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15/02/2017

FACULDADE PITÁGORAS

PROCESSOS DE USINAGEM
1.3.2.4 - APLAINAMENTO – AULA 1

9º Período – Engenharia Mecânica

Prof. André Moreira de Carvalho


e-mail: andre.carvalho@pitagoras.com.br

1.3.2 – Processos de Usinagem

O que é Aplainamento?

Operação de usinagem cujo corte gera superfícies planas. O


movimento de corte é apenas de translação.

O aplainamento consiste em obter superfícies planas, em


posição horizontal, vertical ou inclinada. As operações de
aplainamento são realizadas com o emprego de ferramentas
que tem apenas uma aresta cortante que retira o sobremetal
com movimento linear

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1.3.2 – Processos de Usinagem

A peça se move enquanto a ferramenta permanece estática,


ou vice-versa. Pode-se obter no aplainamento também
superfícies perfiladas.

A máquina - ferramenta empregada no processo chama-se


plaina.

As aplainadoras mecânicas, também conhecidas por plainas,


são máquinas derivadas do torno mecânico. Seu
desenvolvimento ocorreu para a solução de problemas
ocorridos em peças e componentes mecânicos planos e retos.

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Os tipos de plainas, mais conhecidas são:

1 - Plaina limadora (horizontal e vertical);


2 - Plaina de mesa.

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A plaina limadora apresenta movimento retilíneo alternativo


“vaivém”, que move a ferramenta sobre a superfície plana da
peça que fica fixa, retirando o material.

O ciclo completo divide-se em duas partes:

a) avanço da ferramenta realiza-se o corte;


b) recuo da ferramenta, não há trabalho, tempo perdido.

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A plaina de mesa executa os mesmos trabalhos que as plainas


limadoras, podendo se adaptada até para fresamento e
retificação. A diferença é que, na plaina de mesa, é a peça
que faz o movimento de “vaivém”. A ferramenta, por sua vez,
faz um movimento transversal correspondente ao passo do
avanço.

1.3.2 – Processos de Usinagem

O curso da plaina de mesa é superior a 1.000mm. Usina


qualquer superfície de peças como colunas e bases de
máquinas, barramentos de tornos, blocos de motores diesel
marítimos de grandes dimensões.

Nessas máquinas, quatro ferramentas diferentes podem estar


realizando operações simultâneas de usinagem, gerando uma
grande economia no tempo de usinagem. As peças são
fixadas diretamente sobre a mesa por meio de dispositivos
diversos.

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Seja qual for o tipo de plainadora, as ferramentas usadas são


as mesmas. Elas são também chamadas de “bites” e
geralmente fabricadas de aço rápido. Para a usinagem de
metais mais duros são usadas pastilhas de metal duro
montadas em suportes.

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Superfícies usinadas:

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Parâmetros Geométricos
Principais movimentos:

A – Movimento de Corte: executado pela ferramenta de


aplainar e é dividido entre curso útil e curso vazio, que juntos
constituem o curso duplo.

B – Curso vazio: como o nome diz é a parte do curso que a


ferramenta volta sem arrancar cavacos.

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C – Movimento de Avanço: gera a espessura do cavaco.


Semelhante ao movimento de profundidade no torneamento.

D – Movimento Lateral: Deslocamento da peça para


aplainamento no sentido transversal.

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Componentes da plaina limadora:

A base da máquina suporta a mesa;


O cabeçote e os mecanismos de acionamento principal e de
avanço.

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Na plaina limadora é a ferramenta que faz o curso do corte e a


peça tem apenas pequenos avanços transversais. Esse
deslocamento é chamado de passo do avanço. O curso máximo
da plaina limadora fica em torno de 900 mm. Por esse motivo,
ela só pode ser usada para usinar peças de tamanho médio ou
pequeno, como uma régua de ajuste.

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Quanto às operações, a plaina limadora pode realizar estrias,


rasgos, rebaixos, chanfros, faceamento de topo em peças de
grande comprimento. Isso é possível porque conjunto no qual
está o porta-ferramenta pode girar e ser travado em qualquer
ângulo.

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Como a ferramenta exerce uma forte pressão sobre a peça,


esta deve estar bem presa à mesa da máquina. Quando a
peça é pequena, ela é presa por meio de uma morsa e com o
auxílio de cunhas e calços. As peças maiores são presas
diretamente sobre a mesa por meio de grampos, cantoneiras
e calços.

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Para o aplainamento de superfícies internas de furos (rasgos


de chavetas) em perfis variados, usa-se a plaina limadora
vertical.

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Na usinagem de superfícies interiores e na confecção de


rasgos, chavetas e cubos.

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Peças com rasgo de chavetas ou estrias internas

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Etapas do aplainamento
O aplainamento pode ser executado por meio de várias
operações. Elas são:

1 - Aplainar horizontalmente superfície plana e superfície


paralela;
2 - Aplainar superfície plana em ângulo;
3 - Aplainar verticalmente superfície plana;
4 - Aplainar estrias.
5 - Aplainar rasgos

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Essas operações podem ser realizadas obedecendo à seguinte


seqüência de etapas:

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1.3.2 – Processos de Usinagem

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Regulagem do número de golpes por minuto – isso é calculado


mediante o uso da fórmula:

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Onde:
Gpm = número de golpes por minuto [gpm]
vc = velocidade de corte [m/min]
c = curso (percurso do movimento de corte [mm] =
comprimento da peça + 30mm.
2 = valor característico da plaina limadora.
1000 = constante de conversão de1m para 1000mm.

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Operação normalmente realizada a seco (baixas velocidades).


Movimentos : a plaina apresenta movimentos de três tipos
durante sua operação.
- O movimento principal
- O movimento de ajuste
- O movimento de avanço

1.3.2 – Processos de Usinagem

Velocidade de corte:
Durante uma operação na PLAINA sua velocidade de corte
não é constante devido a seus mecanismo de acionamento.
Por esse motivo deve-se trabalhar com velocidades médias
(comprimento do curso/tempo).

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Observações:
1 - Para a execução de estrias e rasgos é necessário trabalhar
com o anel graduado da mesa da plaina.

2 - Para que a usinagem seja realizada com máquina de


movimento circular, é necessário calcular a rpm da peça ou
da ferramenta que está realizando o trabalho.
Quando se trata de plainas, o movimento é linear alternado e
é necessário calcular o gpm (golpes por minuto).

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Vantagens:

1 – Ferramenta de corte com uma só aresta cortante;


2 – Custo baixo, ferramentas fáceis de afiar e montagem
rápida;
3 – Na Usinagem de réguas, bases, guias e barramentos de
máquinas onde cada passagem se retira o material na
extensão da peça.

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Desvantagens:

1 – Corte em um único sentido;


2 – Retorno da ferramenta tempo perdido;
3 – Processo lento.

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FIM

Exercícios de fixação
01) Calcule quantas Gpm necessárias para
aplainar uma chapa de 100 mm de espessura e
500 mm de comprimento com uma Vc de 25m/min.

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Exercícios de fixação
02) Calcule o GPM para aplainar uma peça de
120mm de comprimento considerando a folga
de entrada e saída da ferramenta de 40mm,
sabendo que a velocidade de corte é de
10m/min.

Exercícios de fixação
03) Calcule o GPM para aplainar uma peça de
200mm de comprimento, considerando a folga
de entrada e de saída da ferramenta de 40mm,
sabendo que a velocidade de corte é de 8m/min.

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