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Aula 10 (Somente em

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PC-PA - Direito Constitucional - 2023
(Pré-Edital)

Autor:
Equipe Direito Constitucional
Estratégia Concursos

25 de Fevereiro de 2023

01697186203 - Larissa Vinhote Brito


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Índice
1) Constituição do Estado do Pará (art. 1º - art. 85)
..............................................................................................................................................................................................3

2) Questões Comentadas - Constituição do Estado do Pará (art. 1º - art. 85)


..............................................................................................................................................................................................
42

3) Lista de Questões - Constituição do Estado do Pará (art. 1º - art. 85)


..............................................................................................................................................................................................
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PREÂMBULO

O POVO DO PARÁ, por seus representantes, reunidos em Assembleia Estadual Constituinte,


inspirado nos princípios constitucionais da REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, rejeitando
todas as formas de colonialismo e opressão; almejando edificar uma sociedade justa e
pluralista; buscando a igualdade econômica, política, cultural, jurídica e social entre todos;
reafirmando os direitos e garantias fundamentais e as liberdades inalienáveis de homens e
mulheres, sem distinção de qualquer espécie; pugnando por um regime democrático
avançado, social e abominando, portanto, os radicalismos de toda origem; consciente de
que não pode haver convivência fraternal e solidária dentro de uma ordem econômica
injusta e egoísta; confiante em que o valor supremo é a liberdade do ser humano e que
devem ser reconhecidos e respeitados os seus direitos elementares e naturais,
especialmente, o direito ao trabalho, à livre iniciativa, à saúde, à educação, à alimentação,
à segurança, à dignidade; invoca a proteção de DEUS e promulga a seguinte CONSTITUIÇÃO
DO ESTADO DO PARÁ, esperando que ela seja o instrumento eficiente da paz e do
progresso, perpetuando as tradições, a cultura, a história, os recursos naturais, os valores
materiais e morais dos paraenses.

É importante que nos façamos dois questionamentos ao ler o Preâmbulo da Constituição do Estado do Pará:

1) É obrigatória a reprodução do Preâmbulo da Constituição Federal pelas Constituições Estaduais?

O STF já decidiu que o Preâmbulo da Constituição Federal de 1988 não precisa ser reproduzido pela
Constituição Estadual.

No caso concreto apreciado pelo STF, discutia-se a constitucionalidade da Constituição do Estado do Acre,
que omitia a referência à proteção de Deus, presente no texto da Constituição Federal de 1988. Ao julgar a
Ação Direta de Inconstitucionalidade, o STF entendeu que a Constituição do Acre não precisava fazer
referência à proteção de Deus.

2) Qual a relevância jurídica do Preâmbulo da Constituição do Estado do Pará?

Segundo o STF, o Preâmbulo não tem força normativa, eis que se situa no campo da política. Assim, o
Preâmbulo está fora do campo do direito, não servindo para aferição do controle de constitucionalidade de
leis. Também é necessário afirmar que o Preâmbulo não limita a atuação do Poder Constituinte Derivado, ao
promover reformas no texto constitucional via emenda constitucional.

A doutrina considera que o Preâmbulo serve como parâmetro interpretativo do texto constitucional, uma
vez que elenca os valores essenciais que nortearam a ação do legislador constituinte.

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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º. O Estado do Pará é parte integrante da República Federativa do Brasil, exercendo,
em seu território, os poderes decorrentes de sua autonomia, regendo-se por esta
Constituição e leis que adotar, observados os princípios da Constituição Federal.

Parágrafo Único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art. 2º. O Pará proclama o seu compromisso e o de seu povo de manter e preservar a
República Federativa do Brasil como Estado de Direito Democrático, fundado na soberania
nacional, na cidadania, na dignidade do ser humano, nos valores sociais do trabalho e da
livre iniciativa e no pluralismo político.

Art. 3º. O Estado do Pará atuará, com determinação, em todos os seus atos e pelos seus
órgãos e agentes, no sentido de realizar os objetivos fundamentais do País:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais, raciais e


regionais.

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, orientação sexual,
cor, idade, deficiência e quaisquer outras formas de discriminação.

V - dar prioridade absoluta aos assuntos de interesse dos cidadãos.

Segundo o art. 18, da CF/88, “a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil


compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição”.

O Estado do Pará, na condição de ente federativo, tem sua autonomia política assegurada pela Constituição
Federal. A autonomia política se manifesta por meio de 4 (quatro) aptidões:

a) Auto-organização: Os Estados se auto-organizam por meio da elaboração das suas Constituições


Estaduais. A elaboração das Constituições Estaduais é manifestação do Poder Constituinte
Derivado Decorrente.

É necessário que se tenha em mente que as Constituições Estaduais devem observar todas as
normas da Constituição Federal, sob pena de serem declaradas inconstitucionais no que forem
divergentes.

b) Autolegislação: É a capacidade de os Estados editarem suas próprias leis (leis estaduais).

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c) Autoadministração: É o poder que os Estados têm para exercer suas atribuições de natureza
administrativa, tributária e orçamentária. Os Estados elaboram seus próprios orçamentos,
arrecadam seus próprios tributos e executam políticas públicas, dentro da sua esfera de atuação,
segundo a repartição constitucional de competências.

d) Autogoverno: Os Estados têm poder para eleger seus próprios representantes. É com base nessa
capacidade que os Estados elegem seus Governadores e Deputados Estaduais

A Constituição Federal de 1988 consagra, como fundamentos da República Federativa do Brasil, a


soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o
pluralismo político. Logo em seu art. 2º, a Constituição do Estado do Pará dispõe que esses também são
fundamentos da organização estadual; dentre eles, o único que não se aplica ao Pará é a soberania. Não
poderia acontecer diferente, uma vez que o Pará, enquanto ente federativo, não é dotado de soberania, mas
tão-somente de autonomia política.

O Estado do Pará está integrado de forma indissolúvel à República Federativa do Brasil, o que decorre do
princípio federativo; sabe-se, afinal, que, no estado federal, é vedada a secessão. Como não poderia deixar
de ser, a Constituição do Estado do Pará proclama e assegura o Estado democrático de direito.

Os destaques inseridos nos incisos IV e V do art. 3º da Constituição do Pará se justificam pelo fato de não
haver previsão expressa no art. 3º da Constituição Federal de 1988, que trata dos objetivos fundamentais da
RFB.

DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Dos Direitos e Deveres individuais e Coletivos

Art. 4º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Estado a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos da Constituição Federal e
desta Constituição.

Art. 5º. O Estado do Pará acolhe, expressamente, insere em seu ordenamento


constitucional e usará de todos os meios e recursos para tornar, imediata e plenamente
efetivos, em seu território, os direitos e deveres individuais e coletivos, os direitos sociais,
de nacionalidade e políticos, abrigados no Título II da Constituição Federal.

§ 1°. Será punido, na forma da lei, o agente público, independentemente da função que
exerça, que violar os direitos constitucionais.

§ 2º. Incide na penalidade de destituição de mandato administrativo ou de cargo ou função


de direção, em órgão da administração direta ou indireta, o agente público que, dentro de
noventa dias do requerimento do interessado, deixar, injustificadamente, de sanar omissão
inviabilizadora do exercício de direito constitucional.

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§ 3°. Nenhuma pessoa será discriminada ou de qualquer forma prejudicada pelo fato de
litigar com órgão estadual, no âmbito administrativo ou judicial.

§ 4°. Ninguém poderá ser penalizado, especialmente com a perda do cargo, função ou
emprego, quando se recusar a trabalhar em ambiente que ofereça iminente risco de vida,
caracterizado pela respectiva representação sindical, não se aplicando o aqui disposto aos
casos em que esse risco seja inerente à atividade exercida, salvo se não for dada a devida
proteção.

§ 5°. É assegurado aos ministros de cultos religiosos, pertencentes a denominações


religiosas legalmente existentes no País, o livre acesso para visitas a hospitais,
estabelecimentos penitenciários, delegacias de polícia e outros congêneres, para prestar
assistência religiosa e espiritual a doentes, reclusos ou detentos.

§ 6º. Nenhuma pessoa poderá ser submetida as condições degradantes de trabalho ou a


práticas análogas ao trabalho escravo, seja em ambiente doméstico ou rural, nem a
qualquer outro constrangimento que não os provenientes do ordenamento constitucional
da União e do Estado do Pará.

O art. 4º é uma reprodução do “caput” do art. 5º da Constituição Federal, enquanto o art. 5º serve para
estabelecer o compromisso, pelo Estado do Pará, de dar efetividade a todos os direitos fundamentais
elencados no Título II da Constituição Federal.

O art. 5º, § 2º, CE/PA prevê a possibilidade de aplicação de penalidade administrativa ao agente público
que deixar de sanar, injustificadamente, dentro de 90 dias, omissão que esteja inviabilizando o exercício de
um direito constitucional. O objetivo é garantir a máxima concretização dos direitos fundamentais.

O art. 5º, § 3º, CE/PA, trata das situações em que um indivíduo tem litígio administrativo ou judicial contra
o Estado. Diante da existência desse tipo de conflito, o indivíduo não poderá ser discriminado ou prejudicado.

Note, no art. 5º, §4º, CE/PA, que, caso o risco seja inerente ao cargo, à função ou ao emprego, sob pena de
se inviabilizar seu exercício, poderá, sim, haver punição daquele que se recusar a trabalhar em ambiente
que ofereça iminente risco de vida. A exceção, nesse caso específico, é quando não for dada a devida
proteção ao trabalhador.

Da Soberania Popular

Art. 6°. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

III - iniciativa popular.

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Art. 7°. Através de plebiscito, o eleitorado se manifestará, especificamente, sobre fato,


medida, decisão política, programa ou obra pública, e, pelo referendo, sobre emenda à
Constituição, lei, projetos de emenda à Constituição e de lei, no todo ou em parte.

O voto direto, secreto, universal e periódico é cláusula pétrea prevista na Constituição Federal de 1988; é a
forma por excelência de manifestação da soberania popular. Não é, todavia, a única: há que se lembrar de
que, no Brasil, vigora uma democracia semidireta, a qual possui como importantes mecanismos de
participação popular o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular.

§ 1°. Pode requerer plebiscito ou referendo:

I - um por cento do eleitorado estadual;

II - o Governador do Estado;

III - um quinto, pelo menos, dos membros da Assembléia Legislativa.

§ 2°. A realização do plebiscito ou referendo depende de autorização da Assembléia


Legislativa.

§ 3°. A decisão do eleitorado, através de plebiscito ou referendo, considerar-se-á tomada,


quando obtiver a maioria dos votos, desde que tenham votado, pelo menos, mais da
metade dos eleitores, e, tratando-se de emenda à Constituição, é exigida a maioria
absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.

§ 4°. É permitido circunscrever plebiscito à área ou população diretamente interessada na


decisão a ser tomada, o que deve constar do ato de convocação, cabendo recurso à
instância judiciária competente, se algum cidadão, Município ou o Estado considerar-se
excluído da decisão que possa lhe trazer consequências, devendo ser estabelecida pela lei
a competência para requerer e convocar o plebiscito, neste caso, bem como os demais
aspectos de sua realização.

§ 5°. Independem de requerimento os plebiscitos já previstos ou convocados na


Constituição Federal e nesta Constituição.

Art. 8°. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Assembléia Legislativa
de projetos subscritos por, no mínimo, meio por cento do eleitorado do Estado.

Parágrafo Único. Tratando-se de projeto de emenda à Constituição, os subscritores devem


estar distribuídos, pelo menos, por dez Municípios e, no caso de projeto de lei, no mínimo,
por cinco Municípios, sendo necessário, em qualquer hipótese, o mínimo de três décimos
por cento dos eleitores de cada Município.

Art. 9° - A lei municipal regulará, no que couber, a matéria tratada neste capítulo,
estabelecendo a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município,
da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do
eleitorado.

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Os dispositivos acima tratam do plebiscito e da iniciativa popular. Ponto interessante é que o art. 8º,
parágrafo único, da Constituição do Pará prevê a possibilidade de iniciativa popular de emendas
constitucionais, diferentemente do que ocorre na Constituição Federal.

DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

Disposições Preliminares

Art. 10 - A cidade de Belém é a Capital do Estado do Pará.

Parágrafo Único - O Governador, com autorização da Assembleia Legislativa, poderá


decretar a transferência da capital, temporariamente, para outra cidade do território
estadual.

Art. 11 - São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o


Executivo e o Judiciário.

Parágrafo Único - Salvo as exceções previstas nesta Constituição, é vedado a qualquer dos
poderes delegar atribuições, e quem for investido nas funções de um deles não poderá
exercer a de outro.

Art. 12 - São símbolos do Estado a Bandeira, o Hino e o Brasão d`Armas, adotados à data
da promulgação desta Constituição, e outros estabelecidos em lei.

Parágrafo Único - Os Municípios poderão ter símbolos próprios.

Nos termos do art. 11, CE/PA, os Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, são o Legislativo,
o Executivo e o Judiciário. Ressalte-se que é vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições e, ao
cidadão investido em um deles, exercer função em outro, salvo nos casos previstos na Constituição Estadual.

A capital do Pará é a cidade de Belém, onde os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) têm sua sede,
podendo ser decretada sua transferência temporária pelo Governador, após autorização da Assembleia
Legislativa. Os símbolos do estado são, além de outros estabelecidos em lei, a Bandeira, o Hino e o Brasão
d’Armas. Os municípios poderão ter símbolos próprios.

Art. 13 - Incluem-se entre os bens do Estado do Pará:

I - os que, atualmente, lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;

II - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas,


neste caso, na forma de lei, as decorrentes de obras da União;

III - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas
aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;

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IV - as ilhas fluviais ou lacustres não pertencentes à União;

V - as terras devolutas não compreendidas entre as da União;

VI - os lagos e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio e os rios que têm
nascente e foz em seu território, bem como os terrenos marginais, manguezais e as praias
respectivas.

§ 1º- A alienação gratuita ou onerosa de bens imóveis do Estado dependerá de autorização


prévia da Assembleia Legislativa.

§ 2º. O arquipélago do Marajó é considerado área de proteção ambiental do Pará, devendo


o Estado levar em consideração a vocação econômica da região, ao tomar decisões com
vista ao seu desenvolvimento e melhoria das condições de vida da gente marajoara

Para saber quais são os bens do Estado do Pará, devemos fazer uma leitura combinada dos textos da
Constituição Federal e da Constituição Estadual. O art. 26 da CF/88 dispõe o seguinte sobre os bens dos
Estados:

Art. 26, CF/88: Incluem-se entre os bens dos Estados:

I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso,


na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob
domínio da União, Municípios ou terceiros;

III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

[Comentários: As ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países são bens da União.]

IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

[Comentários: As terras devolutas da União são aquelas indispensáveis à defesa das fronteiras, das
fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental.]

É importante ressaltar que a lista de bens relacionados no art. 26, da CF/88, não é taxativa, motivo pelo qual
é bastante comum que, em âmbito estadual, as Constituições dos Estados detalhem, com mais precisão, os
bens desses entes federativos.

Art. 14 - A incorporação, a subdivisão ou o desmembramento do Estado, para anexação a


outros, ou formação de novos Estados ou Territórios Federais, só poderá ocorrer mediante
aprovação da população, a ser definida em lei, através de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar.

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A federação é cláusula pétrea do texto constitucional, ou seja, não pode ser objeto de emenda constitucional
que seja tendente à sua abolição. Todavia, a federação poderá sofrer alterações em sua estrutura, nos
termos do art. 18, § 3º, CF/88, reproduzido no art. 14, CE/PA.

Em resumo, os requisitos para que sejam realizadas essas alterações na estrutura dos Estados são os
seguintes:

a) Consulta prévia, por plebiscito, às populações diretamente interessadas;

b) Oitiva das Assembleias Legislativas dos estados interessados (art. 48, VI, CF/88);

c) Edição de lei complementar pelo Congresso Nacional.

Art. 15 - É vedado ao Estado e aos Municípios:


==1a153c==

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o


funcionamento ou manter com eles ou seus representantes, relações de dependência ou
aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

O art. 15, CE/PA, reproduz as vedações federativas previstas no art. 19 da CF/88.

Como o Brasil é um país laico, nenhum ente federado pode adotar religião oficial. Admite-se, apenas, a
colaboração de interesse público com os cultos religiosos ou igrejas, na forma da lei. Um exemplo, seria o
caso de o Município solicitar que alguma igreja abrigue pessoas desabrigadas vítimas de desastres naturais.

Outra vedação é que o Ente Federativo recuse documentos públicos produzidos por outro Ente em virtude
de sua procedência.

Por sua vez, o inciso III reforça que o Estado e os Municípios não podem criar preferência entre brasileiros,
em função de sua naturalidade, ou entre unidades e entidades da federação.

Da Competência do Estado

Art. 16 - O Estado exerce, em seu território, as competências que não lhe sejam vedadas
pela Constituição Federal

A Constituição Federal de 1988 não listou, de forma taxativa, todas as competências dos Estados, motivo
pelo qual a doutrina considera que os Estados possuem competência remanescente (residual). O art. 16 da
Constituição Estadual reproduz norma da CF/88, que, em seu art. 25, § 1º, dispõe que “são reservadas aos
Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”.

Art. 17 - É competência comum do Estado e dos Municípios, com a União:

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I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas, e conservar o
patrimônio público;

II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de


deficiência;

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens


de valor histórico, artístico ou cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à


pesquisa e à inovação;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas, inclusive


na orla marítima, fluvial e lacustre;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições


habitacionais e de saneamento básico;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a


integração social dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração


de recursos hídricos e minerais em seus territórios;

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

XIII - estabelecer política que garanta acessibilidade urbanística, arquitetônica, de


transporte, de comunicação e digital em seus programas, projetos, serviços e obras.

O art. 17 da CE/PA, com exceção da competência prevista no inciso XIII, apenas reproduz o art. 23 da CF/88,
que relaciona as matérias de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios. São matérias de que deverão tratar todos os entes federativos, em igualdade de condições.
Tratam-se de temas da competência administrativa (material), tipicamente interesse difusos, ou seja,
interesses de toda a coletividade.

FIQUE ATENTO:

É competência privativa da União legislar sobre trânsito e transporte.

É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios estabelecer e implantar
política de educação para a segurança do trânsito.

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Art. 18. Compete ao Estado, concorrentemente com a União, legislar sobre:

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

II - orçamento;

III - juntas comerciais;

IV - custas dos serviços forenses;

V - produção e consumo;

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio
histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de


valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e


inovação;

X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;

XI - procedimentos em matéria processual;

XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;

XIII - assistência jurídica e defensoria pública;

XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;

XV - proteção à infância, à juventude e ao idoso;

XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.

§ 1°. No exercício de sua competência suplementar, o Estado observará as normas gerais,


estabelecidas pela União.

§ 2°. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Estado exercerá a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 3°. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.

§ 4°. Desde que autorizado por lei complementar, o Estado poderá legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas como da competência legislativa privativa da União.

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O art. 18 da Constituição Estadual enumera as competências concorrentes entre a União e o Estado do Pará.
É, mais uma vez, dispositivo que reproduz a CF/88. Sobre a competência concorrente, cabe destacar o
seguinte:

a) A União é responsável por editar normas gerais, ao passo que os Estados e o Distrito Federal
editam normas suplementares.

b) O Estado, no exercício de sua competência suplementar, observará as normas gerais


estabelecidas pela União.

c) Inexistindo lei federal sobre as normas gerais, o Estado poderá exercer competência legislativa
plena para atender às suas peculiaridades. Assim, no âmbito da competência concorrente, os Estados podem
atuar, fundamentalmente, de duas formas diferentes:

- Exercitando a competência suplementar: caso a União edite normas gerais.

- Exercendo a competência legislativa plena: caso a União não edite sua lei de normas gerais. Nessa
situação, o Estado poderá editar lei sobre normas gerais.

d) A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que
lhe for contrário. Cuidado, pessoal, pois as bancas examinadoras adoram falar em revogação, o que está
errado.

Art. 19. O Estado poderá celebrar convênios com a União, com outros Estados e com os
Municípios, dando conhecimento e remetendo à Assembléia Legislativa cópias de seu
conteúdo, no prazo de quinze dias, contado de sua celebração.

O art. 19 trata da possibilidade de o Pará celebrar convênios com entidades de direito público, para a
realização de obras ou serviços. O convênio é um ajuste entre duas partes, envolvendo mútua colaboração,
com o objetivo de alcançar interesses comuns. É diferente do contrato, em que as partes têm interesses
opostos.

Da Administração Pública

Art. 20. A administração pública direta e indireta, de qualquer dos Poderes do Estado e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência,
publicidade e participação popular.

É interessante observar que o art. 20 da CE/PA não vincula apenas a Administração Pública do Estado do
Pará, mas também a Administração Pública dos Municípios daquele ente federativo. Além disso, tanto a
administração pública direta quanto a administração pública indireta devem ter como guia os princípios do
art. 20 da CE/PA.

Note que há previsão do princípio da participação popular em conjunto com o “LIMPE” (legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência), diferentemente do que ocorre na Constituição
Federal (art. 37, “caput”, CF).

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Art. 21. Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de atuação.

§ 1° - Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias de


empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação pública, assim
como a participação de qualquer uma delas em empresa privada.

A criação de autarquias é feita mediante lei específica; por sua vez, a criação de fundações, empresas
públicas e sociedades de economia mista é autorizada por lei. Cabe à lei complementar definir as áreas de
atuação das fundações.

§ 2° - A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da


administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

I - o prazo de duração do contrato;

II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e


responsabilidade dos dirigentes;

III - a remuneração do pessoal.

O § 2º reproduz o que foi disposto no §8 do art. 37 da CF/88 acerca do contrato de gestão, que pode ser
firmado com órgãos e entidades da administração direta e indireta com fixação de metas de desempenho.

O contrato de gestão é um ajuste firmado entre órgãos da Administração direta, entre um órgão e entidade
da Administração indireta ou entre um órgão e entidade paraestatal, qualificada como organização social.
Por meio do contrato de gestão, o Poder Público fixa metas de desempenho para o órgão ou entidade com
quem foi celebrado o ajuste.

Ademais, a lei disporá sobre o prazo de duração desse contrato, sobre os controles e critérios de avaliação
de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidades dos dirigentes.

Art. 22. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos Órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos, sob pena de responsabilidade.

§ 1°. Todo serviço de publicidade, de qualquer natureza, dos Poderes do Estado, tanto da
administração direta quanto da indireta, quando não realizado diretamente pelo Poder
Público e for confiado a agências de publicidade ou propaganda, deverá ser precedido de
licitação, não se aplicando o aqui disposto às publicações, no Diário Oficial do Estado, de
editais, atos oficiais e demais instrumentos legais de publicação obrigatória.

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§ 2°. A despesa com publicidade de cada Poder não excederá a um por cento da respectiva
dotação orçamentária.

Esse artigo é muito interessante! É bastante comum que a Administração Pública dê publicidade aos atos
por ela realizados. Quantas vezes você não ligou a televisão e viu uma propaganda em que o Governo dizia
que foi concluída uma determinada obra? Muitas, não é mesmo?

Pois bem! A publicidade dos atos governamentais não deve ter como objetivo a promoção pessoal de
autoridades públicas ou de servidores públicos. A publicidade desses atos deve ter um caráter educativo,
informativo ou de orientação social. Caso fique caracterizada a tentativa de promoção pessoal de
autoridades públicas ou servidores públicos, haverá flagrante violação ao princípio da impessoalidade.

Note que é louvável a previsão, na CE/PA, diferentemente do que ocorre na CF/88, de um limite máximo de
gastos com publicidade por parte de cada Poder.

Art. 23. A administração pública deve realizar o controle interno, finalístico e hierárquico
de seus atos, visando a mantê-los dentro dos princípios fundamentais previstos nesta
Constituição, adequando-os às necessidades do serviço e às exigências técnicas,
econômicas e sociais.

Esse dispositivo prevê a existência, na Administração Pública do Estado do Pará, de um sistema de controle
interno. O objetivo é garantir a eficiência administrativa, assim como a observância dos princípios da
Administração Pública (legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade, eficiência e outros).

Art. 24. Ressalvados os casos previstos na lei, as obras, serviços, compras, concessões e
alienações serão contratadas mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei,
o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis
à garantia do cumprimento das obrigações.

§ 1°. O disposto neste artigo, também, se aplica aos órgãos e entidades da administração
indireta.

§ 2°. Revogado

O art. 24, CE/PA, em observância ao que dispõe a CF/88, dispõe que as obras, serviços, compras, concessões
e alienações dependem, como regra geral, de licitação prévia. No procedimento licitatório, deverá ser
assegurada igualdade de condições aos concorrentes.

Art. 25. A administração pública tornará nulos seus atos, quando eivados de vícios que os
tornem ilegais, bem como deverá revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
observado, em qualquer caso, o devido procedimento legal.

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Art. 26. Os atos de improbidade administrativa importarão na perda da função pública, na


indisponibilidade dos bens e no ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em
lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 27. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de


serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável, nos casos de dolo e culpa.

O art. 25, CE/PA, trata do poder de autotutela, segundo o qual a Administração Pública poderá rever seus
próprios atos. Caso os atos administrativos estejam eivados de vícios que os tornem ilegais, a Administração
deverá anulá-los; por outro lado, é possível que, por conveniência ou oportunidade, a Administração revogue
os atos administrativos.

O art. 26 versa sobre as consequências dos atos de improbidade administrativa: perda da função pública,
indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao Erário.

O art. 27 trata da responsabilidade objetiva da Administração, baseada na teoria do risco administrativo.


Segundo essa regra, as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado que prestem serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Nesse sentido,
a responsabilidade da Administração independe de dolo ou culpa; basta que exista um nexo causal entre a
conduta do agente público e o dano causado a terceiro. Cabe destacar, todavia, que a Administração possui
o direito de regresso, que consiste na possibilidade de cobrar do agente público responsável pelo dano o
valor devido e já pago pela Administração. Destaque-se que o direito de regresso será exercitável caso se
verifique que o agente público agiu com dolo ou culpa.

Art. 28. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente, sob regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação, ou mediante autorização, a prestação de
serviços públicos, observados os princípios da eficiência, continuidade, segurança,
atualidade, generalidade, cortesia na prestação e modicidade das tarifas.

§ 1°. A descentralização da prestação de serviços públicos através de outorga a autarquias


e entidades paraestatais, apenas se dará mediante prévia lei autorizadora, quando restar
demonstrada, por motivos técnicos ou econômicos, a impossibilidade ou a inconveniência
da prestação centralizada desses serviços.

§ 2º Os serviços concedidos, permitidos ou autorizados ficarão sempre sujeitos à


fiscalização do Poder Público, podendo ser retomados, quando não atendam,
satisfatoriamente, às suas finalidades ou às condições do contrato ou da autorização.

§ 3º Nenhum servidor que exerça cargo de confiança, em comissão ou de chefia, da


Administração Pública Direta e Indireta, poderá ser diretor ou integrar conselho de
empresa fornecedora, que realize qualquer modalidade de contrato ou que obtenha
autorização do Estado.

§ 4º A pessoa física ou jurídica em débito com o fisco, com o sistema de seguridade social,
que descumpra a legislação trabalhista ou normas e padrões de proteção ao meio
ambiente, ou que desrespeite os direitos da mulher, notadamente os que protegem a

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maternidade, não poderá contratar ou obter autorização do Poder Público, nem dele
receber benefícios ou incentivos fiscais, creditícios, administrativos ou de qualquer
natureza, ficando rescindido o contrato já celebrado ou cancelada a autorização já emitida,
sem direito à indenização, uma vez constatada a infração.

§ 5º Os contratos realizados com a Administração Pública Estadual, especialmente, os de


obras e aquisição de bens e serviços, firmados mediante licitação ou dispensada esta, na
forma da lei, e as autorizações emitidas serão publicados, integralmente ou em forma de
extrato, no Diário Oficial do Estado, no prazo de dez dias de sua assinatura, incorrendo em
crime de responsabilidade o agente ou autoridade pública que não tomar essa providência.

O art. 28 da CE/PA traz algumas regras que disciplinam a prestação dos serviços públicos, que poderá ser
desempenhado de duas formas: i) diretamente ou; ii) indiretamente (sob o regime de concessão, permissão
ou autorização).

A concessão de serviço público é a delegação de sua prestação a pessoa jurídica ou a consórcio de empresas,
devendo ser precedida de licitação na modalidade concorrência e é definida por prazo certo.

A permissão é uma delegação a título precário, mediante licitação, não necessariamente concorrência, a
pessoa física ou jurídica, sem determinação de prazo.

Já a autorização é um ato administrativo precário e discricionário que não exige licitação e normalmente se
relaciona a atividades de menor vulto.

Art. 29. A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública


direta e indireta, regulando especialmente:

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a


manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e
interna, da qualidade dos serviços;

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo,


observado disposto no art. 5°, X e XXXIII da Constituição Federal;

III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo,


emprego ou função na administração pública;

IV - a política tarifária.

Aqui, a CE/PA apenas reproduz o que prevê o art. 37, §3º, da CF/88, acerca da participação do usuário de
serviços públicos na Administração, acrescentando que a lei também relulamentará a política tarifária. O
objetivo é promover a gestão participativa, já que o cidadão é visto como cliente do serviço público. Trata-
se de dispositivo que busca concretizar o princípio da eficiência na Administração Pública. Além disso, reflete
o princípio democrático.

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Art. 30. O Estado e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, conselho de


política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados
pelos respectivos Poderes.

§ 1° - A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema


remuneratório observará:

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de


cada carreira;

II - os requisitos para a investidura;

III - as peculiaridades dos cargos.

§ 2° - O Estado manterá escola de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos


servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a
promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre
os entes federados.

No Estado do Pará e em seus municípios, deverá ser instituído um Conselho de Política de Administração e
Remuneração de Pessoal, o qual é integrado por servidores designados por cada um dos Poderes. Na
determinação da remuneração dos servidores públicos, são levados em consideração alguns fatores, os
quais estão enunciados no § 1º (natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos
componentes de cada carreira, requisitos para investidura no cargo e peculiaridades dos cargos).

A Constituição do Pará estabelece a obrigação de que o Estado mantenha escolas de governo destinadas à
formação e aperfeiçoamento dos servidores públicos. A participação nesses cursos é requisito para a
promoção na carreira.

Art. 31. O Estado e os Municípios asseguram aos servidores públicos civis, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social, os seguintes direitos:

I - vencimento nunca inferior ao salário-mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado;

II - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são


irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV do art. 37 e nos arts. 39, § 4°, 150, II,
153, III, e 153, § 2°, I; da Constituição Federal;

III - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;

IV - décimo terceiro salário com base na remuneração variável;

V - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

VI - adicional de interiorização, na forma da lei;

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VII - salário família, nos termos da lei;

VIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;

IX - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

X - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à


do normal;

XI - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;

XII – licença à gestante, ou à mãe adotiva de criança de até oito meses de idade, sem
prejuízo da remuneração e vantagens, com duração de cento e oitenta dias;

XIII - licença-paternidade, nos termos fixado em lei;

XIV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos


termos da lei;

XV - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;

XVI - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na


forma da lei;

XVII - proibição de diferença de salários, de exercícios de funções e de critério de admissão


por motivo de sexo, idade, cor, estado civil, convicção política ou religiosa;

XVIII - licença, em caráter extraordinário, na forma da lei, para pai ou mãe, inclusive
adotivos, ou responsáveis de excepcional em tratamento;

XIX - gratificação de cinqüenta por cento do vencimento para os servidores em atividade


na área da educação especial.

A maior parte dos direitos assegurados aos servidores públicos civis do Estado do Pará decorre de previsão
na Constituição Federal de 1988. No entanto, há algumas novidades na Constituição Estadual:

a) Os servidores públicos do Pará fazem jus ao adicional de interiorização.

b) Quando o servidor público for pai ou mãe, inclusive adotivo, de portador de necessidade especial,
fará jus à licença em caráter extraordinário.

c) Os servidores em atividade na área da educação especial fazem jus à gratificação de 50% do


vencimento.

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Art. 32. É assegurada, na forma da lei, a participação de servidores públicos na gerência de


fundos e entidades para as quais contribuem.

Os servidores públicos do Estado do Pará contribuem para a previdência social, sendo-lhes assegurado
participar da gerência dos fundos e entidades que administram a concessão desses benefícios.

Art. 33. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos
terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do Estado do Pará, de
servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial.

§ 1° O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:

I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido,


quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de
avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a
concessão da aposentadoria, na forma da lei estadual;

II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos


setenta e cinco anos de idade, na forma da lei complementar de que trata o art. 40, § 1º,
inciso II, da Constituição Federal;

III - aos sessenta e dois anos de idade, se mulher, e aos sessenta e cinco anos de idade, se
homem, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei
complementar estadual.

§ 2° Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se


refere o § 2° do art. 201 da Constituição Federal ou superiores ao limite máximo
estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social, observado o disposto nos §§ 14 a
16.

§ 3° As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei


estadual.

§ 4° É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de


benefícios no regime próprio de previdência, de que trata o caput deste artigo, ressalvado
o disposto nos §§ 4°- A, 4°-B, 4°-C e 5°.

§ 4°-A Poderão ser estabelecidos por Lei Complementar Estadual idade e tempo de
contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente
submetidos à avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar.

§ 4°-B Poderão ser estabelecidos por Lei Complementar Estadual idade e tempo de
contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente
penitenciário, de monitor socioeducativo ou de policial de que tratam o inciso II do art. 92
e o inciso I do art. 193.

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§ 4°-C Poderão ser estabelecidos por Lei Complementar Estadual idade e tempo de
contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam
exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à
saúde, ou associação destes agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou
ocupação.

§ 5° Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em cinco anos em


relação às idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1°, desde que
comprovem tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e
no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar estadual.

§ 6° Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma da


Constituição Federal, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de
regime próprio de previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições
para a acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no Regime Geral de
Previdência Social.

§ 7° Observado o disposto no § 2° do art. 201 da Constituição Federal quando se tratar da


única fonte de renda formal auferida pelo dependente, o benefício de pensão por morte
será concedido nos termos de lei estadual, a qual tratará de forma diferenciada a hipótese
de morte dos servidores de que trata o § 4°-B decorrente de agressão sofrida no exercício
ou em razão da função.

§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter


permanente, o valor real, conforme os critérios estabelecidos em lei estadual.

§ 9° O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para


fins de aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9° e 9°-A do art. 201 da Constituição
Federal, e o tempo de serviço correspondente será contado para fins de disponibilidade.

§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição


fictício.

§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, da Constituição Federal, à soma total dos
proventos de inatividade, inclusive quando decorrente da acumulação de cargos ou
empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas à contribuição para o regime
geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade
com remuneração de cargo acumulável na forma da Constituição Federal, cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

§ 12. Além do disposto neste artigo, será observado, em regime próprio de previdência
social, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência
Social.

§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão


declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive
mandato eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.

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§ 14. O Estado do Pará instituirá, por lei de iniciativa do Poder Executivo, Regime de
Previdência Complementar para servidores públicos ocupantes de cargo efetivo,
observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social para o
valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de previdência social,
ressalvado o disposto no §15.

§ 15 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto no § 14 poderá ser


aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do
ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar.

§ 16. O Regime de Previdência Complementar de que trata o § 14 oferecerá plano de


benefícios somente na modalidade contribuição definida, observará o disposto no art. 202
da Constituição Federal e será efetivado por intermédio de entidade fechada de
previdência complementar ou de entidade aberta de previdência complementar.

§ 17. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas


pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os
benefícios do Regime Geral de Previdência Social de que trata o art. 201 da Constituição
Federal, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos
efetivos.

§ 18. Observados critérios a serem estabelecidos em lei estadual, o servidor titular de cargo
efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte
por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente,
no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para
aposentadoria compulsória.

§ 19. É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social e de mais


de um órgão ou entidade gestora desse regime, abrangidos todos os poderes, os órgãos e
as entidades autárquicas e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento,
observados os critérios, os parâmetros e a natureza jurídica definidos na Lei Complementar
de que trata o §22 do art. 40 da Constituição Federal.

§ 20. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de


cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social,
acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição.

§ 21. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e de pensões


por morte a seus dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art.
33 ou que não seja prevista em lei que extinga regime próprio de previdência social.

§ 22. Não se aplica o disposto no § 19 deste artigo, aos regimes próprios de previdência
social regularmente criados por lei complementar e que estejam em processo de extinção.

O art. 33, CE/PA, versa sobre o regime previdenciário dos servidores públicos estaduais (RPPS). Destaque-
se que ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão, bem como ao servidor ocupante de
cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o RGPS (Regime Geral de Previdência Social).

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De início, vale ressaltar o seguinte: o art. 40, da Constituição Federal de 1988, traça regras gerais sobre
regime previdenciário dos servidores públicos em geral, de todas as esferas federativas (nível federal,
estadual e municipal), à exceção da idade mínima para aposentadoria voluntária. Assim, você deve levar em
consideração a CF/88.

Existem as seguintes formas de aposentadoria para os servidores públicos estatutários:

a) Aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho: No passado, se falava em


“aposentadoria por invalidez”. Agora, o termo correto é “aposentadoria por incapacidade
permanente para o trabalho”. Nessa hipótese, o servidor será aposentado quando forem preenchidas
2 (duas) condições: i) O servidor estiver permanentemente incapacitado para o trabalho e; ii) Não for
possível a readaptação do servidor para o exercício de outro cargo.

Vale destacar que a readaptação é uma forma de provimento de cargos públicos que consiste na
investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação
sofrida em sua capacidade física ou mental.

b) Aposentadoria compulsória: Até a edição da EC nº 88/2015 (conhecida como “PEC da Bengala”),


os servidores públicos federais, estaduais e municipais deveriam se aposentar compulsoriamente
aos 70 anos. Chegando aos 70 anos, não havia outra alternativa senão a aposentadoria compulsória.

Com o advento da EC nº 88/2015, a redação do art. 40, § 1º, II, CF/88, foi modificada e passou a
prever que os servidores públicos serão aposentados compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de
idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar.

Como se vê, trata-se de norma de eficácia limitada, dependente de regulamentação para produzir
todos os seus efeitos. Até que fosse editada a mencionada lei complementar, os servidores públicos
continuariam se aposentando compulsoriamente aos 70 anos de idade.

Todavia, a lei regulamentadora já foi editada. É a Lei Complementar nº 152/2015, aplicável aos
servidores públicos de todas as esferas federativas, bem como aos membros do Poder Judiciário,
Ministério Público, Defensorias Públicas e Tribunais de Contas. Assim, hoje, a aposentadoria
compulsória de servidores públicos já se dá aos 75 (setenta e cinco) anos.

c) Aposentadoria voluntária: Os requisitos para a aposentadoria voluntária foram profundamente


modificados pela Emenda à Constituição Federal no 103/2019. A primeira grande mudança diz
respeito à abrangência das regras de aposentadoria dos servidores públicos. Antes, as regras gerais
sobre aposentadoria voluntária definidas pela Constituição Federal de 1988 se aplicavam a todos os
entes federativos.

Agora, com a EC nº 103/2019, a idade mínima prevista na CF/88 se aplica apenas no âmbito da
União. Assim, no âmbito da União, a idade mínima para a aposentadoria voluntária passou a ser de
62 (sessenta e dois) anos para a mulher e de 65 (sessenta e cinco) anos para o homem.

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios passaram a ter autonomia para, mediante emendas às
Constituições Estaduais e emendas às Leis Orgânicas, definir os seus próprios requisitos de idade
mínima para aposentadoria ao amparo do RPPS. No Pará, a Carta Estadual prevê 62 anos de idade,

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se mulher, e 65 anos de idade, se homem, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos


estabelecidos em lei complementar estadual.

Vale destacar que o requisito de idade mínima será reduzido em 5 (cinco) anos para o professor que
comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil
e no ensino fundamental e médio.

Segundo o STF, essa “aposentadoria especial” deve ser concedida aos professores ainda que esses
não desenvolvam a atividade de magistério exclusivamente em sala de aula. Assim, o tempo de
atividade como diretor ou coordenador pedagógico também é computado para fins de aposentadoria
especial do professor.

Por fim, cabe mencionar que, assim como o art. 40, § 4º, da Carta Magna, o art. 33, § 4º, da CE/PA, veda a
adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo
regime próprio, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores
portadores de deficiência; que ocupem cargo de agente penitenciário, de monitor socioeducativo ou de
policial e; cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física

Art. 34. Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da
lei.

Em virtude de expressa determinação da CF/88, os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
Observe que estrangeiros também podem ocupar cargos, empregos e funções públicas.

§ 1º. A investidura em cargo ou emprego público depende da aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, respeitada, rigorosamente,
a ordem de classificação, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração.

§2º As provas e exames do concurso público serão realizadas no Município para o qual se
destinam as vagas ofertadas, ou no Município sede de cada pólo regional, considerando-se
a divisão territorial estabelecida na Lei Complementar de trata o art. 50, §1º, desta
Constituição.

§ 3º - O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período.

§ 4º - Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o candidato


aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira.

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§ 5º - Viola direito constitucional o agente público que delonga a nomeação do classificado


em concurso público, com vistas ao escoamento do prazo de validade do mesmo, para a
realização de novo concurso.

§ 6º - É vedada a estipulação de limites máximos de idade para o ingresso no serviço


público, respeitando-se apenas o limite constitucional da idade para a aposentadoria
compulsória.

§ 7º Na realização dos concursos públicos serão exigidos nos conteúdos programáticos


temas sobre os direitos humanos

Para ser investido em cargo ou emprego público, é necessário, em regra, a aprovação prévia em concurso
público, que poderá ser de provas ou de provas e títulos. Destaque-se, entretanto, que o provimento de
cargos em comissão independe de aprovação em concurso. Tais cargos são de livre nomeação e exoneração.

Os concursos públicos têm a validade de até 2 (dois) anos, sendo possível uma prorrogação por igual
período. Durante esse período, os aprovados têm prioridade para nomeação em relação a novos
concursados. Cabe ressaltar que a nomeação dos candidatos deverá obedecer à ordem de classificação.

Atenção, também, ao § 6º do art. 34, CE/PA, que proíbe a fixação de limite máximo para ingresso no serviço
público, devendo-se, no entanto, respeitar a idade constitucional de aposentadoria compulsória, que se dá
aos 75 (setenta e cinco) anos.

Art. 35. As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de


cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Aqui temos algo que muita gente confunde! Função de confiança não é a mesma coisa que cargo em
comissão! As funções de confiança somente podem ser preenchidas por servidores ocupantes de cargo
efetivo. Já os cargos em comissão podem ser preenchidos por qualquer pessoa, seja ela servidor público ou
não. Entretanto, a lei define percentual mínimo de cargos em comissão que devem ser preenchidos por
servidores de carreira.

Art. 36. A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à
necessidade temporária de excepcional interesse público.

Esse dispositivo trata da possibilidade de a Administração Pública efetuar contratação de pessoal sem
concurso público. Para a utilização do instituto da contratação temporária, exceção à contratação mediante
concurso público, é necessário o cumprimento de três requisitos:

a) Excepcional interesse público;

b) Temporariedade da contratação;

c) Hipóteses expressamente previstas em lei

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Art. 37. É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.

Parágrafo Único. O sindicato ou a associação poderá promover a defesa dos direitos e


interesses coletivos e individuais da categoria, judicial e extrajudicialmente.

Art. 38. É assegurado ao servidor público civil o direito de greve, que será exercido nos
termos e nos limites definidos em lei específica.

Esses dois dispositivos versam sobre dois importantes direitos dos servidores públicos.

O primeiro deles é o direito à livre associação. Não pode a lei exigir autorização do Estado para a fundação
de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a
intervenção na organização sindical.

O segundo dispositivo, por sua vez, trata do direito de greve do servidor público. Recorde-se que o direito
de greve dos servidores públicos é norma de eficácia limitada, dependendo, para seu exercício, da edição
de lei regulamentadora. Enquanto esta lei não é editada, tem sido aplicada aos servidores públicos a norma
vigente para greve no setor privado.

Atente-se ao fato de que esses dois direitos são conferidos ao servidor público civil, apenas, pois ao militar
são vedadas a sindicalização e a greve.

Art. 38-A. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício
de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição,
desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino,
mantida a remuneração do cargo de origem.

A readaptação é forma de provimento derivado que representa a investidura do servidor em cargo de


atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
mental.

Assim, na readaptação, o servidor público estava investido em determinado cargo, mas posteriormente veio
a sofrer alguma limitação em sua capacidade física ou mental, devidamente verificada em inspeção médica.
Nesse caso, o servidor será investido em outro cargo, que possua compatibilidade com a sua limitação.
Ademais, a readaptação deve ser efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida,
nível de escolaridade e mantida a remuneração do cargo de origem.

Art. 39. Os cargos, empregos e funções públicas serão condignamente remunerados,


vedado o exercício gratuito dos mesmos.

§ 1° - A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4° do art. 39 da


Constituição Federal somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica,
observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na
mesma data e sem distinção de índices;

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A remuneração e o subsídio de servidores públicos devem ser fixados ou alterados por lei específica, sendo
assegurada a revisão anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. O objetivo da revisão anual
é evitar a perda do poder de compra dos salários dos servidores públicos.

§ 2º O limite único da remuneração e do subsídio dos ocupantes de cargos, funções e


empregos públicos da Administração Direta, Autárquica e Fundacional, dos membros de
qualquer dos Poderes do Estado, dos agentes políticos, dos membros do Ministério Público
e dos Tribunais de Contas, da Defensoria Pública e dos proventos, das pensões ou de outra
espécie remuneratória, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, é o
subsídio mensal dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros
e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, excetuando-se do disposto neste parágrafo os subsídios dos Deputados Estaduais.

A Emenda à Constituição Federal nº 47/2005 estabeleceu a possibilidade de que os Estados e o Distrito


Federal, mediante emenda à Constituição Estadual, fixem um subteto único. É que o § 2º do art. 39 da CE/PA
fez em relação aos Poderes do Estado. No Estado do Pará, ao invés de termos subtetos específicos por Poder,
há um subteto único do Estado, que é o subsídio dos desembargadores do Tribunal de Justiça. Destaque-
se, contudo, que esse limite não é aplicável aos Deputados Estaduais.

§ 3° - Lei do Estado e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor
remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37,
XI da Constituição Federal.

O art. 37, inciso XI, da CF/88, é o dispositivo que versa sobre o teto remuneratório na Administração Pública:
o subsídio mensal dos Ministros do STF. Uma lei estadual ou municipal poderá definir a relação entre a
maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observado o teto remuneratório.

§ 4° - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Secretários Estaduais e


Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única,
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto
no art. 37, X e XI da Constituição Federal.

Esse dispositivo elenca os servidores públicos que são remunerados por meio de subsídio: os membros de
Poder, o detentor de mandato eletivo, os Secretários Estaduais e Municipais. O subsídio é uma forma de
remuneração fixada em parcela única, sem acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio,
verba de representação ou outra espécie remuneratória.

§ 5° - Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do


subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.

A obrigação de publicar anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos


públicos do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário está em plena conformidade com o princípio da
transparência na gestão pública.

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§ 6° - Lei do Estado e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários


provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação,
para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,
treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do
serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.

A lógica desse dispositivo é a de que criar uma sistemática de aplicação de recursos que “sobraram” no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento,
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou
prêmio de produtividade.

§ 7° - A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada


nos termos do § 4°.

Os servidores públicos organizados em carreira também poderão ser remunerados por meio de subsídio,
facultativamente.

§ 8° - É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos para o efeito de remuneração


de pessoal do serviço público.

§ 9° - Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados


nem acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob qualquer
fundamento;

O § 8° veda a vinculação de quaisquer espécies remuneratórias para efeito de remuneração de pessoal do


serviço público. Não é possível estabelecer, por exemplo, que um Auditor-Fiscal da SEFAZ-PA receberá 90%
do que recebe um Juiz Estadual.

O § 9° impede o “efeito repique” nas remunerações dos servidores públicos. O “efeito repique” seria a
incidência de gratificações “em cascata”, ou seja, a incidência cumulativa de gratificações. Nesse sentido, o
parâmetro para incidência das gratificações deverá ser sempre o mesmo: o vencimento percebido pelo
servidor público.

§ 10 - É vedada a percepção simultânea de proventos da aposentadoria decorrentes do art.


40 ou dos arts. 42 e 142, todos da Constituição Federal, com a remuneração do cargo,
emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, ou cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre
nomeação e exoneração.

Um servidor público não poderá, em regra, acumular o recebimento de uma aposentadoria com a
remuneração de um cargo, emprego ou função pública. Isso será possível apenas quando se tratar de cargos
acumuláveis, cargos coletivo e cargos em comissão.

§ 11 - Salvo nos casos previstos em lei, é vedada a participação de servidores públicos no


produto de arrecadação de tributos e multas, inclusive de dívida ativa.

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Essa é uma regra interessante prevista na Constituição Estadual do Pará. Segundo o dispositivo
supratranscrito, a regra geral é a proibição de que servidores públicos tenham participação no produto da
arrecadação de tributos e multas, inclusive da dívida ativa. Essa não é, todavia, uma vedação absoluta; em
casos previstos em lei, os servidores públicos poderão participar do produto da arrecadação de tributos e
multas.

§12. É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao


exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo.

Esse dispositivo busca evitar que as gratificações recebidas por exercício de função de confiança ou de cargo
em comissão sejam incorporadas à remuneração dos servidores. Uma vez perdida a função de confiança ou
o cargo em comissão, o servidor deixará automaticamente de receber a gratificação correspondente.

Art. 40. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 1° - O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa.

§ 2° - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado,
e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.

§ 3° - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em


disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.

§ 4° - Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de


desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

§ 5° - A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da


administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

De acordo com a Constituição Federal, a estabilidade se aplica aos servidores públicos estatutários
ocupantes de cargos efetivos, e são necessários quatro requisitos:

a) Aprovação em concurso público;

b) Nomeação para cargo público efetivo.

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c) 3 (três) anos de efetivo exercício do cargo.

d) Avaliação especial de desempenho por comissão instituída para esse fim (art. 41, § 4º, CF/88).

Vale lembrar que o termo inicial para contagem do prazo para aquisição de estabilidade é a data da entrada
em exercício (e não a data da posse ou da nomeação!).

O servidor estável somente poderá perder o cargo nas hipóteses previstas no art. 41, § 1º e no art. 169, § 3º
da CF/88. São elas:

a) Sentença judicial transitada em julgado. Suponha que uma decisão judicial transitada em julgado
condene o servidor por improbidade administrativa. Uma das consequências será a perda do cargo
público.

b) Processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. Após um processo
administrativo regular, o servidor público que cometeu alguma falta grave poderá ser demitido,
perdendo o cargo público.

c) Procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada


ampla defesa. O servidor também poderá perder o cargo por insuficiência de desempenho.

d) Excesso de despesa com pessoal (art. 169, § 3º, CF/88). As despesas com pessoal estão limitadas
pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000). Caso esses limites sejam descumpridos, o Poder
Executivo deverá adotar certas medidas: i) redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em
comissão e funções de confiança; ii) exoneração de servidores não-estáveis. Se essas medidas não
forem suficientes, o servidor estável pode vir a perder o cargo.

O §2° do art. 40 da CE/PA cuida da reintegração. Trata-se de forma de provimento que se aplica quando um
servidor estável é demitido e, depois, retorna ao cargo anteriormente ocupado, por ter sua demissão
invalidada por sentença judicial.

O dispositivo versa, também, sobre a hipótese de recondução, que se caracteriza pelo retorno de servidor
estável ao seu cargo de origem, em razão da reintegração de servidor que anteriormente ocupava o cargo.
Neste caso, não haverá qualquer indenização ao servidor que tenha sido reconduzido. Além disso, este
servidor também poderá ser aproveitado em outro cargo ou colocado em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.

O §3°, ao seu turno, dispõe sobre a possibilidade de o servidor ser colocado em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até ser aproveitado em outro cargo, quando o seu for
extinto ou for declarado desnecessário.

Art. 41. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI do art. 37
da Constituição Federal:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

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c) a de dois cargos privativos de médico;

Parágrafo único - A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange


autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente pelo poder público.

Art. 42. Revogado

A regra é a impossibilidade da acumulação remunerada de cargos públicos. Contudo, assim como previsto
na Constituição Federal de 1988, a Carta Estadual estabelece exceções à regra geral de proibição de
acumulação de cargos. Assim, quando houver compatibilidade de horários, são admissíveis a acumulação
de:

a) 2 cargos de professor;
b) 1 cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.

Vale destacar que a Carta Magna estabelece, ainda, outras possibilidades de acumulação de cargos.
Vejamos quais são elas:

a) Acúmulo do cargo de vereador e outro cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do
cargo eletivo (Art. 38, III, CF/88);
b) Permissão para que juízes exerçam o magistério (Art. 95, parágrafo único, I, CF/88);
c) Permissão para que membros do Ministério Público exerçam o magistério (Art. 125, § 5º, II, “d”,
CF/88).

Essa proibição de acumular estende-se a empregos e funções em autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista.

Destaque-se, porém, que, em todo e qualquer caso de acumulação remunerada de cargos, haverá
necessidade de compatibilidade de horários.

Art. 43. A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma
da lei.

Esse dispositivo, que também tem previsão na CF/88, destaca a importância da Administração Fazendária e
de seus servidores para o Estado. A administração fazendária e seus agentes fiscais de rendas têm, dentro
de sua área de competência, precedência sobre os demais setores administrativos.

Art. 44. Ao servidor público em exercício de mandato eletivo aplicam-se as seguintes


disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu


cargo, emprego ou função;

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II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-


lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá


as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo
eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;

V- na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá


filiado a este regime, no ente federativo de origem.

Qualquer que seja o mandato eletivo federal ou estadual, o servidor ficará afastado do seu cargo, emprego
ou função. Não importa se ele está ocupando um cargo no Poder Executivo (Presidente ou Governador) ou
no Poder Legislativo (Senador, Deputado Federal ou Deputado Estadual). Destaque-se que essa regra de
afastamento vale tanto para os servidores ocupantes de cargo efetivo quanto para os ocupantes de cargo
em comissão.

Vejamos, então, no esquema a seguir, as regras aplicáveis aos servidores que estiverem no exercício de
mandato eletivo:

Cargo Eletivo Regra Remuneração


Cargos do Executivo Afastamento do cargo efetivo A remuneração percebida será a do
ou do Legislativo ou em comissão, função ou cargo eletivo.
Federal, Estadual ou emprego público.
Distrital
Prefeito Afastamento do cargo efetivo O servidor poderá optar pela
ou em comissão, função ou remuneração do cargo eletivo ou pela
emprego público. remuneração do cargo efetivo ou em
comissão, função ou emprego
público.
Vereador Caso haja compatibilidade de Receberá as duas remunerações.
horários, poderá acumular o
cargo político com o cargo
efetivo ou em comissão, função
ou emprego público.
Caso não haja compatibilidade Poderá optar pela remuneração de
de horários, será afastado do qualquer um deles.
cargo efetivo ou em comissão,
função ou emprego público.

Destaque-se que, em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.

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Art. 45. Os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, são militares do
Estado.

§ 1°. As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são asseguradas
em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados da Polícia Militar e do Corpo
de Bombeiros Militar, sendo-lhes privativos os títulos, postos e uniformes militares.

§ 2°. As patentes dos oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar são
conferidas pelo Governador do Estado.

Os militares do Estado do Pará são os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar.

As patentes dos oficiais militares, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo
Governador do Estado e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-
lhes privativos os títulos, postos e uniformes militares.

§ 3º O militar em atividade que tomar posse em cargo, emprego ou função público civil
permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, da Constituição Federal,
com prevalência da atividade militar, será transferido para a reserva, nos termos da lei.

§ 4º O militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função
público civil temporária, não eletiva, ainda que da Administração Pública indireta,
ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, da Constituição Federal, com
prevalência da atividade militar, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá,
enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o
tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo
depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos
termos da lei.

O militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente será transferido
para a reserva, nos termos da lei. Caso tome posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária,
não eletiva, ainda que da administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá,
enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço
apenas para promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos
ou não, transferido para a reserva.

§ 5°. Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve.

§ 6°. O militar, enquanto em efetivo serviço, não pode estar filiado a partido político

Nos §§ 5° e 6° são listados dois direitos dos quais os militares são excepcionados. São proibidas a
sindicalização e a greve dos servidores públicos militares, bem como é vedado que se filiem a partido
político enquanto em efetivo serviço.

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§ 7°. O oficial da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar só perderá o posto e a


patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão do
Tribunal competente, em tempo de paz, ou de Tribunal especial, em tempo de guerra.

§ 8°. O oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior
a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto
no parágrafo anterior.

O oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou se agir de modo incompatível
com ele, a depender de decisão do Tribunal de Justiça, em tempo de paz, ou de Tribunal Especial, em tempo
de guerra. Esses tribunais também deverão julgar o militar que for condenado a pena privativa de liberdade,
em sentença transitada em julgado, por período superior a dois anos.

§ 9°. A transferência voluntária do servidor militar estadual para a inatividade remunerada


será concedida aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco anos de serviço se
mulher, com os proventos definidos em lei.

O militar ingressa na inatividade quando passa para a Reserva. Ao passar para a Reserva, continua mantendo
vínculos com a respectiva Força Armada, ficando pronto para ser convocado. Essa obrigação só desaparece
com a reforma, por idade ou por incapacidade física.

Na prática, os militares em inatividade, observados sua condição física e o limite de idade para a Reforma,
encontram-se "em disponibilidade remunerada", situação determinada pelas condições relativas à carreira,
mais especificamente, o fluxo de carreira, a rotatividade nos cargos e os limites de idade para cada posto ou
graduação, tudo isto visando à consequente e necessária renovação dos efetivos da Força 1.

A transferência do servidor militar para a inatividade remunerada será concedida:

- homens: após 30 anos de serviço;


- mulheres: após 25 anos de serviço.

§ 10. Aplica-se aos militares referidos neste artigo, e a seus pensionistas, o disposto no art.
40, §§ 7° e 8° da Constituição Federal, e no art. 33, §§ 7° e 8° desta Constituição.

A Constituição do Estado do Pará estendeu aos militares aquilo que foi definido na CF/88 para a pensão por
morte de servidor público civil e sobre reajuste de benefícios.

Art. 46. Para acesso à carreira do oficialato, será condição básica a posse de curso de
formação de oficial realizado na Corporação ou em outra Polícia Militar ou Corpo de
Bombeiros Militar, conforme o disposto em legislação específica.

1
Informação: Ministério da Defesa – Exército Brasileiro: http://www.eb.mil.br/a-inatividade

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Para ingressar na carreira militar e obter o oficialato é obrigatório posse em curso de formação de oficial
realizado pela Corporação ou em outra Polícia Militar ou Corpo de Bombeiros Militar.

Art. 47. O militar alistável é elegível, respeitadas as condições previstas no art. 14, § 8°, da
Constituição Federal.

Os militares são elegíveis, mas há peculiaridades. Se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se
da atividade. Por outro lado, se tiver mais de 10 anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e,
se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação para a inatividade. Perceba que, nesse caso, o
militar se conservará ativo até a diplomação.

Sabe-se que uma das condições de elegibilidade é a filiação partidária. Mas o art. 143, §3º, V, da CF/88 veda
a filiação do militar a partido político. Porém, o TSE, diante dessa situação, determinou que, caso o militar
venha a candidatar-se, a ausência de prévia filiação partidária (uma das condições de elegibilidade) será
suprida pelo registro da candidatura apresentada pelo partido político e autorizada pelo candidato.

Art. 48. Aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV e
no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da
atividade militar, o disposto no art. 37, inciso XVI, da Constituição Federal, além de outros
direitos previstos em lei, que visem à melhoria de sua condição social e os seguintes:

Antes de conhecer os benefícios especificamente definidos pela Constituição do Pará para seus servidores
militares, vamos ver os previstos na CF/88 que a eles se estendem.

O art. 7°, CF/88, trata de alguns dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais que a Constituição do Pará
também previu para seus servidores militares. São eles:

a) 13º salário;
b) salário-família pago em razão de dependente de servidor de baixa renda;
c) férias anuais com direito ao terço constitucional de férias;
d) licença à gestante e licença paternidade.

No art. 37, CF/88, foram enumerados princípios que a administração pública de todos os entes deve seguir:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Além disso, há uma série que imposições
que deverão observar, dentre elas, algumas aplicadas aos servidores militares:

a) a remuneração dos servidores deverá o teto estabelecido para o Estado que é o subsídio mensal
dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, que corresponde a 90,25% do subsídio dos Ministros
do STF;
b) é vedada a vinculação ou equiparação de remunerações (visa impedir reajustes automáticos ou
aumentos em cascata);
c) acréscimos pecuniários não são considerados para acréscimos posteriores (proibição de incidência
cumulativa de gratificações);
d) os subsídios e vencimentos são irredutíveis.

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Agora, veremos os benefícios especificamente previstos na Constituição do Pará para seus servidores
militares:

I - irredutibilidade de vencimentos, e a remuneração observará o disposto nos § § 2° e 3°


do art. 39 desta Constituição, e nos arts. 150, II, 153, III e 153, § 2°, I, da Constituição
Federal;

II - gratificação de risco de vida, correspondente, pelo menos, a 50% do vencimento base;

III - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do Estado, na forma da lei;

IV - adicional de interiorização, na forma da lei.

V - licença maternidade ou licença adotante, sem prejuízo da remuneração e de vantagens,


com duração de cento e oitenta dias.

O Estado deve garantir aos militares:

a) irredutibilidade dos vencimentos, observado o limite máximo que é o subsídio dos


Desembargadores do Tribunal de Justiça e, caso o Estado estabeleça, a relação entre a maior e a
menor remuneração dos servidores públicos;
b) gratificação de risco de vida equivalente a 50% do vencimento base;
c) seguro contra acidentes de trabalho a ser pago pelo Estado;
d) adicional de interiorização aos militares que prestem serviços em unidades, subunidades,
guarnições e destacamento policiais militares sediados no interior do Estado do Pará.

Art. 49. Aplicam-se, mais, aos militares as seguintes disposições:

I - investidura, através de concurso público, respeitados a ordem de classificação e o


aproveitamento em curso ou estágio de formação e adaptação;

II - prazo de validade do concurso público de dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;

III - promoção, por merecimento e antigüidade, de acordo com a proporcionalidade


estabelecida na legislação própria.

O art. 49 da Constituição do Estado do Pará estabeleceu que os servidores militares serão admitidos
mediante concurso público, que deve contar com uma fase de curso de formação e adaptação. Tal concurso
terá validade de 2 anos, sendo permitido prorrogar uma única vez e por igual período. A promoção se dá por
antiguidade e merecimento, observado o estabelecido em legislação própria.

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Organização Regional

Art. 50. A organização regional tem por objetivo:

I - o planejamento regionalizado para o desenvolvimento econômico e social;

II - a articulação, integração, desconcentração e descentralização dos diferentes níveis de


governo e das entidades da administração pública direta e indireta com atuação na região;
III - a gestão adequada dos recursos naturais e a proteção ao meio ambiente;

IV - a integração do planejamento e da execução de funções públicas de interesse comum;

V - a redução das desigualdades regionais e sociais;

VI - a participação da sociedade civil organizada no planejamento regional, bem como na


fiscalização dos serviços e funções públicas de interesse comum, na forma da lei.

§ 1°. A organização regional será regulamentada mediante lei complementar que, dentre
outras disposições, instituirá a regionalização administrativa e estabelecerá seus limites,
competências e sedes.

§ 2°. O Estado poderá, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,


aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por grupamentos de Municípios
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas
de interesse comum.

§ 3°. Os Municípios que integrarem grupamentos previstos neste artigo, não perderão nem
terão limitada sua autonomia política, financeira e administrativa.

O Estado do Pará poderá, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações
urbanas e microrregiões, constituídas por grupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Essa é a atividade de
organização regional, cujos objetivos estão elencados no art. 50, da Constituição Estadual.

A organização regional é regulamentada por lei complementar que, dentre outras disposições, instituirá a
regionalização administrativa e estabelecerá seus limites, competências e sedes. Cabe destacar que os
Municípios que integrarem grupamentos oriundos da integração regional (microrregiões, regiões
metropolitanas, etc), não perderão nem terão limitada sua autonomia política, financeira e administrativa.

DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL
O Estado do Pará é dividido em Municípios, dotados de autonomia política, administrativa e financeira, nos
termos assegurados pela CF/88 e pela Constituição Estadual. O Município é regido por Lei Orgânica, que é
votada em dois turnos (interstício mínimo de 10 dias) e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara
Municipal, que é responsável por sua promulgação.

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Segundo o art. 53, da Constituição Estadual, os Municípios poderão celebrar convênios e acordos com a
União, o Estado e outros Municípios, para a execução de suas leis, serviços ou decisões. Os Municípios
também possuem competência para constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens,
serviços e instalações.

É possível a modificação dos limites territoriais dos Municípios do Estado do Pará, procedimento que é
regulado pelo art. 55, da Constituição Estadual.

Art. 55. Os Municípios poderão modificar os seus limites territoriais, se houver acordo
entre os Prefeitos dos Municípios interessados, ratificado pelas respectivas Câmaras
Municipais e referendado pelos eleitores domiciliados na área de plebiscito.

§ 1°. O plebiscito de que trata este artigo será realizado dentro de noventa dias, contados
da data da publicação do ato que o aprovou, e as despesas decorrentes da sua realização
serão custeadas pelo Poder Executivo Estadual.

§ 2°. Não havendo o acordo previsto no caput deste artigo, até cento e vinte dias após o
protocolo da proposta, o processo poderá iniciar-se por solicitação de 15% (quinze por
cento) do eleitorado da área territorial interessada, exigido parecer técnico sobre a
viabilidade econômica do Município do qual faz parte a área em questão.

§ 3°. Satisfeitas as condições do parágrafo anterior, a Assembleia Legislativa funcionará


como árbitro, decidindo sobre o plebiscito, independentemente de suas outras atribuições.

§ 4°. Além dos requisitos mencionados neste artigo, a modificação dos limites territoriais
dos Municípios depende de lei estadual.

A alteração dos limites territoriais depende, em primeiro lugar, de um acordo celebrado entre os Prefeitos
dos Municípios interessados. Além disso, o acordo deverá ser ratificado pelas Câmaras Municipais e
referendado pelos eleitores, mediante plebiscito.

O art. 83 da Constituição Estadual do Pará dispõe que a criação, a incorporação, a fusão e o


desmembramento de Municípios será feita por lei estadual. Alguns requisitos precisam ser observados; tais
requisitos derivam da própria Constituição Federal de 1988.

Mas, afinal, o que diz a Constituição Federal?

Art.18-...........................................................................

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei


estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos
de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

Da leitura do dispositivo supratranscrito, percebe-se que são necessários os seguintes requisitos para a
criação, incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios:

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1) Lei ordinária estadual responsável pela criação, incorporação, a fusão e o desmembramento. É a


lei que efetiva a criação do Município.

2) A lei ordinária estadual deverá ser publicada dentro do período determinado por lei
complementar federal.

3) Há necessidade de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios


envolvidos.

4) Deve ser aprovada lei ordinária federal estabelecendo os requisitos genéricos para a criação,
incorporação, fusão e desmembramento de Municípios.

5) Devem ser divulgados Estudos de Viabilidade Municipal, na forma da lei. A consulta às populações
envolvidas deverá ser posterior à divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal.

Mudando de assunto, quais são as competências dos Municípios do estado do Pará?

As competências dos Municípios do Estado do Pará estão relacionadas no art. 56 da Constituição Estadual,
abaixo transcrito.

Art. 56. Além do exercício da competência comum com a União e o Estado e de sua
competência tributária, prevista na Constituição Federal, compete aos Municípios:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados
em lei;

IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços


públicos de interesse local, incluído e de transporte coletivo que tem caráter essencial;

VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de


educação pré-escolar e de ensino fundamental;

VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de


atendimento à saúde da população;

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante


planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e


ação fiscalizadora federal e estadual.

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Importante regra também é trazida pelo art. 57 da CE/PA: os Municípios poderão instituir fundos municipais
de desenvolvimento para executar as funções públicas de interesse comum.

Art. 84. O Estado não intervirá nos Municípios, exceto quando:

I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida
fundada;

II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;

III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino;

IV - O Tribunal de Justiça do Estado der provimento a representação para assegurar a


observância de princípios indicados nesta Constituição, ou para prover a execução de lei,
de ordem ou de decisão judicial.

Parágrafo único. Durante o período da intervenção, a lei orgânica não poderá ser alterada,
salvo se a intervenção foi decretada em decorrência de fatos gerados pela ilegalidade ou
inconstitucionalidade da mesma.

Art. 85. A decretação da intervenção dependerá:

I - nos casos dos incisos I, II e III, do artigo anterior, de representação fundamentada da


Câmara Municipal ou do Tribunal de Contas dos Municípios;

II - no caso do inciso IV, do artigo anterior, de solicitação do Tribunal de Justiça do Estado.

§ 1°. O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de


execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação da
Assembleia Legislativa, no prazo de vinte e quatro horas.

§ 2°. Se não estiver funcionando a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação


extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.

§ 3°. No caso do art. 84, IV, dispensada a apreciação pela Assembleia Legislativa, o decreto
limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao
restabelecimento da normalidade.

§ 4°. Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes


voltarão, salvo impedimento legal.

§ 5°. O interventor, no prazo de trinta dias após a cessação da intervenção, encaminhará à


Assembleia Legislativa, por intermédio do Governador, relatório circunstanciado sobre
seus atos, devendo sobre a matéria o Tribunal de Contas dos Municípios emitir parecer.

A pergunta que devemos fazer agora é a seguinte: em que situações o Estado irá intervir nos Municípios?

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A Constituição Federal de 1988 tratou sobre o tema em seu art. 35, norma esta que foi parcialmente
reproduzida pela Constituição Estadual do Pará. As hipóteses de intervenção do Estado nos municípios são
as seguintes:

a) deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;

b) não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;

c) não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;

d) Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios


indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão
judicial.

Comparando o texto da CF/88 com a Constituição Estadual, verificamos uma diferença. Na CF/88, uma das
hipóteses de intervenção do Estado nos municípios é quando não tiver sido aplicado o mínimo exigido da
receita municipal nos serviços públicos de saúde. Apesar de ela não estar explícita na Constituição Estadual,
essa hipótese de intervenção deve ser entendida como aplicável no âmbito do Pará em virtude de expresso
comando da CF/88.

O decreto de intervenção será submetido, no prazo de 24 horas, à apreciação da Assembleia Legislativa, a


qual, se não estiver reunida, será convocada extraordinariamente, no mesmo prazo. O referido decreto
especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e, se couber, nomeará interventor. Durante o
período da intervenção, a lei orgânica não poderá ser alterada, salvo se a intervenção foi decretada em
decorrência de fatos gerados pela sua ilegalidade ou inconstitucionalidade.

Por último, cabe destacar que, uma vez cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de
seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. O interventor, no prazo de trinta dias após a cessação
da intervenção, encaminhará à Assembleia Legislativa, por intermédio do Governador, relatório
circunstanciado sobre seus atos, devendo sobre a matéria o Tribunal de Contas dos Municípios emitir
parecer.

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (Questão Inédita) A elaboração das Constituições Estaduais é manifestação do Poder Constituinte
Derivado Decorrente.

Comentário:

É isso mesmo! O Poder Constituinte Derivado Decorrente se manifesta por meio da elaboração das
Constituições Estaduais. Questão correta.

2. (Questão Inédita) Segundo a Constituição do Estado do Pará, a Administração Pública deverá


observar os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência, publicidade e participação
popular.

Comentários:

Isso é exatamente o que está previsto no art. 20 da Constituição Estadual do Pará. Questão correta.

3. (Questão Inédita) Somente por lei específica poderá ser autorizada a criação de autarquia e
fundação pública, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

Comentário:

As autarquias são diretamente criadas por lei específica, e não autorizadas, na forma do art. 21 da CE/PA.
Questão errada.

4. (CETAP/ MPC-PA – Analista Direito – 2015) Na Constituição do Estado do Pará, apenas não se refere
a regra atinente ao “Controle dos atos da Administração Pública”:

a) A incorporação, a subdivisão ou o desmembramento do Estado, para anexação a outros, ou formação


de novos Estados ou Territórios Federais, só poderá ocorrer mediante aprovação da população, a ser
definida em lei, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

b) A administração pública deve realizar o controle interno, finalístico e hierárquico de seus atos,
visando a mantê-los dentro dos princípios fundamentais previstos nesta Constituição, adequando-os as
necessidades do serviço e as exigências técnicas, econômicas e sociais.

c) A administração pública tornará nulos seus atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, bem
como deverá revoga-los por motivo de conveniência ou oportunidade, observado, em qualquer caso, o
devido procedimento legal.

d) Os atos de improbidade administrativa importarão na perda da função pública, na indisponibilidade


dos bens e no ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal
cabível.

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e) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável, nos casos de dolo e culpa.

Comentários:

Todas as alternativas reproduzem dispositivos da CE/PA referentes ao controle dos atos da administração
pública, à exceção da alternativa A, que trata de alterações na estrutura dos Estados (art. 14, CE/PA).
Gabarito: Letra A.

5. (Questão inédita) O Estado responderá pelo dano que seus agentes causarem a terceiros apenas
em casos de evidente culpa ou dolo.

Comentário:

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público respondem
objetivamente pelo dano que seus agentes causarem a terceiros, independente da comprovação de culpa
ou dolo. É necessário, apenas, o nexo de causalidade entre a ação e o dano. A comprovação de culpa ou dolo
é necessária para que a Administração exerça o direito de regresso contra o responsável, nos termos do art.
27 da CE/PA. Questão errada.

6. (UEPA/ SEAD-PA – Fiscal de Receitas – 2013) A Constituição Estadual do Pará de 1989, dentro de
sua competência normativa, ao tratar dos servidores civis estaduais, estabelece uma vantagem
remuneratória que não consta do catálogo previsto na Constituição Federal para os servidores federais,
qual seja:

a) Licença Paternidade

b) Salário-família

c) Adicional de interiorização

d) Hora-extra

e) Repouso semanal remunerado

Comentário:

O art. 31 da CE/PA arrola os direitos assegurados os servidores públicos civis estaduais. Dentre eles, uma das
novidades na Constituição Paraense é o adicional de interiorização, na forma da lei, previsto no art. 31, VI,
CE/PA. Gabarito: C.

7. (Questão Inédita) Os cargos em comissão e as funções de confiança destinam-se ao exercício do


funções técnicas e de assessoramento.

Comentário:

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Os cargos em comissão, de livre nomeação, e as funções de confiança, exercidas exclusivamente por


servidores ocupantes de cargo efetivo, destinam-se ao exercício de funções de direção, chefia e
assessoramento, nos termos do art. 35, CE/PA. Questão errada.

8. (Questão Inédita) O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, constituída de


representantes do povo, eleitos pelo sistema majoritário, por voto direto e secreto.

Comentários:

Os membros da Assembleia Legislativa (Deputados estaduais) são eleitos pelo sistema proporcional. Questão
errada.

9. (Questão Inédita) A Assembleia Legislativa do Pará reunir-se-á, anualmente, na Capital do Estado,


independente de convocação, de 02 de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 20 de dezembro.

Comentários:

Esse é o período da sessão legislativa no estado do Pará, nos termos do art. 99 da CE/PA. Questão correta.

10. (UEPA/ SEAD-PA – Auditor Fiscal – 2013) Cabe a Assembleia Legislativa do Estado do Pará, segundo
a Constituição Estadual de 1989:

a) julgar, anualmente, as contas do Tribunal de Contas do Estado e do Tribunal de Contas dos Municípios.

b) a organização administrativa, judiciária, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Procuradoria-


Geral do Estado, do Tribunal de Contas do Estado e do Tribunal de Contas dos Municípios, sem
necessidade de sanção do Governador.

c) apreciar, anualmente, as contas de sua Mesa Diretora, após julgadas pelo Tribunal de Contas do Estado,
sem participação dos membros da Mesa, funcionando como Presidente, neste procedimento, o Deputado
mais idoso.

d) processar e julgar o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador-Geral do Estado, nos crimes de


responsabilidade, sob a direção do Presidente da Assembleia Legislativa.

e) partidos políticos, associação ou sindicato são parte legítima para, na forma da lei, denunciar crimes de
responsabilidade de quaisquer autoridades e irregularidades ou ilegalidades perante a Assembleia
Legislativa, devendo o cidadão fazer-se por eles representar.

Comentários:

Letra A: Dispõe o art. 92, XXX, da CE/PA, que compete exclusivamente à Assembleia Legislativa julgar,
anualmente, as contas do Tribunal de Contas do Estado. Alternativa incorreta.

Letra B: Nos termos do art. 91, VIII, CE/PA, trata-se de competência a ser submetida à sanção do Governador.
Alternativa incorreta.

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Letra C: A alternativa C reproduz fielmente o art. 92, XXIX, da CE/PA. Alternativa correta.

Letra D: Nesta hipótese, funcionará como Presidente o do Tribunal de Justiça do Estado, conforme o art. 92,
parágrafo único, da CE/PA. Alternativa incorreta.

Letra E: Por força do art. 94, CE/PA, qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte
legítima para, na forma da lei, denunciar crimes de responsabilidade de quaisquer autoridades e
irregularidades ou ilegalidades perante a Assembleia Legislativa. Alternativa incorreta.

11. (Questão Inédita) Os Deputados não poderão, desde a expedição do diploma, firmar ou manter
contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista
ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes.

Comentários:

É o que dispõe o art. 96, inciso I, da Constituição Estadual do Pará. Questão correta.

12. (Questão Inédita) Compete exclusivamente à Assembleia Legislativa julgar, anualmente, as contas
prestadas pelo Governador e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de Governo.

Comentários:

O julgamento das contas do Governador, assim como a apreciação dos relatórios sobre a execução dos
planos de governo, compete à Assembleia Legislativa. Questão correta.

13. (Questão Inédita) As comissões, permanentes ou temporárias, podem convocar Secretários de


Estado para prestarem informações sobre os assuntos inerentes a suas atribuições.

Comentários:

De fato, as comissões podem convocar Secretários de Estado para prestarem informações sobre os assuntos
inerentes a suas atribuições. Trata-se de competência que viabiliza o controle, pelo Poder Legislativo, da
execução de políticas públicas. Questão correta.

14. (Questão inédita) No Estado do Pará, há a possibilidade iniciativa popular para apresentação de
projeto de lei, mas não de projeto de emenda à Constituição.

Comentário:

O art. 103, V, da Constituição do Pará prevê a possibilidade de iniciativa popular de emendas constitucionais,
diferentemente do que ocorre na Constituição Federal. Questão errada.

15. (Questão Inédita) A matéria constante no projeto de lei rejeitado não poderá, em qualquer
hipótese, constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa.

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Comentário:

Lembre-se, a irrepetibilidade não é absoluta. Poderá haver novo projeto com a mesma matéria caso este
seja proposto por maioria absoluta dos membros da Assembleia. Questão errada.

16. (Questão inédita) Cabe à Assembleia Legislativa do Estado a iniciativa de lei sobre regime de
previdência dos militares, o regime de previdência e o regime jurídico único dos servidores públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, incluídos o provimento de cargo e a estabilidade.

Comentário:

Esta é uma matéria de iniciativa privativa do Governador do Estado do Pará. Questão errada.

17. (Questão inédita) A Constituição Estadual poderá ser emendada mediante iniciativa de 1/3, no
mínimo, dos membros da Assembleia Legislativa.

Comentário:

De fato, esta é uma das hipóteses de legitimidade para propositura de emenda à Constituição Estadual (art.
103, CE/PA). Questão correta.

18. (Questão inédita) Caso um projeto de lei seja vetado pelo Governador do Estado, este veto poderá
ser derrubado por voto de maioria absoluta dos Deputados Estaduais.

Comentário:

É exatamente isto que dispõe o § 4º do art. 108 da CE/PA:

§ 4º – O veto será apreciado dentro de trinta dias, a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado
pelo voto da maioria absoluta dos Deputados, em escrutínio secreto.

Questão correta.

19. (Questão inédita) O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com auxílio
do Tribunal de Contas do Estado.

Comentário:

De fato, o controle externo compete à Assembleia Legislativa, que, nessa tarefa, recebe o auxílio do Tribunal
de Contas do Estado, nos termos do art. 116, CE/PA. Questão correta.

20. (Questão inédita) Caso detecte irregularidade, o Tribunal de Contas do Estado do Pará poderá
sustar atos e contratos impugnados e comunicar a decisão à Assembleia Legislativa.

Comentário:

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De fato, o TCE/PA tem competência para sustar atos administrativos. Contudo, a sustação de contratos
administrativos é competência da Assembleia Legislativa (art. 116, §1º, CE/PA) Questão errada.

21. (AOCP/ TCE-PA – Analista de Controle Externo – 2012) De acordo com a Constituição Estadual,
analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. I. Os Conselheiros, nos casos de crimes
comuns e nos de responsabilidade, serão processados e julgados, originariamente, pelo Supremo Tribunal
Federal. II. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária.
III. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denuncia irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado. IV. O Tribunal de Contas
do Estado prestará suas contas, anualmente, à Assembleia Legislativa, no prazo de sessenta dias da
abertura da sessão legislativa.

a) Apenas I e III.

b) Apenas III e IV.

c) Apenas I e II.

d) Apenas II, III e IV.

e) I, II, III e IV.

Comentários:

O único item incorreto é o I, já que, na forma do art. 119, §4º, da CE/PA, os Conselheiros, nos casos de crimes
comuns e nos de responsabilidade, serão processados e julgados, originariamente, pelo Superior Tribunal
de Justiça. Resposta: Letra D.

22. (Questão inédita) Nos termos da Constituição do Estado do Pará, é de competência do Tribunal de
Contas Estadual avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual.

Comentário:

Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual é uma das atribuições do controle interno
(art. 121, I, CE/PA). Questão errada.

23. (Questão inédita) Os responsáveis pole controle interno, ao tomarem conhecimento de


irregularidade e dela não darem ciência ao Tribunal de Contas do Estado, estarão sujeitos à
responsabilidade subsidiária.

Comentário:

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Cuidado! Consoante prevê o art. 121, §1º, CE/PA, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas, sob pena
de responsabilidade solidária. Questão errada.

24. (Questão inédita) Além do controle interno e externo, há a possibilidade de haver controle
popular, por meio de qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato, que podem, na forma da
lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades de atos dos agentes públicos.

Comentário:

É isso mesmo! A assertiva está de acordo com o art. 121, §2º, da CE/PA:

Art. 121 – §2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da
lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado.

Questão correta.

25. (CESPE/ MPC-PA – Analista Ministerial - 2019) Com referência às normas da Constituição do Estado
do Pará aplicáveis ao controle externo, é correto afirmar que

a) o Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE/PA) deverá prestar suas contas, anualmente, à Assembleia
Legislativa do Pará, no prazo de 60 dias, contado da abertura da sessão legislativa.

b) os tribunais de contas dos municípios do estado do Pará deverão prestar suas contas, anualmente, à
Assembleia Legislativa do Pará, no prazo de 90 dias, contado da abertura da sessão legislativa.

c) o acesso a processos de diligências, de inspeções, de auditorias e de contas dos Poderes Legislativo,


Executivo e Judiciário é vedado a deputado estadual, no tribunal de contas estadual, antes do julgamento
desses processos pelo tribunal.

d) os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Pará serão processados e julgados, originariamente,


nos casos de crimes comuns, pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará.

e) o auditor do Tribunal de Contas do Estado do Pará, enquanto estiver substituindo um conselheiro do


tribunal, terá as mesmas garantias e impedimentos de um juiz de direito de última entrância.

Comentários:

Letra A: É exatamente o que dispõe o art. 122 da CE/PA. Alternativa correta.

Letra B: Na verdade, o prazo para prestação de contas é de 60 dias, nos termos do art. 122 da CE/PA.
Alternativa errada.

Letra C: Consoante determina o art. 116, §5º, CE/PA, é assegurado ao Deputado Estadual, no Tribunal de
Contas do Estado, acesso a processos de diligências, inspeções, auditorias e de contas, dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, independentemente de já terem sido julgados pelo Tribunal. Alternativa
errada.

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Letra D: Na forma do art. 119, §4º, da CE/PA, os Conselheiros, nos casos de crimes comuns e nos de
responsabilidade, serão processados e julgados, originariamente, pelo Superior Tribunal de Justiça.
Alternativa errada.

Letra E: O Auditor, quando em substituição a Conselheiro, terá as mesmas garantias e impedimentos do


titular (art. 119, §3º). Alternativa errada.

26. (Questão Inédita) Nos termos da Constituição do Estado do Pará, em caso de impedimento do
Governador e do Vice-Governador, serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança

a) o Presidente da Assembleia Legislativa, o Presidente do Tribunal de Justiça, o 1° Vice-Presidente da


Assembleia Legislativa e o Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado.

a) o Presidente da Assembleia Legislativa, o 1° Vice-Presidente da Assembleia Legislativa, o Presidente do


Tribunal de Justiça e o Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado.

a) o Presidente da Assembleia Legislativa, o Presidente do Tribunal de Justiça, o Vice-Presidente do


Tribunal de Justiça do Estado e o 1° Vice-Presidente da Assembleia Legislativa.

a) o Presidente da Assembleia Legislativa, o Presidente do Tribunal de Justiça, o 1° Vice-Presidente da


Assembleia Legislativa e o 2° Vice-Presidente da Assembleia Legislativa

a) o Presidente do Tribunal de Justiça, o Presidente da Assembleia Legislativa, o 1° Vice-Presidente da


Assembleia Legislativa e o Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado.

Comentários:

Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, serão


sucessivamente chamados ao exercício da Governança na ordem: i) o Presidente da Assembleia Legislativa;
ii) o Presidente do Tribunal de Justiça, iii) o 1° Vice-Presidente da Assembleia Legislativa e; iv) o Vice-
Presidente do Tribunal de Justiça do Estado. (art. 130, CE/PA)

O gabarito é a letra A.

27. (Questão Inédita) O Governador e o Vice-Governador do Pará deverão residir na região


metropolitana de Belém.

Comentários:

É exatamente isso que prevê o art. 132 da Constituição Estadual. Questão correta.

28. (Questão Inédita) De acordo com a CE/PA, vagando os cargos de Governador e Vice-Governador no
penúltimo ano do mandato, far-se-á eleição, pela Assembleia Legislativa, até noventa dias depois de
aberta a última vaga.

Comentários:

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Ocorrendo a vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador no penúltimo ano do período


governamental, a eleição para ambos os cargos será feita, pela Assembleia Legislativa, até 30 (trinta) dias
depois da última vaga, na forma da lei (art. 131, § 1°, CE/PA). Questão errada.

29. (Questão Inédita) Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-
Governador do Estado do Pará, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será
declarado vago.

Comentários:

É isso mesmo! Se, dentro de 10 dias da data fixada para a posse, o Governador e o Vice-Governador não
assumirem o cargo, este será declarado vago. Questão correta.

30. (Questão Inédita) O Governador e o Vice-Governador não poderão, sem autorização da Assembleia
==1a153c==

Legislativa, ausentar-se da região metropolitana de Belém, por período superior a quinze dias
consecutivos, sob pena de perda do cargo.

Comentários:

É exatamente isso. Para que possam se ausentar da região metropolitana de Belém por mais de 15 dias, o
Governador e o Vice-Governador precisam de autorização da Assembleia Legislativa, sob pena de perderem
o cargo. Questão correta.

31. (Questão inédita) Os Secretários de Estado são livremente nomeáveis e exoneráveis pelo
Governador, sendo escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados, maiores de trinta e cinco anos e
no exercício dos direitos políticos.

Comentários:

Segundo o art. 138 da CE/PA, os Secretários de Estado são escolhidos entre brasileiros, maiores de 21 anos
e no exercício dos direitos políticos. Questão errada.

32. (Questão inédita) De acordo com a Constituição do Estado do Pará, compete privativamente ao
Tribunal de Justiça propor à Assembleia Legislativa a alteração do número de seus membros e a alteração
da organização e da divisão judiciárias.

Comentários:

É exatamente o que prevê o art. 160, VIII, da Constituição Estadual. Questão correta.

33. (Questão inédita) Regra constitucional paraense determina que a composição de um quinto dos
lugares dos Tribunais do Estado será de membros do Ministério Público com mais de dez anos de carreira
e de advogados de notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de 5 anos de efetiva atividade
profissional.

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Comentário:

De acordo com o art. 156 da CE/PA, os membros do Ministério Público deverão ter mais de 10 (dez) anos de
carreira. Já os advogados deverão ter notório saber jurídico e reputação ilibada, além de 10 (dez) anos de
efetiva atividade profissional. Questão errada.

34. (Questão Inédita) A proposta orçamentária do Poder Judiciário do Pará será elaborada pelo
Tribunal de Justiça, independentemente dos limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias.

Comentários:

O Tribunal de Justiça elaborará a proposta orçamentária do Poder Judiciário, dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias (158, CE/PA). Questão errada.

35. (Questão inédita) O exercício da função de Juiz de Paz é considerado de relevante interesse público,
por isso não é remunerada.

Comentário:

A função de Juiz de Paz, que é exercida por cidadão eleito pelo voto direto, secreto e universal, é
remunerada. Questão errada.

36. (Questão inédita) O próprio Tribunal de Justiça do Pará pode propor, à Assembleia Legislativa, a
alteração do número de seus membros e a criação de novas varas.

Comentário:

É exatamente isso que dispõem os incisos V e VIII, “a”, do art. 160 da Constituição do Pará. Questão correta.

37. (Questão inédita) O Tribunal de Justiça do Estado do Pará não tem competência, mesmo diante do
caso concreto, para declarar a inconstitucionalidade de lei federal.

Comentário:

Quando apreciar um fato concreto, qualquer juiz ou tribunal poderá declarar a inconstitucionalidade de lei
federal. No entanto, fique atento, pois o Tribunal de Justiça não julga uma ADI de ato federal. Questão
errada.

38. (Questão inédita) Consoante estabelece a CE/PA, o Procurador-Geral do Estado deverá ser,
previamente, ouvido nas ações diretas de inconstitucionalidade.

Comentário:

De acordo com o § 1º do art. 162 da CE/PA, é o Procurador-Geral de Justiça que deverá ser ouvido,
previamente, nas ações diretas de inconstitucionalidade. Questão errada.

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39. (Questão inédita) São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e
a independência funcional.

Comentários:

De fato, a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional são princípios institucionais do Ministério


Público, conforme art. 178, parágrafo único, da CE/PA. Questão correta.

40. (Questão Inédita) O Ministério Público do Estado do Pará tem por chefe o Procurador-Geral de
Justiça, nomeado pelo Governador do Estado dentre os integrantes da carreira, indicados em lista tríplice,
para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução.

Comentários:

A questão está quase perfeita. O erro está na parte final. É permitido que, após seu mandato, o PGJ seja
reconduzido, uma vez, na forma do art. 179, §2°, CE/PA. Questão errada.

41. (Questão Inédita) Os membros do Ministério Público sujeitam-se, entre outras vedações, à
proibição de exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério.

Comentários:

É exatamente o que dispõe o art. 181, inciso II, alínea “d”, da Constituição Estadual. Questão correta.

42. (Questão Inédita) O Ministério Público é instituição essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a orientação jurídica, a representação judicial e a defesa gratuitas dos necessitados.

Comentários:

É a Defensoria Pública do Estado que tem a competência para realizar a orientação jurídica gratuita daqueles
que comprovem insuficiência de recursos, por determinação do art. 190 da CE/PA. Questão errada.

43. (Questão Inédita) De acordo com a Constituição do Estado do Pará, à Polícia Civil compete,
ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares.

Comentários:

De fato, essas são competências da Polícia Civil (art. 194, CE/PA). Questão correta.

44. (Questão Inédita) Conforme prevê a Carta Estadual do Pará, a Polícia Civil está incumbida da função
de polícia ostensiva e da preservação da ordem pública, além da função de polícia judiciária e da apuração
de infrações penais.

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Comentários:

De fato, a polícia civil está incumbida das funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares. Contudo, as funções de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública competem
à Polícia Militar. Questão errada.

45. (Questão Inédita) A Segurança Pública do Estado do Pará, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas e
do patrimônio.

Comentários:

É o que dispõe o art. 193, caput, da Constituição Estadual. Questão correta.

46. (Questão Inédita) A Segurança Pública é exercida através dos seguintes órgãos: Polícia Civil, Policia
Militar, Guardas Municipais e Corpo de Bombeiros Militar.

Comentários:

Muito cuidado! As Guardas Municipais não estão arroladas nos incisos do art. 144 da CF/88, portanto, elas
não fazem parte dos órgãos da segurança pública, uma vez que aquele artigo se trata de rol taxativo.

Consoante determina a Constituição Federal (art. 144, § 8o) os Municípios poderão constituir guardas
municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. Trata-se,
segundo Uadi Lammego Bulos, de polícia administrativa, que visa à proteção do patrimônio contra a
depredação dos demolidores da coisa alheia. Atualmente, portanto, as guardas municipais não possuem
competência para realizar policiamento ostensivo.

Segundo o STF, as Guardas Municipais podem exercer poder de polícia de trânsito, inclusive aplicando
sanções administrativas (multas) aos infratores.1

Questão errada.

47. (Questão Inédita) Conforme prevê a CE/PA, a investidura no cargo de Delegado de Polícia Civil
depende de habilitação por concurso público de provas ou de provas e títulos, e aproveitamento em curso
oficial de formação técnico-profissional. Além disso, o cargo de Delegado é privativo de bacharel em
Direito.

Comentários:

É exatamente o que prevê o art. 195 da CE/PA. Questão correta.

1 RE 658.570/MG. Rel. Min. Marco Aurélio. 06.08.2015.

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LISTA DE QUESTÕES
1. (Questão Inédita) A elaboração das Constituições Estaduais é manifestação do Poder Constituinte
Derivado Decorrente.

2. (Questão Inédita) Segundo a Constituição do Estado do Pará, a Administração Pública deverá observar
os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência, publicidade e participação popular.

3. (Questão Inédita) Somente por lei específica poderá ser autorizada a criação de autarquia e fundação
pública, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

4. (CETAP/ MPC-PA – Analista Direito – 2015) Na Constituição do Estado do Pará, apenas não se refere a
regra atinente ao “Controle dos atos da Administração Pública”:

a) A incorporação, a subdivisão ou o desmembramento do Estado, para anexação a outros, ou formação


de novos Estados ou Territórios Federais, só poderá ocorrer mediante aprovação da população, a ser
definida em lei, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

b) A administração pública deve realizar o controle interno, finalístico e hierárquico de seus atos, visando
a mantê-los dentro dos princípios fundamentais previstos nesta Constituição, adequando-os as
necessidades do serviço e as exigências técnicas, econômicas e sociais.

c) A administração pública tornará nulos seus atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, bem
como deverá revoga-los por motivo de conveniência ou oportunidade, observado, em qualquer caso, o
devido procedimento legal.

d) Os atos de improbidade administrativa importarão na perda da função pública, na indisponibilidade


dos bens e no ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal
cabível.

e) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável, nos casos de dolo e culpa.

5. (Questão inédita) O Estado responderá pelo dano que seus agentes causarem a terceiros apenas em
casos de evidente culpa ou dolo.

6. (UEPA/ SEAD-PA – Fiscal de Receitas – 2013) A Constituição Estadual do Pará de 1989, dentro de sua
competência normativa, ao tratar dos servidores civis estaduais, estabelece uma vantagem
remuneratória que não consta do catálogo previsto na Constituição Federal para os servidores
federais, qual seja:

a) Licença Paternidade

b) Salário-família

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c) Adicional de interiorização

d) Hora-extra

e) Repouso semanal remunerado

7. (Questão Inédita) Os cargos em comissão e as funções de confiança destinam-se ao exercício do


funções técnicas e de assessoramento.

8. (Questão Inédita) O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, constituída de


representantes do povo, eleitos pelo sistema majoritário, por voto direto e secreto.

9. (Questão Inédita) A Assembleia Legislativa do Pará reunir-se-á, anualmente, na Capital do Estado,


independente de convocação, de 02 de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 20 de dezembro.
==1a153c==

10. (UEPA/ SEAD-PA – Auditor Fiscal – 2013) Cabe a Assembleia Legislativa do Estado do Pará, segundo
a Constituição Estadual de 1989:

a) julgar, anualmente, as contas do Tribunal de Contas do Estado e do Tribunal de Contas dos Municípios.

b) a organização administrativa, judiciária, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Procuradoria-


Geral do Estado, do Tribunal de Contas do Estado e do Tribunal de Contas dos Municípios, sem
necessidade de sanção do Governador.

c) apreciar, anualmente, as contas de sua Mesa Diretora, após julgadas pelo Tribunal de Contas do Estado,
sem participação dos membros da Mesa, funcionando como Presidente, neste procedimento, o Deputado
mais idoso.

d) processar e julgar o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador-Geral do Estado, nos crimes de


responsabilidade, sob a direção do Presidente da Assembleia Legislativa.

e) partidos políticos, associação ou sindicato são parte legítima para, na forma da lei, denunciar crimes de
responsabilidade de quaisquer autoridades e irregularidades ou ilegalidades perante a Assembleia
Legislativa, devendo o cidadão fazer-se por eles representar.

11. (Questão Inédita) Os Deputados não poderão, desde a expedição do diploma, firmar ou manter
contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista
ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes.

12. (Questão Inédita) Compete exclusivamente à Assembleia Legislativa julgar, anualmente, as contas
prestadas pelo Governador e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de Governo.

13. (Questão Inédita) As comissões, permanentes ou temporárias, podem convocar Secretários de


Estado para prestarem informações sobre os assuntos inerentes a suas atribuições.

14. (Questão inédita) No Estado do Pará, há a possibilidade iniciativa popular para apresentação de
projeto de lei, mas não de projeto de emenda à Constituição.

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15. (Questão Inédita) A matéria constante no projeto de lei rejeitado não poderá, em qualquer
hipótese, constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa.

16. (Questão inédita) Cabe à Assembleia Legislativa do Estado a iniciativa de lei sobre regime de
previdência dos militares, o regime de previdência e o regime jurídico único dos servidores públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, incluídos o provimento de cargo e a estabilidade.

17. (Questão inédita) A Constituição Estadual poderá ser emendada mediante iniciativa de 1/3, no
mínimo, dos membros da Assembleia Legislativa.

18. (Questão inédita) Caso um projeto de lei seja vetado pelo Governador do Estado, este veto poderá
ser derrubado por voto de maioria absoluta dos Deputados Estaduais.

19. (Questão inédita) O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com auxílio
do Tribunal de Contas do Estado.

20. (Questão inédita) Caso detecte irregularidade, o Tribunal de Contas do Estado do Pará poderá
sustar atos e contratos impugnados e comunicar a decisão à Assembleia Legislativa.

21. (AOCP/ TCE-PA – Analista de Controle Externo – 2012) De acordo com a Constituição Estadual,
analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. I. Os Conselheiros, nos casos de crimes
comuns e nos de responsabilidade, serão processados e julgados, originariamente, pelo Supremo Tribunal
Federal. II. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária.
III. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denuncia irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado. IV. O Tribunal de Contas
do Estado prestará suas contas, anualmente, à Assembleia Legislativa, no prazo de sessenta dias da
abertura da sessão legislativa.

a) Apenas I e III.

b) Apenas III e IV.

c) Apenas I e II.

d) Apenas II, III e IV.

e) I, II, III e IV.

22. (Questão inédita) Nos termos da Constituição do Estado do Pará, é de competência do Tribunal de
Contas Estadual avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual.
23. (Questão inédita) Os responsáveis pole controle interno, ao tomarem conhecimento de
irregularidade e dela não darem ciência ao Tribunal de Contas do Estado, estarão sujeitos à
responsabilidade subsidiária.

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24. (Questão inédita) Além do controle interno e externo, há a possibilidade de haver controle popular,
por meio de qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato, que podem, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades de atos dos agentes públicos.

25. (CESPE/ MPC-PA – Analista Ministerial - 2019) Com referência às normas da Constituição do Estado
do Pará aplicáveis ao controle externo, é correto afirmar que

a) o Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE/PA) deverá prestar suas contas, anualmente, à Assembleia
Legislativa do Pará, no prazo de 60 dias, contado da abertura da sessão legislativa.

b) os tribunais de contas dos municípios do estado do Pará deverão prestar suas contas, anualmente, à
Assembleia Legislativa do Pará, no prazo de 90 dias, contado da abertura da sessão legislativa.

c) o acesso a processos de diligências, de inspeções, de auditorias e de contas dos Poderes Legislativo,


Executivo e Judiciário é vedado a deputado estadual, no tribunal de contas estadual, antes do julgamento
desses processos pelo tribunal.

d) os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Pará serão processados e julgados, originariamente,


nos casos de crimes comuns, pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará.

e) o auditor do Tribunal de Contas do Estado do Pará, enquanto estiver substituindo um conselheiro do


tribunal, terá as mesmas garantias e impedimentos de um juiz de direito de última entrância.

26. (Questão Inédita) Nos termos da Constituição do Estado do Pará, em caso de impedimento do
Governador e do Vice-Governador, serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança

a) o Presidente da Assembleia Legislativa, o Presidente do Tribunal de Justiça, o 1° Vice-Presidente da


Assembleia Legislativa e o Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado.

a) o Presidente da Assembleia Legislativa, o 1° Vice-Presidente da Assembleia Legislativa, o Presidente do


Tribunal de Justiça e o Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado.

a) o Presidente da Assembleia Legislativa, o Presidente do Tribunal de Justiça, o Vice-Presidente do


Tribunal de Justiça do Estado e o 1° Vice-Presidente da Assembleia Legislativa.

a) o Presidente da Assembleia Legislativa, o Presidente do Tribunal de Justiça, o 1° Vice-Presidente da


Assembleia Legislativa e o 2° Vice-Presidente da Assembleia Legislativa

a) o Presidente do Tribunal de Justiça, o Presidente da Assembleia Legislativa, o 1° Vice-Presidente da


Assembleia Legislativa e o Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado.

27. (Questão Inédita) O Governador e o Vice-Governador do Pará deverão residir na região metropolitana
de Belém.

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28. (Questão Inédita) De acordo com a CE/PA, vagando os cargos de Governador e Vice-Governador no
penúltimo ano do mandato, far-se-á eleição, pela Assembleia Legislativa, até noventa dias depois de
aberta a última vaga.

29. (Questão Inédita) Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-
Governador do Estado do Pará, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será
declarado vago.

30. (Questão Inédita) O Governador e o Vice-Governador não poderão, sem autorização da Assembleia
Legislativa, ausentar-se da região metropolitana de Belém, por período superior a quinze dias
consecutivos, sob pena de perda do cargo.

31. (Questão inédita) Os Secretários de Estado são livremente nomeáveis e exoneráveis pelo Governador,
sendo escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados, maiores de trinta e cinco anos e no
exercício dos direitos políticos.

32. (Questão inédita) De acordo com a Constituição do Estado do Pará, compete privativamente ao
Tribunal de Justiça propor à Assembleia Legislativa a alteração do número de seus membros e a
alteração da organização e da divisão judiciárias.

33. (Questão inédita) Regra constitucional paraense determina que a composição de um quinto dos
lugares dos Tribunais do Estado será de membros do Ministério Público com mais de dez anos de
carreira e de advogados de notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de 5 anos de efetiva
atividade profissional.

34. (Questão Inédita) A proposta orçamentária do Poder Judiciário do Pará será elaborada pelo Tribunal
de Justiça, independentemente dos limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias.

35. (Questão inédita) O exercício da função de Juiz de Paz é considerado de relevante interesse público,
por isso não é remunerada.

36. (Questão inédita)O próprio Tribunal de Justiça do Pará pode propor, à Assembleia Legislativa, a
alteração do número de seus membros e a criação de novas varas.

37. (Questão inédita) O Tribunal de Justiça do Estado do Pará não tem competência, mesmo diante do caso
concreto, para declarar a inconstitucionalidade de lei federal.

38. (Questão inédita) Consoante estabelece a CE/PA, o Procurador-Geral do Estado deverá ser,
previamente, ouvido nas ações diretas de inconstitucionalidade.

39. (Questão inédita) São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional.

40. (Questão Inédita) O Ministério Público do Estado do Pará tem por chefe o Procurador-Geral de Justiça,
nomeado pelo Governador do Estado dentre os integrantes da carreira, indicados em lista tríplice, para
mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução.

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41. (Questão Inédita) Os membros do Ministério Público sujeitam-se, entre outras vedações, à proibição
de exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério.

42. (Questão Inédita) O Ministério Público é instituição essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a orientação jurídica, a representação judicial e a defesa gratuitas dos necessitados.

43. (Questão Inédita) De acordo com a Constituição do Estado do Pará, à Polícia Civil compete, ressalvada
a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as
militares.

44. (Questão Inédita) Conforme prevê a Carta Estadual do Pará, a Polícia Civil está incumbida da função de
polícia ostensiva e da preservação da ordem pública, além da função de polícia judiciária e da apuração
de infrações penais.

45. (Questão Inédita) A Segurança Pública do Estado do Pará, dever do Estado, direito e responsabilidade
de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio.

46. (Questão Inédita) A Segurança Pública é exercida através dos seguintes órgãos: Polícia Civil, Policia
Militar, Guardas Municipais e Corpo de Bombeiros Militar.

47. (Questão Inédita) Conforme prevê a CE/PA, a investidura no cargo de Delegado de Polícia Civil depende
de habilitação por concurso público de provas ou de provas e títulos, e aproveitamento em curso oficial
de formação técnico-profissional. Além disso, o cargo de Delegado é privativo de bacharel em Direito.

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GABARITO
1. CORRETA 17. CORRETA 33. ERRADA
2. CORRETA 18. CORRETA 34. ERRADA
3. ERRADA 19. CORRETA 35. ERRADA
4. LETRA A 20. ERRADA 36. CORRETA
5. ERRADA 21. LETRA D 37. ERRADA
6. LETRA C 22. ERRADA 38. ERRADA
7. ERRADA 23. ERRADA 39. CORRETA
8. ERRADA 24. CORRETA 40. ERRADA
9. CORRETA 25. LETRA A 41. CORRETA
10. LETRA C 26. LETRA A 42. ERRADA
11. CORRETA 27. CORRETA 43. CORRETA
12. CORRETA 28. ERRADA 44. ERRADA
13. CORRETA 29. CORRETA 45. CORRETA
14. ERRADA 30. CORRETA 46. ERRADA
15. ERRADA 31. ERRADA 47. CORRETA
16. ERRADA 32. CORRETA

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