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CÓDIGO:
212023700
TIPO DE MATERIAL:
E-book
TÍTULO:
Constituição do Estado do Ceará
PROFESSOR:
Diogo Surdi
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
1/2023
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO ESTADO DO CEARÁ
Professor Diogo Surdi
Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
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O povo é titular do poder de sufrágio, que o exerce em caráter universal, por voto direto
e secreto, com igual valor, na localidade do domicílio eleitoral, nos termos da lei, mediante:
a) eleição dos representantes políticos federais, estaduais e municipais;
b) plebiscito;
c) referendo.
d) iniciativa popular;
e) iniciativa compartilhada.
A iniciativa popular será exercida pela apresentação, à Assembleia Legislativa, de pro-
jeto de lei e de emenda à Constituição, subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado cearense,
distribuído pelo menos por 5 municípios, com não menos de três décimos por cento dos
eleitores de cada um deles.
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2. Organização do Estado
O Estado do Ceará, pessoa jurídica de direito público interno, exerce em seu terri-
tório as competências que, explícita ou implicitamente, não lhe sejam vedadas pela Cons-
tituição Federal, observados os seguintes princípios:
a) respeito à Constituição Federal e à unidade da Federação;
b) promoção da justiça social e extinção de todas as formas de exploração e
opressão, procurando assegurar a todos uma vida digna, livre e saudável;
c) defesa da igualdade e combate a qualquer forma de discriminação em razão
de nacionalidade, condição e local de nascimento, raça, cor, religião, origem étnica, convic-
ção política ou filosófica, deficiência física ou mental, doença, idade, atividade profissional,
estado civil, classe social, sexo e orientação sexual;
d) respeito à legalidade, impessoalidade, à moralidade, à publicidade, à eficiência
e à probidade administrativa;
e) colaboração e cooperação com os demais entes que integram a Federação,
visando ao desenvolvimento econômico e social de todas as regiões do país e de toda a
sociedade brasileira;
f) defesa do patrimônio histórico, cultural e artístico;
g) defesa do meio ambiente;
h) eficiência na prestação dos serviços públicos, garantida a modicidade das tarifas;
i) desenvolvimento dos serviços sociais e programas destinados à garantia de habi-
tação digna, com adequada infraestrutura, de educação gratuita em todos os níveis, bem
como compatível atendimento na área de saúde pública;
j) prestação de assistência social aos necessitados e à defesa dos direitos humanos;
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3. Poder Executivo
Assim como ocorre com os demais cargos eletivos, o Governador do Estado será eleito,
juntamente com o respectivo Vice, em eleições diretas e periódicas. A eleição de ambos os
cargos ocorrerá de acordo com as regras do sistema eleitoral majoritário.
Basicamente, o sistema majoritário é aquele utilizado para a eleição dos Chefes do
Poder Executivo (Prefeitos, Governadores, Presidente) e para os cargos de Senador.
Tal sistema é bem tranquilo de entender, de forma que o candidato que receber mais
votos sempre será aquele escolhido para ocupar o cargo em disputa.
No entanto, temos que fazer uma pequena diferenciação entre os cargos que podem
ou não ter segundo turno. No caso de Governadores e Presidente, sempre poderemos ter
segundo turno, sendo que tal possibilidade ocorre quando nenhum dos candidatos alcan-
çar a maioria absoluta (mais que 50%) dos votos válidos.
O Governador do Estado será eleito para um mandato de 4 anos, por sufrágio direto
e secreto. Aqui, é importante memorizarmos que a eleição do Governador importará na do
Vice-Governador do Estado com ele conjuntamente registrado.
A eleição do Governador e do Vice-Governador do Estado do Ceará, para mandato de 4
anos, será realizada no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo
de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus
antecessores.
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No segundo turno, irão concorrer apenas os dois candidatos mais votados na primeira
eleição. Aqui, ao contrário do que ocorre no primeiro turno, será considerado eleito o candidato
que obtiver a maioria dos votos válidos, não havendo necessidade de maioria absoluta.
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Nas situações em que ocorrer vacância de ambos os cargos, Governador e Vice, deve-
rão ser realizadas novas eleições. Neste ponto da matéria, temos que fazer uma importante
distinção com relação ao momento em que ocorreu a vacância de ambos os cargos.
Caso tais situações tenham ocorrido antes dos dois últimos anos do mandato (isto é,
nos 2 primeiros anos do mandato), deverão ser realizadas, no prazo de 90 dias após a
abertura da última vaga, novas eleições. Nessa situação, teremos novas eleições diretas,
sendo que os eleitores deverão, novamente, votar nos novos candidatos. Uma vez eleitos, os
escolhidos terminarão o mandato dos antecessores.
Em sentido diverso, quando a vacância ocorrer nos 2 últimos anos do mandato, a
eleição para ambos os cargos será feita 30 dias depois da última vaga, pela Assembleia
Legislativa e por voto nominal. Nesse caso, estaremos diante de eleições indiretas.
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3.2. Atribuições
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3.3. Responsabilidades
Para fins de prova, devemos memorizar que o órgão responsável pelo julgamento
do Governador, nos crimes de responsabilidade, será o Tribunal Especial, e não
a Assembleia Legislativa.
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É importante mencionar que o Governador ficará suspenso de suas funções, nos crimes
de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Tribunal Especial. Contudo, caso
tenha decorrido o prazo de 120 dias e o julgamento não esteja concluído, cessa o afasta-
mento do Governador, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
Os crimes comuns são aqueles que, em linhas gerais, não exigem, para sua prática,
qualquer tipo de qualidade especial do responsável ou da vítima. Nos crimes comuns, o
Governador será submetido a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça.
Assim como ocorre com os crimes de responsabilidade, o Governador ficará suspenso
de suas atividades. Nos crimes comuns, no entanto, a suspensão ocorrerá se recebida a
denúncia ou queixa-crime pelo Superior Tribunal de Justiça. Decorrido o prazo de 120 dias,
caso o julgamento não esteja concluído, cessará o afastamento do Governador, sem prejuízo
do regular prosseguimento do processo.
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Em linhas gerais, os Secretários de Estado podem ser definidos como auxiliares dire-
tos e da confiança do Governador. Para poder ser escolhido como Secretário de Estado,
o brasileiro deverá ter idade superior a 21 anos e estar no regular exercício dos seus
direitos políticos.
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4. Poder Legislativo
No Ceará, o Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, que, por sua
vez, é composta de Deputados Estaduais, representantes eleitos para mandatos de 4 anos.
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Isso ocorre na medida em que cada um das sessões legislativas é dividida em dois
períodos legislativos. E ambos os períodos são divididos pelo recesso parlamentar.
Logo, o período legislativo pode ser definido como a divisão de cada uma das ses-
sões legislativas. Consequentemente, as sessões legislativas sempre terão 2 períodos
legislativos, da mesma forma que a legislatura terá, sempre, 4 sessões legislativas.
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4.2. Atribuições
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4.3. Deputados
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Para poder tomar posse como Deputado Estadual, o candidato deve atender a uma
série de requisitos estabelecidos, a saber:
a) ter idade mínima de 21 anos;
b) estar filiado a um partido político no prazo exigido pela Justiça Eleitoral;
c) ter domicílio eleitoral no local em que irá concorrer;
d) ser brasileiro (nato ou naturalizado);
Em nosso ordenamento jurídico, as funções desempenhadas pelos Deputados são
consideradas imprescindíveis para a preservação do “Estado Democrático de Direito”. Nesse
sentido, aos parlamentares são asseguradas determinadas imunidades, que, em linhas
gerais, possuem o objetivo de possibilitar que as funções sejam desempenhadas da forma
mais independente e livre possível.
Assim, podemos conceituar as imunidades como as prerrogativas de ordem pública
conferidas aos parlamentares. Considerando que as prerrogativas são de ordem pública,
tais garantias são irrenunciáveis pelos Deputados.
Importante destacar que as imunidades têm início no momento em que os Deputados
são diplomados, e não a partir do momento da posse.
Ainda que a diplomação seja realizada para os Deputados e para os respectivos suplen-
tes, as imunidades não são estendidas para os suplentes dos cargos eletivos, alcançando,
em sentido diverso, apenas os titulares dos respectivos mandatos.
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Em sentido oposto, quando as opiniões, palavras e votos forem proferidas fora do ple-
nário, a imunidade goza de presunção relativa. Nessas situações, deve ser analisado se
o ato do parlamentar possui ou não conexão com as funções desempenhadas. Em outros
termos, caso as opiniões, palavras e votos tenham ligação com a função pública, o parla-
mentar estará abrangido pela imunidade. Caso não tenham qualquer tipo de ligação, não há
que se falar em imunidade, cabendo assim a responsabilização civil e penal do parlamentar.
Já a imunidade formal é a que diz respeito aos aspectos relacionados com a prisão dos
parlamentares e com o respectivo processo.
Podemos dividir a imunidade formal em três grandes categorias de prerrogativas:
quanto à prisão, quanto ao foro privilegiado e quanto ao processo.
a) Imunidade relacionada com a prisão: desde o momento em que ocorrer a diplo-
mação, não poderão os membros da Assembleia Legislativa, como regra geral, ser presos.
A vedação à prisão alcança até mesmo a do Deputado que seja devedor de prestação ali-
mentícia, que é uma das exceções à regra da impossibilidade de prisão por dívida em nosso
ordenamento jurídico.
Em caráter de exceção, temos a hipótese de flagrante pelo cometimento de crime ina-
fiançável, oportunidade em que o parlamentar, ainda que abrangido pela imunidade formal,
poderá ser preso. Na situação de cometimento de crime inafiançável, os autos do processo
serão remetidos, dentro de 24 horas, à Casa Legislativa respectiva, para que, pelo voto da
maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
b) Imunidade relacionada com o foro privilegiado: basicamente, o foro por prerro-
gativa de função (ou foro privilegiado) é uma prerrogativa concedida a certas autoridades
detentoras de poder, tais como os Parlamentares, os Magistrados e os Chefes do Poder
Executivo.
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Devemos conhecer, também, as situações que, ainda que o parlamentar esteja ausente
das funções, não acarretam a perda do mandato eletivo. Desta forma, não perderá o man-
dato o Deputado:
a) investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de
Estado, do Distrito Federal, de Território, da Prefeitura da Capital ou Chefe de Missão Diplo-
mática Temporário, ou a eles equiparados.
b) licenciado por motivo de doença, licença-maternidade, ou para tratar, sem remunera-
ção, de interesse particular, desde que, nessa hipótese, o afastamento não transponha 120
dias por sessão legislativa.
4.4. Comissões
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A Assembleia Legislativa e suas comissões, pelo voto de um terço dos seus mem-
bros, podem convocar Secretário de Estado para prestar, pessoalmente, informações sobre
assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência
sem justificação adequada.
5. Poder Judiciário
De acordo com a unicidade jurisdicional, todas as causas e conflitos podem ser leva-
das à análise do Poder Judiciário, que é o Poder que possui a função típica de dizer
o direito com o caráter de definitividade. Nesse sistema, todas as lesões e ameaças
de lesões podem ser levadas ao crivo do Poder Judiciário, que apenas pode manifestar-se
quando provocado por um dos interessados na tomada da decisão.
Trata-se da unicidade de jurisdição de um sistema inglês, uma vez que foi desenvolvido,
inicialmente, na Inglaterra, como forma de controlar todas as atividades do Poder Público.
Em nosso ordenamento jurídico, adota-se o sistema da unicidade de jurisdição,
sendo que todas as lesões ou ameaças de lesões podem ser levadas à análise do
Poder Judiciário, sendo este o único Poder com a prerrogativa de tomar decisões com a
característica do trânsito em julgado, ou seja, que não podem mais ser objeto de contestação.
De acordo com a Constituição do Estado do Ceará, são órgãos do Poder Judiciário:
a) Tribunal de Justiça;
b) Tribunais do Júri;
c) Juízes de Direito;
d) Juízes Substitutos;
e) Auditoria Militar;
f) Juizados Especiais;
g) Juizados de Paz;
h) outros órgãos criados por lei.
O ingresso na carreira do Poder Judiciário ocorre no cargo de Juiz Substituto. Para isso,
deverá o candidato ser aprovado em concurso públicos de provas e de títulos.
Como forma de conferir legitimidade ao procedimento, a OAB do Ceará deverá parti-
cipar, obrigatoriamente, de todas as fases do concurso. Para poder ingressar na carreira,
o candidato deve ser bacharel em Direito e possuir, ainda, pelo menos 3 anos de ativi-
dade jurídica.
Após ingressar na carreira, o Juiz poderá ser promovido de duas diferentes formas: por
antiguidade e por merecimento. Para isso, devem ser observadas as seguintes diretrizes:
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Estabelece o texto constitucional que o Tribunal de Justiça, com sede na Capital e juris-
dição em todo o território do Estado, compõe-se de desembargadores, nomeados dentre os
juízes de última entrância, observado o quinto constitucional.
É possível afirmar que o Tribunal de Justiça é o principal órgão do Poder Judiciário
Estadual, exercendo, inclusive, o controle de constitucionalidade em relação à Constitui-
ção Estadual.
Um quinto dos lugares dos Tribunais do Estado do Ceará será composto de membros
do Ministério Público com mais de 10 anos de carreira e de advogados de notório saber
jurídico e de reputação ilibada, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional.
O objetivo do legislador constituinte, com a elaboração da regra, foi o de possibilitar que
as decisões dos órgãos de segundo grau pudessem ser analisadas e tomadas por membros
oriundos de diversas classes.
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A Justiça Militar é competente para processo e julgamento dos integrantes das orga-
nizações militares estaduais – Polícia Militar e Corpo de Bombeiros – nos crimes militares
definidos em lei, sendo composta:
a) em primeiro grau, da Auditoria e Conselho de Justiça Militar;
b) em segundo grau, pelo Tribunal de Justiça, ao qual cabe decidir sobre a privação
do posto e patente dos oficiais, sobre a perda da graduação de praças de ambas as corpo-
rações militares;
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Por meio do princípio da unidade, o Ministério Público deve ser compreendido como
um só órgão, possuindo, como consequência, um só chefe.
A indivisibilidade é decorrência direta da unidade, assegurando que a atuação dos
membros do MP não deve ser vinculada a determinados processos.
A independência funcional, além de princípio institucional, é uma das principais carac-
terísticas do Ministério Público. Por meio dela, a atuação de cada um dos membros é inde-
pendente, não havendo que se falar em subordinação a qualquer um dos Poderes do Estado,
ou, ainda, de subordinação aos superiores hierárquicos.
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Garantias Vedações
a) vitaliciedade, após dois anos de exercí- a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto,
cio, não podendo perder o cargo senão por honorários, percentagens ou custas processuais;
sentença judicial transitada em julgado; b) exercer a advocacia, ainda que em disponibilidade;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de inte- c) exercer o comércio ou participar de sociedade
resse público, mediante decisão do órgão comercial, na forma da lei;
colegiado competente do Ministério Público, d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer
pelo voto da maioria absoluta dos seus outra função pública, salvo uma de magistério;
membros, assegurada ampla defesa; e) exercer atividade político-partidária;
c) irredutibilidade de subsídio, ressalvadas f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou
as situações expressas na Constituição. contribuições de pessoas físicas, entidades públicas
ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
g) é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do
qual se afastou, antes de decorridos três anos do afas-
tamento do cargo por aposentadoria ou exoneração;
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Qualquer autoridade pública que tiver conhecimento de ato que exija a intervenção de
curadores é obrigada a fazer o devido encaminhamento, sob pena de responsabilidade.
Precisamos memorizar que as funções institucionais do Ministério Público apenas
podem ser exercidas por integrantes da carreira, que, além disso, deverão, como regra
geral, residir na comarca ou sede da região da respectiva lotação, salvo em caso de
autorização do chefe da instituição.
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Assim como ocorre com outros órgãos, à Defensoria Pública são asseguradas auto-
nomia funcional, administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias (autonomia financeira).
Como decorrência de tais autonomias, as seguintes medidas podem ser adotadas pela
Defensoria Pública:
a) praticar atos próprios de gestão;
b) decidir sobre situação funcional e administrativa de seus membros e do serviço
auxiliar ativo, organizados em quadro próprio;
c) apresentar sua proposta orçamentária;
d) propor privativamente ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos
da carreira e serviços auxiliares, bem como a fixação, revisão e reajuste dos subsídios de
seus membros e dos vencimentos de seus servidores;
e) propor ao Poder Legislativo a criação e a alteração da legislação de interesse ins-
titucional;
f) expedir atos de provimento dos cargos da carreira e dos serviços auxiliares, de
promoção, remoção, readmissão, disponibilidade e de reversão;
g) editar atos de aposentadoria, exoneração, demissão e outros que importem em
vacância de cargos da carreira e dos serviços auxiliares, bem como os de disponibilidade
de membros da Defensoria Pública do Estado e de seus servidores dos serviços auxiliares;
h) exercer outras competências decorrentes de sua autonomia na forma da lei.
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Sendo assim, podemos afirmar que são atribuições da Procuradoria Geral a represen-
tação judicial e a consultoria jurídica do Estado do Ceará.
7. Administração Pública
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a) Autarquia: o serviço autônomo criado por lei, com personalidade jurídica de direito
público, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração
pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada;
b) Empresa pública: a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado
com patrimônio próprio e capital público maioritariamente do Estado, criada por lei para a
exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de con-
tingência ou de conveniência administrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas
admitidas em direito;
c) Sociedade de economia mista: a entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de
sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria ao Estado ou
a entidade da administração indireta;
d) Fundação pública: a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado,
sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de
atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autono-
mia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcio-
namento custeado por recursos do Estado e de outras fontes.
No Estado do Ceará, a administração pública direta, indireta e fundacional de quaisquer
dos Poderes obedecerá aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade,
da publicidade e da eficiência.
No tocante à forma de ingresso, tanto os servidores quanto os empregados públicos
devem observar, como regra geral, a obrigatoriedade de prévia aprovação em concurso
público. As exceções à regra da obrigatoriedade de realização de concurso público são as
nomeações para cargos em comissão, que são declarados em lei como de livre nome-
ação e exoneração. Nessas hipóteses, os ocupantes do cargo em comissão poderão ser
livremente escolhidos por parte da autoridade competente.
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Assim, ainda que as funções de confiança sejam destinadas, tal como ocorre com os
cargos em comissão, às atribuições de direção, chefia e assessoramento, apenas pode-
rão elas ser ocupadas por servidores ocupantes de cargos efetivos.
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8. Segurança Pública
A segurança pública deve ser vista como um processo sistêmico e contínuo, que,
ainda que se inicie com as medidas de prevenção, deve abarcar, também, o papel da popula-
ção (mediante denúncias), o papel das autoridades públicas e as demais medidas de repres-
são aos danos causados.
No Ceará, a segurança pública, penitenciária e a defesa civil são cumpridas pelo Estado
para proveito geral, com a responsabilidade cívica de todos na preservação da ordem cole-
tiva, e com direito que a cada pessoa assiste de receber legítima proteção para sua incolu-
midade e socorro, em caso de infortúnio e calamidade, e garantia ao patrimônio público ou
privado e à tranquilidade geral da sociedade, mediante sistema assim constituído:
a) Polícia Civil;
b) Organizações Militares, sendo elas a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar;
c) Polícia Penal.
Vejamos, por meio do quadro a seguir, as características de cada uma das instituições
responsáveis pelo desempenho da segurança pública.
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