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Celvino Januário Guambaza


Faida Amade
Isaquel Celestino
Maria da Gloria Simbe
Olinda Domingos Chaúque
Precha Nota
Raquelina João Balbino
Referinda Zeferino
Romana Querino
Rumisa Nilza Abraches Oliveira
Vasco Mapuque

Memória e Aprendizagem
Curso de Licenciatura em Ensino de Química com Habilitação em Biologia
2° ano

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
Novembro de 2021
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Celvino
Faida Amade
Isaquel Celestino Manuel
Maria da Gloria Simbe
Olinda Domingos Chaúque
Precha Nota
Raquelina João Balbino
Referinda Zeferino
Romana Querino
Rumisa Nilza Abraches Oliveira
Vasco Mapuque

Memória e Aprendizagem
Curso de Licenciatura em Ensino de Química com Habilitação em Biologia
2° ano

Trabalho de carácter avaliativo a ser


apresentado na turma do 2º ano do curso de
licenciatura em Ensino de Química para efeitos
de análise e devida avaliação, sob orientação do
regente da cadeira de Psicologia de
Aprendizagem, dra. Glória Frederico

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
Novembro de 2021
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Índice
1. Introdução..................................................................................................................5

2. OBJECTIVOS............................................................................................................6

2.1. OBJECTIVO GERAL................................................................................................6

2.2. OBJECTIVOS ESPECIFICOS..................................................................................6

3. Memoria.....................................................................................................................8

3.1. Importância da memória no PEA...............................................................................8

4. Fixação das lembranças..............................................................................................8

4.1. Tipos de fixação.........................................................................................................8

4.1.1.A fixação involuntária..............................................................................................8

4.1.2.A fixação voluntária.................................................................................................8

5. Reprodução das lembranças.......................................................................................9

5.1. Tipos de reprodução das lembranças..........................................................................9

5.1.1.A reprodução involuntária........................................................................................9

5.1.2.A recordação involuntária........................................................................................9

6. Características de memória ontogénese.....................................................................9

6.1. Regras a observar para a fixação e reprodução eficazes no processo de ensino-


aprendizagem...................................................................................................................10

7. Processos de memória..............................................................................................10

7.1. Codificação...............................................................................................................10

7.2. Armazenamento........................................................................................................11

7.3. Recuperação.............................................................................................................11

8. Tipos de memória.....................................................................................................11

8.1. Memória a Curto Prazo............................................................................................11

8.1.1.A Memória Imediata...............................................................................................11

8.1.2.A Memória de Trabalho.........................................................................................12

8.2. Memória a Longo Prazo.........................................................................................12

8.2.1.Memória não Declarativa/Implícita........................................................................12


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8.2.2.Memória Declarativa/Explícita..............................................................................12

9. Doenças da memória................................................................................................13

9.1. Amnésia....................................................................................................................13

9.2. Depressão.................................................................................................................13

9.3. Doença de Alzheimer...............................................................................................13

9.4. Outras doenças..........................................................................................................13

10. Esquecimento............................................................................................................13

11. Conclusão..................................................................................................................15

12. Referências Bibliográficas........................................................................................16


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1. Introdução
Memória é um processo cognitivo que consiste na retenção e na evocação das
informações, conhecimentos e experiencias. A memória é essencial para a nossa
sobrevivência, sendo condição de adaptação ao meio e para a aquisição de novas
aprendizagens. É a memória que assegura a nossa identidade pessoal. (MONTEIRO e
FERREIRA, 2006:64).
Capacidade de lembrar o que foi de algum modo vivido. Ela corresponde as seguintes
operações ou processos: a aquisição, a fixação, a evocação, o reconhecimento e a
localização das informações resultantes de percepções e aprendizagem. A memória
facilita a organização, fixação e retenção do aprendido, assim como a sua evocação,
quando essa informação for necessária.

Não haveria evolução dos nossos conhecimentos se na medida que os adquiríssemos, os


perdêssemos. A memória conserva o passado e permite incorporá-lo na estrutura
cognitiva do sujeito.
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2. OBJECTIVOS
2.1. OBJECTIVO GERAL
O objectivo geral deste trabalho consiste em:

 Falar da memória e aprendizagem.

2.2. OBJECTIVOS ESPECIFICOS


Para a materialização do objectivo geral deste trabalho foram definidos os seguintes
objectivos específicos:

 Definir a memória;
 Falar da importância da memória no PEA;
 Explicar a fixação e reprodução das lembranças;
 Mencionar e caracterizar os tipos de memória;
 Mencionar e caracterizar as doenças que afectam a memória;
Falar sobre o esquecimento.
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3. Memoria
Memória é a capacidade do individuo tem de reter e conservar informações manifestada
ao longo do tempo que através de hábitos ou lembrança. Aprendizagem é uma
modificação sistemática da conduta.

3.1. Importância da memória no PEA


 A memória é condição do progresso intelectual: não haveria evolução dos
nossos conhecimentos se à medida que os adquiríssemos, os perdêssemos;
 A linguagem seria impossível sem a memória, porque para falar é necessário
reter as palavras e o seu sentido;
 Permite aperfeiçoar os nossos actos;
 A personalidade não existiria sem memória, pois é ela que conserva o nosso
passado e permite incorporar no “eu” o que se vai locionando, para organização
da personalidade.

4. Fixação das lembranças


A possibilidade de fixar algo, conservá-lo e actualizá-lo é o que caracteriza a memória.
Os estímulos que actuam no cérebro deixam traços e isso deve-se á plasticidade do
cérebro. Também a forma do professor se dirigi aos alunos chamados pelos seus
próprios nomes caracteriza a memória. Os processos de recepção e armazenamento
permitem fixar e conservar as informações.

4.1. Tipos de fixação


4.1.1. A fixação involuntária
Tem lugar quando se fixa algo sem intenção. Esta fixação é provocada pelos estímulos
fortes, pelas vivências emocionais profundas e estímulos contratantes;

4.1.2. A fixação voluntária


Conserva algo intencionalmente e exige um esforço no sentido de fixar os
conhecimentos através da repetição. Esta fixação pode dirigir-se a conhecimentos sem
relação, não compreendidos, sem sentido ou significado. Quando o aluno repete e fixa
conhecimentos que têm não tem relação, sentido ou significado estamos perante uma
fixação mecânica
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5. Reprodução das lembranças


A reprodução refere-se á evocação de informações anteriores armazenadas na memória.
A reprodução pode ser reconhecimento e de identificação. A reprodução de
reconhecimento consiste na identificação do percebido anteriormente.
Exemplo: Depois de ter contacto com os alunos no primeiro dia de aula o professor
reconhece os alunos de turma nos dias subsequentes graças á reprodução de
reconhecimentos.
É a reprodução de reconhecimentos que permite ao indivíduo não prender sempre de
novo o percepcionado anteriormente.

5.1. Tipos de reprodução das lembranças


5.1.1. A reprodução involuntária
Refere-se a evocação de informações sem intenção, sem por esforço voluntário do
sujeito.
Exemplo: Ao seleccionar um amigo, antigo colega de carteira pode recordar-se de
outros colegas da turma, momentos alegres que passaram juntos.
5.1.2. A recordação involuntária
Ocorre sem esforço do sujeito. Os factos e os acontecimentos aparecem sem intenção do
sujeito. Na reprodução voluntária trata-se da evocação de informações de forma
intencional.
Exemplo: O professor coloca aos alunos um teste sobre os tipos de clima. Ao
resolverem o teste sobre os tipos de clima os alunos são obrigados a fazerem um esforço
intencional de evocar os conhecimentos sobre os tipos de clima.

6. Características de memória ontogénese


A memória da criança, tal como de outros processos psíquicos tem características
especificas, consoante faixas etárias.
 Dos 3 aos 6 anos
Caracterizam-se por uma memória involuntária. A criança fixa factos e acontecimentos
acentuadamente emocionais, aquilo que lhe causa prazer, alegria, o colorido e
contratantes. Daí que os educadores infantis tenham que apresentar os conteúdos de
maneira interessante, usar meios didácticos de diferentes formas, tamanhos e cores,
criem vivências emocionais agradáveis na aprendizagem.
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 Dos 6 aos 10 anos


Possuem uma memória involuntária e voluntária ao mesmo nível. Os alunos devem ser
informados sobre a importância dos conteúdos a serem tratados. Os conteúdos devem
ser tratados de forma interessante, promover a participação activa dos alunos na
elaboração dos conteúdos ao mesmo tempo que se devem colocar actividades de
consolidação da matéria anterior através de exercícios, trabalho de casa. No inicio de
aula, deve-se colocar perguntas relativas á matéria tratada na aula anterior.

 Dos 10 anos á adulto

Passam a fixar a informações de forma predominante voluntária. O professor deve


colocar de forma clara a importância dos conteúdos a serem tratados para que os
adolescentes e adultos se esforcem intencionalmente em fixar as informações.

6.1. Regras a observar para a fixação e reprodução eficazes no processo


de ensino-aprendizagem
 Aprender o objectivo da aula e sua importância;
 Relacionar o novo conteúdos com o anterior através de perguntas;
 Utilizar métodos participativos de ensino-aprendizagem em que os alunos
participam na elaboração dos conteúdos, conceitos, regras, leis e, garantindo
assim a sua compressão;
 Usar meios de ensino interessantes, sublinhar o essencial no quadro, apresentar
esboços, repetir o mais importantemente oralmente;
 Dar exercícios de consolidação da matéria da aula através de perguntas,
exercícios escritos, fichas de trabalho;
 Dar trabalho para casa;
 Instruir os alunos a dividirem o material de estudo em partes e relacioná-los num
esboço;
 Recomendar aos alunos para que façam repetições espaçadas;
 Corrigir o TPC no início de cada aula.

7. Processos de memória
Se a memória é a capacidade do cérebro em armazenar, reter e recordar a informação,
então são estes os três processos base de memória.
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7.1. Codificação
Representa o momento inicial em que a informação é preparada para ser armazenada.
Este processo depende muito da experiência do indivíduo.
Nesta perspectiva, MONTEIRO e FERREIRA (2006), avançam que a codificação
consiste na tradução de dados num código que pode ser acústico, visual ou semântico.
Face a afirmação: o quadro é preto. Pode-se codificar o seu conteúdo como uma
imagem de sinais que são as letras (código visual), como uma sequência de sons (código
acústico) ou tomar consciência do significado da afirmação e o que ela representa
(código semântico).
No processo de codificação o material é representado de uma forma a que o sistema de
armazenamento pode lidar com ele.

7.2. Armazenamento
Depois de codificada, a informação deve ser armazenada, o que acontece por um
período variável. Cada elemento de uma memória é guardado em várias áreas cerebrais.
Engramas são traços mnésicos resultantes das modificações no cérebro que ocorrem
para o armazenamento. Cada engrama produz modificações nas redes neuronais que
permitem a recordação do que se memorizou sempre que necessário. O processo de
fixação é complexo e a informação que se armazena está sempre sujeito a modificações,
o que implica que, para que ela se mantenha estável e permanente, seja necessário
tempo.

7.3. Recuperação
A Recordação é portanto a capacidade de um indivíduo lembrar-se da informação
desejada quando necessário. Como mostra MONTEIRO e FERREIRA (2006:46) nesta
etapa, recupera-se a informação: lembramo-nos, recordamos, evocamos uma
informação.

8. Tipos de memória
Evidências psicológicas mostram que existem dois tipos de Memória a considerar:
memória a curto prazo e Memória a longo prazo.

8.1. Memória a Curto Prazo


A memória a curto prazo é uma memória que retém a informação durante um período
limitado de tempo, podendo ser esquecida ou passar para a memória a longo prazo. Na
memória a curto prazo distinguem-se duas componentes que a seguir se vão anunciar:
8.1.1. A Memória Imediata
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Na memória imediata o material fica retido durante uma fração de tempo de cerca de
trinta segundos (30’’). Estudos desenvolvidos mostram que podemos conservar sete
elementos, sete unidades de informação (+/-2 elementos, isto é, entre 5 a 9 elementos).
Entende-se por unidade de informação um dígito, uma letra ou uma palavra.

8.1.2. A Memória de Trabalho


Na memória de trabalho, mantemos a informação enquanto ela nos é útil. O tempo pode
alongar-se, se repetirmos mentalmente a informação, tal é o caso de um número de
telefone que não tivemos a oportunidade de registar por escrito. A memória imediata e a
memória de trabalho são complementares, formando a memória a curto prazo.
Os autores mostram que, qualquer informação que estado na memoria a curto prazo e
que se tenha perdido, estará para sempre, apenas se mantendo se transitar para a
memoria a longo prazo.

8.2. Memória a Longo Prazo


A memória a longo prazo retém informações durante, semanas, meses, anos, décadas ou
toda vida (do berço à sepultura).
De acordo com o enquadramento psicológico de MONTEIRO e FERREIRA (2006:48)
aponta-se de que “na memória a longo prazo existem diferentes modalidades de
armazenamento informação para diferentes registos: visual, auditivo, olfactivo, táctil,
gustativo e ainda a linguagem e do movimento”.
Ma memória a longo prazo distinguem-se dois tipos de memoria:
8.2.1. Memória não Declarativa/Implícita
Esta é considerada como sendo memória automática, registado que, mantém as
informações subjacentes à questão “como?” por exemplo: como andar de bicicleta,
como lavar os dentes, como pentear, como resvalar de patins. Há actividades mais
complexas que são da responsabilidade deste tipo de memória, por exemplo, como
dirigir automóvel.
8.2.2. Memória Declarativa/Explícita
A memória explícita implica a consciência do passado, no tempo, reportando-se a
acontecimentos, factos, pessoas. Na memória explícita distinguem-se dois subsistemas:
a memória episódica e semântica.
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9. Doenças da memória
9.1. Amnésia
É a perda parcial ou total da capacidade de reter e evocar informações. Qualquer
processo que prejudique a formação de uma memória a curto prazo ou a sua fixação em
memória a longo prazo pode resultar em amnésia.
As amnésias podem ser classificadas em amnésia orgânica causada por distúrbios no
funcionamento das células nervosas, através de alterações químicas, traumatismos ou
transformações degenerativas que interferem nos processos associativos acarretando
uma diminuição na capacidade de registrar e reter informações, ou amnésia
psicogênica resultante de factores psicológicos que inibem a recordação de certos fatos
ou experiências vividas.
As amnésias podem ainda ser divididas em termos cronológicos, em amnésia
retrógrada e amnésia anterógrada. A amnésia retrógrada é a incapacidade de
recordar os acontecimentos ocorridos antes do surgimento do problema, enquanto a
amnésia anterógrada é a incapacidade de armazenar novas informações a longo prazo.

9.2. Depressão
É a causa mais comum, porém a menos grave. Denomina-se depressão uma doença
psiquiátrica, que inclui perda do ânimo e tristeza profunda superior ao mal causado
pelas circunstâncias da vida.

9.3. Doença de Alzheimer


Uma porção significativa da população acima dos 50 anos sofre de alguma forma de
demência. A mais comum é a doença de Alzheimer, na qual predomina a perda
gradativa da memória, pois ocorrem lesões inicialmente nas áreas cerebrais
responsáveis pela memória declarativa, seguidas de outras partes do cérebro.

9.4. Outras doenças


A doença de Parkinson, nos estágios mais severos, o alcoolismo grave, uso abusivo da
cocaína ou de outras drogas, lesões vasculares do cérebro (derrames), o traumatismo
craniano repetido e outras doenças mais raras também causam quadros de perda de
memória.

10. Esquecimento
O esquecimento é o fracasso do esforço evocativo ou impossibilidade de reproduzir o
passado Quando o aluno não armazena o material aparece o esquecimento. Eis abaixo
alguns factores do esquecimento:
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 Vastidão da matéria;
 Irrelevância do conteúdo;
 Falta de interesse;
 Distúrbios da memória;
 Cansaço.
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11. Conclusão
A realização de qualquer tarefa exige que o homem recorra a experiências,
conhecimentos, percepções, imagens, conceitos, emoções e sentimentos anteriores.
No processo de ensino-aprendizagem, o professor recorre aos conhecimentos sobre o
conteúdo aprendidos no curso de formação, aos conceitos de ensino aprendizagem
adquiridos no curso de formação, os conhecimentos do manual de professor relativos ao
conteúdo e indicações metodológicas e ás experiências da leccionação do conteúdo
adquiridos nas práticas pedagógicas e trocas de experiências no grupo de disciplinas,
vivência tidas na aprendizagem do mesmo conteúdo como aluno.
A possibilidade de fixar algo, conservá-lo e actualizá-lo é o que caracteriza a memória.
Os estímulos que actuam no cérebro deixam traços e isso deve-se á plasticidade do
cérebro. Também a forma do professor se dirigi aos alunos chamados pelos seus
próprios nomes caracteriza a memoria.
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12. Referências Bibliográficas

 RODRIGUES, A. & BILA, L.V. Módulo de Psicologia de Desenvolvimento e


de Aprendizagem. Maputo. Universidade Pedagógica.
 ALLPORT, Gordon W. Desenvolvimento da personalidade: considerações
básicas para uma psicologia da personalidade. São Paulo, EPU, 1975.
 ANASTASI, Anne. Testes psicológicos: teoria e aplicação. Trad. Dante M.
Leite. São Paulo, Herder/USP, 1967.
 ANCONA-LOPEZ, M., org. Avaliação da inteligência I. São Paulo, EPU, 1987.
(Temas Básicos de Psicologia, 20-I)
 BRENNER, Charles. Noções básicas de Psicanálise: introdução à Psicologia
psicanalítica. 5. ed. Rio de Janeiro, Imago, 1987.
 BUONO, S. N. Emoção e afetividade. In: CRP — 6ª região e Sindicato dos
Psicólogos no Estado de São Paulo. Psicologia no ensino de 2º grau — uma
proposta emancipadora. São Paulo, Edicon, 1986.
 KELLER, Fred S. A definição da Psicologia: uma introdução aos sistemas
psicológicos. São
 KLEIN, Melanie. Contribuições à Psicanálise. São Paulo, Mestre Lou, 1981.
 KOFFKA, Kurt. Princípios de Psicologia da Gestalt. São Paulo, Cultrix/USP,
1975.

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