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Projetos Mecânicos

Aula 06 – 23.09.20
Freios e Embreagens
Curso Engenharia Mecânica

Universidade Paulista

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Freios e embreagens (slide 01/13)

Definição
Freios e embreagens são essecialmente o mesmo dispositivo de conexão
entre dois elementos. Quando os dois elementos podem rodar, então
define-se como embreagem. Quando um dos elementos é fixo, define-se
então como freio.
Embreagem Freio

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Freios e embreagens (slide 02/13)

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Freios e embreagens (slide 03/13)

Localização

Quando a máquina possui eixos com velocidades alta e baixa, surge a


questão a respeito da melhor localização para a embreagem.

Nas aplicações automotivas, a embreagem precisa estar entre o motor e


a caixa de transmissão de modo a permitir as trocas de marchas.

Quando redutores de velocidades são utilizados, a montagem da


embreagem no eixo de baixa velocidade requer que esta seja maior e
mais cara devido ao torque maior. A montagem da embreagem no eixo de
maior velocidade é mais barata, mas exige maior capacidade de troca de
calor. Portanto, nestas aplicações estes fatores precisam ser considerados,
além dos custos de manutenção, para melhor tomada de decisão do
projeto.

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Freios e embreagens (slide 04/13)

Fatores de Serviço

Cada fabricante possui recomendações quanto aos fatores de serviço para


cada aplicação, porém não existe um padrão entre eles. Alguns podem
considerar os coeficientes de segurança na recomendação do fator de
serviço, enquanto outros possuem fatores de serviço diferentes pois
existem coeficientes de segurança embutidos no projeto da embreagem.
Ambos os fabricantes estarão corretos, cada um relativamente ao seu
produto, e neste caso cabe ao projetista seguir cuidadosamente as
recomendações dos fatores de serviço.
Uma embreagem ligeiramente pequena pode escorregar e
superaquecer, enquanto que uma embreagem maior que o necessário
pode adicionar inércia ao sistema e sobrecarregar o motor no momento
da aceleração.

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Freios e embreagens (slide 05/13)

Esquema de funcionamento de uma embreagem automotiva

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Freios e embreagens (slide 06/13)
Embreagem com 4 discos, 6 superfícies de contato

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Freios e embreagens (slide 07/13)

Esquema de funcionamento de um freio a disco

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Freios e embreagens (slide 08/13)

Materiais
Nas partes estruturais dos freios como discos e tambores, são utilizados
tanto aços quanto ferro fundido cinzento. As superfícies de atrito são
geralmente forradas com material que possua bom coeficiente de atrito,
boa resistência à compressão e resistência à altas temperaturas.
Na tabela 17-1, são indicadas propriedades de materiais comuns
empregados na forração de superfícies de atrito para embreagens e freios.

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Freios e embreagens (slide 09/13)
Embreagens de disco [3]
A embreagem de disco mais simples consiste em dois discos, sendo um com material de
forração de alto atrito, pressionado axialmente com uma força normal que gera a força de
atrito necessária para transmitir torque. Na hipótese de que os discos sejam rígidos o
bastante, considera-se a pressão uniforme no contato por toda a área. Neste caso, o
desgaste é maior nas regiões que aproximam-se do raio externo, uma vez que o desgaste é
proporcional à pressão multiplicada pela velocidade (pV) e a velocidade aumenta com o raio.
Com o desgaste do material nas regiões próximas à borda externa, a distribuição de pressões
gradualmente deixa de ser uniforme e desenvolve-se a condição de desgaste
uniforme com pV = constante.

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Freios e embreagens (slide 10/13)
Pressão uniforme dr
1) A força diferencial que atua no anel de largura dr no disco
de embreagem ao lado é numericamente igual a ro

2) Sendo p a pressão uniforme e q o ângulo do anel. Ao ri


integrar entre os limites ri e ro

5) Para uma embreagem de discos múltiplos


com N faces de atrito:
3) O torque de atrito no anel
diferencial é

4) Onde m é o coeficiente de atrito. 6) As equações em 2 e em 5 podem ser


O torque total para o disco de combinadas para produzir uma expressão do
embreagem é torque como função da força axial

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Freios e embreagens (slide 11/13)

Desgaste uniforme dr
ro
1) A razão de desgaste, W, constante, é
suposta proporcional ao produto da
ri
pressão p e velocidade V

5) A combinação das equações em 3 e


2) E a velocidade em qualquer ponto da
em 4 produz uma expressão para a
face da embreagem é
pressão como função do raio r

3) Combinando essas equações e


assumindo uma velocidade angular
constante, w onde o valor permitido de pressão, pmax,
variará com o material de forração
utilizado. A tabela 17-1 também mostra
4) A máxima pressão, pmax, deve, então os valores recomendados de pmax e o
ocorrer no raio mínimo, ri coeficiente de atrito para vários materiais
de forração de embreagens/freios.

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Freios e embreagens (slide 12/13)
Desgaste uniforme

6) A força axial F, é encontrada por meio da integração abaixo substituindo-se a pressão p


pela equação em 2 (pressão uniforme)

7) O torque é calculado pela integração da equação abaixo com a mesma substituição

8) A combinação das equações em 6 e em 7 produz uma expressão relacionando torque à


força axial no caso de desgaste uniforme
Onde N é o número de superfícies de
atrito na embreagem

9) A partir da equação 7, pode ser demonstrado que o máximo torque para qualquer valor
de raio externo ro será obtido quando o raio interno for

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Freios e embreagens (slide 13/13)

Bibliografia
Bibliografia Básica

[1] BUDYNAS, R. G.; NISBETT J. K. Elementos de Máquinas de Shigley – Projeto de engenharia mecánica.
Porto Alegre: Bookman, 2011.
[2] JUVINALL, Robert & MARSHEK, Kurt M., Projeto de Componentes de Máquinas, Rio de Janeiro: Editora
LTC, 2008.
[3] NORTON, Robert L., Projeto de Máquinas – Uma abordagem integrada, Porto Alegre: Bookmann, 2013.

Bibliografia Complementar

[4] CUNHA, Lamartine. – Elementos de Máquinas – Rio de Janeiro – Editora LTC – 2009.
[5] RESHETOV, D. N. Atlas de construção de Máquinas. São Paulo: Hemus Editora, 2005.
[6] NIEMANN, G. Elementos de Máquinas. Ed. Edgard Blücher ,2002. (3v).
[7] COLLINS, J. A. Projeto mecânico de elementos de máquinas. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
[8] MELCONIAN, S, Fundamentos De Elementos De Máquinas: Transmissões, Fixações E Amortecimento.
São Paulo: Saraiva, 2014.
[9] Rao, Sighiresu S., Vibrational Mechanics, Pearson, 2011.

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