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PROCESSOS DE FABRICO- CONCEITOS GERAIS DE TRATAMENTO DOS METAIS POR CORTE

Conceitos gerais de tratamento dos metais por corte


1. Introdução
Os objectivos fundamentais do tratamento dos metais por corte são fabricar peças de
configuração geométrica requerida , obter dimensões exactas e superfícies devidamente
trabalhadas. A operção citada consiste fundamentalmente em arrancar das peças brutas uma
camada de material sobrante de metal (sobrespessura).

As sobrespessuras nas peças brutas são arrancadas por meio de ferramentas cortantes postas
em ação pelas respectivas máquinas ou por meio de procedimentos manuais (ajuste). Estes
procedimentos denominam-se tratamento dos metais por corte.

Como peças brutas se utilizam peças provinientes da fundição, da estampagem, forjamento


ou laminadas usando material de qualidade.

Dados disponíveis indicam que ao trabalhar metais por corte perde-se através da formação da
ápara 10% do peso para peças estampadas, 15 a 20% para peças fundidas ou forjadas. Em
média pode-se considerar que perde-se 15% do peso de peças brutas devido ao tratamento
mecânico.

O peso específico ocupado pelo tratamento mecânico de peças na indústria de construção de


máquinas é muito grande. Na indústria de construção de máquinas o custo das operações de
tratamemto mecânico pode atingir os 30-40% do custo total por cada peça fabricada.

2. Classificação das máquinasferramentas

Como foi anteriormente indicado, as máquinas ferramentas destinam-se ao tratamento


mecânico de peças, eliminando destas uma camada de material sobrante com a ajuda de um
instrumento denominado ferramenta de corte ( ferro de corte, broca, fresa,etc.).

Partindo da definição de máquina-ferramenta pode-se deduzir que a classificação e


denominação dos diferentes grupos e tipos de máquinas-ferramentas obedece à diferentes
características: tipo de tratamento mecânico; tipo de ferramenta de corte; grau de
automatização; grau de precisão; acabamento das superfíces tratadas; características
construtivas, número de orgãos de trabalho importantes, etc.

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Por exemplo exemplo as máquinas de uso geral classificam-se segundo o procedimento de


tratar o metal e a ferramenta empregue no tratamento ( tornos, fresadoras, brochadoras,
rectificadoras, máquinas de talhar dentes de engrenages, etc. ).

O grau de automatização das máquians também exerce influência na sua denominação e


classificação ( máquinas automáticas, semi-automáticas, com comando hidráulico, com
comando numérico).

Segundo o acabamento superficial as máquinas podem ser: máquinas desbastadoras,


rectificadoras de precisão, de pulir, para acabamento, para desbaste e acabamento de
dentesde engrenagens, etc.

As características construtivas permitem dividir as máquinas-ferramentas, segundo a posição


do cabeçote porta-ferramentas : fresadora horizontal, fresadora vertical, furadora vertical,
furadora horizontal, furadora radial, etc.

O número de orgãos de trabalho nas máquinas , por exemplo, o número de eixos no cabeçote,
de ferramentas e suportes dá lugar a divisão em: furadoras de um eixo, furadoras de eixos
múltiplos, tornos de ferramentas múltiplas, tornos de carros múltiplos, tornos verticais (
tornos com prato horizontal), ect.

3. Movimentosnasmáquinasferramentas

A diversidade de procedimentos para tratar os metais mecanicamente as peças para retirar


delas a camada de material sobrante (sobrespessura) em forma de ápara (torneamento,
furação, fresagem, limagem, rectificação), requere a existência de distintos movimentos (Fig.
1). Os movimentos em cada máquina-ferramenta dividem-se em principais, auxiliares de
fixação e especiais. Aos movimentos principais correspondem o movimento de corte I e o
movimento de avanço II (Fig.1); aos movimentos auxiliares de fixação III pertencem os
deslocamentos de suportes e mesas que são realizados para a fixação de ferramentas de corte
ou peças brutas para se retirar uma determinada sobrespessura. Ao grupo de movimentos
especiais pertencem os movimentos divisores, distribuidores e outros.

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Figura 1- Movimentos nos principais métodos de tratamento mecânico de peças

O movimento principal é definido como sendo aquele que realiza o corte e o movimento de
avanço, aquele que faz com que o corte atinja novas regiões da peça bruta.

Nas operações de torneamento (Fig.1 a ) a peça bruta 1 realiza o movimento rotativo, ou


também chamado movimento de corte I ( movimento principal), enquanto a ferramenta de
corte 2 se desloca ao longo do eixo da peça , ou realiza o movimento de avanço II. Nesta
operação a ferramenta também pode se deslocar perpendicularmente ao eixo da peça, ciando
um movimento de avanço transversal.

Na maioria dos casos, ao realizar as operações de furação (brocagem) (Fig.1 b ), a ferramenta


de corte realiza simultaneamente dois movimentos: um rotativo ( movimento de corte I) e
outro rectilíneo progressivo ( movimento de avanço II), ficando a peça 1 em repouso.

Nas operações de fresagem (Fig.1 c ), à ferramenta ( fresa 2) imprime-se um movimento


rotativo ( movimento de corte I), enquanto a peça move-se progressiva e perpendicularmente
ao eixo da ferramente 2 ( movimento de avanço II).

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Ao trabalhar peças nas limadoras(Fig.1 d ) à ferramenta 2 comunica-se movimento


rectílineo (movimento de corte I) e à peça 1 um movimento rectílineo intermitente já que nas
limadoras o movimento de corte I está composto por uma parte activa e outra em vazio.

Nas operações de rectificação (Fig.1 e, f ) à ferramenta de corte 2 ( mó abrasiva) comunica-


se um movimento rotativo ( movimento de corte I) e à peça 1 realiza um movimento circular
ou rectílineo dependendo do tipo de superfície que está-se a rectificar ( superfície cilíndricas
,Fig.1 e ; superfícies planas Fig.1 f ).

A velocidade do movimento principal pode ser dada em mmin-1ou ms-1 ( sobretudo no caso
da rectificação). O avanço pode ser dado em:

1) Sv – mm/rot ( torneamento, furação);


2) Sm – mm/min ( fresagem);
3) Sz – mm/dente (fresagem);
4) Scd – mm /carreira dupla (trabalho nas limadoras)

O avanço por minuto pode ser calculado pela expressão:

= ∗ ∗ 1

Onde n é o número de rotações por minuto e o avanço por dente. O avanço por dente
corresponde ao deslocamento da peça quando a fresa efectua uma rotação correspondente à
um dente.

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4. Constituição das máquinas ferramentas


4.1 Introdução
Uma das etapas importantes na projeção das máquinas ferramentas é a escolha da composição
da máquina, ou seja a escolha dos mecanismos e a sua combinação, de modo a se obter o
esquema cinemático da máquina. A combinação dos mecanismos escolhidos deve assegurar os
movimentos necessários os movimentos necessários tanto da ferramenta de corte como da peça
bruta. De recordar que nas máquinas automáticas que trabalham segundo um ciclo, os
movimentos tem de ser executados de forma automática e numa determinada sequência.

Devido a existência de uma grandissíma variedade de propriedades dos materiais que podem ser
usados no design de peças para as diversas peças de máquinas, deve-se variar tanto a velocidade
do movimento principal como a velocidade do movimento de avanço. Por isso as máquinas
ferramentas possuem caixas de velocidade e caixas para os avanços.

4.2 Acionamento principal

A escolha e cálculo do esquema cinemático do acionamento principal inclui: escolha dos tipos de
transmissão, determinação da estrutura óptima das transmissões e determinação das relações de
transmissão ( construção diagrama de velocidades da árvore principal).

4.3 Escolha do tipo de acionamento principal

- Acionamento principal com variação discreta da velocidade usando engrenagens;

- Acionamento principal com variação discreta da velocidade usando trasmissões por


correias;

- Acionamento principal com variação contínua da velocidade usando variadores de


velocidade;

- Acionamento principal hidraúlico;

- Acionamento principal com variação contínua da velocidade usando um motor eléctrico de


corrente contínua.
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O acionamento principal com variação discreta da velocidade usando engrenagens utiliza-se


frequentemente para a variação da velocidade do movimento principal em máquinas
ferramentas universais. Este tipo de acionamento principal possui como grande vantagem o
grande diapasão de variação do número de rotações da árvore principal, conseguem
transmitir grandes potências, possuem relações de transmissão constantes em todas as
transmissões e oferecem segurança durante o trabalho. A impossibilidade da variação
contínua da velocidade, baixo rendimento das transmissões e a impossibilidade da mudança
da velocidade em movimento são apontados como desvantagens deste tipo de transmissões.

4.4 Determinação da estrutura óptima e construção do diagrama estrutural

A determinação da estrutura óptima do acionamento principal da máquina em projeção


realiza-se com base em redes estruturais, tendo em conta as exigências construtivas, tais
como: estrutura o mais simples possível, número mínimo de veios e rodas dentadas, mínimas
dimensões e pesos matendo as características técnicas.

Os cálculos cinemáticos do acionamento principal efectuam-se normalmente pelo método


grafo-análitico ( pode ser apenas pelo método análitico). No método grafo-análitico, em
sequência constroem-se as redes estruturais e o esquema cinemático simplificado.

As redes estruturais constroem-se com objectivo de visualmentedemonstrar as possibilidades


das variantes do acionamento em análise, para facilmente escolher-se a estrutura óptima das
cadeias cinemáticas. As redes estruturais contém os seguintes dados: número de blocos de
engrenagens, número de transmissões em cada bloco, a sequência relativa e a posição mútua
dos blocos na cadeias cinemáticas, sequência de ligação dos blocos diapasão de regulação de
cada bloco e diapasão de regulação dos números de rotação do acionamento. Com base na
rede estrutural do bloco com o máximo diapasão de regulação, partindo de limitações
construtivas, determina-se o valor máximo do coeficiente de transmissão φ que pode ser
usado no acionamento em projeção.

O esquema cinemático simplicado constroi-se para se determinar as relações de transmissão


de cada transmissão e de todas as cadeias cinemáticas do acionamentoe dos números de
rotação de cada veio e na árvore principal quando se ligam as várias transmissões. Com base

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no esquema cinemático simplificado efectuam-se todos os cálculos cinemáticos e de


resitência do acionamento.

Figura 2 - Exemplo de rede estrutural para z=12

Figura 3 - Exemplo de esquema cinemático simplificado

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Os acionamentos podem possuir estrutura múltipla ou nidificada.

4.4.1 Acionamento com estrrutura múltipla

O esquema cinemático de máquinas ferramentas com movimento principal rotativo


desenvolve-se na base dos seguintes: número de rotações da árvore principal z, coeficiente
de transmissão φ e os valores das rotações de n1( mínima rotação) até nz (máxima rotação).
Se for aceite que a ordem de ligação dos grupos coincide com o lugar do grupo a fórmula
estrutural para o acionamento possui o seguinte aspecto:

= ∗ ∗ ∗ … 2

Onde z é o número de rotações da árvore principal;

, , ,… - número de transmissões respectivamente no primeiro lugar , segundo


lugar e assim em diante nos blocos;

= 1 - característica do bloco base;

= – característica do primeiro bloco;

= ∗ … - característica do último bloco.

O número de veios no caso da estrutura múltipla e de não existirem transmissões constantes


é igual a :

ℬ= +1 3

Na prática comprovou-se que os acionamentos d movimento principal resultam mais


compactos ( as engrenagens posuem pequenas dimensões) se as relações de transmissão "
obedecem as seguintes limitações

1 2
" " ≥ ℯ " & ≤ 4
4 1

Estes valores das relações limitam o coeficiente de transmissão:

&
(≤ √8 5

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Os valores de φ são normalizados. A Tabela 1 dá os valores do coeficiente de transmissão.

Tabela 1 – Valores normalizados do coeficiente de transmissão

φ 1,06 1,12 1,26 1,41 1,58 1,78 2

Figura 5- Exemplo de diagrama de velocidades para z=12

4.4.2 Acionamento com estrrutura nidificada

Na projeção de máquinas ferramentas por vezes é forçoso o uso duma estrutura nidificada
para o acionamento do movimento principal. Isto acontece ns seguintes casos:

a) Quando o número de rotações z não pode ser conseguido através do produto dos números
2e3( ≠ 3 ∗ 2- ;
b) Para se conseguir uma estrutura múltipla com um diapsão de regulação maior que o que
se consguiria sem nidificação para um dado φ;
c) Quando se pretende incluir nos tornos universais um el para o aumento do passo.

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Figura 6 – Alguns mecanismos típicos das máquinas ferramentas

Legenda: 1- correias planas; 2 – correias cruzadas;3 - correias trapezoidais; 4 – transmissão em cadeia; 5 –


engrenagens cilíndricas; 6 – engrenagens cónicas; 7- engrenagens helicoidais; 8 – parafuso sem-fim e roda
helicoidal; 9 –pinhão – cremalheira; 10 – fuso – porca; 11 - fuso- porca bi-partida; 12 – acoplamento de garras
unilateral; 13 – acoplamento de garras bilateral; 14 – acoplamento cónico; 15 – acoplamento de disco unilateral,
16 – acoplamento de disco bilateral, 17 – embraiagem de roda livre unilateral; 18 – embraiagem de roda livre
bilateral ; 19 – freio cónico; 20 – freio de cinta unilateral; 21 – freio de cinta bilateral; 22 – freio de disco; 23 –
árvore principal

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Figura 6 – Variador de velocidade

Figura 7 – Caixa de velocidades com z=6

A variaçao da velocidade tanto do movimento principal como do movimento de avanço pode


ser discreta ou contínua como o supra citado.

Figura 8 – Exemplo de variação contínua da velocidade( uso do variador de


velocidades)

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Figura 9 – variação discreta da velocidade ( z= 3*2=6)

Para a de velocidade da Fig. 9 é possível construir o diagrama de velocidades depois de


calcular as rotações de cada veio. Tendo em conta o esquema cinemático da Fig. 9 tem-se:

= 3 ∗2 =6

Rotações dos veios

Veio I

Neste caso existe uma transmissão constante entre o veio de saída do motor eléctrico e o veio
I.

45
/0 = 1223 ∗ 45
∗ 3, 674 = 1217, 2 ;

Para o veio II, existe um bloco com três engrenagens solidárias entre o veio I e o veio II.

81
/001 = 1217, 2 ∗ = 684, 42
25

24
/001 = 1217, 2 ∗ = 1682, 17
88

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/008 = 1217, 2 ∗ = 1825, 27
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Para o veio III, existe um loco duplo entre os veios II e III.

95
/0001 = 684, 42 ∗ = 844, 5:
51

43
/0009 = 684, 42 ∗ = 652, 49
27

95
/0008 = 1682, 17 ∗ = 584, 48
51

43
/0002 = 1682, 17 ∗ = 9312, 55
27

95
/0004 = 1825, 27 ∗ = 419, 29
51

43
/000: = 1825, 27 ∗ = 1238, :8
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Entre os veios III e IV existe uma transmissão por correias que não altera a relação de
transmissão já que as polias possuem o mesmo diâmetro.

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Figura 10 -Diagrama de velocidades correspondente a caixa de velocidades da Fig.9

Figura 11 – Esquema estrutural correspondente a caixa de velocidades da Fig. 9

5. Constituição do torno

Geralmente os tornos destinam-se para operações de diversa índole realizadas cm peças fixadas
entre pontos ou na bucha, assim como filetear roscas métrica, Whitworth (inglesa), com passo
normal ou aumentado, roscas de uma ou várias entradas, para fazer espirais de Arquimedes e
trabalhos utilizando copiador hidráulico.

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Figura 12 – Constituição dum torno universal

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Figura 13 – Esquema cinemático do torno de roscar 16K20

Figura 14 – Esquema estrutural da caixa de velocidades do torno 16K20

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6. Constituição das furadoras

As furadoras dividem-se em verticais, radiais e horizontais. Pelo número de árvores no


cabeçote , as furadoras verticais e horizontais dividem-se em furadoras com uma árvore ou
de árvores múltiplas.

A Fig. 16 a representa o esquema cinemático de uma furadora vertical. A furadora vertical


consta das seguintes partes principais: fundamento1, bancada 2, cabeçote 3, onde vem
alojada a caixa de velocidades, o motor eléctrico 4, a árvore principal II, caixa de avanços 5 e
a mesa ascensora 6.

A Fig. 16 b, mostra o esquema de disposição dos mecanismos fundamentais do engenho de


furar radial, que se destina a furar, escariar e mandrilarfuros e ainda filetear rscas por meio
de machos de roscar em peças cujo deslocamento em cima da mesa da máquina resulta difícil
ou completamente impossível.

Na Fig.16c está ilustrada a furadora horizontal que se usa para furar simultaneamente vários
furos ( adesde um até algumas dezenas) não somente em um lado da peça, mas sim em dois,
três ou quatro lados. A furadora da figura supra citada possui dis cabeçotes 1 e 2.

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Figura 16 – Engenhos de furar

a – esquema cinemático da furadora vertical; b – furadora radial: 1 – fundamento; 2 – bancada; 3 –


coluna; 4 – braço; 5 – motor eléctrico; 6 – caixa de velocidades; 7 – broca; 8 – peça bruta; c – furadora
horizontal.

7. Constitução das fresadoras

As fresadoras destinam-se para a realização de uma grande diversidade de operações,


começando com o tratamento de superfícies planas e terminando com diversas operações de
tratamento de superfícies perfiladas.

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A fresagem é um procedimento para trabalhar os metais co ajuda de um instrumento de


múltiplos gumes cortantes (fresa) e tem grande aplicação na indústria de construção de
máquinas.

As fresadoras dividem-se em horizontais (simples e universais), verticais, longitudinais,


circulares e fresadoras de tambor.

A Fig. 17 ilustra a composição de uma fresadora horizontal.

Figura 17 – Composição duma fresadora horizontal

1 – fundamento; 2 – quadro eléctrico; 3 – caixa de velocidades; 4 – alavancas de mudança de


velocidades; 5 – braço; 6 – mesa; 7 – consola; 8 – caixa e motor de avanços

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Figura 18 – Esquema cinemático duma fresadora horizontal

Figura 19 - Esquema estrutua da fresadora horizontal

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Figura 20 – Diagrama de velocidades da fresadora horizontal

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Figura 21 – Diagrama dos avanços da fresadora horizontal

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Figura 22 – Esquema cinemátic da fresadora vertical

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Figura 23 – Diagrama de velocidades da fresadora vertical

8. Constituição das rectificadoras

Como foi anteriormente definido as máquinas ferramentas usam-se para o tratamento


mecânico de peças brutas para conferir à estas a forma geométrica, dimensões e acabamento
supreficial desejados. As máquinas que usam como ferramenta uma mó abrasiva
denominam-se rectificadoras.

As rectificadoras destinam-se a executar operações de acabamento, que asseguram uma


grande precisão das dimensões requeridas e uma alta qualidade das superfícies trabalhadas.
Na rectificação o processo de corte efectua-se de forma rápida e uniformente por meio de
uma mó abrasiva que gira a uma velocidade constante. Os grãos da mó abrasiva arrancam da
peça bruta áparas muito fina, proporcionando deste modo à superfície que se rectifica uma

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alta qualidade de limpeza e precisão. Numa passagem da mó abrasiva pode-se arrancar uma
sobrespessura de 0,005 a 0,05 mm.

Figura 24 – Peças típicas tratadas por rectificação

Figura 25 – Exemplo de rectificação de superfícies planas

1- Mó abrasiva; 2- Rotação da mó; 3 – Grãos periféricos da mó abrasiva; 4 – Avanço da peça bruta; 5 – Poros na mó
abrasiva; 6 – Aglutinante; 7 - Grãos; 8 – Peça bruta

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A velocidade de corte na rectificação é a velocidade tangencial da mó abrasiva e e vem


expressa em mseg-1.

= ∗ > ó∗ ?
; ó = ; BCDE
60 ∗ 1000

onde Dmó é diâmetro da mó abrasiva; n é o número de rotações da mó abrasiva.

A velocidade de rotação da peça ( ou avanço circular) ( caso de rectificação de superfícies


cilíndricas) é igual a,

=JFGçI ?FGçI
;FGçI = BB
1000

onde dpeça é o diâmetro da peça em mm; npeça é o número de rotações da peça.

Segundo o tipo de superfície , as rectificadoras subdividem-se em rectificadoras de


superfícies cilíndricas exteriores, de superfícies exteeriores cónicas e frontais, de superfícies
interiores, rectificadoras de superfícies planas , recficadras sem centros e rectificadoras
especiais e especializadas ( por exemplo para rectificar veios de distribuição, cambotas e para
afiar ferramentas de corte).

Figura 26 – Tipos principais de rectificação

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a) Rectificação de superfícies cilíndricas exteriores compridas; b) Rectificação de superfícies cilíndricas


exteriores curtas; c) Rectificação sem centros; d) Rectificação de superfícies cilíndricas interiores; e)
Rectificação de superfícies planas com a periferia da mó; f) Rectificação de superfícies planas com a face da
mó.

Figura 27 – Constituição das rectificadoras

a) Rectificadora de superficies cilíndricas exteriors – 1. Fundamento; 2. cabeçote fixo; 4. cabeçote para a


rectificação que suporta a mó 3; 5. cabeçote móvel; 6. Mesa; 7. Painel de control; b) Rectificadora de
superfícies interiores - 1. Fundamento; 2. cabeçote fixo; 3. Mó abrasiva; 4. cabeçote para a rectificação que
suporta a mó; 5. Mesa; 7. Painel de control; c) rectificadoras de superfícies planas - 1. Fundamento; 2.
Mesa; 3. Coluna; 4. cabeçote para a rectificação que suporta a mó 5; 6. Mesa electromagnética para fixar a
peça bruta; 7. Painel de control.

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