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Plataforma Fixa

Utilizada para perfuração de poços, como também para a produção de petróleo, a plataforma fixa é usada em
operações realizadas em águas rasas, ou seja, em operações menores que 300 metros de profundidade.

Como sua instalação é feita por meio de estruturas modulares de aço, estando presa ao fundo do mar por meio de
estacas, ela se torna preferível para operações com longa data de duração.

Outro ponto importante a ser citado é seu alto custo de fabricação, envolvendo o custeio do projeto, construção e
instalação da plataforma. Dessa forma, sua aplicação se restringe à poços já conhecidos, minimizando riscos de
investimentos cegos.

Plataforma fixa de Mexilhão operando na Bacia de Santos.

Apesar da pouca mobilidade dessa plataforma, ela é responsável por grande parte do petróleo produzido na
exploração offshore (a partir da costa marítima). Ela também é considerada a pioneira nesse cenário de extração nos
mares.

Ela é projetada para comportar todos os equipamentos de perfuração, como também todo aparato necessário na
produção de poços. Todo gás e óleo produzido nesse tipo de plataforma são levados para a costa por meio de
tubulações, demonstrando a ausência de um sistema de estocagem por parte dessa estrutura.

Plataforma Autoelevável

Destinada à perfuração de poços exploratórios na plataforma continental, esse tipo de plataforma está apto a
perfurar poços que variam entre 5 a 130 metros de lâmina d’água, ou seja, em águas extremamente rasas.

É uma plataforma altamente segura, com grande estabilidade, devido seu sistema de estrutura de apoio, sendo as
operações de perfuração bem semelhantes às realizadas em superfície terrestre justo por tal característica.

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Esse sistema conta com um conjunto de três ou mais pernas, sendo elas movimentadas verticalmente até o fundo do
mar no local a ser perfurado. Posteriormente ao contato das pernas com o leito marinho, a plataforma sofre uma
elevação para se fixar a uma altura segura acima do mar, fora da ação de ondas.

É um tipo de plataforma móvel, podendo ser transportada tanto por reboques, como também por propulsão
própria.

Apesar da estabilidade concisa e da facilidade de ser móvel, a plataforma Autoelevável é o tipo de unidade de
perfuração marítima que tem sofrido o maior número de acidentes. Um dos motivos para tal situação é estar refém
da influência das condições de tempo e de mar, o que dificulta a locomoção, como também a instalação.
Plataforma Semissubmersível

É uma unidade flutuante utilizada na perfuração de poços e na produção de óleo. Formada por um ou mais
conveses, sua estrutura é apoiada por colunas em flutuadores submersos.

Tais flutuadores são limitados por um círculo com raio de tolerância, a fim de garantir a segurança dos equipamentos
utilizados no processo, evitando possíveis danos que poderiam ser causados pela ação das ondas ou corrente de
ventos.

Para o posicionamento desse tipo de plataforma são usados dois sistemas: o sistema de ancoragem e o sistema de
posicionamento dinâmico. O sistema de ancoragem é composto por um conjunto de 8 a 12 âncoras, que funcionam
como molas capazes de estabilizar a plataforma em determinado local, a fim de minimizar a ação de ondas, ventos e
correntes.

P - 55 operando no campo do Roncador, Bacia de Campos.

Já no sistema de posicionamento dinâmico não ocorre relação física entre a plataforma e o fundo do mar,
funcionando da seguinte forma: são utilizados de sensores acústicos que se relacionam com propulsores,
restaurando a posição da plataforma.

Apresenta grande mobilidade, podendo ter propulsão própria ou ser movida por meio de reboques, assim como
ocorre com a plataforma Autoelevável.

Uma variação da plataforma Semissubimersível é a plataforma submersível, de utilização limitada, sendo essa usada
apenas em águas calmas, como rios e baías com pequena lâmina d’água. A plataforma submersível é deslocada por
meio de rebocadores e fixadas de maneira ao seu casco inferior se apoiar no fundo do terreno explorado.

FPSO

A plataforma em questão é denominada como flutuante e tem a capacidade de produzir, armazenar, processar e
transferir petróleo. Esse transporte de óleo e de gás pode ser feito por meio de oleodutos/gasodutos ou por navios
aliviadores para óleo apenas.

Apresenta grande mobilidade, sendo utilizada em extrações em locais com lâmina d’água de grande extensão, ideal
para poços localizados a mais de 2000 metros de profundidade. É importante frisar que essa plataforma não possui
propulsão própria (não possui motor), o que faz necessário o auxílio do navio reboque para sua locomoção.

Uma das vantagens do uso de uma plataforma como essa é a capacidade de estocagem, o que faz com que ela possa
ficar à deriva e opere por um tempo consideravelmente grande.
FPSO Cidade de Paraty operando no campo Tupi, nordeste da Bacia de Campos.

É necessário deixar claro que tal estocagem só é possível devido ao sistema de processamento do óleo, que passa
por equipamentos responsáveis pelo separação de petróleo e água, como também pelo tratamento inicial.

O controle dos poços explorados por essa é unidade é feito no fundo do mar, já que não apresenta estabilidade
suficiente para garantir segurança para um controle de poço feito na superfície.

Para se ter uma ideia da dimensão que uma plataforma como essa pode ter, vamos ter como exemplo a plataforma
P-63. Tal plataforma tem a capacidade de processar cerca de 140 mil barris de óleo por dia e tem capacidade de
armazenamento de aproximadamente 1,4 milhões de barris de óleo.

TLWP

Diferente de uma plataforma FPSO, uma TLWP apresenta o controle de poços em sua superfície, já que é
considerada uma plataforma de alta estabilidade, assemelhando se a unidades fixas. Tal estabilidade pode ser
explicada pelo sistema de ancoragem com tendões fixos por estacas no fundo do mar.

É utilizada para atividades em profundidades de até 1500 metros, sendo usada para determinados tipos de
perfuração e para produção. Todo óleo produzido por essa plataforma é transportado para um FPSO que fica
responsável pelo processamento e pelo transporte.

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Essa correlação entre plataformas já é utilizada em locais de exploração aqui no Brasil, como é o caso da extração
feita na Bacia de Campos, mais precisamente no Projeto Papa-Terra. Nesse projeto é utilizada uma TLWP que
encontra-se acoplada a 13 poços de completação seca e um FPSO acoplado a mais 16 poços com diferentes
finalidades, sendo todo o óleo produzido pela TLWP levado para o FPSO por meio de um sistema em varal.

A relação dessas plataformas não se restringe apenas a questão de estocagem, mas também está intimamente
ligada com a questão de alimentação elétrica, já que uma parte da energia gerada no FPSO é direcionada para a
TLWP para acionamentos de bombas.

Navio Sonda

Atua na área de perfuração de poços, podendo ser usado em águas ultraprofundas, com mais de 2000 metros de
profundidade. Ele possui uma abertura no centro de seu casco, por onde passa a coluna de perfuração.

Para garantir a estabilidade da plataforma, são utilizados sensores acústicos e propulsores, que anulam os efeitos
dos ventos e das ondas. Apesar de tal sistema, o navio sonda não é classificado como uma plataforma altamente
estável.
Navio Sonda NS - 16 operando no campo de Congro, Bacia de Campos.

Sua vantagem se deve a grande mobilidade que apresenta, podendo ser utilizada para perfurar em qualquer
profundidade, como também operam sem o auxílio de barcos de apoio. Outra vantagem que esse tipo de
embarcação oferece é sua grande capacidade de estocagem.

Como em toda plataforma flutuante, é necessário um cuidado especial com todos os equipamentos, para evitar a
danificação dos mesmos, sendo importante o uso de um círculo delimitando o local de atuação da unidade.

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