Você está na página 1de 142

1

Usinagem é um processo onde a peça é obtida


através da retirada de cavacos (aparas de metal)
de uma peça bruta, através de ferramentas
adequadas.

A usinagem confere à peça uma precisão


dimensional e um acabamento superficial que
não podem ser obtidos por nenhum outro
processo de fabricação.

É por este motivo que a maioria das peças,


mesmo quando obtidas através de outros processos,
recebe seu formato final através de usinagem.
2
A USINAGEM NO
CONTEXTO DOS
PROCESSOS DE
FABRICAÇÃO

3

4

5

6

Dispositivo da era Neolítica usado no corte de pedras 7


Um grande avanço nesse período foi a transformação
do movimento de translação em movimento de rotação
(com sentido de rotação invertido a cada ciclo). Este
princípio foi aplicado em um dispositivo denominado
Furação de Corda Puxada
8

9

10

11

12

13


14

15

16
MOVIMENTOS NA USINAGEM
➢ Movimento de corte:

É o movimento entre a ferramenta e a peça que provoca


remoção de cavaco durante uma única rotação ou um
curso da ferramenta. Geralmente este movimento ocorre
através da rotação da peça (torneamento) ou da
ferramenta (fresamento).

17
MOVIMENTOS NA USINAGEM
➢ Movimento de avanço ( f ):

É o movimento entre a ferramenta e a peça


que,
juntamente com o movimento de corte,
possibilita
uma remoção contínua do cavaco ao longo
da peça.

18
MOVIMENTOS NA USINAGEM

➢ Movimento de ajuste ou penetração (ap ):

É o movimento entre a ferramenta e a peça, no


qual é predeterminada a espessura da camada
de material a ser removida.

MOVIMENTO DE AJUSTE

Prof. Fernando Penteado. 19


MOVIMENTOS NA USINAGEM
➢ Movimento efetivo de corte:

É o movimento entre a ferramenta e a peça, a partir


do qual resulta o processo de usinagem. Quando o
movimento de avanço é continuo, o movimento efetivo é
a resultante da composição dos movimentos de corte e
de avanço.

MOVIMENTO EFETIVO

20
Movimento Efetivo de Corte

21
MOVIMENTOS NA USINAGEM

➢ Movimento de aproximação:

É o movimento da ferramenta em direção à peça,


com a finalidade de posicioná-la para iniciar a usinagem.

22
MOVIMENTOS NA
USINAGEM

➢ Movimento de recuo:

É o movimento da ferramenta pelo qual ela,


após a usinagem, é afastada da peça

23
MOVIMENTOS NA USINAGEM

Tanto os movimentos ativos como


passivos são importantes, pois eles
estão associados a tempos que,
somados, resultam no tempo total de
fabricação.

24
CÁLCULO DA VELOCIDADE
DE CORTE

Π.d.n
vc =
1000
Vc = velocidade de corte [m/min]
d = diâmetro da peça (ferramenta) [mm]
25
n = rotação da peça (ferramenta) [rpm]
CÁLCULO DA VELOCIDADE
DE AVANÇO

1000.vc
v f = f.n = .f
Π.d
Vf = velocidade de avanço [mm/min]
f = avanço [mm/rot]
n = rotação da peça (ferramenta) [rpm]
Vc = velocidade de corte [m/min] 26
d = diâmetro da peça (ferramenta) [mm]
Mecanismo de formação do
cavaco

A formação do cavaco influencia diversos fatores


ligados a usinagem, tais como:

• Desgaste da ferramenta
• Esforços de corte
• Calor gerado na usinagem
• Penetração do fluido de corte, etc

27
Mecanismo de formação do
cavaco
Assim estão envolvidos com o processo de formação
de cavaco os seguintes aspectos:

• Econômicos
• Qualidade da peca
• Segurança do Operador
• Utilização adequada da máquina, etc

28
Etapas da formação do cavaco

1) recalque (deformação elástica)


2) deformação plástica
3) ruptura (cisalhamento)
4) movimento sobre a superfície de saída

29
Mecanismo de formação do cavaco

O corte dos metais envolve o cisalhamento concentrado


ao longo de um plano chamado plano de cisalhamento.

O ângulo entre o plano de cisalhamento e a direção de


de corte é chamado de ângulo de cisalhamento (Ø).

Quanto maior a deformação do cavaco sendo formado,


menor será Ø e maior será o esforço de corte.

30
Mecanismo de formação do
cavaco
Ângulo de cisalhamento
Ø
Plano de cisalhamento

31
Tipos de cavaco

De ruptura De cisalhamento Contínuo

Ferro
fundido Aço Aço

O fenômeno de formação do cavaco é periódico

32
Fontes de Calor

Zona secundária
(cisalhamento/atrito)

FERRAMENTA

Zona terciária
Zona primária (atrito)
(cisalhamento) PEÇA

33
Mecanismo de formação do
cavaco
Controle da Forma do Cavaco

Problemas relacionados à forma do


cavaco:
◼ Segurança do Operador
◼ Possíveis danos à ferramenta e à peça
◼ Dificuldades de manuseio e
armazenagem do cavaco
◼ Forças de corte, temperatura e vida da
ferramenta
34
Ângulos de saída positivos e
negativos

35
Mecanismo de formação
do cavaco
Contínuo: O ângulo de saída deve ser grande
De ruptura: O ângulo de saída deve ser baixo,
nulo ou negativo.

36
Formas assumidas pelos cavacos

•Em fita

•Em pedaços

37
Mecanismo de ruptura do
cavaco
A melhor maneira de se promover a curvatura
vertical do cavaco, para causar a sua ruptura é a
colocação de um obstáculo no caminho do fluxo
do cavaco, chamado de quebra-cavaco.

A diminuição do ângulo de saída e/ou


inclinação da ferramenta e o aumento do atrito
cavaco-ferramenta, também promovem a
curvatura vertical .

38
Quebra-cavaco

Pastilha

Os quebra-cavacos podem ser moldados na superfície de saída


da ferramenta ou postiços 39
• Em baixas velocidades de corte os cavacos
geralmente apresentam boa curvatura,
quebrando com facilidade.

• Quando as velocidades aumentam, no caso


de materiais dúcteis, pode haver maior
dificuldade para a quebra.
https://www.youtube.com/watch?v=t6
BMqen_i-I
https://www.youtube.com/watch?v=y
40
WxulWalllQ
Ff

Fp
FU=força de usinagem Fc=Fap
Ft=força ativa. Ft
Fp=força passiva
Fc=força de corte
Ff=força de avanço
Fap=força de apoio

Fu 41
Prof. Fernando Penteado.
Para o estudo dos ensaios mecânicos são
necessários previamente o entendimento e o
conhecimento de alguns conceitos importantes.
Todo material sólido quando submetido a esforços
externos tem a capacidade de deformar-se.
As propriedades mecânicas dos materiais definem
o comportamento do material (resposta) quando
sujeito a cargas externas, sua capacidade de resistir
ou transmitir esses esforços sem se fraturar ou
deformar de forma incontrolada.
42
Elasticidade/comportamento elástico

Vimos que todo material quando


submetido a solicitações externas
deforma-se, o comportamento elástico
de um material é a capacidade que o
mesmo tem em retornar sua forma e
dimensões originais quando retirado os
esforços externos sobre ele.
43
Plasticidade

O material já não consegue


recuperar sua forma e dimensões
originais pois o mesmo é submetido a
tensões que ultrapassam um certo
limite (chamada de limite elástico) no
qual o material sofre um deformação
permanente. 44
Ductibilidade

É a capacidade que um material tem


em deforma-se plasticamente até sua
ruptura. Um material que se rompe sem
sofrer uma quantidade significativa de
carga no regime plástico é denominado
de frágil.
45
Tenacidade

É a capacidade que um material


tem em absorver energia ate a sua
ruptura. Também pode ser definida
como a energia mecânica necessária
para levar um material a ruptura
46
Resiliência

É a capacidade que o material tem


em absorver energia no regime
elástico (quando é deformado
elasticamente).

47
https://www.youtube.com/watch?v=w 48
goU-UJpj90
Elasticidade
Ductibilidade
Tenacidade
Resiliência

49
TRATAMENTO TÉRMICO

Você sabe quais os tipos de


tratamento térmico?

Essa é uma dúvida bem comum.


O tratamento térmico pode ser definido
como resfriamento ou aquecimento
controlado dos metais, sua finalidade é
alterar as propriedades mecânicas e
físicas do material, mas sem alterar o
produto final.
50
Expor os metais à temperaturas
extremas permite que a mudança dos
seus atributos ocorra, e esse processo
ficou conhecido como tratamento
térmico de metal. A técnica é muito
utilizada para aumentar a resistência
do material sem que a sua forma seja
alterada, assim ele pode atender à uma
determinada aplicação.
51
52
53
Nem sempre o tratamento térmico
são intencionais, na maioria das vezes
as peças sofrem anomalia durante o
processo de fabricação. Por exemplo
peças soldadas.

54
55
Quanto menor o
tamanho de grão,
maior tende a ser a
resistência mecânica
para um mesmo
material.

Existe uma relação


matemática entre o
tamanho de grão (d) e
a resistência mecânica
( y) (relação de
HallPetch)
56
A redução do tamanho
de grão causa piora das
propriedades elétricas e
magnéticas.

A presença de contornos de
grão causa espalhamento
dos elétrons durante a
condução, causando perdas
https://www.youtube.
com/watch?v=ta1Va dielétricas.
4Pdkmk
57
Principais Objetivos dos Tratamentos Térmicos

•Remoção de tensões
•Aumento ou diminuição da dureza
•Aumento da resistência mecânica
•Melhora da ductilidade
•Melhora na usinabilidade
•Melhora da resistência ao desgaste, ao corte, ao
calor e a corrosão
•Modificação de propriedades elétricas e
magnéticas das peças
58
Essa mudança acontece
pela composição dos metais, eles
possuem microestruturas, os
cristalitos, que são agrupados e
formam uma unidade. Então, a
variação tanto na massa quanto no
tamanho desses cristais é que
determinam as propriedades
mecânicas do metal 59
O tratamento térmico é aplicado
geralmente em aço e metal que são
os materiais que mais recebem bem
a técnica, pois se aproximam
das características desejadas.
Neste artigo, você vai conferir quais
os tipos de tratamento térmico e
como funcionam, acompanhe.
60
O QUE É TRATAMENTO TÉRMICO?

Em resumo, tratamento térmico é o


conjunto de ações de aquecimento e
resfriamento que os aços são submetidos.
Esse material tem as condições de
temperatura, atmosfera, velocidade,
resfriamento controladas para alterar suas
características ou conceder a eles outras
61
propriedades.
As propriedades do aço são dependentes da sua
estrutura e o tratamento térmico modificam em
menor ou maior escala essas estruturas, em
resultado de suas propriedades. Aliás, cada uma
das estruturas obtidas apresentam uma
característica própria que se transfere ao aço
conforme a combinação que foi realizada.

Só para exemplificar, quase todos os aços com


elemento de liga ou aço carbono precisam,
obrigatoriamente, ser sujeitos ao tratamento
térmico antes de serem colocados em serviço. 62
É importante reforçar que um tratamento térmico
é feito em três fases distintas:

-> Aquecimento;
-> Manutenção da temperatura;
-> Resfriamento.

63
PARA QUE SERVEM OS TRATAMENTOS
TÉRMICOS?
Basicamente, os aços são tratados para três
finalidades:

1- Amolecer: melhora a tenacidade e reduzir a


dureza;
2- Modificar as suas propriedades: assim sua
vida útil é maximizada;
3- Endurecer: aumentando a sua resistência
mecânica. 64
Entre os principais objetivos dos
tratamentos térmicos ainda podemos
destacar a melhora da usinabilidade,
ductilidade, remoção de tensões,
aumento da dureza e da resistência.
Além disso, ele ainda modifica as
propriedades elétricas e magnéticas das
peças.
65
TIPOS DE TRATAMENTOS TÉRMICOS

Os ações são especialmente adequados para os


tratamentos térmicos, pois além de responder
satisfatoriamente aos tratamentos seu uso comercial
supera o dos demais materiais.

O tempo, temperatura, atmosfera e as velocidades de


aquecimento e resfriamento são fundamentais no
resultado do tratamento térmico. Existem diversos tipos
de tratamentos térmicos aplicáveis ao aço, cada um com
sua especialidade e objetivo. Veja os mais comuns. 66
Normalização

Normalização: Ela faz com que peças forjadas,


laminadas a quente ou fundidas voltem ao seu estado
normal sem qualquer tipo de tensão interna

67
Solubilização

O material é aquecido em temperatura


bastante elevada com o intuito de promover
uma maior qualidade nas peças. Além de
trazer ductilidade e benefícios para estrutura
geral do material, a solubilização reduz
também a dureza do material.

68
Envelhecimento

Envelhecimento: Também conhecido como


recozimento térmico, esse processo é
realizado com o aquecimento do
material a uma temperatura considerada
baixa por um longo período. Ele confere às
peças maior qualidade
69
Recozimento

Nesse processo o principal objetivo é a redução


ao máximo da dureza do aço, aumentando sua
usinabilidade, ductilidade e o tamanho do grão.
O recozimento é utilizado para restaurar
estruturas e características e para homogeneizar e
refinar as estruturas internas do aço. O tratamento
consiste no aquecimento do aço a temperaturas
superiores à zona crítica com posterior e lento
processo de resfriamento das peças.
70
Alívio de Tensões

O tratamento térmico de alívio de tensões


realiza o aquecimento controlado de aços
soldados ou submetidos a tensões residuais,
seguido por um resfriamento controlado, com o
objetivo de reduzir tensões superficiais nas
peças.
Este tipo de tratamento não modifica as
características microestruturais do aço, somente
levam a uma condição de melhor estabilidade
71
Cementação

Um processo termoquímico com a


intenção dar maior resistência ao
desgaste e aumentar a dureza
superficial.

https://www.youtube.com/watch?v=V
YkNfXXlK1A
72
Têmpera

O aço é endurecido progressivamente


para que tenha em sua constituição uma
matéria forte, mas nesse processo as
peças precisam ser aquecidas
rapidamente e por isso se tornam frágeis.
https://www.youtube.com/watch?v=C
3cPleqnPQY
73
Revenimento

Aplicado logo em seguida da


Têmpera, para acabar com a fragilidade
do material. O revenimento tem a
finalidade de equalizar e diminuir a
dureza do aço, aliviar as tensões internas
provocadas pela têmpera e impedir que a
peça se quebre.
74
Alívio de tensões

Alívio de tensões: Consiste em um


procedimento que arruma as
incompatibilidades causadas por processos
anteriores do aço

75
TRATAMENTO TÉRMICO

Nitretação

O processo de nitretação a plasma é um dos


mais importantes tratamentos termoquímicos
superficiais para materiais metálicos com o intuito
de aumentar o desempenho em serviço. Esse
processo é normalmente usado quando se deseja
manter o núcleo do material em uma condição de
elevada tenacidade aliada a uma superfície com
elevada dureza e maior resistência a desgaste,
fadiga e corrosão.
https://www.youtube.com/watch?v=0 76
VtrzUakrAQ
A cementação é um tratamento termo-químico em
que se promove o enriquecimento superficial com carbono,
assim como revenimento se dá em peças pós temperadas
e busca aumentar a resistência superficial da peça – mas
na cementação isso se dá pela infiltração de carbono na
superfície do material e não apenas manutenção por vias
térmicas da estrutura superficial adquirida na tempera
(revenimento).
Este processo é executado em materiais com baixa
porcentagem de carbono, consistindo na introdução dele
na superfície do aço, para que, com isto, alcance uma
elevada dureza superficial e o seu núcleo também eleve a
dureza. 77
A superfície da peça de trabalho deve
ser livre de contaminantes, tais como
óxidos de óleo, soluções alcalinas, que
impedem ou dificultam a difusão de
carbono na superfície da peça

O revenimento é o tratamento térmico


de uma peça temperada, caracterizado
por reaquecimento abaixo da zona
crítica e resfriamento adequados
https://www.yo (normalmente em ar). Ao revenir o
utube.com/wat material, busca-se:
ch?v=9oHUYu4It
t4 •Ajustar a dureza solicitada pelo
tratamento da têmpera
•Eliminar fragilidade
•Aumentar a ductibilidade
•Ampliar resistência ao choque. 78
Na furação, uma ferramenta (broca) de
dois gumes executa uma cavidade cilíndrica
na peça. A ferramenta realiza um movimento
combinado de rotação e deslocamento linear
(este ao longo do eixo do furo).

79
Para cada máquina utilizada nas mais
variadas indústrias – petroquímica,
farmacêutica, científica, etc. – outras tantas
são responsáveis por criar peças
fundamentais.
São as chamadas máquinas-
ferramentas. Elas são usadas para fabricar
essas peças que são aplicadas em outras
máquinas. Analisando isso, dá para imaginar
que essa tarefa precisa ser feita com muita
80
cautela, certo?
Um dos processos mais
importantes da usinagem é o de
furação. A maioria esmagadora das
peças possui pelo menos um furo.
Embora isso pareça simples, esse
furo precisa ser perfeito para que a
peça funcione corretamente.

81
E então foi criado um processo
chamado de furação na Usinagem, que é
responsável por, a partir das
coordenadas de um projeto, realizar os
furos que cada peça precisa.
Para que isso seja realizado, são
usadas ferramentas de corte que
funcionam a base da rotação da peça a
ser furada. É comum que isso seja
realizado com furadeiras ou fresas.
82
Para furar metais, como você
deve imaginar, existem materiais
específicos. Isso porque esse
tipo de peça é de difícil
manuseio. A broca helicoidal é
normalmente a escolha nesse
caso.
83
E como cada peça tem sua
particularidade, existem também
diferentes tipos de furação. As variações
foram criadas para tornar o processo
mais preciso. Para citar algumas,
podemos listar:

•Furação em •Furação com pré- •Furação


cheio; furação; escalonada.

https://www.youtube.com/watch?v=o
K6MoWOLjl8https://www.youtube.com 84
/watch?v=oK6MoWOLjl8
Cada uma delas traz um
detalhe diferente, mas todas têm
algo em comum: precisam ser
realizadas por pessoas qualificadas
e preparadas. Por isso você deve
sempre optar por fazer a furação
com uma empresa especializada.
://www.youtube.com/watch?v=iAsxtvI
Y66g 85
Uma variante da furação é o alargamento de
furos, onde uma ferramenta similar à broca, porém
com múltiplos gumes, remove material das paredes
de um furo, aumentando seu diâmetro e, ao mesmo
tempo, conferindo-lhe um alto grau de acabamento.

86
https://www.youtube.com/watch?v=4 87
KoUHbyUIEU
● Processo de maior importância - 20 a 25%
do total de aplicações dos processos de
usinagem.

● A broca helicoidal é a ferramenta mais


fabricada e mais difundida para usinagem.

● Utilização em furos curtos e/ou profundos.

● Utilização na furação em cheio ou com


préfuro.
88
Aplicação

Um caça possui entre 250.000 a 400.000


furos Um cargueiro ou bombardeiro entre
1.000.000 e 2.000.000 furos. Dessa forma os
custos com usinagem tornou-se um dos
principais fatores de custos de produção
em aplicações aeroespaciais1 .
Um asa de uma aeronave comum
pode ter até 500 furos2 .
89
90
91
92
93
https://www.youtube.com/watch?v=u 94
OaCrQvOPsw
https://www.youtube.com/watch?v=o
95
4hxE9wjcz8
Requisitos para materiais de brocas

● Tenacidade
● Resistência a compressão
● Resistência a abrasão
● Resistência térmica
● Resistência ao choque e a fadiga

https://www.youtube.com/watch?v=Ty
JN13v8SHw
https://www.youtube.com/watch?v=N
96
xcHO-IWNvo
PROCESSOS DE USINAGEM
FURAÇÃO
MATERIAL
Aço ferramenta

●Muito pouco empregado em aplicações


industriais
●Brocas para hobby
●Brocas de baixo custo para aplicações
simples
●Brocas para materiais de fácil usinagem,
tais como alumínio, plásticos e madeira.

97
Metal duro

● Homogeneidade, elevada dureza, resistência à


compressão e ao desgaste à quente
● As velocidades de corte podem ser até 3 vezes
maiores que as utilizadas com ferramentas de aço
rápido: até 250 m/min para aço e FoFo e até 1000
m/min para ligas de Al.
● Aplicação de ferramentas de metal duro exige
máquinas com características de velocidade,
potência, refrigeração e rigidez adequadas
● Brocas podem ser maciças (maior aceitação) ou com
insertos intercambiáveis – com ou sem revestimento
98
Outras Vantagens das Brocas de Metal duro
● Brocas de metal duro com revestimento são
usadas para furos com profundidades de 10xD
(máximo 30xD)
• A furação pode ser feita sem pré-furo;
• Não possuem aresta transversal: menores
forças de avanço;
• Grandes espaços para cavacos, grande
remoção de cavacos;
• Furos com maior exatidão gerando valores
de tolerâncias IT7, tornando desnecessário a
operação de alargamento. 99
10
0
10
1
Broca com ponta de MD
soldada: para brocas com
diâmetros maiores que 8mm,
além das vantagens
destacadas, elas ainda
apresentam maior tenacidade
em função da haste de aço
rápido.

10
2
Definição

São ferramentas rotativas para


usinagem de materiais, constituídas por uma
série de dentes e gumes, geralmente
dispostos simetricamente em torno de um
eixo. Os dentes e gumes removem o material
da peça bruta de modo intermitente,
transformando transformando-a numa peça
acabada, isto é, com a a numa peça
acabada, isto é, com a forma e dimensões
desejadas https://www.youtube.com/watch?v=sP
10
3
JuI-627d4
Assim como em outros processos de
usinagem, no fresamento a remoção de
material e a geração da superfície usinada
ocorrem em decorrência do movimento
relativo entre peça e ferramenta. Há dois
movimentos a considerar, o de rotação da
ferramenta e o de avanço da peça. Em
determinados casos, a ferramenta também
pode realizar os dois movimentos.
O eixo árvore (local onde a ferramenta é fixada) da máquina fresa
horizontal, fica localizado de forma paralela à mesa. Dentre as principais
utilizações da máquina fresa horizontal estão: a usinagem de superfícies mais
planas, fazer canais, ranhuras em V e o principal, produzir engrenagens
através das fresas módulo.
Já a máquina fresa vertical possui seu eixo árvore em uma posição
perpendicular em relação à mesa, formando um ângulo de 90 graus. Essa
máquina fresa é mais prática em seu serviço, pois trabalha na superfície dos
materiais, conseguindo usinar suas faces com uma facilidade maior e sem a
necessidade de retirar a peça da máquina.
Vale destacar também a máquina fresa universal, a qual apresenta uma
versatilidade maior e possibilita trabalhos mais variados. Nesse equipamento,
os cabeçotes podem ser trocados tornando-a vertical ou horizontal de acordo
com a necessidade.
10
6
A variedade de tipos de máquinas, a
flexibilidade destas e a diversidade de tipos
de ferramentas tornam o fresamento de
larga aplicação para a usinagem de peças.
Suas vantagens são encontradas na
variedade de formas e superfícies que
podem ser geradas, na qualidade do
acabamento da superfície usinada e nas
altas taxas de remoção de cavaco.
10
7
No fresamento, o processo de corte
é intermitente e o cavaco possui uma
espessura variável. A cada revolução
da ferramenta, cada um dos seus
gumes remove uma certa quantidade
de material da peça.
As ferramentas de fresar são
denominadas fresas e geralmente são
providas de vários gumes dispostos ao
redor do seu eixo de rotação. As
máquinas-ferramenta que realizam o
processo de fresamento são
denominadas fresadoras. Elas são
construídas de modo a assegurar os
movimentos necessários para a remoção
do cavaco e para a geração da superfície
usinada.
Uma fresadora é uma máquina equipada
com fresas ( ferramentas de corte parecidas
com brocas de furadeiras) que através do
movimento rotativo dessas e de seu
deslocamento em um determinado plano
é utilizada para cortar, desbastar, entalhar ou
perfurar diversos tipos de materiais.
No início essas máquinas eram quase que
exclusivamente mecânicas e comandadas por um
operador que deveria determinar através de
volantes e manípulos os movimentos que a fresa iria
efetuar.

Com o advento da informática e a criação dos


motores de passo (motores elétricos aonde é
possível controlar a rotação, o sentido de rotação, a
quantidade de giro em graus do eixo do motor,
etc.) e a consequente automatização de diversos
equipamentos surgiram as FRESADORAS.
A sequência normal de trabalho com esses
equipamentos é a geração de um modelo em computador
que a seguir é transformado através de um aplicativo em
coordenadas que chamamos de código G e com este é
possível através de um programa em computador ligado a
fresadora, fazer com que este computador mova a fresa,
que está em rotação, através do material que queremos
trabalhar, desbastando, cortando, etc., seguindo as
coordenadas que o computador lhe enviar.
Atualmente com a disseminação e fabricação em larga
escala dos diversos componentes que compõe estes
equipamentos, tornou-se muito acessível a sua fabricação.
https://www.youtube.com/watch?v=F
B4ihHMa8eE
O movimento de avanço é geralmente
feito pela peça, que está fixada à mesa da
máquina.

11
4
Ferramenta fixa no cabeçote e peça se
movimenta nos eixos X ,Y eZ;

11
5
11
6
11
7
11
8
https://www.youtube.com/watch?v=M
11
d8uztnYvmA 9
12
0
Corpo com dentes substituíveis, fixados com
grampos e/ou parafusos

12
1
Corpo cilíndrico com haste própria para
fixação (fresa com haste)

12
2
Quanto a montagem ou fixação das fresas na máquina
(fresadora)

12
3
Fresas de topo - para
executar rasgos de diferentes tipos
e tamanhos, fresar contornos, etc
As fresas de topo são usadas para
facear, ranhurar, executar bolsões,
rebaixos, matrizes, gravações,
rasgos de diferentes tipos e
tamanhos e fresar contornos.

12
4
Fresas cilíndrico-frontais -
utilizadas na usinagem de ranhuras
e contornos. Na figura temos a
ferramenta executando uma
operação de fresamento de canal.

12
5
Quanto a aplicação
das fresas. Para
usinagem de guias Na
usinagem de guias
temos a possibilidade
de aplicação de
diversos tipos de
ferramentas,
dependendo do tipo de
guia a ser obtida.

12
6
Fresas frontais angulares

12
7
O fresamento é a operação de usinagem
destinada à obtenção de superfícies quaisquer com
o auxílio de ferramentas, geralmente multicortantes.

12
8
PROCESSOS DE USINAGEM
FRESA

https://www.youtube.com/watch?v=Y 12
46X5WzOfuo 9
A operação de aplainamento
objetiva gerar superfícies planas.
O movimento da ferramenta de
corte é de translação, enquanto a
peça permanece estática, ou vice-
versa. Abaixo as possíveis
operações de aplainamento.
13
0
É um processo mecânico de usinagem
realizado com máquinas denominadas de plainas,
cuja finalidade é a fabricação de superfícies
regradas, em posição horizontal, vertical ou
inclinada. Estas são geradas por um movimento
alternativo retilíneo da peça ou da ferramenta. O
aplainamento pode ser horizontal ou vertical. As
operações são realizadas com o emprego de
ferramentas que têm apenas uma aresta cortante.
Quanto à finalidade, as operações de
aplainamento podem ser classificadas ainda em
aplainamento de desbaste a aplainamento de
acabamento.
Este processo possui grandes vantagens na
usinagem de réguas, bases, guias e barramentos de
máquinas, pois a passada da ferramenta é capaz de
retirar material em toda a superfície da peça. Como o
corte é feito em um único sentido, o curso de retorno
da ferramenta é um tempo perdido, o que torna o
processo mais lento do que o fresamento, por
exemplo, que corta continuamente. Entretanto, o
aplainamento usa ferramentas de corte mais baratas,
mais fáceis de afiar e com montagem mais rápida.
Desse modo, em geral, é uma operação mais
econômica comparada a outras operações de
usinagem que utilizam ferramentas com mais de uma
aresta de corte
13
8
Plainas Limadoras

É uma máquina ferramenta utilizada


paras as operações de aplainamento,
rasgos, estrias, rebaixos e chanfros por meio
do movimento retilíneo alternativo da
ferramenta sobre a superfície da peça a ser
usinada. Geralmente, é mais adotada para
operações de desbaste. As operações são
efetuadas, normalmente, à seco. Quando
necessário, é colocado emulsão na
superfície da peça.
https://www.youtube.com/watch?v=Es
nF0m4Efww
Plaina de Mesa A principal característica que a distingue
de outros tipos de plainas está relacionada ao elemento de
movimentação. Neste caso, é a peça a ser usinada que executa
os movimentos alternados. A ferramenta de corte, por sua vez,
faz um 20 . Processos de Usinagem movimento transversal
correspondente ao passo do avanço. Sua principal aplicação é
na usinagem de peças grandes que não poderiam ser
processadas em plainas limadoras, por exemplo. Existem dois
tipos principais de plainas de mesa: as que possuem apenas um
montante e as que possuem dois montantes. As plainas de um
montante são empregadas usualmente na usinagem de peças
de grande porte. Por sua vez, a plaina de mesa com dois
montantes é a mais utilizada, pois apresenta maior estabilidade e
rigidez de operação.
https://www.youtube.com/watch?v=S
DFZpdMkrCE

Você também pode gostar