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Professor:
Renato Goulart Jasinevicius
Processos de Fabricação Mecânica
Sumário
Figura 1
Introdução: Movimentos e Grandezas
Ativos : promovem remoção de Material
Movimento
de corte
Movimento
de Avanço
Movimentos do Processo de Usinagem
Superfície de
Geometria do Torneamento saída
A
n
D
A Aresta
A principal de
corte Superfície de
n folga
V
Peça A-A f
Movimento efeitvo
Movimento de corte
n =90º
D
Ve Vc
Peça n
A A
Vf
Direção dos movimentos de A-A
corte, avanço e efetivo de
corte no torneamento. Ferramenta de corte
Movimento de avanço
: ângulo da direção do
avanço;
: ângulo da direção efetiva Plano de trabalho
Movimentos do Processo de Usinagem
Figura 2: Furação
Broca helicoidal
Vc
Movimento
de corte
Ve
Vf Peça
Direção dos movimentos de corte, Movimento = 90º
avanço e efetivo de corte no efetivo
torneamento.
Movimento de avanço
: ângulo da direção do avanço;
: ângulo da direção efetiva
Plano de trabalho
Movimentos do Processo de Usinagem
Figura 3: Fresamento
Movimento de
90º corte
Movimento
Ve
efetivo Vc
Plano de trabalho
Movimentos Passivos
Passivos: Não promovem remoção de material ao ocorrerem:
Movimento de ajuste (C): pré-determinação da
espessura da camada de material a ser removida.
Sangramento, furação e brochamento não ocorre este
movimento
Movimento de correção: compensação no
posicionamento causado por fatores como desgaste,
variações térmicas, def. plásticas, etc.
Movimento de aproximação: antes da usinagem
ap
A-A
Movimentos Passivos
Movimento de ajuste (C): pré-determinação
da espessura da camada de material a ser
removida. Sangramento, furação e
brochamento não ocorre este movimento
ap
n n
Vc
Peça
Vf Vf
A
n
D
A-A
A
x
desgaste
Movimento de correção:
compensação no
posicionamento causado Movimento de Correção C
A-A
Movimentos Passivos
R A
Movimento de
Recuo (R) Movimento de
Aproximação (A)
Grandezas do Processo de Usinagem
Df
Profundidade de usinagem, ap (mm)
Di D f
ap
l 2
Rotação da peça, n (rpm)
vf vc
n
Di
vf n f
Exemplos
45 750
Vc= Vc = 106m/min
1000
Exemplo 2 - Em uma operação de torneamento de uma peça de 70 mm,
a velocidade de corte indicada é de 160m/min. Determinar a rotação a
ser selecionada no torno.
n = 728 rpm
Grandezas do Processo de Usinagem
ap A
f
f
h
h
ap b
Onde: A ap
- Ângulo de Posição
ap - Profundidade de Usinagem b
ap
f - Avanço b
b - largura de corte sen
90º
h - Espessura de corte h f sen
Grandezas do Processo de Usinagem
L
tc
vf
vc
Onde L é comprimento de corte (mm)
ap
f n Taxa de remoção de material, Q , (mm3/min)
Di
Df
Q vc ap f
L
Potência de corte (kW)
P Qu
Onde u (W*seg/mm3) é a energia específica de corte e
depende do material
Necessidades de energia (aproxm.) em operações de usinagem (no motor
rendimento de 80% e multiplicar por 1.25 para ferramentas desgastadas
Vc e f
- parâmetros usados para otimização de corte
ap
- fixado para dimensões iniciais e finais
- limitado pela ferramenta de corte
Exemplo 4: Numa operação de torneamento cilíndrico de um aço ABNT 1045. O
comprimento considerado para o corte é de 150 mm (L), o avanço (f) usado será de
0,15 mm/revolução, a velocidade de corte (vc) é de 150 m/min. O diâmetro inicial da
peça é de 100 mm e o diâmetro final de 90mm. A profunidade de usinagem (ap) em
cada passo será de 2,5 mm. Calcule: Rotação da peça; b) Velocidade de avanço, c)
tempo de corte para realizar a operação ; d) taxa de remoção de material e; e) a
potência de corte.
L
a)
b)
c)
e)
Grandezas do Processo de Usinagem
100 700
vc 219,9m / min
1000
Exercício
● Formação do cavaco
● Saída do cavaco
● Forças de corte
● Desgaste da ferramenta
● Qualidade do Acabamento
Geometria da Cunha cortante
Blank afiado
Blank de Aço para
Rápido ferramenta
Geometria da Cunha cortante
Direção do corte
Superfície de folga
secundária
Raio da ponta da
ferramenta
Construção dos ângulos da Ferramenta
Superfície de saída
Esmeril
2
1 3
Aresta Secundária
Aresta principal de corte Corte A-A
A A
de corte
Superfície de saída
FILME 1
Pontos:
1 – entre a superfície de saída e a superfície do cavaco; 2
2 – entre a superfície de folga e a superfície que está
sendo cortada;
3 – entre a aresta secundária e a superfície usinada. Pontos 1, 2 e 3 : forte contato por atrito.
O que fazer?
O que fazer para evitar os contatos 2 e 3?
Criar uma superfície de folga na ferramenta
n 1
3 2
1
Aresta Secundária
Corte A-A
Aresta principal de corte
A A
de corte
Superfície de saída
Superfície de saída 1
Superfície
de folga
2
Aresta Principal de
corte Contato 2 : menor atrito
Aresta secundária
Superfície Pergunta: e o atrito na aresta secundária??????
de corte
de folga
Construção dos ângulos da Ferramenta
Superfície de saída
Superfície
de folga
secundária
Superfície
de folga
primária
Construção dos ângulos da Ferramenta
n
3
Aresta Secundária
Aresta principal de corte
A A
de corte
Superfície de saída
Superfície de
folga secundária
Aresta Principal
Aresta secundária de corte
de corte Superfície de
folga primária
Geometria da Cunha cortante
Cunha de
corte
Fresa de
Topo
Broca
a
b
Cunha de
corte
Geometria da Ferramenta de Tornear
Corte a esquerda
Ferramenta 2
= 60o
ap
n
L1 f
f
Corte a Direita Corte a esquerda ap L2
= 75o
Ferramenta 1
Corte a Direita
Sistema de Referência de Ferramenta
Direção Efetiva Direção de
de corte Corte
Plano de
Trabalho
Direção de
avanço
Vc
Plano Efetivo
de Medida f
Plano de
Plano de Referência
Efetivo de Plano de Base
Corte
Plano de
Medida
Direção de
avanço
Plano de
Medida
Plano de
Corte Plano de
90º
Referência
Plano de
Base
Plano de
Corte
Plano de Plano de
Base Referência
Direção do corte
Direção do
avanço
Plano de referência
da ferramenta
Direção do corte
Direção do
avanço
Plano de
medida
Direção do corte
Direção do
avanço
Plano de corte
Direção de Avanço
Plano de
referência
Plano de
Trabalho
’r
r ap
Plano de
Trabalho
Ângulo de
folga primário
a
Raio de ponta
Planos do sistema de
Ângulo de folga primário a referência
Fonte p.26 Nelson Schneider
Ângulos definidos no plano de referência
Direção de Avanço
Plano de
referência
Plano de
Trabalho
’r
r ap
Plano de
Trabalho
Ângulo de posição
secundário
’r Plano de
trabalho
Ângulo de r p
Posição
primário
Superfície
Aresta
Saída
principal
Direção do Plano de
avanço Referência
Ângulos definidos no Plano de corte
Ângulo de Inclinação
:ângulo de inclinação da aresta de corte da ferramenta
-
+
Aresta
Principal
Aresta
Principal
Ângulos definidos no Plano de corte
+
-
Ângulos medidos no Plano de corte
A
Plano de
trabalho
Plano de Referência
Corte A-A
Plano de
Medida
A
Plano de Corte
Plano de Corte
Ângulos medidos no Plano de corte
Direção do corte
Plano de referência
Superfície de folga
Ângulo secundário
de folga
a2 primária
Plano de Corte
A
Plano de Medida
A
Plano de b
Referência a
Corte A-A
Plano de Referência
Plano de Medida
Ângulos medidos no Plano de Corte e de Medida
Plano de Medida
Plano de Corte
Plano de Medida
Plano de
A
b Referência
A-A
Plano de Referência
Plano de Corte
Ângulos medidos no Plano de Corte e de Medida
Direção do corte
Direção do
avanço
Superfície de saída
Aresta secundária de
corte
Superfície de folga
primária
a1
Superfície de folga
secundária
Ângulos medidos no Plano de Corte e de Medida
Direção do corte
Superfície de saída
Direção do avanço
Superfície de folga
Aresta secundária de primária
corte
a1
Superfície de folga
secundária
Ângulos medidos no Plano de Corte e de Medida
Ângulo de Saída
= 0o
-
+
Aresta
Principal
PLANO DE DEFINIÇÃO ESQUEMA GEOMÉTRICO
MEDIÇÃO
ÂNGULO DE
Plano de Corte
Plano de Referência da
Ferramenta
B
SAÍDA Medida Ângulo entre a superfície
de saída e o plano de Plano de
referência Medida
Plano de
Corte
Ângulos de uma
Ferramenta Monocortante
Recomendações de Ângulos de uma Ferramenta Monocortante
Material HSS MD
a1 a2 χ1 χ2 a1 a2 χ1 χ2
Ligas de Al e Mg 20 15 12 10 5 0 5 5 5 15
Ligas de Cobre 5 10 8 8 5 0 5 5 5 15
Aços 10 12 5 5 15 -5 -5 5 5 15
Aços Inox 5 8-10 5 5 15 -5 – 0 -5 - +5 5 5 15
Ligas Altas temperat. 0 10 5 5 15 5 0 5 5 45
Ligas refratárias 0 20 5 5 5 0 0 5 5 15
Ligas de Ti 0 5 5 5 15 -5 -5 5 5 5
FoFo 5 10 5 5 15 -5 -5 5 5 15
Termoplásticos 0 0 20-30 15-20 10 0 0 20-30 15-20 10
Termorígidos 0 0 20-30 15-20 10 0 15 5 5 15
ângulo de inclinação
ângulo de saída
a1 ãngulo de folga principal
a2 ângulo de folga lateral ou secundário
χ1 ângulo de posição
χ2 ângulo de posição lateral
Ângulos de uma Broca
Guia
Diâmetro da
Broca
Quina com
Chanfro
Folga do corpo
Superfície de
saída Ângulo de Quina com raio
Canal
ponta helicoidal
Ângulos de uma Broca
Guia
Diâmetro da
Broca
Quina com
Chanfro
Folga do corpo
Superfície de
saída Ângulo de Quina com raio
Canal
ponta helicoidal
Ângulos de uma Broca
Aresta
transversal
12º
45º
Ângulo de Hélice
pequeno
Ângulo de Hélice
Médio
Ângulo de Hélice
Grande
Ângulos de uma Broca
Geometria da Fresa
D
D: Diâmetro da Ferramenta
L: comprimento da ferramenta
L2: Comprimento útil
L2
d1
Mecanismo de Formação do Cavaco
Introdução
Mecânica do Corte
Formação do Cavaco
Influência Sobre o Processo
Tipos de Cavaco
Mecanismo de Formação do Cavaco
Mecanismo de Formação do Cavaco
Ferramenta
Cavaco
Direção do corte cavaco
Peça
ferramenta
Direção do corte
Peça
Mecanismo de Formação do Cavaco
Considerações sobre o corte ortogonal
Peça
Mecanismo de Formação do Cavaco
Geometria
h0 = profundidade de usinagem (ap) espessura
do corte cavaco
h = espessura do cavaco
= ângulo de saída Ferramenta
β = ângulo de cunha h
a=ângulo de folga
= ângulo de cisalhamento
β
h0
a
Peça
Mecanismo de Formação do Cavaco
Modelo de carta de baralho para formação de cavaco Piispanen 1948 (J. of appl. Phys.V.19
p.867)
Direção do corte
cavaco t
Ferramenta
t0
Peça
h l s sen sen
r
0
Recalque
h ls cos( ) cos( )
r cos
tan
1 r sen( )
cavaco
h
Ferramenta
tan( ) + cot h0
ls β
a
Peça
Relação entre velocidades
Relação entre as velocidades
Vc –velocidade de corte - Ferramenta em
relação a peça
Vca – velocidade do cavaco - Cavaco em
Vs Vca
relação a ferramenta
Vs – Velocidade do cisalhamento -cavaco em
relação a peça
Vc Vca h0
r
Vc h
-γ Vca sen
Vca Vs Vc cos
Vs cos
Vc Vc cos
Exemplo
Solução:
r = h0/ h= 0.5mm/1.125mm = 0.444
tan = 0.444 cos(10°)/(1-0.444 sen10°) = 0.474
=> = 25.4°
= tan(γ)+cot = tan(25.4°-10°)+cot25.4° = 2.386
Deformação por cisalhamento (ε)
ε= cotang () + tang (-) cavaco
Para = 0o
ε tc
10º 5,84
B Ferramenta
20º 3,12 β
h0
30º 2,3 a
A
Peça
Cavaco
F R ferramenta
b
Fs N Fc Vc
Vc
R``
R´ Fn Peça Ft
a) b)
Fs γ F Fc sen + Ft cos
Fc Vc
N Fc cos Ft sen
bγ
Ns γ
Fs Fc cos Ft sen
Ft R N s Fc sen + Ft cos
F Fc = força de corte (paralela a direção do
corte)
b Ft = força secundária (perpendicular a
direção do corte)
N, F = Normal, Força de atrito tangencial da
N ferramenta sobre o cavaco
Ns, Fs = Normal, Força tangente de
cisalhamento da peça sobre o cavaco
Forças no processo de usinagem
γ
Fs
Forças na face da ferramenta Fc Vc
F Fc sen + Ft cos Ns b γ
Ft R
N Fc cos Ft sen F
γ
F b
N
N
tag b
Cavac
o F R
b
Fc
Vc
N
R`` Peça
Ft
Forças no processo de usinagem
Fs
Forças no plano de cisalhamento s Tensão de
As cisalhamento
Fs Fc cos Ft sen
Ns
N s Fc sen + Ft cos s Deformação por
cisalhamento
As
γ h0 b
Fs As Área do plano de
Fc Vc sen cisalhamento
Ns b γ
Ft R Cavac
γ
o F R
F b
Vc
b
Fc N
R``
N Ft Peça
Forças no processo de usinagem
Fc cos Ft sen
s
γ (h b / sen )
Fs
Fc Vc Fc sen + Ft cos
b γ s
Ns h b / sen
Ft R
γ b
F 45 +
o
b
2 2
N
Continuação do Exemplo
Solução:
Fs=Fc cos –Ft sen = 1559 x cos25.4° - 1271 x sen 25.4° = 863 N
C a
J/(g.oC)
. C = calor específico volumétrico (J/mm3
oC)
C (mm2/s)
Conversões:
T (oC) = T(K) - 273K
A equação funciona para b/h0 > 5 J = N.m = Kg . m2 . s-2
W =J/seg = N.m/s = Kg . m2. s3
para a energia específica obtida no exemplo anterior, calcular o
aumento na temperatura em relação à temperatura ambiente de 20 ° C.
Use os dados fornecidos no exemplo anterior: Vc=100m/min,
h0=0.50mm. C = 0.003J/mm3oC e difusividade térmica de 50 mm2/s
1
0.4 u Vc ho 3
T
C a
Solução:
v = (100m/min)(103 mm/m)/(60 s/min) = 1667 mm/s.
T = (0.4x1,038) /0.003 [(1667x0,5/50)0.333 ]= 138.4x(2,552) = 353 ° C
Resultando na temperatura de corte = 373 °C
Tipos de Cavaco
B) Descontinuo
A) Contínuo
C) Aresta Postiça de
corte
D) Serrilhado
Tipos de Cavaco: Filme
Formas de Cavaco
A Contínuo:
Zona de cisalhamento muito estreita, existe também uma zona
secundária de cisalhamento
Excelente acabamento superficial
Geralmente ocorre com metais dúcteis: ocorre a velocidades de
corte elevadas e ângulos de saída positivos (condições
favoráveis);
Porém podem se formar a baixas velocidades, ângulos de saída
negativos metais e caracterizado por zona de cisalhamento
mais larga que causa distorções, acabamento superficial ruim e
tensões residuais
Cavacos tendem a enrolar no cabo ou suporte da ferramenta.
Deve-se usar quebra-cavacos
Características dos Cavaco
Quebra - Cavaco
Antes
Cavaco
Depois
Ferramenta
Peça 2,0
13º
A A
C. Descontinuo:
Ocorre normalmente para materiais frágeis
Inclusões/ impurezas favorecem sua formação
Ocorrem tanto a velocidades baixa quanto altas
Grandes profundidades de corte
Ausência de fluido de corte;(em alguns casos como FoFo não se usa)
Por causa da natureza descontinua dos cavacos, forças de corte variam
levando a vibrações e trepidações na máquina ferramenta resultando
em acabamento superficial ruim e perda das tolerâncias
Podem ser observados para metais dúcteis para condições de velocidade
baixa e avanço grande
Características dos Cavaco
D. Cavacos Serrilhados: