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Macroscópica
do Encéfalo
SUMÁRIO
1. Introdução...........................................................................................................3
2. Diencéfalo...........................................................................................................6
Tálamo........................................................................................................................... 6
Hipotálamo.................................................................................................................... 8
Epitálamo....................................................................................................................... 9
Subtálamo.................................................................................................................... 10
3. Telencéfalo.......................................................................................................11
Face dorsolateral......................................................................................................... 13
Face medial.................................................................................................................. 14
Face inferior................................................................................................................. 16
Ventrículos laterais...................................................................................................... 17
Estruturas subcorticais............................................................................................... 18
4. Tronco encefálico..............................................................................................23
Bulbo............................................................................................................................ 23
Ponte............................................................................................................................ 27
Quarto ventrículo......................................................................................................... 28
Mesencéfalo................................................................................................................ 29
5. Cerebelo............................................................................................................34
Referências.........................................................................................................................39
1. INTRODUÇÃO
O sistema nervoso central é aquele que se localiza dentro do esqueleto axial (ca-
vidade craniana e canal vertebral). Assim, encéfalo e medula constituem o sistema
nervoso central. No encéfalo temos cérebro, cerebelo e tronco encefálico. O tronco
encefálico é formado pelo mesencéfalo, pela ponte e pelo bulbo. A ponte separa o
bulbo, situado caudalmente, do mesencéfalo, situado cranialmente. Dorsalmente à
ponte e ao bulbo, localiza-se o cerebelo.
Diencéfalo
Cérebro
Telencéfalo
Encéfalo Cerebelo
Mesencéfalo
SNC
Medula espinhal
Tronco encefálico Ponte
Bulbo
Espinhais
Nervos
Sistema Cranianos
Nervoso Gânglios
Periférico
Terminações
nervosas
Substância
Recepção e integração de informações e respostas
cinzenta
2. DIENCÉFALO
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde à porção mais
desenvolvida do encéfalo. O telencéfalo encobre quase completamente o diencéfalo,
que permanece em situação mediana, podendo ser visto apenas na face inferior do
cérebro. O diencéfalo compreende as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitála-
mo e subtálamo, todas em relação ao III ventrículo.
Tálamo
Hipotálamo
Diencéfalo
Epitálamo
Subtálamo
Tálamo
Os tálamos são duas massas volumosas de substância cinzenta, de formato
ovoide, dispostas uma de cada lado na porção laterodorsal do diencéfalo, unidas
pela aderência intertalâmica e que delimitam a parte posterior do terceiro ventrículo.
A extremidade posterior, maior que a anterior, apresenta uma grande eminência, o
pulvinar, que se projeta sobre os corpos geniculados. O corpo geniculado medial faz
Hipotálamo
O hipotálamo é uma área relativamente pequena – cerca de 4 cm3 do tecido nervoso –
situada abaixo do tálamo. As estruturas que formam o hipotálamo e que estão localizadas
nas paredes laterais e no assoalho do III ventrículo são: quiasma óptico, infundíbulo, túber
cinéreo e corpos mamilares (de sentido anterior para posterior).
• Quiasma óptico: localiza-se no assoalho do III ventrículo, em sua porção ante-
rior e recebe fibras dos nervos ópticos (II par), que em parte cruzam e continu-
am nos tratos ópticos e se dirigem para os corpos geniculados laterais.
• Infundíbulo: formação de formato cônico, que se prende ao túber cinéreo. A sua
extremidade superior dilata-se para constituir a eminência mediana do túber ciné-
reo, enquanto sua extremidade inferior continua com o processo infundibular, ou
lobo nervoso da neuro-hipófise.
• Túber cinéreo: massa convexa de substância cinzenta que se localiza entre os
corpos mamilares e o quiasma óptico. É a região onde se prende o infundíbulo.
• Corpos mamilares: são duas eminências de formato arredondado, dispostas
lado a lado, formadas por substância cinzenta.
Epitálamo
Localiza-se mais posteriormente ao III ventrículo, abaixo do tálamo. A glândula pine-
al é a sua estrutura mais evidente, sendo uma glândula endócrina mediana de forma
piriforme, que repousa sobre o teto do mesencéfalo. Sua base prende-se anteriormente
a dois feixes transversais de fibras que cruzam o plano mediano, a comissura posterior
e a comissura das habênulas.
Subtálamo
O subtálamo é a zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencé-
falo. É considerado a menor formação diencéfalica, e sua principal formação é o nú-
cleo subtalâmico, relacionado com o controle do movimento somático.
Em relação à sua localização, é limitado lateralmente pela cápsula interna, medial-
mente pelo hipotálamo e superiormente pelo tálamo.
Telencéfalo
Superfície cerebral
possui sulcos
Face dorsolateral
É a maior face cerebral e contém os 5 lobos cerebrais: frontal, temporal, parietal,
occipital e ínsula.
No lobo frontal, existem 3 sulcos principais: pré-central, frontal superior e o frontal
inferior. Entre o sulco central e sulco pré-central, está o giro pré-central, onde se lo-
caliza a principal área motora do cérebro. Além desse importante giro, o lobo frontal
possui os giros frontal superior, frontal médio e frontal inferior. O giro frontal inferior
do hemisfério cerebral esquerdo é denominado giro de Broca, e aí se localiza, na
maior parte das pessoas, uma das áreas de linguagem do cérebro. Além disso, o giro
frontal inferior pode ser dividido em três partes: orbital, triangular e opercular.
No lobo temporal, existem dois sulcos principais: temporal superior e tempo-
ral inferior. Nesse lobo, evidencia-se a área da audição localizada no giro temporal
transverso anterior, que é a porção posterior do giro temporal superior, visível afas-
tando-se os lábios do sulco lateral.
Face medial
Seccionando o cérebro no plano sagital mediano é possível visualizar estruturas
como o corpo caloso (conjunto de fibras mielínicas que formam a maior comissura
inter-hemisférica), o fórnix e o septo pelúcido.
• Corpo caloso: conjunto de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital e media-
no e penetram de cada lado no centro branco medular, unindo áreas simétricas
do córtex de cada hemisfério cerebral. Divide-se em: tronco, que se dilata pos-
teriormente no esplênio e se flete anteriormente em direção à base do cérebro
para constituir o joelho que se afila, e para formar o rostro do corpo caloso, que
termina na comissura anterior. Entre a comissura anterior e o quiasma óptico
há a lâmina terminal, substância branca fina que une os hemisférios cerebrais e
forma o limite anterior do III ventrículo.
• Fórnix: feixe complexo de fibras, não pode ser visto em toda a sua extensão no
corte sagital. Emerge abaixo do esplênio do corpo caloso. Constituído por du-
as metades laterais e simétricas, unidas no trajeto do corpo caloso. Divide-se
em: corpo do fórnix, no qual suas duas metades se unem; colunas do fórnix,
Face inferior
A face inferior do lobo temporal apresenta três sulcos principais, de direção
longitudinal:
Ventrículos laterais
Os hemisférios cerebrais possuem cavidades revestidas de epêndima e contendo
líquido cerebroespinhal, os ventrículos laterais esquerdo e direito, que se comuni-
cam com o III ventrículo pelo respectivo forame interventricular. Divisões do ventrí-
culo lateral são:
Estruturas subcorticais
Além do córtex, já descrito, o telencéfalo compreende também estruturas subcor-
ticais como os núcleos da base e a substância branca.
Os núcleos da base são corpos neuronais, ou seja, substância cinzenta, e tem
atuação na modulação da atividade motora. Compõem os núcleos da base: o núcleo
caudado, núcleo lentiforme o claustrum, o corpo amigdaloide (ou amígdala) e o nú-
cleo accumbens.
Na extremidade da cauda do núcleo caudado, observa-se discreta eminência arre-
dondada formada pela amígdala cerebral.
A substância branca é formada por fibras mielínicas que ligam o córtex cerebral a
centros subcorticais (fibras de projeção) e unem áreas corticais situadas em pontos
diferentes do cérebro (fibras de associação). As fibras de associação abrangem as
comissuras telencefálicas: corpo caloso, comissura anterior e comissura do fórnix.
As fibras de projeção se dispõem em dois feixes: o fórnix e a cápsula interna. O
Fónix
Fibras de projeção
Cápsula interna
SUBSTÂNCIA
BRANCA Corpo caloso
Comissura do fórnix
A cápsula interna possui a grande maioria das fibras que saem e entram no córtex
cerebral. Essas fibras formam um feixe compacto que separa o núcleo lentiforme
(lateralmente) do núcleo caudado e do tálamo (medialmente). Acima dos núcleos,
as fibras da cápsula interna passam a construir a coroa radiada. A cápsula interna
possui uma perna anterior, situada entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo
lentiforme, e uma perna posterior, maior, localizada entre o núcleo lentiforme e o tála-
mo. Estas duas porções encontram-se e formam um ângulo que constitui o joelho da
cápsula interna.
Aglomerados de corpos
Emaranhado de tratos
celulares de neurônios
Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que
entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10
fazem conexão no tronco encefálico. A identificação desses nervos e de sua emer-
gência do tronco encefálico é um aspecto importante do estudo desse segmento do
sistema nervoso central.
O tronco encefálico se divide em: bulbo, situado caudalmente: mesencéfalo, situa-
do cranialmente; e ponte, situada entre ambos.
Bulbo
O bulbo ou medula oblonga tem a forma de um tronco de cone, cuja menor extre-
midade continua caudalmente com a medula espinhal. Não há uma linha de demar-
cação nítida entre medula e bulbo, por isso, considera-se que o limite entre eles está
num plano horizontal que passa imediatamente acima do filamento radicular mais
cranial do primeiro nervo cervical, o que corresponde ao nível do forame magno do
osso occipital. O limite superior do bulbo se faz em um sulco horizontal visível no
contorno ventral do órgão, o sulco bulbo-pontino, que é a margem inferior da ponte.
Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior temos a área lateral do bul-
bo, onde se observa uma eminência oval, a oliva, formada por uma grande massa
de substância cinzenta, o núcleo olivar inferior, situado logo abaixo da superfície.
Ventralmente à oliva emergem do sulco lateral anterior os filamentos radiculares do
nervo hipoglosso, XII par craniano.
Ponte
A ponte está localizada entre o bulbo e o mesencéfalo. Está situada ventralmente
ao cerebelo e repousa sobre parte basilar do osso occipital e o dorso da sela túrcica
do esfenoide. Sua base, situada ventralmente, apresenta estriação transversal em
virtude da presença de numerosos feixes de fibras transversais que a percorrem.
Estas fibras convergem de cada lado para formar um volumoso feixe, o pedúnculo
cerebelar médio, que penetra no hemisfério cerebelar correspondente.
A parte dorsal da ponte não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal da
porção aberta do bulbo, constituindo ambas o assoalho do IV ventrículo.
Quarto ventrículo
O quarto ventrículo é uma cavidade que tem uma forma losângica e está situada entre
o bulbo e a ponte ventralmente, e o cerebelo, dorsalmente. Continua caudalmente com
o canal central do bulbo e cranialmente com o aqueduto cerebral, por meio do qual o IV
ventrículo, se comunica com o III ventrículo. A cavidade do IV ventrículo se prolonga de
cada lado para formar os recessos laterais, situados na superfície dorsal do pedúnculo
cerebelar inferior. Esses recessos se comunicam de cada lado com o espaço subaracnói-
deo por meio das aberturas laterais do IV ventrículo (forames de Luschka). Há também
uma abertura mediana do IV ventrículo (forame de Magendie), situado no meio da meta-
de caudal do tecto do ventriculo. Por meio dessas cavidades o líquido cerebroespinhal,
que enche a cavidade ventricular, passa para o espaço subaracnóideo.
Assoalho do IV ventrículo: tem forma losângica e é formado pela parte dorsal da
ponte e da porção aberta do bulbo. Limita-se inferolateralmente pelos pedúnculos
cerebelares inferiores e pelos tubérculos do núcleo grácil e do núcleo cuneiforme.
Limita-se superolateralmente pelos pedúnculos cerebelares superiores, ou braços
conjuntivos, compactos feixes de fibras nervosas que, saindo de cada hemisfério ce-
rebelar, fletem-se cranialmente e convergem para penetrar no mesencéfalo.
O assoalho é percorrido em toda a sua extensão pelo sulco mediano, que se perde
cranialmente no aqueduto cerebral e caudalmente no canal central do bulbo. De cada
lado do sulco mediano existe a eminência medial, limitada lateralmente pelo sulco
limitante. Esse sulco separa os núcleos motores, derivados da lâmina basal e situ-
ados medialmente, dos núcleos sensitivos, VI, derivados da lâmina alar e situados
lateralmente.
De cada lado, o sulco limitante se alarga para consumir duas depressões, a fó-
vea superior e a fóvea inferior. Medialmente à fóvea superior, a eminência medial
dilata-se para constituir de cada lado uma elevação arredondada, o colículo facial,
formado por fibras do nervo facial, que nesse nível contornam o núcleo do nervo
Mesencéfalo
O mesencéfalo localiza-se entre a ponte e o cérebro, do qual é separado por um
plano que liga os corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à comissura poste-
rior. É atravessado por um estreito canal, o aqueduto cerebral, que une o III ao IV ven-
trículo. O teto do mesencéfalo localiza-se dorsalmente ao aqueduto; ventralmente
temos os dois pedúnculos cerebrais, que, por sua vez, se dividem em uma parte dor-
sal, o tegmento (predominantemente celular), e outra ventral, a base do pedúnculo
(formada de fibras longitudinais).
NC VI (abducente)
NC VIII (vestibulococlear)
NC IX (glossofaríngeo)
NC XI (acessório)
BULBO
TRONCO
Eminência medial ENCEFÁLICO
Colículo facial
Colículos
PONTE MESENCÉFALO
superiores
Trígono do nervo
hipoglosso
IV Ventrículo Teto Colículos inferiores
Trígono do
nervo vago
Protuberância
Aqueduto cerebral Tegmento
pontina
Área vestibular
Sulco basilar Pedúnculo cerebral Substância negra
Lócus coeruleus
Pedúnculos
Base
cerebelares
A divisão do cerebelo em lóbulos não tem nenhum significado funcional e sua im-
portância é apenas topográfica. A nomenclatura dos lóbulos e fissuras do cerebelo
é bastante confusa, havendo considerável divergência entre os autores. Os lóbulos
recebem denominações diferentes no vérmis e nos hemisférios.
As tonsilas são evidentes na face inferior do cerebelo e preojetam-se medial-
mente sobre a face dorsal do bulbo. Essa relação é importante, pois em certos
casos de hipertensão craniana as tonsilas podem comprimir o bulbo com graves
consequências.
DIVISÃO DO CEREBELO
Lobo anterior
Lobo posterior
Fissura
Divisão em lobos posterolateral
Lobo flóculo-nodular
• Composto de:
• Epitálamo.
• Tálamo.
• Hipotálamo.
• Circunda o terceiro ventrículo cerebral entre as metades direita e esquerda.
(3) Mesencéfalo
Sanar
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