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Práticas Industriais

Aluno: Igor Augusto Severino Damasceno


Curso: Engenharia Mecânica
ATIVIDADE 1:
PERGUNTA:
Ao estabelecermos um processo operacional, além da questão principal relacionada
ao resultado efetivo do processo (ou seja, se a peça produzida ou usinada está em
conformidade com as especificações técnicas estabelecidas e também com a qualidade
de acabamento obtido), devemos também ter uma preocupação com os tempos
operacionais e os respectivos tempos de ciclos atrelados às operações. Neste sentido,
um conhecimento prévio das variáveis relacionadas a movimento, direção do
movimento, percurso da ferramenta e velocidade é fundamental, e muito importante,
na conceção geral para a definição das operações e, assim, o planejamento dos
processos operacionais...

Nesse sentido, faça uma análise e explique, com suas palavras, quais sãos estas
variáveis, considerando, para isso, os movimentos, direções e velocidades de corte, bem
como as suas conceituações.

RESPOSTA:

Conforme estudamos na disciplina e bem descrita pelo professor na sua vídeo aula, a
base da execução de um processo de usinagem está relacionada diretamente à
respectiva remoção de um material por meio da interferência de uma ferramenta em
uma peça a ser usinada, em que, dessa forma, a ferramenta deve ser constituída de um
material que possua um grau de dureza, assim como a resistência muito superior ao
material da peça a ser confeccionada. E para a realização dessa operação, é necessário
um movimento relativo entre a peça e a ferramenta. No entanto, a base dos estudos e
avaliações estão diretamente relacionadas aos parâmetros de usinagem clássicos, como
as variáveis de controle, permitindo a avaliação de seu comportamento em
determinadas condições.

De acordo com a norma DIN 8580, o processo de usinagem está estruturado em


variáveis relacionadas ao movimento, direção do movimento, percurso da ferramenta e
velocidade, sendo essas variáveis:

Movimentos Ativos: São os movimentos pelos quais ocorre a retirada de cavacos e que
possibilita as operações de usinagem, em que as peças podem se apresentar sob
diversas formas, dependendo do tipo de processo considerado.

- Movimento de corte: Movimento existente entre a peça e a ferramenta, no qual sem


o movimento de avanço, origina uma única retirada do cavaco.
- Movimento de avanço: Movimento existente entre a peça e a ferramenta, que
juntamente com o movimento de corte origina a retirada contínua de cavaco.

- Movimento efetivo de corte: Movimento resultante dos movimentos de corte e avanço


realizados ao mesmo tempo.

- Movimentos passivos: São aqueles movimentos que, apesar de serem fundamentais


para a realização dos processos de usinagem, não promovem a remoção de material ao
ocorrerem.

- Movimento de posicionamento: Movimento entre a peça e a ferramenta, com a qual


se aproxima da peça antes de haver a usinagem.

- Movimento de profundidade: Movimento entre a peça e a ferramenta na qual a


espessura da camada de material a ser retirada é determinada de antemão.

- Movimento de ajuste: Movimento entre a peça e a ferramenta com o intuito de uma


possível correção, para compensar um possível desgaste da ferramenta.

- Movimento de recuo: O movimento na qual a ferramenta afasta-se da peça, após a


realização da usinagem.

Direção dos movimentos e velocidades:

- Direção de corte: É considerada a direção instantânea do movimento de corte.

- Direção de avanço: É considerada a direção instantânea do movimento de avanço.

- Direção efetiva do movimento de corte: É considerada a direção instantânea do


movimento efetivo de corte.

- Velocidade de corte (Vc): É considerada a velocidade identificada como instantânea


representativa do ponto de referência da aresta de corte do ferramental, conforme a
direção e sentido de corte especificados.

- Velocidade de avanço: É considerada a velocidade instantânea da ferramenta segundo


a direção e sentido do avanço.

- Velocidade efetiva de corte: É considerada a velocidade instantânea do ponto de


referência da aresta cortante segundo a respectiva direção efetiva de corte.

Conforme estabelecido por Trent e W’Right (2000), a velocidade de corte e o avanço


são considerados como os dois parâmetros de usinagem mais importantes que podem
sofrer algum tipo de ajuste pelo operador do processo, a fim de possibilitar a obtenção
de uma condição considerada de corte ótima, em que a profundidade de corte é
normalmente, estabelecida de forma que seja relativa ao diâmetro inicial da barra e ao
diâmetro final da superfície, a qual se deseja obter o resultado.
Ter conhecimentos prévios sobre o processo de usinagem nos ajuda a escolher e lidar
com as técnicas certas a serem utilizadas durante o processo de fabricação, pois para
cada movimento, força e deslocamento desempenhado no processo de execução
teremos um resultado e um tempo estimado gasto durante a fase de usinagem, contar
com a experiência e conhecimento de um bom profissional também fara toda diferença
no resultado de prazo e qualidade final do produto.

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