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Atendimento

Pré-
Hospitalar
10° BBM – Divinópolis
Instrutor:
SD Lucas Amaro
Primeiros socorros
“O destino dos feridos está nas mãos de quem aplica o
primeiro curativo.”

—Nicholas Senn
Tópicos
Segurança SBV
Suporte Básico de Vida

Ferimentos Avaliação do Casos Clínicos


Paciente
Segurança
Avaliação
da
Cena
Avaliação da Cena
Prioridade de Segurança

Socorrista Não Afetados Vítimas


Avaliação da cena
Telefones úteis
Bombeiro Militar SAMU Polícia Militar
193 192 190

Defesa civil CEMIG


199 116
Utilização
de
EPI
Isolamento de Fluidos
Corporais
SBV
Suporte Básico de
Vida
OVACE
(Obstrução das Vias
Aéreas por Corpo
Estranho)
OVACE
Definição
“Obstrução de vias aéreas por
corpo estranho (OVACE)
consiste na obstrução das vias
aéreas causada por aspiração de
corpo estranho, geralmente
localizado na laringe ou
traqueia.” ITO 23
OVACE
Obstrução Leve (parcial)
Paciente consegue tossir, emitir alguns sons
(choro ou fala) e respirar.

Obstrução Grave (total)


Paciente não consegue tossir ou emitir
qualquer som. Pode apresentar cianose e
evoluir para a inconsciência.
Manobra de Heimlich
A manobra de Heimlich irá
exercer uma pressão sobre o
diafragma do paciente, com isso,
provocando uma tosse forçada e
induzindo um movimento de
refluxo, auxiliando a expulsão
do corpo estranho.
Manobra de Heimlich - Crianças
Manobra de Heimlich - Lactentes

Obstrução por Sólidos

Obstrução por
Líquidos
Manobra de Heimlich – Grávidas e Obesos
Manobra de Heimlich – Sozinho
OVACE – Paciente Inconsciente
Situações em que a vítima de
OVACE se encontra
inconsciente ou evolui para
inconsciência: tratar como
Parada cardiorrespiratória
(PCR).
PCR
(Parada
Cardiorrespiratória)
Parada Cardiorrespiratória
Definição
“Parada cardiorrespiratória
(PCR) é definida como a
interrupção ou perda súbita da
função mecânica cardíaca com
consequente colapso
hemodinâmico, perda da
consciência e dos movimentos
respiratórios.” – ITO 23
Checagem do Nível de Consciência
Identifique-se

- A – ALERTA
- V – VERBAL
- D – DOR
- N – NÃO RESPONDE
Identificar Parada
Cardiorrespiratória
Paciente INCONSCIENTE
TÉCNICA VOS
- V – VER (MOVIMENTAÇÃO DO
DIAFRAGMA)
- O – OUVIR (RUÍDOS
RESPIRATÓRIOS)
- S – SENTIR (INSPIRAÇÃO)
OBS. AVALIAR POR NO MÁXIMO 10 SEGUNDOS,
ACIONAR O SERVIÇO DE EMERGÊNCIA E
INICIAR RCP
RCP – Ressuscitação
Cardiopulmonar
Se
• A cada minuto perde de
Acionamento do
apoio m 7 a 10% as chances
RC de sobrevida.
Técnica da
RCP
P
Co
• A cada minuto perde de
m 3 a 4% as chances de
RC sobrevida.

P
RCP – Ressuscitação
Braços do socorrista
Cardiopulmonar Cotovelos estendidos

Frequência de
Depressão
100 a 5 a 6 cm Adulto
5 cm Crianças
120 4 cm Lactentes
compressões RETORNO TOTAL DO
por minuto TÓRAX
1- RCP em Adultos
2- RCP em Crianças
3- RCP em Lactentes
Casos
Traumáticos
Controle de
Hemorragias
Hemorragias Interna
Definição
“Acúmulo de sangue em uma
cavidade do organismo, por
exemplo o peritônio, a pleura
ou pericárdio, ocasionada por
lesão em órgão interno.” ITO
23.
Hemorragia Interna
Sintomas Condutas
- Alteração do nível de consciência; - Afrouxar roupas;
- Pele fria, úmida e pálida; - Manter a vítima aquecida;
- Pulso rápido e fraco; - Não fornecer líquidos à vítima;
- Hipotensão; - Fornecer oxigênio a 15L/min;
- Sede; - Transporte o mais breve ao hospital de
- Dor, rigidez ou flacidez anormal dos referência.
músculos abdominais;
- Perda de sangue (nariz, pavilhão
auditivo, vias urinárias, vomito ou tosse
com presença de sangue). Risco de Choque Hipovolêmico
Hemorragia Externa
Arterial Faz jorrar sangue pulsátil, na cor vermelho vivo, perda rápida e
abundante.

O sangue escoa de forma lenta e contínua, na cor vermelho escura,


Venosa a perda de sangue pode ser e abundante.

Sangue escoa lentamente (goteja), com coloração intermediária


Capilar entre vermelho vivo e escuro.
Controle de hemorragias

Compressão direta
A compressão direta irá provocar uma
leve vasoconstrição local e auxiliar no
fator de coagulação sanguínea.
Controle de hemorragias
Torniquete
- O torniquete deverá ser ministrado quando houver
lesões de membros superiores e inferiores;
- Aplicar nas regiões proximais até que não sinta
mais pulso distal, ou que o sangramento cesse;
- O material utilizado deverá ter largura e
comprimento suficiente;
- Uma vez ministrado não deverá mais afrouxá-lo;
- Anotar horário em que foi aplicado (120 a 150
min).
Queimaduras
Queimaduras
Definição

“Queimadura é toda lesão


cutânea provocada pelo contato
direto com alguma fonte de
calor ou frio, produtos
químicos, corrente elétrica,
radiação ou por inalação de
fumaça.’’ ITO 23
Tipos de Queimaduras
1º Grau 2º Grau

3º Grau 4º Grau
1º Grau
Superficiais

Pele vermelha, quente e


dolorosa, podendo suavizar
com frio; as lesões ficam
brancas à compressão;
2º Grau
De espessura
parcial
Formação de bolhas, dor,
hipersensibilidade e lesões
com leito brilhante ou
úmido;
3º Grau
De espessura
completa
Indolor, edemas, feridas
secas, brancas e rígidas
(escaras); pode ter aspecto
carbonizado;
4º Grau
Subdérmicas
Indolor, edemas, queima todas
as camadas da pele, bem como
danos a tecidos profundos
como músculos, ossos e órgãos
internos.
Regra dos 9

Regra da palma da mão - para estimativa de pequenas áreas queimadas,


podemos utilizar a medida de área da palma da mão, mais os dedos unidos do
paciente, que corresponde a 1% da área total da superfície corporal.
Conduta
- Dimensione a profundidade e a extensão da queimadura;
- Exponha o paciente e remova adornos e roupas não aderidas ao corpo.
- Corte em volta das roupas aderidas à superfície queimada;
- Cobrir o paciente com cobertor térmico aluminizado (prevenir hipotermia);
- Nunca fure bolhas;
- Se queimadura por calor, resfrie com água ou soro em temperatura ambiente
(não resfriar mais que 10% da área corporal).
- Se queimadura por frio aqueça com água morna.
- Em queimaduras nas mãos separe os dedos com gaze.
Trauma
Musculoesquelético
Tipos de Traumas
Luxação
Separação de dois ossos na
articulação
Tipos de Traumas
Fratura Fechada
O osso foi quebrado, porém o paciente
não apresenta perda associada da
integridade da pele
Tipos de Traumas
Fratura Aberta
Quando uma extremidade afiada
do osso que foi quebrado perfura
a pele de dentro para fora
Conduta
- Remover adornos do paciente;
- Avaliar pulso distal, perfusão capilar, sensibilidade e motricidade antes de
realizar as imobilizações;
- Em fraturas fechadas, tente alinhar o membro antes de imobilizar, se dor,
imobilize na posição encontrada;
- Fraturas abertas e luxações imobilizar na posição encontrada;
- Em fraturas abertas conter hemorragia antes de imobilizar e cobrir a
exposição óssea com campo operatório umedecido em soro fisiológico;
- A atadura deve ser passada da região distal para proximal;
- Após imobilização avaliar pulso distal, perfusão capilar e sensibilidade.
Casos Clínicos
Crise
Convulsiva
Crise Convulsiva
Definição
“A convulsão é o efeito de
atividade neuronal excessiva no
córtex cerebral.” ITO 23
Crise Convulsiva
Sintomas Conduta
- Pré-ictal;
- Ictal; - Proteger a cabeça da vítima;
- Pós-ictal; - Afastar objetos próximos;
- Crise de ausência. - Não colocar colar dedos na boca
do paciente;
- Lateralizar a vítima, se secreção;
- Monitorar crises (quantidade,
tempo, intervalo entre crises).
AVE
(Acidente Vascular
Encefálico)
AVE – Acidente Vascular
Encefálico
Definição
“Obstrução ou interrupção do
fluxo sanguíneo no encéfalo,
prejudicando o aporte de
oxigênio para as células. O
acidente vascular encefálico
(AVE) pode ser classificado
como AVE isquêmico ou AVE
hemorrágico.” ITO 23
Escala de Cincinnati
AVE – Acidente Vascular
Encefálico
Sintomas Conduta
- Avaliar os sinais vitais;
- Agitação, letargia ou rebaixamento - Avaliar Escala de Cincinnati;
do nível de consciência; - Avaliar OPQRST
- Déficit neurológico focal - Evitar que o paciente realize
(motor/fala); esforço;
- Cefaleia; - Retirar adornos e afrouxar roupas;
- Crise convulsiva; - Solicitar apoio;
- Tontura. - Manter paciente em posição de
conforto.
IAM
(Infarto Agudo do
Miocárdio)
IAM – Infarto Agudo do Miocárdio
Definição
“O Infarto Agudo do
Miocárdio (IAM) ocorre
quando o fluxo sanguíneo nas
artérias coronarianas é
interrompido ou reduzido
subitamente a ponto de
provocar a morte de células
do tecido do miocárdio.” ITO
23
IAM – Infarto Agudo do Miocárdio
Sintomas Conduta
- Dor ou desconforto: região - Avaliar os sinais vitais;
torácica/epigástrica e ou - Avaliar OPQRST
interescapular; - Evitar que o paciente realize
- Irradiação da dor para braço esforço;
esquerdo e ou mandíbula; - Retirar adornos e afrouxar
- Náusea; roupas;
- Dispneia; - Solicitar apoio;
- Sudorese. - Manter paciente em posição
de conforto.
Avaliação do
Paciente
Avaliação
Primária
Checagem do Nível de Consciência
Identifique-se

- A – ALERTA
- V – VERBAL
- D – DOR
- N – NÃO RESPONDE
Identificar Parada
Cardiorrespiratória
Paciente INCONSCIENTE
TÉCNICA VOS
- V – VER (MOVIMENTAÇÃO DO
DIAFRAGMA)
- O – OUVIR (RUÍDOS
RESPIRATÓRIOS)
- S – SENTIR (INSPIRAÇÃO)
OBS. AVALIAR POR NO MÁXIMO 10 SEGUNDOS,
ACIONAR O SERVIÇO DE EMERGÊNCIA E
INICIAR RCP
Trauma X Clínico
Trauma Clínico
- Troca de Energia - Não há Troca de Energia
Avaliação Primária
- X – Hemorragias eXanguinantes
- A – Abertura de vias aéreas
- B – Boa Respiração (profundidade, frequência, esforço, bilateralidade)
- C – Circulação (pulso radial, perfusão capilar e pele)
- D – Déficit Neurológico
- E - Exposição
Abertura das Vias Aéreas
Trauma Clínico
- Hiper Extensão - Elevação da Mandíbula
Avaliação
Secundária
Avaliação Secundária
Avaliação Céfalo-Caudal

A avaliação secundária será realizada em vítima de


traumas com MDL (mecanismo de lesão
significativo), e será realizada de forma detalhada
em busca de DECAPQELS.
Avaliação Secundária
Deformidades Abrasões

Contusões Punções / Penetrações


Avaliação Secundária
Queimaduras Lacerações

Edemas Sensibilidade
SAMPUM
- S – Sinais Sintomas
- A – Alergias
- M – Medicamentos / Drogas
- P – Problemas de Saúde
- U – Última Alimentação
- M (N) – Mecanismo da Lesão / Natureza da Doença
OPQRST
- O – Origem / Início (há quanto tempo você tem o sintoma?)
- P – Provocação / Paliação (o que melhora ou piora?)
- Q – Qualidade (queimação, pontada, incômoda...)
- R – Referida / Irradiação / Região (dor se move ou é
localizada?)
- S – Severidade (0 a 10)
- T – Tempo (quanto tempo começou?)
Referências
ITO 23 - CBMMG

MABOM APH- CBMMG

PHTLS – 9ª Edição
Obrigado!
Décimo Batalhão de Bombeiros Militar

SD Lucas Amaro

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Stories

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