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PC-PA - Direito Constitucional - 2023
(Pré-Edital)
Autor:
Equipe Direito Constitucional
Estratégia Concursos
25 de Fevereiro de 2023
Índice
1) Constituição do Estado do Pará (art. 1º - art. 85)
..............................................................................................................................................................................................3
PREÂMBULO
É importante que nos façamos dois questionamentos ao ler o Preâmbulo da Constituição do Estado do Pará:
O STF já decidiu que o Preâmbulo da Constituição Federal de 1988 não precisa ser reproduzido pela
Constituição Estadual.
No caso concreto apreciado pelo STF, discutia-se a constitucionalidade da Constituição do Estado do Acre,
que omitia a referência à proteção de Deus, presente no texto da Constituição Federal de 1988. Ao julgar a
Ação Direta de Inconstitucionalidade, o STF entendeu que a Constituição do Acre não precisava fazer
referência à proteção de Deus.
Segundo o STF, o Preâmbulo não tem força normativa, eis que se situa no campo da política. Assim, o
Preâmbulo está fora do campo do direito, não servindo para aferição do controle de constitucionalidade de
leis. Também é necessário afirmar que o Preâmbulo não limita a atuação do Poder Constituinte Derivado, ao
promover reformas no texto constitucional via emenda constitucional.
A doutrina considera que o Preâmbulo serve como parâmetro interpretativo do texto constitucional, uma
vez que elenca os valores essenciais que nortearam a ação do legislador constituinte.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º. O Estado do Pará é parte integrante da República Federativa do Brasil, exercendo,
em seu território, os poderes decorrentes de sua autonomia, regendo-se por esta
Constituição e leis que adotar, observados os princípios da Constituição Federal.
Parágrafo Único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º. O Pará proclama o seu compromisso e o de seu povo de manter e preservar a
República Federativa do Brasil como Estado de Direito Democrático, fundado na soberania
nacional, na cidadania, na dignidade do ser humano, nos valores sociais do trabalho e da
livre iniciativa e no pluralismo político.
Art. 3º. O Estado do Pará atuará, com determinação, em todos os seus atos e pelos seus
órgãos e agentes, no sentido de realizar os objetivos fundamentais do País:
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, orientação sexual,
cor, idade, deficiência e quaisquer outras formas de discriminação.
O Estado do Pará, na condição de ente federativo, tem sua autonomia política assegurada pela Constituição
Federal. A autonomia política se manifesta por meio de 4 (quatro) aptidões:
É necessário que se tenha em mente que as Constituições Estaduais devem observar todas as
normas da Constituição Federal, sob pena de serem declaradas inconstitucionais no que forem
divergentes.
c) Autoadministração: É o poder que os Estados têm para exercer suas atribuições de natureza
administrativa, tributária e orçamentária. Os Estados elaboram seus próprios orçamentos,
arrecadam seus próprios tributos e executam políticas públicas, dentro da sua esfera de atuação,
segundo a repartição constitucional de competências.
d) Autogoverno: Os Estados têm poder para eleger seus próprios representantes. É com base nessa
capacidade que os Estados elegem seus Governadores e Deputados Estaduais
O Estado do Pará está integrado de forma indissolúvel à República Federativa do Brasil, o que decorre do
princípio federativo; sabe-se, afinal, que, no estado federal, é vedada a secessão. Como não poderia deixar
de ser, a Constituição do Estado do Pará proclama e assegura o Estado democrático de direito.
Os destaques inseridos nos incisos IV e V do art. 3º da Constituição do Pará se justificam pelo fato de não
haver previsão expressa no art. 3º da Constituição Federal de 1988, que trata dos objetivos fundamentais da
RFB.
Art. 4º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Estado a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos da Constituição Federal e
desta Constituição.
§ 1°. Será punido, na forma da lei, o agente público, independentemente da função que
exerça, que violar os direitos constitucionais.
§ 3°. Nenhuma pessoa será discriminada ou de qualquer forma prejudicada pelo fato de
litigar com órgão estadual, no âmbito administrativo ou judicial.
§ 4°. Ninguém poderá ser penalizado, especialmente com a perda do cargo, função ou
emprego, quando se recusar a trabalhar em ambiente que ofereça iminente risco de vida,
caracterizado pela respectiva representação sindical, não se aplicando o aqui disposto aos
casos em que esse risco seja inerente à atividade exercida, salvo se não for dada a devida
proteção.
O art. 4º é uma reprodução do “caput” do art. 5º da Constituição Federal, enquanto o art. 5º serve para
estabelecer o compromisso, pelo Estado do Pará, de dar efetividade a todos os direitos fundamentais
elencados no Título II da Constituição Federal.
O art. 5º, § 2º, CE/PA prevê a possibilidade de aplicação de penalidade administrativa ao agente público
que deixar de sanar, injustificadamente, dentro de 90 dias, omissão que esteja inviabilizando o exercício de
um direito constitucional. O objetivo é garantir a máxima concretização dos direitos fundamentais.
O art. 5º, § 3º, CE/PA, trata das situações em que um indivíduo tem litígio administrativo ou judicial contra
o Estado. Diante da existência desse tipo de conflito, o indivíduo não poderá ser discriminado ou prejudicado.
Note, no art. 5º, §4º, CE/PA, que, caso o risco seja inerente ao cargo, à função ou ao emprego, sob pena de
se inviabilizar seu exercício, poderá, sim, haver punição daquele que se recusar a trabalhar em ambiente
que ofereça iminente risco de vida. A exceção, nesse caso específico, é quando não for dada a devida
proteção ao trabalhador.
Da Soberania Popular
Art. 6°. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
O voto direto, secreto, universal e periódico é cláusula pétrea prevista na Constituição Federal de 1988; é a
forma por excelência de manifestação da soberania popular. Não é, todavia, a única: há que se lembrar de
que, no Brasil, vigora uma democracia semidireta, a qual possui como importantes mecanismos de
participação popular o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular.
II - o Governador do Estado;
Art. 8°. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Assembléia Legislativa
de projetos subscritos por, no mínimo, meio por cento do eleitorado do Estado.
Art. 9° - A lei municipal regulará, no que couber, a matéria tratada neste capítulo,
estabelecendo a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município,
da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do
eleitorado.
Os dispositivos acima tratam do plebiscito e da iniciativa popular. Ponto interessante é que o art. 8º,
parágrafo único, da Constituição do Pará prevê a possibilidade de iniciativa popular de emendas
constitucionais, diferentemente do que ocorre na Constituição Federal.
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
Disposições Preliminares
Parágrafo Único - Salvo as exceções previstas nesta Constituição, é vedado a qualquer dos
poderes delegar atribuições, e quem for investido nas funções de um deles não poderá
exercer a de outro.
Art. 12 - São símbolos do Estado a Bandeira, o Hino e o Brasão d`Armas, adotados à data
da promulgação desta Constituição, e outros estabelecidos em lei.
Nos termos do art. 11, CE/PA, os Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, são o Legislativo,
o Executivo e o Judiciário. Ressalte-se que é vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições e, ao
cidadão investido em um deles, exercer função em outro, salvo nos casos previstos na Constituição Estadual.
A capital do Pará é a cidade de Belém, onde os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) têm sua sede,
podendo ser decretada sua transferência temporária pelo Governador, após autorização da Assembleia
Legislativa. Os símbolos do estado são, além de outros estabelecidos em lei, a Bandeira, o Hino e o Brasão
d’Armas. Os municípios poderão ter símbolos próprios.
III - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas
aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
VI - os lagos e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio e os rios que têm
nascente e foz em seu território, bem como os terrenos marginais, manguezais e as praias
respectivas.
Para saber quais são os bens do Estado do Pará, devemos fazer uma leitura combinada dos textos da
Constituição Federal e da Constituição Estadual. O art. 26 da CF/88 dispõe o seguinte sobre os bens dos
Estados:
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob
domínio da União, Municípios ou terceiros;
[Comentários: As ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países são bens da União.]
[Comentários: As terras devolutas da União são aquelas indispensáveis à defesa das fronteiras, das
fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental.]
É importante ressaltar que a lista de bens relacionados no art. 26, da CF/88, não é taxativa, motivo pelo qual
é bastante comum que, em âmbito estadual, as Constituições dos Estados detalhem, com mais precisão, os
bens desses entes federativos.
A federação é cláusula pétrea do texto constitucional, ou seja, não pode ser objeto de emenda constitucional
que seja tendente à sua abolição. Todavia, a federação poderá sofrer alterações em sua estrutura, nos
termos do art. 18, § 3º, CF/88, reproduzido no art. 14, CE/PA.
Em resumo, os requisitos para que sejam realizadas essas alterações na estrutura dos Estados são os
seguintes:
b) Oitiva das Assembleias Legislativas dos estados interessados (art. 48, VI, CF/88);
Como o Brasil é um país laico, nenhum ente federado pode adotar religião oficial. Admite-se, apenas, a
colaboração de interesse público com os cultos religiosos ou igrejas, na forma da lei. Um exemplo, seria o
caso de o Município solicitar que alguma igreja abrigue pessoas desabrigadas vítimas de desastres naturais.
Outra vedação é que o Ente Federativo recuse documentos públicos produzidos por outro Ente em virtude
de sua procedência.
Por sua vez, o inciso III reforça que o Estado e os Municípios não podem criar preferência entre brasileiros,
em função de sua naturalidade, ou entre unidades e entidades da federação.
Da Competência do Estado
Art. 16 - O Estado exerce, em seu território, as competências que não lhe sejam vedadas
pela Constituição Federal
A Constituição Federal de 1988 não listou, de forma taxativa, todas as competências dos Estados, motivo
pelo qual a doutrina considera que os Estados possuem competência remanescente (residual). O art. 16 da
Constituição Estadual reproduz norma da CF/88, que, em seu art. 25, § 1º, dispõe que “são reservadas aos
Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”.
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas, e conservar o
patrimônio público;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
O art. 17 da CE/PA, com exceção da competência prevista no inciso XIII, apenas reproduz o art. 23 da CF/88,
que relaciona as matérias de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios. São matérias de que deverão tratar todos os entes federativos, em igualdade de condições.
Tratam-se de temas da competência administrativa (material), tipicamente interesse difusos, ou seja,
interesses de toda a coletividade.
FIQUE ATENTO:
É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios estabelecer e implantar
política de educação para a segurança do trânsito.
II - orçamento;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio
histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
§ 2°. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Estado exercerá a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 3°. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.
§ 4°. Desde que autorizado por lei complementar, o Estado poderá legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas como da competência legislativa privativa da União.
O art. 18 da Constituição Estadual enumera as competências concorrentes entre a União e o Estado do Pará.
É, mais uma vez, dispositivo que reproduz a CF/88. Sobre a competência concorrente, cabe destacar o
seguinte:
a) A União é responsável por editar normas gerais, ao passo que os Estados e o Distrito Federal
editam normas suplementares.
c) Inexistindo lei federal sobre as normas gerais, o Estado poderá exercer competência legislativa
plena para atender às suas peculiaridades. Assim, no âmbito da competência concorrente, os Estados podem
atuar, fundamentalmente, de duas formas diferentes:
- Exercendo a competência legislativa plena: caso a União não edite sua lei de normas gerais. Nessa
situação, o Estado poderá editar lei sobre normas gerais.
d) A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que
lhe for contrário. Cuidado, pessoal, pois as bancas examinadoras adoram falar em revogação, o que está
errado.
Art. 19. O Estado poderá celebrar convênios com a União, com outros Estados e com os
Municípios, dando conhecimento e remetendo à Assembléia Legislativa cópias de seu
conteúdo, no prazo de quinze dias, contado de sua celebração.
O art. 19 trata da possibilidade de o Pará celebrar convênios com entidades de direito público, para a
realização de obras ou serviços. O convênio é um ajuste entre duas partes, envolvendo mútua colaboração,
com o objetivo de alcançar interesses comuns. É diferente do contrato, em que as partes têm interesses
opostos.
Da Administração Pública
Art. 20. A administração pública direta e indireta, de qualquer dos Poderes do Estado e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência,
publicidade e participação popular.
É interessante observar que o art. 20 da CE/PA não vincula apenas a Administração Pública do Estado do
Pará, mas também a Administração Pública dos Municípios daquele ente federativo. Além disso, tanto a
administração pública direta quanto a administração pública indireta devem ter como guia os princípios do
art. 20 da CE/PA.
Note que há previsão do princípio da participação popular em conjunto com o “LIMPE” (legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência), diferentemente do que ocorre na Constituição
Federal (art. 37, “caput”, CF).
Art. 21. Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de atuação.
A criação de autarquias é feita mediante lei específica; por sua vez, a criação de fundações, empresas
públicas e sociedades de economia mista é autorizada por lei. Cabe à lei complementar definir as áreas de
atuação das fundações.
O § 2º reproduz o que foi disposto no §8 do art. 37 da CF/88 acerca do contrato de gestão, que pode ser
firmado com órgãos e entidades da administração direta e indireta com fixação de metas de desempenho.
O contrato de gestão é um ajuste firmado entre órgãos da Administração direta, entre um órgão e entidade
da Administração indireta ou entre um órgão e entidade paraestatal, qualificada como organização social.
Por meio do contrato de gestão, o Poder Público fixa metas de desempenho para o órgão ou entidade com
quem foi celebrado o ajuste.
Ademais, a lei disporá sobre o prazo de duração desse contrato, sobre os controles e critérios de avaliação
de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidades dos dirigentes.
Art. 22. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos Órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos, sob pena de responsabilidade.
§ 1°. Todo serviço de publicidade, de qualquer natureza, dos Poderes do Estado, tanto da
administração direta quanto da indireta, quando não realizado diretamente pelo Poder
Público e for confiado a agências de publicidade ou propaganda, deverá ser precedido de
licitação, não se aplicando o aqui disposto às publicações, no Diário Oficial do Estado, de
editais, atos oficiais e demais instrumentos legais de publicação obrigatória.
§ 2°. A despesa com publicidade de cada Poder não excederá a um por cento da respectiva
dotação orçamentária.
Esse artigo é muito interessante! É bastante comum que a Administração Pública dê publicidade aos atos
por ela realizados. Quantas vezes você não ligou a televisão e viu uma propaganda em que o Governo dizia
que foi concluída uma determinada obra? Muitas, não é mesmo?
Pois bem! A publicidade dos atos governamentais não deve ter como objetivo a promoção pessoal de
autoridades públicas ou de servidores públicos. A publicidade desses atos deve ter um caráter educativo,
informativo ou de orientação social. Caso fique caracterizada a tentativa de promoção pessoal de
autoridades públicas ou servidores públicos, haverá flagrante violação ao princípio da impessoalidade.
Note que é louvável a previsão, na CE/PA, diferentemente do que ocorre na CF/88, de um limite máximo de
gastos com publicidade por parte de cada Poder.
Art. 23. A administração pública deve realizar o controle interno, finalístico e hierárquico
de seus atos, visando a mantê-los dentro dos princípios fundamentais previstos nesta
Constituição, adequando-os às necessidades do serviço e às exigências técnicas,
econômicas e sociais.
Esse dispositivo prevê a existência, na Administração Pública do Estado do Pará, de um sistema de controle
interno. O objetivo é garantir a eficiência administrativa, assim como a observância dos princípios da
Administração Pública (legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade, eficiência e outros).
Art. 24. Ressalvados os casos previstos na lei, as obras, serviços, compras, concessões e
alienações serão contratadas mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei,
o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis
à garantia do cumprimento das obrigações.
§ 1°. O disposto neste artigo, também, se aplica aos órgãos e entidades da administração
indireta.
§ 2°. Revogado
O art. 24, CE/PA, em observância ao que dispõe a CF/88, dispõe que as obras, serviços, compras, concessões
e alienações dependem, como regra geral, de licitação prévia. No procedimento licitatório, deverá ser
assegurada igualdade de condições aos concorrentes.
Art. 25. A administração pública tornará nulos seus atos, quando eivados de vícios que os
tornem ilegais, bem como deverá revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
observado, em qualquer caso, o devido procedimento legal.
O art. 25, CE/PA, trata do poder de autotutela, segundo o qual a Administração Pública poderá rever seus
próprios atos. Caso os atos administrativos estejam eivados de vícios que os tornem ilegais, a Administração
deverá anulá-los; por outro lado, é possível que, por conveniência ou oportunidade, a Administração revogue
os atos administrativos.
O art. 26 versa sobre as consequências dos atos de improbidade administrativa: perda da função pública,
indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao Erário.
Art. 28. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente, sob regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação, ou mediante autorização, a prestação de
serviços públicos, observados os princípios da eficiência, continuidade, segurança,
atualidade, generalidade, cortesia na prestação e modicidade das tarifas.
§ 4º A pessoa física ou jurídica em débito com o fisco, com o sistema de seguridade social,
que descumpra a legislação trabalhista ou normas e padrões de proteção ao meio
ambiente, ou que desrespeite os direitos da mulher, notadamente os que protegem a
maternidade, não poderá contratar ou obter autorização do Poder Público, nem dele
receber benefícios ou incentivos fiscais, creditícios, administrativos ou de qualquer
natureza, ficando rescindido o contrato já celebrado ou cancelada a autorização já emitida,
sem direito à indenização, uma vez constatada a infração.
O art. 28 da CE/PA traz algumas regras que disciplinam a prestação dos serviços públicos, que poderá ser
desempenhado de duas formas: i) diretamente ou; ii) indiretamente (sob o regime de concessão, permissão
ou autorização).
A concessão de serviço público é a delegação de sua prestação a pessoa jurídica ou a consórcio de empresas,
devendo ser precedida de licitação na modalidade concorrência e é definida por prazo certo.
A permissão é uma delegação a título precário, mediante licitação, não necessariamente concorrência, a
pessoa física ou jurídica, sem determinação de prazo.
Já a autorização é um ato administrativo precário e discricionário que não exige licitação e normalmente se
relaciona a atividades de menor vulto.
IV - a política tarifária.
Aqui, a CE/PA apenas reproduz o que prevê o art. 37, §3º, da CF/88, acerca da participação do usuário de
serviços públicos na Administração, acrescentando que a lei também relulamentará a política tarifária. O
objetivo é promover a gestão participativa, já que o cidadão é visto como cliente do serviço público. Trata-
se de dispositivo que busca concretizar o princípio da eficiência na Administração Pública. Além disso, reflete
o princípio democrático.
No Estado do Pará e em seus municípios, deverá ser instituído um Conselho de Política de Administração e
Remuneração de Pessoal, o qual é integrado por servidores designados por cada um dos Poderes. Na
determinação da remuneração dos servidores públicos, são levados em consideração alguns fatores, os
quais estão enunciados no § 1º (natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos
componentes de cada carreira, requisitos para investidura no cargo e peculiaridades dos cargos).
A Constituição do Pará estabelece a obrigação de que o Estado mantenha escolas de governo destinadas à
formação e aperfeiçoamento dos servidores públicos. A participação nesses cursos é requisito para a
promoção na carreira.
Art. 31. O Estado e os Municípios asseguram aos servidores públicos civis, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social, os seguintes direitos:
III - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
VIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;
XI - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XII – licença à gestante, ou à mãe adotiva de criança de até oito meses de idade, sem
prejuízo da remuneração e vantagens, com duração de cento e oitenta dias;
XV - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XVIII - licença, em caráter extraordinário, na forma da lei, para pai ou mãe, inclusive
adotivos, ou responsáveis de excepcional em tratamento;
A maior parte dos direitos assegurados aos servidores públicos civis do Estado do Pará decorre de previsão
na Constituição Federal de 1988. No entanto, há algumas novidades na Constituição Estadual:
b) Quando o servidor público for pai ou mãe, inclusive adotivo, de portador de necessidade especial,
fará jus à licença em caráter extraordinário.
Os servidores públicos do Estado do Pará contribuem para a previdência social, sendo-lhes assegurado
participar da gerência dos fundos e entidades que administram a concessão desses benefícios.
Art. 33. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos
terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do Estado do Pará, de
servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial.
III - aos sessenta e dois anos de idade, se mulher, e aos sessenta e cinco anos de idade, se
homem, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei
complementar estadual.
§ 4°-A Poderão ser estabelecidos por Lei Complementar Estadual idade e tempo de
contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente
submetidos à avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e
interdisciplinar.
§ 4°-B Poderão ser estabelecidos por Lei Complementar Estadual idade e tempo de
contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente
penitenciário, de monitor socioeducativo ou de policial de que tratam o inciso II do art. 92
e o inciso I do art. 193.
§ 4°-C Poderão ser estabelecidos por Lei Complementar Estadual idade e tempo de
contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam
exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à
saúde, ou associação destes agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou
ocupação.
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, da Constituição Federal, à soma total dos
proventos de inatividade, inclusive quando decorrente da acumulação de cargos ou
empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas à contribuição para o regime
geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade
com remuneração de cargo acumulável na forma da Constituição Federal, cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
§ 12. Além do disposto neste artigo, será observado, em regime próprio de previdência
social, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência
Social.
§ 14. O Estado do Pará instituirá, por lei de iniciativa do Poder Executivo, Regime de
Previdência Complementar para servidores públicos ocupantes de cargo efetivo,
observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social para o
valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de previdência social,
ressalvado o disposto no §15.
§ 18. Observados critérios a serem estabelecidos em lei estadual, o servidor titular de cargo
efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte
por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente,
no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para
aposentadoria compulsória.
§ 22. Não se aplica o disposto no § 19 deste artigo, aos regimes próprios de previdência
social regularmente criados por lei complementar e que estejam em processo de extinção.
O art. 33, CE/PA, versa sobre o regime previdenciário dos servidores públicos estaduais (RPPS). Destaque-
se que ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão, bem como ao servidor ocupante de
cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o RGPS (Regime Geral de Previdência Social).
De início, vale ressaltar o seguinte: o art. 40, da Constituição Federal de 1988, traça regras gerais sobre
regime previdenciário dos servidores públicos em geral, de todas as esferas federativas (nível federal,
estadual e municipal), à exceção da idade mínima para aposentadoria voluntária. Assim, você deve levar em
consideração a CF/88.
Vale destacar que a readaptação é uma forma de provimento de cargos públicos que consiste na
investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação
sofrida em sua capacidade física ou mental.
Com o advento da EC nº 88/2015, a redação do art. 40, § 1º, II, CF/88, foi modificada e passou a
prever que os servidores públicos serão aposentados compulsoriamente aos 70 (setenta) anos de
idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar.
Como se vê, trata-se de norma de eficácia limitada, dependente de regulamentação para produzir
todos os seus efeitos. Até que fosse editada a mencionada lei complementar, os servidores públicos
continuariam se aposentando compulsoriamente aos 70 anos de idade.
Todavia, a lei regulamentadora já foi editada. É a Lei Complementar nº 152/2015, aplicável aos
servidores públicos de todas as esferas federativas, bem como aos membros do Poder Judiciário,
Ministério Público, Defensorias Públicas e Tribunais de Contas. Assim, hoje, a aposentadoria
compulsória de servidores públicos já se dá aos 75 (setenta e cinco) anos.
Agora, com a EC nº 103/2019, a idade mínima prevista na CF/88 se aplica apenas no âmbito da
União. Assim, no âmbito da União, a idade mínima para a aposentadoria voluntária passou a ser de
62 (sessenta e dois) anos para a mulher e de 65 (sessenta e cinco) anos para o homem.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios passaram a ter autonomia para, mediante emendas às
Constituições Estaduais e emendas às Leis Orgânicas, definir os seus próprios requisitos de idade
mínima para aposentadoria ao amparo do RPPS. No Pará, a Carta Estadual prevê 62 anos de idade,
Vale destacar que o requisito de idade mínima será reduzido em 5 (cinco) anos para o professor que
comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil
e no ensino fundamental e médio.
Segundo o STF, essa “aposentadoria especial” deve ser concedida aos professores ainda que esses
não desenvolvam a atividade de magistério exclusivamente em sala de aula. Assim, o tempo de
atividade como diretor ou coordenador pedagógico também é computado para fins de aposentadoria
especial do professor.
Por fim, cabe mencionar que, assim como o art. 40, § 4º, da Carta Magna, o art. 33, § 4º, da CE/PA, veda a
adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo
regime próprio, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores
portadores de deficiência; que ocupem cargo de agente penitenciário, de monitor socioeducativo ou de
policial e; cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física
Art. 34. Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da
lei.
Em virtude de expressa determinação da CF/88, os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
Observe que estrangeiros também podem ocupar cargos, empregos e funções públicas.
§2º As provas e exames do concurso público serão realizadas no Município para o qual se
destinam as vagas ofertadas, ou no Município sede de cada pólo regional, considerando-se
a divisão territorial estabelecida na Lei Complementar de trata o art. 50, §1º, desta
Constituição.
§ 3º - O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período.
Para ser investido em cargo ou emprego público, é necessário, em regra, a aprovação prévia em concurso
público, que poderá ser de provas ou de provas e títulos. Destaque-se, entretanto, que o provimento de
cargos em comissão independe de aprovação em concurso. Tais cargos são de livre nomeação e exoneração.
Os concursos públicos têm a validade de até 2 (dois) anos, sendo possível uma prorrogação por igual
período. Durante esse período, os aprovados têm prioridade para nomeação em relação a novos
concursados. Cabe ressaltar que a nomeação dos candidatos deverá obedecer à ordem de classificação.
Atenção, também, ao § 6º do art. 34, CE/PA, que proíbe a fixação de limite máximo para ingresso no serviço
público, devendo-se, no entanto, respeitar a idade constitucional de aposentadoria compulsória, que se dá
aos 75 (setenta e cinco) anos.
Aqui temos algo que muita gente confunde! Função de confiança não é a mesma coisa que cargo em
comissão! As funções de confiança somente podem ser preenchidas por servidores ocupantes de cargo
efetivo. Já os cargos em comissão podem ser preenchidos por qualquer pessoa, seja ela servidor público ou
não. Entretanto, a lei define percentual mínimo de cargos em comissão que devem ser preenchidos por
servidores de carreira.
Art. 36. A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à
necessidade temporária de excepcional interesse público.
Esse dispositivo trata da possibilidade de a Administração Pública efetuar contratação de pessoal sem
concurso público. Para a utilização do instituto da contratação temporária, exceção à contratação mediante
concurso público, é necessário o cumprimento de três requisitos:
b) Temporariedade da contratação;
Art. 37. É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
Art. 38. É assegurado ao servidor público civil o direito de greve, que será exercido nos
termos e nos limites definidos em lei específica.
Esses dois dispositivos versam sobre dois importantes direitos dos servidores públicos.
O primeiro deles é o direito à livre associação. Não pode a lei exigir autorização do Estado para a fundação
de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a
intervenção na organização sindical.
O segundo dispositivo, por sua vez, trata do direito de greve do servidor público. Recorde-se que o direito
de greve dos servidores públicos é norma de eficácia limitada, dependendo, para seu exercício, da edição
de lei regulamentadora. Enquanto esta lei não é editada, tem sido aplicada aos servidores públicos a norma
vigente para greve no setor privado.
Atente-se ao fato de que esses dois direitos são conferidos ao servidor público civil, apenas, pois ao militar
são vedadas a sindicalização e a greve.
Art. 38-A. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício
de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição,
desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino,
mantida a remuneração do cargo de origem.
Assim, na readaptação, o servidor público estava investido em determinado cargo, mas posteriormente veio
a sofrer alguma limitação em sua capacidade física ou mental, devidamente verificada em inspeção médica.
Nesse caso, o servidor será investido em outro cargo, que possua compatibilidade com a sua limitação.
Ademais, a readaptação deve ser efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida,
nível de escolaridade e mantida a remuneração do cargo de origem.
A remuneração e o subsídio de servidores públicos devem ser fixados ou alterados por lei específica, sendo
assegurada a revisão anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. O objetivo da revisão anual
é evitar a perda do poder de compra dos salários dos servidores públicos.
§ 3° - Lei do Estado e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor
remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37,
XI da Constituição Federal.
O art. 37, inciso XI, da CF/88, é o dispositivo que versa sobre o teto remuneratório na Administração Pública:
o subsídio mensal dos Ministros do STF. Uma lei estadual ou municipal poderá definir a relação entre a
maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observado o teto remuneratório.
Esse dispositivo elenca os servidores públicos que são remunerados por meio de subsídio: os membros de
Poder, o detentor de mandato eletivo, os Secretários Estaduais e Municipais. O subsídio é uma forma de
remuneração fixada em parcela única, sem acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio,
verba de representação ou outra espécie remuneratória.
A lógica desse dispositivo é a de que criar uma sistemática de aplicação de recursos que “sobraram” no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento,
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou
prêmio de produtividade.
Os servidores públicos organizados em carreira também poderão ser remunerados por meio de subsídio,
facultativamente.
O § 9° impede o “efeito repique” nas remunerações dos servidores públicos. O “efeito repique” seria a
incidência de gratificações “em cascata”, ou seja, a incidência cumulativa de gratificações. Nesse sentido, o
parâmetro para incidência das gratificações deverá ser sempre o mesmo: o vencimento percebido pelo
servidor público.
Um servidor público não poderá, em regra, acumular o recebimento de uma aposentadoria com a
remuneração de um cargo, emprego ou função pública. Isso será possível apenas quando se tratar de cargos
acumuláveis, cargos coletivo e cargos em comissão.
Essa é uma regra interessante prevista na Constituição Estadual do Pará. Segundo o dispositivo
supratranscrito, a regra geral é a proibição de que servidores públicos tenham participação no produto da
arrecadação de tributos e multas, inclusive da dívida ativa. Essa não é, todavia, uma vedação absoluta; em
casos previstos em lei, os servidores públicos poderão participar do produto da arrecadação de tributos e
multas.
Esse dispositivo busca evitar que as gratificações recebidas por exercício de função de confiança ou de cargo
em comissão sejam incorporadas à remuneração dos servidores. Uma vez perdida a função de confiança ou
o cargo em comissão, o servidor deixará automaticamente de receber a gratificação correspondente.
Art. 40. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 2° - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado,
e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
De acordo com a Constituição Federal, a estabilidade se aplica aos servidores públicos estatutários
ocupantes de cargos efetivos, e são necessários quatro requisitos:
d) Avaliação especial de desempenho por comissão instituída para esse fim (art. 41, § 4º, CF/88).
Vale lembrar que o termo inicial para contagem do prazo para aquisição de estabilidade é a data da entrada
em exercício (e não a data da posse ou da nomeação!).
O servidor estável somente poderá perder o cargo nas hipóteses previstas no art. 41, § 1º e no art. 169, § 3º
da CF/88. São elas:
a) Sentença judicial transitada em julgado. Suponha que uma decisão judicial transitada em julgado
condene o servidor por improbidade administrativa. Uma das consequências será a perda do cargo
público.
b) Processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. Após um processo
administrativo regular, o servidor público que cometeu alguma falta grave poderá ser demitido,
perdendo o cargo público.
d) Excesso de despesa com pessoal (art. 169, § 3º, CF/88). As despesas com pessoal estão limitadas
pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000). Caso esses limites sejam descumpridos, o Poder
Executivo deverá adotar certas medidas: i) redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em
comissão e funções de confiança; ii) exoneração de servidores não-estáveis. Se essas medidas não
forem suficientes, o servidor estável pode vir a perder o cargo.
O §2° do art. 40 da CE/PA cuida da reintegração. Trata-se de forma de provimento que se aplica quando um
servidor estável é demitido e, depois, retorna ao cargo anteriormente ocupado, por ter sua demissão
invalidada por sentença judicial.
O dispositivo versa, também, sobre a hipótese de recondução, que se caracteriza pelo retorno de servidor
estável ao seu cargo de origem, em razão da reintegração de servidor que anteriormente ocupava o cargo.
Neste caso, não haverá qualquer indenização ao servidor que tenha sido reconduzido. Além disso, este
servidor também poderá ser aproveitado em outro cargo ou colocado em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.
O §3°, ao seu turno, dispõe sobre a possibilidade de o servidor ser colocado em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até ser aproveitado em outro cargo, quando o seu for
extinto ou for declarado desnecessário.
Art. 41. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI do art. 37
da Constituição Federal:
A regra é a impossibilidade da acumulação remunerada de cargos públicos. Contudo, assim como previsto
na Constituição Federal de 1988, a Carta Estadual estabelece exceções à regra geral de proibição de
acumulação de cargos. Assim, quando houver compatibilidade de horários, são admissíveis a acumulação
de:
a) 2 cargos de professor;
b) 1 cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
Vale destacar que a Carta Magna estabelece, ainda, outras possibilidades de acumulação de cargos.
Vejamos quais são elas:
a) Acúmulo do cargo de vereador e outro cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do
cargo eletivo (Art. 38, III, CF/88);
b) Permissão para que juízes exerçam o magistério (Art. 95, parágrafo único, I, CF/88);
c) Permissão para que membros do Ministério Público exerçam o magistério (Art. 125, § 5º, II, “d”,
CF/88).
Essa proibição de acumular estende-se a empregos e funções em autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista.
Destaque-se, porém, que, em todo e qualquer caso de acumulação remunerada de cargos, haverá
necessidade de compatibilidade de horários.
Art. 43. A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma
da lei.
Esse dispositivo, que também tem previsão na CF/88, destaca a importância da Administração Fazendária e
de seus servidores para o Estado. A administração fazendária e seus agentes fiscais de rendas têm, dentro
de sua área de competência, precedência sobre os demais setores administrativos.
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;
Qualquer que seja o mandato eletivo federal ou estadual, o servidor ficará afastado do seu cargo, emprego
ou função. Não importa se ele está ocupando um cargo no Poder Executivo (Presidente ou Governador) ou
no Poder Legislativo (Senador, Deputado Federal ou Deputado Estadual). Destaque-se que essa regra de
afastamento vale tanto para os servidores ocupantes de cargo efetivo quanto para os ocupantes de cargo
em comissão.
Vejamos, então, no esquema a seguir, as regras aplicáveis aos servidores que estiverem no exercício de
mandato eletivo:
Destaque-se que, em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
Art. 45. Os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, são militares do
Estado.
§ 1°. As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são asseguradas
em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados da Polícia Militar e do Corpo
de Bombeiros Militar, sendo-lhes privativos os títulos, postos e uniformes militares.
§ 2°. As patentes dos oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar são
conferidas pelo Governador do Estado.
Os militares do Estado do Pará são os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar.
As patentes dos oficiais militares, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo
Governador do Estado e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-
lhes privativos os títulos, postos e uniformes militares.
§ 3º O militar em atividade que tomar posse em cargo, emprego ou função público civil
permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, da Constituição Federal,
com prevalência da atividade militar, será transferido para a reserva, nos termos da lei.
§ 4º O militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função
público civil temporária, não eletiva, ainda que da Administração Pública indireta,
ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, da Constituição Federal, com
prevalência da atividade militar, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá,
enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o
tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo
depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos
termos da lei.
O militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente será transferido
para a reserva, nos termos da lei. Caso tome posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária,
não eletiva, ainda que da administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá,
enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço
apenas para promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos
ou não, transferido para a reserva.
§ 6°. O militar, enquanto em efetivo serviço, não pode estar filiado a partido político
Nos §§ 5° e 6° são listados dois direitos dos quais os militares são excepcionados. São proibidas a
sindicalização e a greve dos servidores públicos militares, bem como é vedado que se filiem a partido
político enquanto em efetivo serviço.
§ 8°. O oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior
a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto
no parágrafo anterior.
O oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou se agir de modo incompatível
com ele, a depender de decisão do Tribunal de Justiça, em tempo de paz, ou de Tribunal Especial, em tempo
de guerra. Esses tribunais também deverão julgar o militar que for condenado a pena privativa de liberdade,
em sentença transitada em julgado, por período superior a dois anos.
O militar ingressa na inatividade quando passa para a Reserva. Ao passar para a Reserva, continua mantendo
vínculos com a respectiva Força Armada, ficando pronto para ser convocado. Essa obrigação só desaparece
com a reforma, por idade ou por incapacidade física.
Na prática, os militares em inatividade, observados sua condição física e o limite de idade para a Reforma,
encontram-se "em disponibilidade remunerada", situação determinada pelas condições relativas à carreira,
mais especificamente, o fluxo de carreira, a rotatividade nos cargos e os limites de idade para cada posto ou
graduação, tudo isto visando à consequente e necessária renovação dos efetivos da Força 1.
§ 10. Aplica-se aos militares referidos neste artigo, e a seus pensionistas, o disposto no art.
40, §§ 7° e 8° da Constituição Federal, e no art. 33, §§ 7° e 8° desta Constituição.
A Constituição do Estado do Pará estendeu aos militares aquilo que foi definido na CF/88 para a pensão por
morte de servidor público civil e sobre reajuste de benefícios.
Art. 46. Para acesso à carreira do oficialato, será condição básica a posse de curso de
formação de oficial realizado na Corporação ou em outra Polícia Militar ou Corpo de
Bombeiros Militar, conforme o disposto em legislação específica.
1
Informação: Ministério da Defesa – Exército Brasileiro: http://www.eb.mil.br/a-inatividade
Para ingressar na carreira militar e obter o oficialato é obrigatório posse em curso de formação de oficial
realizado pela Corporação ou em outra Polícia Militar ou Corpo de Bombeiros Militar.
Art. 47. O militar alistável é elegível, respeitadas as condições previstas no art. 14, § 8°, da
Constituição Federal.
Os militares são elegíveis, mas há peculiaridades. Se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se
da atividade. Por outro lado, se tiver mais de 10 anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e,
se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação para a inatividade. Perceba que, nesse caso, o
militar se conservará ativo até a diplomação.
Sabe-se que uma das condições de elegibilidade é a filiação partidária. Mas o art. 143, §3º, V, da CF/88 veda
a filiação do militar a partido político. Porém, o TSE, diante dessa situação, determinou que, caso o militar
venha a candidatar-se, a ausência de prévia filiação partidária (uma das condições de elegibilidade) será
suprida pelo registro da candidatura apresentada pelo partido político e autorizada pelo candidato.
Art. 48. Aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV e
no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e com prevalência da
atividade militar, o disposto no art. 37, inciso XVI, da Constituição Federal, além de outros
direitos previstos em lei, que visem à melhoria de sua condição social e os seguintes:
Antes de conhecer os benefícios especificamente definidos pela Constituição do Pará para seus servidores
militares, vamos ver os previstos na CF/88 que a eles se estendem.
O art. 7°, CF/88, trata de alguns dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais que a Constituição do Pará
também previu para seus servidores militares. São eles:
a) 13º salário;
b) salário-família pago em razão de dependente de servidor de baixa renda;
c) férias anuais com direito ao terço constitucional de férias;
d) licença à gestante e licença paternidade.
No art. 37, CF/88, foram enumerados princípios que a administração pública de todos os entes deve seguir:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Além disso, há uma série que imposições
que deverão observar, dentre elas, algumas aplicadas aos servidores militares:
a) a remuneração dos servidores deverá o teto estabelecido para o Estado que é o subsídio mensal
dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, que corresponde a 90,25% do subsídio dos Ministros
do STF;
b) é vedada a vinculação ou equiparação de remunerações (visa impedir reajustes automáticos ou
aumentos em cascata);
c) acréscimos pecuniários não são considerados para acréscimos posteriores (proibição de incidência
cumulativa de gratificações);
d) os subsídios e vencimentos são irredutíveis.
Agora, veremos os benefícios especificamente previstos na Constituição do Pará para seus servidores
militares:
II - prazo de validade do concurso público de dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
O art. 49 da Constituição do Estado do Pará estabeleceu que os servidores militares serão admitidos
mediante concurso público, que deve contar com uma fase de curso de formação e adaptação. Tal concurso
terá validade de 2 anos, sendo permitido prorrogar uma única vez e por igual período. A promoção se dá por
antiguidade e merecimento, observado o estabelecido em legislação própria.
Organização Regional
§ 1°. A organização regional será regulamentada mediante lei complementar que, dentre
outras disposições, instituirá a regionalização administrativa e estabelecerá seus limites,
competências e sedes.
§ 3°. Os Municípios que integrarem grupamentos previstos neste artigo, não perderão nem
terão limitada sua autonomia política, financeira e administrativa.
O Estado do Pará poderá, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações
urbanas e microrregiões, constituídas por grupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Essa é a atividade de
organização regional, cujos objetivos estão elencados no art. 50, da Constituição Estadual.
A organização regional é regulamentada por lei complementar que, dentre outras disposições, instituirá a
regionalização administrativa e estabelecerá seus limites, competências e sedes. Cabe destacar que os
Municípios que integrarem grupamentos oriundos da integração regional (microrregiões, regiões
metropolitanas, etc), não perderão nem terão limitada sua autonomia política, financeira e administrativa.
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL
O Estado do Pará é dividido em Municípios, dotados de autonomia política, administrativa e financeira, nos
termos assegurados pela CF/88 e pela Constituição Estadual. O Município é regido por Lei Orgânica, que é
votada em dois turnos (interstício mínimo de 10 dias) e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara
Municipal, que é responsável por sua promulgação.
Segundo o art. 53, da Constituição Estadual, os Municípios poderão celebrar convênios e acordos com a
União, o Estado e outros Municípios, para a execução de suas leis, serviços ou decisões. Os Municípios
também possuem competência para constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens,
serviços e instalações.
É possível a modificação dos limites territoriais dos Municípios do Estado do Pará, procedimento que é
regulado pelo art. 55, da Constituição Estadual.
Art. 55. Os Municípios poderão modificar os seus limites territoriais, se houver acordo
entre os Prefeitos dos Municípios interessados, ratificado pelas respectivas Câmaras
Municipais e referendado pelos eleitores domiciliados na área de plebiscito.
§ 1°. O plebiscito de que trata este artigo será realizado dentro de noventa dias, contados
da data da publicação do ato que o aprovou, e as despesas decorrentes da sua realização
serão custeadas pelo Poder Executivo Estadual.
§ 2°. Não havendo o acordo previsto no caput deste artigo, até cento e vinte dias após o
protocolo da proposta, o processo poderá iniciar-se por solicitação de 15% (quinze por
cento) do eleitorado da área territorial interessada, exigido parecer técnico sobre a
viabilidade econômica do Município do qual faz parte a área em questão.
§ 4°. Além dos requisitos mencionados neste artigo, a modificação dos limites territoriais
dos Municípios depende de lei estadual.
A alteração dos limites territoriais depende, em primeiro lugar, de um acordo celebrado entre os Prefeitos
dos Municípios interessados. Além disso, o acordo deverá ser ratificado pelas Câmaras Municipais e
referendado pelos eleitores, mediante plebiscito.
Art.18-...........................................................................
Da leitura do dispositivo supratranscrito, percebe-se que são necessários os seguintes requisitos para a
criação, incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios:
2) A lei ordinária estadual deverá ser publicada dentro do período determinado por lei
complementar federal.
4) Deve ser aprovada lei ordinária federal estabelecendo os requisitos genéricos para a criação,
incorporação, fusão e desmembramento de Municípios.
5) Devem ser divulgados Estudos de Viabilidade Municipal, na forma da lei. A consulta às populações
envolvidas deverá ser posterior à divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal.
As competências dos Municípios do Estado do Pará estão relacionadas no art. 56 da Constituição Estadual,
abaixo transcrito.
Art. 56. Além do exercício da competência comum com a União e o Estado e de sua
competência tributária, prevista na Constituição Federal, compete aos Municípios:
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados
em lei;
Importante regra também é trazida pelo art. 57 da CE/PA: os Municípios poderão instituir fundos municipais
de desenvolvimento para executar as funções públicas de interesse comum.
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida
fundada;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino;
Parágrafo único. Durante o período da intervenção, a lei orgânica não poderá ser alterada,
salvo se a intervenção foi decretada em decorrência de fatos gerados pela ilegalidade ou
inconstitucionalidade da mesma.
§ 3°. No caso do art. 84, IV, dispensada a apreciação pela Assembleia Legislativa, o decreto
limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao
restabelecimento da normalidade.
A pergunta que devemos fazer agora é a seguinte: em que situações o Estado irá intervir nos Municípios?
A Constituição Federal de 1988 tratou sobre o tema em seu art. 35, norma esta que foi parcialmente
reproduzida pela Constituição Estadual do Pará. As hipóteses de intervenção do Estado nos municípios são
as seguintes:
a) deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
c) não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
Comparando o texto da CF/88 com a Constituição Estadual, verificamos uma diferença. Na CF/88, uma das
hipóteses de intervenção do Estado nos municípios é quando não tiver sido aplicado o mínimo exigido da
receita municipal nos serviços públicos de saúde. Apesar de ela não estar explícita na Constituição Estadual,
essa hipótese de intervenção deve ser entendida como aplicável no âmbito do Pará em virtude de expresso
comando da CF/88.
Por último, cabe destacar que, uma vez cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de
seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. O interventor, no prazo de trinta dias após a cessação
da intervenção, encaminhará à Assembleia Legislativa, por intermédio do Governador, relatório
circunstanciado sobre seus atos, devendo sobre a matéria o Tribunal de Contas dos Municípios emitir
parecer.
QUESTÕES COMENTADAS
1. (Questão Inédita) A elaboração das Constituições Estaduais é manifestação do Poder Constituinte
Derivado Decorrente.
Comentário:
É isso mesmo! O Poder Constituinte Derivado Decorrente se manifesta por meio da elaboração das
Constituições Estaduais. Questão correta.
Comentários:
Isso é exatamente o que está previsto no art. 20 da Constituição Estadual do Pará. Questão correta.
3. (Questão Inédita) Somente por lei específica poderá ser autorizada a criação de autarquia e
fundação pública, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
Comentário:
As autarquias são diretamente criadas por lei específica, e não autorizadas, na forma do art. 21 da CE/PA.
Questão errada.
4. (CETAP/ MPC-PA – Analista Direito – 2015) Na Constituição do Estado do Pará, apenas não se refere
a regra atinente ao “Controle dos atos da Administração Pública”:
b) A administração pública deve realizar o controle interno, finalístico e hierárquico de seus atos,
visando a mantê-los dentro dos princípios fundamentais previstos nesta Constituição, adequando-os as
necessidades do serviço e as exigências técnicas, econômicas e sociais.
c) A administração pública tornará nulos seus atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, bem
como deverá revoga-los por motivo de conveniência ou oportunidade, observado, em qualquer caso, o
devido procedimento legal.
Comentários:
Todas as alternativas reproduzem dispositivos da CE/PA referentes ao controle dos atos da administração
pública, à exceção da alternativa A, que trata de alterações na estrutura dos Estados (art. 14, CE/PA).
Gabarito: Letra A.
5. (Questão inédita) O Estado responderá pelo dano que seus agentes causarem a terceiros apenas
em casos de evidente culpa ou dolo.
Comentário:
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público respondem
objetivamente pelo dano que seus agentes causarem a terceiros, independente da comprovação de culpa
ou dolo. É necessário, apenas, o nexo de causalidade entre a ação e o dano. A comprovação de culpa ou dolo
é necessária para que a Administração exerça o direito de regresso contra o responsável, nos termos do art.
27 da CE/PA. Questão errada.
6. (UEPA/ SEAD-PA – Fiscal de Receitas – 2013) A Constituição Estadual do Pará de 1989, dentro de
sua competência normativa, ao tratar dos servidores civis estaduais, estabelece uma vantagem
remuneratória que não consta do catálogo previsto na Constituição Federal para os servidores federais,
qual seja:
a) Licença Paternidade
b) Salário-família
c) Adicional de interiorização
d) Hora-extra
Comentário:
O art. 31 da CE/PA arrola os direitos assegurados os servidores públicos civis estaduais. Dentre eles, uma das
novidades na Constituição Paraense é o adicional de interiorização, na forma da lei, previsto no art. 31, VI,
CE/PA. Gabarito: C.
Comentário:
Comentários:
Os membros da Assembleia Legislativa (Deputados estaduais) são eleitos pelo sistema proporcional. Questão
errada.
Comentários:
Esse é o período da sessão legislativa no estado do Pará, nos termos do art. 99 da CE/PA. Questão correta.
10. (UEPA/ SEAD-PA – Auditor Fiscal – 2013) Cabe a Assembleia Legislativa do Estado do Pará, segundo
a Constituição Estadual de 1989:
a) julgar, anualmente, as contas do Tribunal de Contas do Estado e do Tribunal de Contas dos Municípios.
c) apreciar, anualmente, as contas de sua Mesa Diretora, após julgadas pelo Tribunal de Contas do Estado,
sem participação dos membros da Mesa, funcionando como Presidente, neste procedimento, o Deputado
mais idoso.
e) partidos políticos, associação ou sindicato são parte legítima para, na forma da lei, denunciar crimes de
responsabilidade de quaisquer autoridades e irregularidades ou ilegalidades perante a Assembleia
Legislativa, devendo o cidadão fazer-se por eles representar.
Comentários:
Letra A: Dispõe o art. 92, XXX, da CE/PA, que compete exclusivamente à Assembleia Legislativa julgar,
anualmente, as contas do Tribunal de Contas do Estado. Alternativa incorreta.
Letra B: Nos termos do art. 91, VIII, CE/PA, trata-se de competência a ser submetida à sanção do Governador.
Alternativa incorreta.
Letra C: A alternativa C reproduz fielmente o art. 92, XXIX, da CE/PA. Alternativa correta.
Letra D: Nesta hipótese, funcionará como Presidente o do Tribunal de Justiça do Estado, conforme o art. 92,
parágrafo único, da CE/PA. Alternativa incorreta.
Letra E: Por força do art. 94, CE/PA, qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte
legítima para, na forma da lei, denunciar crimes de responsabilidade de quaisquer autoridades e
irregularidades ou ilegalidades perante a Assembleia Legislativa. Alternativa incorreta.
11. (Questão Inédita) Os Deputados não poderão, desde a expedição do diploma, firmar ou manter
contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista
ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes.
Comentários:
É o que dispõe o art. 96, inciso I, da Constituição Estadual do Pará. Questão correta.
12. (Questão Inédita) Compete exclusivamente à Assembleia Legislativa julgar, anualmente, as contas
prestadas pelo Governador e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de Governo.
Comentários:
O julgamento das contas do Governador, assim como a apreciação dos relatórios sobre a execução dos
planos de governo, compete à Assembleia Legislativa. Questão correta.
Comentários:
De fato, as comissões podem convocar Secretários de Estado para prestarem informações sobre os assuntos
inerentes a suas atribuições. Trata-se de competência que viabiliza o controle, pelo Poder Legislativo, da
execução de políticas públicas. Questão correta.
14. (Questão inédita) No Estado do Pará, há a possibilidade iniciativa popular para apresentação de
projeto de lei, mas não de projeto de emenda à Constituição.
Comentário:
O art. 103, V, da Constituição do Pará prevê a possibilidade de iniciativa popular de emendas constitucionais,
diferentemente do que ocorre na Constituição Federal. Questão errada.
15. (Questão Inédita) A matéria constante no projeto de lei rejeitado não poderá, em qualquer
hipótese, constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa.
Comentário:
Lembre-se, a irrepetibilidade não é absoluta. Poderá haver novo projeto com a mesma matéria caso este
seja proposto por maioria absoluta dos membros da Assembleia. Questão errada.
16. (Questão inédita) Cabe à Assembleia Legislativa do Estado a iniciativa de lei sobre regime de
previdência dos militares, o regime de previdência e o regime jurídico único dos servidores públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, incluídos o provimento de cargo e a estabilidade.
Comentário:
Esta é uma matéria de iniciativa privativa do Governador do Estado do Pará. Questão errada.
17. (Questão inédita) A Constituição Estadual poderá ser emendada mediante iniciativa de 1/3, no
mínimo, dos membros da Assembleia Legislativa.
Comentário:
De fato, esta é uma das hipóteses de legitimidade para propositura de emenda à Constituição Estadual (art.
103, CE/PA). Questão correta.
18. (Questão inédita) Caso um projeto de lei seja vetado pelo Governador do Estado, este veto poderá
ser derrubado por voto de maioria absoluta dos Deputados Estaduais.
Comentário:
§ 4º – O veto será apreciado dentro de trinta dias, a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado
pelo voto da maioria absoluta dos Deputados, em escrutínio secreto.
Questão correta.
19. (Questão inédita) O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com auxílio
do Tribunal de Contas do Estado.
Comentário:
De fato, o controle externo compete à Assembleia Legislativa, que, nessa tarefa, recebe o auxílio do Tribunal
de Contas do Estado, nos termos do art. 116, CE/PA. Questão correta.
20. (Questão inédita) Caso detecte irregularidade, o Tribunal de Contas do Estado do Pará poderá
sustar atos e contratos impugnados e comunicar a decisão à Assembleia Legislativa.
Comentário:
De fato, o TCE/PA tem competência para sustar atos administrativos. Contudo, a sustação de contratos
administrativos é competência da Assembleia Legislativa (art. 116, §1º, CE/PA) Questão errada.
21. (AOCP/ TCE-PA – Analista de Controle Externo – 2012) De acordo com a Constituição Estadual,
analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. I. Os Conselheiros, nos casos de crimes
comuns e nos de responsabilidade, serão processados e julgados, originariamente, pelo Supremo Tribunal
Federal. II. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária.
III. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denuncia irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado. IV. O Tribunal de Contas
do Estado prestará suas contas, anualmente, à Assembleia Legislativa, no prazo de sessenta dias da
abertura da sessão legislativa.
a) Apenas I e III.
c) Apenas I e II.
Comentários:
O único item incorreto é o I, já que, na forma do art. 119, §4º, da CE/PA, os Conselheiros, nos casos de crimes
comuns e nos de responsabilidade, serão processados e julgados, originariamente, pelo Superior Tribunal
de Justiça. Resposta: Letra D.
22. (Questão inédita) Nos termos da Constituição do Estado do Pará, é de competência do Tribunal de
Contas Estadual avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual.
Comentário:
Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual é uma das atribuições do controle interno
(art. 121, I, CE/PA). Questão errada.
Comentário:
Cuidado! Consoante prevê o art. 121, §1º, CE/PA, os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas, sob pena
de responsabilidade solidária. Questão errada.
24. (Questão inédita) Além do controle interno e externo, há a possibilidade de haver controle
popular, por meio de qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato, que podem, na forma da
lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades de atos dos agentes públicos.
Comentário:
É isso mesmo! A assertiva está de acordo com o art. 121, §2º, da CE/PA:
Art. 121 – §2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da
lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado.
Questão correta.
25. (CESPE/ MPC-PA – Analista Ministerial - 2019) Com referência às normas da Constituição do Estado
do Pará aplicáveis ao controle externo, é correto afirmar que
a) o Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE/PA) deverá prestar suas contas, anualmente, à Assembleia
Legislativa do Pará, no prazo de 60 dias, contado da abertura da sessão legislativa.
b) os tribunais de contas dos municípios do estado do Pará deverão prestar suas contas, anualmente, à
Assembleia Legislativa do Pará, no prazo de 90 dias, contado da abertura da sessão legislativa.
Comentários:
Letra B: Na verdade, o prazo para prestação de contas é de 60 dias, nos termos do art. 122 da CE/PA.
Alternativa errada.
Letra C: Consoante determina o art. 116, §5º, CE/PA, é assegurado ao Deputado Estadual, no Tribunal de
Contas do Estado, acesso a processos de diligências, inspeções, auditorias e de contas, dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, independentemente de já terem sido julgados pelo Tribunal. Alternativa
errada.
Letra D: Na forma do art. 119, §4º, da CE/PA, os Conselheiros, nos casos de crimes comuns e nos de
responsabilidade, serão processados e julgados, originariamente, pelo Superior Tribunal de Justiça.
Alternativa errada.
26. (Questão Inédita) Nos termos da Constituição do Estado do Pará, em caso de impedimento do
Governador e do Vice-Governador, serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança
Comentários:
O gabarito é a letra A.
Comentários:
É exatamente isso que prevê o art. 132 da Constituição Estadual. Questão correta.
28. (Questão Inédita) De acordo com a CE/PA, vagando os cargos de Governador e Vice-Governador no
penúltimo ano do mandato, far-se-á eleição, pela Assembleia Legislativa, até noventa dias depois de
aberta a última vaga.
Comentários:
29. (Questão Inédita) Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-
Governador do Estado do Pará, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será
declarado vago.
Comentários:
É isso mesmo! Se, dentro de 10 dias da data fixada para a posse, o Governador e o Vice-Governador não
assumirem o cargo, este será declarado vago. Questão correta.
30. (Questão Inédita) O Governador e o Vice-Governador não poderão, sem autorização da Assembleia
==1a153c==
Legislativa, ausentar-se da região metropolitana de Belém, por período superior a quinze dias
consecutivos, sob pena de perda do cargo.
Comentários:
É exatamente isso. Para que possam se ausentar da região metropolitana de Belém por mais de 15 dias, o
Governador e o Vice-Governador precisam de autorização da Assembleia Legislativa, sob pena de perderem
o cargo. Questão correta.
31. (Questão inédita) Os Secretários de Estado são livremente nomeáveis e exoneráveis pelo
Governador, sendo escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados, maiores de trinta e cinco anos e
no exercício dos direitos políticos.
Comentários:
Segundo o art. 138 da CE/PA, os Secretários de Estado são escolhidos entre brasileiros, maiores de 21 anos
e no exercício dos direitos políticos. Questão errada.
32. (Questão inédita) De acordo com a Constituição do Estado do Pará, compete privativamente ao
Tribunal de Justiça propor à Assembleia Legislativa a alteração do número de seus membros e a alteração
da organização e da divisão judiciárias.
Comentários:
É exatamente o que prevê o art. 160, VIII, da Constituição Estadual. Questão correta.
33. (Questão inédita) Regra constitucional paraense determina que a composição de um quinto dos
lugares dos Tribunais do Estado será de membros do Ministério Público com mais de dez anos de carreira
e de advogados de notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de 5 anos de efetiva atividade
profissional.
Comentário:
De acordo com o art. 156 da CE/PA, os membros do Ministério Público deverão ter mais de 10 (dez) anos de
carreira. Já os advogados deverão ter notório saber jurídico e reputação ilibada, além de 10 (dez) anos de
efetiva atividade profissional. Questão errada.
34. (Questão Inédita) A proposta orçamentária do Poder Judiciário do Pará será elaborada pelo
Tribunal de Justiça, independentemente dos limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias.
Comentários:
O Tribunal de Justiça elaborará a proposta orçamentária do Poder Judiciário, dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias (158, CE/PA). Questão errada.
35. (Questão inédita) O exercício da função de Juiz de Paz é considerado de relevante interesse público,
por isso não é remunerada.
Comentário:
A função de Juiz de Paz, que é exercida por cidadão eleito pelo voto direto, secreto e universal, é
remunerada. Questão errada.
36. (Questão inédita) O próprio Tribunal de Justiça do Pará pode propor, à Assembleia Legislativa, a
alteração do número de seus membros e a criação de novas varas.
Comentário:
É exatamente isso que dispõem os incisos V e VIII, “a”, do art. 160 da Constituição do Pará. Questão correta.
37. (Questão inédita) O Tribunal de Justiça do Estado do Pará não tem competência, mesmo diante do
caso concreto, para declarar a inconstitucionalidade de lei federal.
Comentário:
Quando apreciar um fato concreto, qualquer juiz ou tribunal poderá declarar a inconstitucionalidade de lei
federal. No entanto, fique atento, pois o Tribunal de Justiça não julga uma ADI de ato federal. Questão
errada.
38. (Questão inédita) Consoante estabelece a CE/PA, o Procurador-Geral do Estado deverá ser,
previamente, ouvido nas ações diretas de inconstitucionalidade.
Comentário:
De acordo com o § 1º do art. 162 da CE/PA, é o Procurador-Geral de Justiça que deverá ser ouvido,
previamente, nas ações diretas de inconstitucionalidade. Questão errada.
39. (Questão inédita) São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e
a independência funcional.
Comentários:
40. (Questão Inédita) O Ministério Público do Estado do Pará tem por chefe o Procurador-Geral de
Justiça, nomeado pelo Governador do Estado dentre os integrantes da carreira, indicados em lista tríplice,
para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução.
Comentários:
A questão está quase perfeita. O erro está na parte final. É permitido que, após seu mandato, o PGJ seja
reconduzido, uma vez, na forma do art. 179, §2°, CE/PA. Questão errada.
41. (Questão Inédita) Os membros do Ministério Público sujeitam-se, entre outras vedações, à
proibição de exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério.
Comentários:
É exatamente o que dispõe o art. 181, inciso II, alínea “d”, da Constituição Estadual. Questão correta.
42. (Questão Inédita) O Ministério Público é instituição essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a orientação jurídica, a representação judicial e a defesa gratuitas dos necessitados.
Comentários:
É a Defensoria Pública do Estado que tem a competência para realizar a orientação jurídica gratuita daqueles
que comprovem insuficiência de recursos, por determinação do art. 190 da CE/PA. Questão errada.
43. (Questão Inédita) De acordo com a Constituição do Estado do Pará, à Polícia Civil compete,
ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares.
Comentários:
De fato, essas são competências da Polícia Civil (art. 194, CE/PA). Questão correta.
44. (Questão Inédita) Conforme prevê a Carta Estadual do Pará, a Polícia Civil está incumbida da função
de polícia ostensiva e da preservação da ordem pública, além da função de polícia judiciária e da apuração
de infrações penais.
Comentários:
De fato, a polícia civil está incumbida das funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares. Contudo, as funções de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública competem
à Polícia Militar. Questão errada.
45. (Questão Inédita) A Segurança Pública do Estado do Pará, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas e
do patrimônio.
Comentários:
46. (Questão Inédita) A Segurança Pública é exercida através dos seguintes órgãos: Polícia Civil, Policia
Militar, Guardas Municipais e Corpo de Bombeiros Militar.
Comentários:
Muito cuidado! As Guardas Municipais não estão arroladas nos incisos do art. 144 da CF/88, portanto, elas
não fazem parte dos órgãos da segurança pública, uma vez que aquele artigo se trata de rol taxativo.
Consoante determina a Constituição Federal (art. 144, § 8o) os Municípios poderão constituir guardas
municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. Trata-se,
segundo Uadi Lammego Bulos, de polícia administrativa, que visa à proteção do patrimônio contra a
depredação dos demolidores da coisa alheia. Atualmente, portanto, as guardas municipais não possuem
competência para realizar policiamento ostensivo.
Segundo o STF, as Guardas Municipais podem exercer poder de polícia de trânsito, inclusive aplicando
sanções administrativas (multas) aos infratores.1
Questão errada.
47. (Questão Inédita) Conforme prevê a CE/PA, a investidura no cargo de Delegado de Polícia Civil
depende de habilitação por concurso público de provas ou de provas e títulos, e aproveitamento em curso
oficial de formação técnico-profissional. Além disso, o cargo de Delegado é privativo de bacharel em
Direito.
Comentários:
LISTA DE QUESTÕES
1. (Questão Inédita) A elaboração das Constituições Estaduais é manifestação do Poder Constituinte
Derivado Decorrente.
2. (Questão Inédita) Segundo a Constituição do Estado do Pará, a Administração Pública deverá observar
os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência, publicidade e participação popular.
3. (Questão Inédita) Somente por lei específica poderá ser autorizada a criação de autarquia e fundação
pública, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
4. (CETAP/ MPC-PA – Analista Direito – 2015) Na Constituição do Estado do Pará, apenas não se refere a
regra atinente ao “Controle dos atos da Administração Pública”:
b) A administração pública deve realizar o controle interno, finalístico e hierárquico de seus atos, visando
a mantê-los dentro dos princípios fundamentais previstos nesta Constituição, adequando-os as
necessidades do serviço e as exigências técnicas, econômicas e sociais.
c) A administração pública tornará nulos seus atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, bem
como deverá revoga-los por motivo de conveniência ou oportunidade, observado, em qualquer caso, o
devido procedimento legal.
5. (Questão inédita) O Estado responderá pelo dano que seus agentes causarem a terceiros apenas em
casos de evidente culpa ou dolo.
6. (UEPA/ SEAD-PA – Fiscal de Receitas – 2013) A Constituição Estadual do Pará de 1989, dentro de sua
competência normativa, ao tratar dos servidores civis estaduais, estabelece uma vantagem
remuneratória que não consta do catálogo previsto na Constituição Federal para os servidores
federais, qual seja:
a) Licença Paternidade
b) Salário-família
c) Adicional de interiorização
d) Hora-extra
10. (UEPA/ SEAD-PA – Auditor Fiscal – 2013) Cabe a Assembleia Legislativa do Estado do Pará, segundo
a Constituição Estadual de 1989:
a) julgar, anualmente, as contas do Tribunal de Contas do Estado e do Tribunal de Contas dos Municípios.
c) apreciar, anualmente, as contas de sua Mesa Diretora, após julgadas pelo Tribunal de Contas do Estado,
sem participação dos membros da Mesa, funcionando como Presidente, neste procedimento, o Deputado
mais idoso.
e) partidos políticos, associação ou sindicato são parte legítima para, na forma da lei, denunciar crimes de
responsabilidade de quaisquer autoridades e irregularidades ou ilegalidades perante a Assembleia
Legislativa, devendo o cidadão fazer-se por eles representar.
11. (Questão Inédita) Os Deputados não poderão, desde a expedição do diploma, firmar ou manter
contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista
ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes.
12. (Questão Inédita) Compete exclusivamente à Assembleia Legislativa julgar, anualmente, as contas
prestadas pelo Governador e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de Governo.
14. (Questão inédita) No Estado do Pará, há a possibilidade iniciativa popular para apresentação de
projeto de lei, mas não de projeto de emenda à Constituição.
15. (Questão Inédita) A matéria constante no projeto de lei rejeitado não poderá, em qualquer
hipótese, constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa.
16. (Questão inédita) Cabe à Assembleia Legislativa do Estado a iniciativa de lei sobre regime de
previdência dos militares, o regime de previdência e o regime jurídico único dos servidores públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, incluídos o provimento de cargo e a estabilidade.
17. (Questão inédita) A Constituição Estadual poderá ser emendada mediante iniciativa de 1/3, no
mínimo, dos membros da Assembleia Legislativa.
18. (Questão inédita) Caso um projeto de lei seja vetado pelo Governador do Estado, este veto poderá
ser derrubado por voto de maioria absoluta dos Deputados Estaduais.
19. (Questão inédita) O controle externo, a cargo da Assembleia Legislativa, será exercido com auxílio
do Tribunal de Contas do Estado.
20. (Questão inédita) Caso detecte irregularidade, o Tribunal de Contas do Estado do Pará poderá
sustar atos e contratos impugnados e comunicar a decisão à Assembleia Legislativa.
21. (AOCP/ TCE-PA – Analista de Controle Externo – 2012) De acordo com a Constituição Estadual,
analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. I. Os Conselheiros, nos casos de crimes
comuns e nos de responsabilidade, serão processados e julgados, originariamente, pelo Supremo Tribunal
Federal. II. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária.
III. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denuncia irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado. IV. O Tribunal de Contas
do Estado prestará suas contas, anualmente, à Assembleia Legislativa, no prazo de sessenta dias da
abertura da sessão legislativa.
a) Apenas I e III.
c) Apenas I e II.
22. (Questão inédita) Nos termos da Constituição do Estado do Pará, é de competência do Tribunal de
Contas Estadual avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual.
23. (Questão inédita) Os responsáveis pole controle interno, ao tomarem conhecimento de
irregularidade e dela não darem ciência ao Tribunal de Contas do Estado, estarão sujeitos à
responsabilidade subsidiária.
24. (Questão inédita) Além do controle interno e externo, há a possibilidade de haver controle popular,
por meio de qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato, que podem, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades de atos dos agentes públicos.
25. (CESPE/ MPC-PA – Analista Ministerial - 2019) Com referência às normas da Constituição do Estado
do Pará aplicáveis ao controle externo, é correto afirmar que
a) o Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE/PA) deverá prestar suas contas, anualmente, à Assembleia
Legislativa do Pará, no prazo de 60 dias, contado da abertura da sessão legislativa.
b) os tribunais de contas dos municípios do estado do Pará deverão prestar suas contas, anualmente, à
Assembleia Legislativa do Pará, no prazo de 90 dias, contado da abertura da sessão legislativa.
26. (Questão Inédita) Nos termos da Constituição do Estado do Pará, em caso de impedimento do
Governador e do Vice-Governador, serão sucessivamente chamados ao exercício da Governança
27. (Questão Inédita) O Governador e o Vice-Governador do Pará deverão residir na região metropolitana
de Belém.
28. (Questão Inédita) De acordo com a CE/PA, vagando os cargos de Governador e Vice-Governador no
penúltimo ano do mandato, far-se-á eleição, pela Assembleia Legislativa, até noventa dias depois de
aberta a última vaga.
29. (Questão Inédita) Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-
Governador do Estado do Pará, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será
declarado vago.
30. (Questão Inédita) O Governador e o Vice-Governador não poderão, sem autorização da Assembleia
Legislativa, ausentar-se da região metropolitana de Belém, por período superior a quinze dias
consecutivos, sob pena de perda do cargo.
31. (Questão inédita) Os Secretários de Estado são livremente nomeáveis e exoneráveis pelo Governador,
sendo escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados, maiores de trinta e cinco anos e no
exercício dos direitos políticos.
32. (Questão inédita) De acordo com a Constituição do Estado do Pará, compete privativamente ao
Tribunal de Justiça propor à Assembleia Legislativa a alteração do número de seus membros e a
alteração da organização e da divisão judiciárias.
33. (Questão inédita) Regra constitucional paraense determina que a composição de um quinto dos
lugares dos Tribunais do Estado será de membros do Ministério Público com mais de dez anos de
carreira e de advogados de notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de 5 anos de efetiva
atividade profissional.
34. (Questão Inédita) A proposta orçamentária do Poder Judiciário do Pará será elaborada pelo Tribunal
de Justiça, independentemente dos limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias.
35. (Questão inédita) O exercício da função de Juiz de Paz é considerado de relevante interesse público,
por isso não é remunerada.
36. (Questão inédita)O próprio Tribunal de Justiça do Pará pode propor, à Assembleia Legislativa, a
alteração do número de seus membros e a criação de novas varas.
37. (Questão inédita) O Tribunal de Justiça do Estado do Pará não tem competência, mesmo diante do caso
concreto, para declarar a inconstitucionalidade de lei federal.
38. (Questão inédita) Consoante estabelece a CE/PA, o Procurador-Geral do Estado deverá ser,
previamente, ouvido nas ações diretas de inconstitucionalidade.
39. (Questão inédita) São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional.
40. (Questão Inédita) O Ministério Público do Estado do Pará tem por chefe o Procurador-Geral de Justiça,
nomeado pelo Governador do Estado dentre os integrantes da carreira, indicados em lista tríplice, para
mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução.
41. (Questão Inédita) Os membros do Ministério Público sujeitam-se, entre outras vedações, à proibição
de exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério.
42. (Questão Inédita) O Ministério Público é instituição essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a orientação jurídica, a representação judicial e a defesa gratuitas dos necessitados.
43. (Questão Inédita) De acordo com a Constituição do Estado do Pará, à Polícia Civil compete, ressalvada
a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as
militares.
44. (Questão Inédita) Conforme prevê a Carta Estadual do Pará, a Polícia Civil está incumbida da função de
polícia ostensiva e da preservação da ordem pública, além da função de polícia judiciária e da apuração
de infrações penais.
45. (Questão Inédita) A Segurança Pública do Estado do Pará, dever do Estado, direito e responsabilidade
de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e incolumidade das pessoas e do patrimônio.
46. (Questão Inédita) A Segurança Pública é exercida através dos seguintes órgãos: Polícia Civil, Policia
Militar, Guardas Municipais e Corpo de Bombeiros Militar.
47. (Questão Inédita) Conforme prevê a CE/PA, a investidura no cargo de Delegado de Polícia Civil depende
de habilitação por concurso público de provas ou de provas e títulos, e aproveitamento em curso oficial
de formação técnico-profissional. Além disso, o cargo de Delegado é privativo de bacharel em Direito.
GABARITO
1. CORRETA 17. CORRETA 33. ERRADA
2. CORRETA 18. CORRETA 34. ERRADA
3. ERRADA 19. CORRETA 35. ERRADA
4. LETRA A 20. ERRADA 36. CORRETA
5. ERRADA 21. LETRA D 37. ERRADA
6. LETRA C 22. ERRADA 38. ERRADA
7. ERRADA 23. ERRADA 39. CORRETA
8. ERRADA 24. CORRETA 40. ERRADA
9. CORRETA 25. LETRA A 41. CORRETA
10. LETRA C 26. LETRA A 42. ERRADA
11. CORRETA 27. CORRETA 43. CORRETA
12. CORRETA 28. ERRADA 44. ERRADA
13. CORRETA 29. CORRETA 45. CORRETA
14. ERRADA 30. CORRETA 46. ERRADA
15. ERRADA 31. ERRADA 47. CORRETA
16. ERRADA 32. CORRETA