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Engenharia de Petróleo II
Objetivos:
Descrever todas as etapas que compreendem os
processos de produção, recuperação, transporte e
processamento do petróleo, identificando os
mecanismos físicos envolvidos em cada etapa bem
como as técnicas operacionais empregadas.
2- Perfuração:
Sistemas de perfuração, equipamentos de sondas de perfuração,
fluidos de perfuração, operações rotineiras de perfuração;
3- Completação:
Tipos de completação, tipos de sonda para completação, fases de
uma completação, operações de restauração, operações de
estimulação;
Ementa:
4- Elevação:
Sistemas de produção, elevação natural, elevação pneumática (gas-
lift), bombeio mecânico com hastes, bombeio centrífugo
submerso, bombeio por cavidades progressivas;
Bibliografia:
José Eduardo Thomas, “Fundamentos de Engenharia do Petróleo”,
editora Interciência, 2ª edição, Rio de Janeiro, 2004.
O que é petróleo?
FLUIDO DO RESERVATÓRIO
Temperatura de Composição
Fração Usos
ebulição (°C) aproximada
Gás residual - C1 – C2 Gás combustível
Gás liquefeito de Gás combustível engarrafado,
Até 40 C3 – C4
petróleo - GLP uso doméstico e industrial.
Gasolina Combustível de automóveis,
40 - 175 C5 – C10
solvente.
Gasóleo leve 235 - 305 C13 – C17 Diesel, fornos.
Gasóleo pesado Combustível, matéria-prima
305 - 400 C18 – C25
p/ lubrificantes.
Lubrificantes
400 - 510 C26 – C38
Óleos Lubrificantes
Resíduo Asfalto, piche,
Acima de 510 C38*
impermeabilizantes.
Torre de destilação:
Torre de
destilação:
Torre de destilação:
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos são compostos orgânicos formados em
saturados, insaturados e aromáticos.
Os hidrocarbonetos saturados, também denominados de
alcanos ou parafinas (do latim parafine “pequena
atividade”, por serem comparativamente inertes), são
aqueles cujos átomos de carbono são unidos somente
por ligações simples e ao maior número possível de
átomos de hidrogênio, constituindo cadeias lineares,
ramificadas ou cíclicas, interligadas ou não.
Fundamentos da Engenharia do Petróleo II Washington Martins da Silva Jr.
1- Constituintes do petróleo
Hidrocarbonetos
Os hidrocarbonetos insaturados, também denominados
de olefinas, apresentam pelo menos uma dupla ou tripla
ligação carbono-carbono, enquanto que os
hidrocarbonetos aromáticos, também chamados de
arenos, apresentam pelo menos um anel de benzeno na
sua estrutura.
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos
Metano - CH4
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1- Constituintes do petróleo
Hidrocarbonetos
Etano – C2H6
Hidrocarbonetos
Propano - C3H8
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1- Constituintes do petróleo
Hidrocarbonetos
Butano – C4H10
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1- Constituintes do petróleo
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos parafínicos.
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos parafínicos.
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos naftênicos:
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos naftênicos:
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos naftênicos:
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos naftênicos:
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos insaturados.
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos insaturados.
Hidrocarbonetos
Os hidrocarbonetos aromáticos são constituídos por
ligações duplas que se alternam em anéis com seis
átomos de carbono. O composto mais simples é o
benzeno. Ao contrário dos compostos insaturados, o
benzeno tem considerável estabilidade e, devido ao seu
pronunciado odor, todos os compostos que contêm o
anel benzeno são conhecidos como hidrocarbonetos
aromáticos. Tal como os naftênicos pode ocorrer a
presença de aromáticos formados por mais de um anel
benzênico, que podem estar isolados, conjugados ou
condensados.
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1- Constituintes do petróleo
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos aromáticos:
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos aromáticos:
Hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos aromáticos:
Não-hidrocarbonetos
Não-hidrocarbonetos
Resinas e asfaltenos são moléculas grandes, com alta
relação carbono/hidrogênio e presença de enxofre,
oxigênio e nitrogênio (de 6,9 a 7,3%). A estrutura básica
é constituída de 3 a 10 ou mais anéis, geralmente
aromáticos, em cada molécula.
As estruturas básicas das resinas e asfaltenos são
semelhantes, mas existem diferenças importantes.
Asfaltenos não estão dissolvidos no petróleo e sim
dispersos na forma coloidal.
As resinas, ao contrário, são facilmente solúveis.
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1- Constituintes do petróleo
Não-hidrocarbonetos
Grupo de componentes
Parafinas normais 14%
Parafinas ramificadas 16%
Parafina cíclicas (naftênicas) 30%
Aromáticos 30%
Resinas e asfaltenos 10%
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2- Composição do petróleo
Massa específica
É a relação entre a massa de um material e o volume
ocupado pelo mesmo.
Tem a dimensão de unidade de massa por volume, por
exemplo, a massa específica da água doce à 20°C e 1 atm
é igual a 1 kg/litro, ou seja, nessas condições 1kg de
água ocupará um volume equivalente a 1 litro.
Densidade
É a relação entre a massa específica de uma substância e a massa
específica da água doce.
Por exemplo, se a massa específica de um óleo é igual a 0,85
kg/litro então sua densidade será calculada da seguinte forma:
d = 0,85 ou seja,
141.5
API 60/ 60 131.5 onde d é a densidade do óleo ou
do de um derivado do petróleo.
Migração
O petróleo é gerado em uma “rocha geradora” e se
movimenta para uma rocha onde se acumula, dita
“rocha reservatório”.
A explicação clássica para a migração atribui papel
relevante à fase de expulsão da água das rochas
geradoras durante o processos de compactação. Essa
água levaria consigo o petróleo.
Outra explicação estaria no microfraturamento das
rochas geradoras, que facilitaria o fluxo através de um
meio de baixíssima permeabilidade, como as rochas
argilosas (folhelhos).
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4- Noções de Geologia do Petróleo
Migração
Ao processo de expulsão do petróleo da rocha
geradora dá-se o nome de migração primária.
Ao percurso ao longo de uma rocha porosa e
permeável até ser interceptado e contido por uma
armadilha geológica dá-se o nome de migração
secundária.
A não-contenção do petróleo em sua migração
permitiria seu percurso continuado em busca de zonas
de menor pressão até se perder através de exsudações,
oxidação e degradação bacteriana na superfície.
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Fundamentos da Engenharia do Petróleo II Washington Martins da Silva Jr.
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4- Noções de Geologia do Petróleo
Rocha reservatório
O petróleo é eventualmente acumulado em uma
“rocha reservatório” – figura.
Esta rocha pode ter qualquer origem ou natureza, mas
para se constituir em um reservatório deve apresentar
espaços vazios no seu interior (porosidade), e estes
espaços vazios devem estar interconectados,
conferindo ao reservatório a característica de
permeabilidade.
Rocha reservatório
Podem constituir rochas-reservatório os arenitos e
calcarenitos, e todas as rochas sedimentares
essencialmente dotadas de porosidade intergranular
que sejam permeáveis.
Rocha reservatório
A porosidade depende da forma, da arrumação e da
variação de tamanho dos grãos, além do grau de
cimentação da rocha.
Chama-se porosidade absoluta a razão entre o
volume de todos os poros, interconectados ou não, e
o volume total da rocha.
A porosidade efetiva é a razão entre o volume dos
poros interconectados e o volume total da rocha.
A porosidade pode ser medida a partir de perfis
elétricos executados nos poços ou de ensaios de
laboratórios em amostras
Fundamentos da Engenharia do Petróleo II
de rocha - testemunhos.
Washington Martins da Silva Jr.
4- Noções de Geologia do Petróleo
Rocha selante
Atendidas as condições de geração, migração e
reservatório, para que se dê a acumulação do
petróleo, existe a necessidade de que alguma barreira
se interponha no seu caminho. Essa barreira é
produzida pela rocha selante, cuja característica
principal é sua baixa permeabilidade.
Além da impermeabilidade, a rocha selante deve ser
dotada de plasticidade – para manter sua condição
mesmo após ser submetida a esforços determinantes
de deformação.
Ex: Folhelhos e Evaporitos (sal).
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As partículas de argila dificultam a migração – rocha
selante contém partículas pequenas.
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4- Noções de Geologia do Petróleo
Aprisionamento do petróleo
Convencionalmente, as
armadilhas são classificadas
em estruturais,
estratigráficas, mistas ou
combinadas - na prática
não é simples a
individualização.
Armadilhas estruturais –
detêm as maiores
quantidades de óleo –
enquadram-se as dobras e
as falhas.
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4- Noções de Geologia do Petróleo
Aprisionamento do petróleo
O modelo de aprisionamento com base no sistema de
falhas é aplicado com sucesso nas bacias
sedimentares brasileiras, principalmente as bacias do
recôncavo e nas bacias costeiras.
Armadilha tipo
domo de sal
Produção de
petróleo no
Brasil.
Bacias
sedimentares
brasileiras
“offshore”.
Pré-sal
De uma maneira simplificada, o Pré-Sal é um conjunto
de reservatórios mais antigos que a camada de sal
(halita e anidrita) que se estende nas Bacias de
Campos e Santos desde o alto de Vitória até o alto de
Florianópolis.
A espessura da camada de sal na porção centro-sul da
Bacia de Santos é de aproximadamente 2.000 metros,
enquanto na porção norte da bacia de Campo está em
torno de 200 metros.
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5- Bacias sedimentares brasileiras
Origem do pré-sal
Este sal foi depositado durante a abertura do oceano
Atlântico, após a quebra do Gondwana (Jurássico
Superior-Cretáceo) durante a fase de mar raso e de
clima semi-árido/árido do Neoapitiniano (125 - 112
Ma).
Prospecção de petróleo
Prospecção de petróleo
Geologia de superfície
Aerofotogrametria e fotogeologia
Interpretação
fotogeológica onde
são nítidas as feições
de diferentes tipos
de rochas.
Aerofotometria
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6- Prospecção de Petróleo
Cadeia de Montanhas
Zargos no Irã e parte
do Golfo Pérsico.
Aerofotometria
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6- Prospecção de Petróleo
Geologia de Subsuperfície
Geologia de Subsuperfície
Métodos Potenciais
Gravimetria
Gravimetria
Gravimetria
Gravimetria
Mapa gravimétrico
corrigido – mapa
Bounguer – da bacia do
recôncavo Baiano, BA.
Magnetometria
Magnetometria
Métodos Sísmicos
São os métodos de prospecção mais usados na indústria
do petróleo.
O levantamento sísmico inicia-se com a geração de
ondas elásticas, através de fontes artificiais, que se
propagam no interior da terra, onde são refletidas e
refratadas nas interfaces que separam camadas de
rochas de diferentes constituições, e retornam à
superfície, onde são captadas por sofisticados
equipamentos de registro.
Métodos Sísmicos
Destaca-se a sísmica de reflexão pelo auto grau de
eficiência.
O método baseia-se na emissão de ondas sísmicas
artificiais em superfície ou no mar, captando-se os
seus “ecos” após se propagarem no interior da Terra e
serem refletidas ou refratadas em suas
descontinuidades.
As reflexões das ondas elásticas são captadas por
equipamentos especiais denominados geofones
(registros em terra) ou hidrofones (registros no mar).
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6- Prospecção de Petróleo
Métodos Sísmicos
Geofones
Composto por uma bobina suspensa dentro de um
campo eletromagnético gerado por um potente ímã
acondicionado em invólucro impermeável, que é
firmemente cravado à superfície da Terra.
Geofones
Geofones - arranjo
Hidrofones
Os hidrofones utilizam cristais piezelétricos, que geram
uma corrente elétrica proporcional à variação da
pressão produzida pelas ondas acústicas na água.
Hidrofones
Bússola
Fundamentos Controlador
da Engenharia do Petróleo II de profundidade Bateria Washington Martins da Silva Jr.
6- Prospecção de Petróleo
O navio
Fundamentos reboca
da Engenharia do duas baterias
Petróleo II de canhões e vários cabos com receptores.
Washington Martins da Silva Jr.
6- Prospecção de Petróleo
•Ondas P – compressionais;
•Ondas S – cisalhantes.
Sismograma sintético
A principal importância do sismograma sintético é
correlacionar os dados de poços com os eventos que
aparecem nas seções sísmicas.
Como a sísmica de reflexão responde somente ao
contraste de impedâncias das rochas, é possível simular
a resposta sísmica de um pacote sedimentar, ou traço
sísmico (sismograma sintético) a partir do
conhecimento da velocidade e densidade das rochas
que o compõem e da assinatura da fonte.
Sismograma sintético
I=ρ.ν
Sismograma sintético
A quantidade de energia que é refletida e cada interface
é dada pelo coeficiente de reflexão:
I 2 I1
R e T 1 R
I 2 I1
onde:
R = coeficiente de reflexão;
T = coeficiente de transmissão;
I2 = impedância da camada inferior;
I1 = impedância da camada superior.
Sismograma sintético
A partir do
conhecimento
da coluna
sedimentar (A)
obtida pela
perfuração de
uma poço,
obtém-se as
impedâncias
acústicas (B)
Sismograma sintético
Sabendo o valor
da impedância
acústica de cada
formação,
calcula-se a
função
refletividade (C)
utilizando a
equação em
cada uma das
interfaces.
Sismograma sintético
Sismograma sintético
Em D está
ilustrado o
mecanismo de
formação do
traço sísmico.
A resposta
final para uma
sequência
sedimentar
consiste no
somatório das
reflexões
individuais (E).
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6- Prospecção de Petróleo
1C 2C 3C 4C 5C 6C 7C 8C 9C
1B 2B 3B 4B 5B 6B 7B 8B 9B 10B
A B C
1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 8A 9A10A 11A
Camada 1
1, v1
Refletor
a b c d e f g h 2, v2
Camada 2
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6- Prospecção de Petróleo
1C 2C 3C 4C 5C 6C 7C 8C 9C
1B 2B 3B 4B 5B 6B 7B 8B 9B 10B
A B C
1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 8A 9A10A 11A
Camada 1
1, v1
Refletor
a b c d e f g h 2, v2
Camada 2
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6- Prospecção de Petróleo
t0 D = profundidade
D Vm Vm = velocidade média
2 t0 = tempo.
Arenito
com água
Arenito
com gás
Processamento e imageamento de
dados de reflexão sísmica:
O evento permanece na
migração 2-D, mas é atenuado
na migração 3-D.
R T 1 R
R = coeficiente de reflexão;
e T = coeficiente de transmissão;
I 2 I1 I2 = impedância da camada inferior;
I1 = impedância da camada superior.
Arenito
com água
Arenito
com gás
a - mapa de amplitudes
extraído de um cubo 3-D, com
as curvas de contorno
estrutural;
b – anomalias em AVO
correspondentes.
Os resultados
podem ser
apresentados
em mapas de
porosidade.
Sísmica 4-D
A sísmica 4-D nada mais é que a repetição da sísmica 3-
D em grandes intervalos de tempo, mantendo-se as
mesmas condições de aquisição e processamento.
Avalia-se a alteração na característica petrofísica do
reservatório – devido à extração de fluidos, ou injeção
de água, gás ou outra atividade qualquer (atividades de
recuperação).
A combustão in situ e a injeção de vapor produzem
uma frente de avanço, onde ocorre um aumento na
proporção de gases e acréscimo de temperatura que
pode ser monitorada pelo método sísmico. Washington Martins da Silva Jr.
Fundamentos da Engenharia do Petróleo II
6- Prospecção de Petróleo
Sísmica 4-D
Monitoramento de
uma frente de
combustão
Sísmica de poço
Sísmica de poço
Sísmica de poço
com afastamento
lateral.
É uma aplicação
idêntica ao
sismograma
sintético, muito
mais precisa
completa e onerosa.
Sísmica de poço
Sísmica de poço
Sísmica de poço
Sísmica de poço
Sísmica de poço
Sobre pré-sal:
www.petróleo.rj.gov.br
DRM/RJ -Departamento de Recursos Minerais
Rua Marechal Deodoro, 351
24030-060 -Niterói –RJ