Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Artigo Número 94
FATORES ESTRESSANTES EM PEIXES
Ulisses Simon da Silveira1, Priscila Vieira Rosa Logato2 , Edvânia da Conceição Pontes3
INTRODUÇÃO
1
Professor da UEMS ,Endereço para correspondência: ulissessimon@hotmail.com
2
Professora do Departamento de Zootecnia - UFLA
3
Mestranda em Nutrição de Monogástricos - UFLA.
http://www.nutritime.com.br 1001
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
ESTRESSE
A. A exposição moderada a estes agentes pode produzir nos peixes, uma resposta
adaptativa, que restitui o equilíbrio ao organismo.
B. Contudo, se os peixes estiverem sujeitos a agente de estresse intenso ou
prolongados, a resposta pode torna-se mal adaptativa, com conseqüências
negativas para o seu estado de saúde.
PROCESSO DO ESTRESSE
http://www.nutritime.com.br 1002
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
BARTON (1997) e muitas delas têm sido usadas como indicadores de estresse em
peixes.
As respostas de estresse são divididas em três categorias:
1) Primária
2) Secundária
3) Terciária.
RESPOSTA PRIMÁRIA:
http://www.nutritime.com.br 1003
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
RESPOSTA SECUNDÁRIA
http://www.nutritime.com.br 1004
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
RESPOSTA TERCIÁRIA
http://www.nutritime.com.br 1005
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
MONITORAMENTO DO ESTRESSE.
http://www.nutritime.com.br 1006
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
http://www.nutritime.com.br 1007
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
HIPÓXIA EM PEIXES
http://www.nutritime.com.br 1008
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
______________ O2
Dissolvido____________________________________________
_____________________CO2_____________________________________________
_____________________NH3_______________________________________
______
INFECÇÃO E INFLAMAÇÃO
Segundo ROTTA (2003), em situações de estresse ou de saúde debilitada, os
peixes ficam propensos às infecções bacterianas. Sua primeira defesa contra estes
patógenos é através das barreiras naturais como a pele e o epitélio das membranas.
Após a invasão do patógenos, ocorrem respostas do sistema imunológico, principalmente
respostas não específica através da atividade dos leucócitos (células brancas do sangue),
os quais possuem uma elevada atividade fagocítica, destruindo os organismos
patogênicos.
De acordo com FREITAS (2001), os processos infecciosos, inflamatórios e
cicatríciais e seus mecanismos de controle são bem conhecidos em mamíferos, mas
pouco se conhecem desses processos em outras classes, principalmente os peixes.
As primeiras observações sobre a infecção e a inflamação em peixes foram
realizadas por METCHINIKOFF (1893) apud FREITAS (2001) referente aos estudos sobre
fagocitose de eritrócitos de cobaias injetados na cavidade peritonial de goldfish. Daí por
diante, iniciaram-se os vários estudos com diferentes modelos experimentais de
inflamação induzida pela inoculação de agentes biológicos e químicos em diferentes
espécies de peixe como lesão induzida por micobactérias, terebenzina, Aeromonas
hidrophila, flavobactérias, adjuvante completo de Freund, Staphylococcus aureus morto
por calor, carragenina, agentes químicos como querosene, glicogênio entre outros.
http://www.nutritime.com.br 1009
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
http://www.nutritime.com.br 1010
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
TRANSPORTE
O transporte de peixes é uma etapa muito importante na piscicultura. Os peixes
vivos são transportados para diversos destinos, incluindo a indústria processadora e os
http://www.nutritime.com.br 1011
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
Fonte:JARBOE 1995
http://www.nutritime.com.br 1012
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
http://www.nutritime.com.br 1013
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
http://www.nutritime.com.br 1014
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
Pesquisas com o salmão prateado indicaram que após duas horas de pequeno
estresse, o salmão prateado apresentou verificou-se uma diminuição nos níveis de ácido
ascórbico nos rins durante os primeiros 20 minutos, seguidos de uma recuperação após
duas horas a, praticamente, o mesmo nível inicial.
Como não houve um aumento concomitante do nível plasmático de ácido
ascórbico, WEDEMEYER (1969) apud ROTTA (2003), sugere que o ácido ascórbico possa
ser utilizado na biossíntese de esteróides, pois o cortisol sérico aumentou enquanto a
concentração de ácido ascórbico diminuiu.
DABROWSKI et al (1994) apud ROTTA (2003) também afirmam que o ácido
ascórbico é um co-fator na biossíntese de hormônios esteróides e de neuro-hormônios.
Foi observado que um nível significativamente menor de hormônios esteróides e neuro-
hormônios em trutas arco-íris que foram alimentadas com dietas deficientes em vitamina
C.
KITABCHI (1967) apud ROTTA (2003), contudo, afirma destaca que altos níveis de
ácido ascórbico possuem uma função inibitória na síntese de esteróides, pois previnem a
conversão dos ácidos graxos insaturados em ésteres de colesterol, os quais são
incorporados nos esteróides. Esta foi à conclusão que levou a sugerir que o aumento da
disponibilidade de ácido ascórbico possa prevenir a severidade da resposta ao estresse
nos peixes.
Ainda é controversa a função do ácido ascórbico na biossíntese de cortisol. O ácido
ascórbico possui uma função específica na biossíntese de catecolamina (adrenalina e
noradrenalina), que é outro hormônio relacionado ao estresse.
A enzima dopamina B-hidroxilase necessita da forma reduzida do íon cobre (Cu)
como co-fator, tendo o ácido ascórbico uma ação efetiva na manutenção deste co-fator
na sua forma ativa reduzida, como pode ser visto na figura 5.
FLETCHER (1997) apud ROTTA (2003) cita que não parece haver qualquer estudo
bioquímico que confirme o envolvimento do ácido ascórbico na biossíntese dos
corticosteróides ou catecolaminas nos peixes.
Mesmo que o ácido ascórbico não tenha sido provado como sendo um atenuante
das respostas dos peixes a certos tipos de estresse, WAAGBO (1994) comenta que
parece haver pouca dúvida de que o aumento dos níveis dietéticos de vitamina C
contribui para aumentar a resistência para doenças e para o aumento da resposta
imunológica nos peixes.
http://www.nutritime.com.br 1015
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALM, P.H.M. Immune-endocrine interaction. In: IWAMA, G.W.;et al. (Ed). Fish stress
and health in aquaculture. Cambridge: University Press, p. 195-221, 1997.
BARTON, B. A. Stress in finfish: Past, present and future – A historical perspective. In G.
K. Iwana, A. D. Pickering, J. P. Sumpter, & C. B. Schreck (Eds.), Fish stresse and
health in aquaculture (pp. 1-33) (Society for Experimental Biology, Seminar Series,
62) Cambridge: Cambridge University Press. 1997
BARTON, B. A. Stress in fishes: A diversity of responses with particular reference to
changes in circulating corticosteroids. Integrative and Comparative Biology, v. 42, p.
517-525, 2002
BOYD, C.E. Water quality in pounds for aquaculture. Hatyai: Shrimp Mart, 1996. 482
p.
CARNEIRO, P.C.F.; URBINATI, E.C. Stress e crescimento de peixes em piscicultura
intensiva. In: III SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE MANEJO E NUTRIÇÃO DE
PEIXES, Anais, Campinas: 1999. p.25-40..
CARNEIRO, P.C.F. Estresse provocado pelo transporte e respostas fisiológicas do
matrinxã, Bricon cephalus (Teleostei: Characidae). Jaboticabal, UNESP, 2001, 136 p.
(Tese, Doutorado)
CECH, J.J.R.; et al. Striped bass exercise and handling stress in freshwater: physiological
responses to recovery environment. Trans. Am. Fish Soc., v.125, p. 308-320, 1996.
CHEN, R.G.; et al. Characteristc of blood in common carp, Cyprinus carpio, exposed to
low temperatures. J. Appl. Aquac., v.5, p. 21-31, 1995.
CONTE, F. S. Stress and the welfare of cultured fish. Applied Animal Behaviour
Science, v. 86, p. 205-223, 2004.
COSTA,A.B. Ictiopatologia e manejo sanitário em piscicultura intensiva. In: SIMPÓSIO
SOBRE MANEJO E NUTRIÇÃO DE PEIXES, 2, Piracicaba, 1998. Anais, p.73-96.
EMATA, A.C. Live transport of pond-reared milkfish Chanos chanos broodstock. J.
World Aquacult. Soc. v. 31, p. 279-2382, 2000.
FREITAS, J.B.Cinética do processo inflamatório e reparação tecidual em pacu (piaractus
mesopotamicus) alimentados com ração suplementada com diferentes concentrações de
vitamina C. Jaboticabal, UNESP, 2001. 45 p. (Dissertação mestrado) .
GALHARDO, L.; OLIVEIRA, R. Bem-estar Animal: um conceito legítimo para peixes?
Revista de Etologia, v.8, n.1, p. 51-61, 2006.
JARBOE, H.H. Diel dissolved oxygen consumption and total ammonia nitrogen production
by fingerling channel catfish following feeding at different times. The Progressive Fifh
Culturist, v.57, p. 156-160, 1995.
KUBITZA, F. Transporte de peixes vivos. Parte 1. Panorama da Aqüicultura, v.7, p. 20-
26, 1997.
MAZEAUD, M.M.; ET AL. Primary and secundary effects of stress in fish: some new data
with a general review. Transactions of the American Fisheries Society, v. 106, p. 201-
212, 1977.
McDONALD, G.; MILLIGAN, L. Ionic, osmotic and acid-base regulation in stress. In:
IWAMA, G.W.; et al., (Eds): Fish stress and health in aquaculture. Cambridge:
University Press. 1997, p. 119-144.
http://www.nutritime.com.br 1016
Revista Eletrônica Nutritime, v.6, n°° 4, p.1001-1017 Julho/Agosto, 2009.
http://www.nutritime.com.br 1017