mm ou 2,54 cm;
1.1.2 Calibradores
É importante ressaltar a existência de modelos em que esses lados não formam uma
peça única, sendo, então, os lados passa e não passa formando um conjunto de duas
peças (Figuras 3.A, B, C e D).
10
Figura 3.C: Calibrador externo Figura 3.D: Calibrador de rosca
interna
1.1.3 Paquímetro
O tipo mais utilizado é o paquímetro universal, que pode ser analógico ou digital.
a) orelha;
b) bicos;
c) impulsor;
d) nônio ou Vernier;
e) cursor;
f) impulsor;
g) escala;
h) medidor de profundidade.
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Figura 4.A: Medição interna do paquímetro universal
Figura 4.B: Medição de ressalto do paquímetro universal
Figura 4.C: Medição externa do paquímetro universal
Figura 4.D: Medição de profundidade do paquímetro universal
12
Figura 5.A: Leitura de paquímetro em milímetro
1.1.4 Micrômetro
13
A resolução desse aparelho é de 0,01 mm e 0,001 mm no sistema métrico ou de 0,001”
e 0,0001”. Enquanto a capacidade de medição é de 0 a 25 mm, variando de 25 em 25
mm, ou seja, 0 a 25 mm, 25 a 50 mm, e assim por diante. O mesmo raciocínio é válido
para polegada, mas a variação é de 1 em 1” nesse caso.
a) arco;
b) batente;
c) faces de medição;
d) encosto móvel;
e) bainha;
f) vernier;
g) tambor;
h) catraca;
i) escala fixa;
j) trava;
k) isolante térmico
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1.1.4.1 Leitura de micrômetro
Após esses cuidados, é imprescindível realizar a leitura somando o valor da escala fixa
(A+B) com a do tambor (C), dispondo como referência da linha central na escala fixa e
do início do tambor. Caso o micrômetro apresente o nônio, a soma é realizada à medida
que coincide com o tambor (D), conforme mostrado nas Figuras 7.A e 7.B.
Figura 7.A: Leitura de micrômetro escala métrica Figura 7.B: Leitura de micrômetro polegada
decimal
• compasso;
• lima;
• serra;
• machos;
• cossinetes;
• raspadores.
15
1.2.1 Compasso
É uma ferramenta usada para traçar arcos e circunferências na peça. Fabricada em aço-
carbono, apresenta a ponta afiada e um parafuso de ajuste para uma abertura mais
precisa. Também serve como instrumento de medição ajustando sua abertura na peça
e transferindo para outro instrumento de medição como: régua, paquímetro e até
micrômetro. Nesse caso, suas pontas dobram para dentro ou para fora, segundo as
Figuras 8.A, 8.B e 8.C, a fim de realizarem, respectivamente, medições externas e
internas.
Figura 8.A: Compasso ponta reta Figura 8.B: Compasso com Figura 8.C: Compasso com
pontas para fora pontas para dentro
1.2.2 Lima
• desbastar;
• remover rebarbas;
• entre outras.
A classificação desses materiais é feita pelo tamanho, pelo formato da seção e pela
espessura da ranhura. Quanto menor a quantidade de dentes, mais grossa é a lima e
mais material ela remove em um passo, caracterizando as limas bastardas. Por outro
lado, as com muitos dentes, denominadas limas murças, são mais finas e removem
menos material, proporcionando acabamento superficial mais requintado. As limas
bastardas e as murças são evidenciadas nas Figuras 9.A e 9.B.
16
Figura 9.A: Limas bastardas Figura 9.B: Limas murças
Quanto mais mole o material, mais fácil é removê-lo. Entretanto, como consequência,
o acúmulo nas ranhuras é maior. Devido a isso, as limas para metais mais moles, como
alumínio e latão, manifestam ranhuras especiais para facilitar o trabalho.
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O processo de serragem se assemelha ao de limagem. Portanto, consiste, basicamente,
em:
Um mantenedor precisa ficar atento para confeccionar ou reparar roscas, uma vez
que o restauro eficaz evita o descarte de uma peça. Para essa tarefa existem algumas
ferramentas especiais: o cossinete e o macho.
18
• encaixar o macho no furo;
• exercer pressão;
Figura 11.A: Jogo de machos Figura 11.B: Desandador Figura 11.C: Processo de
confecção de rosca interna com
machos
19
O processo de confecção de rosca externa é apresentado na Figura 12.D.
1.2.5 Raspagem
acabamento superficial, uma vez que é possível alcançar uma remoção de material de
0,01 mm, valor menor que o de um cavaco na limagem.
20
A apuração do resultado do serviço, a fim de averiguar em quais pontos ainda é
necessária a raspagem, é realizada ao espalhar uma tinta de contraste na peça,
passando-a sobre uma régua de centro, um cilindro padrão ou desempeno.
21
O uso dessa furadeira consiste em:
• ligar a furadeira;
22
• verificar a medida com auxílio de micrômetros ou calibradores tipo tampão
após o processo.
23
1.3.4 Confecção de Roscas Internas e Externas no Torno
Figura 17.A: Rosca externa e interna e seus Figura 17.B: Verificação do passo da rosca e
elementos confecção
24
Figura 17.C: Posicionamento da ferramenta Figura 17.D: Confecção de rosca externa
para confecção de rosca
Com o decorrer do tempo, uma ferramenta de corte naturalmente perde seu poder
cortante, resultando em baixa eficiência e aquecimento excessivo. Quando isso ocorre,
é recomendável afiá-la com o auxílio de um esmeril. Esmerilhar consiste em afiar o
corte de ferramentas e as brocas em ângulos preestabelecidos.
O ângulo das brocas (Figura 18.A) é de 118º e 90º, dependendo da dureza do material.
Enquanto o das ferramentas de corte (Figura 18.B) pode ser especificado observando
os gabaritos existentes para cada tipo de operação.
Figura 18.A: Afiação de broca em esmeril Figura 18.B: Afiação de ferramenta em esmeril
25
1.4 Solda
26
A solda de prata é largamente usada para solda de cobre e suas ligas, níquel e prata.
Todavia, a maior utilização em uma aeronave é na fabricação de dutos de oxigênio de
alta pressão e partes que precisam suportar vibração e altas temperaturas, pois ela
gera uma junta de resistência maior. O processo consiste em aquecer uma vareta de
liga à base de prata e cobre, podendo haver outros elementos, derretendo-a a fim de
conseguir a união da peça.
Por outro lado, a solda oxiacetileno (Figura 20.A) usa a mistura de dois gases, oxigênio
e acetileno, para a produção de chama no maçarico, criando, sobre a peça, uma poça
de fusão que une dois metais, com ou sem metal de adição, em forma de vareta. O
maçarico deve proporcionar a regulagem da porcentagem de cada gás para conseguir
a melhor chama para cada tipo de material.
Por último, a solda elétrica (Figura 20.B) é amplamente utilizada na indústria devido à
sua qualidade e aos seus custos acessíveis. Consiste em um processo em que a poça de
fusão é obtida por intermédio do calor gerado por um arco elétrico sobre a peça,
enquanto o arco é obtido por meio de uma máquina de solda. O cordão de solda é
formado a partir de um eletrodo revestido, que é constituído de um metal em seu
núcleo e revestido de minerais, ligas de ferro e outros elementos. O núcleo, além de
ser responsável pela passagem da corrente elétrica, serve como metal-base que se
funde à peça. O revestimento e os gases liberados têm a função de proteger a solda
até sua completa solidificação.
27
Figura 20.B: Solta elétrica
Essa inspeção, realizada por um profissional habilitado, é por métodos visuais ou por
ensaios não destrutivos, como líquido penetrante, raio X, ultrassom, entre outros.
Existem vários defeitos (Figuras 21.A, B e C) que podem ser encontrados em um cordão
de solda. São eles: trincas, falta de fusão, porosidade, falta de penetração, inclusões,
etc.
28
Figura 21.A: Falta de penetração Figura 21.B: Trinca
Os arames de freno, por sua vez, evitam que parafusos se soltem em razão das
vibrações comuns nas aeronaves.
29
1.5.1 Fixação de Conexões em Cabos de Aço Usados na
Aviação
Para unir um cabo a outros ou a superfícies de comando são usados conectores. Existem
vários tipos deles, os mais comuns são os embutidos. Com a finalidade de fixar um cabo
em um conector embutido, é necessário inserir, aproximadamente, uma polegada da
ponta do cabo, dobrando-o em direção ao conector para criar um nó que forneça o
atrito de fixação necessário.
Essas inspeções objetivam encontrar fios rompidos nos cabos, principalmente nas
partes em que passam por polias ou roldanas. Um método recomendado é passar
um pano sobre o cabo. Caso haja fios partidos, o pano enroscará. Entretanto, não se
garante a efetividade desse procedimento, exigindo-se uma verificação visual para
confirmação da ausência de fios rompidos e, também, de corrosão.
30
1.5.3 Frenagem
31
Além da têmpera, existem vários outros tipos de tratamentos
1.6 Tubulações
1.6.1 Curvatura
Em uma aeronave, o caminho a ser percorrido por uma tubulação nem sempre será uma
linha reta. Diante disso, é importante realizar curvas nas tubulações por intermédio
de ferramentas manuais ou por máquinas específicas. Todavia, é essencial evitar o
achatamento da tubulação na curva, assim como sua ruptura, garantindo a realização
de uma curva suave.
1.6.2 Flangeamento
O flangeamento é realizado por uma ferramenta manual que possui os moldes para
vários tipos de flanges.
32
Figura 23.A: Ferramenta para confecção de Figura 23.C: Exemplo de encaixe entre
flange em tubos tubo flangeados e uma união
1.6.3 Frisamento
É o ato de realizar frisos nos tubos. Para isso, é utilizada uma frisadora manual. Esses
frisos são usados para alicerçar um tubo em um equipamento por meio de braçadeiras
(Figuras 24.A e 24.B).
33
1.6.4 Conexões e Uniões
Além disso, quando uma nova tubulação for confeccionada, é fundamental investigar,
além dos vazamentos, se ela resiste às pressões a que será submetida.
1.7 Corrosão
34
a) No processo químico, os agentes da reação de corrosão estão em contato
direto com a superfície desprotegida da peça. Esses agentes são líquidos e
gases corrosivos. Nas aeronaves, eles podem ser respingos da bateria chumbo
ácido, resíduos de solventes de limpeza e gases proveniente das baterias.
35
1.7.3 Proteção contra Corrosão
Resumindo
36
Glossário
Arames de freno: arame flexível de aço, cobre ou latão usado para evitar que parafusos,
porcas e qualquer peça sujeita a vibrações se solte.
Curvas e as uniões em forma de T: peça ou conexão cuja função é conectar três peças
com rosca interna e realizar curvas e derivações nas linhas das tubulações.
Limas: ferramenta fabricada em aço com alto teor de carbono em sua composição,
sendo endurecida e temperada para adquirir maior resistência no desbaste de
superfícies.
37
Metal duro: liga de carboneto de tungstênio, produzida pela metalurgia do pó, usada
na confecção de ferramentas de melhor qualidade.
Niples: peça ou conexão cuja função é conectar duas peças com rosca interna. Rebarbas:
resto de material acumulado nas quinas da peça antes do acabamento.
Sistema inglês: sistema utilizado nos países anglo-saxões, tendo como unidades a
polegada, o pé, a milha, entre outros.
Usinabilidade: facilidade que um material tem de ser usinado sem perder suas
propriedades.
38
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Instrumentos de medição são
utilizados para obter as medidas das peças durante o processo
de ajustagens.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
39
Referências
40
UNIDADE 2 | PROCEDIMENTOS
DE SEGURANÇA NAS OFICINAS
41
Unidade 2 | Procedimentos de Segurança nas
Oficinas
1 Introdução
Para que os riscos sejam minimizados e os acidentes apresentem o menor nível possível
de prejuízo material e humano, o profissional precisa ter cautela diante de todas as
normas de segurança.
É sabido que toda empresa precisa ter profissionais cuja função seja salvaguardar a
integridade de todas as pessoas envolvidas, assim como do ambiente de trabalho. Eles
alcançam esse objetivo atuando na implementação de procedimentos de segurança e
fiscalização.
42
1.1.1 Equipamentos Manuais e Máquinas-Ferramenta
43
1.1.2 Procedimentos de Segurança ao Redor das Aeronaves
No decorrer da inspeção de uma aeronave, a área precisa ser isolada com fitas ou
correntes. Desse modo, as pessoas não envolvidas estão isentas de acidentes por
entrarem indevidamente naquele espaço.
1.1.3 Eletricidade
Uma corrente elétrica a partir de 20 mA causa dor; de 20 a 100 mA, convulsão e parada
respiratória; de 100 a 200 mA, fibrilação; e acima desses valores, parada cardíaca e
queimaduras. A passagem da corrente faz o indivíduo perder o controle sobre a
musculatura, dificultando a soltura do contato elétrico.
44
Antes de iniciar, o mantenedor precisa averiguar se a fonte de energia está desconectada,
verificando a existência de energia residual e, sempre que possível, desarmar os
disjuntores para manter os circuitos elétricos sem energia. Um treinamento específico
para atividade com energia elétrica também é recomendável.
1.2 Extintores
É recomendável ter fácil acesso aos extintores de incêndio para rápida utilização
quando um foco de incêndio surgir. Para que o combate seja efetivo, é necessário que
o operador esteja acostumado aos manejos e detalhes de cada tipo.
hh
É importante saber que a água nem sempre é eficiente para
extinguir um foco de incêndio e, em determinados casos, é
capaz de agravar a situação. Por isso, os incêndios são divididos
em classes e existe um tipo de extintor ideal para cada tipo.
• classe (A) - incêndios em materiais sólidos que deixam resíduos, por exemplo,
papel e madeira;
45
Existem, também, vários tipos de agentes extintores:
• gás carbônico - não conduz eletricidade, por isso é ideal para classe (C). Pode
ser utilizado em classe (B), por possuir ação de abafamento. Pelo fato de ser
asfixiante, é importante tomar cuidado ao usá-lo em locais apertados;
• espuma - usada para classe (B), age por abafamento e resfriamento. É utilizado
para classe (A) também.
46
1.3 Primeiros Socorros
1.3.1 Choque
A respiração artificial é um procedimento muito usado, que, muitas vezes, salva a vida
de uma pessoa. Ao realizá-la, o socorrista injeta ar pelas vias aéreas de uma vítima com
parada respiratória.
47
Para iniciá-la, é recomendado:
• inclinar a cabeça para trás e tampar o nariz da vítima para que o ar inserido não
saia;
• cobrir a boca da vítima com a própria boca até o peito dela se expandir;
hh
Na respiração artificial em crianças, o socorrista cobre, com sua
própria boca, o nariz e a boca do acidentado. A inserção do ar
precisa ser feita suavemente.
48
1.3.3 Queimaduras
• apagar as chamas;
49
Figura 30: Classes de queimaduras
1.3.4 Feridas
50
Resumindo
Nesta unidade, foi apresentado que o ambiente das oficinas está propício
a diversos tipos de acidentes. Todavia, com os devidos cuidados e a
efetuação das normas de segurança, os riscos diminuem
consideravelmente.
51
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A classe B de incêndios
corresponde a fogo em materiais sólidos que deixam resíduos,
por exemplo, papel e madeira.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
52
Referências
53
Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 V V
Unidade 2 F V
54