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Processos de Usinagem

Prof. Sandro Rosa Corrêa


Processos de Usinagem

USINABILIDADE DOS MATERIAIS


• Na obtenção de peças pela retirada de cavacos
verificamos que cada material tem um comportamento
diferente.
• Enquanto uns podem ser trabalhados facilmente, outros
apresentam problemas tais como: Empastamento,
desgaste rápido da ferramenta, mau acabamento,
necessidade de grande potência para o corte, etc.
• Isto varia de acordo com a usinabilidade do material.
Processos de Usinagem

USINABILIDADE DOS MATERIAIS


• Podemos definir usinabilidade como sendo o grau de
dificuldade que determinado material apresenta para ser
usinado.
• A usinabilidade não depende apenas das características
do material, mas também, de outros parâmetros da
usinagem, tais como:
➢Refrigeração.
➢Rigidez do sistema máquina-ferramenta.
➢Características da ferramenta.
➢Tipo de operação, etc...
Processos de Usinagem

USINABILIDADE DOS MATERIAIS


• Assim, dependendo das condições de usinagem um
mesmo material poderá ter variações em sua
usinabilidade.
Processos de Usinagem

USINABILIDADE DOS MATERIAIS


Critérios para a Determinação da Usinabilidade dos
Materiais
• A usinabilidade normalmente é determinada por
comparação e para determinada característica, tal como
a vida da ferramenta.
• Neste caso pode-se determinar um índice de
usinabilidade através da comparação com o desempenho
previamente conhecido de um material padrão.
Processos de Usinagem

USINABILIDADE DOS MATERIAIS


Determinação da Usinabilidade dos Materiais

Os principais critérios, que são passíveis de serem


expressos em valores numéricos, são:

•Vida da ferramenta
•Força de corte
•Potência consumida
Processos de Usinagem

USINABILIDADE DOS MATERIAIS


Determinação da Usinabilidade dos Materiais

• Esses parâmetros servem, também, para definir o custo


do trabalho de usinagem.
• Assim, a vida da ferramenta entre duas afiações
sucessivas tem grande influência no custo de operação.
• A força e a potência limitam as dimensões máximas de
corte e, portanto, o volume de material removido por
hora-máquina.
Processos de Usinagem

USINABILIDADE DOS MATERIAIS


Determinação da Usinabilidade dos Materiais

• Além disso, a exigência de um acabamento de alta


qualidade poderá influir, também, no custo de usinagem.
• Baseadas principalmente nestes critérios é que são
estabelecidas as tabelas e os gráficos que indicam o
comportamento de cada material na usinagem.
• Embora seja impossível determinar-se com precisão um
índice de usinabilidade para cada material.
Processos de Usinagem

USINABILIDADE DOS MATERIAIS


Determinação da Usinabilidade dos Materiais

• Estas tabelas são de grande valor para estabelecer


parâmetros iniciais de partida que, de acordo com as
condições específicas de cada trabalho, poderão ser
trazidos para valores mais adequados, através de ensaios
e experimentações.
Processos de Usinagem

USINABILIDADE DOS MATERIAIS


Propriedade dos Materiais que podem influenciar na
Usinabilidade
• Dureza e resistência mecânica: Valores baixos geralmente
favorecem a usinabilidade
• Ductibilidade: Valores baixos geralmente favorecem a
usinabilidade.
• Condutividade térmica: Valores elevados geralmente
favorecem a usinabilidade
• Taxa de encruamento: Valores baixos geralmente
favorecem a usinabilidade
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM Parei aqui


Movimento de corte
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento de corte
Grandezas do processo

• Peça – Tudo aquilo que irá sofrer uma operação de usinagem.


• Dispositivo de fixação – Local onde será fixada a peça.
• Ferramenta – Tudo o que realiza uma operação de usinagem.
• Porta ferramenta – Dispositivo destinado a fixar a ferramenta.
• Máquina ferramenta – Elemento que proporcionará os
movimentos, velocidade, avanço e a força necessária ao processo de
usinagem.
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento de corte
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento de corte
• A execução dos processos convencionais de usinagem só é
possível a partir dos movimentos que ocorrem entre ferramenta
de corte e peça.
• Esse movimentos são considerados durante o projeto e a
fabricação da máquina ferramenta que o executarão.
• Os movimentos sempre estarão ocorrendo considerando-se a
peça parada, ou seja, todos os movimentos serão realizados pela
ferramenta de corte.
• Os movimentos podem ser classificados como: Ativos ou Passivos.
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento de corte
• É o movimento entre a
ferramenta e a peça que
provoca remoção de cavaco
durante uma única rotação
ou um curso da ferramenta.
• Geralmente este movimento
ocorre através da rotação
da peça (torneamento) ou
da ferramenta (fresamento).
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento de avanço (f)
• É o movimento entre a
ferramenta e a peça que,
juntamente com o
movimento de corte,
possibilita uma remoção
contínua do cavaco ao longo
da peça.
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS PASSIVOS NA USINAGEM

Movimento de ajuste ou
penetração (a)
É o movimento entre a
ferramenta e a peça, no
qual é predeterminada a
espessura da camada de
material a ser removida.
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM

Movimento efetivo de corte


É o movimento entre a ferramenta e a peça, a partir do
qual resulta o processo de usinagem.
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM

Movimento efetivo de
corte
Quando o movimento de
MOVIMENTO EFETIVO

avanço é continuo, o
movimento efetivo é a
resultante da composição
dos movimentos de corte e
de avanço.
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento efetivo de corte
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento no torneamento
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento na furação
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento fresamento tangencial
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento fresamento frontal
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento na retificação
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento no aplainamento
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento de corte - Passivo
Ao movimentos passivos são fundamentais para a realização do
processo de usinagem, no entanto não promovem remoção de
material ao ocorrerem. São eles:
✓ Movimento de aproximação – é o movimento que aproxima a
ferramenta de corte da peça antes do inicio da usinagem.
✓Movimento de ajuste – é o movimento entre a ferramenta de
corte e a peça, no qual é predeterminada a espessura da camada
de material a ser removido. Quem o define na furação? No
brochamento interno? No sangramento?
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento de corte - Passivo
✓Movimento de correção – é o movimento entre a ferramenta e a peça,
empregado para compensar alterações de posicionamento da
ferramenta devidas, por exemplo, ao desgaste da ferramenta; as
variações térmicas; deformações plásticas, entre outras que ocorrem
no processo de usinagem.
✓ Movimento de recuo – é o movimento entre a ferramenta de corte e
a peça, com o qual a ferramenta é afastada da peça, após a usinagem.
Tanto os movimentos ativos como os passivos são importantes no
processo de usinagem, pois a eles estão associados tempos que,
somados, resultam do tempo total de fabricação (produção).
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento de corte
• A todos esses movimentos estão associados direções,
sentidos, velocidades e percurso.
• As direções dos movimentos são suas direções
instantâneas.
• Os sentidos são aqueles resultante quando se considera
a peça parada e a ferramenta realizando todos o
movimento.
• As velocidades dos movimentos sãos suas velocidades
instantâneas.
Processos de Usinagem

MOVIMENTOS NA USINAGEM
Movimento de corte
• A todos esses movimentos estão associados direções,
sentidos, velocidades e percurso.
• As direções dos movimentos são suas direções
instantâneas.
• Os sentidos são aqueles resultante quando se considera
a peça parada e a ferramenta realizando todos o
movimento.
• As velocidades dos movimentos sãos suas velocidades
instantâneas.
Processos de Usinagem

PARÂMETROS DE CORTE
Velocidade de corte
• Em processos como aplainamento e brochamento, onde os
movimentos de corte e avanço não ocorrem concomitantemente,
é o resultado do deslocamento da ferramenta ao longo da peça,
considerado no tempo.
• Em processo como torneamento, fresamento, furação,
retificação, etc., onde os movimentos de corte e avanço ocorrem
concomitantemente, a velocidade de corte é a velocidade
tangencial instantânea resultante da rotação da ferramenta
sobre a peça. Para esse processos a velocidade de corte é
calculada por:
Processos de Usinagem

CÁLCULO DA VELOCIDADE DE CORTE

 d n
Vc =
1000

Vc = velocidade de corte [m/min]


d = diâmetro da peça (ferramenta) [mm]
n = rotação da peça (ferramenta) [rpm]
Processos de Usinagem

CÁLCULO DA VELOCIDADE DE CORTE


Processos de Usinagem

CÁLCULO DA VELOCIDADE DE CORTE


Processos de Usinagem

CÁLCULO DA VELOCIDADE DE CORTE


Processos de Usinagem

PARÂMETROS DE CORTE
Grandezas de avanço

• São grandezas que resultam do movimento de avanço.


• Avanço (f) – é o percurso de avanço em cada volta ou percurso
da ferramenta.
Processos de Usinagem

PARÂMETROS DE CORTE
Grandezas de avanço

• São grandezas que resultam do movimento de avanço.


• Avanço por dente (fz) – é o percurso de avanço por dente e
por volta ou curso da ferramenta, medido na direção do
avanço. Tem destaque no processo de fresamento.
f f
fZ =
Z
Processos de Usinagem

CÁLCULO DA VELOCIDADE DE AVANÇO

1000  Vc
Vf = f  n = f
 d
Vf = velocidade de avanço [mm/min]
f = avanço [mm/rot]
n = rotação da peça (ferramenta) [rpm]
Vc = velocidade de corte [m/min]
d = diâmetro da peça (ferramenta) [mm]
Processos de Usinagem

PARÂMETROS DE CORTE
Grandeza de penetração
• São grandezas que descrevem geometricamente a relação de
penetração entre a ferramenta e a peça.
• Profundidade ou largura de usinagem (ap) – é a profundidade ou
largura de penetração da ferramenta em relação a peça, medida
perpendicularmente ao plano de trabalho.
• No torneamento cilíndrico e de faceamento, fresamento e
retificação de topo, ap é denominado profundidade de usinagem.
• No brochamento, retificação e fresamento tangencial, ap é
denominado largura de usinagem.
Processos de Usinagem

PARÂMETROS DE CORTE
Grandeza de penetração
Processos de Usinagem

CÁLCULO DA SEÇÃO TRANSVERSAL DE CORTE

Α = a p .f
A= área da seção transversal de um cavaco a ser
removido [mm²]
ap= profundidade ou largura de usinagem, medida
perpendicularmente ao plano de trabalho [mm]
Processos de Usinagem

PARÂMETROS DE CORTE
Grandeza de penetração
• Penetração de trabalho (ae) – é a penetração da ferramenta em
relação à peça, medida no plano de trabalho e perpendicular à
direção de avanço. Tem importância predominante no
fresamento e retificação plana (topo).
Processos de Usinagem

PARÂMETROS DE CORTE
Volume de cavaco removido na unidade de tempo

Corresponde à quantidade de cavacos removidos por unidade de


tempo.

✓ No torneamento
.
Q = A  Vc = a p  f  Vc
✓ No fresamento
.
Q = a p  ae  V f
Processos de Usinagem

CÁLCULO DO TEMPO DE CORTE (tempos ativos)

𝐼𝑓 𝐼𝑓 𝜋. 𝑑. 𝐼𝑓
𝑡𝑐 = = =
𝑉𝑓 𝑓. 𝑛 1000. 𝑓. 𝑉𝑐

tc = tempo de corte [min]


If = percurso de avanço [mm]
Vf = velocidade de avanço [mm/min]
Processos de Usinagem

CÁLCULO DOS TEMPOS PASSIVOS


Movimento de corte

• Os tempos passivos nem sempre podem ser calculados.


• Geralmente são estimados por técnicas específicas que
estudam os movimentos e a cronometragem dos tempos
a eles relacionados, estabelecendo os chamados tempos
padrões.
Processos de Usinagem

CONCEITOS AUXILIARES
✓ ângulo da direção de avanço ()- é o ângulo entre a direção de
avanço e a direção de corte. Ele pode ser constante como no
torneamento e furação ou variar constantemente como no
fresamento.
Processos de Usinagem

CONCEITOS AUXILIARES
Ângulo da direção efetiva () - é o ângulo entre a direção efetiva e
a direção de corte. Ele obedece a relação: sen
t g =
Vc
+ cos
Vf
Processos de Usinagem

CONCEITOS AUXILIARES
✓ Ponto de corte escolhido – é um ponto qualquer da aresta de corte
(principal ou secundária) escolhido especificamente para análise do
sistema ferramenta/peça.
Processos de Usinagem

CONCEITOS AUXILIARES
✓ Plano de trabalho (Pfe) – é um plano imaginário que contém as
direções de corte e de avanço, passando pelo ponto de corte
escolhido. Como consequência da sua definição, é sobre este plano
que ocorrem os movimentos ativos.
Processos de Usinagem

CONCEITOS AUXILIARES
Superfícies definidas sobre a peça

✓Superfície a usinar – é a superfície da peça antes da operação de


usinagem.

✓ Superfície em usinagem – é a superfície da peça que esta sendo


gerada pela ferramenta.

✓Superfície usinada – é a superfície da peça que foi gerada pelo


processo de usinagem.
Processos de Usinagem

CONCEITOS AUXILIARES
Superfícies definidas sobre a peça
Processos de Usinagem

CONCEITOS AUXILIARES
Tipos de operações de corte

Quanto à finalidade, as operações podem ser classificadas ainda em:

✓ Operações de desbaste – é a operação de usinagem, que precede


o acabamento, visando obter na peça a forma e dimensões próximas
das finais.

✓ Operação de acabamento - é a operação de usinagem destinada a


obter na peça as dimensões finais, o acabamento superficial
especificado, ou ambos.
Processos de Usinagem

ANÁLISE SIMPLIFICADA DAS GRANDEZAS


Seção de corte (A) – é a área da seção transversal calculada de um
cavaco a ser removido, medida perpendicularmente à direção de
corte no plano de medida. Neste caso vale a relação:

A = ap  f = b  h
✓ Largura de corte (b) – é a largura
calculada da seção transversal de corte.
Nas condições idealizadas, a largura de
corte (b) é idêntica ao comprimento da
aresta de corte ativa.

✓ Espessura de corte (h) - é a espessura


calculada da seção transversal de corte.
Exercício
Processos de Usinagem

Dados de um torneamento cilíndrico:


• Comprimento a usinar: 500 mm.
• Diâmetro da peça: 80 mm
• Velocidade de corte recomendada: 32 m/min
• Avanço: 0,8 mm/rot
• Profundidade: 3 mm
• Rotações disponíveis no torno: 70 – 100 – 120 – 150 – 175-200 rpm.
• Calcular a rotação apropriada.
Exercício
Processos de Usinagem

• Um tarugo de aço 1020 deve ter diâmetro de 80mm. Qual a deve ser a rpm
da máquina para obter o diâmetro desejado?
Dados: ( ferramenta aço rápido; vc =25m/min)

• Quantas rotações por minuto deve-se empregar para desbastar um tarugo


de aço 1060 de 100mm de diâmetro, usando uma ferramenta de aço
rápido?
Dado: Vc = 15m/min
Processos de Usinagem

Exercício
Dados de um torneamento cilíndrico:
• Comprimento a usinar: 500 mm.
• Diâmetro da peça: 80 mm
• Velocidade de corte recomendada: 32 m/min
• Avanço: 0,8 mm/rot
• Profundidade: 3 mm
• Rotações disponíveis no torno: 70 – 100 – 120 – 150 – 175 - 200
Calcular o tempo ativo de corte.

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