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Curso: Engenharia de Produção,

Engenharia Mecânica e Engenharia


Mecatrônica

Disciplina:
PRÁTICAS INDUSTRIAIS

Aula 2 – INTRODUÇÃO AO PROCESSO


DE USINAGEM
• Principais Processos

Prof. João Loureiro


Salvador - 2018
1. Introdução

Objetivos de Aprendizagem
1. Descrever e compreender os principais processos de
usinagem como: torneamento, furação, fresamento,
mandrilamento, brochamento, rosqueamento e
retificação.
2. Também outros processos de usinagem como:
brunimento, lapidação, espelhamento, polimento, afiação
e limagem.

x
1. Desenvolvimento
Estratégias de Ensino Avaliação Formativa Recursos

• Apresentação de conteúdo teórico por meio de projeção


e/ou utilização de quadro;
• Apresentação de exemplos de processos de usinagem
relevantes;
• Exercícios para avaliação do conhecimento adquirido,
individuais ou em grupo, com acesso à bibliografia básica.
1. Desenvolvimento
Avaliação Formativa

• Avaliação de resolução da lista de exercícios,


apresentando feedback das dificuldades encontradas pela
turma;
• Trabalho de pesquisa e apresentação de aplicações
práticas da teoria apresentada;
• Execução de experimento prático que demonstre a
obtenção de informações relevantes ao projeto
mecânico;
1. Desenvolvimento
Recursos

• CHIAVERINI, V. Tecnologia mecânica: processos de


fabricação e tratamento. São Paulo, Makron Books, 2000.
volume 2
• Torneamento e Fresamento 5 eixos INDEX.
https://www.youtube.com/watch?v=YebrI5RfQz0
• FERRARESI, Dino. Usinagem de metais: fundamentos da
usinagem dos metais. São Paulo: Edgard Blucher; Editora
da USP, 1970. 3 v.
1. Introdução

Diante dos muitos métodos e processos de produção


disponíveis, são muitos os profissionais da área que
encontram dificuldades para discernir qual a melhor solução
para cada necessidade de produção.
As máquinas-ferramenta clássicas realizam, com muita
facilidade, movimentos:
• Retilíneos;
• Rotação.
Combinações simples permitem obter formas helicoidais
como roscas e perfis de dentes de engrenagens.
1. Introdução

Os processos de transformação de metais e ligas metálicas em


peças para a utilização em conjuntos mecânicos são inúmeros e
variados: você pode fundir, soldar, utilizar a metalurgia em pó ou
usinar o metal a fim de obter a peça desejada.
Evidentemente, vários fatores devem ser considerados quando se
escolhe um processo de fabricação.
Como por exemplo:
• Forma e dimensão da peça;
• Material a ser empregado e suas propriedades;
• Quantidade de peças a serem produzidas;
• Tolerâncias e acabamento superficial requerido;
• Custo total do processamento.
1. Introdução

Os principais processos de Usinagem convencional são:


Os principais processos de Usinagem convencional são:
• Torneamento
• Fresamento
• Furação
• Retificação
• Mandrilamento
• Brunimento
• Serramento
• Roscamento
• Aplainamento
• Alargamento
• Rebaixamento
1. Torneamento

Torneamento
Processo de Usinagem onde se utiliza uma ferramenta
cortante para se obter determinadas superfícies.
“A peça gira em torno do eixo principal de rotação da
máquina e a ferramenta se desloca simultaneamente”.  

B
C
1. Torneamento

Torneamento
A trajetória da ferramenta pode ser:
• Retilíneo ou
• Curvilíneo.
 

Vista de topo
1. Torneamento

Torneamento
Retilíneo
• Cilíndrico: Onde a ferramenta se desloca segundo uma
trajetória paralela ao eixo principal da máquina podendo
ser externo ou interno.
• Cônico: Onde a ferramenta se desloca segundo uma
trajetória inclinada em relação ao eixo principal de
rotação da máquina podendo ser externo ou interno.
1. Torneamento

Torneamento
Retilíneo
• Radial: Onde a ferramenta se desloca segundo uma
trajetória perpendicular ao eixo principal de rotação da
máquina. Quando esse processo visa a obtenção de uma
superfície plana, é chamado de faceamento, já quando
visa a obtenção de um entalhe circular, é chamado de
sangramento radial
• Perlifamento: Onde a ferramenta se desloca segundo
uma trajetória retilínea radial ou axial visando obter uma
forma definida pelo perfil da ferramenta.
1. Torneamento
Exemplos de torneamento retilíneo:
1. Torneamento

Curvilíneo
Processo onde a ferramenta se desloca segundo uma
trajetória que forma curvas.
1. Torneamento

Etapa do processo
Independente da trajetória, o processo pode alterar os
parâmetros de corte em função de duas etapas
fundamentais, que podem ser classificadas em:

• Torneamento de desbaste: Operação de usinagem, que


precede o acabamento, visando obter na peça a forma e
dimensões próximas das finais.
 Elevada produtividade e baixa qualidade
• Torneamento de acabamento: Para obter na peça as
dimensões finais, o acabamento superficial especificado,
ou ambos.
1. Torneamento

Exemplos de torneamento:
1. Torneamento

Exemplos de torneamento:
2. Aplainamento
Aplainamento
Processo destinado a obter superfícies retas, geradas por um
movimento retilíneo alternativo da peça ou da ferramenta.

Movimento Principal
(ou Movimento de Corte)
2. Aplainamento
Aplainamento
O movimento pode ser
• horizontal ou
• vertical.

As etapas classificados em:


• aplainamento de desbaste e
• aplainamento de acabamento.
2. Aplainamento
Tipos de Aplainamento
2. Aplainamento
Tipos de Aplainamento
2. Aplainamento
Tipos de Aplainamento
3. Furação
Furação
Processo de usinagem destinado a obter um furo geralmente
cilíndrico numa peça.

A ferramenta ou a peça se
desloca coincidente ou paralela
ao eixo principal da Máquina.
3. Furação
O processo pode dividir-se com base na sequencia de etapas
ou perfil da ferramenta:
3. Furação
• Furação em cheio: Para obter um furo cilíndrico numa
peça.
3. Furação
• Furação com pré-furo: Para obter com furos com
diâmetros grandes (alargamentos sequenciais).
3. Furação
• Furação escalonada: Para obter um furo com dois ou
mais diâmetros, simultaneamente.
3. Furação
• Escareamento: Para obter abertura de um furo cilíndrico
numa peça pré-furada.
3. Furação
• Escareamento:
Para obter o perfil
especificado podemos
utilizar ferramentas
específicas:
• Guiadas;
• Tipo fresa,
• Perfis variados:
 Angular;
 Esférico;
 Etc.:
3. Furação
• Furação de centros: Para obter um furo inicial, visando uma
operação posterior na peça.
3. Furação
• Trepanação: Onde apenas uma
parte de material compreendido
no volume do furo final é reduzida
a cavaco, permanecendo um
núcleo maciço
4. Alargamento
Alargamento
Processo destinado ao desbaste ou ao acabamento de furos
cilíndricos ou cônicos, com auxílio de ferramenta normalmente
multicortante.
A ferramenta ou a peça gira e a ferramenta ou a peça se desloca segundo
uma trajetória retilínea, coincidente ou paralela ao eixo de rotação da
ferramenta.
4. Alargamento
O alargamento pode ser:
• Alargamento de desbaste: desbaste da parede de um furo
cilíndrico ou cônico.
4. Alargamento
• Alargamento de acabamento: acabamento da parede de um
furo cilíndrico.

Alargamento de Desbaste Alargamento de acabamento


4. Alargamento
• Alargamento de acabamento: acabamento da parede de um
furo cilíndrico.

Alargamento de Desbaste Alargamento de acabamento


5. Rebaixamento
Rebaixamento
Processo destinado à obtenção de uma forma qualquer na
extremidade de um furo.
Geralmente, a ferramenta gira e desloca-se simultaneamente
segundo uma trajetória retilínea, coincidente com o eixo de
rotação da ferramenta.
5. Rebaixamento
Tipos de
rebaixamento:
6. Mandrilamento
Mandrilamento
Processo destinado à obtenção de superfícies de revolução com
auxílio de uma ou várias ferramentas de barra.

Para tanto a
ferramenta gira
e se desloca
segundo uma
trajetória
determinada.
6. Mandrilamento
É dividido em:
• Mandrilamento cilíndrico: A superfície usinada é cônica, cujo
eixo coincide com o eixo em torno do qual a ferramenta gira.
6. Mandrilamento
• Mandrilamento cônico: A superfície usinada é cônica de
revolução, cujo eixo coincide com o eixo no qual gira a
ferramenta.

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6. Mandrilamento
• Mandrilamento radial: A ferramenta é plana e perpendicular
ao eixo em torno do qual gira a ferramenta.
6. Mandrilamento
• Mandrilamento de superfícies especiais: A superfície usinada
é uma superfície de revolução, diferente das anteriores, cujo
eixo coincide com eixo em torno do qual gira a ferramenta.

Mandrilamento esférico
6. Mandrilamento
• Mandrilamento de superfícies especiais: A superfície usinada
é uma superfície de revolução, diferente das anteriores, cujo
eixo coincide com eixo em torno do qual gira a ferramenta.
7. Fresamento
Fresamento
Processo mecânico destinado à obter superfícies com o auxílio
de ferramentas geralmente multicortantes.
A ferramenta gira e a peça ou a ferramenta se desloca segundo
uma trajetória qualquer. Existem dois tipos considerados básicos:
• Fresamento cilíndrico tangencial:;
• Fresamento frontal.
7. Fresamento
• Fresamento cilíndrico tangencial: Obtêm superfícies planas
paralelas ao eixo de rotação da ferramenta.
7. Fresamento
• Fresamento frontal: Obtêm superfícies planas
perpendiculares ao eixo de rotação da ferramenta.
8. Retificação
Retificação
É um processo de usinagem por abrasão. A ferramenta gira e a
peça ou a ferramenta desloca-se segundo uma trajetória
determinada, podendo a peça girar ou não.
A retificação pode ser:
• Tangencial ou ;
• Frontal.
8. Retificação
 Tangencial – Processo executado com a superfície de
revolução da ferramenta.
• Tangencial cilíndrica: Processo de retificação tangencial no
qual a superfície a ser trabalhada é cilíndrica.

Quanto ao avanço pode ser com avanço longitudinal da peça,


com avanço radial do rebolo, com avanço circular do rebolo
ou com o avanço longitudinal do rebôlo.
8. Retificação
• Tangencial cônica: Processo no qual a superfície usinada é
uma superfície cônica. Esta superfície pode ser interna ou
externa.

Quanto ao avanço pode ser com avanço longitudinal da peça,


com avanço radial do rebôlo, com avanço circular do rebôlo
ou com o avanço longitudinal do rebôlo.
8. Retificação
• Retificação de perfis: Processo no qual a superfície a ser
usinada é uma espécie qualquer gerada pelo perfil do rebolo.
8. Retificação
• Retificação tangencial plana: a superfície a ser usinada é
plana.
8. Retificação
• Retificação cilíndrica sem centros: A peça sem fixação axial é
usinada por ferramentas abrasivas de revolução, com ou sem
movimento longitudinal da peça. Pode ser com avanço
longitudinal da peça ou com avanço radial do rebolo
8. Retificação
• Retificação Frontal - executado com a face do rebôlo.
É geralmente executada na superfície plana da peça,
perpendicularmente ao eixo do rebôlo. Pode ser com avanço
retilíneo da peça ou com avanço circular da peça.
9. Brunimento
Brunimento
Processo de usinagem por abrasão empregada no acabamento
de furos cilíndricos de revolução no qual os grãos ativos da
ferramenta abrasiva estão em constante contato com a
superfície da peça.

A ferramenta ou a peça gira


e se desloca axialmente com
movimento alternativo.
9. Brunimento
Exemplo de brunimento nas camisas de um bloco de motor
10. Serramento
Serramento
Processo destinado ao seccionamento ou recorte com auxílio de
ferramentas multicortantes de pequena espessura.
O serramento pode ser:
- Retilíneo: A ferramenta se desloca segundo uma trajetória
retilínea, com movimento alternativo ou não.
10. Serramento
O serramento pode ser:
• Retilíneo: A ferramenta se desloca segundo uma trajetória
retilínea, com movimento alternativo ou não.
10. Serramento
• Circular: A ferramenta gira ao redor do seu próprio eixo e a
peça ou a ferramenta se desloca.
10. Serramento
• Alternativo Manual: A ferramenta é leve, composta por uma
lamina delgada esticada por uma estrutura em forma de arco.
10. Serramento
• Alternativa mecânica: Semelhante à manual, mais robusta, o
movimento alternativo é feito mecanicamente.
.
11. Roscamento
Roscamento
Processo destinado à obtenção de filetes , por meio da abertura
de um ou vários sulcos helicoidais de passo uniforme, em
superfícies cilíndricas ou cônicas de revolução.
A peça ou a ferramenta gira e uma delas se desloca
simultaneamente segundo uma trajetória retilínea paralela ou
inclinada ao eixo de rotação.
Pode ser interno ou externo.
11. Roscamento
• Interno: executado em superfícies internas cilíndricas ou
cônicas de revolução.
11. Roscamento
• Interno: executado em superfícies internas cilíndricas ou
cônicas de revolução.
11. Roscamento
• Externo: executado em superfícies externas cilíndricas ou
cônicas de revolução

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