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28 de Abril 2017

O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem

A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico


e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira

INOVA MINERAL APROVA PLANOS DE NEGÓCIOS DE R$ 737


MILHÕES EM INVESTIMENTOS

A primeira seleção do Inova Mineral, iniciativa da Finep e do Banco Nacional


de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para apoiar projetos de pesquisa,
desenvolvimento e inovação na área de mineração e transformação mineral, aprovou
24 planos de negócios que somam investimentos de R$ 737 milhões. O maior número
de projetos é voltado para a mitigação de riscos e impactos ambientais da atividade de
mineração, como o aperfeiçoamento de sistemas de sensores inteligentes para o
monitoramento de barragens. Também foram selecionados planos de recuperação e
reutilização de resíduos da atividade mineral em outros produtos. São dez iniciativas
que somam pouco mais de R$ 200 milhões em investimentos que poderão contribuir
com o desenvolvimento do potencial do setor de mineração com mais segurança,
reduzindo o risco de acidentes.
O maior volume de investimentos, pouco mais de R$ 400 milhões, irá para
cinco planos de negócios com foco em materiais de alto desempenho, incluindo os
minerais chamados “portadores de futuro”. Um exemplo é o projeto de uma plataforma
tecnológica de grafeno, forma super-resistente do carbono com aplicações em
diferentes segmentos industriais e que tem sido considerada uma das principais
matérias-primas de tecnologias do futuro. Outro projeto selecionado nessa área é uma
planta piloto de ímãs permanentes produzidos a partir de ligas metálicas de um grupo
específico de minerais chamados terras raras, que são largamente utilizados nas
indústrias eletroeletrônica e eletromecânica.
Apoio financeiro
Do total de R$ 737 milhões em investimentos previstos nos 24 planos
selecionados, R$ 502 milhões serão financiados pela Finep e BNDES. Desse montante,
24% são recursos não reembolsáveis. Os projetos aprovados foram selecionados entre
41 planos de negócio submetidos entre 1º de setembro e 1º de novembro de 2016,
envolvendo 60 organizações (empresas e instituições científicas). A seleção baseou-se
em critérios como o grau de ineditismo e de desenvolvimento tecnológico da proposta,
bem como o seu potencial de gerar benefícios econômicos, sociais e ambientais.
Também foi avaliada a capacidade financeira e de execução dos proponentes.
Além dos projetos voltados para sustentabilidade ambiental e materiais de
alto desempenho, o Inova Mineral selecionou planos de negócio em outras três linhas
temáticas: tecnologias de processo mineral para a competitividade e desconcentração
de mercado; adensamento da cadeia via desenvolvimento e absorção de tecnologias; e
ampliação de oferta de fosfato e potássio e redução do déficit comercial de fertilizantes.
Nesta última categoria, houve destaque para planos de desenvolvimento de fertilizantes
encapsulados, que são mais eficientes, e de fontes minerais alternativas para a indústria
de fertilizantes.
O Inova Mineral tem como objetivo estimular o desenvolvimento de novas
tecnologias como forma de ampliar ainda mais a competitividade do setor de mineração
e transformação mineral, que respondeu por cerca de 25% das exportações brasileiras
nos últimos dez anos. Inovações que possam aperfeiçoar a produção e comercialização
dos produtos da mineração, bem como a mitigação do seu impacto ambiental, são
importantes para o aproveitamento com segurança do potencial geológico brasileiro,
em boa parte ainda inexplorado. O setor e os projetos de logística associados também
são estratégicos para o país porque são responsáveis por grande atração de
investimentos e pelo abastecimento de insumos para indústrias de base e de bens de
consumo.

Segunda etapa
Com um orçamento total de quase R$ 1,2 bilhão, o Inova Mineral fará uma
segunda seleção de planos de negócios, como já estava previsto no edital. As propostas
serão recebidas entre 15 de maio e 14 de julho. O resultado deverá ser divulgado no
final de outubro.

Fonte: FINEP – ASCOM


Data: 19/04/2017

JOSÉ CARLOS GARCIA FERREIRA É O NOVO DIRETOR DE GEOLOGIA E


RECURSOS MINERAIS
O geólogo José Carlos Garcia Ferreira foi eleito pelo Conselho de
Administração do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), para ocupar o cargo de diretor de
Geologia e Recursos Minerais e acumular interinamente o cargo de diretor de
Administração e Finanças. O Conselho se reuniu nesta quarta-feira (19/4), no escritório
do Rio de Janeiro.
Garcia trabalha na CPRM há 39 anos e ocupava o cargo de Superintende na
Região de São Paulo, que abrange os estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do
Sul, bem como o Núcleo de Apoio Técnico de Curitiba, Litoteca de Araraquara e o Centro
Integrado de Estudos Multidisciplinar de Apiaí (CIEM).
Formado em Geologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com
mestrado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), atuou em diversos
projetos de mapeamento geológico, prospecção mineral, geofísica, sensoriamento
remoto e sondagem, envolvendo terrenos pré-cambrianos e bacias sedimentares.
Além de superintendente, o novo diretor também foi gerente de Geologia e
Recursos Minerais e responsável pelos projetos na área ambiental, Geoprocessamento
e informática da Unidade Regional de São Paulo. Também desempenhou a função de
chefe de diversos projetos na área de Geologia (1985 a 1990) e integrou vários projetos
de Geologia executados pela CPRM em São Paulo entre 1978 e 1984.

Fonte: CPRM – ASCOM


Data: 20/04/2017

COMO HÁ MUITO NÃO SE VIA


Ministro de Minas e Energia participa ativamente do evento em Toronto e se
compromete a “recuperar o tempo perdido”

Quem diria? Um deputado federal com base eleitoral no sertão de


Pernambuco e guindado ao cargo de ministro das Minas e Energia, com 32 anos, foi
quem fez a grande diferença durante a participação brasileira no mais recente PDAC
(Prospectors and Developers Association of Canada), realizado em Toronto, no Canadá,
entre 4 e 7 de março. Fernando Coelho Filho (PSB-PE) fez o que há muito tempo não se
via por parte de um ministro brasileiro. Primeiro, porque participou do evento, um dos
mais importantes encontros de profissionais de exploração mineral e investidores em
nível global. O que já foi fundamental, considerando-se que os últimos ministros
encarregados do setor geralmente não se abalavam de Brasília a Minas Gerais nem por
ocasião da Exposibram, o mais importante evento setorial brasileiro.
Em segundo lugar, porque o ministro participou de todos os eventos
programados pela delegação brasileira. Inaugurou os trabalhos, reuniu-se com
investidores e até abriu simbolicamente a Bolsa de Valores de Toronto a convite dos
organizadores. Demonstrou conhecer as limitações jurídico-institucionais do país e
disposição para superá-las. “Precisamos incentivar o setor mineral para que a indústria
possa recuperar o tempo perdido, trazendo de volta os investimentos”. Vários
prospectos foram apresentados como, por exemplo, as novas oportunidades para
aproveitamento de ouro na Bahia e a portaria propondo a extinção da RENCA (Reserva
Nacional de Cobre) e sua abertura ao investimento da mineração.
CANADENSES NÃO DORMEM NO PONTO
O setor mineral no Canadá emprega 373 mil trabalhadores diretos (e cerca
de 190 mil indiretamente) e, na área privada, é o que mais gera trabalho para a
população aborígene. Para tanto, não faltam estímulos governamentais. Jim Carr,
ministro de Recursos Naturais, anunciou no PDAC a renovação do METC (incentivos
fiscais ao setor) até março de 2018. “Sem isso, afirmou Andrew Cheatle, diretor
executivo do PDAC, haveria muito menos exploração, com redução das descobertas
minerais e menores benefícios para economia gerados pela produção mineral”. O METC
faz parte do orçamento federal de 2017, que inclui também $ 35 bilhões de investimento
em infraestrutura nos próximos 11 anos em áreas remotas e ao norte do país (onde o
custo médio de exploração é 227% maior) e outros $ 2 bilhões nas comunidades em
áreas rurais. Também constam $ 50 milhões em qualificação da população aborígine no
entorno das minerações, $1 bilhão em tecnologia limpa nos próximos quatro anos e um
fundo de incentivo à inovação.

Fonte: In The Mine


Autor: Wilson Bigarelli
Data: Edição Nº 66 – Março/Abril 2017

ECUADOR MINING INDUSTRY TO GROW EIGHTFOLD BY 2021


Improving gold and copper prices to support development, says BMI Research

Ecuador, until recently only known by its oil resources, will continue to
attract investors to its mining sector, with the value of the dawning industry set to jump
from $1.1 billion this year to $7.9 billion in 2021, a new report shows.
According to BMI Research, the nation will increasingly emerge as a mining
investment hot spot in Latin America thanks to a combination of revised regulatory
framework, significant gold and copper reserves, and a policy of “inclusive agenda of
development” expected to be carried over by the incoming President Lenin Moreno.
“While left-wing candidate Lenin Moreno won the April presidential election
over the traditionally more business -friendly centre-right candidate Guillermo Lasso,
we expect the incoming administration to continue to support mining development, as
initiated by Moreno's leftist predecessor Rafael Correa,” the analysts write.
Under Correa, Ecuador relaxed the implementation of the 70% windfall tax
on profits, now only applied after the firm has regained full capital investment and only
if commodity prices reach pre-determined levels of $1,500 an ounce in the case of gold
and $8,818 a tonne for copper.
Another measure recently taken by Ecuador was the creation of a mining
ministry. Before 2015, the oil and gas ministry regulated the activity and, as such, it was
quite neglected, the country’s mining minister Javier Córdova told MINING.com last
month.
Thanks to those changes, the country now expects mining investments to
increase 360% in the next four years compared to the period 2013-2016, totalling more
than $4 billion.
The most important of those projects, Córdova said, continues to be Fruta
del Norte, now property of Lundin Gold (TSX:LUG), which the firm acquired it in 2015
and late last year reached a key agreement with authorities that includes an investment
protection contract.
The asset, discovered in 2006, is expected to generate 340,000 ounces of
gold a year during its mine life. First production is expected in the first quarter of 2020,
with full operations beginning in 2021.

There also are other projects worth keeping an eye on it, two of which are
being developed by Chinese companies — the large-scale Mirador copper mine,
controlled by the CRRC-Tongguan consortium, and Río Blanco, also a copper project now
operated by Junefield Mineral Resources.
But is exploration activity what really is going to drive the nation's mining
sector long-term growth, BMI says, adding there already are several potential projects
on the go.
In March, Canada-based Aurania Resources acquired EcuaSolidus, which
owns 42 mineral exploration licences in the country’s southeast. And earlier this month,
another Canadian firm — Cornerstone Capital Resources — announced a 51% earn-in
agreement of the Bramaderos gold-copper deposit with Australian miner Avalon
Minerals, provided the latter spends $1.5 million on exploration within the first year or
$1.9 million before the third year.
“While the majority of Ecuador's project pipeline remains at the exploration
stage, meaning that production will not come online for a number of years, we expect
improving copper and gold prices to support development,” the BMI Research's experts
write.
Currently, Ecuador’s mining sector employs 3,700 people, but the figure is
estimated to rise to about 16,000 in the 2017-2020 period.

Fonte: Mining
Autora: Cecilia Jamasmie
Data: 19/04/2017

DNPM APROVA RELATÓRIO DE CASTELO DOS SONHOS


A Tristar Gold precisa agora elaborar estudo de viabilidade técnica e econômica para
obter a concessão de lavra para o empreendimento de ouro no Pará

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) aprovou o relatório


de pesquisa do projeto de ouro Castelo dos Sonhos da Mineração Castelo dos Sonhos,
subsidiária da Tristar Gold. O relatório foi aceito com redução de área em 2.238,45
hectares.
De acordo com publicação no Diário Oficial da União (DOU), na quarta-feira
passada (19), o processo 850.329/2002, que fica em área do distrito Castelo dos Sonhos,
em Altamira (PA), o relatório de pesquisa foi aprovado com redução de área 6.024,71
para 3.786,26 hectares, ou seja, menos 37%. A redução foi feita a pedido da mineradora.
"Essa é uma grande notícia. Agora podemos ir adiante para converter a parte
central do nosso projeto em uma concessão de lavra. Com estudos já em andamento,
em breve teremos todas as informações necessárias para demonstrar ao DNPM a
viabilidade econômica e técnica de Castelo de Sonhos", disse Nick Appleyard, CEO e
presidente da Tristar Gold, em nota divulgada na quinta-feira (20).
Segundo comunicado divulgado na Bolsa de Valores de Toronto (TSX), a
aprovação do DNPM se refere a direitos minerários onde fica a maior parte dos recursos
de ouro do projeto Castelo de Sonhos. Sondagens mostram que a mineralização de ouro
continua em outras quatro concessões adjacentes, e todas pertencem integralmente à
subsidiária brasileira da Tristar, Mineração Castelo dos Sonhos Ltda.
O DNPM aceitou o pedido da mineradora para estabelecer novos limites
para o processo restringindo a área para o local onde há ouro conhecido. "Essa proposta
remove um terço da área a leste da concessão original, e mantém toda a área do platô
Castelo dos Sonhos onde foi identificada mineralização de ouro", diz a nota.
Segundo o Código de Mineração, uma vez que o Relatório Final de Pesquisa
é aprovado, o detentor do direito minerário tem um ano para apresentar o Plano de
Aproveitamento Econômico (PAE). Quanto o PAE for aprovado, é preciso elaborar um
Estudo de Impacto Ambiental (EIA), para que a autorização de pesquisa seja
transformada em concessão de lavra.

Fonte: Notícias de Mineração


Data: 24/04/2017

BRASIL E CHINA ASSINAM ACORDO DE COOPERAÇÃO GEOLÓGICA


O Serviço Geológico do Brasil recebeu, no dia 19 de abril, a visita de uma
delegação do Serviço Geológico da China (SGC), liderada por seu vice-presidente Wang
Yan.
A delegação foi recebida pelo diretor-presidente Eduardo Ledsham, pelo
presidente do Conselho, Otto Bitencourt, pelos diretores José Leonardo Andriotti e
Esteves Pedro Colnago, pela chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais, Maria Glícia
da Nóbrega Coutinho, além de técnicos da empresa.
O encontro teve como objetivos discutir os primeiros resultados do projeto
bilateral do Cráton do São Francisco, na Bahia; analisar prioridades, discutir nova
proposta e futuras ações bilaterais, bem como renovar a assinatura do Acordo
Interinstitucional pelos dois presidentes, que terá vigência de cinco anos (2017-2022).
Na abertura, o diretor-presidente Eduardo Ledsham falou da importância da
visita do SGC, pois é um passo importante em uma parceria que começou há alguns
anos, quando o Brasil abriu as suas portas implantando uma política de revigoração da
mineração.
“O Serviço Geológico Chinês tem muito a contribuir tanto na área de
geoquímica, como em outras áreas como mapeamento, sensoriamento remoto,
geoprocessamento e análises. Estamos muito felizes em ter a delegação chinesa aqui
presente e temos certeza que vamos construir e fortalecer essa relação a longo prazo. ”
Wang Yan agradeceu em nome do SGC a acolhida dos representantes da
CPRM e esclareceu que a China tem tecnologia muito avançada em geoquímica e que o
intercâmbio entre os dois países na área de mineração é muito importante.
Na sequência, houve a apresentação do geólogo João Henrique Larizatti,
responsável pelo projeto do Cráton do São Francisco, e da geóloga Fernanda Machado
da Cunha, que explanou sobre o levantamento geoquímico de baixa intensidade no
Brasil.
Ao final do evento, as duas partes assinaram o acordo de cooperação em
questão.

Fonte: CPRM – ASCOM


Data: 25/04/2017

BAHIA PREVÊ CRESCIMENTO NA PRODUÇÃO MINERAL NESTE ANO


Em 2016, a produção mineral baiana movimentou R$ 2,2 bilhões

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE) prevê


crescimento na produção mineral do Estado. Na quinta-feira (20), a SDE divulgou o
Informativo Anual da Mineração Baiana 2016, no qual diz que a produção mineral
movimentou R$ 2,2 bilhões no ano passado, queda de 12,6% em comparação com o
resultado de 2015, quando havia movimentado R$ 2,5 bilhões.
De acordo com a SDE, uma das razões em que é baseada a melhor
expectativa para a produção mineral é a previsão positiva para os preços dos metais. O
Banco Mundial, por exemplo, prevê forte valorização em minérios como zinco e
chumbo, além da proibição de exportação de níquel na Indonésia, o que também pode
influenciar o valor do minério.
"Para o níquel está previsto o provável retorno da exploração do metal no
segundo semestre de 2017, na mina Mirabela em Itagibá, onde será adotado um novo
e mais adequado processo para recuperação do mineral (resultado de investimentos em
estudos de engenharia e tecnologia na mina, durante o tempo em que a produção
esteve suspensa), além da previsão do desenvolvimento e exploração do níquel
laterítico, cuja lavra é menos custosa, porém com menor teor do metal no minério e,
consequentemente, vendido a preços menores", afirma a SDE, em trecho do
Informativo.
A Mirabela, que é tida pela SDE como um ponto positivo para o crescimento
na produção mineral neste ano, também foi no ano passado um dos responsáveis pela
retração no setor. A suspensão das atividades da empresa, motivada pela baixa cotação
do níquel no mercado internacional, e a inundação da mina de cobre da Mineração
Caraíba em Jaguarari, são dois fatores citados pela Secretaria como importantes na
menor produção mineral em 2016.
Segundo a SDE, também tiveram comercialização menor os agregados para
a construção civil, como cromo e bentonita. A receita com o ouro, por sua vez, teve
crescimento de 35% e somou quase R$ 790 milhões e a de rochas ornamentais também
teve aumento, 54,1%, somando outros R$ 181 milhões.
De acordo com o Informativo, ao longo de 2016 foram comercializados pelo
Estado 46 bens minerais, extraídos em 168 municípios por 378 produtores. A
mineradora com maior participação na Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC)
é a Jacobina Mineração, com 23% de participação, seguida pela Mineração Fazenda
Brasileiro, 14%, ambas subsidiárias da Yamana Gold no Brasil. Outras empresas que
aparecem em destaque no documento são a Companhia de Ferro Ligas da Bahia
(Ferbasa), Magnesita Refratários, Mirabela e Vanádio Maracás, com 8%, 6%, 5% e 3% de
participação, respectivamente.
Os principais produtos vendidos para o exterior no ano passado foram o
ouro, 47% do total, outros metais preciosos, 19%, e magnesita, 11%. De acordo com
dados do relatório, a balança comercial do setor mineral baiano registrou um déficit de
US$ 178 milhões em 2016. As exportações somaram US$ 547 milhões e as importações
outros US$ 725 milhões
Além da retomada da Mirabela, outros pontos para a SDE que dão melhor
perspectiva para produção mineral baiana em 2017 são o aumento do consumo de
vanádio e o início da produção de ouro no município de Santa Luz.
"Para o segmento de gemas, as perspectivas apontam para que em 2017 a
Bahia assuma a liderança nacional na produção de diamantes, quando a Lipari
Mineração estará em sua plena capacidade de produção, o que aumentará em cerca de
dez vezes o valor das exportações brasileiras dessa pedra preciosa", afirma o
documento, que aponta seis substâncias com grande potencial de exploração nos
próximos anos no Estado: grafita, rochas fosfatadas, terras raras, água mineral, rochas
ornamentais, cerâmica vermelha e cerâmica branca.
Segundo o relatório, a arrecadação da Compensação Financeira pela
Exploração de Recursos Minerais (CFEM) caiu 17% no ano passado, totalizando R$ 32,9
milhões, e colocando a Bahia em sexto lugar neste ranking, atrás dos Estados de Minas
Gerais, Pará, Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul. "Cinco municípios destacaram-se
como os maiores geradores de CFEM: Jacobina, Brumado, Andorinha, Barrocas e
Itagibá", diz o informativo. Para acessar o documento completo, clique aqui.

Fonte: Notícias de Mineração


Data: 24/04/2017

IRON ORE TO SLIDE BELOW $46 A TONNE BY 2021 — ANALYSTS


The rally in iron ore prices that saw the commodity climbing near $100 a
tonne earlier this year will likely be the highest mark seaborne will reach for at least the
next five years, a new report published Tuesday shows.
According to BMI Research, prices will continue to slide for at least the next
half decade, averaging lower each year through to 2021. The forecasters expect the
commodity to drop to $70 a tonne this year, $55 in 2018, and decline to $46 by 2021,
on rising supplies from Australia and Brazil and expectations for a surplus.
Major producers, backed by low costs, will continue to boost output and so
drag prices down, the research arm of Fitch Group said in the report.
After peaking in mid-February, the steelmaking raw material fell into a bear
market earlier this month as steel prices drooped and warnings about oversupply
reappeared on the back fresh output coming from recently opened mines, such as Roy
Hill in Australia, as well as Anglo American’s Minas Rio and Vale’s S11D in Brazil.
Last year, ore with 62% content in the port of Qingdao climber over 80%,
extending the rally into 2017 to hit $94.86 in February, the highest price since 2014,
according to the Metal Bulletin. It then began a painful and abrupt downward trend,
falling 12% last month and continuing to drop in April. On Tuesday, the commodity lost
another 46 cents to trade $66.07 a tonne.

The knock-on effect on the market value of the world's top iron ore miners
has not been minor, with world number four, Australia's Fortescue Metals Group
(ASX:FMG), a pure play iron ore producer, hardest hit. FMG stock has about 15% of its
value over the last month and the Perth-based firm is now worth US$16.53 billion on
the ASX following a 2.6% drop in Tuesday trading.
World number one Vale (NYSE:VALE) is down almost 6% over the same
period, while diversified giants Rio Tinto (ASX, LON:RIO) and BHP Billiton (ASX:BHP) have
also seen their value shrink since mid-March.
Several forecasters and banks had long warned the rally was not sustainable.
Last week, Macquarie added to the gloomy sentiment by predicting that iron ore would
continue to decline until finding support at around $50 a tonne, implying that falls of a
further 20% were in store.
But not everyone is that pessimistic. For some, such as Stan Wholley,
president for the Americas at CSA Global, the current downtrend is nothing but an
expected correction. “I think people got exuberant about iron ore on the way up and we
are seeing a bit of reality check right now,” he recently told MINING.com.
“There is not a great deal that can be done about the new supply — it will
happen. However, there are indications that stockpiles in China are decreasing (albeit
from record highs) which may slow or even halt the decline,” he noted.
While the analyst sees the commodity trading between $50 and $70 a tonne
in the short term, he says fundamentals remain sound.
“There will be a focus on higher quality ores over the next few years as new
supply comes in, but that is how it should be, and this will mean producers with lower
quality ores will feel the pinch as buyers seek a discount,” Wholley warns.

Fonte: Mining
Autora: Cecilia Jamasmie
Data: 25/04/2017

ALVARÁS DE PESQUISA NO SETOR CRESCEM 37% NO 1º BIMESTRE


EM MINAS

Preços das commodities e retomada da confiança justificam

As pesquisas minerárias, que representam o início do ciclo de exploração e


produção mineral, estão aquecidas. O aumento do preço das commodities minerais,
especialmente do minério de ferro, e retomada gradual da confiança de investidores
criaram um ambiente mais favorável. Como resultado desse cenário, os alvarás de
pesquisa publicados no primeiro bimestre deste ano no Estado cresceram 37% frente
aos mesmos meses de 2016.
Com base em dados do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral
(DNPM), no primeiro bimestre deste ano, os alvarás de pesquisa em Minas Gerais
somaram 489 processos contra 357 publicações em igual intervalo de 2016, um
crescimento de praticamente 37%.
“O aumento dos preços das commodities minerais, principalmente do
minério de ferro, refletiu no ambiente de pesquisas minerarias no País e tivemos um
crescimento do interesse de capital estrangeiro. Não foi só a melhora dos preços, mas o
processo de recuperação da confiança no País também ajudou”, afirmou o presidente
da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), Elmer Prata Salomão.
Só para se ter uma ideia, enquanto no primeiro bimestre do ano passado o
preço da tonelada do minério de ferro bateu no teto de US$ 46, no mesmo período
deste ano a cotação do insumo chegou a US$ 90 por tonelada, o dobro praticamente, o
que ajudou a alavancar o interesse por pesquisas minerárias.
Conforme Salomão, a reversão da estagnação das pesquisas minerais está
acontecendo porque, hoje, há um pouco mais de segurança jurídica, uma vez que o
governo federal pode encerrar o capítulo do Novo Marco do setor e criar uma legislação
mais ajustada ao momento. “A conclusão do novo código pode impulsionar ainda mais
as pesquisas minerárias no País”, completou.

Recursos de Reserva
Outro fator favorável para aquecer as pesquisas minerais no Brasil e no
Estado foi a criação, no fim de 2015, da Comissão Brasileira de Recursos de Reserva
(CBRR), que recolocou o Brasil, aponta o presidente da ABPM, na rota de projetos
greenfield (novos).
Salomão explicou que o interesse em novos projetos na área mineral é
positivo porque o pouco de pesquisa mineral que ocorreu nos últimos anos se limitou a
projetos brownfield, em áreas de minas que já produziam, e não em novos
empreendimentos.
“A ABPM trabalha com a tendência de início da retomada da pesquisa
mineral no Brasil, mas ainda é muito difícil fazer um prognóstico. O que esperamos é
que os investimentos na área retomem um nível de regularidade, o que acontecia há
até alguns anos. Acreditamos que isso pode acontecer e também que o capital nacional
se interesse mais pela pesquisa mineral”, analisou Salomão.

Fonte: Diário do Comércio


Autor: Leonardo Francia
Data: 08/04/2017

PROJETO NOVA MINERAÇÃO É ALTERNATIVA DO GOVERNO DO


ESTADO PARA ESTIMULAR A MODERNIZAÇÃO DO SETOR
Fapemig mobiliza pesquisadores e outros profissionais para ampliar a inteligência, a
tecnologia e a segurança no processo produtivo do setor minerário no estado

O Governo de Minas Gerais – por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa


do Estado de Minas Gerais (Fapemig) – desenvolve projetos para modernizar e otimizar
a mineração com um todo. As ações fazem parte do projeto Nova Mineração, ligado
diretamente à Diretoria de Ciência, Tecnologia e Inovação (DCTI).
Entre propostas de criação de ambientes mais favoráveis ao fomento de
novos negócios está a formação de startups associadas à inserção das práticas na
mineração. A ideia é atrair as aceleradoras para promover a inovação no setor, inclusive
a tecnológica. As empresas sabem dessa necessidade e algumas já estão atraindo
empreendedores, como é o caso da Votorantim em suas unidades em Minas Gerais.
Outras três plataformas desenvolvidas são voltadas para aplicação em larga
escala de resíduos e rejeitos da mineração, principais desafios da mineração; a solução
de conflitos, passivos e impactos; e a criação de modelos, fundamentos, estratégias,
ações e alianças para revitalização e diversificação econômica dos municípios e
territórios mineradores.
Essa última pretende mudar a realidade de localidades com potenciais
diversos, mas que ficam presos à mineração. Duas regionais (Araxá e Quadrilátero
Ferrífero) complementam as ações de trabalho desenvolvidas na capital mineira.
Segundo o assessor da Fapemig e coordenador do projeto, Renato Ciminelli,
as quatro plataformas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação foram lançadas em
2016. “Esse projeto é inovador e tem caráter sistêmico, pois envolve todos os
profissionais da mineração e também as comunidades”, afirma.
Trata-se de uma iniciativa inédita para revitalizar e modernizar o setor, em
resposta às necessidades de uma mineração mais segura, sustentável, competitiva e
comprometida com o desenvolvimento dos mais de 170 municípios mineradores no
estado.
As reuniões têm trabalhado a necessidade do engajamento de todas as
empresas, instituições, cientistas, educadores e demais profissionais, bem como das
comunidades onde a mineração está presente.
O projeto Nova Mineração surgiu para enfrentar os seguintes desafios:
desastre da barragem em Mariana; queda acentuada no preço das commodities;
crescente pressão social e o enfraquecimento do Quadrilátero Ferrífero no quesito
competitividade.
Essa região no centro do estado -- com aproximadamente 7 mil quilômetros
quadrados -- é a maior produtora nacional de minério de ferro e abrange os municípios
de Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Nova Lima, Santa Bárbara, Itabira, Itabirito, entre
outros.

Peso na economia
De acordo com a publicação Panorama da Mineração em Minas Gerais
(IBRE/FGV), a Indústria Extrativa Mineral (IEM) responde por 24,4% de toda a indústria
e 8% do Produto Interno Bruto (PIB) no estado.
A produção da IEM em Minas Gerais está mais concentrada nos minerais
metálicos (90%), especialmente o minério de ferro, enquanto os 10% restantes são
representados pelos minerais não metálicos.
Em relação à produção nacional, Minas Gerais se destaca não apenas pelo
minério de ferro (66%), mas também por outros minerais, como zinco (100%), ouro
(45%), fosfato (57%), calcário (27%), nióbio (95%), entre outros.
Apesar da publicação de 2016, os dados disponibilizados pela FGV são
relativos a 2011, quando o número de empregos na indústria extrativa chegava a 60.600,
equivalente a 4,4% da população empregada no setor industrial.
Em sua opinião, Ciminelli diz que o estado de Minas Gerais tem espaço para
receber investimentos em mineração e siderurgia, porém, os novos negócios passam
necessariamente pela inovação.
“O projeto ambiciona uma rede coesa e múltipla de parceiros institucionais
públicos, científicos e privados, e um grande fundo associado, vislumbra a mineração
mineira, nos próximos anos, em um patamar mais elevado para competir com outras
regiões do mundo, pois todo o setor está consciente de que é preciso inovar”, explica.
Os métodos antigos de se fazer mineração já não são viáveis nos aspectos ambiental e
econômico.
O Sindicato das Empresas de Informática de Minas Gerais (Sindinfor) é uma
das instituições parceiras no projeto por encampar parte significativa da indústria de
Tecnologia da Informação (TI) e congregar o chamado “digital business”.
O presidente Wellington Teixeira Santos ratifica a forte dependência que o
estado tem do minério, entretanto, aposta na inovação tecnológica, aliada à excelente
logística construída por Minas Gerais a partir da mineração.
“Não adianta ficar prevendo o futuro, quando algumas jazidas ou minas
deixarão de existir. O projeto liderado pela Fapemig busca novas tecnologias, inclusive
na reutilização de rejeitos e, para isso, temos que utilizar o conhecimento e as
ferramentas disponíveis. A parceria com startups será um grande player ao utilizar a
internet das coisas, homem-máquina, entre outras inovações da inteligência artificial, ”
afirma Santos.

Parcerias internacionais
Como forma de estimular Minas Gerais a galgar uma posição de maior
competividade no setor, o Governo do Estado já tem algumas parcerias internacionais
na mineração, entre elas com a França, por meio da região de Nord-Pas-de-Calais;
Austrália e Suécia.
Há outro importante acordo a ser firmado brevemente com a China,
envolvendo a Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior (Indi),
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior (Sedectes) e Fapemig.
A ideia é fazer mineração verticalizada, trabalhando toda a cadeia produtiva.
Todos esses países parceiros têm tradição na mineração e são considerados bastante
avançados nos seus processos de produção e na reutilização de rejeitos em várias
atividades.

Fonte: Agência de Notícias de Minas Gerais


Data: 25/04/2017

COPPER, LEAD, ZINC PRICES TO STAY ON THE BOIL


Industrial metals prices are projected to jump 16% this year due to strong
demand, especially from China, and supply constraints, including mine disruptions in
Chile, Indonesia and Peru, the World Bank says in its commodities markets outlook
published on Wednesday.
Researchers at the institution believe zinc has the brightest prospects this
year and will follow up 2016's 60% price gain with a 32% jump this year.
Lead, often a byproduct of zinc mines, will also build on last year's gains and
is expected to add 18% in value due to mine supply constraints brought on by permanent
closures due to resource exhaustion, as well as discretionary closures and downscaling
in Canada, Peru and Australia top zinc miner and trader Glencore.
[Lead] demand remains strong for the battery and industrial sectors,
including increasing demand for “stop/start” vehicles, which use batteries containing 25
percent more lead than conventional units. However, lead demand faces threats from a
maturing electric bike sector in China and alternate battery technologies (e.g., lithium).
The authors of the report also warn however that zinc-lead fundamentals
may change longer term as higher prices "prompt greater supply in China, and
Glencore’s idled capacity eventually restarts."
The Gamsberg zinc project in South Africa (240ktpa capacity) and Dugald
River in Queensland (170ktpa) are expected to add new production in 2018, "while a
slowing property market in China and threats of substitution may ease demand,"
according to the report.
The outlook is also positive on the price of bellwether metal copper which is
expected to increase by 18% boosted by disruptions. Strikes in Chile and Peru, and
contractual disputes in Indonesia recently took more than 10% of global output offline.
Double-digit gains are also expected for aluminum, iron ore, and tin, but the
outlook for nickel is murkier.
Nickel prices bucked the general positive trend during the first quarter falling
5% on expectations of renewed low-grade nickel exports from Indonesia due to the
partial reversal of that country’s ore export ban:
Thus far the [Indonesian] government has recommended exports of about
one-third of the volume sought by the private sector. Meanwhile, in early February the
Philippines announced closure of 23 of the country’s 41 mines, and suspension of five
others, on environmental grounds. The affected mines account for more than one third
of the country’s 2016 nickel production. Because companies can appeal the closures,
the potential lost output is uncertain.
China, the main nickel importer, is expected to offset the lost volumes from
other countries, such as Guatemala and New Caledonia, as well as sulfide concentrates
from the Russian Federation and Zimbabwe.
The World Bank says upside risks to the price forecasts include stronger
global demand, slower ramp-up of new capacity, tighter environmental constraints, and
policy action that limits exports. Downside risks include slower demand from China and
higher-than-expected production, including the restarting of idled capacity.
Fonte: Mining
Autor: Frik Els
Data: 27/04/2017

NOVO PROSPECTO DE OURO NA BAHIA


Durante o último PDAC, em Toronto – Canadá, no início de março deste ano,
a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral – CBPM, empresa de desenvolvimento mineral
da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia, apresentou ao
mercado duas novas oportunidades de investimento em exploração mineral. Uma delas,
com Technical Report elaborado por Competent Person, em conformidade à norma
canadense NI 43-101, se refere ao trend aurífero do Projeto Jurema Leste

Localização do projeto
O projeto está localizado na Região Centro Sul do Estado da Bahia, no
Município de Iramaia, a cerca de 6 km da vila de Porto Alegre, (Município de Maracás) e
a 15 km a SW da mina de vanádio Menchen-Maracás, única mina produtora de vanádio
da América do Sul.
O trend aurífero de Jurema do Leste
Os depósitos de ouro do Projeto Jurema Leste são constituídos por
mineralizações primárias, mesotermais, filonianas e por uma camada superficial de
minério intemperizado com cerca de 40 m de espessura. Esta zona saprolitizada, onde
os sulfetos foram completamente oxidados, provavelmente contém importantes
recursos auríferos secundários.

Foto divulgação

Tipo de depósito
A mineralização primária é interpretada como um depósito mesotermal de
ouro, hospedado por uma série de veios de quartzo e stockworks de vênulas de quartzo
sulfetado em um pacote cisalhado de tectonitos ricos em ferro, metachert, rochas
metaultramáficas, calcissilicáticas e metadacitos. A alteração hidrotermal na zona
mineralizada é evidenciada pela presença de talco, clorita, epidoto, quartzo e sulfetos,
incluindo pirita, arsenopirita, pirrotita e calcopirita. A gênese da mineralização primária
está relacionada com fluidos hidrotermais que circularam durante os diferentes estágios
de convergência tectônica. Constitui uma faixa aurífera de direção NNE formada por
rochas supracrustais fortemente cisalhadas, situadas no interior da Sequência
Vulcanossedimentar Contendas Mirante. As principais unidades litológicas no interior
da faixa aurífera incluem rochas ultramáficas, calcissilicáticas, rochas vulcânicas máficas,
intermediárias e félsicas, além de formações ferríferas. Os alvos com mineralizações
auríferas, pesquisados até o momento, são controlados por uma zona de cisalhamento
com mais de 4 km de extensão orientada na direção N10oE. As mineralizações de ouro
estão relacionadas com esta zona de cisalhamento e são pervasivas aos vários tipos
litológicos representados no mapa geológico.

Trabalhos de exploração
Após a realização do levantamento aerogeofísico a CBPM desenvolveu
trabalhos de geofísica terrestre, mapeamento geológico de detalhe, amostragens
geoquímicas, abertura de trincheiras e realização de 24 furos de sondagens nos
principais alvos selecionados, totalizando 2.329,40 metros. Os resultados desses
trabalhos confirmaram a ocorrência de mineralizações auríferas, tanto em superfície
como em subsuperfície. O Projeto Jurema Leste inclui cinco alvos principais nos quais as
informações variam desde anomalias de ouro em solo e trincheiras até alvos com
mineralizações confirmadas nas sondagens pioneiras.

Trabalhos propostos
O projeto justifica um intenso programa de exploração, com investimentos
voltados essencialmente para dois programas distintos de sondagens, visando
dimensionar recursos indicados para as mineralizações de ouro, os quais estão
detalhados no Technical Report, para serem executados em dois anos. Durante o
primeiro ano, a mineralização oxidada será investigada até a profundidade de 50
metros, através de um programa de sondagens do tipo circulação reversa (RC), com a
realização de cerca de 5.500 metros de sondagens a um custo estimado de cerca de US$
1,5 milhão. O segundo programa será dedicado à exploração da mineralização primária
por meio de uma programação padrão de sondagens diamantadas, até a profundidade
de 220 metros, com a realização aproximada de 11.500 metros de sondagens a um custo
da ordem de US$ 4 milhões.
Dependendo dos resultados dessas sondagens, o projeto poderá evoluir
para um pre-feasibility study, com o minério oxidado entrando rapidamente em
produção, devido à excelente infraestrutura desse novo distrito aurífero.

Fonte: In The Mine


Autor: Washington Rydz
Data: Edição Nº 66 – Março/Abril 2017

NEM TUDO QUE RELUZ É OURO


O jovem historiador israelense Yuval Noah Harari, 41, tornou-se um olímpico
recordista com seus dois best-sellers globais: "Sapiens" (2011) e "Homo Deus" (2016).
Pena que nem sempre seja fiel às literaturas científica e historiográfica. Ao menos duas
mancadas em sua última proeza evocam o provérbio português do título acima.
A primeira está em sua manipulação da ideia de Antropoceno, a nova Época,
posterior ao Holoceno, em que as atividades humanas teriam se tornado a mais
poderosa influência sobre a ecologia global. Ela agita a comunidade científica desde
2000, quando a revista Nature trouxe o artigo "Geologia da humanidade" do prêmio
Nobel de química, Paul Crutzen, que estimulou diversas análises sobre o momento em
que teria ocorrido a virada de Épocas.
No âmbito das ciências humanas é praticamente unânime a tese de que o
Antropoceno começou em meados do século passado, devido à chamada "Grande
Aceleração" das agressões humanas à biosfera. A melhor síntese dessa convergência de
ideias está consolidada em livro com esse título dos historiadores americanos J.R.
McNeill e Peter Engelke, publicado em 2014 pela Harvard University Press.
Nada disso é informado ao leitor de "Homo Deus", pois sobre esse tema a
única referência bibliográfica pinçada por Harari foi o artigo "Definindo o Antropoceno",
que o ecólogo Simon L. Lewis e o climatologista Mark A. Maslin, ambos do University
College London, publicaram em março de 2015, também na Nature.
É um mérito, pois não há dúvida que, nesse tipo de assunto, merecem mais
atenção as discussões entre pesquisadores das ciências naturais, como bem faz Harari.
Só que ele contradiz radicalmente sua única fonte, sem qualquer tipo de aviso ao leitor.
Lewis e Maslin sintetizaram o conhecimento acumulado pelas geociências e
pela paleontologia, para depois examinar com muito cuidado oito ensaios de datação
do início do Antropoceno. E concluíram que o mais razoável é 1964, reforçando o já
consensual nas ciências humanas. Como segunda opção, os autores até admitem que o
candidato favorito seria 1610, quando colonialismo, comércio global e carvão já
poderiam ter engendrado a virada.
Porém, os registros estratigráficos que determinam a Escala do Tempo
Geológico ainda são insuficientes para que esse fim do Holoceno possa ser
convencionado, conforme avaliou o 35º Congresso Internacional de Geologia, em 4 de
setembro de 2016.
Como aceitar, então, que nada disso seja exposto aos leitores com o
propósito de seduzi-los para a romântica ideia de que o Antropoceno teria começado
há 70 milênios, quando - segundo Harari - o Sapiens já se tornara "governante do
mundo"? Alguns lembrarão que até a síntese da amônia, no início do século passado, a
espécie humana não fazia sequer cócegas na ecossistêmica global. E que ainda foram
necessárias várias décadas para que se chegasse a um ponto de ruptura, devido a
exorbitantes usos de fertilizantes e praguicidas, à moto-mecanização, e a concomitantes
outras práticas dependentes de crescente emprego de energias fósseis.
A segunda razão para que se tenha muito cuidado na leitura de "Homo Deus"
reside em mais de vinte alusões à "teoria da evolução". Não seria razoável que os
leitores ficassem sabendo que o materialismo darwiniano abriga várias correntes, em
vez de serem intoxicados justamente por uma das piores? Outra vez Harari deixa de citar
um colega, pois fica óbvia a influência que sofreu da interpretação do historiador francês
André Pichot, rechaçada pelos melhores continuadores do pensamento de Darwin,
entre os quais Daniel C. Dennet, Edward O. Wilson, Ernest Mayr, Geoffrey
Hodgson, Patrick Tort, Richard Dawkins, Steven Pinker.
O mais calamitoso resultado dessa enrustida preferência por Pichot está no
sétimo capítulo, consagrado a uma suposta "revolução humanista". Entre suas
"ramificações" estaria um tal "humanismo evolucionário", com "raízes no terreno firme
da teoria evolutiva darwiniana" (p. 258). Algumas páginas depois Harari chega a dizer
que a Hitler foi revelada "a verdade quanto ao mundo: uma selva conduzida pelas leis
desapiedadas da seleção natural" (p. 261). Aí nem se trata mais de opção por alguma
das interpretações do pensamento de Darwin, pois é impossível que sobre ele se diga
algo mais simplista e vulgar.
Claro, só lunáticos subestimariam a importância da divulgação científica, que
depende muito de comunicadores no calibre de Harari. Seu invejável talento consiste
na tradução para o grande público de conhecimentos que a sobriedade, a reserva e a
frieza dos pesquisadores quase sempre torna herméticos.
Há, contudo, um grave perigo nesse fenômeno: vender gato por lebre
devido ao excesso de confiança nas vantagens da liberdade poética. Demasiada
infidelidade ao conhecimento científico pode fazer com que o tiro saia pela culatra.
Não se trata, pois, de desaconselhar um livro que não se resume aos dois
defeitos aqui realçados, mas apenas de recomendar que o leitor não se deixe ofuscar
pela imensa criatividade inventiva do autor.

Fonte: Valor
Autor: José Eli da Veiga
Data: 27/04/2017

UM MINERAL NA ÓPERA MOBILE


“La Donna” podia ser mobile (lia-se móbile), na Opera Rigoletto do século
XIX, mas hoje toda a gente é ou quer ser mobile (lê-se agora “mobaio”). A donna era
mobile, porque volúvel, inconstante, e a humanidade hoje se pretende mobile, para
poder estar constantemente conectada, imaginando que as redes estarão estendidas
por todos os cantos. Isso, é claro, enquanto durar a bateria do dispositivo móvel. Se
faltar a carga, nada mais resta do que mobilizar-se por inteiro, desta vez em busca de
uma velha e estática tomada, pregada a uma parede, para fazer-se “mobaio”
novamente. Em fevereiro, cientistas da Universidade de Oulu, na Finlândia, divulgaram
os resultados de uma pesquisa que pode por fim a essa agonia. A equipe chefiada pelo
Dr. Yang Bai, da área de microeletrônica, descobriu um tipo de mineral, perovskita, com
o qual é possível transformar a luz do sol, calor e movimento em energia elétrica.
A família perovskita é tão velha quanto o russo, o mineralogista Lev Perovsk,
homenageado em 1839 por Gustav Rose, o descobridor nos Montes Urais, na Rússia, do
óxido de cálcio e titânio, que ocorre na forma de cristais. Um clã que, com o tempo,
tornou-se sinônimo dos minerais raros capazes de produzir energia a partir de algumas
fontes. Em agosto do ano passado, por exemplo, uma equipe da Unicamp produziu
pioneiramente células solares de perovskita. A grande novidade do KBNNO como foi
batizado, em referência à sua formulação, o material ferroelétrico dos finlandeses, é que
ele pode gerar eletricidade em menor escala, mas de várias fontes ao mesmo tempo e
ter sua estrutura modificada para potencializar essa ação. Não será, portanto, por
excesso de nuvens, que alguém deixará de vivenciar o “mobaio”.

Fonte: In The Mine


Autor: Wilson Bigarelli
Data: Edição Nº 66 – Março/Abril 2017
INFORMATIVO

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