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SISTEMA DE

REFERÊNCI
A E PLANOS

Processo de
Fabricação II
SISTEMA DE REFERÊNCIA E
PLANOS
• Para definir os planos e medir os ângulos da ferramenta é preciso selecionar um
ponto de referência posicionado em qualquer parte do gume principal.
• Confira as animações abaixo para melhor visualizar os planos.
• Sistema de Referência FERRAMENTA NA MÃO: Usado para medir os ângulos da
ferramenta.
• Pr (Plano de referência da ferramenta): É paralelo à base da ferramenta no ponto
selecionado.
• Pf (Plano de trabalho convencional): É perpendicular ao Pr e paralelo à direção de
avanço.
• Pp (Plano passivo da ferramenta): É perpendicular ao Pr e ao Pf.
SISTEMA DE REFERÊNCIA E
PLANOS

• Ps (Plano do gume da ferramenta): É tangente ao gume no ponto selecionado e


perpendicular ao Pr;
• Pn (Plano normal ao gume): É perpendicular ao gume no ponto selecionado;
• Po (Plano ortogonal da ferramenta): É perpendicular ao Pr e Ps no ponto
selecionado;
• Obs.: Os planos Pn e Po são muito parecidos. Perceba que o plano normal é
geralmente inclinado em relação ao plano ortogonal.
Ângulos da Ferramenta

https://www.cimm.com.br/portal/ma
terial_didatico/3569-angulos-da-ferra
menta#gume
ÂNGULOS DE CORTE NO TORNEAMENTO

Os porta-ferramentas com fixação mecânica podem ser subdivididos em dois grupos


básicos, conforme o ângulo de saída apresentado:
 
Porta-ferramentas positivos
 
Porta-ferramentas negativos
 
O processo de corte e a formação dos cavacos é intimamente influênciado pelos ângulos de
corte. Dependendo do tipo de porta-ferramenta a pastilha poderá ser classificada como
positiva ou negativa. As pastilhas intercambiáveis negativas possuem o dobro de arestas de
corte úteis que as similares positivas, mas exigem maior esforço para executar o mesmo
trabalho.
 
  As pastilhas negativas, por serem mais robustas, são recomendadas para
aplicações de maior severidade como os cortes interrompidos e as
operações de semi desbaste e desbaste em máquinas de boa rigidez e
estabilidade.
 
As pastilhas positivas são mais apropriadas para operações leves em peças
delgadas sujeitas a vibrações ou também em máquinas de baixa potência e
baixa estabilidade.
 
Os ângulos das ferramentas são fixos e determinados pelo projeto do
fabricante. A seleção das ferramentas deve ser baseado no material a ser
usinado, no perfil da peça, na potência e rigidez da máquina e nas
condições de fixação
O ângulo de saída do porta-ferramentas pode ser positivo ou negativo e influencia
diretamente os esforços de corte e o fluxo de cavacos. Um ângulo de saída menor curvará
mais os cavacos. exigindo maior potência de corte devido ao maior esforço.
 
Um ângulo de saída mais positivo exige um menor consumo de potência gerando menos
calor e menor esforço de corte. Ferramentas com ângulos de saída positivos normalmente
geram um corte mais suave, minimizando os riscos de vibrações em peças delgadas ou com
paredes finas.
 
O ângulo de inclinação pode ser positivo ou negativo. Nas operações de torneamento,
onde o aparecimento de choques mecânicos é possível, recomenda-se o uso de um ângulo
de inclinação negativo para diminuir os efeitos causados pelos choques contra a aresta de
corte (e×: eixos com rasgos de chaveta).
 
O ângulo de inclinação também influencia o sentido de saída dos cavacos. Um ângulo de
inclinação negativo normalmente dirige os cavacos contra a superfície a ser usinada na
peça. Um ângulo de inclinação positivo dirige os cavacos contra a superfície usinada.
O ângulo de folga influencia a temperatura de corte, a vida da ferramenta e a qualidade da
superfície usinada. O tempo no qual aparece um determinado desgaste frontal depende em
grande parte do ângulo de folga.

Um ângulo de folga pequeno traz como resultado um maior desgaste de flanco em um


menor período de tempo. Um ângulo de folga excessivo significa uma diminuição da
resistência da ferramenta na região da aresta de corte. Com ângulos de folga muito
acentuados aumentam os riscos de quebra da aresta de corte, sem que sejam alcançados
determinados níveis de desgaste.

É possível eliminar a tendência a vibrações nos casos de peças longas e delgadas e nos
casos de grandes balanços de ferramenta, colocando o porta-ferramenta ligeiramente
acima do centro da peça, fato que fará com que o ângulo de folga seja diminuído criando
uma força de apoio.

A força de corte é quase que independente do ângulo de folga. Com a evolução dos
desgastes, ângulos de folga muito pequenos tendem a aumentar ligeiramente a força de
O Processo de Formação de Cavaco no Corte
A deformação plástica contínua, que se mostra na
região de formação de cavaco, pode ser dividida em
três regiões, conforme Figura 3.

A área C estende-se ao longo do plano de


cisalhamento e é a região entre o material
deformado e o material indeformado. A área A inclui
a interface entre o cavaco e a face da ferramenta,
enquanto que a área B inclui a superfície acabada ou
usinada e a superfície adjacente da ferramenta
(flanco). Na primeira região tem-se a maior
transformação de energia, enquanto que na
segunda tem-se a maior temperatura e na terceira
define a rugosidade característica da peça .
O Processo de Formação de Cavaco no Corte
A Figura 4 mostra a representação esquemática do mecanismo de
formação de cavaco.

A representação mostra que a deformação plástica contínua, na


raiz do cavaco, pode ser dividida em cinco regiões. A configuração
estrutural na peça (a) passa por cisalhamento para configuração
estrutural do cavaco, em (b). A deformação plástica na região de
cisalhamento na usinagem de materiais frágeis pode levar à
separação do material na região de cisalhamento. Se o material,
no entanto, tem uma capacidade de deformação maior, então a
separação ocorrerá imediatamente diante do gume da região (e).
A solicitação de tração, simultânea à aplicação de uma pressão
vertical sobre a ferramenta em combinação com as temperaturas
elevadas, leva a deformações na camada inferior do cavaco (c) e
na superfície de corte (d). Durante o deslizamento sobre a
superfície da ferramenta, se formam superfícies limites que
também sofrem deformações plásticas complementares.
O Processo de Formação de Cavaco no Corte
Essas regiões de escoamento, que tem uma textura de deformação paralela à face da
ferramenta, dão a impressão de escoamento viscoso com grau de deformação
extremamente elevado. Na usinagem, através da ação mecânica da ferramenta, uma
camada de material é removida da peça e transformada em cavaco. Os cavacos produzidos
podem apresentar muitos aspectos distintos, dependendo da profundidade de corte (ap),
da velocidade de avanço (vf), velocidade de corte (vc), geometria da ferramenta, material
da peça e fluido de corte, entre outros fatores .A forma e o tamanho do cavaco são muito
importantes, principalmente para os processos de usinagem (furação, fresamento,
torneamento) ou em máquinas-ferramentas onde há pouco espaço para os cavacos ou
estes tenham que ser removidos automaticamente .

Do ponto de vista da tecnologia da usinagem, pode-se classificar as diversas formações de


cavacos em quatro tipos básicos: cavaco contínuo, cavaco cisalhado, cavaco em forma de
lamela e cavaco arrancado. Os dois primeiros tipos podem vir associados com a formação
de um gume postiço

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