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6.

CÁRIE: COMO PREVENIR A CÁRIE EM CRIANÇAS DE 0 A 5


ANOS

A cárie dentária é um processo que pode ocorrer em qualquer superfície


do dente na cavidade oral, onde o biofilme bacteriano (placa dentária) se
desenvolve por um período de tempo.

Diante de um quadro social de muitos e relevantes problemas


socioeconômicos da população, a Equipe de Saúde da Família (ESF) tem um
compromisso com uma atuação de maior impacto e a necessidade de soluções
técnicas e socialmente viáveis, o que mobilizou a busca por maior
conhecimento e formação (Educação Permanente em Saúde). A cárie dentária
é uma doença com alto índice nas crianças de zero a cinco anos e que têm um
grande impacto na saúde. É uma doença que se desenvolve pela união de
diversos fatores e que necessita de cuidados específicos para seu controle. O
consumo frequente de açúcar e os fatores socioeconômicos tem se mostrado
relevantes na instalação e progressão da doença cárie.

Os dentes são estruturas muito fortes e resistentes, mas para se manterem


íntegros e saudáveis é preciso que tenhamos bons hábitos de higiene bucal,
para que não sejam atingidos pela cárie. No interior da boca encontram-se
bactérias normais do ambiente bucal. Quando se faz a alimentação e não se
providencia a devida higienização bucal em seguida, os restos de alguns
alimentos em contato com as bactérias normais são transformados e produzem
resíduos na forma de ácidos.

A saliva tem o importante papel de “lavar” esse ambiente e por conter sais
minerais, irá reconstruir as áreas desmineralizadas do dente. É imprescindível
a higienização bucal após cada refeição porque se resíduos de alimentos
ficarem alojados entre os dentes, formará a placa bacteriana. Com o decorrer
do tempo a placa irá corroer o esmalte do dente, formando a cárie.

6.1-OS ESTÁGIOS DA CÁRIE

6.1.1. Cárie Incipiente


A placa bacteriana não removida pela escovação, em pouco tempo inicia a
produção de ácidos. Esses ácidos irão atacar e corroer o esmalte do dente.
Esse é o primeiro estágio da cárie, conhecida como cárie incipiente. Aparecem
pequenas manchas esbranquiçadas, mas ainda não aparece cavidade no
dente. Neste estágio a cárie pode ser remineralizada sem restauração.

6.1.2. Cárie de Esmalte

Com a formação de placa bacteriana sem que seja removida, neste segundo
estágio, com o decorrer do tempo a placa irá corroer o esmalte do dente,
iniciando a formação de cavidades no esmalte, apesar de ser muito duro.
Pequenas manchas escuras aparecem no dente. Geralmente neste estágio
você ainda não sentirá dor, já que o esmalte não tem terminações nervosas.

6.1.3. Cárie de Dentina

Depois do esmalte do dente ser afetado, em um terceiro estágio o esmalte é


corroído profundamente e atingirá a dentina. Nesse estágio você já terá
sensibilidade no dente, especialmente ao calor e ao frio, porque a dentina tem
terminações nervosas e a cavidade no dente aumentará rapidamente.

6.1.4. Infecção Pulpar / Abcesso

Se não tratada, a cárie de dentina atingirá a polpa do dente, causando


infecção, podendo causar um abscesso (bolsa de pus),causando dor intensa
em um processo de inflamação irreversível, necessitando agora de um
tratamento endodôntico (de canal) para salvar o dente.

6.2-OS TIPOS DE CÁRIES

Embora a cárie seja mais comum em crianças, adulto também está sujeitos a
ela. Os tipos de cárie são:

6.2.1. Cárie coronária: é o tipo mais comum. Ocorre tanto em criança como em
adultos. A cárie coronária se localiza nas superfícies de mastigação ou entre os
dentes.
Cárie radicular: à medida que envelhecemos, as gengivas se retraem, deixando
partes da raiz do dente expostas. Como não existe esmalte cobrindo as raízes
do dente, estas áreas expostas se deterioram facilmente.

Cárie recorrente: a deterioração pode ocorrer em volta das restaurações e


coroas existentes. Isto porque estas áreas tendem a acumular placa, que
acabam levando à deterioração.

A cárie de mamadeira, também conhecida por uma variedade de sinônimos,


como cárie de acometimento precoce, cárie por amamentação, síndrome da
mamadeira noturna, cárie em bebês etc, é um tipo de destruição dental
associada ao íntimo contato de líquidos açucarados fermentáveis com os
dentes de leite durante o dia ou à noite (durante o sono).

6.3.Causas da Cárie

O começo da cárie é este: a partir da erupção do primeiro dente de leite, aí


pelos 6 meses de idade, seu filho/a já pode ser atacado pela doença cárie. No
interior da boca de seu filho trava-se uma batalha silenciosa: o açúcar presente
nos restos dos alimentos que ficam na boca se junta a uma película de saliva
que fica sobre os dentes, onde vivem as bactérias do bem e do mal, inclusive a
causadora da cárie – o Streptococcus mutans.

A boca estará sempre cheia de bactérias que fazem parte da microflora bucal,
a despeito da limpeza que fizermos três ou quatro vezes por dia. Essa
coletânea de bactérias juntamente com o resto dos alimentos que fica aderida
nos dentes é chamada de “placa bacteriana” (sabe aquela natinha que fica nos
dentes quando a gente não escova? É ela, a placa bacteriana).

Quando você não escova adequadamente os dentes do seu filho e deixa essa
natinha no esmalte do dente, as bactérias presentes liberam ácidos que
começam a destruí-lo (Só pra lembrar o processo da cárie ocorre exatamente
da mesma forma tanto em dentes de leite como em dentes permanentes). A
doença cárie progride mais rápida nos dentes de leite porque as camadas que
protegem as estruturas do dente são mais finas. Por isso os cuidados devem
ser ainda maiores na fase da dentição de leite.

6.1.4-Sintomas da cárie
A cárie pode apresentar diversos sintomas. Os mais comuns são: dores nos
dentes, hipersensibilidade após ingerir alimentos muito quentes ou frios,
escurecimento dos dentes, dor ao morder e mau hálito.

6.5-Prevenção da Cárie

Ensinar bons hábitos de higiene bucal para seus filhos é uma das melhores
lições de saúde que você pode ensinar a eles. Isto significa ajudá-los a escovar
os dentes no mínimo três vezes ao dia, mostrar a maneira certa de usar o fio
dental, incentivá-los a comer pouco entre as refeições e sempre ir ao dentista.

Desde os primeiros dentes, a higienização deve ser feita com pasta que
contém flúor, em quantidades mínimas. Para uma criança de até dois anos, a
recomendação é que se use o equivalente ao tamanho de um grão de arroz cru
e que a quantidade aumente até um grão de ervilha para os maiores.

Os dentes começam a nascer quando o bebê tem seis meses de idade e


continuam a erupcionar até o terceiro ano de idade. Isto faz com que muitas
crianças tenham gengivas mais sensíveis e irritáveis nesta época. Os dentes
começam a nascer quando o bebê tem seis meses de idade e continuam a
erupcionar até o terceiro ano de idade. Isto faz com que muitas crianças
tenham gengivas mais sensíveis e irritáveis nesta época.

Como fazer uma escovação correta:

-Use uma pequena quantidade de creme dental com flúor. Não deixe seu filho
engolir o creme.

-Use uma escova macia. Primeiro limpe as superfícies internas dos dentes,
onde o acúmulo de placa é maior. As cerdas da escova devem estar em um
ângulo de 45 graus em relação à gengiva. Escove suavemente para frente e
para trás.

-Escove todas as superfícies dos dentes voltadas para a bochecha. As cerdas


da escova devem estar em um ângulo de 45 graus em relação à gengiva.
Escove suavemente para frente e para trás.

-Escove a superfície de mastigação dos dentes, para frente e para trás.

6.5-O tratamento nos dentes de leite

A maior dificuldade no tratamento de dentes de leite está no fato das crianças,


na maioria das vezes, ficarem assustadas e com medo, o que é natural. Por
isso, é importante que desde cedo os pais procurem um profissional de
confiança para que as crianças tenham contato com os equipamentos e com
meio odontológico e já conheçam o dentista que fará o atendimento.

Os tratamentos realizados em dentes decíduos com cáries vão depender de


cada situação especifica e ser avaliada pelo especialista, podendo ser
restaurações com materiais próprios para esses dentes, tratamentos
endodônticos (de canal) com remoção do nervo do dente ou extração do dente.

O tratamento pode ou não ser doloroso, dependendo da profundidade da cárie,


portanto pode-se utilizar um anestésico local. Também existe a possibilidade
de fazer uma sedação na criança. Tudo dependerá da análise do especialista.

Muitas vezes a criança não sente dor de dente e quando chega a se queixar de
dor, a situação já se encontra provavelmente agravada, por isso é importante
observar diariamente os dentinhos.

Nunca deixe de dizer que é bom ir ao dentista. Explique a seu filho que uma
consulta com o profissional ajuda manter a boa higiene bucal. Ao transmitir
uma atitude positiva, você estimulará o seu filho a ir ao dentista regularmente.

CONCLUIR

7- METODOLOGIA
A pesquisa é de natureza bibliográfica, descritiva e explicativa, tendo como
foco três momentos primordiais para a exposição da mesma.

No 1º momento foi feito a leitura de livros, artigos, sites para a coleta de


informações.

O 2º momento será explicativo, onde a pesquisa irá ser exposta em sala,


através de slides, e panfletos.

8-RECURSOS
- Humanos

Professora

Alunos 33

- Data show

-Notebook

- Slides

- Panfletos

-Camisas personalizadas

Humanos

9- CRONOGRAMA
PERÍODO

ETAPAS

ESCOLHA
DO
10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GUEDES PINTO, Antonio Carlos. Odontopediatria. 4ª


edição. São Paulo: Artes Médicas, 2000.
WILKINS, Esther M. Odontologia Geral. 1ª edição. São
Paulo: Editora Rideel, 2004.

MURRAY, John J. Doenças Orais: Medidas preventivas. 4ª


edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara

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