Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Autor:
Supervisores:
i
3.3.3. Análise de dados ................................................................................................................... 7
4. FLORA ............................................................................................................................................... 7
5. ORÇAMENTO ................................................................................................................................ 10
9. ANEXOS........................................................................................................................................... 15
ii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Localização geográfica da Localidade de Namanhumbir distrito de Montepuez ....................... 2
Figura 2: Armadilha de Sherman ................................................................................................................ 4
Figura 3: Armadilha de Tomahawk ............................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 4: Armadilha de rede de neblina para morcegos ............................................................................. 5
Figura 5:Técnica de Amostragem da flora por Modified Gentry plot ...................................................... 8
LISTA DE TABELAS
iii
LISTA DE ABREVIATURAS
N Abundância
iv
1. INTRODUÇÃO
1.1.Contextualização
A biodiversidade representa um pilar vital para o desenvolvimento do mundo e Moçambique em
particular, e para o sustento da maioria da população moçambicana. Assim, é importante que o
desenvolvimento assente numa base sustentável em que o valor intrínseco da biodiversidade é
(re)conhecido, valorizado e conservado ao longo das gerações (MITADER, 2015). Em função do alto
nível de perturbações antrópicas nos ecossistemas de modo geral, a conservação da biodiversidade
representa um dos maiores desafios para a ciência, e a fragmentação florestal pode ser considerada como
uma das principais consequências dessas perturbações (Claudia & Sorreano, 2006).Em Moçambique as
comunidades rurais dependem fortemente da terra e dos recursos naturais como parte das suas estratégias
de subsistência. Essas comunidades são predominantemente agricultoras de subsistência que dependem
de práticas agrícolas de sequeiro. Os recursos naturais são importantes serviços ecossistémicos que
fornecem a essas comunidades materiais de construção, lenha e fontes alternativas de medicina, além de
alimentos sob a forma de plantas silvestres e caça. Desenvolvimentos que afectam esses recursos poderão
potencialmente ameaçar a segurança alimentar e as estratégias de subsistência dentro dessas comunidade
(Martin et al., 2017). Contudo para a conservação da biodiversidade de um ecossistema é necessário
primeiro conhecer oque se tem, para a elaboração de boas estratégias, a falta desta informação torna difícil
elaborar estratégias de conservação.
Objectivos
1.1.1. Geral
Caracterizar a flora e fauna (Terrestre e marinha) de Namanhumbir distrito de Montepuez.
1.1.2. Específicos
➢ Coletar as amostras ou espécies florísticas e faunísticas
➢ Identificar as amostras florísticas e faunísticas colectadas
➢ Determinar os parâmetros ou variáveis fitossociológicos
➢ Extimar a diversidade da flora e fauna existente em Namanhumbir
➢ Identificar as espécies ameaçadas
➢ Recomendar algumas medidas de proteção a biodiversidade do local de estudo.
1
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1.Área de Estudo
O distrito Montepuez está localizado na parte sul da província de Cabo Delgado, a 210 km da capital
provincial, Pemba. Confina a norte com o distrito de Mueda, a sul com os distritos de Namuno e Chiúre,
a leste com os distritos de Ancuabe e Meluco e a oeste com os distritos de Balama e Mecula, este último
da província do Niassa (Tankar, 2020).
Fonte:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.revistas.usp.br%2Frdg%2Farticle%2Fdownload%2F102084%2F100503%2F178
067&psig=AOvVaw1dazJ2eiqmrti5ZcVbp3FU&ust=1639508731959000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCKDrns-
84fQCFQAAAAAdAAAAABAD
2
2.2.Superfície, Clima e População
Com uma superfície de 17.874 km2 e a sua população está estimada em 272.069 habitantes (132.543
homens e 139.526 mulheres), com uma densidade populacional aproximada de 15,2 hab/km 2, a região é
dominada por um clima de tipo semiárido e sub-húmido seco, sendo que a precipitação média anual varia
de 800 mm a 1200 mm, podendo exceder os 1500 mm em zonas próximas do litoral, tornando-se o clima
do tipo chuvoso, enquanto a evapotranspiração potencial de referência (ETo) está entre os 1300 e 1500
mm. A temperatura media anual varia entre 20 e 25oC e por vezes pode exceder os 25oC (Que, 2019).
2.3.Agricultura
A agricultura e a pecuária são consideradas actividades economicamente importantes, sendo a agricultura
a dominante, envolvendo quase todos os agregados familiares do distrito. É praticada manualmente, em
pequenas explorações familiares e em consociação de culturas de variedades locais, predominando a
produção de sequeiro, o que condiciona a obtenção de boas colheitas, principalmente em anos de pouca
precipitação (Tankar, 2020).
2.4.Vegetação
A maior parte da terra do distrito é ocupada por floresta de vários tipos, entre baixa e alta, aberta e fechada,
e com formações herbáceas, sendo a formação herbácea arborizada com maior extensão correspondente a
44.26%. A área de cultivo era em 2009 de cerca de 1,27% e a de habitação de 0,19%, entre semi-
urbanizada e não urbanizada (Governo do Distrito de Montepuez, 2009). As zonas de risco inundáveis são
as formações herbáceas localizadas, na sua grande maioria, nas margens dos cursos hídricos (Tankar,
2020).
3
3. FAUNA TERRESTRE
3.1.Pequenos mamíferos roedores
3.1.1. Amostragem
Os pequenos mamíferos roedores, geralmente apresentam hábitos noturnos, mas existem outros que se
movimentam durante o dia, mas raramente se verifica (FUNASA, 2002). No entanto para a captura desses
animais serão usados dois tipos de armadilhas: Shermman (31×8×9 cm), para capturar pequenos
mamíferos que compreendem ao comprimento e Tomahawk (50×21.5×20cm) para capturar pequenos
mamíferos do tamanho da armadilha. Será também usado uma isca (manteiga de amendoim misturado
com pão e banana), para atraí-los. As armadilhas serao alocadas alternadamente no solo, nas arvores, no
sob-bosque, distando 3m uma da outra e em cada armadilha será colocada uma bandeira como sinal de
identificação da armadilha.
Fonte:http://zoomamiferos.blogspot.com/2013/05/armadilha Fonte:https://www.magazineluiza.com.br/armadilha-para-capturar-
s-sherman-e-tomahawk.html
camundongos-ratos-ratazanas-grande-gaiolas-brasil/p/cacekkg1aj/me/armi/
4
3.1.3. Identificação das espécies
Apos a colecta, será efectuada a identificação das espécies através das fotografias tiradas. E para a
identificação será utilizado um guia de campo ou livros de identificação de pequenos mamíferos roedores,
e também a internet para auxiliar na identificação.
3.2.Chiropteros (Morcegos)
3.2.1. Amostragem
OS morcegos são mamíferos que tem hábitos noturnos, e que geralmente durante o dia ficam escondidos
nos tuneis, grutas ou em locais escuros. Devido ao seu hábito noturno, sera usada a armadilhas rede de
neblina, que e muito eficiente para a captura de morcegos noturnos na Floresta.
Fonte:https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fdocplayer.com.br%2F71310637-Diversidade-e-ecologia-de-morcegos-com
enfase.html&psig=AOvVaw3YzKtJrFbpLNTcFXma7HgT&ust=1639422111030000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRxqFwoTCKDgtsX53vQCFQA
AAAAdAAAAABAy
5
de fitas muito finas, mas sim serão removidas e montadas num outro dia no mesmo período. As espécies
que serão capturados serão colocados num saco de contenção ou pano para posteriormente serem
identificadas.
4. FAUNA MARINHA
6
4.1.2. Colecta e identificação das amostras
Apos a demarcação das parcelas, as colectas serão efectuadas no período de manha das 6-10h, pois a maior
parte das espécies começam a se moverem buscando alimentos, assim como para apanharem os raios
solares. A colecta será realizada durante uma (1) semana. Durante a amostra, serão registadas todas as
espécies encontradas e identificadas no local do estudo, e aquelas espécies que não forem identificadas
serão transportadas num saco plástico, com álcool a 70% para o laboratório onde com a ajuda de guias de
campos e especialistas serão posteriormente identificadas. Para os peixes, serão registadas e identificadas
todas as espécies encontradas, e com ajuda de uma camara fotográfica, serão fotografadas. As espécies
que não forem identificadas no campo serão transportadas num saco plástico com álcool a 70% e para o
laboratório e com ajuda de guias de campos especializados (Seashores e Two Oceans) e especialistas na
área serão posteriormente identificadas.
5. FLORA
5.1.Amostragem
A amostragem será tanto de plantas arbóreas como arbustivas. No caso das plantas arbustivas será usada
a técnica Modified Gentry plot (MGP), que consistira em primeiro dividir a área de estudo em quatro (4)
parcelas retangulares de 180 × 100 m. Dento de cada parcela será traçado uma trilha central de 180 m,
com auxílio da fita métrica, que vai dividir a parcela em lado esquerdo e direito, sendo cada um dos lados
subdividida em subparcelas de 50 × 2 m, com um intervalo de 20 m entre as parcelas. No caso de espécies
arbóreas, serão usadas pequenas parcelas quadrangulares de 1 ×1 m, que serão dispostas no inicio, fim e
no centro de cada subparcela somando cerca de 5 quadrados em cada subparcela (Mota et al., 2014).
7
Fonte:https://www.google.com/url?sa=i&ur
l=https%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%
2Ffigure%2FModified-Gentry-Plot-for-a-
rapid-inventory-modified-
from_fig1_308972667&psig=AOvVaw0Wv1J
dcvBxRKQa2HzPPIIm&ust=1639427946909
000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjR
xqFwoTCIi36a-
P3_QCFQAAAAAdAAAAABAO
5.3.Análise de dados
Apos a identificação, as espécies identificadas, serão organizados numa planilha da Microsoft Excel 2016
na forma de tabelas, onde serão calculados alguns parâmetros fitossociológicos: para as arvores serão N
(para determinar o número de indivíduos amostrados e das espécies), DAe e DAt (para determinar o
numero de indivíduos por unidade de área ou volume), DRe (para determinar a percentagem de indivíduos
amostrados que pertencem a uma mesma espécie), FAe e FAt (para determinar a proporção de uma dada
espécie em relação ao número total de unidades amostrais. Ela permite saber como cada espécie ocupa o
espaço da comunidade), FRe (será usado para determinar a proporção da frequência absoluta da
comunidade que dada espécie possui), DoAe e DoAt (é expressada pela soma da área de secção transversal
8
dos caules de todos indivíduos de uma mesma espécie ou da comunidade toda), DoRe ( expressa a
proporção da área de secção transversal de toda a comunidade que dada espécie possui), IVIe (é o índice
que serve para equalizar a contribuição de espécies mais dispersas ou menos dispersas e entre espécies
mais abundantes ou com indivíduos de maior porte), CCe e CCt (para determinar a porção do solo
ocupada pela projeção vertical da copa das plantas em dada área e será utilizado o método de intercepção
de linhas), CRCe (para determinar a percentagem de cobertura que uma dada espécie detêm em relação a
cobertura total da comunidade). E para as espécies herbáceos e arbustivas serão: DAi (densidade absoluta
de indivíduos), DRi (densidade relativa de indivíduos), FAi (frequência absoluta de indivíduos), FRi
(frequência relativa de indivíduos) (Mota et al., 2014).
9
6. ORÇAMENTO
Tabela 1: Materiais Principais a serem usados no processo de amostragem.
Matérias / serviços
10
Podão N 1 1,600.00 1,600.00
Total 228,100.00
Total 239,505.00
11
7. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES
Tabela 2: Principais actividades que serão desenvolvidas durante o estudo.
Janeiro Fevereiro
Actividades
1 2 3 4 1 2 3 4
Aquisição do material
Viagem a Montepuez e
legalização dos processos
burocráticos pelas autoridades
locais
Identificação da área de
estudo
Alocação de armadilhas para
pequenos mamíferos roedores
Montagem de armadilhas de
morcegos
Colecta de dados da fauna
marinha (bivalves e peixes)
Colecta dos dados da flora
Identificação dos dados
colectados
Libertação dos animais
Redação e entrega do relatório
12
8. RESULTADOS ESPERADOS
Com essa pesquisa espera- se que o nível de conservação da biodiversidade em Namanhumbir distrito de
Montepuez possa aumentar, e que as empresas de exploração de minerais reflictam sobre a importância
de se conservar a diversidade biológica e que elas sejam os primeiros a promoverem a preservação das
espécies. E também se espera que esta pesquisa ajude na elaboração de estratégias contundentes, que vão
ajudar a minimizar os impactos ambientais, causados pelas explorações. Contudo espera-se que essa
pesquisa chame atenção aos outros pesquisadores, a desenvolverem mais estudos sobre as melhores
estratégias de preservação de espécies em uma área de exploração.
13
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Claudia, M., & Sorreano, M. (2006). Piracicaba 2006. In Ecologia. Universidade de Sao Paulo.
FUNASA. (2002). Manual de controle de roedores. In Ascom (Ed.), Manual De Controle De Roedores.
http://www.sbpbrasil.org/revista/edicoes/7_2/rodrigues.pdf
Hickel, E. R., Castilho Maro, L. A., & Haro, M. M. (2019). Identificação, Estimativa Populacional E
Deslocamento De Caracóis Em Borbulheiras De Plantas Cítricas. Revista de Estudos Ambientais,
21(1), 29. https://doi.org/10.7867/1983-1501.2019v21n1p29-37
Maria, A., & Fran, S. (2002). Ordenamento Geomorfológico Dos Aluvial Do Rio Araguaia.
Martin, T., Huddy, B., & Jackson, A. (2017). Projecto De Grafite Da Suni Resources S . a .
Mota, O. N. F. O., Paula, L. F. De, & Viana, P. L. (2014). Bocaina Biologia da Conservação Guia
Prático de Métodos de Campo para Estudos de Flora 2a edição (2nd ed.).
14
10.ANEXOS
Ficha Para Espécies arbustivas e arvores
Nr. Nr. Nome Diâmetro
Parcela Subparcela Árvore Coleção Família Científico Altura da Copa DAP Fenologia Observação
15
CLASSIFICAÇÃO DA PROPOSTA TECNICA
Cotaçã
Cotação
Sequência Conteúdo Detalhes o
máxima
obtido
Descreve uma sequência histórica lógica do assunto
em causa; apresentando o problema de pesquisa e
Contextualizaçã
1 sua relevância; informações sobre o que se sabe 3
o
sobre o assunto a pesquisar; apresentação das
lacunas e os objectivos da pesquisa.
Representa em suma uma sequência de actividades
Materiais e lógicas que permitiram alcançar os resultados
2 9
Métodos programados nos objectivos específicos;
Não viola as recomendações do termo de referência;
Deve reflectir o custo real de acordo com a natureza
3 Orçamento do trabalho previsto, incluindo a margem de erro de 2
5%
Esta de acordo com a lógica cronológica das
4 Cronograma 2
actividades do projecto
Capa devidamente organizada; índice de figuras e
tabelas automático e sem erros ortográficos;
5 Aspectos gerais 4
citações e referências segundo a norma APA;
linguagem clara e precisa dos textos;
Total 20
16