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Almeida Maya Eduardo Maússe

Relatório de Campo III

Universidade Rovuma
Nampula, Agosto 2022
Almeida Maya Eduardo Maússe

Relatório de Campo III


Trabalho de carácter avaliativo, da Cadeira de Prática
Técnico-Profissional de Cartografia Geológica,
leccionada na Faculdade de Geociência, curso de
Geologia pelos docentes: Dr. Reinaldo Domingos;
MSc. Hilário Mucuto; e MSc. Abelardo Banze.

Universidade Rovuma
Nampula, Agosto 2022
Índice
1. APRESENTAÇÃO.................................................................................................................. 4
1.1. Contextualização .............................................................................................................. 4
1.2. Objectivo geral ................................................................................................................. 4
1.2.1. Objectivos Específicos .............................................................................................. 4
1.3. Metodologia Usada e Materiais Usados ........................................................................... 5
2. Localização geográfica do Distrito de Alto Molócue .............................................................. 6
2.1. Clima e Hidrografia .......................................................................................................... 7
2.2. Geomorfologia e topografia ............................................................................................. 7
2.3. Geologia Regional ............................................................................................................ 8
2.4. Tectónica .......................................................................................................................... 9
3. Localização geográfica da Mina de Morrua .......................................................................... 10
3.1. Geologia Local ............................................................................................................... 11
3.2. Descrição das actividades............................................................................................... 11
3.3. Descrição das operações de lavra mineira e processamento. ......................................... 12
3.4. Estimação de volumes (cálculo de reservas) mina de Morua. ....................................... 13
4. Localização geográfica da Mina de Ntira .............................................................................. 14
4.1. Descrição das actividades e descrição do processo de lavra. ......................................... 14
4.2. Estimação de volumes (cálculo de reservas) Ntira......................................................... 15
5. Conclusão .............................................................................................................................. 17
6. Referencias bibliográficas ..................................................................................................... 18
7. Anexos ................................................................................................................................... 19
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1. APRESENTAÇÃO
1.1.Contextualização
O presente relatório de campo foi concebido no âmbito da unidade curricular de Prática Técnica
de Cartografia Geológica, cadeira referente ao 3º ano com cadeiras complementares do 4º ano de
Licenciatura em Geologia com habilitações em Mineração na Faculdade de Geociências
leccionada na Universidade Rovuma, Nampula. Foi conduzido sob orientação dos docentes Dr.
Reinaldo Domingos, MSc. Abelardo Banze e MSc. Hilario Mucuto da área das Geociências.

O conteúdo presente no relatório derivou de uma viagem, excursão ao campo, em que se abordou
questões relevantes as matérias debruçadas de forma teórica em sala de aula, no campus da
Universidade, com grande ênfase nas seguintes cadeiras: Cartografia, Metalogénese e deposição
mineral, Geologia Estrutural, Geologia de Moçambique e Monitorização e Fiscalização de Lavra
Mineira.

No que concerne à referida excursão, teve lugar no dia 20 de junho de 2022, com a expedição rumo
a província da Zambézia, nos distritos de Mulevala (excursão e estadia), Alto Molocué (estadia) e
Gilé (excursão), com vista a fazer o estudo de aspectos concernentes as cadeiras acima
referenciadas.

1.2.Objectivo geral
Aplicar e correlacionar conhecimentos e aspectos teóricos debruçados em sala de aula, aspectos
estes relacionados as cadeiras acima referenciadas, descrever de forma detalhada todos os pontos
ou afloramentos de rochas identificados durante a prática de campo, identificar minerais e analisar
o processo de lavra e beneficiamento dos minerais localizados nas minas quer a de larga escala
(Morua), como a de pequena escala (Ntira).

1.2.1. Objectivos Específicos


✓ Aprimorar a Prática de observação Geológica, levantamento geológico e mapeamento e
pesquisa;
✓ Identificar minerais, o método de extração, processamento do minério, equipamentos
usados na extração e o funcionamento da planta de processamento;
✓ Desenvolver a capacidade de analise de aspectos estruturais, texturais e mineralógicos,
descrição das diferentes paragéneses e os eventos que os deram origem e colheita de
amostras.
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1.3.Metodologia Usada e Materiais Usados


Os trabalhos desenvolveram-se em três etapas relacionadas:

Pré-Campo

A pesquisa bibliográfica da região em questão foi efetuada com base em relatórios técnicos,
periódicos, teses, dissertações e monografias. Foram também pesquisados aspectos relacionados a
geologia local e regional das áreas a serem mapeadas, sua cartografia bem como a cadeia de
produção (oque se produz e qual é sua finalidade), e suas respectivas vias de acesso, informações
privilegiadas por parte de colegas que participaram das excursões passadas.

Trabalho de Campo

A pesquisa de campo foi efetuada na área, sendo a maior parte localizada em Mulevala, e em Ntira,
o trabalho de campo consistiu na recolha de dados, e descrição dos diferentes afloramentos,
procurando compreender os aspectos superlativos lá patentes. Execução do trabalho de
mapeamento geológico estrutural mediante os aparelhos GPS. Procurar compreender as operações
e o processo da cadeia produtiva. Para esse trabalho de campo utilizou-se:

✓ Transporte: Automóvel de marca Toyota, pertencente a universidade Rovuma.


✓ Tendas devidamente equipadas;
✓ Bússola e GPS;
✓ Martelo do geólogo;
✓ Lupa de mão;
✓ Caderno de campo;
✓ Telemóveis;
✓ Lápis e Borracha;
✓ Vestuário apropriado (Botas, capas sete e Coletes refletores).

Pós-campo

Analise e compilação de dados, correções e materialização do presente relatório.


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2. Localização geográfica do Distrito de Alto Molócue


O distrito de Alto Molócuè é um dos mais vastos da província da Zambézia, situa se na parte Norte
da província, com uma superfície de 6.386 Km², representando cerca de 6,2% do território da
Zambézia, o distrito é limitado a Norte, pelo rio Ligonha que o separa dos distritos de Malema e
Ribaué da província de Nampula; a Sul com o distrito de Ile; a Oeste com o distrito de Gurué e a
Este com o distrito de Gilé. Alto Molócue localiza-se na região do alto Zambeze, a Norte da
província da Zambézia, dista a 325 Km da cidade de Quelimane, capital da província e 219 Km da
cidade de Nampula. É atravessado pela estrada Centro-Nordeste, pois liga a província da Zambézia
à Sofala a Sul, e à Nampula a Norte e possui dois Postos Administrativos e 12 localidades.

Importa realçar que no âmbito desta excursão o distrito de Alto Molocué foi apenas para estadia e
lazer.

Figura 1: Mapa do distrito de alto Molocué com representação de seus limites e hidrografia.
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2.1.Clima e Hidrografia
A humidade relativa varia na época das chuvas, de 90-100% no clima tropical húmido e75 a90%
no clima tropical de altitude. As temperaturas médias anuais variam conforme as regiões
topográficas, entre os 26°Cna planície e planalto e cerca de20°Cnas terras altas das montanhas.
Ambos os climas possuem duas estações, nomeadamente, a estação quente e de chuvas, de outubro
a Abril (período em que sopram, do Índico para a faixa do litoral, os ventos alísios carregados de
humidade) e a estação seca e fresca que vai de Maio a Setembro. A pluviosidade varia entre1,000
mm, no clima tropical húmido e1,300 mm, na zona montanhosa. Alto Molócue é limitado na parte
Norte com o rio Ligonha e interior do distrito destaca se o rio Molócue.

2.2.Geomorfologia e topografia
O distrito é dominado por planalto com maior extensão em termos de área e montanhas com
altitude variando de 200- 1000m, na parte mais interior predominam relevos do tipo planície,
apresenta declives que variam suavemente ondulado.

Figura 2: perfil topográfico do distrito de alto Molocué.


Fonte: google earth adaptado por Almeida Maya
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2.3.Geologia Regional
O continente africano em geral é composto por um conjunto de cratões e cinturões móveis de idade
arcaica, unidos por cinturões dobrados alongados de idade Proterozoico-Câmbrica cobertos por
sedimentos indeformados e rochas extrusivas associadas, de idades Neoproterozóica, carbónica
tardia a jurássica inicial e cretácico quaternária (GTK Consortium, 2006c). Os pontos percorridos
(área de estudo) encontram-se regionalmente no Cinturão de Moçambique, ou “Mozambique Belt”
(MB) e pertencem a Gondwana Este. Trata-se de um cinturão orogénico com direção aproximada
N-S, exposto no flanco oriental do Cratão da Tanzânia, que se estende por cerca de 5000 km, a
partir do norte do Quénia, Uganda e Etiópia, para o sul de Moçambique, onde ocupa o flanco
oriental do Cratão de Zimbabwe (Chaúque, 2012). O cinturão de Moçambique é considerado como
tendo sido formado pela colisão ou amalgamação entre duas grandes massas continentais, os
chamados Gondwana de Este (India + Madagáscar + Austrália + Antártica) e de Oeste (América
do Sul + África) a 550-680 Ma (Shackleton, 1997; Wilson et al., 1997; apud Cronwright, 2005).

A região consiste principalmente de gnaisses poli deformados de alto grau metamórfico que são
atravessados por numerosas estruturas do Mesoproterozóico a Neoproterozóico. Esta região é
dividida a sul pela Sub-província de Nampula, dominada por migmatitos e ortognaisses e
pegmatitos hospedeiros de terras raras e metais raros, separados pelo Cinturão do Lúrio (Lúrio
Belt) no Norte, a partir do norte do Complexo de Marrupa, que compreende gnaisses, e gnaisses-
migmatíticos e gnaisses granulíticos (Jamal & De Wit, 2004; Lächelt, 2004; apud Cronwright,
2005).

Figura 3: Reconstrução do Gondwana. Fonte: GTK Consortium, 2006c


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2.4.Tectónica
A tectónica da região em estudo está associada ao evento Ciclo Orogénico Pan-africano que afetou
toda a região do Norte de Moçambique. Este evento explica a razão pela qual são encontradas
nesta região estruturas de tipo colisão, associadas a várias fases de dobramento, falhamento,
metamorfismo e migmatização (Pinnaet al., 1993).

A direção desordenada dos eixos das dobras pode sem dúvida, explicar-se devido à retomada da
velha tectónica WSW-ENE para uma mais recente orientada na direção N-S e NE-E apresenta uma
migmatização desenvolvida e deriva certamente de um complexo Vulcano-sedimentar rico em
grauvaques e em rochas vulcânicas básicas, intermédias, e mais raramente ácidas (Afonso, 1978).
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3. Localização geográfica da Mina de Morrua


A Mina de Morrua (concessão 724C) localiza-se na zona centro de Moçambique, Província da
Zambézia, na fronteira entre o distrito de Mulevala (Norte) e Alto Molócuè (Sul). A maior porção
da área encontra-se no Posto Administrativo de Chiraco, localidade Morrua, na margem direita do
rio Melela. O distrito de Mulevala e Molócuè situam-se na zona Norte da província da Zambézia.

A Localidade de Morrua situa-se a 312 quilómetros de Quelimane e a 50 quilómetros da Sede do


distrito de Mulevala. O acesso é feito pelo transporte rodoviário, usando estradas secundárias de
terra batida que ligam/intercetam a estrada nacional número 1, no troço Quelimane – Nampula.

Figura 4: Mapa do distrito de Mulevala com representação de seus limites e os rios.


Fonte: arcgiz elaborado por Almeida Maya.
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3.1.Geologia Local
Regionalmente, a concessão 724C enquadra-se na Província Pegmatítica de Alto Ligonha, que se
localiza ao longo do Cinturão Móvel de Moçambique, que compreende rochas de alto grau
metamórfico (gnaisses e granulítos) associados geralmente a intrusões ácidas. Os pegmatitos estão
encaixados principalmente em anfibolitos, xistos anfibótilícos, xistos biotíticos, xistos muscovite-
biotíticos, gnaisses e quartzitos do Grupo de Molócuè. A zona de contacto (base e topo) entre a
rocha encaixante e pegmatitos do depósito de Morrua está claramente bem definido e, é onde são
reportados a ocorrências de alto teor de tântalo. Não obstante, são também reportados, altos teores
de tântalo associados a ocorrência de espodumena. A concessão 724C compreende unidades
litológicas de um dos blocos tectónicos (complexo de Nampula) resultantes da subdivisão
tectonoestratigráfica do Cinturão Móvel de Moçambique (Mozambique Belt). O complexo de
Nampula é dominado por rochas do Mesoproterozóico (paragnaisses e ortognaisses), de
metamorfismo médio a alto grau, retrabalhados durante a orogenia Pan-Africana e instruídos por
granitóides e pegmatitos gerados na última fase do Pan-Africano. Localmente, o embasamento
compreende rochas gnaissicas cobertas por metassedimentos, que foram metamorfizados para
fácies anfibolíticas. As rochas gnáissicas são descritas como: gnaisse anfibolítico e outros máficos
(P2Nmam) do grupo de Molócuè; Gnaisse bandeado e gnaisse biotítico (P2NMgm) da Suíte de
Mocuba.

3.2.Descrição das actividades


Morrua mine; Terça-feira, 21 de junho de 2022, 8h:10min. Distrito de Mulevala, Província de
Zambézia, Moçambique. Chegada à Base operativa da mina de Morua HAMC (Highland African
mining company), extracção de tantalite – céu aberto. A excursão iniciou com uma breve
sensibilização sobre a matéria de HST e uma indução nas instalações da companhia. De seguida
foi feita a apreciação de algumas rochas e minerais e também de testemunhos de sondagem feitas
no âmbito da abertura de furos para prospecção e pesquisa numa mini - exposição no pátio da
empresa. Primeiro Dirigimo-nos para o Pit Norte, com contactos litológicos visíveis (pegmatito e
anfibolito), com orientação E-O inclinado para N-NE onde fez se menção de que a cada 10m da
bancada principal há tendencia de enriquecimento com a profundidade com orientação N-NE
seguindo o mergulho. O tantalite é enriquecido com a profundidade, ou seja, há aumento do teor
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com a profundidade. Caracterizada pela presença da rocha Pegmatito minerais presente quartzo,
feldspato, muscovite, microlite e mangano tantalite onde temos tantalite. Polossite e Morganite.

Visualizamos igualmente contactos litológicos bem definidos no Pit Norte B, parte superior xistos
e inferior anfibolitos e a presença de gnaisse bem desenvolvidos. Mergulho ou inclinação do
contacto é de Oeste – Norte.

Figura 5: ilustração dos locais visitados. Fonte: google Earth adaptado por Almeida Maya.

3.3.Descrição das operações de lavra mineira e processamento.


A mina é caraterizada pelo método de lavra a céu aberto, tendo as suas bancadas ainda não
definidas completamente, sendo desenvolvida a perfuração e detonação por explosivos, em
seguida o carregamento do material, que por sua vez é transportado para o local de estocagem para
monitorar, classificar e armazenar segundo o teor por pilhas e por questões mineralógicas, de
seguida o material é transportado para a planta de processamento que opera 24H de forma cíclica,
No processo de recolha para a planta primeiro é feito a mistura entre o material de baixo teor e alto
teor para termos um intervalo médio, perfeito para introduzir na planta de processamento. o
material é depositado e separado em: undersize (material retido) e oversize (material descartado),
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A tantalite está disseminada na rocha mais tem que moer e concentrar com água daí teríamos os
minerais pesados e depois a separação por densidade. e desta forma fazendo uma produção de
tântalo de 548 g/t.

3.4.Estimação de volumes (cálculo de reservas) mina de Morua.


Quanto ao cálculo de reserva importa realçar que estamos perante uma reserva medida. Pois é
notável que nesta fase houve maior investimento nos estudos mais aprofundados com analises
químicas e há maior capacidade de prever e determinar o volume do minério na rocha com maior
precisão permitindo prever com maior confiabilidade um retorno financeiro. Estes estudos
abrangem o estudo criterioso de sua extensão em área e posteriormente sua espessura para então
determinar o volume, sendo Morua uma mina de grande escala detém todas essas questões
acauteladas.
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4. Localização geográfica da Mina de Ntira


A mina de Ntira localiza-se a norte da província da Zambézia, concretamente no distrito de Gilé,
com uma superfície de 2029 m2 limitado a norte pelo rio Ligonha, separado dos distritos de
Malema e Ribaué, a sul do distrito de Alto Molocué, a oeste Gurué com as seguintes coordenadas:
S: 15º13ˈ10ˈˈ e E: 38º 33ˈ 46ˈ. O acesso é feito pelo transporte rodoviário, usando estradas
secundárias de terra batida que ligam/intercetam a estrada nacional número 1, no troço Quelimane
– Nampula

Figura 6: ilustração do mapa do distrito de Gilé.


4.1.Descrição das actividades e descrição do processo de lavra.
No dia 23 de junho de 2022 deslocamo-nos para o distrito de Gilé com intuito de chegar num lugar
designado de Colômbia (cooperativa de garimpo de ouro), chegado ao local depois de uma breve
apresentação dos membros da cooperativa que fizeram uma síntese geral daquilo que é a mina
artesanal de Ntira. A mina artesanal dispõe de um certificado mineiro, licenças ambientais e um
DUAT, sendo explorado o ouro numa área 229ha, operando com recursos humanos nativos
(homens e mulheres), usando instrumentos rudimentares como: picaretas, pás, tapetes artesanais e
estacas. Vimos de perto como funciona o processo de garimpo de ouro, desde a extracção até a
comercialização do mesmo. na mina artesanal há 3 tipos de mineração em profundidade (do tipo
Timba e Boxa) e a céu aberto escadarias ou bancadas separadas de 5 em 5m. o ouro ocorre em
solos aluvionares, e em profundidade de 25-30m. na superfície o mesmo é lavado e separado pelo
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processo de bateamento ou com recurso a tapetes e o material é escoado de forma cíclica e o ouro
fica retido no tapete. Em profundidade o ouro ocorre em veios de quartzo sendo o gnaisse a
encaixante e o quartzo a hospedeira. É extraído por meio de explosivos e picaretas depois moído
por um sistema artesanal de moinho e posteriormente é separado e existem covas onde o matérias
é extraído, o ouro fundido e separado das demais impurezas constituindo um teor de 98% é
comercializado por 250 Mts por mg.

Locais visitados

Figura 7: ilustração dos pontos visitados em Ntira. Fonte: Google earth adaptado por Almeida
Maya.

4.2.Estimação de volumes (cálculo de reservas) Ntira


A mina de Ntira (Colômbia) constitui uma Reserva inferida a qual consiste em informações visuais
e básicas e superficiais obtidas pelo trabalho de campo, com essas informações pode se determinar
especulativamente a extensão da ocorrência numa possível profundidade, com esses dados realizar
cálculos da cubagem e estabelecer um valor estimado para a concentração da ocorrência mineral.
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Carecendo de estudos aprofundados e analises químicas para determinação do teor da


concentração do minério na rocha e no solo. Alguns estudos da determinação da espessura da
ocorrência e uma tentativa de delimitação com maior cautela, com essas informações desses
padrões acima referenciados começa a ter valores mais confiáveis pois tem menos dados
especulativos envolvidos nela.

Seria expressamente complicado determinar o cálculo de reserva desta zona, sendo que se
constatou que esta zona é extremamente rica, possuindo depósitos primários (substrato) e
secundários (solos aluvionares), sendo difícil afirmar de forma categórica os potenciais volumes
sem analises químicas previas, sem estas análises seriam apenas meras suposições erróneas, ou
estimativas hipotéticas. Oque foi possível constatar foi o teor que é de 98%. Este cálculo só seria
fidedigno com colheita de amostras e posterior comprovação no laboratório, a zona carece destes
estudos. Pode se fazer um balanco a partir daquilo que já foi extraído. Com base em relatos dos
garimpeiros.
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5. Conclusão
Depois de sucessivas pesquisas e descrições aprofundadas sobre aspectos inerentes a geologia,
concluiu se que a ida a Província da Zambézia concretamente em (Mulevala, alto Molocué e Gilé)
trouxe nos uma mais valia pois tivemos conhecimentos sólidos em aspectos concernentes a
descrição de rochas suas estruturas e litologias perceção da cadeia de processamento de uma mina
industrial assim como artesanal. Sendo uma zona rica em diversidade geológica, foi favorável de
certa forma a aplicação de determinados conceitos teóricos em práticos facto este que se revelou
de suma importância. Tive a oportunidade de aprimorar a caracterização de afloramentos de uma
forma de rochas com bases estruturais, texturais e sua constituição mineralógica.

Tive ainda oportunidade de aprender e consolidar a manipulação de instrumentos essências num


estudo de campo como bussola GPS e lupa.

Problema: carência de analises químicas e estudos aprofundados sobre o volume do minério, sua
disposição e sua extensão (mina de Ntira). O único mineral extraído é o ouro, mas na natureza os
minerais ocorrem combinados ou associados, sendo assim há necessidade de se fazer estudos
(geofísicos e geoquímicos) com vista a averiguar outros minerais potenciais que podem ocorrer
com o ouro.
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6. Referencias bibliográficas
GTK Consortium (2006a). Notícia Explicativa da Carta Geológica 1:250.000. Direção Nacional
de Geologia, Volume 4, Maputo.

AFONSO, R. S. A. Geologia de Moçambique. Nota explicativa de carta geológica de Moçambique


1: 2000 000. Imprensa Nacional de Moçambique. Maputo.

CUMBE, Â. N. F. O Património Geológico de Moçambique: Proposta de Metodologia de


Inventariação, Caracterização e Avaliação. Dissertação de Mestrado em Património Geológico e
Geoconservação. Universidade do Minho. Braga.
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7. Anexos

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